Editorial
Estimados
Amigos,
Desejamos
a vocês todos um bom dia, pois
para nós também
esse será um grande dia. Isso porque, com muita satisfação,
estamos trazendo a vocês mais um de nossos empreendimentos na
Grau Celsius (www.celso-foelkel.com.br), que esperamos seja do agrado
de todos
os nossos leitores que têm apoiado o projeto Eucalyptus
Online Book & Newsletter. Trata-se do primeiro número de nossa
PinusLetter, um novo e dinâmico informativo técnico com
muitas atualidades acerca das fantásticas árvores, florestas
e produtos dos Pinus. Após o sucesso que vocês nos têm
garantido com a Eucalyptus Newsletter, decidimos ampliar a nossa área
de atuação, englobando agora as espécies do gênero
Pinus. Para isso, estaremos também recebendo o apoio institucional
e financeiro da ABTCP - Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel, sempre voltada a cumprir seu papel para o desenvolvimento
do setor brasileiro de celulose e papel. Entretanto, esse patrocínio
parcial da ABTCP ainda não garante à PinusLetter a sua
necessária sustentabilidade. Essa periodicidade mensal dependerá muito
do apoio e patrocínio que venhamos a ter de outras entidades
ou organizações interessadas nesse tipo de divulgação
sobre os Pinus. Precisamos de mais alguns apoiadores financeiros para
essa nossa missão. Por isso, contamos com o seu interesse.
A
coordenação técnica da PinusLetter será exercida
pela engenheira agrônoma e mestre em fitotecnia Ester
Foelkel,
com apoio e suporte técnico de Celso Foelkel. Temos como meta
manter o mesmo "design" da Eucalyptus Newsletter, mas focando
toda a temática nos Pinus. Teremos muita satisfação em receber
seus comentários e sugestões. Nosso propósito é ter
a PinusLetter como um informativo mensal a partir de 2008, redigido
apenas em português. Apesar de redigido nesse idioma e orientado
para o Brasil e América Latina, as indicações
tecnológicas
e de referências serão globais, desde que relacionadas
aos Pinus. Por isso, vocês poderão também receber
indicações
e serem encaminhados a visitar websites nos idiomas inglês, espanhol
e francês.
A
PinusLetter será encaminhada à mesma "mailing
list" dos
que recebem a Eucalyptus Newsletter e os capítulos do Eucalyptus
Online Book em português. Caso ainda não estejam registrados
nessa "mailing list" e tenham interesse em receber as duas
newsletters, por favor, Clique
para cadastro. O envio das newsletters é totalmente
gratuito, não lhes custará nada e vocês serão
informados tanto sobre os eucaliptos como sobre os Pinus. Caso queiram
visitar todas as edições e a página da PinusLetter
naveguem em http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter.html.
Sempre
aceitem o nosso sincero obrigado pelo apoio ao nosso trabalho e por
acessarem
nossas publicações e recomendações
online. Estamos hoje com cerca de 4.000 leitores cadastrados para receber
a Eucalyptus Newsletter e o Eucalyptus
Online Book. Desses, cerca de
3.500 estarão recebendo a PinusLetter.
Peço
ainda que repassem nossos links ou encaminhem essa PinusLetter a
seus amigos
que se relacionam de alguma maneira com os Pinus, sugerindo
a eles que se cadastrem também. Seremos
muito grato por isso.
Agradecemos
a sua atenção e o apoio que vocês sempre
têm dado a nós que tentamos promover, esclarecer, informar
e divulgar as florestas plantadas e seus produtos, tanto dos Eucalyptus,
como dos Pinus. Inseridas nessas duas newsletters, pretendemos ainda
lhes prover informações sobre outras espécies
florestais úteis à nossa
sociedade, como acácias, teca, cedro, ciprestes, guanandi, etc.
Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
Cultivo
e Reflorestamento com os Pinus
Referências Técnicas
da Literatura Virtual
Cursos
e Eventos
Pinus-Links
Plantando
Pinus para Recuperação de Áreas
Degradadas
Anatomia da Madeira do Pinus
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
As
Florestas Plantadas de Pinus e a Vespa-da-Madeira
Cultivo
e Reflorestamento com os Pinus
O
Pinus consiste em um dos mais importantes tipos de árvores
atualmente sendo utilizadas para plantações
florestais no Brasil. A sua grande versatilidade, sua rusticidade e
adaptabilidade, seu excelente ritmo de crescimento, aliados à qualidade
da madeira e dos produtos com ela fabricados, têm feito com que
o cultivo do Pinus seja um sucesso no Brasil. Esse gênero florestal é originário
das Américas do Norte e Central. No Brasil, foi inicialmente
plantado nos estados do sul, principalmente os Pinus elliottiii e P.
taeda, a partir dos anos 1940's. Com isso, cooperou para o crescimento
das fábricas regionais de celulose, papel, serrarias, móveis,
etc. Mais tarde, com a introdução dos Pinus tropicais,
o Pinus espalhou-se por todo o país, sendo que seu reflorestamento
ainda se encontra em expansão. Hoje, as estatísticas
apontam cerca de 1,8 milhões de hectares plantados com Pinus
no Brasil, com excelentes incrementos médios que variam de 20
a 35 m³/hectare.ano. A demanda por sua madeira e resina incentivam
novos plantios, o que vem ocorrendo de forma contínua, mostrando
a confiança do produtor florestal, rural e da indústria
de base florestal.
Apesar
dos Pinus serem pouco exigentes em termos de fertilidade do solo,
os cuidados no plantio e nos primeiros anos
da floresta são
essenciais para se alcançar bons incrementos, maior qualidade
nas florestas e maiores lucros nas colheitas (desbastes e corte final,
conforme o manejo). Logo, a escolha de mudas idôneas e de boa
procedência, o conhecimento da base genética do material
e os aspectos fitossanitários são medidas relevantes
no início do cultivo dos Pinus. Posteriormente, o controle
de pragas, da mato-competição, de patógenos,
bem como a avaliação da nutrição mineral,
são
também características relevantes no manejo florestal.
Assim
sendo, uma boa medida antes de se iniciar qualquer plantação
de Pinus é se informar muito bem sobre o assunto. Qualquer
um que queira se iniciar no plantio de Pinus ou aperfeiçoar
a maneira como vem fazendo suas plantações deve procurar
ler o material que estamos recomendando a seguir. Estamos lhes
trazendo uma
série bastante ampla de endereços onde se pode aprender
como plantar, manejar, cuidar e obter boas colheitas com as florestas
de Pinus. Muitos desses websites relacionados são verdadeiros
guias ou cartilhas virtuais e se constituem em referência
abundante de conhecimentos para todos os que querem plantar ou
mesmo estejam
plantando Pinus para fins comerciais, ornamentais, paisagísticos,
ou mesmo como distração em sua propriedade.
Naveguem
neles e se surpreendam a cada um que for aberto em seu computador.
• Cultivo
do Pinus - Embrapa Florestas
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pinus/CultivodoPinus/apresentacao.htm
Esse excelente website da Embrapa Florestas apresenta excepcional conteúdo
para que a cultura do Pinus seja um sucesso no Brasil. Abrange temas
dos mais variados, como: preparo da área para plantio, adubação,
espécies mais indicadas, plantio, manejo, fitossanidade, custos
de produção, certificação florestal, dentre
outros. Vale a pena a leitura, para todos os interessados nos Pinus.
• Silvicultura
do Pinus (Pinus spp.) - Ambiente Brasil
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=../florestal/index.html&conteudo=./florestal/pinus.html
O portal Ambiente Brasil traz textos muito bons a respeito do cultivo
do Pinus, destacando as principais formas de manejo, com informações
desde as sementes até os tratos culturais e aspectos silviculturais
relevantes. Também há espaço para as principais
pragas e doenças dos Pinus, com a presença de uma tabela
que ressalta os sintomas na planta, épocas de maior incidência,
medidas de controle e de prevenção.
•
Indicações para a Escolha de Espécies de Pinus
- IPEF / USP
http://www.ipef.br/silvicultura/escolha_pinus.asp
A finalidade e destinação do uso da madeira (ou da resina)
são de grande importância na escolha da espécie
a plantar. Esse artigo de nossos amigos do IPEF - Instituto de Pesquisas
e Estudos Florestais, trata do tema com propriedade, indicando as melhores
espécies para cada finalidade e condições edafo-climáticas.
Leiam com atenção e aprendam com os ensinamentos do IPEF.
•
Edições Especiais sobre os Pinus - Revista da Madeira
São três volumes dessa importante revista, onde se encontram
dados dos mais variados e significativos, sobre as principais técnicas
de cultivo dos Pinus e de suas utilizações. Muito interessante,
aproveitem:
Revista da Madeira nº 68 - Ano 12 - Dezembro de 2002
http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=68&id=256
Revista da Madeira nº 83 - Ano 14 - Agosto de 2004
http://www.remade.com.br/pt/revista_capa.php?edicao=83
Revista da Madeira nº 99 - Ano 16 - Setembro de 2006
http://www.remade.com.br/pt/revista_capa.php?edicao=99
•
Plantio de Árvores Exóticas pela APREMAVI - Associação
de Preservação do Meio Ambiente do Alto Vale do
Itajaí
http://www.apremavi.org.br/cartilha-planejando/plantio-de-arvores-exoticas
Interessante e muito didático website que explica os principais
tratos culturais e os cuidados que devem ser tomados no plantio
de espécies florestais exóticas no Brasil. O artigo dá destaque
ainda para a proteção das áreas de preservação
permanente (APPs), controle da dispersão natural como
espécies
invasivas, aumento da qualidade da madeira e manejo adequado
das florestas plantadas.
•
Technical Guidelines for the Safe Movement of Germoplasm - Pinus -
FAO / IPGRI nº 21 (Inglês)
http://www.bioversityinternational.org/publications/Pdf/828.pdf
Guia técnico da FAO - Food and Agriculture Organization - sobre
os estudos de germoplasma do Pinus, com o objetivo da diminuição
de pragas e de doenças da cultura através do melhoramento
genético. Uma vez que os problemas de ordem fitossanitária
sempre ocorrem, recomendamos uma leitura desse material. São
91 páginas de um material publicado em 2002.
•
Manual de Selvicultura del Pino Radiata en Galicia. Manuais Agrobyte
- Centro de Recursos Telemáticos (Espanhol)
http://www.agrobyte.com/agrobyte/publicaciones/pinoradiata/indice.html
Esse manual discute a silvicultura do Pinus radiata
(P. insignis ou Pinus de Monterrey) em sua região de ocorrência
natural, comparativamente com a área da Galícia,
onde ocorre como plantação exótica.
•
Manual de Selvicultura del Pino Pinaster. Manuais Agrobyte
- Centro de Recursos Telemáticos (Espanhol)
http://www.agrobyte.com/agrobyte/publicaciones/pino/indice.html
Mais um manual de silvicultura difundido pela Agrobyte, nesse
caso mostrando as características da silvicultura e do
reflorestamento com Pinus pinaster.
•
Espécies Exóticas Plantadas em Santa Catarina. ACR -
Associação Catarinense de Empresas Florestais
http://www.acr.org.br/espec.htm
Uma bem elaborada página da entidade ACR com belas fotos sobre
as espécies de Eucalyptus e de Pinus plantadas no estado
de Santa Catarina.
•
A Cultura do Pinus: uma Perspectiva e uma Preocupação.
http://www.fundaj.gov.br/docs/tropico/desat/pinus.html
Texto de autoria de João Suassuna, pesquisador da Fundação
Joaquim Nabuco. É uma obra histórica, publicada
na revista Brasil Florestal em 1977.
• A Cultura do Pinus no Brasil. SBS - Sociedade Brasileira
de Silvicultura
Livro de autoria dos engenheiros Francisco Kronka, Francisco Bertolani
e Reinaldo Ponce, editado pela SBS. Vocês podem adquirir essa
obra prima impressa em papel, com muitas ilustrações
e por apenas 20 reais, no website indicado a seguir, através
da nossa SBS:
http://www.sbs.org.br/atualidades_single.php?id=4467
• Pinaceae - Hipertextos de Biologia (Espanhol)
http://www.biologia.edu.ar/diversidadv/Guía%20de%20Consultas.%20Fascículo%20II.%20
Gimnospermas/Descripción%20de%20las%20divisiones/CONIFEROPHYTA/pinaceae.pdf
Website argentino mantido por Jorge Raisman e Ana Gonzalez, com muitos
textos sobre biologia. Nesse artigo indicado, descreve-se a família
Pinaceae, onde se agrupam as espécies de Pinus. Pela origem
do texto, a ênfase se dá na descrição
botânica
e morfológica das espécies Pinus taeda e P.
elliottii, as mais plantadas na Argentina.
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Teses
e Dissertações da Universidade
Federal do Paraná
Nessa seção,
estamos colocando Pinus-Links com algumas publicações
relevantes da literatura virtual. Basta você clicar
sobre os endereços de URLs para abrir as mesmas ou salvá-las
em seu computador. Como são referências, não nos
responsabilizamos pelas opiniões dos autores, mas acreditem
que são referências valiosas e merecem ser vistas pelo
que podem agregar a seus conhecimentos. Ou então, para serem
guardadas em sua biblioteca virtual. Nessa seção estaremos
procurando valorizar as instituições e autores que têm
se mostrado dedicados a estudar e a avaliar técnica e cientificamente
os Pinus. As publicações referenciadas versam sobre florestas,
ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras, celulose e papel;
enfim, todas as áreas que se relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento
em plantações florestais e utilizações
de seus produtos.
Sabemos
que os estados do sul do Brasil vêm
mantendo apreciável área
plantada com Pinus. Então, a economia dessas regiões é bastante
associada aos plantios e usos dos mesmos. Assim sendo, a UFPR - Universidade
Federal do Paraná - tornou-se um importante centro de pesquisa
e educacional sobre as espécies dos Pinus, contribuindo para
o desenvolvimento técnico e científico, ajudando a solucionar
problemas dos produtores florestais e usuários industriais de
suas madeiras e resinas. Portanto, frente à grande geração
de conhecimentos sobre os Pinus realizada pela UFPR, através
de seu curso pioneiro de Engenharia Florestal, estamos homenageando
essa instituição de ensino e pesquisa pela disponibilização
a vocês dos resultados de seus pesquisadores, docentes e alunos.
As mais recentes teses de doutorado e dissertações de
mestrado publicadas nessa instituição de ensino e pesquisa
estarão sendo apresentadas a vocês com seus endereços
para download. São mais de 30 publicações à disposição
do público interessado. Nossos cumprimentos à UFPR por
essa grande e contínua contribuição ao Pinus e à sociedade
brasileira.
Área
temática:
Produtos Florestais
Avaliação da qualidade
da madeira de Pinus taeda em diferentes sítios de crescimento
e espaçamentos, através
do método não destrutivo de emissão de ondas
de tensão. P. A. R. Castelo. Tese de Doutorado UFPR. 137
pp. (2007) 1.1 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/10090
Modelo
de transferência
de calor e massa na secagem de madeira serrada de Pinus. E. C. E. R.
Mellado. Tese de Doutorado UFPR.
155 pp. (2006) 2.7 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/11594
Estimativas
de propriedades da madeira de Pinus taeda através
do método não destrutivo emissão de ondas
de tensão,
visando a geração de produtos de alto valor agregado. V. R. S. Shimoyama. Tese de Doutorado UFPR. 151 pp. (2005) 8.9
MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1665
Espectroscopia no infravermelho próximo no estudo de características
da madeira e papel de Pinus taeda L. S. Nisgoski. Tese de Doutorado
UFPR. 160 pp. (2005) 2.1 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2224
A influência das variáveis de processamento sobre propriedades
de chapas de partículas de diferentes espécies de
Pinus. S. Iwakiri. Tese de Doutorado UFPR. 130 pp. (1989) 137 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2242
Qualidade
da madeira, celulose e papel em Pinus taeda L. : influência
da idade e classe de produtividade. A. S. Andrade. Dissertação
de Mestrado UFPR. 97 pp. (2006) 3.2 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/3884
Efeito
da aplicação
de resíduos da indústria
de papel e celulose nos atributos químicos, físicos
e biológicos do solo, na nutrição e
biomassa do Pinus taeda L. C. M. Rodrigues. Dissertação
de Mestrado UFPR. 109 pp. (2005) 920 KB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1637
Desdobro
de toras de Pinus utilizando diagramas de corte para diferentes classes
diamétricas. M. I. Murara Júnior. Dissertação
de Mestrado UFPR. 67 pp. (2005) 1.2 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1639
Antraquinona e surfactante para otimização do processo
kraft com Pinus spp. E. Z. Mocelin. Dissertação de
Mestrado UFPR. 72 pp. (2005) 2 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2506
Influência do espaçamento sobre a qualidade e o rendimento
da madeira serrada de Pinus taeda L. D. Chies. Dissertação
de Mestrado UFPR. 123 pp. (2005) 1.9 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/3181
Impactos silviculturais, ambientais e econômicos do descarte
de resíduos de madeira em plantios de Pinus
elliottii. M. Posonski.
Dissertação de Mestrado UFPR. 66 pp. (2005) 2.2 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/3177
Variabilidade da massa específica de Pinus taeda L. em diferentes
classes de sítio. K. P. Siqueira. Dissertação
de Mestrado UFPR. 43 pp. (2004) 2.3 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4151
Qualidade da madeira de Pinus L. de procedência da África
do Sul. M. Hassegawa. Dissertação de Mestrado UFPR.
107 pp. (2003) 4.6 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/487
Desempenho estrutural de vigas "I" construídas por
PLP e compensado de Pinus taeda L. e Eucalyptus. A. L. Pedrosa. Dissertação
de Mestrado UFPR. 104 pp. (2003) 74.2 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2233
Área temática: Gestão
Florestal
O fator tributário no planejamento estratégico para povoamentos
de Pinus taeda. M. I. Fenner. Dissertação de Mestrado
UFPR. 73 pp. (2006) 534 KB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/11202
Avaliação de investimento em reflorestamento de Pinus
sob condições de incerteza. M. Gonçalves. Dissertação
de Mestrado UFPR. 102 pp. (2004) 966 KB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/406
Viabilidade de produção de Pinus em áreas ociosas
nas propriedades rurais da região centro-sul paranaense. S.
Karling. Dissertação de Mestrado UFPR. 117 pp. (2004)
509 KB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/6196
Área temática: Silvicultura
e Manejo Florestal
Sistema computacional para projeção de cenários
de temperaturas favoráveis ao plantio de Pinus taeda no estado
do Paraná. E. W. Wildauer. Tese de Doutorado UFPR.
143 pp. (2007) 6.5 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/11591
Morfologia, bioecologia e comportamento alimentar de Pineus
boerneri Annand, 1928
(Hemiptera:Adelgidae) em Pinus spp. (Pinaceae). J.
T. Cardoso. Tese de Doutorado UFPR. 135 pp. (2007) 4.8
MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/10280
Perdas de solo e nutrientes por erosão hídrica em diferentes
métodos de preparo do solo em plantio de Pinus taeda. S.
R. Cavichiolo. Tese de Doutorado UFPR. 139 pp. (2005)
845 KB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/3880
Armilariose em Pinus elliottii e Pinus taeda na região sul do
Brasil. N. S. B. Gomes. Tese de Doutorado UFPR. 97 pp. (2005)
1.1 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1662
Exportação de nutrientes em povoamentos de Pinus
taeda L. baseada em volume estimado pelo sistema SISPINUS. L.
Moro. Tese de Doutorado UFPR. 114pp. (2005) 1.1 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4399
Distribuição espacial e plano de amostragem seqüencial
para o monitoramento do pulgão-gigante-do-Pinus, Cinara
atlantica (Wilson, 1919) (Hemiptera: Aphididae: Lachninae), e do seu parasitóide
Xenostigmus bifasciatus (Ashmead, 1891) (Hymenoptera: Braconidae: Aphidiinae)
em plantios de Pinus taeda L. (Pinaceae). R. D.
Ribeiro. Dissertação
de Mestrado UFPR. 137 pp. (2007) 2.8 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/8835
Efeito da aplicação de nitrogênio e silício
em plantas de Pinus taeda L. (Pinaceae) na performance do pulgão-gigante-do-Pinus,
Cinara atlantica (Wilson,1919) (Hemiptera: Aphididae). J.
M. M. Camargo. Dissertação de Mestrado UFPR. 102
pp. (2007) 3.1 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/10941
Scolytidae em povoamento de Pinus spp. em Telêmaco Borba/PR.
R. A. Pereira. Dissertação de Mestrado UFPR.
50 pp. (2006) 331 KB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4724
Minijardim clonal de Pinus taeda L. G.
M. P. Andrejow. Dissertação
de Mestrado UFPR. 92 pp. (2006) 1.3 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/4403
Miniestaquia de Pinus taeda L. G. B. Alcantara. Dissertação
de Mestrado UFPR. 77 pp. (2005) 1.1 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/10953
Análise da densidade ótima de estradas em relevo plano
de áreas com produção de Pinus taeda L., no planalto
catarinense. R. Zagonel. Dissertação de Mestrado
UFPR. 100 pp. (2005) 860 KB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/7409
Adição da precipitação pluviométrica
na modelagem do crescimento e da produção florestal em
povoamentos nao desbastados de Pinus taeda L. M.
Temps. Dissertação
de Mestrado UFPR. 82 pp. (2005) 1.2 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2381
Avaliação da infestação de Cinara atlantica
(Wilson) (Hemiptera: Aphididae) em mudas de Pinus taeda L. (Pinaceae)
em função da época de plantio. E. C.
Queiroz. Dissertação de Mestrado UFPR. 59 pp. (2005)
2 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2476
Sucessão de fungos em acículas de Pinus taeda em decomposição. A.
M. Ghizelini. Dissertação de Mestrado UFPR. 61 pp.
(2005) 395 KB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/2714
Composição da entomofauna em povoamentos de Pinus
taeda Linnaeus, com diferentes manejos de plantas invasoras, e efeito de
temperatura no armazenamento de ovos de Cycloneda sanguinea (Linnaeus,
1763) (Coleoptera: Coccinellidae). V. B. Silva. Dissertação
de Mestrado UFPR. 46 pp. (2005) 890 KB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/1161
Monitoramento do pulgão-do-Pinus e seu controle com aplicação
de Imidacloprid. A. B. C. Faria. Dissertação
de Mestrado UFPR. 60 pp. (2004) 1.6 MB
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/520
Cursos
e Eventos
Nessa seção, trazemos referências
de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional
e que se relacionam diretamente aos Pinus. A característica
marcante desses bons eventos aqui relacionados é a disponibilização
do material do evento na forma de palestras, anais, proceedings ou
livros técnicos. Através dos endereços de URLs,
vocês podem obter todo o material do evento e conhecer mais sobre
a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar
do próximo.
Congresso Internacional do Pinus
O Congresso Internacional do Pinus tem-se constituído em um
dos principais eventos brasileiros acerca dos Pinus. Sua última
edição ocorreu em Curitiba, em setembro de 2006. Os artigos
e palestras apresentados foram disponibilizados para download pela
Remade e Porthus Eventos, promotores do congresso, em um website especial
para isso. Entre nos websites indicados, conheça a organização
geral e o que foi apresentado nesse evento. Vale a pena conferir e
baixar as excelentes palestras para seu computador. Programe-se também
para o próximo congresso.
http://www.porthuseventos.com.br/site/eventos/2006/pinus/programa.htm
http://www.porthuseventos.com.br/congressopinus (Palestras)
IV International Conifer Conference (Inglês)
O website dessa conferência sobre coníferas disponibiliza
a maioria das palestras para download e permite a aquisição
do livro do evento, realizado no Reino Unido em 2003. Há uma
quantidade bastante razoável de artigos disponíveis gratuitamente
online. Acessem, pois é uma fonte interessante e valiosa de
informações:
http://www.actahort.org/books/615/index.htm
Australasian Forest Genetics Conference - Breeding for Wood
Quality (Inglês)
Conferência realizada em abril de 2007 na Austrália tratando
do tema melhoramento genético em florestas, com ênfase
na melhoria da qualidade da madeira. Nisso se incluem as florestas
e madeiras de Pinus. As apresentações de palestras ministradas
nesse evento estão à disposição para download.
Visitem logo, principalmente aqueles que têm interesse em melhoramento
da qualidade da madeira.
http://www.proceedings.com.au/afgc
Pinus-Links
A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação
para visitarem diversos websites que mostram direta relação
com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos,
ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção, estamos
colocando Pinus-Links com algumas empresas ou organizações
técnicas relevantes no uso dos produtos dos Pinus, ou então
na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Basta
você clicar sobre os endereços de URLs para abrir nossas
indicações ou salvá-las como favoritas em seu
computador.
Biotech Brasil
Website que apresenta diversos links tanto sobre a biotecnologia
de florestas quanto sobre agricultura e saúde. Também
há disponível materiais didáticos, entrevistas,
textos sobre alimentos geneticamente modificados e algo sobre nanotecnologia.
Dentre os artigos disponibilizados, destacamos especialmente um sobre
biotecnologia florestal de coníferas (e entre elas, os Pinus)
http://www.biotechbrasil.bio.br/2006/10/16/biotecnologia-florestal-de-coniferas
http://www.biotechbrasil.bio.br (website oficial)
Enciclopédia Wikipedia com uma Coletânea Especial
sobre os Pinus
A Wikipedia tem se revelado uma fantástica fonte de conhecimentos
técnicos, culturais, históricos e sociais. Não
poderia ser diferente com Pinus: ela está apresentando muitas
informações sobre o assunto. São mais de 120
publicações e links a respeito das principais características
de espécies do gênero Pinus, tudo em português,
mas, se você preferir, pode até mesmo escolher o idioma.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Pinus
Centro Pinus - Portugal
O Centro Pinus consiste em uma associação entre os
fabricantes e federações de empresas de celulose, de
móveis e de outros produtos usuários da madeira com
as empresas plantadoras de Pinus de Portugal, visando a valorização
da floresta e dos produtos desse pinheiro. É um website com ótimos
materiais de consulta, possui uma biblioteca com artigos para download
e traz as principais notícias do setor de base florestal de
Portugal. O Centro Pinus edita também uma newsletter conhecida
como PinusPress, um interessante e valioso informativo sobre os Pinus.
http://www.centropinus.org
http://www.centropinus.org/f_resto2.php?m=5 (Informativo PinusPress)
Pine Genome Initiative (Inglês)
Pine Genome Initiative consiste em uma coalizão de universidades,
governo, empresas reflorestadoras e produtores de Pinus que visam,
através do desenvolvimento da biotecnologia orientada ao conhecimento
do genoma, a melhoria na produção do Pinus e da economia
dessa e de outras coníferas nos Estados Unidos. A condução
do processo é do Institute of Forest Biotechnology, localizado
em North Carolina, USA. O website mostra as principais vantagens
de se entender o genoma e os processos moleculares que envolvem os
Pinus.
http://www.forestbiotech.org/pdffiles/PGI_Brochure_web_020507.pdf
http://www.forestbiotech.org (Website geral do The Institute of Forest
Biotechnology)
Camcore: Global Partners for the Future of the Forests (Inglês)
Camcore é uma organização sem fins lucrativos
da North Carolina State University, com inúmeros parceiros
internacionais, entre os quais algumas empresas brasileiras. Sua
finalidade é a conservação de recursos genéticos
e florestais, com ênfase nos estudos de conservação
genética de germoplasmas. Possuem um website muito interessante
com publicações disponíveis a respeito de conservação
e variabilidade genética de espécies florestais tropicais
e sub-tropicais.
Visitem:
http://www.camcore.org
http://www.camcore.org/publications (Publicações disponíveis
para downloading)
Southern Tree Breeding Association - Genetic Improvement
(Inglês)
Website de uma associação de pesquisas australiana
na área de melhoramento florestal. Sua meta é associar
as inovações e descobertas científicas no ramo
da genética florestal com a comercialização
e divulgação destes conhecimentos à indústria
e outros interessados. A cooperativa de pesquisas possui empresas
e instituições associadas, interessadas no melhoramento
florestal de Eucalyptus globulus e Pinus radiata. Existe no website
uma excelente seção de artigos para se descarregar.
Acesse em:
http://www.stba.com.au
http://www.stba.com.au/articles.html (Artigos
técnicos para
downloading)
Tree Improvement Program (Inglês)
NCSU Cooperative Tree Improvement Program (TIP) é uma cooperativa
científica coordenada pela North Carolina State University
(EUA), que visa a melhoria econômica da indústria florestal
através de pesquisas, principalmente de melhoramento genético
em Pinus taeda. O website possui todo o histórico da TIP,
mostrando seus principais projetos, fotos de suas pesquisas e uma
extensa lista de artigos científicos publicados nos seus 50
anos com trabalhos em projetos cooperativos.
http://cnr.ncsu.edu/fer/research/tip/about_TIP.htm
http://cnr.ncsu.edu/fer/research/tip/files/All_Publications1957-2007.pdf (Lista
de artigos científicos de 1957 a 2007)
Faber-Castell
O website da Faber Castell, uma das principais produtoras de lápis
no Brasil e no mundo, possui muita informação interessante,
não só a respeito da história do lápis,
mas também dicas de reciclagem, destinação de
resíduos e outros assuntos ligados ao meio ambiente. A fototeca
que apresentam merece ser visitada, pelas belas fotos mostradas sobre
plantações florestais e produtos obtidos do Pinus.
http://www.faber-castell.com.br
Fototeca em:
http://www.faber-castell.com.br/docs/default_ebene3.asp?id=19696&domid=1010&sp=
P&addlastid=&m1=17466&m2=19650&m3=19652&m4=19658&m5=19659&m6=19696
Klabin
A empresa brasileira Klabin de produção de celulose e papel utiliza
a madeira de Pinus como uma de suas principais matérias primas fibrosas.
Ela disponibiliza em seu website, além de seus principais produtos, sua
política de sustentabilidade, responsabilidade social e ambiental, pesquisas
e desenvolvimento, novidades no mercado e em seus negócios e programas
de parcerias que possui. Muito interessantes são o Centro de Documentação
e Memória e o histórico da empresa, que se correlacionam muito
bem com a história da indústria brasileira de celulose e papel.
A Klabin foi a primeira empresa do setor de papel e celulose do hemisfério
sul a ter suas florestas certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council),
confirmando que a empresa desenvolve suas atividades de acordo a elevados padrões
de conservação ambiental e de sustentabilidade socio-econômica.
A empresa é também muito conhecida por seu papel social e isso
pode ser confirmado pela leitura dos websites abaixo.
Visitem:
http://www.klabin.com.br/pt-br/home/Default.aspx
http://www.klabin.com.br/pt-br/klabin/centroMemoria.aspx#
(Centro de Documentação
e Memória da Klabin)
http://www.klabin.com.br/pt-br/responsabilidadeSocial/default.aspx
(Responsabilidade
Social)
Plantando
Pinus para Recuperação de Áreas Degradadas
O
tema cultivo do Pinus como espécie
plantada vem sendo bastante discutido atualmente, principalmente
quando levamos em conta a recuperação de áreas
previamente exauridas pela agricultura e/ou pecuária.
Existem muitos pontos a favor dos Pinus para plantações
em solos altamente degradados, até mesmo semi-desertificados
ou arenizados. As plantações dos Pinus acabam
sendo remediadoras de solos degradados, já que previnem
a erosão, colocam carbono orgânico no solo, melhoram
a umidade e a biologia dos mesmos, além de regularem
melhor os deflúvios de escoamento de águas de
chuva. A cultura é muito pouco exigente, cresce bem
nessas condições de baixa fertilidade e agrega
renda ao produtor rural. Esse pode inclusive se valer de práticas
de agrossilvicultura. Contudo, há os que se opõem
e gostariam de que esses plantios de reabilitação
de áreas degradadas fossem feitos com espécies
nativas. Sempre é possível uma combinação
de espécies, não nos esqueçamos disso.
O Pinus pode entrar como espécie pioneira e depois ir-se
abrindo espaço pelo manejo para outras espécies
nativas brasileiras. A legislação brasileira
permite o plantio de exóticas nessas condições,
seguindo algumas exigências: respeitar áreas de
preservação permanente, não plantar em
banhados, nem em áreas de beira de córregos,
rios e lagos. Outras exigências dos órgãos
licenciadores é o respeito à conservação
do solo. Existem alguns estados do Brasil que já possuem
um zoneamento ambiental para a silvicultura, como é o
caso do Rio Grande do Sul. Com isso, busca-se regular as plantações
de florestas em áreas de fragilidade ecológica,
mas sem impedir que o Pinus seja reflorestado para fins econômicos
e também utilizado como cultura de remediação
em solos altamente deteriorados. As empresas líderes
em plantações florestais com Pinus, além
de efetuarem seu plantio de acordo com a legislação,
são grande colaboradoras e responsáveis pela
preservação de matas nativas e de educação
ambiental das comunidades vizinhas. Outra alternativa para
reabilitação de áreas exauridas, como
já mencionado, seria o plantio do Pinus consorciado
com o plantio de espécies nativas, em que o Pinus teria
sua madeira aproveitada, gerando receitas ao produtor rural,
deixando-se ainda as nativas se desenvolverem através
de manejo florestal racional e sustentado. Não devemos
nos esquecer que o Pinus é um gênero de árvores
muito frugais, que possuem baixas exigências nutricionais.
Existem
alguns estudos que comparam a recuperação
de solos já degradados, utilizando para tanto diferentes
culturas, entre as quais as de Pinus. Alguns resultados se
mostraram promissores, como os encontrados por Silva e colaboradores,
na recuperação de áreas degradadas por
extensas barragens. Pinus patula var. tecunumani, P.caribaea var. bahamensis e P.oocarpa apresentaram desenvolvimento satisfatório
e baixa mortalidade, permitindo boa cobertura para esses solos,
e, conseqüentemente, proteção contra a erosão.
Em outro estudo de recuperação de área
de mineração (Spathelf et al., 2001), o Pinus
se mostrou mais vantajoso que as gramíneas, mas foi
inferior à leguminosa acácia negra (Acacia
mearnsii).
Não existem ainda muitos dados para as regiões
degradadas em nosso país, portanto, outros estudos são
sugeridos.
Uma
coisa é certa e conhecida: as plantações
de Pinus protegem o solo contra a erosão e disciplinam
os fluxos e as qualidades das águas de chuva que migram
dessas áreas para os cursos d'água. O arraste
de sedimentos será menor e o balanço hidrológico
mais equilibrado ao longo do ano. As florestas de Pinus podem
ajudar no combate à desertificação, à arenização
e aos fortes processos de erosão do solo. Como o manejo
do Pinus pode ser feito para colheitas ao longo do ciclo (desbastes),
o seu ciclo é longo e com isso o solo fica protegido
por longo período.
Para
iniciar essa seção
de referências
da literatura sobre esse tema, começamos por indicar
algumas referências gerais sobre recuperação
de áreas degradadas:
Recuperação de áreas
degradadas. V. L. Engel. UNESP/FCA/Botucatu. Apresentação
em PowerPoint: 55 slides (sem referência de data)
http://www.ambiente.sp.gov.br/ea/encontro_agua_1106/aguapei/vera_engel.pdf
Recuperação
de áreas degradadas: recuperação
ambiental e desenvolvimento sustentável. M. N. Souza.
EVATA/Viçosa. 251 pp. (2005)
http://www.evata.com.br/apostila_rad.pdf
Teoria
e prática
em recuperação de áreas
degradadas: plantando a semente de um mundo melhor. PET
Floresta UFMT - Universidade Federal do Mato Grosso. 55 pp. (sem
referência
de data)
http://www.ufmt.br/petfloresta/apost.htm
Avaliação de projetos para seleção
de indicadores de áreas restauradas. L. F. G. Bigarelli.
Faculdade de Agronomia e Engenharia Florestal de Garça.
70 pp. (2003)
http://www.revista.inf.br/florestal04/pages/monografias/mono.pdf
Estudo de monografia que discute indicadores biológicos
para avaliação de áreas degradadas pela
mineração de bauxita e que foram reabilitadas
paisagística e ecologicamente.
Manual para recuperação de áreas degradadas
do estado de São Paulo. L. M. Barbosa (coordenação
geral). FAPESP/SMA-SP/Prefeitura Guaratinguetá. 129
pp. (2006)
http://sigam.ambiente.sp.gov.br/Sigam2/Repositorio/126/Documentos/
Manual%20para%20RAD%20-%20Guaratinguet%C3%A1%20SP.pdf
Trabalho bastante abrangente mostrando maneiras de
se recuperar matas ciliares e áreas degradadas na região do
Vale do Paraíba, em São Paulo.
.....
Existe
ainda no Brasil uma organização científica
da UFLA - Universidade Federal de Lavras, que se
preocupa com o estudo para recuperação de matas
ciliares degradadas. Certamente, sabemos que não é o
caso a plantação
de exóticas como os Pinus nas áreas
de matas ciliares. Ocorre que esse centro de investigações
disponibiliza muito material interessante sobre recuperação
de áreas degradadas e exauridas, não
apenas matas ciliares e zonas ripárias, mas
também solos degradados,
dunas, áreas contaminadas com compostos tóxicos,
etc. Trata-se do CEMAC - Centro de Excelência
em Matas Ciliares (http://www.cemac-ufla.com.br/index.htm).
Há interessantes
trabalhos como um bom tratado sobre Nascentes -
O
verdadeiro tesouro da propriedade rural
(http://www.cemac-ufla.com.br/biblioteca/Boletim_Nacentes_CERTO.pdf)
O
CEMAC também permite o acesso e download de
artigos e palestras apresentados em importante evento
brasileiro que é o
SINRAD, que falaremos sobre ele mais adiante. As
palestras e os artigos voluntários do V SINRAD
(Belo Horizonte, 2002) estão disponibilizados
para download em:
http://www.cemac-ufla.com.br/AnaisPalestras.htm (Palestras:
12 palestras versando inclusive sobre aspectos
silviculturais
para reabilitação de matas ciliares e solos agrícolas)
http://www.cemac-ufla.com.br/AnaisTrabVoluntarios.htm (Trabalhos
voluntários: 188 trabalhos apresentados
em 4 seções
da webpage)
Existe
também no Brasil uma outra
importante organização
não governamental que se dedica à recuperação
de áreas degradadas, a SOBRADE - Sociedade
Brasileira de Recuperação de Áreas
Degradadas (http://www.sobrade.com.br). Vale a
pena navegar na webpage dessa sociedade, que é a
promotora principal dos SINRAD - Simpósio
Nacional sobre Recuperação de Áreas
Degradadas e também
do Seminário Nacional Degradação
e Recuperação
Ambiental. Os anais do seminário de 2003
e do VI SINRAD de 2005, estão disponibilizados
para você navegar
por eles. São excelentes fontes de referências
virtuais a serem pesquisadas e lidas com muita
atenção,
pela abundante disponibilização de
conhecimentos sobre o tema.
http://www.sobrade.com.br/eventos/2005/visinrad/index.htm ( VI SINRAD - Curitiba, 2005)
http://www.sobrade.com.br/eventos/2003/seminario/index.htm (Seminário Nacional Degradação e Recuperação
Ambiental - Foz do Iguaçu, 2003)
.....
A
seguir, recomendamos a leitura de alguns artigos específicos
sobre o cultivo de Pinus para colaborar na recuperação
de áreas degradadas previamente por outros
usos ou condições:
Recuperação de áreas degradadas com a
utilização de diferentes espécies de Pinus
spp. e manejo do solo, em Sevíria-MS. A. M. Silva; V.
S. Lins; M. L. T. Moraes; L. M. M. Mello. Cemac-Ufla. 4 pp.
(sem referência de data)
http://www.cemac-ufla.com.br/trabalhospdf/trabalhos%20voluntarios/protoc%2087.pdf
Avaliação
econômica da recuperação
de áreas mineradas na empresa Copelmi
Mineração
S.A., Butiá, RS, Brasil. P. Spathelf;
I. Seling; R.Z. Borges. Ciência Rural
31(5):881-883 (2001)
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782001000500024&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt
Plantio
de pinus compromete o solo?
Artigo técnico que fala de um dos principais assuntos
das atuais pesquisas da engenharia florestal da UFSM, ressaltando
seus projetos de pesquisa e entrevistando os principais interessados
e colaboradores. Está disponível em qualquer
um dos websites abaixo. Logo, a pesquisa está sendo
bastante divulgada, possuindo muitos interessados pelos resultados.
Com certeza, os resultados cooperarão para uma melhoria
na recuperação com os plantios manejados de Pinus
para essas situações de áreas
degradadas.
http://www.remade.com.br/pt/noticia.php?num=3585;
http://www.ageflor.com.br/index2.php?p=productMore&iProduct=2075;
http://www.madeiratotal.com.br/ntc.asp?cod=3520
Ten-year responses of soil quality and conifer
growth to silvicultural treatments. C. Périé; A. D. Munson. Soil Science Society of American Journal.
64:1815–1826 (2000).
Publicação científica que analisa a mudança, principalmente
de fertilidade do solo cultivado com Pináceas no Canadá,
ao longo de 10 anos e respondendo a distintos tratamentos e manejos.
http://www.theses.ulaval.ca/2003/21351/ch02.html
Anatomia
da Madeira do Pinus
Com
a crescente demanda da madeira a nível
mundial, os conhecimentos de sua anatomia e qualidade ganham
relevância, não apenas para o melhor aproveitamento
do Pinus em suas utilizações, mas para todas
as outras espécies de árvores que são
destinadas a usos industriais. O conhecimento das principais
características anatômicas, como a configuração
dos anéis de crescimento, a localização
da madeira juvenil, do lenho tardio, os aspectos e dimensões
dos constituintes anatômicos: tudo isso é muito
importante para tomada de decisões no uso da madeira.
Com isso, podem-se aumentar rendimentos, elevar a qualidade
do produto final e se reduzirem desperdícios e resíduos.
A anatomia da madeira pode ser dividida em características
macroscópicas e características anatômicas
microscópicas. As macroscópicas são as
que podem ser vistas a olho nu, ou avaliadas de forma muito
simples sem o uso do microscópio: medições
dos anéis de crescimento, cores, odores, densidade básica,
tipos e quantidades de defeitos. A madeira de Pinus, ou da
maioria das coníferas, pode ser distinguida de outras
espécies pela visualização de seus canais
de resina, assim como pela transição entre as
madeiras de lenho inicial e tardio, formando os visíveis
e destacados anéis de crescimento. A anatomia microscópica é aquela
que se preocupa em identificar os tecidos e as células,
suas disposições, arranjos, freqüências
e dimensões.
O
conhecimento das principais estruturas anatômicas também
serve para a diferenciação de coníferas,
como o Pinus e a Araucaria, das madeiras de folhosas (maioria
das árvores brasileiras e os eucaliptos). A estrutura
do xilema de coníferas é bastante ordenada e
uniforme, com mais de 90% de seu volume constituído
de células de traqueídos ou traqueídeos.
Já no caso de madeiras de folhosas, a estrutura do xilema é mais
complexa, existindo maior diferenciação de elementos
anatômicos. Nessas, as fibras, os elementos de vaso,
os parênquimas longitudinais e os raios medulares se
ordenam de formas típicas, dependendo do gênero,
espécie, idade, ambiente, etc. Além disso, a
condução da seiva bruta é feita de forma
diferente: nas coníferas são os traqueídos
que fazem esse transporte e nas folhosas, os elementos de vaso.
Muitas madeiras de folhosas são muito porosas pela presença
dos vasos, os quais vistos em corte transversal, são
chamados também de poros. As madeiras dos Pinus são
bastante simples em sua anatomia, caracterizadas pela presença
dos lenhos iniciais e tardios, que formam um anel de crescimento
a cada par . Essas madeiras possuem abundantes canais de resina
e existe um típico alinhamento radial dos raios medulares
ou parênquimas radiais.
Para
que vocês possam conhecer
mais sobre a anatomia das madeiras dos Pinus, inclusive com
muitas fotos estruturais
das mesmas, a PinusLetter lhes disponibiliza algumas referências
para consulta.
Comecem
visitando algumas referências
da própria
Grau Celsius e do Celso Foelkel, para depois visitarem belíssimos
websites onde vocês aprenderão muito sobre as
madeiras dos Pinus:
Estrutura
da Madeira. Cenibra / UFV - Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ufv/01.%20Estrutura%20da%20Madeira.%201977.PDF
Apostila didática histórica (1977) do curso de
mestrado em celulose e papel da UFV - Universidade Federal
de Viçosa, em que o autor apresenta as principais características
estruturais da madeira, discorrendo sobre as diferenças
entre as de coníferas e as de folhosas.
Paisagens
em Anatomia da Madeira - Galeria de Fotos
http://www.celso-foelkel.com.br/fotos_madeira.html
Extensa coleção de fotos disponibilizadas por
Celso Foelkel, mostrando as características anatômicas
em microscópios ótico e eletrônico: mais
de 200 fotos para você se encantar com as paisagens que
as madeiras oferecem, entre as quais, muitas de Pinus. Para
encontrar as fotos de Pinus busque as galerias de fotos de
coníferas.
Anatomia da Madeira - Uma Coletânea de Conhecimentos
e um Tutorial sobre Anatomia
http://www.eucalyptus.com.br/newspt_out06.html#dois
e
http://www.eucalyptus.com.br/newspt_jan07.html#dois
Visitem essas duas indicações para encontrar
muitíssimas referências das Eucalyptus Newsletters
sobre a ciência da anatomia da madeira.
Anatomia da Madeira & Qualidade da Madeira -
UNESP- Profa. Carmen Marcati
http://www.fca.unesp.br/intranet/carmen.php
Website da Profa. Carmen Regina Marcati, que disponibiliza
tanto os slides de suas apresentações para as
disciplinas de graduação de anatomia da madeira
e qualidade da madeira, como textos para impressão.
Excelente material tanto para iniciantes, como para aqueles
que queiram um rico material didático para seus arquivos.
Introdução à Engenharia Industrial
Madeireira - UFPR - Prof. Umberto Klock
Website da disciplina de graduação - Introdução à Engenharia
Industrial Madeireira - regida pelo Prof. Dr. Umberto Klock,
onde estão à disposição para o
público geral e alunos as apresentações
de suas aulas versando sobre: composição química
da madeira, propriedades da madeira, variabilidade da madeira,
entre outras. Naveguem por todas as aulas, vocês poderão
aprender muito com o professor Umberto.
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/introduengmad/Madeira2005.ppt
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/quimicadamadeira/madeiraheterogenea.ppt
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/introduengmad/Propriedadesdamadeira1.ppt
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/introduengmad/composicaoquimica.ppt
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/quimicadamadeira/composicaoquimica.ppt
Anatomia da Madeira - UDESC - Joinville - Prof. Arlindo Costa
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/index.php?pg=materiais
Página do Professor Arlindo Costa, com material
didático
disponível da disciplina de graduação "Anatomia
da Madeira", discorrendo sobre itens como: estrutura do
lenho de gimnosperma e angiosperma, parede celular, anatomia
da madeira, esquemas de características macroscópicas,
entre outros polígrafos e apresentações...
Confiram o bom material que nos disponibiliza o professor
Arlindo e aprendam sobre a anatomia e estrutura da madeira
dos Pinus.
Anatomia
da Madeira - Prof. Ademir Castro e Silva
http://www.geocities.com/adcastro2000/inicio/principal.html
O site traz muitos conceitos básicos de anatomia das
madeiras e também as características diferenciais
entre as madeiras de coníferas e de folhosas. Visitem.
Reexamination of Wood Anatomical Features in Pinus
krempfii (Pinaceae). S. M. I.Bond.
IAWA Journal 22 (4): 355–365
(2001)
http://bio.kuleuven.be/sys/iawa/PDF/IAWA%20J%2021-25/22%20(4)%202001/22(4)%20355-365.pdf
Artigo técnico da IAWA Journal publicado em 2001 em
inglês. Evidencia as principais características
anatômicas macro e microscópicas de Pinus krempfii,
uma pinácea endêmica no Vietnã. O artigo
apresenta bastante fotos em microscopia eletrônica das
principais estruturas anatômicas e também fotos
da espécie em si.
Wood Anatomy of Central European Species (Inglês)
http://www.wsl.ch/land/products/dendro
Site em inglês dedicado a divulgar as características
anatômicas, principalmente microscópicas, das
principais espécies arbóreas da Europa central. É um
site bastante explicativo, que possui fotos e ilustrações
sobre as principais características anatômicas
das árvores, inclusive de Pináceas.
Secondary Growth in Stems - Biology of Plants (Inglês)
http://teach.valdosta.edu/rgoddard/Botany/ppt/Bot09_files/frame.htm#slide0101.htm
Magnífico curso virtual com muitas fotos, mostrando
a anatomia e a formação da madeira dos troncos
das árvores. Os autores são Peter Raven, Ray
Evert e Susan Eichhorn, da Valdosta State University, no estado
da Georgia/USA. Naveguem nos 70 slides do curso e em especial
nos de números 51 a 58, que versam sobre os Pinus.
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
As Florestas Plantadas de
Pinus e a Vespa-da-Madeira
Sirex
noctilio (Hymenoptera:
Siricidae), popularmente conhecido como a vespa-da-madeira é um
inseto originário da Europa central ao norte da África.
Considerado praga secundária, pelo baixo nível
de dano que causava nas árvores dessas regiões,
quando foi introduzido na Austrália e Nova Zelândia,
no início dos anos 80, se tornou extremamente nocivo
e danoso. Na mesma época, S. noctilio foi
identificado na América do Sul, mais precisamente
no Uruguai, sendo mais tarde relatado em reflorestamentos
do Rio Grande do
Sul, Brasil, em 1988; posteriormente em Santa Catarina e
no Paraná, desde 1994. A vespa-da-madeira ataca geralmente
em grandes áreas com alta densidade de plantas. Essa
praga, devido a sua rápida disseminação
pelo mundo e por causar depreciação da qualidade
da madeira do Pinus, tem sido bastante estudada. Assim, programas
de controle foram desenvolvidos e realizados. Em 1992, na
América do Sul, encontro realizado entre os países
do Cone Sul identificaram a praga como uma ameaça
aos seus povoamentos de Pinus (Embrapa Florestas, 2007; Ambiente
Brasil, 2004; Iede et al., 1992). Ela é particularmente
nociva e muito agressiva em povoamentos mal formados ou submetidos
a algum tipo de estresse (nutricional, seca, árvores
dominadas, outros ataques de pragas, etc.).
Biologia
da vespa-da-madeira
A época
de emergência
de adultos de S. noctilio ocorre geralmente de novembro
a abril, permitindo picos mais
intensos com presença de revoadas em novembro, dezembro
e janeiro. O macho sai da pupa antes e escolhe as árvores
mais fracas (bifurcadas e dominadas) à espera da emergência
das fêmeas. A proporção sexual em áreas
ainda não manejadas para seu controle é de
1 fêmea para 1,5 machos, indicando a presença
de partenogênese arrenótoca (ovos não
fecundados originam indivíduos do sexo masculino)
como forma de reprodução. Fêmeas, após
revoada, colocam ovos de cima para baixo ferroando a madeira.
Esses ovos eclodem em média em uma semana. Fêmeas
adultas de grande porte podem colocar até 500 ovos
em 10 dias e a longevidade é de até 40 dias,
com média de 8 dias de vida em laboratório
segundo Iede et al. (apud Iede et al., 2000), podendo colocar
2 ovos por cada sitio de oviposição. Em média,
ao longo de sua vida, as fêmeas ovipositam cerca de
226 ovos. (Carvalho et al. apud Iede et al., 2000). Por essa
razão, a agressividade e o poder de infestação
da praga.
Ao
ferroar, as fêmeas colocam junto a seus
ovos o fungo simbionte Amylostereum areolatum do qual a larva
passa a
se alimentar. O fungo, ao se desenvolver, libera uma mucosa
fitotóxica que mata a árvore, deixando a madeira
mais leve, quebradiça e de menor qualidade. As larvas
concentram-se no terço médio da árvore
atacada, geralmente se locomovendo de cima para baixo ao
se alimentarem. Estas larvas vão-se desenvolvendo,
mudando de ínstares (em média 6 a 7) e ganhando
tamanho até fins de agosto a início de setembro,
empupam e em novembro, geralmente, emergem os adultos. (Palestra
Júlio Cesar Rosa, 2004).
Sintomas de ataque
Os
sintomas externos do ataque da vespa são no terço
médio superior da árvore, principalmente de
setembro a janeiro, sendo notados pela resina nos furos causados
pelo ovipositor da fêmea. Após isso, começa
a haver "queima das acículas" e afrouxamento
da casca da árvore. As árvores atacadas perdem
a coloração verde, ficando posteriormente com
acículas marrom-avermelhadas, quando iniciam queda,
evidenciando a sua morte. Após a praga completar o
ciclo biológico, é possível ver também
os orifícios de saída das vespas adultas nos
troncos. O fungo A. areolatum se estabelece principalmente
no sistema de condução da árvore, bloqueando
a passagem de água e nutrientes para as partes superiores,
levando-a posteriormente à morte. A idade preferencial
para o ataque são plantas com 8-12 anos; contudo,
até árvores de 25 anos podem ser atacadas,
quando o desbaste e a poda não são efetuadas
e também quando há alta densidade de plantas,
fazendo com que estas fiquem estressadas e enfraquecidas
(Proteção Florestal, 2004; Iede et al., 2000).
Com
a disseminação do fungo ao longo da árvore,
a madeira apresenta coloração marrom e as larvas
de S. noctilio vão efetuando galerias nessas partes
da madeira, tornando-a menos densa e consequentemente de
menor qualidade. Os Pinus que sofreram ataque intenso da
vespa-da-madeira perdem valor de mercado, sendo suas madeiras
destinadas, na maioria das vezes, para lenha, não
servindo mais para serraria, nem para outros usos industriais
mais nobres. Isso porque ocorre danificação
de suas fibras, manchamento e conseqüente depreciação
da qualidade da madeira. Após o ataque, sugere-se
que essa madeira seja aproveitada em no máximo 6 meses,
pois ela apresenta rápida decomposição,
deteriorando-se mais cedo em relação a uma
madeira sadia (Folders Embrapa Florestas - b, 2005).
Controle
da vespa
Vários estudos foram realizados
para controlar a praga. O controle biológico junto com
medidas preventivas de manejo foram, até agora, as formas
mais eficazes de combate à vespa-da-madeira, além
de serem mais econômicas. Assim, foram introduzidos os
parasitóides Ibalia leucospoides (endoparasita de larvas de ínstares
larvais),
Rhyssa persuasoria , Megarhyssa nortoni (ambos
ectoparasitas de todos os ínstares larvais) e também o nematóide
Beddingia siricidicola (Deladenus siricidicola). Este último
se aloja no sistema reprodutivo da vespa fêmea, tornando-a
estéril (Schiff et al., 2006; Ambiente Brasil, 2004).
I.
leucospoides foi o primeiro
parasitóide
a ser introduzido no Brasil parasitando a vespa-da-madeira.
Hoje, ele se encontra
estabelecido em quase todos os reflorestamentos de Pinus
que apresentam a vespa. A fêmea de I. leucospoides,
que possui coloração predominante preta, é atraída
pelos orifícios de oviposição de S.
noctilio, onde oviposita em ovos e larvas de até o
segundo instar. Cabe ressaltar que os três primeiros
estágios de desenvolvimento larval do parasitóide
se dão no interior no corpo do hospedeiro e no quarto
e último estágio, este se locomove para o exterior
do corpo do hospedeiro, enfim matando-o. A larva do parasitóide,
então, se locomove para as proximidades da casca da árvore,
onde empupa e emerge na mesma época em que seu hospedeiro
emergiria. Este parasitóide pode atingir índices
de parasitismo de até 39% (Iede et al., 2000).
Fêmeas
de R. persuasoria e M. nortoni, apesar de parasitarem em
todos os ínstares larvais, possuem preferência
pelas larvas mais desenvolvidas, devido ao grande comprimento
de seus ovipositores. Ambas as espécies foram introduzidas
no Brasil a fim de auxiliar no controle da vespa-da-madeira.
Elas inserem seus ovipositores diretamente na madeira a procura
de larvas de S. noctilio, que ao serem encontradas são
paralisadas e recebem 1 ovo externamente ao corpo. As larvas
de ambos os parasitóides se alimentam fora do corpo
do hospedeiro em todas as suas fases. Há relatos dessas
entrarem em diapausa no último ínstar, emergindo
o adulto apenas na primavera seguinte (Iede et al., 2000;
Embrapa Florestas, 2007).
B.
siricidicola (D. siricidicola), "o
nematóide" como
vulgarmente é chamado, possui dois ciclos de vida.
Um é de vida livre, alimentando-se do mesmo fungo
que as larvas da vespa-da-madeira se alimentam. O segundo é parasitando
todas as formas de S. noctilio. O nematóide pode atingir
níveis de parasitismo próximos a 100%, também
sendo facilmente criado em laboratório e liberado
a campo (Proteção Florestal, 2004). A Embrapa
Florestas possui uma criação massal deste nematóide,
disponibilizando sua venda pelas associações
de silvicultores nos três estados do Sul do Brasil.
B. siricidicola é hoje considerado o principal agente
controlador da vespa-da-madeira em todo o mundo (Schiff et
al., 2006; Folders Embrapa Florestas - a, 2005). Foi e tem
sido por isso, muito importante o papel da Embrapa Florestas
nesse controle biológico da vespa.
O monitoramento
aéreo em reflorestamentos de Pinus é uma
medida para a detecção precoce da praga, apesar
de não mostrar as árvores dominadas e estressadas
que são seu alvos favoritos. Esta técnica de
monitoramento ainda não é muito utilizada no
Brasil devido ao seu alto custo. Utilizam-se fotos aéreas
e infravermelho do dossel de florestas, contudo é uma
alternativa para o futuro (Iede et al., 2000).
A
principal medida preventiva que auxilia no controle da
vespa-da-madeira é o
desbaste das árvores dominadas
(bifurcadas, de menor diâmetro, com danos e doentes).
Esta medida elimina as árvores suscetíveis
ao ataque da vespa-da-madeira, deixando nos reflorestamentos
apenas as resistentes e mais vigorosas, o que previne novas
incidências da praga a longo prazo (Iede et al., 2000).
O
transporte de madeiras infestadas sem tratamento térmico
adequado (temperatura mínima de 56ºC em estufa
por 30 min.) para regiões livres de S. noctilio é proibido,
existindo legislação que trata da certificação
fitossanitária a fim de prevenir futuras infestações
em novas áreas (Folders Embrapa Florestas - b, 2005).
A
detecção antecipada da presença
de S. noctilio em um povoamento é realizada
pela instalação
de árvores armadilhas que são estressadas
pela aplicação de um herbicida. Visto a
rápida
disseminação que a vespa-da-madeira possui,
a sua presença em um S. noctilio no reflorestamento
já é motivo para se efetuar medidas de
controle biológico e o seu monitoramento terrestre.
Tanto as áreas
próximas às da detecção da
praga, como nas em até 10 km de distância,
devem ser monitoradas com a instalação
de grupos de 5 árvores
armadilhas a cada 500 m. Conforme o foco do inseto vai-se
distanciando, os grupos de árvores armadilhas
também
serão dispostos cada vez mais espaçados
uns dos outros: os grupos de árvores iscas deverão
estar distanciados a cada 1000 m, caso o foco de S.
noctilio esteja de 11 a 50 km de distância da área.
Para regiões distantes, acima de 50 km do foco,
este monitoramento deve ser espaçado em 10 km.
A partir de 200 km do foco, apenas práticas visuais
(vigilância florestal)
devem ser levadas em conta, não sendo mais necessária
a presença dos grupos de árvores iscas
(Iede et al., 2000).
Exemplos
de atividades no controle e monitoramento terrestre
da vespa-da-madeira
1-
Fazer caminhamento em talhões de povoamentos de
Pinus a partir dos 8 anos para detectar a quantidade
de ataque: mais de 5% do observado sendo atacado é considerado
preocupante.
Forma de caminhamento: realizar 1 amostragem por
talhão,
caminhando ao longo de uma linha e avaliando no máximo
40 árvores, ao final de cada linha, pulam-se 3 linhas
e retorna-se (sentido contrário) avaliando outras
40 e assim sucessivamente até o término do
talhão. Para talhões maiores que 10 ha, deve-se
intercalar 8 linhas ao invés de 3.
2-
Detecção da presença do inseto através
de árvores armadilhas.
Objetivos de árvores armadilhas: Detectar a presença
de vespa-da-madeira; preparar árvores para a inoculação
do nematóide B. siricidicola (D.
siricidicola) e proporcionar
pontos para liberação de parasitóides
(Ambiente Brasil, 2004).
Segundo Iede et al. (1991), árvores armadilhas deverão
ser instaladas anualmente durante o período
de 15 de agosto a 30 de setembro.
Devem-se escolher 5 árvores próximas, marcando-as
devidamente de acordo com os seus diâmetros (DAP) (menores
de 20 cm). As distâncias entre os grupos de árvores
armadilhas devem ser de 10 km ou 1 grupo para cada
25 ha. Em florestas comerciais pode-se ter 1 grupo
para cada 50
ha (Mendes et al., 1992).
As árvores armadilhas são estressadas aplicando-se
com seringas o herbicida TORDON, diluído a
20%. Em toras de 8-10 cm de diâmetro aplica-se
apenas 2 ml de dosagem (Rosa, 2004).
3-
Caso no local já esteja sendo feita aplicação
de nematóides ou de parasitóides
himenópteros,
deve-se realizar a avaliação do parasitismo.
Isso ocorre de outubro a fevereiro. Pegam-se toras
das árvores
iscas atacadas e se engaiolam as mesmas, esperando
que os parasitóides e também as vespas
emerjam. Soltar os parasitóides emergidos
e com as vespas observar em lupa o conteúdo
do abdômen para ver a presença
de nematóide. Se já houver 40% de
parasitismo para-se com a aplicação
de B. siricidicola (D. siricidicola).
4-
Liberação
de I. leucospoides. Recomenda-se a liberação
do himenóptero nos
meses de outubro a fevereiro.
5-
Revisão
das árvores armadilhas.
Em janeiro se revisam os grupos para verificar
ataque da vespa-da-madeira.
6-
Abate das armadilhas. Em março se derrubam as armadilhas
para realização da vistoria
de ataque. Verificar se larvas estão
presentes.
7-
Início do controle,
realizado no começo
do ano com a aplicação de nematóide
(março a junho).
Ingredientes da gelatina de nematóide (colocar na
seqüência):
-
120
ml de água
fervendo
-
30
g de gelatina sem sabor
-
200
ml de água gelada
-
1
dose de nematóides (podem
ser adquiridos através
da Embrapa Florestas em Colombo,
Paraná ou de associações
florestais)
-
2-3
gotas de corante qualquer
Resumo
do preparo da gelatina inóculo de nematóides:
Misturar a água fervendo com a gelatina e bater
em velocidade máxima da batedeira por 2 minutos.
Esperar esfriar por mais 10 minutos; acrescentar a água
gelada, misturando novamente na velocidade máxima.
Posteriormente, acrescentar a dose de nematóide
com algumas gotas de corante e ir misturando na velocidade
mínima da
batedeira. Após, acondicionar em embalagem para
levar ao campo. Maiores detalhes a respeito do preparo
do inóculo
estão disponíveis nos folders da Embrapa
Florestas - a, 2005.
Para
1 dose de nematóides (20
ml) há 1 milhão
de indivíduos, podendo-se aplicar em 10-15 árvores,
tendo o tempo de 12 horas para a aplicação.
(Rosa, 2004). Para a aplicação, escolhem-se
as árvores recentemente atacadas, derrubando-as,
mas não as deixando em contato direto com o solo.
Fazer furos de 30 em 30 cm com martelo e aplicar a gelatina
contendo
o nematóide. Evitar temperaturas altas, pois os
nematóides
morrem. Evitar também aplicar em dias chuvosos porque
os nematóides, com a presença de água
em abundância, não penetram na madeira (Folders
Embrapa Florestas - a, 2005).
Vespa-da-Madeira
nos dias de hoje
Atualmente,
a vespa-da-madeira é considerada
uma praga quarentenária do tipo A2 (Entomologia Agrícola,
2002), ou seja, apesar de já estar instalada no sul
do Brasil, está considerada restrita a essa área,
não havendo sua disseminação para o
resto do país, sendo oficialmente controlada. Logo,
apesar de ainda causar danos econômicos estimados em
U$ 5 milhões de perdas/ano (ACEF, 2007), está geograficamente
controlada. Isto foi possível graças aos órgãos
de pesquisa em parcerias com comunidades que se empenharam
no controle da praga e no manejo adequado das novas florestas
com o manejo integrado da praga (MIP). Foram adotadas medidas
preventivas para evitar a infestação, como
densidade adequada de árvores e desbastes fitossanitários
controlados (Folders Embrapa Florestas - b, 2005).
Referências
da literatura sobre a vespa-da-madeira:
ACEF:
Conhecimento e Prevenção Evitam Prejuízos.
http://www.acef.org.br/?pagina=noticias&numero=13
Detection of the European Wood Wasp, Sirex noctilio (Fabricius) in the United States. Fonte da foto da
vespa-da-madeira
mostrada no texto do mini-artigo dessa PinusLetter 01.
http://www.maine.gov:80/agriculture/pi/pestsurvey/pestinfo/woodwasp.htm
Embrapa Florestas: Cultivo do Pinus - Pragas: Vespa-da-Madeira.
http://sistemaproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pinus/CultivodoPinus/
07_2_2_pragas_de_pinus_vespa_medidas_pos_deteccao.htm
Entomologia Agrícola. D. Gallo; O. Nakano; S.
Silveira Neto; R. P. L. Carvalho; G. C. Baptista; E.
Berti Filho;
J. R. P. Parra; R. A. Zucchi; S. B. Alves; J. D. Vendramim;
L. C. Marchibi; J. R. S. Lopes; C. Omoto. FEALQ, Piracicaba.
912 pp. (2002)
Folders Embrapa Florestas - a, 2005: Uso do Nematóide
no Controle da Vespa-da-Madeira
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/folders/VespaNematoide_2005.pdf
Folders Embrapa Florestas - b, 2005: Vespa-da-Madeira.
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/folders/Vespa_2005.pdf
Guide to the Siricid Woodwasps of North America. N. M. Schiff;
S. A. Valley; J. R. LaBonte; D. R. Smith. Forest Health Technology
Enterprise Team. 102 pp. FHTET (2006)
http://www.fs.fed.us/foresthealth/technology/pdfs/GuideSiricidWoodwasps.pdf
Informe Verbal: Júlio Cesar Rosa - Embrapa CNPF, Setor
de Entomologia (Agosto de 2004)
Monitoramento de Vespa-da-Madeira no Estado de Santa
Catarina. C. J. Mendes; V.J. Olsen; M. C. Neto; U.R. Andrade. Conferência
Regional da Vespa da Madeira, Sirex noctilio, na América
do Sul. p:183-191 (1992)
Panorama
a Nível Mundial
da Ocorrência de Sixex
noctilio (Hymenoptera: Siricidae). E. T. Iede; S. R.
C. Penteado; D. C. M. Gaiad; S. M. S. Silva. Conferência
Regional da Vespa da Madeira, Sirex noctilio, na América
do Sul. p: 23-33 (1992)
Proteção Florestal
http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/pragas02.html
Situação
Atual do Programa de Manejo Integrado de Sirex noctilio no Brasil. E. T. Iede; S. R. C. Penteado; W. Reis Filho;
E. G. Schaitza. Série Técnica IPEF 13 (33):11-20
(2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr33.asp
PinusLetter é um
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