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Editorial

Caros leitores e interessados pelos Pinus

Estamos enviando com grande prazer a quarta edição da PinusLetter. Esperamos que a achem interessante e cheia de novidades, pois ela foi feita para vocês.

Da mesma forma que fizemos na edição anterior, a edição de abril traz a seção "Os Pinus no Brasil". Nela teremos a caracterização morfológica, econômica, ambiental e social, dessa vez do Pinus elliottii, junto com sua classificação taxonômica. Essa espécie é uma das mais plantadas e mais discutidas dentre as espécies de Pinus que habitam no Brasil. Vale a pena conhecer mais sobre ela.

Nesta edição demos ênfase em retratar os Pinus como cultura econômica, competindo com plantas daninhas durante seu ciclo e também o contrário: o Pinus se disseminando de forma expontânea e competindo com plantas nativas e com a agricultura, agindo ele como planta invasora. Logo, na seção "Combate à mato-competição em povoamentos de Pinus" apresentamos diversos estudos e trabalhos a respeito desse tema e publicações na literatura mundial, ressaltando os métodos de controle existentes para as plantas que competem com as plantações de Pinus. Em contrapartida, o mini-artigo dessa edição traz como tema principal "O conceito de espécies invasivas ou invasoras em relação aos Pinus", onde são abordados alguns dos principais locais onde os Pinus estão se proliferando sem controle, medidas que podem ser tomadas para evitar que eles se tornem invasores problemáticos e as principais características da árvore que se sobressaem em relação a várias espécies nativas. Além disso, o artigo procura conscientizar os interessados sobre medidas preventivas à infestação, as quais devem ser tomadas com a mesma relevância das boas práticas de manejo na área de reflorestamento. Isso, muitas vezes ainda não é feito com eficiência em nosso país. O cultivo de Pinus traz muitas vantagens, inclusive ajudando na sustentabilidade sócio-econômica de muitas regiões brasileiras. Logo, suas plantações devem continuar sendo incentivadas. Contudo, ressalta-se a necessidade de certos cuidados para evitar sua disseminação natural.

Em "Referências Técnicas da Literatura Virtual – Grandes autores dos Pinus" a PinusLetter 04 disponibiliza vários artigos e estudos de pinheiros do pesquisador da Embrapa Florestas, Dr. Jarbas Yukio Shimizu. Trabalhando com melhoramento de florestas, conservação de germoplasmas e com estudos de sementes, Jarbas Shimizu possui inúmeras publicações com coníferas. Dessas, conseguimos resgatar cerca de 15 delas que estão disponíveis na internet. Com todo seu conhecimento florestal, em breve Dr. Shimizu estará lançando um livro apenas sobre o gênero Pinus, conforme nos relatou.

Aos interessados, confiram também as seções "Pinus-Links" e "Referências de Eventos e de Cursos". Ambas estão com boas e recentes bibliografias e material técnico à disposição do público.

Agradecemos mais uma vez o carinho e os comentários sobre nosso trabalho e pedimos que continuem enviando sugestões, pois somente assim saberemos como melhorar mais esse informativo virtual para vocês.

Obrigado(a) aos patrocinadores e ao nosso público cadastrado pelo grande interesse nessas árvores maravilhosas que são os Pinus. Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias qualidades desse gênero para as plantações florestais no Brasil e na América Latina, levando sempre mais conhecimento e saber aos interessados de nossa Sociedade.

Agradecemos nossos dois patrocinadores:

ABTCP
- Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

CRA - KSH - Conestoga-Rovers & Associates (http://www.craworld.com/en/corporate/southamerica.asp)

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

Os Pinus no Brasil: Pinus elliottii

Combate à Mato-Competição em Povoamentos de Pinus

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores - Dr. Jarbas Yukio Shimizu


Referências de Eventos e de Cursos

Pinus -Links

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
O Conceito de Espécies Invasivas ou Invasoras em Relação aos Pinus

Os Pinus no Brasil: Pinus elliottii


"Os Pinus no Brasil" disponibiliza nesta edição material bibliográfico existente na literatura mundial a respeito da espécie Pinus elliottii. Considerada uma das mais plantadas no sul do Brasil, a árvore é reconhecida pelo seu bom crescimento florestal, por sua rusticidade e por seu potencial resinífero. Sua madeira também é utilizada nas indústrias de serraria e de celulose e papel, apesar de algumas restrições devido a esse teor mais alto de resinas. Confira as principais características morfológicas nos sites e publicações abaixo e saiba um pouco mais da história deste pinheiro no Brasil, sua procedência e, principalmente, saiba como diferenciá-lo das outras espécies.

Pinus elliottii Engelmann

Pinus elliottii, conhecido em sua região de origem no sul dos Estados Unidos da América como “slash pine”, pertence ao grupo de espécies de “pinheiros amarelos” ("Southern yellow pines"). É uma das mais plantadas e disseminadas espécies de Pinus no mundo.

Proveniente da América do Norte (EUA), a espécie é muito plantada em toda a região sul daquele país. Grande produtora em quantidade de resina, possui também boa qualidade de seus produtos derivados (terebintina e breu). Além da goma resina, também é apreciada na serraria pelas características de sua madeira, sendo hoje plantada para fins comerciais por indústrias da serraria, objetivando a produção de chapas e compensados, de laminas, postes e móveis.

Para fábricas de celulose, a sua madeira de fibras longas oferece vantagens que são visadas na produção de celulose e papel, principalmente papéis de embalagem. É mais indicada para a fabricação de celulose kraft, já que as resinas podem até mesmo dar origem a um sub-produto ("tall oil" ou sabão de espuma).

Assim como P. taeda, este pinheiro foi introduzido inicialmente no estado de São Paulo no ano de 1948, buscando adaptação ao nosso clima. Isto realmente ocorreu e hoje estas duas espécies são cada vez mais plantadas, principalmente em regiões mais frias, do Sudeste ao Sul, indo do estado de São Paulo ao Rio Grande do Sul.

As árvores de P. elliottii geralmente florescem na primavera, produzindo flores masculinas e femininas. O órgão reprodutivo feminino, mais conhecido como pinha ou cone, se encontra geralmente em grupos de 2 a 4 unidades, possui coloração marrom e tem de 12 a 15 cm de comprimento. As sementes são aladas, pretas e triangulares, e podem ser disseminadas a cerca de 50 metros da árvore mãe, apenas pela ação do vento. O órgão reprodutivo masculino se chama estróbilo masculino e está disposto junto às brotações. A classificação taxonômica desta espécie consiste em:

Reino: Plantae
Phylum: Coniferophyta
Classe: Pinopsida
Ordem: Pinales
Família: Pinaceae
Nome Científico: Pinus elliottii


Esta espécie de Pinus apresenta muitas vantagens econômicas, também se sobressaindo em relação às espécies nativas de nossa região, pelo rápido crescimento e alta tolerância ao frio e a solos de baixa fertilidade ou degradados. Logo, os planos de fomento florestal para a mesma são bastante compreensíveis visto todas suas qualidades. Contudo, manejos adequados, incluído os de evitar sua disseminação como planta invasora, deveriam ser igualmente incentivados. Isto geraria produtos finais em maior quantidade e de melhores qualidades, minimizando os impactos negativos ao meio ambiente.

Para melhor conhecimento do leitor sobre esta espécie bastante plantada em muitas regiões do mundo, há logo abaixo uma série de Pinus-Links a sites que apresentam as principais características morfológicas, usos, propriedades da madeira, entre tantas outras, inclusive formas adequadas de manejo florestal. Consulte:

Pinus elliottii Engelmann (Inglês)
A Universidade de Purdue disponibiliza em seu site um texto sobre P. elliottii. Há informações sobre usos na economia e medicinais, propriedades químicas, germoplasma, distribuição, características morfológicas e de quantidade de energia gerada por sua biomassa. Acesse:
http://www.hort.purdue.edu/newcrop/duke_energy/Pinus_elliottii.html

Wikipedia - The Free Encyclopedia - Pinus elliottii
Confira as características do P. elliottii e de suas duas variedades (elliottii e densa) pelo site de busca de conhecimentos “Wikipedia”, em Português, Inglês e Espanhol.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_elliottii (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Slash_Pine (Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Pinus_elliotti (Espanhol)

Pinus elliottii (Português)
O Instituto Hórus, por considerar os Pinus como uma das principais plantas de carater invasor no país, possui uma boa ficha descritiva do Pinus elliottii, com suas principais características, descrição da espécie e utilidades.
http://www.institutohorus.org.br/download/fichas/Pinus_elliottii.htm

USDA PLANTS Profile (Inglês)
O dicionário “Plant Database” do Departamento de Agricultura dos EUA, possibilita o conhecimento de várias espécies de plantas nativas daquele país, incluindo P. elliottii. As principais características morfológicas, taxonômicas e distribuição nas diversas regiões dos EUA são encontradas em:
http://plants.usda.gov/java/profile?symbol=PIEL

Pinus elliottii - Slash Pine. E. F. Gilman; D. G. Watson. USDA. 4 pp. (1994) (Inglês)
Este folheto técnico do Serviço Florestal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos apresenta as principais características morfológicas, usos e distribuição do P. elliottii nos EUA. Ele está disponibilizado no website da Universidade da Flórida.
http://hort.ufl.edu/trees/PINELLA.pdf

Slash Pine - Pinaceae - Pinus elliottii Engelmann (Inglês)
O website da “Virginia Tech (Department of Forestry)” disponibiliza aos interessados as principais características morfológicas da casca, folhas, flores, frutos e formas das árvores de P. elliottii, havendo fotos de tais partes deste vegetal. Observem:
http://www.fw.vt.edu/dendro/dendrology/syllabus/pelliottii.htm

Floridata - Pinus elliottii (Inglês)
A Floridata em sua publicação "Plant Encyclopedia Profiles" destaca as principais características morfológicas e as vantagens econômicas do uso de P. elliottii nos Estados Unidos:
http://www.floridata.com/ref/P/pinus_e.cfm

PLANT ECOLOGY LAB: Pinus elliottii var. densa Little and Dorman (Inglês)
As principais características de P. elliottii var. densa, encontrada no sul da Flórida, EUA, são encontradas neste site.
http://www.archbold-station.org/abs/plantspp/pinellsppacc.htm

The Global Invasive Species Team - Pinus elliottii Engelmann (Português e Espanhol)
Este site possui versão em Português e Espanhol das principais características morfológicas e fisiológicas de P. elliottii, dando destaque à sua ação invasora no Brasil e em outras regiões do mundo. Observe as medidas de controle que devem ser tomadas a fim de evitar a expansão ainda maior desta espécie em áreas de campos, sub-bosques e áreas de preservação permanente:
http://tncweeds.ucdavis.edu/moredocs/pinell01.html

Pinus elliottii (Inglês)
A “Smithsonian Marine Station at Fort Pierce” apresenta um bom artigo descrevendo P. elliottii. Além de sua distribuição, histórico, taxonomia e características, também constam algumas diferenças dos P. elliottii existentes na região da Flórida, comparados aos das outras regiões dos EUA.
Há também as principais características da madeira deste Pinus e as principais doenças e pragas que atacam P. elliottii na América do Norte.
http://www.sms.si.edu/IRLspec/Pinus_elliot.htm

Combate à Mato-Competição em Povoamentos de Pinus

Os Pinus são plantas de rápido crescimento, possuem tolerância ao frio e apresentam poucas exigências em fertilidade de solo. Apesar destas vantagens, que fazem com que os Pinus sejam escolhidos para plantio frente a várias espécies florestais disponíveis, cuidados devem ser tomados para que se tenha um bom desenvolvimento das plantas e, por fim, boas produção e produtividade florestal. Dentre todas as práticas de manejo a serem adotadas visando à alta produtividade da floresta, o controle de plantas daninhas é uma das mais efetuadas, principalmente nos primeiros anos da plantação. As plantas daninhas, que muitas vezes são nativas da região, outras vezes gramíneas de pastagens, são bem adaptadas às condições adversas de nosso meio ambiente, podendo se sobressair às pequenas mudas de Pinus recém plantadas e que ainda estão em processo de estabelecimento.

As plantas daninhas, ou o chamado "mato", podem ser hospedeiras de pragas e doenças dos Pinus, mas o principal dano que estas causam nas plantações jovens das florestas é a competição, também denominada de mato-competição. Essa competição pode retardar o crescimento da jovem floresta e prejudicar a produtividade por retardo no crescimento ou mesmo morte de plantas.

Do ponto de vista humano, planta daninha é aquela que é indesejada no local, interferindo nos objetivos daquela área cultivada, podendo causar danos e prejuízos, caso não tenham o controle adequado. Para mudas de Pinus, os principais danos são devido à competição das plantas por recursos limitados no ambiente, como luz, nutrientes e umidade do solo. Se as plantas daninhas e as mudas de Pinus estiverem ocupando o mesmo espaço geográfico, haverá um estresse competitivo, diminuindo o desenvolvimento do Pinus, gerando primeiramente a desuniformidade da população existente e podendo adiar as épocas de colheita. Em casos de competição mais graves, a morte de algumas mudas é bastante comum, exigindo novos replantios nas linhas do reflorestamento. Por outro lado, as plantas daninhas também podem ser consideradas úteis, pois fixam e incorporam carbono ao solo e protegem o mesmo contra a erosão. Por isso, o técnico deve ponderar bem em relação à intensidade de seu controle. Alguns florestais e ambientalistas, por essa razão, preferem chamar essas plantas de vegetação complementar ao invés de chamá-las de daninhas.

Vale ainda ressaltar que, atualmente, muitas das áreas que hoje são utilizadas para o reflorestamento eram anteriormente lavouras anuais ou pastagens desgastadas que muitas vezes não se adequavam à aptidão agrícola da terra. A utilização da monocultura anual de forma inadequada pode favorecer as plantas invasoras, havendo posteriormente um grande banco de suas sementes no solo (população passiva), somente esperando condições adequadas para germinar. Estas condições, muitas vezes, ocorrem nos reflorestamentos com o preparo do solo e fertilização, tornando o controle dessa vegetação uma prática fundamental para o sucesso da produção.

Em áreas pequenas de plantações de Pinus, geralmente as roçadas nas entrelinhas e linhas, nos dois primeiros anos, são as práticas de controle mais utilizadas. Já em reflorestamentos de grandes áreas, o controle químico é mais empregado. Este último também é bastante pesquisado tanto no Brasil como no exterior, buscando a maior eficiência e menor custo com os herbicidas e também a maior tolerância das mudas de Pinus. Interessa também o menor impacto ambiental e de segurança ocupacional desses herbicidas. Alguns destes experimentos e seus resultados estão disponíveis aos interessados na web, havendo links logo abaixo nesta seção da PinusLetter.

Atualmente, os herbicidas registrados no Ministério da Agricultura para uso na cultura do Pinus no Brasil são: atrazina, etefom, fluazifope-P-butílico, glifosato, glifosato-sal de potássio, imazapir, isoxaflutol, orizalina, oxifluorfem, simazina, sulfosato e trifluralina. Contudo, novas pesquisas devem continuar sendo efetuadas em busca de formas alternativas de controle, como o controle biológico de plantas daninhas. Estudos que indiquem a persistência e impacto destes defensivos agrícolas e de novos que venham a ser comercializados no meio ambiente também devem ser amplamente incentivados.

Para mais informações sobre os herbicidas utilizados para combate às plantas daninhas da cultura do Pinus, acessar AGROFIT - Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil:
http://extranet.agricultura.gov.br/agrofit_cons/principal_agrofit_cons

A interferência competitiva depende muito das condições do meio ambiente e do grau de limitação de recursos para o desenvolvimento de plantas. Logo, muitos estudos também são efetuados buscando avaliar o quanto as principais plantas daninhas de cada região interferem no crescimento e estabelecimento das florestas. Isto somente pode ser observado criando-se parcelas com densidades distintas de cada espécie de daninhas na presença da planta cultivada, comparadas posteriormente à produção e desenvolvimento de parcelas livres de plantas daninhas, ou seja, da mato-competição.

Alguns artigos sobre o assunto, envolvendo os Pinus, já foram publicados e estão disponíveis aos interessados nesta seção. Não pretendemos ser abrangentes nessa seção, apenas estamos nos fixando no que existe sobre Pinus, sem nos ater à enorme quantidade de informações que existem sobre controle de ervas daninhas em culturas agrícolas.

Confiram alguns dos trabalhos referentes à mato-competição e o Pinus:

Tratos culturais - Controle de ervas daninhas. IPEF Circular Técnica nº 17. 5 pp. (1976) (Português)
Folheto técnico geral do IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais.
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr017.pdf

Relatório sobre o "Primeiro Encontro Regional sobre Tecnologia na Aplicação de Defensivos Florestais". E. Baena. 7 pp. (2007) (Português)
http://www.unicespi.com.br/eventos/palestra_floresta/publicacao_prof_baena.doc

Farm Forest Line - Weed control (Inglês)
Texto “weed control” (controle do mato) do web site australiano “Farm Forest Line” indica as variáveis que devem ser levadas em conta na escolha do tipo de controle de plantas daninhas para florestas. Estas são: custos, mão de obra, equipamentos, período efetivo de controle, necessidades ambientais e danos potenciais ao mesmo. Além disso, também há a indicação e relatos de outras formas efetivas de controle como o uso de cobertura de solo com palha, serragem, lonas plásticas, entre outros. Confira:
http://www.farmforestline.com/pages/5.3.1_weed.html

Tolerance of young loblolly pine (Pinus taeda) seedlings to post-emergence applications of MSMA. D. B. South; S. A. Enebak; T. E. Hill. New Zealand Journal of Forestry, Novembro: 28 - 35 (2007) (Inglês)
http://www.sfws.auburn.edu/enebak/pubs/MSMA%20NZ%20Journal%20Forestry.pdf

Influence of weeds on the growth of Pinus pinea L. during reforestation in Palencia (Spain) B. Herrero; J. Gutiérrez . Acta Bot. Croat. 65 (2): 117–125 (2006) (Inglês)
http://hrcak.srce.hr/file/7820

RESUMO: Modelling the influence of weed competition on the growth of young Pinus radiata at a dryland site. M. S. Watt; D. Whitehead; B. Richardson; E. G. Mason;A. C. Leckie. Forest Ecology and Management 178 (3): 271-286 (2003) (Inglês)
http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6T6X-48JK2PT-
1&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=
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RESUMO: Growth responses of six seed sources of Pinus brutia Ten. (Turkish red pine) to herbaceous weed competition. D. Esen; S.M. Zedaker; J.R. Seiler; P. Mou. New Forests 25(1):1-10 (2003) (Inglês)
http://www.ingentaconnect.com/content/klu/nefo/2003/00000025/00000001/
00395344;jsessionid=13cjlwwugtxpg.alice?format=print

Controle de plantas daninhas em Pinus taeda através do herbicida Imazapyr. P. J. Christoffoleti; E. F. Branco; J. V. G. Coelho; M. Britva; B. Gimenes Filho. Circular Técnica IPEF nº 187. (1998) (Português)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr187.pdf

RESUMO EXPANDIDO: Lobolly pine seedling response to competition from exotic vs. native plants. P. Daneshgar; S. Jose; C. Ramsey; R. Collins. Proceedings of the13th Biennial Southern Silvicultural Research Conference - 25,5 MB (2005) (Inglês)
http://www.srs.fs.usda.gov/pubs/gtr/gtr_srs092/gtr_srs092.pdf

RESUMO: Testing a juvenile tree growth model sensitive to competition from weeds, using Pinus radiata at two contrasting sites in New Zealand. M.S. Watt; M.O. Kimberley; B. Richardson; D. Whitehead; E. G. Mason. Canadian Journal Forestry Research 34(10): 1985–1992 (2004) (Inglês)
http://rparticle.web-p.cisti.nrc.ca/rparticle/AbstractTemplateServlet?journal=cjfr
& volume=34&year=&issue=&msno=x04-072&calyLang=fra

Optimum spot weed control treatment for a New Zealand radiata pine (Pinus radiata) plantation. S.F. Gous; B. Richardson; M.O. Kimberley. New Zealand Plant Protection 56:56-60 (2003) (Inglês)
http://www.nzpps.org/journal/56/nzpp56_056.pdf

Pinus radiata response to ripping, weed control and fertilization at four ex-pasture sites. P. Smethurst; K. Churchill; A. Lyons; G. Clarke; D. Bower; G. Campbell. Technical Report 130. CRC for Sustainable Production Forestry. 34 p. (2003) (Inglês)
http://www.crcforestry.com.au/publications/downloads/TR130-Smethurst-PJ-
Churchill-K-Lyons-A-Clarke-G-Bower-D-Campbell-G.pdf

Tolerance of Pinus radiata to grass competition. A. E. Beveridge; B. K. Klomp. New Zealand Journal of Forestry. 148- 151 p. Notes. (1973) (Inglês)
http://www.nzjf.org/free_issues/NZJF18_1_1973/52744F7A-BD30-430D-BB8A-E2F9C7F634E7.pdf

Weed control for farm forestry plantations. B. Tomkins. University of Melbourne. Agriculture Notes: State of Victoria Department of Primary Industries. 4p. (2002) (Inglês)
http://www.dpi.vic.gov.au/DPI/nreninf.nsf/9e58661e880ba9e44a256c640023eb2e/
751dc9221d6cf619ca256f0e00086df5/$FILE/AG0809.pdf

Competition control in Slash Pine (Pinus elliottii Engelm.) plantations. J.L. Yeiser; A.W. Ezell. (Inglês)
http://www.forestproductivity.net/herbicides/competition_control_slash_pine.pdf

RESUMO: Competition-induced mortality for Mediterranean Pinus pinaster Ait. and P. sylvestris L. A. Bravo-Oviedo; H. Sterba; M. Río; F. Bravo. Forest Ecology and Management 222 (1-3): 89-98 (2006) (Inglês)
http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6T6X-4HHGNPX-
1&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&view=c&_acct=C000050221&_version=
1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=f673c24c0c9c677239e79daed5262ab4

Glifosato - Alguns aspectos da utilização do herbicida glifosato na agricultura. A.J.B.Galli; M.C.Montezuma. 67 pp. (2005) (Português)
http://www.monsanto.com.br/roundup/glifosato/pdf/livro_glifosato.pdf

Does competition for nutrients limit the growth of pine trees in the summer rainfall region of South Africa? C.R.Rolando; K.M. Little. International Weed Science Congress. (2004) (Inglês)
http://www.matocompeticao.com.br/resenha_view.asp?ID_Resenha=71

Referências Técnicas da Literatura Virtual
Grandes autores: Dr. Jarbas Yukio Shimizu

Nesta PinusLetter, em "referências técnicas da literatura virtual", continuamos com nossa homenagem e divulgação de algumas das publicações de grandes autores sobre os Pinus. Estão disponibilizadas algumas teses, dissertações, apostilas e artigos de diversas revistas em que estas pessoas publicaram e com isso contribuiram para um maior conhecimento acerca dos Pinus, quer no Brasil ou em outros países.

A seção teses e dissertações sobre os Pinus das principais universidades voltará nas próximas edições, visto a enorme quantidade desse tipo de bibliografia ainda disponível tanto no Brasil como no mundo.

Jarbas Yukio Shimizu é definitivamente um grande autor sobre os Pinus, possuindo inúmeras publicações como autor e co-autor, somente sobre este gênero. Algumas delas estão disponíveis na web e serão elas as que apresentaremos a vocês. Entretanto, ele ainda possui muitas outras, as quais podem ter seus títulos e fontes bibliográficas encontradas em seu curriculum vitae do sistema Lattes do CNPQ. Mas não é apenas sobre Pinus que o Dr. Shimizu se ocupa a pesquisar e escrever. Existem trabalhos seus também com outras coníferas e folhosas, tais como: eucaliptos, araucária, folhosas nativas e ciprestes. Jarbas Shimizu é de uma geração de grandes estudiosos, dedicando-se à pesquisa desde sua graduação em Viçosa, onde se formou Engenheiro Florestal em 1970. Tornou-se Mestre em 1974 pela Universidade da Flórida (EUA). Em 1985, conquistou o título de Doutor pela Universidade da Carolina do Norte (EUA) e em 1997 finalizou seu pós-doutorado na Universidade de Oregon, também nos Estados Unidos. Jarbas Shimizu continuou dedicando-se às pesquisas florestais no Brasil, sendo pesquisador da Embrapa Florestas desde 1978 até o presente momento. Suas principais áreas de atuação, além da silvicultura em geral, são o melhoramento genético e a conservação de recursos genéticos de populações florestais.

O curriculum Lattes de Jarbas Y. Shimizu está disponível em:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4780892U9

Navegue e aprenda com o que nos ensina o Dr. Shimizu sobre Pinus e outras coníferas:

Pinus na silvicultura brasileira. J. Y. Shimizu. 7 pp.
http://www.ufsm.br/cepef/artigos/Pinus%20na%20silvicultura%20brasileira.pdf
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./florestal/
index.html&conteudo=./florestal/artigos/pinus.html

Variabilidade genética em uma população remanescente de araucária no Parque Nacional do Iguaçu, Brasil. J. Y. Shimizu; P.Jaeger; S. A. Sopchaki. Boletim de Pesquisa Florestal. Embrapa Florestas. Colombo. nº 41, p.: 18-36. (2000)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim41/shimizu.pdf

Características físicas, químicas e anatômicas da madeira de Pinus merkusii. M. M. Siqueira; J. C. D. Pereira; P. P. Mattos; J. Shimizu. Embrapa. Comunicado Técnico nº 65. 4 pp. (2001)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec65.pdf

Variação genética em procedências e progênies mexicanas de Pinus maximinoi L. C. Ettori; A. S. Sato; J.Y. Shimizu. Revista do Instituto Florestal 16(1):1-9 (2004)
http://www.iflorestsp.br/revista/revista_anterior/v16/variacao-genetica.pdf

Variação entre procedências de araucária em Ribeirão Branco (SP) aos vinte e três anos de idade. J.Y. Shimizu. Embrapa Florestas. Boletim de Pesquisa Florestal v. 38: 89-102 (1999)
http://www.prodemb.cnptia.embrapa.br/busca.jsp?baseDados=INSTIT&fraseBusca
=CNPF%20em%20SIG&forcaDetalhe=0

Seleção de Pinus elliottii pelo valor genético para alta produção de resina. J.Y. Shimizu; I. H. Z. Spir. Embrapa Florestas. Boletim de Pesquisa Florestal v. 38:103-117 (1999)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim38/jshimizu2.pdf

Avaliação do potencial de produtividade de madeira de Pinus tecunumanii no sul de Rondônia. A.H.Vieira; J.Y. Shimizu. Embrapa Florestas. Boletim de Pesquisa Florestal v. 24: 5-16 (1998)
http://www.cpafro.embrapa.br/embrapa/servico/publica1.htm#
RT%20–%20RECOMENDAÇÕES%20TÉCNICAS

Cipreste para madeira: alto incremento volumétrico com material genético apropriado. J.Y. Shimizu; J. E. Pinto Júnior; G. Ribatski. Embrapa Florestas. Boletim de Pesquisa Florestal v. 30/31: 03-17 (1995)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim30_31/jshimizu.pdf

Influência da mortalidade na eficiência do uso da variável DAP em testes genéticos de Pinus. E. B. Oliveira; J.Y. Shimizu; M. C. Muchailh; E. T. Duraflora. Embrapa Florestas. Boletim de Pesquisa Florestal v. 20: 39-47. (1990)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim20/oliveira.pdf

Variação entre procedências e progênies de Pinus oocarpa em Angatuba, SP. E. R. G. Cesar; J.Y. Shimizu; R. Romanelli. Embrapa Florestas. Boletim de Pesquisa Florestal v. 17: 13-24 (1988)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim17/cesar.pdf

Sistema de produção de Pinus.
J.Y.Shimizu ; A. Grigolleti Junior; A. F. Santos; A. F. J. Bellote; C. G. Auer,; D. Dossa; E. B. Oliveira,; E. T. Iede; H. D. Silva,; J. Ribaski,; M. P. Ferrari ; R. A. Dedecek,; S. Ahrens; S. R. C. Penteado; W. Reis Filho. Circular Técnica. Colombo: Embrapa (2002)
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pinus/CultivodoPinus/index.htm

Memórias do "Workshop sobre Conservação e Uso de Recursos Genéticos Florestais". J.Y Shimizu. Embrapa Florestas. Documentos 3056. 159 p. (2001)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comprasd.htm

Áreas de produção de semente. J.Y Shimuzu. In: VIII Semana de Estudos Florestais. M. T. Inoue; E. S.Lopes; A. J, Araujo; K. C. Lombardi (Org.). Gráfica e Editora Venezuelana Ltda. p. 24-33. (2006)
http://www.sbsaf.org.br/anais/2002/trabalhos/1010.pdf

Coleta de sementes de Pinus e Eucalyptus. A. C. S. Medeiros; J.Y. Shimizu. In: Fundamentos para a coleta de germoplasma vegetal. 1 ed. B. M. T. Walters; T.B. Cavalcanti. (Org.). Brasília: Embrapa. p. 663-679. (2005)
http://www.cenargen.embrapa.br/cenargenda/pdf/livrofundamentos.pdf

Variação entre procedências de Pinus taeda L. na região de Santa Maria, RS. J. Y. Shimizu; H. R.B. Amaral. Boletim de Pesquisa Florestal. Embrapa Florestas. Colombo. nº 14, p.13-18 (1987)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim14/shimizu.pdf

Referências de Eventos e de Cursos

Nessa seção, trazemos referências de eventos, cursos e congressos que aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam diretamente e indiretamente aos Pinus. A característica marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos, os quais já ajudam a saber de novidades no ramo e os assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços de URLs, vocês podem obter todo o material do evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar do próximo.

Proceedings of the13th Biennial Southern Silvicultural Research Conference (Inglês)

O encontro “13th Biennial Southern Silvicultural Research Conference” aconteceu de 28 de fevereiro a 4 de março de 2005 em Memphis no Tennesee, EUA. A conferência promoveu a troca de informações e experiências sobre pesquisas realizadas com Pinus e algumas outras espécies lenhosas cujas madeiras são utilizadas para serraria nos Estados Unidos. Estão publicados ao todo 148 resumos expandidos deste evento, todos em inglês.
http://www.srs.fs.usda.gov/pubs/gtr/gtr_srs092/gtr_srs092.pdf

Manejo Florestal Sustentável e Negócio Florestal (Português)
Palestra de nosso estimado amigo engenheiro florestal Rubens Garlipp da SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura encontrada na web e parte do II Workshop Florestal de Paranavaí, PR, ocorrido em outubro de 2005. Confira a apresentação em pdf.
http://www.sbs.org.br/secure/PalestraWorkshopFlorestalParanavai.pdf

Forest Tree Genome Workshop (Inglês)
Este workshop que ocorreu em 1997, disponibiliza as apresentações em pdf aos interessados. No evento foi apresentado o trabalho de mapeamento genético de populações de florestas, inclusive de Pinus. Veja o trabalho em:
http://dendrome.ucdavis.edu/dendrome_news/uploads-abstracts/genwks.pdf

28th Biennial Southern Forest Tree Improvement Conference (Inglês)
A conferência foi realizada em 2005, tendo como anfitriã a Universidade Estadual da Carolina do Norte nos Estados Unidos. Há disponível em torno de 60 trabalhos em pdf, abordando pesquisas e estudos sobre melhoramento genético, inclusive sobre o Pinus taeda, produtos derivados de florestais, manejo florestal e sustentabilidade.
http://www.rngr.net/Publications/sftic/2005

Terra Bonsai - Workshop de Inverno (Português)
Confira as fotos do Terra Bonsai Workshop que ocorreu em julho de 2006 em Minas Gerais. Existem muitos bonsais que são realizados com espécies de Pinus e que exigem muito conhecimento das técnicas, experiência e dedicação. Há fotos de bonsais de pinheiros muito bonitos e com formatos muito interessantes.

http://www.terrabonsai.com.br/ExibeAlbum.aspx?idAlbum=17

Pinus-Links

A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos, ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção, estamos ainda colocando Pinus-Links com algumas empresas ou organizações técnicas relevantes no uso dos produtos dos Pinus, ou então na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir nossas indicações ou salvá-las como favoritas em seu computador.

Cambará S.A. (Português)
Empresa produtora de celulose sulfito branqueada e de papéis tipo sanitários a partir de madeira das suas florestas plantadas de Pinus. Localizada em Cambará do Sul (RS), constitui-se em uma das mais antigas empresas brasileiras de celulose, tendo sido fundada em 1942. Hoje o controle acionário é exercido pela família DeZorzi. É a única fabricante de celulose sulfito de fibra longa branqueada no país, sendo essa polpa destinada à fabricação de fraldas de papel, absorventes higiênicos e diversos tipos de papéis. A casca das árvores dos Pinus e diversos resíduos de serrarias da região são utilizados como biomassa combustível em suas caldeiras de força. Trata-se de uma utilização bastante abrangente das oportunidades oferecidas pelas florestas plantadas de Pinus.
http://www.cambarasa.com.br (Website geral)
http://www.cambarasa.com.br/florestas.htm (Florestas plantadas)

Masisa S.A. (Português)
Empresa internacional com fábricas em diversos países da América Latina, pertencente ao Grupo Nueva. Possui uma fábrica de madeira serrada e painéis de madeira em Ponta Grossa (PR). Seus principais produtos são: madeira sólida, portas, painéis MDF, OSB e melamínicos. A empresa detém diversas certificações como ISO 14001, OHSAS 18001 e a madeira de Pinus é certificada conforme os critérios do FSC - Forest Stewardship Council.
http://www.masisa.com/bra/por/default.html (Website geral)
http://www.masisa.com/bra/por/produto/madeira-solida/36/185 (Madeira sólida)
http://www.masisa.com/bra/por/produto/paineis/765/1567 (Painéis)
http://www.masisa.com/bra/por/produto/portas/38/199 (Portas)
http://www.masisa.com/bra/por/produto/processo-de-fabricacao/1481/456 (Vídeo do processo de fabricação)

PNWTRIC – Oregon State University (Inglês)
The Pacific Northwest Tree Improvement Research Cooperative (PNWTIRC) tem como objetivo principal o estudo genético das árvores de sua região, ajudando na obtenção de novos métodos de manejo e novas variedades mais resistentes a pragas e patógenos e de maior produtividade. Na seção de publicações, há algumas disponíveis em pdf principalmente sobre diversas espécies de Pinus e de outras coníferas da região.
http://www.fsl.orst.edu/pnwtirc/index.htm (Website da cooperativa)
http://www.cof.orst.edu/cof/fs (Website do Department of Forest Science da Oregon State University)
http://www.fsl.orst.edu/pnwtirc/pubs_date.htm (Publicações para download)

SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura (Português)
A Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS) é uma associação sem fins lucrativos criada desde 1955 e com forte ênfase na sustentabilidade florestal. Também visa difundir tecnologias e conhecimentos a respeito de recursos florestais renováveis e garantir a preservação ambiental. Além disso, a SBS incentiva a legislação florestal e a reposição de reflorestamentos a fim de não ocorrer falta de matéria-prima para o setor industrial e de madeira para a sociedade. A SBS promove e participa de cursos e eventos difundindo seus ideais e possui em seu site um grande arsenal de dados estatísticos e históricos sobre o setor de florestas plantadas, de celulose e papel, de produção de carvão e de madeira processada mecanicamente no Brasil. Confiram:
http://www.sbs.org.br/sbs.htm (Website geral)
http://www.sbs.org.br/estatisticas.htm (Estatística e históricos)
http://www.sbs.org.br/secure/palestra-download.php (Palestras e artigos para download)

RNGR - Reforestation, Nurseries and Genetic Resources (Inglês)
Website pertencente ao Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o RNGR tem como objetivo propiciar aos produtores de mudas as mais inovadoras tecnologias sobre a área de reflorestamento e mudas de espécies florestais. O RNGR também disponibiliza outros links aos interessados em reflorestamentos e, principalmente, possui várias publicações sobre técnicas de plantio e de semeadura de várias espécies florestais. Há bastante trabalhos a respeito dos Pinus. Para acessar as publicações basta clicar no segundo link abaixo. Boa leitura.
http://www.rngr.net/About (Website geral)
http://www.rngr.net/search?SearchableText=pINUS (Publicações sobre Pinus)

MatoCompetição (Português)
O website “MatoCompetição” é especializado no tema da competição de diversas espécies cultivadas com plantas daninhas por nutrientes e outros fatores limitantes no meio ambiente. Há disponíveis artigos e resumos sobre o assunto. Referentes ao reflorestamento existem 4 resenhas e aos Pinus existe uma. Há também um herbário à disposição dos interessados. Acessem:
http://www.matocompeticao.com.br (Webpage - página inicial)
http://www.matocompeticao.com.br/artigos_noticias.asp (Artigos e notícias)
http://www.matocompeticao.com.br/resenhas_lista.asp?ID_Categoria=1 (Resenha de trabalhos de pesquisa)
http://www.matocompeticao.com.br/resenhas_lista.asp?ID_Categoria=1 (Resenha de trabalhos de congressos)

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

O Conceito de Espécies Invasivas ou Invasoras em Relação aos Pinus

Introdução

Plantas invasoras ou invasivas são aquelas consideradas exóticas em uma determinada região e que conseguem se estabelecer, adaptando-se muito bem às condições da localidade, inclusive progredindo e superando o desenvolvimento das espécies nativas (Deuber, 1992; Mangold, 2005). Logo, estes vegetais invasores são muitas vezes chamados de "aliens" e podem ser convertidos em problemas, pois, além de sobressaírem competitivamente às plantas nativas locais, têm rápida disseminação no meio. Assim, cuidados devem ser colocados a fim de manejar estas espécies de plantas que podem prejudicar ecossistemas naturais, o rendimento de plantações agrícolas e as pastagens naturais (Instituto Hórus, 2008).

Os Pinus, árvores nativas geralmente do hemisfério norte do planeta, são espécies florestais muito vantajosas em relação a muitas árvores nativas, não apenas as brasileiras, mas também de outras regiões (Wikipedia, 2008). Os pinheiros se desenvolvem com sucesso e se reproduzem em regiões que muitas plantas não conseguiriam e, ainda, de forma rápida e eficiente, adaptando-se perfeitamente às condições em que se encontram. No caso do Brasil, por serem tolerantes ao frio e pouco exigentes em fertilidade do solo, conseguem se adaptar a muitas condições ambientais adversas, sobressaindo-se em termos competitivos. Isto, ainda sem contar com as qualidades físico-químicas e mecânicas da madeira, bastante apreciada, tanto para a serraria e demais produtos sólidos, como para a indústria de celulose e de papel. A demanda de madeira está crescendo mundialmente e o Pinus, por todas suas vantagens, é cada vez mais plantado no Brasil para suprir essa necessidade. Apesar disso, muitas vezes inexistem medidas de manejo preventivas à sua invasão em outras áreas próximas. Sendo assim, o objetivo deste artigo técnico é, através de revisão bibliográfica, conscientizar as pessoas de que o manejo de florestas de Pinus não inclui apenas os tratos da cultura em suas áreas plantadas, mas também as medidas de controle e prevenção da disseminação natural para outras localidades. Essas técnicas são de mesma relevância quanto aquelas para obter boas produtividades e qualidades de produtos.

Os Pinus foram introduzidos no Brasil em 1948, no Estado de São Paulo. Pesquisas foram feitas com os pinheiros americanos ditos "amarelos" pelo Serviço Florestal do Estado. Cinco espécies de Pinus foram plantadas. Destas, Pinus taeda e P. elliottii se sobressaíram, mostrando-se perfeitamente adaptados às nossas condições climáticas. Desde então, estas duas espécies foram difundidas nas regiões Sul e Sudeste, muitas vezes não levando em conta as medidas de prevenção à sua disseminação natural, principalmente no passado mais distante. As variedades do pinheiro tropical Pinus caribaea, que são as mais utilizadas em reflorestamentos nas regiões mais quentes do país, tampouco podem estar recebendo os devidos cuidados para evitar sua disseminação nas áreas naturais. (Instituto Hórus, 2008). Isso ocorre principalmente a nível de fazendeiros rurais e empresas não certificadas pelos critérios do FSC ou CERFLOR.


Principais características do Pinus como invasor


Segundo o website "The Global Invasive Species Team" o gênero Pinus foi classificado pela IUCN (União Mundial para a Conservação da Natureza) como sendo uma das 100 espécies mais invasoras no planeta. Isso ocorre pela fácil disseminação de suas sementes que, por serem de tamanho diminuto e apresentarem estruturas adaptadas à disseminação anemófila, podem-se dispersar a 100 metros ou mais da planta mãe. As sementes do Pinus também podem ser disseminadas pelo solo, água ou terem animais (pássaros, etc.) como agentes dispersivos. Os Pinus possuem alta capacidade de produção sementeira, o que aumenta ainda mais a chance de suas sementes virem a se tornar plântulas e posteriormente árvores em outros locais que não sejam as áreas efetivamente plantadas. As sementes possuem dormência, germinando apenas nas épocas que em que as condições ambientais lhes são de todo favoráveis (Floriano, 2004). Esta é outra característica importante para espécies serem consideradas plantas invasivas, sendo a dormência um mecanismo de sobrevivência e defesa que foi adquirido ao passar do tempo em sua evolução (Deuber, 1992). Segundo Ziller e Galvão (2001), os Pinus também são considerados invasores pela alta longevidade de suas sementes no solo, alta germinação (muitas vezes acima de 90%), maturação precoce das plantas, floração e frutificação em períodos prolongados.

As raízes da maioria das espécies de Pinus se associam mutualisticamente com fungos ecto-micorrízicos. Esta associação gera benefícios aos Pinus, tornando-os mais resistentes a secas, pelo fato do fungo aumentar a superfície de absorção radicular. As micorrizas também favorecem a absorção de nutrientes destas plantas, conseguindo captar para a planta o que ela não teria condições de fazer sozinha. As micorrizas até mesmo tornam a planta resistente à toxidez de alumínio e a solos ácidos, além de diminuir a incidência de certas doenças fúngicas. Esta última vantagem ajuda o Pinus, principalmente na fase de muda, em que a planta é mais sensível às condições ambientais. Assim, a associação Pinus X fungo micorrízico gera aumento de crescimento e sobrevivência de mudas inclusive em terrenos erodidos e degradados (Cardoso et al., 1992).

Os Pinus também são conhecidos por produzir substâncias químicas capazes de inibir o desenvolvimento de outros vegetais sensíveis a elas. Isto é denominado alelopatia e aumenta ainda mais a vantagem na competição com outras plantas nativas. A exclusão mecânica (manta orgânica de acículas sobre o solo) e o sombreamento são outras características que fazem o Pinus demandar manejos especiais, não apenas por se desenvolver mais rapidamente, mas também por retirar a luminosidade necessária de outras plantas por ganhar em espaço em um mesmo nicho ecológico. Isso pode levas outras plantas primeiro à opressão e posteriormente à morte por falta de recursos limitantes, como luz, nutrientes e água.

A maioria das espécies de Pinus também é considerada resistente ao fogo, havendo rebrotes logo após. Isso também é vantagem em relação às plantas nativas susceptíveis ao fogo.

Por fim, a maioria dos Pinus não possui um número elevado de inimigos naturais que os ataquem no nosso país. Fora as formigas cortadeiras e os pulgões que provocam maiores danos principalmente às mudas, há apenas a vespa-da-madeira, que pode prejudicar seu desenvolvimento após a árvore ficar adulta e estabelecida. O mesmo é observado com problemas fitopatológicos dos Pinus. Há poucas doenças associadas com o gênero em nosso país e as que existem atacam mais as mudas do que as árvores (Embrapa Florestas, 2008).

Logo, as características de disseminação da semente, a dormência, a alelopatia, o número reduzido de inimigos naturais, o rápido crescimento, entre outros, fazem dos pinheiros plantas altamente competitivas, sendo muitas vezes pioneiras em áreas degradadas e também plantas consideradas colonizadoras. O que é fantástico para a silvicultura e para a produtividade florestal, pode ser problema na competição com plantas nativas e com cultivos agrícolas. Por essas razões, a necessidade do bom entendimento dessas características e a busca da biodiversidade e proteção dos ecossistemas são vitais. Todos sabemos que existem impactos associados ao reflorestamento com os Pinus. Esses precisam ser entendidos, controlados e monitorados. Reflorestar é preciso, todo sabemos sua importância. Cabe então se fazer isso da forma com mínimos impactos ambientais.


Estudos do Pinus como invasor em diferentes regiões do Brasil e do mundo

Shimizu e Tabata (1985) observaram os danos e modificações em florestas nativas de uma ilha do oceano Pacífico pertencente ao Japão que foram "invadidas" por Pinus lutchuensis. Apesar da diminuição da luminosidade e maior deposição de folhas no sub-bosque da floresta, não houve modificações em número ou quantidade de espécies nativas da região. Os autores sugeriram que os Pinus ocuparam um nicho que estava sobrando na área. Outra suposição dos autores para este fato é de que as nativas arbóreas da região eram tão agressivas competitivamente ou mais que os Pinus, fazendo com que não houvessem modificações em seu desenvolvimento e número.

Segundo Richardson (1998), em estudos de Pinus invasores feitos até 1991, 53% de invasão foram detectadas em áreas com predominância herbácea, 8 % de invasão em regiões arbustivas e 8% em áreas arbusto-florestais. A Nova Zelândia possui muitas espécies de Pinus adaptadas às suas condições ambientais, contribuindo para que se tornem invasoras. Richardson (1998) destaca Pinus pinaster, P. radiata, P. taeda, P. sylvestris, P. banksiana, P. halepensis, P. muricata, P. nigra, P. ponderosa e P. mungo como as principais espécies que se disseminam em algumas das regiões daquele país.

Ziller e Galvão (2001) estudaram a contaminação biológica de Pinus taeda e Pinus elliottii em estepe gramíneo-lenhosa no leste do Paraná - Brasil. Os autores registraram que em 76% dos pontos diagnósticos na estepe, em 57% dos pontos em formações pioneiras de influência fluvial e em 25% das áreas agrícolas havia contaminação por Pinus. Os mesmos autores, ainda, ressaltam que apesar desta invasão ser esparsa, há o problema de agravamento com o passar do tempo, ainda mais se não ocorrer nenhuma medida de controle.

Ziller (2001) enfatiza que apenas P. taeda e P. elliottii são pinheiros considerados invasores no Brasil; contudo, ainda há carência de estudos sobre o assunto e este potencial pode ser maior do que o previsto. Ziller (2001) e Richardson e Van Wilgen (2004) ressaltam que um dos piores problemas da invasão em ambientes naturais é a contaminação biológica. Com o estabelecimento de espécies exóticas em um ambiente novo há a modificação de seus fatores ambientais como temperatura, umidade, ciclagem de nutrientes, acúmulo de biomassa no solo (aumentando o risco de incêndios), porte da vegetação, distribuição de funções de espécies em um dado ecossistema, diferenciação de processos evolutivos, modificação de taxa de decomposição, de comportamento entre insetos polinizadores e plantas, entre outros. Por esses motivos, os cuidados de manejo a se ter ao plantar florestas de Pinus próximas a áreas naturais de preservação.

Tichý e Mácová (2001) compararam o desempenho de Pinus strobus (exótico e invasor) e de P. sylvestris (nativo) em diferentes temperaturas em duas áreas de vale da República Tcheca. A reação às temperaturas das duas espécies não diferiu no verão e no inverno. Contudo, na primavera, P. strobus respondeu negativamente ao aumento repentino de temperatura, enquanto que P. sylvestris mostrou-se indiferente. Isso influencia a brotação que ocorre posteriormente em P. strobus. Nesta época do ano, os raios solares incidem com menor força na parte baixa do vale, o que também deprecia o desenvolvimento de P. strobus comparado ao P. sylvestris. Logo, o pinheiro nativo é mais encontrado nesta parte, enquanto que o exótico fica restrito às regiões mais elevadas.

Rouget et al. (2002) avaliaram o risco de invasão de habitats naturais da África do Sul por Pinus e acácia. Destas áreas ainda não contaminadas, os autores estimaram que 6,6 % e 9,8 % estão sujeitas a serem invadidas por espécies de Pinus e pela Acácia mearnsii, respectivamente.

Em 2002, Nyoka observou várias espécies de Pinus como invasoras na África do Sul. Estas foram: P. canariensis, P. elliottii, P. halepensis, P. patula, P. pinaster, P. pinea, P. radiata, P. roxburghii, P. taeda. O mesmo autor também apontou seis espécies de Pinus invasoras no Zimbábue, que são: P. elliottii, P. kesyia, P. patula, P. radiata, P. taeda, P. roxburghii.

Em estudos sobre a reinfestação por Pinus em local de restauração ambiental do Parque Florestal do Rio Vermelho em Florianópolis, SC – Brasil, Bourcheid et al. (2003) mostraram o alto potencial do gênero em reinfestar a área. Devido ao alto número de sementes de Pinus existentes no banco de sementes neste solo, foi registrada uma média de 6,17 plantas por 10 metros quadrados, estimando-se 19.650 plantas por hectare. A pesquisa ainda avaliou a capacidade de desenvolvimento das mudas de Pinus em um ano, tendo estas a altura média 8,36 cm. Os autores ainda enfatizam a importância deste estudo para a continuação do estudo do gênero na área.

Liesenfeld e Pellegrim (2004) ressaltaram que P. elliottii está se disseminando e invadindo áreas de dunas e campos da beira da Lagoa Negra e Praia de Fora, na reserva estadual de Itapuã em Viamão, RS - Brasil. Os autores enfatizam que por encontrar terreno fértil, o Pinus têm sua colonização facilitada nestas áreas. Isto provoca, segundo os autores, danos também à estética da paisagem da região, podendo diminuir o seu potencial turístico. Os Pinus podem estar tirando lugar de espécies nativas, não apenas vegetais, mas também animais. Os autores ressaltam que há cerca de 4.000 Pinus adultos no parque e 30 a 60 mil pinheiros jovens. Este número de indivíduos jovens é elevado pela retirada do gado nos dois anos anteriores, eliminando a morte de plantas jovens por pisoteio.

Richardson apud “The Global Invasive Species Database” (2005) ressalta que a espécie Pinus radiata está invadindo as florestas secundárias nativas das Valdívias no Chile. Neste mesmo país, P. contorta, P. pinaster, P. ponderosa, P. radiata e P. sylvestris também são considerados invasores. P. ponderosa foi considerada a mais preocupante destas, pois invade reservas naturais, ao passo que P. pinaster invade apenas áreas já perturbadas e degradadas.

Na ilha do sul da Nova Zelândia, há três espécies de Pinus invasoras, segundo DOC apud “The Global Invasive Species Database” (2005). Estas são: P. radiata (a mais disseminada), P. contorta e P. nigra. As três dominam em áreas de campos ou de vegetação arbustiva.

Em estudos comparando o desenvolvimento do Pinus halepensis invasor em duas regiões distintas (mediterrâneo e região semi-árida) de Israel, Lavi et al. (2005) concluíram que em ambas as áreas a disseminação foi mais vigorosa no oeste da plantação, lado oposto aos ventos quentes. O Pinus da região árida frutificou antes do da região mediterrânea: nove contra 12 anos, respectivamente. Em ambas regiões a densidade da infestação obedeceu a uma correlação negativa com o aumento da distanciamento das florestas de Pinus.

Henrik et al. (2006) observaram que praticamente metade da área de dunas e costa da Dinamarca está contaminado pelo exótico P. mugo. Os autores registraram que as áreas mais atingidas são as degradadas. Estes também encontraram esta espécie de pinheiro, a qual é nativa das regiões montanhosas do centro da Europa (Alemanha e Polônia), e que está se estabelecendo como invasora também na Suécia e na Noruega. P. mugo foi inicialmente introduzido nas dunas objetivando o controle da erosão causada pelo vento e também visando nova fonte geradora de renda. Contudo, hoje pode estar causando danos a espécies nativas da região, principalmente das já ameaçadas. Por isso, recomendam-se associar as plantações econômicas a técnicas de prevenção à disseminação e invasão de ecossistemas naturais.

Zanchetta e Diniz (2006), em estudos de contaminação biológica por espécies de Pinus em três diferentes áreas de cerrado da estação ecológica de Itirapina, SP - Brasil, observaram que P. elliottii foi a espécie com maior potencial invasor, e que a área mais afetada por este foi a mais úmida. Os autores abordam que as sementes provêm da estação experimental agronômica, situada ao lado da área de preservação ecológica, que, por ser mais elevada, é uma área de disseminação de sementes de Pinus. Continuando os estudos nesta área, Zanchetta e Pinheiro (2007) fizeram uma análise mais detalhada dos fatores que favoreciam a disseminação e a conseqüente invasão de P. elliottii. Chegaram à conclusão de que há ventos predominantes na região que sopram do foco de dispersão diretamente às áreas afetadas. Esta época de ventos coincide com o período de frutificação dos Pinus e também com o término do período de chuvas, o que favorece ainda mais a colonização da área vizinha.

Mahmoud et al. (sem referência de data), em áreas de fragmento de cerrado na reserva ecológica de Itirapina, SP – Brasil, observaram que P. elliottii está se disseminando em quantidade negativamente correlacionada com a distância da área de disseminação: quanto mais distante do sítio de disseminação, menos árvores eram encontradas. O tamanho destas árvores também obedeceu semelhante comportamento. Os autores explicam ambos os fatos pela capacidade de dispersão tanto das sementes como dos esporos dos fungos micorrízicos associados às raízes dos Pinus. Logo, as áreas mais propícias para a invasão de P. elliottii foram as bordas do fragmento (áreas vizinhas) por haver mais deposição de sementes e também de esporos de fungos, tornando o ambiente mais propício para a colonização. Em plantações florestais para fins econômicos, as áreas de preservação permanente e de reserva legal estão em geral limítrofes com as plantações de Pinus. Por essa razão, os cuidados para evitar a infestação dessas áreas naturais devem ser maximizados.


Benefícios dos Pinus

Atualmente, a maioria da madeira do Pinus produzida no Brasil está certificada, obedecendo para tanto normas de sustentabilidade e de bom manejo florestal. Estes reflorestamentos trazem benefícios sociais e econômicos à sociedade, que necessita da madeira. Protege também as matas nativas, já que o homem ao usar a madeira de plantações, deixa de agredir as matas naturais para colher a madeira que necessita. A maioria das florestas de Pinus são plantadas em áreas anteriormente degradadas pela agricultura, ajudando inclusive na regeneração destas, por obedecer a aptidão agrícola do solo e por promover cobertura deste, evitando a erosão e aumentando a capacidade de retenção de água (Vasques et al., 2007). Os mesmos autores ainda comentam que a atividade de reflorestamento de Pinus é considerada de baixo impacto ambiental, por proteger o solo e evitar que remanescentes de florestas nativas e naturais continuem sendo devastadas. Por ser uma cultura de longo prazo, é considerada de pouca utilização de insumos químicos e o óleo diesel das moto-serras está sendo substituído por óleos vegetais, os quais são reciclados e atóxicos. Neves et al. (2001) e Vasques et al. (2007) também afirmam que as plantações de Pinus contribuem para o seqüestro de carbono da atmosfera.

As empresas auditoras e certificadoras florestais de plantações de Pinus do Brasil e do mundo já possuem normas que visam o manejo das áreas vizinhas evitando possíveis disseminações e contaminações biológicas nestas. Da mesma forma, as técnicas de controle de Pinus invasores, se bem empregadas, são de fácil condução, visto que as árvores do gênero não possuem rebrote, sendo facilmente eliminadas (Vasques et al., 2007). Estudos citados por estes pesquisadores no Brasil mostram que os Pinus se adaptam muito bem a áreas degradadas, contribuindo para o enriquecimento em matéria orgânica destes solos e ajudando em sua recuperação a longo prazo.

Do ponto de vista sócio-econômico, as várias indústrias de celulose e do setor moveleiro contribuem para o desenvolvimento de regiões do Sul e Sudeste do Brasil, gerando renda e mais de dois milhões de empregos diretos e indiretos para inúmeros brasileiros. A silvicultura tem importante papel na economia do país, representando cerca de 4,1 % do PIB em 2001 (SBS apud Vasques et al., 2007).

Da mesma forma que Vasques e colaboradores (2007) mostram a importância da silvicultura na economia e para a sociedade brasileira, Mondlane et al (2002) corroboram os resultados sócio-econômicos positivos de atividades florestais na África do Sul. Estes últimos autores apontam parcerias do governo e das indústrias reflorestadoras para a solução da invasão de espécies florestais em ambientes nativos, buscando a sustentabilidade de todos os reflorestamentos no país.


Manejo e controle do Pinus quando invasor ou invasivo

Os produtos certificados de Pinus trouxeram desenvolvimento econômico e social e conservação ambiental a várias regiões do Brasil e, segundo Vasques et al. 2007, há a necessidade de formalizar e regularizar manejos adequados às espécies de pinheiros, visando amenizar os efeitos negativos da regeneração natural.

Os Pinus continuarão sendo plantados na Nova Zelândia; contudo, medidas de controle e prevenção de invasão devem ser consideradas junto com manejo de seus reflorestamentos (Cattaneo, sem referência de data).

De acordo com Mondlane et al. (2002), a legislação governamental da África do Sul permite que continue havendo novas plantações de Pinus; mas as indústrias e os reflorestadores devem controlar sua disseminação para as áreas vizinhas. Além disso, o governo sul-africano irá requerer divisão nos custos de limpeza de áreas com invasão de Pinus e outras espécies exóticas invasoras. Os mesmos autores ainda ressaltam que a maioria dos reflorestamentos atuais têm tecnologias avançadas e buscam a sustentabilidade da área, sendo este requisito fundamental para a certificação da madeira. Logo, os órgãos certificadores desenvolvem e exigem também regras preventivas à invasão, controle desta e monitoramento das áreas vizinhas aos reflorestamentos. Isso é essencial nos dias atuais, até mesmo como uma resposta do setor florestal às preocupações da sociedade.

Moran et al. (2000) estão estudando a possibilidade da liberação de insetos e ácaros exóticos comedores de cones e sementes de pinheiros como agentes de controle biológico de Pinus infestantes na África do Sul. A medida de controle está sendo desenvolvida pelos problemas de reinfestações das áreas anteriormente já controladas, por haver sementes dormentes no solo, pela meta de diminuição de Pinus invasivo e também pela seletividades dos insetos aos cones e às sementes. Tais medidas diminuiriam conflitos de interesse entre os conservacionistas (trabalhando no programa de conservação da água no país) e as indústrias reflorestadoras.

Na Nova Zelândia, estudos com agentes de controle biológico clássico (insetos comedores de sementes) também estão sendo realizados, segundo "The Global Invasive Species Database" (2005), mas os autores enfatizam a necessidade de mais pesquisas sobre o tema antes da liberação biológica. O país possui uma espécie de conífera nativa da região, a qual poderia também servir de alimento a estes insetos, ou seja: uma medida positiva poderia acabar virando negativa à biodiversidade local.

Le Maitre et al. (2002) indicam custos de controle de invasoras em quatro áreas infestadas. Dentre estas constam as infestadas com Pinus. Medidas de controle estão sendo implantadas na região visto que acredita-se que estas invasoras já diminuíram os reservatórios de água em 6,7%. Logo, os custos de controle chegam a US$ 13,2 milhões em somente uma das áreas. Os custos elevados aumentarão ainda mais se medidas de controle não forem tomadas em curto espaço de tempo. Isto encareceria ainda mais tal controle posterior. Autores como Richardson (1998) afirmam que o melhor é sempre a prevenção da invasão, visto que algumas espécies, depois de estabelecidas, têm seu custo de controle extremamente alto. Por isso, recomendam agir no início do problema, prevenindo-o na origem.

A invasão das coníferas, segundo Cattaneo (sem referência de data), pode ser prevenida observando-se a influência de alguns fatores, que são: característica das espécies do ambiente e do local de reflorestamento; disposições e desenho da plantação e manejo das zonas ao redor desta.

Robertson et al. (2003) publicaram propostas para manejo de plantas invasoras na África do Sul, dentre elas, os Pinus. Os autores formularam um módulo de prioridade de controle que, através de fórmulas, mostra quais as plantas invasoras que devem ter prioridade em controle na área, sendo, portanto, consideradas mais perigosas. O módulo pode ser utilizado não apenas neste país, mas em outras partes do mundo. A pontuação máxima de prioridade de controle é o 5 e a mínima é o zero. Os Pinus invasivos da região situam-se entre 2,83 a 2,46. P. patula foi classificado em 14° lugar em termos de prioridades de controle.

Ziller e Galvão (2001) propõem uma série de medidas para prevenir a contaminação de plantas do gênero Pinus. Estas são: promover o pastoreio rotativo nas zonas de divisa com os reflorestamento; implantar barreiras físicas (quebra-ventos) ao redor das áreas reflorestadas; estudar as características do local a ser implantado o reflorestamento e a partir disso definir o formato deste, sempre levando em consideração os ventos dominantes, relevo e cursos d’água; dar preferência a realizar povoamentos florestais em meia encosta, dificultando a disseminação de sementes no vale; restaurar áreas de mata ciliar com nativas evitando disseminação de semente de Pinus por córregos e cursos d'água; certificar ambientalmente as plantações prevenindo e monitorando a disseminação da colonização da planta em outras regiões; evitar plantio de Pinus de forma ornamental e em beira de estradas diminuindo o foco de dispersão de sementes na região. O Instituto Hórus (2008) também propõe algumas das medidas preventivas citadas acima, destacando que os Pinus são de fácil controle mecânico por não rebrotarem após o corte. Este deve ocorrer de maneira constante e crescente, eliminando primeiramente as plantas de menor tamanho e mais distantes ao foco de disseminação , posteriormente, os indivíduos adultos. O controle químico deve ser feito com o uso de EPIs e com a orientação do fabricante e pode ser feito com aplicação de glifosato em anelamento em árvores adultas. É importante também o monitoramento posterior da área limpa em busca de eliminar anualmente as novas plantas emergidas do banco de sementes do solo.


Considerações finais

O controle de plantas de Pinus em áreas já infestadas deve ocorrer, iniciando pela eliminação das árvores mais jovens, evitando que se desenvolvam até produzirem sementes, e, por fim, eliminando as árvores já adultas. Conforme a situação, isso pode ser feita só matando-as, sem derrubá-las, o que poderia aumentar os danos na vegetação nativa. A imposição de barreiras físicas, como quebra ventos e corredores ecológicos com espécies não invasivas, também são medidas preventivas se corretamente instaladas nas zonas de borda dos reflorestamentos de Pinus. O monitoramento das áreas já invadidas e em processo de controle e também das áreas vizinhas a reflorestamentos deve ser realizado, indicando a necessidade do controle das plantas jovens que se instalem, diminuindo o banco de sementes de Pinus neste solo. As medidas de manejo e de prevenção da disseminação dos Pinus são deveres tanto do governo, das instituições de pesquisa e de educação, como dos plantadores de Pinus e indústrias usuárias de suas madeiras. Todos devem estar conscientes de seu papel para promover a sustentabilidade em sua região, sem comprometer o meio ambiente (Cattaneo, sem referência de data). Segundo Ziller (2001) e Richardson e Van Wilgen (2004), programas de manejo de plantas invasivas vêm sendo criados em todo o mundo. Exemplos destes são "The Global Invasive Species Programme", criado pela ONU, e "Working for Water Programme", do governo da África do Sul. Vários avanços vêm sendo alcançados. No entanto, pesquisas e estudos ainda devem continuar sendo incentivados assim como a conscientização do povo através de ações educativas. Estudos que objetivam a garantia do desenvolvimento sustentável através da pesquisa de novas técnicas e manejos silviculturais devem continuar sendo efetuadas, levando novos conhecimentos sobre o assunto aos reflorestadores e à sociedade.

Vasques et al. (2007) recomendam que as práticas de sustentabilidade da "Triple Botton Line" ("People, Planet, Profit") sejam incentivadas no país, garantindo monitoramento e auditorias nas áreas para se alcançar maior sustentabilidade nos sistemas produtivos (http://pt.wikipedia.org/wiki/Triple_bottom_line).

Nenhuma das bibliografias e pesquisas encontradas para a realização deste artigo técnico afirmam que os Pinus não devam mais ser plantados. Por outro lado, muitos afirmam que pelas características invasoras do gênero, este deve ser restrito ao uso comercial ou para resgatar áreas já muito degradadas. Os reflorestamentos de Pinus têm que ser feitos de maneira sustentável, havendo que se adotar cuidados de monitoramento e prevenção de disseminação para áreas naturais ou de agricultura localizadas nas proximidades.


Citações bibliográficas e sugestões para leituras

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