Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
O Conceito de Espécies
Invasivas ou Invasoras em Relação aos
Pinus
Introdução
Plantas
invasoras ou invasivas são
aquelas consideradas exóticas em uma determinada região
e que conseguem se estabelecer, adaptando-se muito bem às
condições da localidade, inclusive progredindo
e superando o desenvolvimento das espécies nativas
(Deuber, 1992; Mangold, 2005). Logo, estes vegetais invasores
são muitas vezes chamados de "aliens" e
podem ser convertidos em problemas, pois, além de
sobressaírem competitivamente às plantas nativas
locais, têm rápida disseminação
no meio. Assim, cuidados devem ser colocados a fim de manejar
estas espécies de plantas que podem prejudicar ecossistemas
naturais, o rendimento de plantações agrícolas
e as pastagens naturais (Instituto Hórus, 2008).
Os
Pinus, árvores nativas geralmente do hemisfério
norte do planeta,
são espécies florestais muito vantajosas em relação
a muitas árvores nativas, não apenas as brasileiras, mas também
de outras regiões (Wikipedia, 2008). Os pinheiros se desenvolvem com sucesso
e se reproduzem em regiões que muitas plantas não conseguiriam
e, ainda, de forma rápida e eficiente, adaptando-se perfeitamente às
condições em que se encontram. No caso do Brasil, por serem tolerantes
ao frio e pouco exigentes em fertilidade do solo, conseguem se adaptar a muitas
condições ambientais adversas, sobressaindo-se em termos competitivos.
Isto, ainda sem contar com as qualidades físico-químicas e mecânicas
da madeira, bastante apreciada, tanto para a serraria e demais produtos sólidos,
como para a indústria de celulose e de papel. A demanda de madeira está crescendo
mundialmente e o Pinus, por todas suas vantagens, é cada vez mais plantado
no Brasil para suprir essa necessidade. Apesar disso, muitas vezes inexistem
medidas de manejo preventivas à sua invasão em outras áreas
próximas. Sendo assim, o objetivo deste artigo técnico é,
através de revisão bibliográfica, conscientizar as pessoas
de que o manejo de florestas de Pinus não inclui apenas os tratos da cultura
em suas áreas plantadas, mas também as medidas de controle e prevenção
da disseminação natural para outras localidades. Essas técnicas
são de mesma relevância quanto aquelas para obter boas produtividades
e qualidades de produtos.
Os Pinus foram introduzidos no Brasil em 1948, no Estado de
São Paulo.
Pesquisas foram feitas com os pinheiros americanos ditos "amarelos" pelo
Serviço Florestal do Estado. Cinco espécies de Pinus foram plantadas.
Destas, Pinus taeda e P. elliottii se sobressaíram, mostrando-se perfeitamente
adaptados às nossas condições climáticas. Desde então,
estas duas espécies foram difundidas nas regiões Sul e Sudeste,
muitas vezes não levando em conta as medidas de prevenção à sua
disseminação natural, principalmente no passado mais distante.
As variedades do pinheiro tropical Pinus caribaea, que são as mais utilizadas
em reflorestamentos nas regiões mais quentes do país, tampouco
podem estar recebendo os devidos cuidados para evitar sua disseminação
nas áreas naturais. (Instituto Hórus, 2008). Isso ocorre principalmente
a nível de fazendeiros rurais e empresas não certificadas pelos
critérios do FSC ou CERFLOR.
Principais
características do Pinus como invasor
Segundo o website "The Global Invasive Species Team" o
gênero Pinus foi classificado pela IUCN (União Mundial
para a Conservação da Natureza) como sendo uma das 100
espécies mais invasoras no planeta. Isso ocorre pela fácil
disseminação de suas sementes que, por serem de tamanho
diminuto e apresentarem estruturas adaptadas à disseminação
anemófila, podem-se dispersar a 100 metros ou mais da planta
mãe. As sementes do Pinus também podem ser disseminadas
pelo solo, água ou terem animais (pássaros, etc.) como
agentes dispersivos. Os Pinus possuem alta capacidade de produção
sementeira, o que aumenta ainda mais a chance de suas sementes virem
a se tornar plântulas e posteriormente árvores em outros
locais que não sejam as áreas efetivamente plantadas.
As sementes possuem dormência, germinando apenas nas épocas
que em que as condições ambientais lhes são de
todo favoráveis (Floriano, 2004). Esta é outra característica
importante para espécies serem consideradas plantas invasivas,
sendo a dormência um mecanismo de sobrevivência e defesa
que foi adquirido ao passar do tempo em sua evolução
(Deuber, 1992). Segundo Ziller e Galvão (2001), os Pinus também
são considerados invasores pela alta longevidade de suas sementes
no solo, alta germinação (muitas vezes acima de 90%),
maturação precoce das plantas, floração
e frutificação em períodos prolongados.
As
raízes
da maioria das espécies de Pinus se associam
mutualisticamente com fungos ecto-micorrízicos. Esta associação
gera benefícios aos Pinus, tornando-os mais resistentes a
secas, pelo fato do fungo aumentar a superfície de absorção
radicular. As micorrizas também favorecem a absorção
de nutrientes destas plantas, conseguindo captar para a planta o
que ela não teria condições de fazer sozinha.
As micorrizas até mesmo tornam a planta resistente à toxidez
de alumínio
e a solos ácidos, além de diminuir a incidência
de certas doenças fúngicas. Esta última vantagem
ajuda o Pinus, principalmente na fase de muda, em que a planta é mais
sensível às condições ambientais. Assim,
a associação Pinus X fungo micorrízico gera
aumento de crescimento e sobrevivência de mudas inclusive em
terrenos erodidos e degradados (Cardoso et al., 1992).
Os
Pinus também
são conhecidos por produzir substâncias
químicas capazes de inibir o desenvolvimento de outros vegetais
sensíveis a elas. Isto é denominado alelopatia e
aumenta ainda mais a vantagem na competição com outras
plantas nativas. A exclusão mecânica (manta orgânica
de acículas sobre o solo) e o sombreamento são outras
características
que fazem o Pinus demandar manejos especiais, não apenas
por se desenvolver mais rapidamente, mas também por retirar
a luminosidade necessária de outras plantas por ganhar em
espaço
em um mesmo nicho ecológico. Isso pode levas outras plantas
primeiro à opressão
e posteriormente à morte por falta de recursos limitantes,
como luz, nutrientes e água.
A
maioria das espécies
de Pinus também é considerada
resistente ao fogo, havendo rebrotes logo após. Isso também é vantagem
em relação às plantas nativas susceptíveis
ao fogo.
Por
fim, a maioria dos Pinus não possui
um número
elevado de inimigos naturais que os ataquem no nosso país.
Fora as formigas cortadeiras e os pulgões que provocam
maiores danos principalmente às
mudas, há apenas a vespa-da-madeira, que pode prejudicar
seu desenvolvimento após a árvore ficar adulta
e estabelecida. O mesmo é observado com problemas fitopatológicos
dos Pinus. Há poucas doenças associadas com o gênero
em nosso país e as que existem atacam mais as mudas do
que as árvores
(Embrapa Florestas, 2008).
Logo,
as características de
disseminação da semente,
a dormência, a alelopatia, o número reduzido de
inimigos naturais, o rápido crescimento, entre outros,
fazem dos pinheiros plantas altamente competitivas, sendo muitas
vezes pioneiras em áreas
degradadas e também plantas consideradas colonizadoras.
O que é fantástico
para a silvicultura e para a produtividade florestal, pode ser
problema na competição com plantas nativas e com
cultivos agrícolas.
Por essas razões, a necessidade do bom entendimento dessas
características
e a busca da biodiversidade e proteção dos ecossistemas
são vitais. Todos sabemos que existem impactos associados
ao reflorestamento com os Pinus. Esses precisam ser entendidos,
controlados
e monitorados. Reflorestar é preciso, todo sabemos sua
importância.
Cabe então se fazer isso da forma com mínimos impactos
ambientais.
Estudos do Pinus como invasor em diferentes regiões
do Brasil e do mundo
Shimizu e Tabata (1985) observaram os danos e modificações
em florestas nativas de uma ilha do oceano Pacífico
pertencente ao Japão que
foram "invadidas" por Pinus lutchuensis. Apesar da diminuição
da luminosidade e maior deposição de folhas no sub-bosque
da floresta, não houve modificações em número
ou quantidade de espécies nativas da região. Os autores
sugeriram que os Pinus ocuparam um nicho que estava sobrando na área.
Outra suposição dos
autores para este fato é de que as nativas arbóreas da
região
eram tão agressivas competitivamente ou mais que os Pinus, fazendo
com que não houvessem modificações em seu desenvolvimento
e número.
Segundo
Richardson (1998), em estudos de Pinus invasores feitos
até 1991,
53% de invasão foram detectadas em áreas com predominância
herbácea, 8 % de invasão em regiões arbustivas e
8% em áreas
arbusto-florestais. A Nova Zelândia possui muitas espécies
de Pinus adaptadas às suas condições ambientais,
contribuindo para que se tornem invasoras. Richardson (1998) destaca
Pinus pinaster, P. radiata,
P. taeda, P. sylvestris, P. banksiana, P. halepensis, P. muricata,
P. nigra, P. ponderosa e P. mungo como as principais espécies que
se disseminam em algumas das regiões daquele país.
Ziller
e Galvão (2001) estudaram a contaminação biológica
de Pinus taeda e Pinus elliottii em estepe gramíneo-lenhosa
no leste do Paraná - Brasil. Os autores registraram que em 76%
dos pontos diagnósticos
na estepe, em 57% dos pontos em formações pioneiras de
influência
fluvial e em 25% das áreas agrícolas havia contaminação
por Pinus. Os mesmos autores, ainda, ressaltam que apesar desta invasão
ser esparsa, há o problema de agravamento com o passar do tempo,
ainda mais se não ocorrer nenhuma medida de controle.
Ziller
(2001) enfatiza que apenas P. taeda e P. elliottii são
pinheiros considerados invasores no Brasil; contudo, ainda há carência
de estudos sobre o assunto e este potencial pode ser maior do que o
previsto. Ziller
(2001) e Richardson e Van Wilgen (2004) ressaltam que um dos piores
problemas da invasão em ambientes naturais é a contaminação
biológica. Com o estabelecimento de espécies exóticas
em um ambiente novo há a modificação de seus fatores
ambientais como temperatura, umidade, ciclagem de nutrientes, acúmulo
de biomassa no solo (aumentando o risco de incêndios), porte
da vegetação,
distribuição de funções de espécies
em um dado ecossistema, diferenciação de processos evolutivos,
modificação
de taxa de decomposição, de comportamento entre insetos
polinizadores e plantas, entre outros. Por esses motivos, os cuidados
de manejo a se ter ao
plantar florestas de Pinus próximas a áreas naturais
de preservação.
Tichý e
Mácová (2001)
compararam o desempenho de Pinus strobus (exótico e invasor)
e de P. sylvestris (nativo) em diferentes temperaturas em duas áreas
de vale da República Tcheca. A reação às
temperaturas das duas espécies não diferiu no verão
e no inverno. Contudo, na primavera, P. strobus respondeu negativamente
ao aumento
repentino de temperatura, enquanto que P. sylvestris mostrou-se indiferente.
Isso influencia a brotação que ocorre posteriormente
em P. strobus. Nesta época do ano, os raios solares incidem
com menor força na
parte baixa do vale, o que também deprecia o desenvolvimento
de P. strobus comparado ao P. sylvestris. Logo, o pinheiro nativo é mais
encontrado nesta parte, enquanto que o exótico fica restrito às
regiões
mais elevadas.
Rouget
et al. (2002) avaliaram o risco de invasão
de habitats naturais da África do Sul por Pinus e acácia.
Destas áreas
ainda não contaminadas, os autores estimaram que 6,6 % e 9,8
% estão
sujeitas a serem invadidas por espécies de Pinus e pela Acácia
mearnsii, respectivamente.
Em
2002, Nyoka observou várias espécies
de Pinus como invasoras na África do Sul. Estas foram: P.
canariensis, P. elliottii, P. halepensis, P. patula, P. pinaster,
P. pinea, P. radiata, P. roxburghii, P. taeda. O mesmo
autor também apontou seis espécies de Pinus invasoras
no Zimbábue,
que são: P. elliottii, P. kesyia, P. patula, P. radiata,
P. taeda, P. roxburghii.
Em
estudos sobre a reinfestação
por Pinus em local de restauração
ambiental do Parque Florestal do Rio Vermelho em Florianópolis,
SC – Brasil,
Bourcheid et al. (2003) mostraram o alto potencial do gênero
em reinfestar a área. Devido ao alto número de
sementes de Pinus existentes
no banco de sementes neste solo, foi registrada uma média
de 6,17 plantas por 10 metros quadrados, estimando-se
19.650 plantas por hectare.
A pesquisa ainda avaliou a capacidade de desenvolvimento das
mudas de Pinus em um ano, tendo
estas a altura média 8,36 cm. Os autores ainda enfatizam
a importância
deste estudo para a continuação do estudo do
gênero
na área.
Liesenfeld
e Pellegrim (2004) ressaltaram que P. elliottii está se
disseminando e invadindo áreas de dunas e campos
da beira da Lagoa Negra e Praia de Fora, na reserva estadual
de Itapuã em
Viamão, RS - Brasil. Os
autores enfatizam que por encontrar terreno fértil,
o Pinus têm
sua colonização facilitada nestas áreas.
Isto provoca, segundo os autores, danos também à estética
da paisagem da região,
podendo diminuir o seu potencial turístico. Os Pinus podem
estar tirando lugar de espécies nativas, não
apenas vegetais, mas também
animais. Os autores ressaltam que há cerca de 4.000
Pinus adultos no parque e 30 a 60 mil pinheiros jovens. Este
número de indivíduos jovens é elevado
pela retirada do gado nos dois anos anteriores, eliminando
a morte de plantas jovens por pisoteio.
Richardson
apud “The
Global Invasive Species Database” (2005)
ressalta que a espécie Pinus radiata está invadindo
as florestas secundárias
nativas das Valdívias no Chile. Neste mesmo país, P.
contorta, P. pinaster, P. ponderosa, P. radiata e P.
sylvestris também são
considerados invasores. P. ponderosa foi considerada a mais
preocupante destas, pois invade reservas naturais, ao passo
que P. pinaster invade apenas áreas
já perturbadas e degradadas.
Na
ilha do sul da Nova Zelândia, há três
espécies de
Pinus invasoras, segundo DOC apud “The Global
Invasive Species Database” (2005).
Estas são: P. radiata (a mais disseminada), P.
contorta e P. nigra. As três dominam
em áreas de campos
ou de vegetação
arbustiva.
Em
estudos comparando o desenvolvimento do Pinus
halepensis invasor em duas regiões
distintas (mediterrâneo e região semi-árida)
de Israel, Lavi et al. (2005) concluíram que em
ambas as áreas a disseminação
foi mais vigorosa no oeste da plantação,
lado oposto aos ventos quentes. O Pinus da região árida
frutificou antes do da região
mediterrânea: nove contra 12 anos, respectivamente.
Em ambas regiões
a densidade da infestação obedeceu a uma
correlação
negativa com o aumento da distanciamento das florestas
de Pinus.
Henrik
et al. (2006) observaram que praticamente metade da área
de dunas e costa da Dinamarca está contaminado pelo
exótico
P. mugo. Os autores registraram que as áreas
mais atingidas são as degradadas.
Estes também encontraram esta espécie
de pinheiro, a qual é nativa
das regiões montanhosas do centro da Europa
(Alemanha e Polônia),
e que está se estabelecendo como invasora também
na Suécia
e na Noruega. P. mugo foi inicialmente introduzido
nas dunas objetivando o controle da erosão causada
pelo vento e também visando nova fonte geradora
de renda. Contudo, hoje pode estar causando danos a
espécies
nativas da região, principalmente das já ameaçadas.
Por isso, recomendam-se associar as plantações
econômicas a técnicas de prevenção à disseminação
e invasão de ecossistemas naturais.
Zanchetta
e Diniz (2006), em estudos de contaminação
biológica
por espécies de Pinus em três diferentes áreas
de cerrado da estação ecológica
de Itirapina, SP - Brasil, observaram que P.
elliottii foi
a espécie com maior potencial invasor, e que
a área
mais afetada por este foi a mais úmida. Os autores
abordam que as sementes provêm da estação
experimental agronômica, situada
ao lado da área de preservação
ecológica,
que, por ser mais elevada, é uma área
de disseminação de sementes
de Pinus. Continuando os estudos nesta área,
Zanchetta e Pinheiro (2007) fizeram uma análise
mais detalhada dos fatores que favoreciam a disseminação
e a conseqüente invasão de P.
elliottii. Chegaram à conclusão
de que há ventos predominantes na região
que sopram do foco de dispersão diretamente às áreas
afetadas. Esta época
de ventos coincide com o período de frutificação
dos Pinus e também com o término do período
de chuvas, o que favorece ainda mais a colonização
da área vizinha.
Mahmoud
et al. (sem referência
de data), em áreas de fragmento de
cerrado na reserva ecológica de Itirapina, SP – Brasil,
observaram que P. elliottii está se disseminando
em quantidade negativamente correlacionada com a distância
da área de disseminação: quanto mais
distante do sítio de disseminação,
menos árvores
eram encontradas. O tamanho destas árvores também
obedeceu semelhante comportamento. Os autores explicam
ambos os fatos pela capacidade de dispersão
tanto das sementes como dos esporos dos fungos micorrízicos
associados às
raízes dos Pinus. Logo, as áreas mais propícias
para a invasão
de P. elliottii foram as bordas do fragmento (áreas
vizinhas) por haver mais deposição de sementes
e também de esporos de fungos,
tornando o ambiente mais propício para a colonização.
Em plantações florestais para fins econômicos,
as áreas
de preservação permanente e de reserva legal
estão em geral
limítrofes com as plantações de Pinus.
Por essa razão,
os cuidados para evitar a infestação dessas áreas
naturais devem ser maximizados.
Benefícios dos Pinus
Atualmente, a maioria da madeira do Pinus produzida no
Brasil está certificada,
obedecendo para tanto normas de sustentabilidade e de
bom manejo florestal. Estes reflorestamentos trazem benefícios
sociais e econômicos à sociedade,
que necessita da madeira. Protege também as matas
nativas, já que
o homem ao usar a madeira de plantações,
deixa de agredir as matas naturais para colher a madeira
que necessita. A maioria das florestas de Pinus são plantadas em áreas anteriormente degradadas
pela agricultura, ajudando inclusive na regeneração
destas, por obedecer a aptidão
agrícola do solo e por promover cobertura deste,
evitando a erosão
e aumentando a capacidade de retenção de água
(Vasques et al., 2007). Os mesmos autores ainda comentam
que a atividade de reflorestamento
de Pinus é considerada de baixo impacto ambiental,
por proteger o solo e evitar que remanescentes de florestas
nativas e naturais continuem sendo devastadas.
Por ser uma cultura de longo prazo, é considerada
de pouca utilização
de insumos químicos e o óleo diesel das
moto-serras está sendo
substituído por óleos vegetais, os quais
são reciclados
e atóxicos. Neves et al. (2001) e Vasques et al.
(2007) também
afirmam que as plantações de Pinus contribuem
para o seqüestro
de carbono da atmosfera.
As
empresas auditoras e certificadoras florestais de plantações
de Pinus do Brasil e do mundo já possuem normas
que visam o manejo das áreas
vizinhas evitando possíveis disseminações
e contaminações
biológicas nestas. Da mesma forma, as técnicas
de controle de Pinus invasores, se bem empregadas,
são
de fácil condução,
visto que as árvores do gênero não
possuem rebrote, sendo facilmente eliminadas (Vasques
et al., 2007). Estudos citados por estes pesquisadores
no Brasil mostram que os Pinus se adaptam muito bem
a áreas
degradadas, contribuindo para o enriquecimento em matéria
orgânica destes solos
e ajudando em sua recuperação a longo
prazo.
Do
ponto de vista sócio-econômico,
as várias indústrias
de celulose e do setor moveleiro contribuem para
o desenvolvimento de regiões
do Sul e Sudeste do Brasil, gerando renda e mais
de dois milhões de empregos
diretos e indiretos para inúmeros brasileiros.
A silvicultura tem importante papel na economia do
país, representando cerca de 4,1
% do PIB em 2001 (SBS apud Vasques et al., 2007).
Da
mesma forma que Vasques e colaboradores (2007)
mostram a importância
da silvicultura na economia e para a sociedade brasileira,
Mondlane et al (2002) corroboram os resultados sócio-econômicos
positivos de atividades florestais na África
do Sul. Estes últimos autores apontam parcerias
do governo e das indústrias reflorestadoras
para a solução
da invasão de espécies florestais em
ambientes nativos, buscando a sustentabilidade de
todos os reflorestamentos no país.
Manejo e controle do Pinus quando invasor ou invasivo
Os produtos certificados de Pinus trouxeram desenvolvimento
econômico e
social e conservação ambiental a várias
regiões do
Brasil e, segundo Vasques et al. 2007, há a necessidade
de formalizar e regularizar manejos adequados às
espécies de pinheiros, visando
amenizar os efeitos negativos da regeneração
natural.
Os
Pinus continuarão sendo plantados
na Nova Zelândia; contudo,
medidas de controle e prevenção de invasão
devem ser consideradas junto com manejo de seus reflorestamentos
(Cattaneo, sem referência
de data).
De
acordo com Mondlane et al. (2002), a legislação
governamental da África do Sul permite que continue
havendo novas plantações
de Pinus; mas as indústrias e os reflorestadores
devem controlar sua disseminação
para as áreas vizinhas. Além disso, o
governo sul-africano irá requerer
divisão nos custos de limpeza de áreas
com invasão de Pinus e outras espécies exóticas invasoras.
Os mesmos autores ainda ressaltam que a maioria dos
reflorestamentos
atuais têm tecnologias avançadas
e buscam a sustentabilidade da área, sendo este
requisito fundamental para a certificação
da madeira. Logo, os órgãos certificadores
desenvolvem e exigem também regras preventivas à invasão,
controle desta e monitoramento das áreas vizinhas
aos reflorestamentos. Isso é essencial nos dias
atuais, até mesmo como uma resposta do
setor florestal às preocupações
da sociedade.
Moran
et al. (2000) estão estudando
a possibilidade da liberação
de insetos e ácaros exóticos comedores
de cones e sementes de pinheiros como agentes de controle
biológico de Pinus infestantes na África
do Sul. A medida de controle está sendo desenvolvida
pelos problemas de reinfestações das áreas
anteriormente já controladas,
por haver sementes dormentes no solo, pela meta de
diminuição
de Pinus invasivo e também pela seletividades
dos insetos aos cones e às
sementes. Tais medidas diminuiriam conflitos de interesse
entre os conservacionistas (trabalhando no programa
de conservação da água no país)
e as indústrias reflorestadoras.
Na
Nova Zelândia,
estudos com agentes de controle biológico
clássico
(insetos comedores de sementes) também estão
sendo realizados, segundo "The Global Invasive
Species Database" (2005), mas os autores
enfatizam a necessidade de mais pesquisas sobre o
tema antes da liberação
biológica. O país possui uma espécie
de conífera
nativa da região, a qual poderia também
servir de alimento a estes insetos, ou seja: uma
medida positiva poderia acabar virando negativa à biodiversidade
local.
Le
Maitre et al. (2002) indicam custos de controle de invasoras
em quatro áreas
infestadas. Dentre estas constam as infestadas
com Pinus.
Medidas de controle estão sendo implantadas
na região visto que acredita-se que estas
invasoras já diminuíram os reservatórios
de água
em 6,7%. Logo, os custos de controle chegam a US$
13,2 milhões em somente
uma das áreas. Os custos elevados aumentarão
ainda mais se medidas de controle não forem
tomadas em curto espaço de tempo. Isto encareceria
ainda mais tal controle posterior. Autores como Richardson
(1998) afirmam que o melhor é sempre a
prevenção
da invasão, visto que
algumas espécies, depois de estabelecidas,
têm seu custo de controle
extremamente alto. Por isso, recomendam agir
no início
do problema, prevenindo-o na origem.
A
invasão
das coníferas, segundo Cattaneo (sem
referência
de data), pode ser prevenida observando-se a
influência
de alguns fatores, que são: característica
das espécies do ambiente e do local
de reflorestamento; disposições
e desenho da plantação
e manejo das zonas ao redor desta.
Robertson
et al. (2003) publicaram propostas para manejo de plantas
invasoras
na África do Sul, dentre elas, os Pinus. Os
autores formularam um módulo
de prioridade de controle que, através de fórmulas,
mostra quais as plantas invasoras que devem ter prioridade
em controle na área, sendo,
portanto, consideradas mais perigosas. O módulo
pode ser utilizado não
apenas neste país, mas em outras partes do mundo.
A pontuação
máxima de prioridade de controle é o
5 e a mínima é o
zero. Os Pinus invasivos da região situam-se
entre 2,83 a 2,46. P. patula foi classificado em 14° lugar
em termos de prioridades de controle.
Ziller
e Galvão
(2001) propõem uma série de medidas para
prevenir a contaminação de plantas do
gênero Pinus. Estas
são: promover o pastoreio rotativo nas zonas
de divisa com os reflorestamento; implantar barreiras
físicas (quebra-ventos) ao redor das áreas
reflorestadas; estudar as características do
local a ser implantado o reflorestamento e a partir
disso definir o formato deste, sempre levando em consideração
os ventos dominantes, relevo e cursos d’água;
dar preferência
a realizar povoamentos florestais em meia encosta,
dificultando a disseminação
de sementes no vale; restaurar áreas de mata
ciliar com nativas evitando disseminação
de semente de Pinus por córregos e cursos d'água;
certificar ambientalmente as plantações
prevenindo e monitorando a disseminação
da colonização da planta em outras
regiões; evitar plantio de Pinus de forma ornamental
e em beira de estradas diminuindo o foco de dispersão
de sementes na região. O Instituto
Hórus (2008) também propõe algumas
das medidas preventivas citadas acima, destacando que
os Pinus são de fácil controle mecânico
por não rebrotarem após o corte. Este
deve ocorrer de maneira constante e crescente, eliminando
primeiramente as plantas de menor tamanho e mais distantes
ao foco de disseminação , posteriormente,
os indivíduos
adultos. O controle químico deve ser feito com
o uso de EPIs e com a orientação
do fabricante e pode ser feito com aplicação
de glifosato em anelamento em árvores adultas. É importante
também o monitoramento
posterior da área limpa em busca de eliminar
anualmente as novas plantas emergidas do banco de sementes
do solo.
Considerações finais
O controle de plantas de Pinus em áreas já infestadas
deve ocorrer, iniciando pela eliminação das árvores
mais jovens, evitando que se desenvolvam até produzirem
sementes, e, por fim, eliminando as árvores
já adultas. Conforme a situação,
isso pode ser feita só matando-as,
sem derrubá-las, o que poderia aumentar os
danos na vegetação
nativa. A imposição de barreiras físicas,
como quebra ventos e corredores ecológicos
com espécies não invasivas, também
são medidas preventivas se corretamente instaladas
nas zonas de borda dos reflorestamentos de Pinus.
O monitoramento das áreas já invadidas
e em processo de controle e também das áreas
vizinhas a reflorestamentos deve ser realizado, indicando
a necessidade do controle das plantas jovens que
se instalem, diminuindo o banco de sementes de Pinus neste solo. As medidas de manejo e de prevenção
da disseminação dos Pinus são
deveres tanto do governo, das instituições
de pesquisa e de educação,
como dos plantadores de Pinus e indústrias
usuárias de suas madeiras.
Todos devem estar conscientes de seu papel para promover
a sustentabilidade em sua região, sem comprometer
o meio ambiente (Cattaneo, sem referência
de data). Segundo Ziller (2001) e Richardson e Van
Wilgen (2004), programas de manejo de plantas invasivas
vêm sendo criados em todo o mundo. Exemplos
destes são "The Global Invasive Species
Programme", criado
pela ONU, e "Working for Water Programme",
do governo da África
do Sul. Vários avanços vêm sendo
alcançados. No entanto,
pesquisas e estudos ainda devem continuar sendo incentivados
assim como a conscientização
do povo através de ações educativas.
Estudos que objetivam a garantia do desenvolvimento
sustentável através da pesquisa de
novas técnicas e manejos silviculturais devem
continuar sendo efetuadas, levando novos conhecimentos
sobre o assunto aos reflorestadores e à sociedade.
Vasques
et al. (2007) recomendam que as práticas
de sustentabilidade da "Triple
Botton Line" ("People, Planet, Profit")
sejam incentivadas no país, garantindo monitoramento
e auditorias nas áreas para se alcançar
maior sustentabilidade nos sistemas produtivos
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Triple_bottom_line).
Nenhuma
das bibliografias e pesquisas encontradas para a realização
deste artigo técnico afirmam que os Pinus não devam mais ser plantados.
Por outro lado, muitos afirmam que pelas características
invasoras do gênero, este deve ser restrito
ao uso comercial ou para resgatar áreas
já muito degradadas. Os reflorestamentos de Pinus têm
que ser feitos de maneira sustentável, havendo
que se adotar cuidados de monitoramento e prevenção
de disseminação para áreas
naturais ou de agricultura localizadas nas proximidades.
Citações bibliográficas e sugestões
para leituras
RESUMO: Invasion of Pinus lutchuensis and its influence
on the native forest on a Pacific Island. Y. Shimizu;
H. Tabata.
Journal
of Biogeography
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