Editorial
Caros
leitores e interessados pelos Pinus
Estamos enviando com grande prazer a quinta edição da nossa PinusLetter.
Esperamos que a achem interessante e cheia de novidades, pois ela foi feita,
como sempre, para vocês. Procuramos recheá-la de informações
valiosíssimas sobre os Pinus. Esperamos que gostem e aproveitem para conhecer
melhor a planta tema desse nosso informativo.
Continuando
com a seção "Os
Pinus no Brasil", chegou
agora a vez de descrevermos o Pinus oocarpa, pinheiro bastante cultivado em regiões
tropicais, inclusive no Brasil. Conheça a espécie lendo a nossa
PinusLetter. P. oocarpa é originário do México e América
Central, havendo algumas referências bibliográficas em espanhol
oriundas dos países que possuem esta árvore como nativa.
Procuramos
trazer nessa edição uma breve descrição
sobre os "Painéis MDF" ("Medium Density Fiberboard"),
ressaltando suas principais qualidades, grande abrangência de utilizações,
tipos comercializados e também os processos envolvidos em sua produção.
Não podemos deixar de mencionar que as chapas MDF têm como principal
matéria-prima a madeira dos Pinus, que por apresentarem fibras longas
e de paredes delgadas, propiciam um produto final de excelente qualidade comparado às
outras fibras de outros gêneros florestais produtores de madeira.
Em "Referências
Técnicas da Literatura Virtual – Grandes
autores dos Pinus" a PinusLetter 05 traz para os leitores um pouco sobre
a trajetória de Vitor Afonso Hoeflich, professor da Universidade Federal
do Paraná, que já teve passagem importante pela Embrapa Florestas
e que coleciona uma série de obras a respeito dos Pinus e outras espécies
florestais importantes. Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências
de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais
sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados e materiais dos
cursos e eventos referenciados.
O
mini-artigo técnico dessa presente edição
discorre sobre
o tema "A Madeira dos Pinus e sua Susceptibilidade ao Ataque por Cupins
de Madeira-Seca e por Cupins Subterrâneos". Através do assunto,
gostaríamos de conscientizar as pessoas sobre como prevenir os prejuízos
causados na madeira dos pinheiros por estes insetos. Tal ação permitiria
uma vida útil mais longa da madeira, diminuindo os custos por sua reposição
e reparos. Além disso, ao prolongarmos a vida desses produtos, estaremos
sendo mais ecoeficientes e preservando mais a Natureza. O texto referencia os
principais danos, tanto na madeira-seca como nas árvores dos Pinus atacadas
por cupins nas florestas e ainda apresenta alguns dos principais estudos e pesquisas
feitos no Brasil e no mundo a respeito de novas tecnologias de controle, incluindo-se
as menos agressivas para o meio ambiente.
Agradecemos mais
uma vez o carinho e os comentários sobre nosso
trabalho e pedimos que continuem enviando sugestões, pois somente
assim saberemos como melhorar mais esse informativo virtual para vocês.
Obrigado(a)
aos patrocinadores e ao nosso crescente público
cadastrado que já atinge 6.500 pessoas pelo grande interesse
nessas árvores fantásticas que são as dos Pinus.
Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização
das várias qualidades desse gênero para as plantações
florestais no Brasil e na América Latina, levando sempre mais
conhecimento e saber aos interessados de nossa Sociedade. Esperamos
também estar divulgando conhecimentos que permitam fazer nossas
plantações florestais sempre com o menor impacto ambiental
e a maior sustentabilidade.
Agradecemos
nossos dois patrocinadores:
ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose
e Papel (http://www.abtcp.org.br)
CRA
- KSH - Conestoga-Rovers & Associates
(http://www.craworld.com/en/corporate/southamerica.asp)
Um
forte abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
Os
Pinus no Brasil: Pinus oocarpa
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores
- Vitor Afonso Hoeflich
Referências
de Eventos e de Cursos
Pinus-Links
Fabricação
e Produção de Chapas MDF a partir
dos Pinus
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
A
Madeira dos Pinus e sua Susceptibilidade ao Ataque por
Cupins-de-Madeira-Seca e por Cupins Subterrâneos
Os
Pinus no Brasil: Pinus oocarpa
"Os
Pinus no Brasil" disponibiliza nesta edição
material bibliográfico básico encontrado na web a respeito
da espécie Pinus oocarpa. Considerada uma das mais espécies
mais indicadas para as regiões quentes do Brasil, ela é ainda
reconhecida pelo seu potencial resinífero. Sua madeira também é amplamente
utilizada nas indústrias de serraria e de celulose e papel. Confiram
as principais características morfológicas nos websites
e publicações abaixo e saibam um pouco mais da história
deste pinheiro no Brasil, de sua procedência e, principalmente,
saibam como diferenciá-lo das outras espécies.
Pinus oocarpa
Pinheiro nativo do México e América Central, Pinus oocarpa está inserido entre os denominados pinheiros tropicais. Também
conhecido como "ocote pine" nos Estados Unidos e "pino
ocote" nas regiões de origem, P. oocarpa compartilha mais
de 45 % das florestas naturais da região de Chiapes no México,
50 % das florestas da Guatemala, 66 % das de Honduras e 90 % das da Nicarágua
e de El Salvador.
É
um pinheiro considerado bastante adaptável a diferentes condições
climáticas visto sua grande abrangência, ou seja, a dispersão
natural da espécie ocorre em uma região muito extensa.
Pode ser encontrado em distintas altitudes, de 300 a 2500 m, e se desenvolve
em diferentes tipos de solo. P. oocarpa tem melhor crescimento em solos
argilo-arenosos bem drenados e moderadamente ácidos (pH entre
4,0 e 6,5).
Morfologicamente,
essa espécie de pinheiro pode ser
identificada através das coroas irregulares, casca grossa, cinza
e plana. Seus cones possuem forma ovóide e apresentam pedúnculos
grandes e espessos, geralmente em grupos de cinco.
As árvores
de P. oocarpa apresentam porte médio-grande
em sua região de origem, podendo chegar a 35 metros de altura.
A taxa anual de desenvolvimento sob estas condições naturais
varia de 3-4 m³/ha. Em locais mais secos e com solos mais pobres
o desenvolvimento e a altura das árvores diminui drasticamente.
Sua
madeira possui coloração branco-amarelada e densidade
moderada. Pode ser utilizada na serraria, principalmente para a produção
de caixas. Também tem utilidade para a extração
de resina.
É
uma das espécies de pinheiro tropical mais plantadas nas zonas
quentes do Brasil, tendo produtividade de 15-25 m³/ha.ano e densidade
básica variando entre 0,38 a 0,45 g/cm³ conforme a idade
da colheita da floresta e do tipo de manejo.
Para
obter maiores informações
sobre as principais características,
usos, taxonomia, morfologia e distribuição de P.
oocarpa há uma boa quantidade de bibliografias e publicações
a disposição. Verifiquem:
Wikipedia – Pinus
oocarpa
A enciclopédia virtual Wikipedia disponibiliza aos interessados
as principais características e distribuição desta
espécie de pinheiro. Saiba mais sobre P. oocarpa, sua região
de origem e classificação taxonômica. Para tanto,
consulte em diferentes idiomas sua descrição com as características
do Pinus oocarpa:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_oocarpa (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Pinus_oocarpa (Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Pinus_oocarpa (Espanhol)
Pinus
oocarpa Schiede ex Schlectendahl 1838. (Inglês)
O website http://www.conifers.org, especializado em descrição
de coníferas, também possui dados da morfologia e
biologia de P. oocarpa. Ainda menciona as principais variedades
e sinonímias
dessa espécie de Pinus.
http://www.conifers.org/pi/pin/oocarpa.htm
Pinus
oocarpa. (Inglês)
A central de pesquisas em anatomia da madeira do Laboratório de
Produtos Florestais do Serviço Florestal dos Estados Unidos da
América, oferece várias características do P.
oocarpa, não se restringindo à morfologia, mas também à densidade
da madeira, durabilidade, secagem, entre outros. Leiam em:
http://www2.fpl.fs.fed.us/Techsheets/Chudnoff/TropAmerican/html_files/pinuso1new.html
PLANTS
Profile. (Inglês)
"Plants database" do USDA (Departamento de Agricultura dos EEUU),
tem à disposição dos interessados os principais
dados referentes a P. oocarpa, incluindo: distribuição
geográfica em todo o território norte-americano,
algumas características morfológicas, a classificação
taxonômica e fotos.
http://plants.usda.gov/java/profile?symbol=PIOO2
PINO
OCOTE – Sistema Nacional de Información Ambiental
de Nicarágua. (Espanhol)
O SINIA (Sistema Nacional de Información Ambiental de Nicarágua)
disponibiliza várias informações a respeito do P.
oocarpa, como os principais fatores ambientais que favorecem o desenvolvimento
da espécie e onde este pinheiro é mais utilizado.
Confiram:
http://www.sinia.net.ni/prod_info/mapas_forest/pino_ocote.htm
El
Salvador Forestal. (Espanhol)
Este website apresenta variadas informações sobre o P.
oocarpa, o que inclui além das principais características
da árvore, outros aspectos tais como: os principais usos, as propriedades
de sua madeira, o plantio e as principais pragas e doenças existentes
na região. Consultem em:
http://www.elsalvadorforestal.com/cadena_productiva/produccion/detalle-especies.php?id=23
Pinus
oocarpa em ZipCodeZoo. (Inglês)
O website ZipCodeZoo.com é um excelente referencial sobre as espécies
de animais e plantas existentes em nosso planeta. Ele na verdade busca
sempre apresentar a taxonomia e as características dos habitats
de cada espécie vegetal ou animal que tem em seus arquivos. Confiram
a preciosidade que é esse website e sua descrição
de nosso Pinus oocarpa:
http://zipcodezoo.com/Plants/P/Pinus_oocarpa.asp
Pinus
oocarpa. (Inglês)
Descrição da espécie feita por W.S.Dvorak em 2003
e publicada no Tropical Tree Seed Manual, em 4 páginas. Colocada à disposição
pelo The RNGR Team (Reforestation, Nurseries and Genetics Resources
Team):
http://www.rngr.net/Publications/ttsm/Folder.2003-07-11.4726/PDF.2004-03-15.5703/at_download/file
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Grandes autores: Vitor Afonso Hoeflich
Nesta
Pinusletter, em "Referências Técnicas
da Literatura Virtual", continuamos com a apresentação
de mais um dos grandes autores sobre os Pinus, seção
que dá destaque aos pesquisadores que se dedicam aos estudos
das espécies dos Pinus, características, manejo, fitossanidade,
principais produtos, ambiência e competitividade da cadeia produtiva.
Estão disponíveis teses, dissertações,
palestras e artigos de diversas revistas em que estas pessoas publicaram
seus trabalhos.
A sessão "Teses
e Dissertações
sobre Pinus" das
principais universidades brasileiras e internacionais voltará brevemente
em uma das nossas próximas edições, visto a enorme
quantidade desse tipo de bibliografia ainda disponível tanto
no Brasil como no Mundo.
Vitor Afonso Hoeflich é uma pessoa bastante conhecida em termos
de estudos e de divulgação de conhecimentos na área
florestal. Formado em agronomia no ano de 1970 pela UFPR - Universidade
Federal do Paraná e em administração de empresas
no mesmo ano pela Universidade Católica do Paraná, concluiu
seu mestrado pela Universidade Federal de Viçosa em 1973. Continuou
seus estudos na área nessa mesma universidade, terminando o
doutorado em 1981. Neste mesmo ano, se deslocou aos Estados Unidos,
realizando pós-doutorado na Universidade de Minnesota.
Grande
estudioso da economia florestal, é atualmente professor
da UFPR, tendo sido ex-pesquisador e inclusive exercido a chefia do
Centro Nacional de Pesquisas de Florestas da Embrapa (Embrapa Florestas).
Atualmente, na UFPR é professor do Departamento de Economia
Rural e Extensão, atuando nas áreas de Economia, Política
Florestal e Educação Sócio Ambiental para o Desenvolvimento
Florestal Sustentável e Estudos de Cadeias Produtivas, dentre
as quais a dos Pinus.
Suas principais áreas de atuação
são: sócio-economia,
economia rural, administração rural, economia florestal,
planejamento das atividades agropecuárias e florestais, avaliação
econômica de atividades florestais e agroflorestais, planejamento
e administração da pesquisa agropecuária, competitividade
da cadeia produtiva e sustentabilidade do negócio florestal.
Já publicou inúmeros artigos de abrangência
internacional e nacional. Também possui vários trabalhos
publicados como primeiro e como co-autor em anais de eventos florestais
e sócio-econômicos.
Vitor Afonso Hoeflich é muito citado e requisitado em notícias
do setor econômico florestal brasileiro na internet. Tudo evidencia
sua experiência e o grande respeito que adquiriu como pesquisador
e profissional da silvicultura.
Além de possuir muitas publicações
relacionadas com os Pinus e com a Araucaria disponíveis na web,
também
se dedica a outros temas como o estudo da bracatinga, do eucalipto,
da erva-mate, da economia florestal, dos sistemas agroflorestais e
dos sistemas de produção florestais.
Aos interessados,
o Currículo Lattes de Vitor A. Hoeflich está da
disposição no link abaixo:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4763455A8
Pesquisando
no website da Embrapa, encontramos uma grande lista com as publicações
de Vitor Afonso Hoeflich nas bibliotecas da mesma. Confiram. Há publicações
sobre diversos assuntos florestais e agronômicos. Realmente,
uma produção
técnico-científica invejável e que pode ser consultada
junto à própria EMBRAPA:
http://www.prodemb.cnptia.embrapa.br/busca.jsp?baseDados=PRODEMB&
fraseBusca="HOEFLICH,%20V.%20A."%20em%20AUT
A
seguir, disponibilizamos aos interessados pelas pináceas e
assuntos relacionados a elas, alguns trabalhos disponíveis na
internet deste grande pesquisador da área dos Pinus no Brasil
e de alguns de seus orientados na UFPR:
Análise diagnóstica e prospectiva da cadeia
produtiva de energia de biomassa de origem florestal no planalto sul
de Santa
Catarina. F. J. Simioni. Tese de Doutorado UFPR. 131 p. 1,04 MB. (2007)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/10294
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/pdf_dr/2007/t217_0253-D.pdf
Os
investimentos estrangeiros diretos no Brasil: um estudo de caso do
setor florestal. M.A.M.Tuoto. Dissertação de Mestrado.
UFPR. 141 pp. (2007)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14401/1/dissertacao_marco_tuoto_versao_final.pdf
Floresta
plantada poupa a mata nativa. M. Tuoto; V.
A. Hoeflich. Publicação
AgroAnalysis 27(04). (2007)
http://painelflorestal.com.br/exibeNews.php?id=408&cod_editoria=4&url_back=news.php&pag=0&busca=
http://www.unef.org.br/noticias/index.php?noticia=72&titulo=%20%20%20%20
Floresta%20Plantada%20Poupa%20Mata%20Nativa
http://www.ageflor.com.br/index2.php?p=productMore&iProduct=1779&PHPSESSID=
d7f526671ce4aeb78ad62dc12e63f787
Crescimento das exportações de compensado de Pinus e
perspectivas. M.Tuoto;
S.Keinert; V.A.Hoeflich. Revista da Madeira (Remade). Nº 99. Ano
16. (2006)
http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=99&id=966
Resumo
expandido: Mostra sobre benefícios das florestas e
o desenvolvimento florestal sustentável. V. A. Hoeflich; A.
A. Loper; J. L. Silva; K. C. Bazzo. V Congresso Ibero Americano de
Educação Ambiental. (2006)
http://www.5iberoea.org.br/artigos/i_fichatrabalho.php~id=961&a=a.html
Produção sustentável de madeira para o mercado
internacional: perspectivas e desafios. V.A.Hoeflich. Apresentação
em PowerPoint: 43 slides. Bioenergy Trade Tasks T30, T31, T40 Meeting.
(2005)
http://www.bioenergytrade.org/downloads/hoeflichnovdec05.pdf
Impactos
silviculturais, ambientais e econômicos do descarte
de resíduos de madeira em plantios de Pinus elliottii. M.
S. Posonski; D.A. Silva; V. A. Hoeflich; G. Andrade; R. A. Dedecek.
Dissertação de Mestrado. UFPR. 66 ou 77 pp. 2,1 MB.
(2005)
http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/handle/1884/3177
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/pdf_ms/2005/d433_0611-M.pdf
Timber
investment returns for plantations and native in the Americas. F.
Cubbage; P. Mac Donagh; M. N. Báez; J. Siry; J. Sawinski;
A. Ferreira; V. Hoeflich; G. Ferreira; V. Morales; R. Rubilar; J.
Alvarez; P. Donoso. Resumo apresentado em “Working Forests
in the Tropics Conference”. (2005)
http://www.ces.ncsu.edu/nreos/forest/feop/Agenda2006/iufro_plantations/
proceedings/P02x-Cubbage_etal.pdf
Comparative
timber investments returns for selected plantations and native forests
in South America and the Southern United States. J.
Sawinski Júnior; A. Ferreira; V. Hoeflich. Apresentação
em “Southern Forest Resourse Assesment Consortium”. (2005)
http://www.worldforestinvestment.com/timber_ppt.ppt
Plantações
florestais: contribuições
socioeconômicas e ambientais. V.
A. Hoeflich. Revista Opiniões
Edição Especial sobre Celulose e Papel. (2005)
http://www.revistaopinioes.com.br/Conteudo/CelulosePapel/Edicao005/Artigos/Artigo005-25-G.htm
Planejamento
estratégico para o desenvolvimento florestal
brasileiro: 504 anos de espera, até quando? V. A.
Hoeflich.
Instituto Brasileiro de Produção Sustentável
e Direito Ambiental. (2005)
http://www.ibps.com.br/index.asp?idnoticia=2443
Brazilian
forest and forestry: an overview. V.A.Hoeflich. Apresentação
em PowerPoint: 51 slides. European Tropical Forest Research Network.
(2005)
http://www.etfrn.org/etfrn/eucomm/7fp/documents/embrapa1.pdf
O
papel das florestas para o desenvolvimento da sociedade brasileira. V. A. Hoeflich. Revista da Madeira (Remade). Nº 83. Ano 14.
(2004)
http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=83&id=590
Mercado
internacional de produtos de madeira sólida de Pinus.
M.Tuoto; V.A.Hoeflich; A.H.Sylvestre. Revista da Madeira
(Remade). Nº 83. Ano 14. (2004)
http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=83&id=591
Viabilidade
de produção de Pinus em áreas ociosas
nas propriedades rurais da região centro-sul paranaense. S.Karling.
Dissertação de Mestrado. UFPR. 0,35 MB. 117 pp. (2004)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/handle/1884/6196
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/6196/1/tese.pdf
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/6196/2/anexos.pdf
Forest research and education system in Brazil: a
preliminary overview. V.Hoeflich. Apresentação em PowerPoint:
22 slides. Symposium on Forest Research and Education for the 21st
Century.
(2004)
http://www.etfrn.org/etfrn/eucomm/7fp/documents/embrapa.pdf
Eficiência produtiva e econômica do segmento industrial
da madeira compensada no estado do Paraná. W.B.Polzl. Dissertação
de Mestrado. UFPR. 130 pp. (2002)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/polzl,wb.pdf
Aplicativo com análise de rentabilidade para sistemas de produção
de florestas cultivadas e de grãos. D. Dossa; H. R. Rodigheri;
V. A. Hoeflich. Embrapa Florestas 1(39):1-32. (2000)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/seriedoc/edicoes/doc039.pdf
A utilização de serrarias portáteis em florestas
de Pinus e eucaliptos em pequenas propriedades rurais: a experiência
da Embrapa/Cotrel. E. Schaitza; V.A. Hoeflich; H. Rodigheri; R. Ferron.
Embrapa Circular Técnica, n°35. (2000)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/circtec/edicoes/circ-tec35.pdf
An
analysis of the economic impacts of information technology research
on forest management in Southern Brazil. V. A. Hoeflich; E. B. Oliveira;
J. R. Alencar; C. Herruzo. In: XXI IUFRO World Congress, XXI IUFRO
World Congress: IUFRO International Union of Forestry Research Organizations
1:502-514. (2000)
http://www.prodemb.cnptia.embrapa.br/busca.jsp?baseDados=
INSTIT&fraseBusca=AI-SEDE%20em%20SIG&forcaDetalhe=0
Cadeia produtiva
de Pinus na região sul do Brasil: um diagnóstico
preliminar. V. A. Hoeflich; E. G. Schaitza; A. J. Conto; E. B Oliveira;
L. Beltrão. EMBRAPA-CNPF. Comunicado Técnico 19. (1999)
http://www.prodemb.cnptia.embrapa.br/busca.jsp?baseDados=
INSTIT&fraseBusca=CNPF%20em%20SIG&forcaDetalhe=0
Evaluación del cambio tecnologico en Pinus: una
aplicación
en la región Sur de Brasil. J.R.Alencar. Tese de Doutorado.
Universidad de Córdoba/Espanha. (1999)
http://www.eumed.net/tesis/jra/toda.zip
http://www.eumed.net/tesis/jra/index.htm
Desenvolvimento de um método de avaliação monetária
de árvores urbanas e aplicação à situação
de Maringá – PR. V. A. Detzel; M. S. Milano; V. A. Hoeflich;
C. Firkowshi. Revista Floresta v. 28. 19 pp. (1998)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/2306/1926
Análise
econômica de regimes de manejo para florestas
de Pinus e os softwares Planin e Replan. E. B. Oliveira; S. A. Machado;
V. A. Hoeflich. EMBRAPA-CNPF 32:01-41. (1998)
http://orton.catie.ac.cr/cgi-bin/wxis.exe/?IsisScript=ACERVO.xis&method=
post&formato=2&cantidad=1&expresion=mfn=002960
Analisis
de la viabilidad economica de la resinacion del Pinus elliottii var.
elliottii en Brasil. V. A. Hoeflich; E. C. Lamster; E. S. Baena.
In: World Forestry Congress 11:239 (1997)
http://www.prodemb.cnptia.embrapa.br/busca.jsp?baseDados=
INSTIT&fraseBusca=CNPF%20em%20SIG&forcaDetalhe=0
Setor
florestal no estado do Paraná. M. Alves; V. A. Hoeflich.
Embrapa Florestas. Poster. (sem referência de data)
http://documents.scribd.com/docs/1w26wjsfi8m7dfnkbwz1.pdf
A
inovação tecnológica no agronegócio
florestal da região sul do Brasil. M.J.S.Medrado; V.A.Hoeflich;
A.W.V.Castro. 31 pp. (sem referência de data)
http://www.fee.tche.br/sitefee/download/jornadas/2/e13-02.pdf
*A
foto do Dr. Vitor Afonso Hoeflich apresentada no texto foi contribuição
da Revista Opiniões, enviada pelo amigo William Domingues Souza.
Referências
de Eventos e de Cursos
Nessa
seção, trazemos referências
de eventos, cursos e congressos que aconteceram a nível nacional
e internacional e que se relacionam diretamente e indiretamente aos
Pinus. A característica marcante desses bons eventos é a
disponibilidade do material bibliográfico na forma de palestras,
anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade
dos resumos, os quais já ajudam a saber de novidades no ramo
e os assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços
de URLs, vocês podem obter todo o material do evento e conhecer
mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem
para participar do próximo.
Reunião do IPEF de Integração
e Atualização
Técnica em Floresta Plantada. (2006) - em Português
O
evento do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais reuniu técnicos
do setor florestal e nele foram apresentados e discutidos temas abrangendo
as principais áreas do conhecimento da atividade silvícultural
(principalmente em relação às florestas plantadas).
A reunião sucedeu-se em junho de 2006 no estado de São
Paulo. Confira algumas das palestras ministradas durante o evento e
que se relacionam aos Pinus:
http://www.ipef.br/eventos/2006/integracao/Palestra04.pdf
http://www.ipef.br/eventos/2006/integracao/Palestra13.pdf
http://www.ipef.br/eventos/2006/integracao/Palestra07.pdf
Working
Forests in the Tropics: Policy and Market Impacts on Conservation and
Management. (2005) - em Inglês
O evento foi efetuado em fevereiro de 2005 e foi sediado
e organizado pela Universidade da Flórida, EUA. O principal objetivo desta
conferência foi discutir tecnologias e manejos silviculturais
para aumentar a conservação dos recursos das florestas
tropicais. Além disso, o evento também discutiu as políticas
públicas existentes para promover a conservação
destes ambientes únicos. O site disponibiliza os resumos das
apresentações e temas abordados durante o encontro.
http://conference.ifas.ufl.edu/tropics/index05.html#abstracts (home)
http://conference.ifas.ufl.edu/tropics/abstractbook05.pdf (livro de
resumos)
Improvement
Conference and the 6th NorthCentral Tree Improvement Association.
(1989) - em Inglês
Evento realizado pela Pennsylvania State University, em julho de 1988.
O RNGR Team disponibiliza os resumos e alguns dos trabalhos técnicos
em sua seção de publicações de seu website.
Confiram, pois há bastantes artigos sobre pinheiros. São
ao todo 26 publicações em pdf.
http://www.rngr.net/Publications/neftic/31st-northeastern-forest-
tree-improvement-conference-and-the-6th-northcentral-tree-improvment-association
30th
NorthEastern Forest Tree Improvement Conference. (1987) - em Inglês
Esta conferência promovida pela “School of Forest Resources - University
of Maine” e pelo seu “Department of Forest Biology” ocorreu
em julho de 1986. A web page da RNGR Team disponibiliza os 20 resumos do evento
em suas publicações. Acessem:
http://www.rngr.net/Publications/neftic/30th-northeastern-forest-tree-improvement-conference
Tree Seed Technology Training Course. (1994 ) - em Inglês
A apostila do curso de treinamento em tecnologia de sementes de árvores
disponibilizado pelo “The RNGR Team” possui grande quantidade de
informações referentes ao assunto. Incluem-se os principais fatores
que influenciam na germinação e emergência das sementes.
O material possui vários exemplos e pesquisas realisadas com diversas
sementes de espécies de pináceas.
http://www.rngr.net/Publications/tst
Pinus-Links
A
seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação
para visitarem diversos websites que mostram direta relação
com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos,
ambientais, empresariais, sociais e educacionais. Nessa seção,
estamos ainda colocando Pinus-Links com algumas empresas
ou organizações
técnicas relevantes no uso dos produtos dos Pinus,
ou então
na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Basta
você clicar sobre os endereços de URLs para abrir nossas
indicações ou salvá-las como favoritas em seu
computador.
USDA
- Southern Research Station. (Estados Unidos da América)
A Estação Experimental do Sul, do Departamento da Agricultura
e do Serviço Florestal Norte-Americano, desenvolve pesquisas
voltadas para o manejo de sistemas naturais e a sustentabilidade
florestal em todos os estados sulinos daquele país. Com mais
de 130 pesquisadores, a estação objetiva a criação
de novas ciências e tecnologias para a melhoria e preservação
dos sistemas eco-florestais da região. O website contêm
muitas publicações, não apenas de florestas
nativas da região como os Pinus, mas também da flora
e fauna indígena das áreas de abrangência da
estação de pesquisa. Confiram:
http://www.srs.fs.fed.us/index.htm (Home)
http://www.srs.fs.fed.us/pubs (Página principal de publicações)
http://www.srs.fs.fed.us/pubs/1447 (Publicação sobre
Pinus)
http://www.srs.fs.fed.us/pubs/25428 (Publicação sobre
Pinus)
http://www.srs.fs.fed.us/pubs/24788 (Publicação sobre
Pinus)
http://www.srs.fs.fed.us/pubs/29453 (Publicação sobre
Pinus)
US
Forest Service - FPL - Forest Products Laboratory. (Estados Unidos
da América)
Instituição renomada internacionalmente que se dedica
a pesquisas com tecnologias da madeira, pertence ao Departamento
de Agricultura do Estados Unidos. Com mais de 250 cientistas atuando
em seus laboratórios, o FPL coopera com estudos de universidades,
indústrias e agências de âmbito nacional e estadual.
Pesquisa novas tecnologias ligadas aos produtos da madeira e também
tecnologias que visem a conservação do meio ambiente,
como a reciclagem, uso de tecnologias limpas, dentre outras. Possui
um link de publicações contendo vários artigos
disponíveis, principalmente sobre tecnologia da madeira. Aproveitem:
http://www.fpl.fs.fed.us/index.html (Home)
http://www.fpl.fs.fed.us/document-lists/1-publication-list.html (Publicações)
ZipcodeZoo.com.
(Estados Unidos da América)
Interessante website da BayScience Foundation que tem como objetivo
mostrar as principais espécies da fauna e flora do mundo aos
interessados em taxonomia e em biogeografia de seres vivos. Com isso,
visa ajudar na preservação da fauna e da flora. Há fotos
e ao pesquisar os nomes comuns e gêneros no site, aparecem
várias outras bibliografias na internet disponíveis
para navegação. Ao se pesquisar o gênero Pinus nesse website são encontradas mais de 2000 referências,
englobando a maioria das espécies do gênero. Encontramos
também uma interessante descrição dos cupins,
motivo de nosso mini-artigo dessa edição da PinusLetter
05.
http://zipcodezoo.com (Home)
http://zipcodezoo.com/search.asp?qu=termite&sc=/ (Térmitas
ou cupins)
http://zipcodezoo.com/search.asp?qu=pinus&sc=/ (Pinus)
http://bayscience.org (Website da BayScience Foundation)
Reflorestando – Seja um Reflorestador. (Brasil)
Portal direcionado ao plantio, florestamento, reflorestamento,
vendas e administração de florestas de Pinus. Atua principalmente
na Serra do Estado de Santa Catarina e realiza negócios com
a madeira de Pinus, buscando novas parcerias para tanto. O site é bastante
organizado, possuindo links sobre vantagens e benefícios de
se plantar a árvore, galeria de fotos, explicação
de seus principais negócios, incluindo simulação
de investimentos na área, e também uma seção
destinada a publicações com Pinus.
http://www.reflorestando.com.br/site/sobrenos.html (Home)
http://www.reflorestando.com.br/site/publi.html (Publicações)
http://www.reflorestando.com.br/site/porqueplanpin.html (Por que
plantar Pinus)
AGEFLOR
- Associação Gaúcha de Empresas Florestais.
(Brasil)
Nossa parceira e amiga AGEFLOR representa as empresas de base florestal
que atuam no estado do Rio Grande do Sul, dando ênfase na defesa
dos interesses e no desenvovimento tecnológico de seus associados.
Seu website possui duas muito informativas seções,
uma com muitos artigos e outra com rico informativo da associação.
http://www.ageflor.com.br/index2.php (Website geral)
http://www.ageflor.com.br/index2.php?p=productsList&iCategory=7 (Notícias AGEFLOR)
http://www.ageflor.com.br/index2.php?p=productsList&iCategory=13 (Notícias florestais)
http://www.ageflor.com.br/index2.php?p=productsList&iCategory=14 (Artigos)
ACR
- Associação Catarinense
de Empresas Florestais. (Brasil)
O principal objetivo da ACR é promover, apoiar e desenvolver
a atividade formadora de florestas produtivas, florestas de função
ambiental e outras formações florestais plantadas,
quer seja pela iniciativa de pessoa jurídica especializada
ou pessoa física. A ACR tem dentre seus associados as principais
empresas reflorestadoras do estado de Santa Catarina, muitas das
quais com espécies de Pinus. Em uma seção de
seu website apresenta as principais espécies exóticas
sendo plantadas em florestas no estado. Naveguem em:
http://www.acr.org.br/index.php (Website geral)
http://www.acr.org.br/espec.htm (Espécies florestais de SC)
Fabricação
e Produção de Chapas MDF a partir dos Pinus
Com o contínuo aumento da demanda de
madeira, a fabricação de chapas, painéis
e compensados vem crescendo a nível mundial, sendo esses
produtos ótimas alternativas para a utilização
mais racional e tendo menores desperdícios da valorizada
matéria-prima florestal. As chapas ou painéis
MDF vêm-se constituindo em alternativas que estão
cada vez mais sendo empregadas na indústria moveleira
e na construção civil em todo o mundo. Isto porque,
além destas chapas possuírem características
físicas como resistência, acabamento superficial
e qualidades análogas ou mesmo superiores às
da madeira maciça, elas são consideradas produtos
mais ecoeficientes e mais sustentáveis. Geralmente,
de uma árvore de Pinus, apenas 50% é usado para
conversão a produtos sólidos nas serrarias. A
fabricação de chapas MDF pode consumir cavacos
produzidos desses desperdícios das serrarias, e assim,
mais 40% desta árvore é usada. Noventa porcento
da matéria-prima madeireira passa a ser utilizada, aumentando
tanto os resultados da atividade florestal, como a ecoeficiência.
A tecnologia para a fabricação das chapas MDF é simples
e disponível e o produto final é bastante apreciado
no mercado, devido a todas suas qualidades.
MDF
significa "Medium Density Fiberboard". Foi
inventado no início dos anos 60 nos Estados Unidos,
sendo posteriormente introduzido na Europa e depois disseminado
por todo o mundo. No Brasil, foi no ano de 1997 que as chapas
MDF foram primeiramente fabricadas. Isso significa que se trata
de tecnologia recente entre nós. Apesar de sua pouca
idade no Brasil, a sua produção cresceu e tem
crescido rápido e vigorosamente.
Os
MDFs apresentam, em geral, características físicas
superiores aos compensados de madeira por possuírem
maiores homogeneidade e trabalhabilidade, características
garantidas pela tecnologia de fabricação. As
fibras da madeira são liberadas pela ação
de um desfibrador mecânico associado a um amolecimento
prévio dos cavacos de madeira. A seguir, são
secadas e aglutinadas com resinas de origem na grande maioria
sintética e prensadas sob calor para a obtenção
de um produto estável, uniforme e de grande maleabilidade
e trabalhabilidade que é a chapa MDF.
Os Pinus, por serem árvores
muito utilizadas em reflorestamentos e florestamentos no mundo
constituem-se na principal fonte
de matéria-prima para a fabricação do
MDF. Contudo, o parâmetro quantidade não é o único
a ser levado em conta na escolha de coníferas para a
fabricação desta chapa. Os MDFs também
são fabricados com fibras do eucalipto, porém
este confere uma cor mais escura ao produto. As fibras longas
e mais flexíveis e maleáveis dos Pinus ainda
garantem melhor aderência umas às outras, proporcionando
um produto final mais fácil de ser prensado e com uma
coloração clara que é bastante apreciada
principalmente no mercado internacional. Entretanto, o uso
das fibras dos eucaliptos associadas às dos Pinus vem-se
tornando comum no Brasil, em função da maior
disponibilidade e menor preço das madeiras dos eucaliptos.
Com isso, a tecnologia vem sendo inovada e aperfeiçoada
no sentido de se usar um "mix" de madeiras, garantindo
melhor eficiência e menores custos, sem perda da qualidade
dos produtos finais. Também as pesquisas têm sido
freqüentes no desenvolvimento das madeiras dos eucaliptos
para essa finalidade, o que tem feito com que os eucaliptos
venham sendo considerados bastante interessantes para esse
tipo de produto.
Existem já vários tipos de MDFs
no Brasil e no mundo, diferenciando-se pela quantidade e tipo
de resina, tipo
de fibra, grau de prensagem e também pelo acabamento
final. Há ainda o MDF FR (resistente a fogo) e as chapas
HD, as quais possuem muito maior resistência mecânica.
No mercado, os MDFs são também vendidos "in
natura", para que os próprios usuários façam
seu acabamento final, com uma das faces revestidas com laminado
ou com papel decorativo impregnado de resina, permitindo a
usinagem na outra face crua, e ainda com acabamento final em
ambas as faces da chapa, as chamadas "finish foil".
A tecnologia de dar um acabamento de qualidade, simulando diferentes
tipos de madeiras e de pedras na superfície da chapa,
tem feito do MDF uma das principais alternativas para a fabricação
de móveis e de materiais de construção
nos dias atuais.
Devido à boa qualidade
que a madeira dos Pinus confere aos compensados
MDF e à sua
maior disponibilidade em quantidades no mercado, estudos vêm
sendo feitos em todo o mundo em busca de melhores tecnologias
e combinações
de resinas e fibras. Os objetivos das pesquisas com os Pinus nas chapas MDF geralmente visam o aumento da qualidade do produto,
a redução dos custos e aumento de eficiência
operacional sendo sua produção cada vez mais
ambientalmente correta. Para tanto, além da madeira
de Pinus certificada, estudos estão sendo feitos
com o emprego de novas resinas não mais sintéticas,
como é o caso da resina poliuretana à base de
mamona. Os resultados obtidos são bastante interessantes,
sendo as características físicas de suas chapas
semelhantes às dos MDF utilizados para a construção
civil. Tanto o emprego de novos adesivos para os MDF, como
a diminuição dos desperdícios de matéria-prima
devem continuar sendo estudados e incentivados no Brasil e
no mundo, buscando cada vez mais qualidade e sustentabilidade
aos MDF.
Caso queiram saber mais sobre
pesquisas e estudos que já foram
realizados sobre qualidade, tecnologias e adesivos para chapas
MDF no Brasil e no mundo, acessem os interessantes artigos
e dissertações logo abaixo.
Iniciaremos essa disponibilização
de artigos sobre os MDF com algumas publicações
que explicam sua manufatura, suas propriedades básicas
e utilizações
principais:
Produtos
Florestais: Área de Operações
Industriais 2 - MDF – Medium Density Fiberboard. A. C.
V. Valença; C. A. Roque; P. Z.Souza. (sem referência
de data)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_20.pdf
Painéis. S. Iwakiri; L.K.Saldanha. Revista da Madeira Nº 68.
Ano 12. (2002).
http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=68&id=268
Uso do MDF. E. G. Bruno. Artigos Técnicos. (sem referência
de data)
http://www.akzonobel-ti.com.br/artigos/mdf/mdf1.htm
Como
utilizar a lixa em MDF. M. Morikawa. Artigos Técnicos.
(sem referência de data)
http://www.akzonobel-ti.com.br/artigos/como_usar_uma_lixa/como_usar_uma_lixa.htm
CeluloseonLine
- MDF impera na fabricação de
móveis. (2006)
http://www.celuloseonline.com.br/pagina/pagina.asp?IDItem=9057&IDNoticia=6846
Medium
Density Fiberboard (MDF) pela Wikipedia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/MDF (Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Tablero_de_fibra_de_densidad_media (Espanhol)
"
MDF" pelo Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas
do IBICT/MCT.
http://www.sbrt.ibict.br/pages/index.jsp;jsessionid=CC88880CD65C4FE92D0DD027466223F5 (Para acessar esse tipo de serviço do IBICT/MCT)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt6035.pdf (Informações
básicas e fornecedores de MDF)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt5828.pdf (Aplicações
do MDF e compensados no setor de móveis)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt2301.pdf (MDF como
material reciclado)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt1162.pdf (Pequenas
oficinas artesanais usando MDF)
MDF Duratex – Dicas.
Através do website sobre materiais de construção
da Catep Arquitetura, os interessados podem aprender como utilizar
melhor este produto. Há à disposição
dicas de como conservar o MDF, as tintas, vernizes
e tingimentos que podem ser realizados como acabamento
final do produto,
como pregar e parafusar e os principais tipos vendidos
pela Duratex.
http://www.catep.com.br/dicas/MDF%20DURATEX.htm
Tudo
Arte e o MDF.
Confiram uma das utilizações das chapas MDF em
fotos: o artesanato.
http://www.tudoarte.com.br/quitoartefatosmdf/index.html
http://www.tudoarte.com.br/monicaepaulomdf/index.html
A
seguir, sugerimos que visitem os websites dos principais
fabricantes
de painéis MDF no Brasil. Nesses websites é possível
se acompanhar com detalhes o processo de fabricação,
as características dos produtos e as ações
para se conferir maior sustentabilidade ambiental à produção.
Berneck:
http://www.berneck.com.br/port/index.php
Duratex: http://www.duratex-madeira.com.br/duratex/web/produtos/home_interna.aspx
Fibraplac: http://www.fibraplac.com.br
Masisa: http://www.masisa.com/oth/por/Default.html
Placas do Paraná: http://www.araucodobrasil.com.br/default.asp
Satipel: http://www.satipel.com.br/site/produtos/paineis.asp
Tafisa: http://www.tafisa.com.br
Finalmente, vejam, alguns trabalhos de maior cunho técnico
e científico, para conhecerem oas avanços tecnológicos
sendo implementados nessa área no Brasil e no mundo:
Avaliação da distribuição da densidade
em MDF a partir da técnica da onda de ultra-som. S.
A. M. Silva, R. Gonçalves. Scientia Forestalis 74:19-26.
(2007)
www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr74/cap02.pdf
Caracterização e alterações na
estrutura anatômica da madeira do Eucalyptus
grandis em três condições de desfibramento e efeito
nas propriedades tecnológicas de painéis MDF. U.G. Belini. Dissertação de Mestrado. ESALQ/USP.
90 pp. 1,56 MB. (2007)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-05062007-133218
Estudo comparativo dos resultados de ensaio de tração
perpendicular para MDF produzido em laboratório com
fibras de Pinus e de eucalipto utilizando uréia-formaldeído. C. I. Campos, F. A. R. Lahr. Matéria 9(1):32 - 42. (2004)
http://146.164.26.9/mirror/sarra/artigos/artigo10592/index.htm
Correlações entre módulo de elasticidade
e constante dinâmica em chapas MDF. R.Gonçalves;
S. A. M. Silva. PANNDT. (2003)
http://www.aaende.org.ar/sitio/biblioteca/material/T-080.pdf
Decay
and termite resistance of medium density fiberboard (MDF)
made from different wood species. S. N.
Kartal, F. Green.
International Biodeterioration & Biodegradation 51:29-35.
(2003)
http://www.fpl.fs.fed.us/documnts/pdf2003/karta03a.pdf
Propriedades
físicas e mecânicas de painéis
MDF de diferentes densidades e teores de resina. J. R. Eleotério.
Dissertação de Mestrado. ESALQ/USP. 121 pp. 1.95
MB. (2000)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11149/tde-18102002-164850
Investigation
of wood dust and formaldehyde exposure and airborne particle
morphology during cutting, sawing and routing
of Medium
Density Fibreboard (MDF), Particleboard, Softwood and Hardwood. R. Golec. Australian Wood Panels Association. 37 pp. (sem referência
de data)
http://www.woodpanels.org.au/pdfs/AMCOSH_WOOD_DUST_STUDY_FEB05.pdf
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
A Madeira dos Pinus e sua
Susceptibilidade ao Ataque por Cupins-de-Madeira-Seca
e por Cupins Subterrâneos
Introdução
Os cupins, também conhecidos como
térmitas, são considerados grandes pragas dos Pinus. Eles
atacam suas árvores ainda bem jovens nas
florestas e são grandes causadores de danos nas madeiras
secas, inclusive nos grandes centros urbanos. De acordo com
o hábito alimentar, os cupins podem ser divididos
em dois tipos. Os cupins do tipo subterrâneo vivem
em galerias do solo, consumindo tecido vegetal vivo de raízes
e troncos de árvores, incluindo em sua alimentação
também essas partes vegetais dos pinheiros. São
fitófagos e nos Estados Unidos os cupins subterrâneos
conhecidos por “Formosan termites” são
os mais prejudiciais nos reflorestamentos. O segundo tipo
de cupins compreende esse tipo de insetos que se alimentam
de madeira seca, sendo, portanto xilófagos. São
bastante comuns em regiões costeiras e em áreas
urbanas e seu controle é mais difícil por não
necessitar de solo como meio para seu desenvolvimento (Cupim-Cupins,
2008; Termite Control Pine Bluff AR, 2008). Os térmitas
pertencem à ordem Isoptera da qual existem ao todo
quatro famílias no Brasil (Gallo et al., 2002; Proteção
Florestal, 2006): Kalotermitidae, Rhinotermitidae, Termitidae
e Serritermitidae.
Família Kalotermitidae: suas espécies
são
especializadas em atacar madeiras secas. Vivem em colônias
menores do que as dos subterrâneos, podendo não
possuir a casta dos operários, e a abertura de galerias
na madeira é realizada pelos imaturos. Os gêneros
mais comuns são: Cryptotermes, Neotermes e Rugitermes.
Família Rhinotermitidae: podem ocorrer em várias
partes do mundo, inclusive no Brasil; contudo, em geral,
suas espécies não são as maiores causadoras
de danos nas madeiras e raízes. As principais subfamílias
são: Coptotermitinae, Heterotermitinae, Psamotermitinae,
Rhinotermitinae, Stylotermitinae e Termitogetoninae.
Família Serritermitidae: tem apenas uma espécie
ocorrendo no Brasil: Serritermes serrifer.
Família Termitidae: a família de cupins com
maior número de espécies descritas (75% da
ordem Isoptera). Além de ser considerada a mais evoluída
taxonomicamente, é a que tem a maioria das espécies
causadoras de danos. Possui distribuição cosmopolita
e as suas subfamílias são: Amitermitinae, Macrotermitinae,
Nasutitermitinae e Termitinae.
O presente artigo técnico
busca caracterizar os cupins de forma a fornecer informações
relevantes a respeito da biologia, principais danos na madeira
seca
e viva dos pinheiros e principalmente ressaltar as principais
formas de controle. Para isso, traz informações
sobre prevenção, controle e danos através
de estudos realizados em várias partes do mundo. Isto
ajudará aos interessados a diagnosticar o problema
e também a solucioná-lo, inclusive com formas
mais sustentáveis e menos agressivas ao meio ambiente.
Aspectos
da biologia e morfologia dos térmitas
que atacam os Pinus
Todos os cupins são insetos sociais que vivem em colônias
divididas em castas, ou seja, com divisão de funções
que podem ser visíveis a olho nu, pois também
existem diferenças morfológicas entre os indivíduos
envolvidos. As castas são divididas em dois grandes
grupos: reprodutores e estéreis. Os indivíduos
reprodutores alados (com dois pares de asas iguais) deram
origem ao nome da ordem Isoptera (iso = igual; phterum =
asa em latim). São os responsáveis por novas
colonizações e os reprodutores sem asas (ápteros),
denominados rei e rainha, procriam aumentando suas colônias.
Para tanto, ambos possuem abdômen e órgãos
reprodutivos desenvolvidos e podem ser de ambos os sexos.
O grupo das castas estéreis, composto de operários
e soldados, apresenta o corpo mais frágil e mole,
geralmente de coloração mais clara que os reprodutores.
Também são de ambos os sexos; contudo, o sistema
reprodutivo não é desenvolvido. Os soldados
têm a cabeça e o aparelho bucal mastigador desenvolvido
e realizam a defesa da colônia. Já os operários
cuidam dos imaturos e são responsáveis pela
construção e manutenção dos termiteiros
(Proteção Florestal, 2006; Remade, 2004; Gallo
et al., 2002).
Os cupins possuem associações
simbióticas
com outros microorganismos, como protozoários, fungos
e bactérias, que são os responsáveis
pela digestão da celulose no seu aparelho digestivo. É por
esta razão que estes insetos conseguem se alimentar
de forma eficiente de material morto como as fibras existentes
nas madeiras secas. As espécies consideradas morfologicamente
inferiores nidificam (constroem suas colônias) exatamente
nos locais onde se alimentam (são as xilófagas).
Já as consideradas superiores, como as da família
Termitidae, constroem passagens subterrâneas até o
local de alimentação, conduzindo o alimento
até suas colônias, que geralmente ficam em contato
com o solo. Muitas espécies desta família são
chamadas de cupins-de-montículo devido à forma
de suas nidificações (desenvolvem montes sobre
a terra). Os cupins denominados subterrâneos também
podem se alimentar de húmus e fungos e são
considerados importantes recicladores de matéria orgânica,
ajudando na decomposição e na ciclagem de nutrientes
do solo.
Para a formação de novos cupinzeiros,
os adultos alados saem para revoadas de agosto a outubro,
conforme a
espécie, e, após se disseminarem e formarem
casais, perdem as asas e abrem a primeira câmara no
solo. Depois da cópula iniciam-se as posturas e em
cerca de um mês há os primeiros imaturos estéreis
que iniciam a busca por alimentos e a abertura de canais
e galerias. Os dois reprodutores viram o rei e a rainha da
colônia. No início da formação
do cupinzeiro estes se alimentam dos próprios ovos
da rainha. Conforme o número de posturas aumenta,
o abdômen da rainha se torna mais protuberante, podendo
atingir até 2.000 vezes o volume de seu corpo (fêmea
fisiogástrica). A taxa de oviposição
varia com a espécie e com a idade da rainha, indo
de 12 até 30.000 ovos/dia. As operárias também
podem se alimentar de ninfas e de ovos defeituosos, havendo,
portanto, um comportamento canibal.
O desenvolvimento da
ordem Isoptera é considerado
do tipo hemimetabólico, por não haver a fase
de pupa, logo, não é considerado completo (UC
IPM online, 2008).
Estudos conduzidos por Camargo-Dietrich
e Costa-Leonardo (2003) avaliaram a população
e o território
de forrageamento do cupim subterrâneo Heterotermes
tenuis na área urbana de Rio Claro, no estado de São
Paulo. Foram colocadas iscas e através do método
da captura e recaptura foram observadas a disseminação
e a população de um cupinzeiro. Como resultados,
a população responsável pelo forrageamento
foi estimada em 134.583 ± 5.803 indivíduos,
abrangendo um território de 175,5 m2. A distância
de forrageamento linear máxima foi de 36 metros.
Já o
ciclo de desenvolvimento de cupins-da-madeira-seca inicia
com a revoada de dispersão dos reprodutores
alados. Após formarem casais, penetram em rachaduras
de madeiras secas, com teores de umidade inferiores a 30%
e começam a formar sua colônia, alimentando-se
da celulose e abrindo galerias internas. Estes cupins possuem
câmaras onde guardam seus excrementos, que são
jogados fora da madeira quando as câmaras enchem, considerado
um comportamento comum de limpeza. É através
da observação desta liberação
dos excrementos que o ataque é percebido.
Danos dos cupins nos Pinus
A maioria dos danos realizados por cupins em florestas do
gênero Pinus ocorre em árvores maiores,
a partir dos dois anos de idade, prejudicando o seu sistema
radicular e também o cerne de seu caule. Porém,
a
maior destruição realizada se dá nas fibras da madeira seca,
pelos cupins de hábito xilófago. A madeira dos Pinus é considerada
de baixa resistência aos ataques de cupins, pela sua baixa densidade e
composição química. Não existem ainda registros de
térmitas atacando mudas de Pinus como ocorre com os eucaliptos (Proteção
Florestal, 2008).
A
maioria dos estudos existentes que avaliam danos dos cupins
em Pinus se referem à madeira
seca, que é onde há maiores prejuízos. Os cupins que atacam
madeira seca são mais facilmente disseminados que os subterrâneos.
Isto se explica por possuírem colônias pequenas, quase invisíveis,
podendo ser transportados em móveis e peças de madeira sem serem
percebidos. A espécie de cupim de madeira seca mais danosa e disseminada
em todo o mundo é Cryptotermes brevis, sendo também uma das mais
pesquisadas (Remade, 2004).
Os
prejuízos causados pelo “Formosan
termite” em residências
construídas basicamente com compensados e madeiras de Pinus do
Estado da Louisiana, no sul dos Estados Unidos, foram avaliados em torno
de US$ 85,00
por ano/casa. Já para os reparos, cada dono gastou de US$ 500,00 a
5.000,00 (O'Malley, 2008).
Edwards
e Mill apud Barillari (2002) estimaram gastos, em zonas
urbanas do
mundo todo, com tratamentos de construções contra térmitas
de cerca de dois bilhões de dólares. Já no Brasil,
Lelis apud Barillari (2002) constatou gastos de 3,3 milhões de dólares
com apenas 240 edificações selecionadas devido aos ataques.
Segundo
Proteção Florestal, 2008, os prejuízos
do cupim-da-madeira-seca podem ser muito elevados, visto
que somente se percebe
o dano em estágios
muito avançados de degradação da madeira, ficando
a madeira praticamente oca devido às inúmeras galerias
abertas por estes cupins.
Os
térmitas-de-madeira-seca podem se
alimentar de vários outros
objetos que contem fibras mortas, como papéis, livros, dormentes
e outros derivados e produtos da madeira como móveis, pavimentos
de construções,
pilares e até mesmo obras de arte como quadros e esculturas.
Estudos
sobre resistência de madeiras
aos ataques de cupins
Gonçalves e Oliveira (2006) realizaram estudos da
resistência de
madeira secas de seis espécies de árvores nativas, comparada à de Pinus
sp. como testemunha, ao ataque do cupim Cryptotermes brevis. Os autores observaram que o Pinus foi a espécie menos resistente,
obtendo o maior desgaste de madeira, seguido do guapuruvu, Schizolobium
parahyba. Contudo, em
termos de número de furos a última foi ainda mais susceptível:
seis furos contra dois da madeira do Pinus. A madeira do Pinus foi
a que provocou a menor morte de cupins, não diferenciando estatisticamente
da mortalidade na madeira do guapuruvu.
Peralta
et al. (1998) observaram o ataque de cupins subterrâneos
em madeira não tratada de Pinus sp. e outras três
espécies
de eucalipto no estado do Rio de Janeiro. Foram encontradas três
espécies de
térmitas decompondo as madeiras: Heterotermes longiceps (Snyder),
Coptotermes gestroi (Wasmann) (Isoptera: Rhinotermitidae) e Nasutitermes
jaraguae (Holmgren)
(Isoptera: Termitidae). Houve uma tendência dos cupins atacarem
mais as madeiras macias de Pinus e de Eucalyptus robusta. Neste experimento,
30% da madeira
de Pinus foi consumida em 45 dias contra a mesma percentagem para
E. robusta aos 60 dias. Logo, a madeira do Pinus foi a primeira e
a mais
fácil de
ser decomposta pelas espécies de cupins.
Kartal
e Green (2002) avaliaram a resistência de chapas MDF e de madeiras,
incluindo a de Pinus nigra contra o térmita subterrâneo
Reticulitermes flavipes. Nenhum dos MDFs nem as madeiras foram resistentes
ao ataque do cupim.
Logo, os autores sugerem que se incorporem biocidas químicos
aos MDF garantindo maior durabilidade ao ataque desse cupim.
Controle
de térmitas
em Pinus
Para cupins-de-madeira-seca em infestações baixas,
recomenda-se apenas a troca da madeira atacada por uma nova e tratada.
Já quando o
ataque de cupins é de alta intensidade, recomenda-se a aplicação
de produtos inseticidas disponíveis no mercado.
Quando
a construção,
ou os móveis, são feitos com
madeira susceptível ao ataque de cupins, como é o caso
do Pinus, sugere-se a aplicação de produtos preventivos
como forma de proteção
da madeira. Um destes produtos é o pentaclorofenol; contudo,
existem muitos estudos os quais buscam produtos alternativos e menos
danosos ao meio ambiente,
como forma de ampliar a resistência da madeira ao ataque de
cupins.
Na
industrialização da madeira, existem técnicas
especializadas em dar maior resistência à madeira do
Pinus ao ataque também
deste agente biológico de degradação da madeira
que é o
cupim. O aquecimento em autoclaves e pulverizações
com produtos dirigidos são algumas destas medidas.
Há produtos à venda
no mercado que podem ser aplicados por pincelamento e pulverização
nas próprias residências. Este é o
caso de produtos como o conhecido "Jimo Cupim". Recomenda-se
ler com atenção a bula do produto e realizar a aplicação
obedecendo-a, não se esquecendo da utilização
de EPIs para tanto (Resposta Técnica SBRT / Senai, 2007).
No
caso dos cupins subterrâneos, recomenda-se a destruição
de suas colônias através da aplicação
de inseticidas diretamente no solo, também realizando a troca
da madeira já atacada
por novas e tratadas. Construções civis feitas de madeira
de compensado, Pinus e eucaliptos, principalmente com estes componentes
em vigas, assoalhos
e pisos, devem sofrer medidas preventivas ao ataque do cupim subterrâneo.
A limpeza da área, drenagem do solo e aplicação
de produtos preventivos nele, a construção de forma
correta e o uso de madeira tratada são alguma destas medidas
(Proteção Florestal, 2008;
Resposta Técnica SBRT / Senai, 2007).
No
caso dos estados do Sul dos Estados Unidos, os cupins subterrâneos “formosan,
formosean ou formosa termites” são prevenidos nas residências
pelas construções mais elevadas e longe do solo, tendo
menor contato com este e conseqüentemente menor umidade, fator
este fundamental para o estabelecimento desses cupins subterrâneos
muito agressivos. A madeira das vigas e pisos é tratada com
produtos sob alta pressão, conferindo
resistência ao ataque.
Segundo “Termite
Control Pine Bluff AR" (2008) e "Southern Pine
Council" (2008), o controle de infestações de
cupins subterrâneos
em residências feitas com Pinus nos Estados Unidos é serviço
para especialistas. Além de requerer a identificação
do cupim e de sua localização para controle, há a
necessidade de tratamento do solo e, em muitos casos, fumigações
com produtos químicos que são melhor manuseados e dosados
por pessoas com maior conhecimento e experiência. Tanto nos
Estados Unidos como no Brasil, existem empresas especializadas no
controle de térmitas urbanos.
Southern
Pine Council (2008) indicam que os produtos químicos
registrados mais aplicados na madeira para a prevenção
dos cupins subterrâneos
são os cúpricos e os boratos ("Alkaline Copper
Quat" (ACQ), "Copper
Azole & Borates").
No
Brasil, o imidacloprid e o fipronil, produtos menos agressivos
ao meio ambiente, são usados como
cupinicidas (Gallo et al., 2002). Os mesmos autores também
comentam pesquisas realizadas com o fungo Metarhizium anizopliae,
o qual é muito
eficiente no controle biológico de alguns cupins subterrâneos
existentes no país.
Mwalongo
et al. (1999) apontam que na Tanzânia, os tratamentos
convencionais para a resistência da madeira a térmitas
são
ambientalmente agressivos, utilizando produtos inclusive cancerígenos,
como o arsênico
e sais de cromato. O produto mais utilizado é uma mistura
de 60% de creosoto, 20% de pentaclorofenol e 20 % de cobre. O creosoto,
ao ser aquecido se torna
moderadamente tóxico, podendo causar danos ao meio ambiente.
Logo, outros compostos menos agressivos e naturais estão sendo
estudados buscando a resistência da madeira ao ataque de cupins.
Stumpp
et al. (2006) afirmaram que até há pouco
tempo atrás,
a forma mais comum de se controlar o cupim-da-madeira-seca no Brasil
era através
de produtos que poderiam causar impactos ao meio ambiente e prejudicar
a saúde
de mamíferos como os próprios seres humanos. Estes
produtos eram os preservantes químicos sintéticos,
tais como mercuriais, arseniatos e organoclorados. Hoje, muitos destes
já estão com sua comercialização
proibida no país (Gallo et al., 2002).
Howtopedia
(2007) informa que há maneiras ambientalmente mais corretas
de se controlar os térmitas. Exemplos de métodos de
controle alternativos são: incentivo ao uso de inimigos naturais
como formigas, pássaros,
sapos e outros animais que se alimentam de cupins; a utilização
de plantas com propriedades controladoras de térmitas (inclusive
a casca de P. strobus pode auxiliar no controle); o plantio de plantas
saudáveis
(térmitas atacam mais plantas dominadas e estressadas) e,
para cupins que se alimentam de madeira e matéria orgânica
mortas (xilófagos),
a adição de matéria orgânica no solo pode
diminuir sua infestação nas madeiras.
Estudos
que visam
o controle
de térmitas
no Brasil e no mundo
Estudos feitos por Green e colaboradores em 1997
avaliaram a diminuição
do dano de térmitas subterrâneos a concentrações
de precipitados de cálcio (naftaloilhidroxilaminas) em madeiras
de Pinus sp., comparados à madeira tratada
com organoclorados. Os cupins causaram menos danos na madeira de
Pinus em concentração de 0,5% de precipitados
de cálcio.
Métodos
de campo estudados por Groot e colaboradores (1998) avaliaram
o declínio de estacas das madeiras de Pinus
palustris, P. echinata, P. taeda e P. elliottii pelo ataque de fungos
e térmitas. Estes últimos
parecem preferir atacar inicialmente os tecidos jovens da madeira
de todas as espécies testadas de Pinus, degradando os tecidos
mais antigos após
os primeiros serem consumidos.
Mwalongo
et al. (1999) em estudos na Tanzânia, avaliaram misturas
de extratos naturais como o tanino e composto derivado
da semente da castanha
de caju, junto com pequenas quantidades de cobre. Os tratamentos
foram suficientes para conferir às
madeiras uma boa resistência aos térmitas. As madeiras
testadas foram de Pinus ponderosa e de Populus tremuloide. Ambas,
ao adquirir os produtos,
tornaram-se resistentes ao ataque de cupins. Os autores ressaltaram
que os compostos não matam os cupins, mas são repelentes
a eles. Logo, por utilizar apenas uma pequena porção
de produtos cúpricos,
esta mistura pode ser uma tecnologia ambientalmente correta, comparada
aos produtos
convencionais
de controle dos cupins.
Indrayan
et al. (2000) avaliaram a resistência
da madeira do pinheiro indonésio
(Pinus merkusii) e da madeira de pinheiro americano (Pinus
taeda),
submetidas a dois tratamentos químicos (acetilação
e tributiltin acrilato polimerizado), ao ataque de Cryptotermes
cynocephalus (cupim-da-madeira-seca).
Como resultados obtidos, ambos os produtos foram eficientes no controle
de térmitas
com percentagens de mortalidade média de 97,1 % para as amostras
dos ensaios com acetilação e de 100 % para as de tributiltin
acrilato polimerizado, contra apenas 40,89% de mortalidade para as
amostras testemunha (sem aplicação
de nenhum produto).
Barillari
(2002) observou a durabilidade de madeira de Pinus
(P. elliottii, P. caribaea, P. oocarpa e P. kesyia)
submetidas a cinco
diferentes
tratamentos contra
agentes biológicos durante 21 anos no estado de São
Paulo - BR. A autora encontrou três famílias de cupins
(Termitidae, Kalotermitidae e Rhinotermitidae) atuando na degradação
das madeiras tratadas. Os Pinus sem tratamento tiveram uma
vida média
de menos de 1 ano. Os tratamentos com teores mais elevados de inseticida
proporcionaram maior durabilidade à madeira
dos Pinus. Não houve diferença de durabilidade
referentes às
espécies de pinheiros.
Smith
et al. (2003) compararam o ataque do cupim subterrâneo “formosan
termite” (Coptotermes formosanus) à madeira
de duas pináceas:
Pinus sylvestris e Picea abies, tratadas por aplicação
de óleos
a alta temperatura e apenas alta temperatura. Os autores observaram
que a madeira do Pinus foi a mais resistente ao ataque,
porém
apenas as amostras que receberam óleo e temperaturas elevadas
tiveram alguma resistência
ao cupim.
Estudos
conduzidos por Brenton e Creffield (2004) em duas regiões
de campos na Austrália avaliaram a resistência
da madeira de duas espécies
de Pinus (Pinus radiata e Pinus elliottii)
ambas tratadas com deltamethrin e permethrin, contra os danos do
térmita Coptotermes acinaciformis, considerado
uma das espécies economicamente mais danosas do país.
Em ambas regiões estudadas, todas as amostras das madeiras
apresentaram início
de ataque do cupim; contudo, os tratamentos mostraram-se eficientes,
tendo apenas 0,002 a 0,02 % de massa retirada pelos insetos.
Barros
et al. (2006) compararam, em laboratório, a mortalidade de
cupins Cryptotermes brevis em madeira de Pinus sp.
tratada com diferentes extratos de
plantas cítricas. Com alguns extratos houve mortalidade total
dos cupins, demonstrando bom potencial como controlador alternativo
de cupins-da-madeira-seca.
Rech
et al. (2006) observaram o efeito da repelência de
concentrações
variadas de dois extratos industriais de ceras cítricas: um
derivado de limeira-ácida (Citrus latifolia) e o
outro de laranjeira (Citrus sinensis), aplicados em cavacos
de Pinus sp. expostos à C.
brevis. Os resultados mostraram efeito preservante de todas
concentrações
do extrato da limeira-ácida, ao passo que todos os cavacos
tratados com extrato da laranjeira foram consumidos pelos cupins
durante a pesquisa. Logo, a cera de
limeira-ácida apresenta potencial como repelente na resistência
da madeira de Pinus ao ataque de Cryptotermes brevis.
Stumpp
et al. (2006) observaram o efeito de preservantes a base de mineralizantes
e extratos de plantas em madeiras de Araucaria angustifolia,
Pinus spp.
e Eucalyptus grandis. Todos os produtos testados ocasionaram
a mortalidade dos cupins nos
três gêneros de madeira testados, sendo que alguns ensaios
chegaram a 100 % de controle, como o óleo de mamona para o
Pinus.
Madeiras
de Pinus banksiana e de Pinus sylvestris foram submetidas
a amplitudes térmicas e também tratadas
com um produto a base de cobre alcalino quaternário objetivando
a resistência a um fungo decompositor e
ao cupim subterrâneo Reticulitermes flavipes. As amostras de
Pinus sylvestris submetidos apenas a amplitudes térmicas não
resistiram com sucesso ao ataque de térmitas (Shi et. al.
2007).
Lage
(2008) realizou estudos comparando a ação
de inseticidas na prevenção do ataque do cupim subterrâneo
Coptotermes havilandida à madeira
de Pinus sp. em sistemas florestais. Os três produtos testados
foram: Dursban 4E (clorpirifós), Diazinon 60 EC (diazinon)
e Dragnet 384 CE (permetrina). Este último foi o produto de
melhor desempenho na preservação
ao ataque após os dois períodos do ensaio, obtendo índice
médio de preservação em torno de 100%.
Considerações
finais
A população humana no mundo vem aumentando a cada dia,
assim como a demanda por madeira para construções de
moradias e de produtos derivados de árvores florestais utilizados
pelos homens. Logo, as perdas no reflorestamento devido a pragas
como os cupins subterrâneos e doenças
devem ser cada vez mais combatidas visando à maximização
da produção e a obtenção de produtos
de qualidade, cada vez mais exigidos pelo mercado.
As
perdas na madeira seca também não devem ser
tão passivamente
aceitas. É por isso que estudos visando preservação
do ataque de cupins devem continuar a ser incentivados, principalmente
objetivando a descoberta
de novos produtos preventivos que não tenham impacto ao meio
ambiente e aos seres vivos.
Foram
encontradas poucas pesquisas a respeito da biologia das
espécies
de cupins. Acredito que estes trabalhos também devem ganhar
maior incentivo, pois ao se conhecer melhor as etapas de desenvolvimento
e o comportamento de
espécies de cupins poder-se-ão estabelecer novos métodos
de controle, inclusive biológicos.
Lelis
apud Barillari (2002) constata que a grande maioria dos
prejuízos
causados pelo ataque de cupins se dá principalmente pelo desconhecimento
pelos seus usuários de aspectos importantes da degradação
biológica da madeira. Logo, muitas práticas preventivas
de tratamento da madeira e de construção adequada das
edificações
não são efetuadas, diminuindo a vida útil da
madeira e dessas construções. Stumpp e colaboradores
(2006) comentam que com a conscientização
das pessoas na proteção da madeira de Pinus, que é uma
das mais utilizadas para a serraria no Brasil, contra o ataque de
térmitas,
o desmatamento das áreas de floresta nativa diminuiria. Isto
porque a madeira de reflorestamento supriria as necessidades comerciais
e de reposição
das peças danificadas.
A
população de áreas
urbanas poderia ser conscientizada através de escolas e de
campanhas de órgãos públicos,
informando-a dos danos e prejuízos que os cupins causam nas
construções
e móveis e das medidas preventivas contra a praga. Isto diminuiria
os custos de reposição das peças atacadas, visto
que o preço
desta matéria-prima (madeira) está cada vez mais elevado.
Além
disso, muitas vezes as restaurações exigem verdadeiras
magias para serem realizadas com sucesso. Ou seja, melhor prevenir
do que remediar. A Natureza
agradeceria esse nosso esforço preventivo a favor das árvores,
com certeza! Já os cupins, esses não!
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