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Editorial

Caros leitores e ao público interessados pelos Pinus

Estamos publicando a nossa sétima PinusLetter, que traz temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para sua leitura. Nesta edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e Pináceas, bem como à preservação de recursos florestais e à sustentabilidade das plantações florestais, entre outros.

A seção "Os Pinus no Brasil", destaca as principais características do "Pinus strobus". Este pinheiro originário das Américas do Norte e Central apresenta boa qualidade de madeira e é conhecido por ser um dos pinheiros existentes de maior porte, sem falar ainda em sua longevidade. Leiam os links indicados e saibam mais sobre sua descrição e importância.

A PinusLetter 07 inova seus temas de destaque, trazendo informações sobre como os anéis de crescimento da madeira influenciam em sua qualidade. Leiam e confiram os trabalhos publicados sobre o assunto em "Anéis de Crescimento e sua Importância para a Qualidade e Uso da Madeira do Pinus" e adquiram maiores informações sobre esse importante tema.

A secão "Referências Técnicas da Literatura Virtual" dá espaço para o retorno de "Teses e Dissertações de Universidades". A Universidade homenageada nesta sétima edição é a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que possui excelentes publicações sobre os Pinus, valorizando, em especial, os estudos acerca do meio ambiente. Há uma série de trabalhos publicados por seus alunos e docentes sobre a sustentabilidade e preservação de recursos naturais associados aos Pinus.

Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados e os materiais dos cursos e eventos referenciados.

A pedido de leitores e interessados em plantações com Pinus no Brasil, o mini-artigo técnico dessa edição discorre sobre o tema "Produção de Mudas de Pinus". Há informações sobre a importância das mudas para o reflorestamento, os principais tipos de mudas produzidos no país, tipos de substratos, recipientes, os principais manejos e cuidados para a o sucesso da produção, entre outros. Também há à disposição de interessados referências de diversas empresas produtoras de mudas em todo o país. Saibam também as principais desvantagens das técnicas atuais de produção das mudas e as medidas que estão sendo efetuadas para torná-las cada vez mais eficientes, trazendo melhor produtividade florestal.

Aos patrocinadores, dizemos o nosso "muito obrigado(a)" pelo grande apoio, incentivo e ajuda em levar ao público alvo, que cada vez é maior, conhecimento e respeito às árvores fantásticas que são as dos Pinus.

Agradecemos nossos dois patrocinadores:

ABTCP
- Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

CRA - KSH - Conestoga-Rovers & Associates (http://www.craworld.com/en/corporate/southamerica.asp)

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias qualidades desse gênero para as plantações florestais no Brasil e na América Latina, levando sempre mais conhecimento e saber sobre o Pinus e também sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

Os Pinus no Brasil: Pinus strobus

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Teses e Dissertações da UFSC

Referências de Eventos e de Cursos


Pinus-Links

Anéis de Crescimento e sua Importância para a Qualidade e Uso da Madeira do Pinus

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
Aspectos Gerais da Produção de Mudas de Pinus

Os Pinus no Brasil: Pinus strobus


Esta seção de nosso informativo eletrônico traz a vocês nossas indicações para visitarem diversos websites que possuem relação direta com a descrição taxonômica, morfológica e dendrológica de espécies de Pinus. O pinheiro destacado neste mês é o Pinus strobus, do qual trazemos informações gerais sobre essa espécie, sua origem, seu potencial, sua taxonomia e morfologia, bem como, características históricas e sua importância econômica.

Pinus strobus L.


Conhecido nos países de língua inglesa como “Eastern White Pine” e no México como “Pino Chiapensis”, Pinus strobus, pode ser encontrado naturalmente em toda parte leste dos Estados Unidos, sudeste do Canadá e em regiões montanhosas do México e Guatemala.

Suas acículas geralmente são longas (5-13 cm), flexíveis, se posicionam de forma decídua em grupos de cinco nos galhos, podem persistir até 18 meses na árvore e possuem coloração verde azulada. Os cones de P. strobus apresentam forma longa e delgada variando de 8 a 18 cm de comprimento. São encontrados com maior freqüência nas partes mais altas da copa da árvore. Nos Estados Unidos, a floração de P. strobus se dá durante a primavera. Suas sementes são pequenas (4-5 mm) e aladas, havendo picos de produção da árvore adulta a cada 3 a 5 anos. As sementes se dispersam pelo vento geralmente chegando a 60 m de distância da planta mãe, já havendo relatos de dispersão a mais de 210 m de distância. A frutificação masculina ocorre nos ramos mais baixos do pinheiro ou nas pontas das brotações e possui coloração marrom quando madura.

Esta espécie de pinheiro é reconhecida pela sua longevidade, podendo chegar facilmente aos 200 anos, tendo sido registrados indivíduos de até 500 anos. Apresentam tamanho superior à maioria das outras espécies de pinheiros, podendo chegar facilmente a 102 cm de DAP e 46 m de altura. Os dois maiores pinheiros da espécie foram encontrados no nordeste dos EUA, um no estado de Michigan, possuindo 168 cm de diâmetro e 48,2 m de altura, e o outro em Maine, com 173 cm em diâmetro e altura de 44,8 m.

P. strobus tem preferência por regiões frias para o seu desenvolvimento. Em sua região de origem (Nordeste dos Estados Unidos) a média da temperatura no verão varia entre 18 e 23 °C.

Com relação ao solo e topografia, este pinheiro pode se desenvolver em quase todos os tipos de solo. Apesar disso, tem preferência por solos bem drenados, arenosos, de fertilidade moderada a alta e de pH médio a elevado, crescendo mais lentamente quando o pH é inferior a 4.

Desde a chegada dos primeiros imigrantes europeus na América do Norte, P. strobus teve sua madeira utilizada para a construção civil, serraria, confecção de móveis e navios. Pela alta qualidade da madeira, que possui densidade média, maleabilidade e fácil acabamento, as melhores árvores da espécie eram marcadas e destinadas apenas a este último uso.

Nos dias de hoje, a utilização desse pinheiro se ampliou, podendo seus produtos serem utilizados para fabricação de expectorantes, desinfetantes e conservantes.

Considerada uma árvore bastante competitiva pelo rápido crescimento, boa capacidade de adaptação, qualidade da madeira e beleza, P. Strobus, atualmente, está sendo utilizado em reflorestamentos em regiões do mundo de clima temperado e subtropical. Nos EUA é também plantado para uso como árvore de natal.

Pinus strobus var. chiapensis possui semelhanças taxonômicas e genéticas que o tornam uma variedade ao Pinus strobus encontrado nos EUA e Canadá. Por adaptar-se a temperaturas mais elevadas e pela qualidade da madeira e crescimento rápido é bastante plantado em reflorestamentos na África do Sul, Colômbia, Portugal e Venezuela. Contudo, no México, este pinheiro, que é oriundo da região, está desaparecendo, não sendo mais encontrado em muitas localidades onde antes era próspero. Logo, devem-se tomar medidas de conservação deste pinheiro em seus locais de origem, preservando suas florestas e habitat naturais. Caso contrário, será mais comum encontrar P. strobus var. chiapensis exótico em reflorestamentos pelo mundo, inclusive no Brasil.

Aos interessados por este pinheiro de alta qualidade de madeira e versatilidade de uso acessem as publicações disponíveis abaixo, que explicam as principais características morfológicas, história, taxonomia, entre outros.

USDA – Plants Profile. (Inglês)
Como sempre, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) apresenta perfil detalhado das plantas nativas do país, o que inclui o Pinus strobus. Na página, podem ser encontradas as principais características morfológicas da espécie, sua distribuição geográfica, assim como fotos e desenhos das principais estruturas que a diferenciam dos outros pinheiros. Observem:
http://plants.usda.gov/java/profile?symbol=PIST

Pinus strobus - Eastern White Pine. E. F. Gilman; D. G. Watson. (Inglês)
O Serviço Florestal do USDA lançou em 1994 uma apostila sobre Pinus strobus. Nela, se encontram os principais dados sobre a espécie, o que inclui descrição morfológica, distribuição geográfica, taxonomia, principais usos, manejo, pragas e doenças. Consultem e saibam como diferenciar e manejar melhor esta espécie.
http://hort.ufl.edu/trees/PINSTRA.pdf

Pinus strobus L. - Eastern White Pine. G. W. Wendel e H. Clay Smith. (Inglês)
Revisão bibliográfica bastante completa sobre a espécie, possuindo praticamente todas as principais características de Pinus strobus. Inclui o histórico da árvore e sua importância econômica nos Estados Unidos, desde a chegada dos primeiros europeus até os dias de hoje. Há dados sobre solos, topografia e clima ideais para o desenvolvimento da árvore, assim como a sua biologia. O artigo é enriquecido com inúmeras pesquisas científicas realizadas com a espécie, incluindo época de maturação, estudos de melhoramento genético como variedades e híbridos, assim como sua relevância para o ecossistema natural da sua região de origem.
http://www.na.fs.fed.us/pubs/silvics_manual/Volume_1/pinus/strobus.htm

Wikipedia - Eastern White Pine. (Inglês)
A enciclopédia gratuita Wikipedia possui completo texto em inglês sobre os Pinus strobus. Além de apresentar as principais características morfológicas da espécie, sua descrição taxonômica e sua distribuição geográfica, possui várias curiosidades, uso e histórico dessas árvores. A versão em português ainda está incompleta, apesar de possuir sua definição. Confiram logo abaixo.
http://en.wikipedia.org/wiki/Eastern_White_Pine (Inglês)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_strobus (Português)

Gymnosperm Database - Pinus strobus Linnaeus 1753. (Inglês)
A página da web http://www.conifers.org em sua seção Gymnosperm Database apresenta vários dados muito interessantes sobre Pinus strobus. Possui as principais características da espécie, descrevendo suas acículas e órgãos de reprodução, assim como a sua distribuição, taxonomia e curiosidades como a árvore mais alta e a mais velha já encontrada. Há também um interessante parágrafo sobre etno-botânica da espécie, explicando a sua importância histórica principalmente para a indústria naval.
http://www.conifers.org/pi/pin/strobus.htm

Pinus strobus - Flora, fauna, earth, and sky... The natural history of the northwoods. (Inglês)
Link bastante completo que caracteriza muito bem Pinus strobus. Os principais temas tratados são nomes comuns, descrição, taxonomia, identificação, distribuição, habitat, fogo, flora e fauna associadas, história, usos, reprodução, propagação e cultivo. Leiam em:
http://www.rook.org/earl/bwca/nature/trees/pinusstrob.html

VirginiaTech - Eastern White Pine - Pinaceae - Pinus strobus. (Inglês)
O website do Departamento Florestal da Universidade VirginiaTech, além de possuir fotos maravilhosas a respeito dos principais identificadores morfológicos de Pinus strobus, também caracteriza muito bem estas estruturas. Confiram e apreciem em:
http://www.cnr.vt.edu/DENDRO/DENDROLOGY/SYLLABUS/factsheet.cfm?ID=111

The Ohio State University: Pinus strobus. (Inglês)
A Universidade Estadual de Ohio nos Estados Unidos apresenta em sua webpage a caracterização dos ramos, acículas, frutos, sementes, cascas e tronco de Pinus strobus. Confiram em:
http://hcs.osu.edu/pocketgardener/source/description/pi_robus.html

Boreal Forest - Eastern White Pine. (Inglês)

Boreal Forest Org é um website de origem canadense que possui as principais características das árvores nativas das suas florestas, incluindo Pinus strobus. Confiram as suas principais características morfológicas, curiosidades históricas, qualidade da madeira e sua distribuição.
http://www.borealforest.org/trees/tree10.htm
http://www.borealforest.org/nwwood.htm

Winsconsin Botanical Information System - Pinus strobus L. (Inglês)
"Winsconsin Botanical Information System" possui breve identificação botânica e distribuição geográfica de Pinus strobus. A webpage possui links que apresentam a descrição e fotos dos principais locais onde estas árvores se desenvolvem, assim como a flora associada.
http://www.botany.wisc.edu/wisflora/scripts/detail.asp?SpCode=PINSTR

Ethnobotanical Notes on Pinus strobus var. chiapensis. Anales del Instituto de Biología, Universidad Nacional Autónoma de México, Serie Botánica 73(2): 319-327. (2002). (Inglês)
Saiba mais sobre a botânica e a etnia envolvendo o Pinus strobus var. chiapensis. A "Universidad Nacional Autónoma de México" disponibilizou uma nota em inglês apresentando a grande importância da árvore para a população montanhosa do sul do México, desde a antigüidade. O artigo de K.F. del Castillo & S.Acosta evidencia sua descrição e distribuição geográfica tanto no México como na Guatemala, assim como os vários nomes populares existentes para a esta árvore nessas regiões.
http://www.ejournal.unam.mx/bot/073-02/BOT73208.pdf

Strobi, The White Pines. (Inglês)
Artigo que apresenta a descrição das principais características morfológicas da espécie, sua abrangência, clima e singularidades. Observem:
http://www.lib.ncsu.edu/theses/available/etd-19980511-132319/unrestricted/strobi.pdf

Pinus strobus. (Inglês)
Fantásticas fotos são disponibilizadas no website da Dicovery Life, uma página destinada a apresentar os seres vivos do planeta. Vejam também as esclarecedoras informações taxonômicas, botânicas e da distribuição da espécie.
http://www.discoverlife.org/20/q?search=Pinus+strobus

Algumas pesquisas com Pinus strobus:
Confiram alguns resultados de estudos feitos com esta espécie de pinheiro em seus locais de origem e também no Brasil, sempre com a possibilidade de se aprender mais e consultar ainda as revisões bibliográficas feitas pelos autores dos artigos:

Response of planted Eastern White Pine (Pinus strobus L.) to mechanical release, competition, and drought in the Southern Appalachians. B. D. Clinton; K. J. Elliott; W. T. Swank. Southern Journal of Applied Forestry 21(1): 19-23. (1997)
http://coweeta.ecology.uga.edu/publications/172.pdf

Diameter increment in mature Eastern White Pine Pinus strobus L. following partial harvest of old-growth stands in Ontario, Canada. D. P. Bebber; S. C. Thomas; W. G. Cole; D. Balsillie. Trees 18: 29–34. (2004)
http://larva.forestry.utoronto.ca/thomas/Bebber_et.al_2004.pdf

Growth of Eastern White Pine (Pinus strobus L.) related to forest floor consumption by prescribed fire in the Southern Appalachians. K. J. Elliott; J. M. Vose; B. D. Clinton. Southern Journal of Applied Forestry 26(1): 18-25. (2002)
http://cwt33.ecology.uga.edu/publications/1490.pdf

Qualidade das lâminas de Pinus strobus var. chiapensis obtidas por desenrolamento. I.P.Jankowsky. IPEF 16: 50 - 59. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr16/cap04.pdf

Análise da madeira de compressão em Pinus oocarpa e Pinus strobus var. chiapensis. Composição química. M. Tomazello Filho; L.E.G. Barrichelo; J.C. Costa. IPEF 31: 69 - 73. (1985)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr31/cap08.pdf

Misturas de madeiras de Pinus strobus var. chiapensis e Eucalyptus urophylla na polpação kraft. R.C. Oliveira; C.E.B. Foelkel; J.L. Gomide. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 12 pp. (1980)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1980.%20cozimento%
20misturas%20Pinus%20e%20Eucalyptus.%20Tese%20rubinho.pdf



*Fonte da ilustração dessa seção (selo de correio dos USA) obtida em:
http://www.discoverlife.org/mp/20q?go=http://www.wood.co.jp/stamps/usa.htm

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Teses e Dissertações da UFSC

Nessa PinusLetter 07 voltamos a dar destaque às produções técnicas e científicas relacionadas com Pinus oriundas das Universidades Brasileiras, retornando com o tema "Teses e Dissertações". Nessa seção estaremos procurando valorizar as instituições e autores que têm se mostrado dedicados a estudar e a avaliar técnica e cientificamente os Pinus. As publicações referenciadas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras, celulose e papel, enfim, todas as áreas que se relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações florestais e utilizações de seus produtos.

Ainda existem muitos "Grandes Autores dos Pinus" para serem apresentados a vocês. Em nossas próximas edições voltaremos a homenageá-los, tendo suas principais publicações disponibilizadas como Pinus-Links. Aguardem.

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
O reflorestamento com Pinus no sul do Brasil continua a mostrar crescimento, sendo cada vez mais importante, tanto na economia da região como na vida das pessoas, fazendo parte da paisagem e do cotidiano. Visto toda essa relevância para os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, alunos e professores pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vêm desenvolvendo vários projetos de pesquisa de âmbito sócio-econômico e ambiental com os Pinus. Em suas teses e dissertaçoes têm buscado através da ciência a melhoria da economia e da qualidade de vida das comunidades, sem esquecer a sustentabilidade e a preservação dos recursos naturais das localidades.

Logo, a UFSC, além de contribuir com o desenvolvimento técnico-científico das produções de Pinus, também agrega conhecimento aos plantadores e usuários dos Pinus e à Sociedade. Ainda não há um curso de Engenharia Florestal na UFSC; contudo, muito de suas teses e dissertações abrangem os Pinus nas áreas de engenharia de produção, fitotecnia, agroecologia, meio ambiente, botânica, entre outros. Portanto, UFSC é geradora de grande conhecimento em relação aos Pinus e, graças a isso, está sendo referenciada e homenageada nesta edição.

Disponibilizamos a vocês, os resultados das pesquisas feitas pelos docentes, alunos e pesquisadores desta instituição de ensino e pesquisa. As mais recentes teses de doutorado e dissertações de mestrado publicadas nessa instituição de ensino e pesquisa estarão sendo apresentadas a vocês com seus endereços para download. São 17 publicações à disposição do público interessado.

Nossos cumprimentos à UFSC por essa grande e contínua contribuição ao Pinus e à sociedade brasileira.

Áreas temáticas
Produtos tecnológicos:

A integração dos requisitos ambientais através de ferramentas para o "design" do ciclo de vida: uma aplicação no "design" de móveis em Pinus. R. B. Cavalli. Dissertação de Mestrado UFSC. 143 pp. (2005)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/8193.pdf

Chapas de madeira para vedação vertical de edificações produzidas industrialmente – projeto conceitual. S. F. César. Tese de Doutorado UFSC. 302 pp. (2002)
http://www.teclim.ufba.br/site/material_online/teses/tese_sandro_f_cesar.pdf

Competitividade internacional da indústria de papel de imprimir e escrever brasileira sob ótica da cadeia de valor. C. L. Silva. Tese de Doutorado UFSC. 250 pp. (2002)
http://www.fae.edu/mestrado/pdf/teses/Christian%20Luiz%20da%20Silva.pdf

Medição do custo das perdas associadas ao processo produtivo de fábricas de celulose e papel.
A. M. Deon. Dissertação de Mestrado UFSC. 101 pp. (2001)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/4051.pdf

Análise do impacto do seguro de crédito à exportação nas vendas externas de pequenas e médias empresas industriais exportadoras de móveis do pólo moveleiro de Arapongas/PR.
N. C. Biscaia Junior. Dissertação de Mestrado UFSC. 180 pp. (2001)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/10473.pdf

Métodos para identificação de custos ambientais na cadeia produtiva de papel e celulose. R. C. Carvalho. Dissertação de Mestrado UFSC. 126 pp. (2001)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/6496.pdf

Avaliação dos padrões de competitividade à luz do desenvolvimento sustentável: o caso da indústria Trombini Papel e Embalagens S/A em Santa Catarina Brasil. P. C. Schenini. Dissertação de Mestrado UFSC. 223 pp. (1999)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/2889.pdf

Silvicultura & Meio Ambiente:

Restauração ecológica de uma mata ciliar em uma fazenda produtora de Pinus taeda L. no norte do estado de Santa Catarina. D. R. Tres. Dissertação de Mestrado UFSC. 96 pp. (2006)
http://www.tede.ufsc.br/teses/PBVE0040.pdf

Tecnologia para produção de inoculantes de fungos ectomicorrízicos utilizando cultivo submerso em biorreator Airlift.
M. J. Rossi. Tese de Doutorado UFSC. 188 pp. (2006)
http://www2.enq.ufsc.br/teses/d035.pdf

A construção participativa dos caminhos das águas em Alfredo Wagner – SC: uma contribuição à gestão dos recursos hídricos e à promoção do turismo sustentável. C. D. Mendonça. Dissertação de Mestrado UFSC. 174 pp. (2005)
http://www.tede.ufsc.br/teses/PGEA0228.pdf

Avaliação comparativa de métodos de recuperação de enclaves florestais ciliares. S. F. Schmitz. Dissertação de Mestrado UFSC. 133 pp. (2005)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/15303.pdf

Florestamento com Pinus spp. e pecuária em campo nativo: complementaridade e concorrência no uso das terras do Planalto Catarinense. L. C. D. Souto. Dissertação de Mestrado UFSC. 144 pp. (2005)
http://www.pos.ufsc.br/arquivos/41000382/imagens/souto_luiz.pdf

Instrumentos para prática de educação ambiental formal com foco nos recursos hídricos. R. S. Nascimento. Tese de Doutorado UFSC. 241 pp. (2003)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/4185.pdf

Restauração ecológica de restingas contaminadas por Pinus no parque florestal do Rio Vermelho, Florianópolis, SC. F. C. Bechara. Dissertação de Mestrado UFSC. 125 pp. (2003)
http://www.tede.ufsc.br/teses/PBVE0011.pdf

Modelo de compensação de CO2 para empresas poluidoras do ar: um estudo de caso no vale do Itapocu, região norte de Santa Catarina. C. Cezarini Neto. Dissertação de Mestrado UFSC. 103 pp. (2002)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/8895.pdf

Rotulagem ambiental: um estudo comparativo entre programas. C. C. Biazin. Dissertação UFSC 109 pp. (2002)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/8193.pdf

Integração de imagens de sensores de microondas e ópticos para fins de mapeamento e classificação de reflorestamentos no sul do Brasil. N. C. Rosot. Tese de Doutorado UFSC. 190 pp. (2001)
http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/2901.pdf

Referências de Eventos e de Cursos

Nessa seção, trazemos referências de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam diretamente ou indiretamente aos Pinus. A característica marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos, os quais já ajudam a saber das novidades no ramo e dos assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços de URLs, vocês podem obter todo o material do evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar do próximo.

Luxembourg Workshop on Natural Plant Genetic Resources Programmes. (Inglês)
Esse segundo workshop europeu nacional de conservação de recursos genéticos em plantas ocorreu em 2006 na cidade de Luxembourg. Confiram os temas sobre as perspectivas da pesquisa de genética de plantas à sua disposição, bem como alguns pôsteres e apresentações ministradas durante o encontro.

http://www.bioversityinternational.org/scientific_information/regions/europe/luxembourg_workshop (Evento geral)
http://www.bioversityinternational.org/scientific_information/regions/europe/luxembourg_workshop/#c378 (Apresentações)
http://www.bioversityinternational.org/scientific_information/regions/europe/luxembourg_workshop/#c379 (Posters)

Conifers Network - Euforgen / IPGRI. (Inglês)
Os resumos do sexto "Conifer Network Meeting" apresentam vários relatos sobre os Pinus. O evento, organizado pela Biodiversity International em seu projeto EUFORGEN, foi realizado na Islândia em 2006 e incentiva pesquisas com as árvores visando à preservação da biodiversidade e dos recursos naturais de suas florestas.

http://www.bioversityinternational.org/networks/euforgen/Documents/
Meetings_Summaries/CN06_meeting_summary.pdf

Conservation of Mediterranean Conifers Genetic Resources. (Inglês)
Apresentação de Jarkko Koskela e Bruno Fady na FAO (Itália) em 2007, ressalta os principais trabalhos da “European Forest Genetic Resources Programme” (EUFORGEN) nas principais florestas de coníferas da região do mediterrâneo. Há também as perspectivas futuras e o que ainda está sendo feito para continuar conservando as árvores da região.

http://www.fao.org/forestry/static/data/silvamed/arezzo/MedConi.pdf

3° SIMPÓSIO BRASIL-ALEMANHA - Desenvolvimento Sustentável. (Inglês)
O terceiro simpósio Brasil-Alemanha ocorreu em Julho de 2007 e teve como temas principais o desenvolvimento sustentável, inclusive de florestas, com diversos trabalhos sobre esse assunto. O evento foi sediado na Universidade de Freiburg e co-patrocinado pela Universidade de Tuebingen, na Alemanha e apresenta resumos dos trabalhos em inglês. Há pesquisas das Universidades Federais do Paraná, Santa Maria, Pelotas, Mato Grosso e de outras Universidades alemãs, mostrando aspectos das plantações e produtos dos Pinus. São ao todo oito resumos sobre os Pinus. Confiram também os resumos da área temática de manejo de resíduos e de manejo sustentável de solo e água.
http://www.uni-tuebingen.de/deutsch-brasilianisches-symposium/Symp2007-ed2.pdf

Cordilhera Research Briefs. Pine Research in the Philippines. Danilo Fernando. Research Dialog Series 5. (1998). (Inglês)
Resumo de pesquisa publicando o levantamento de árvores de Pinus realizado nas Filipinas no ano de 1998 e publicado pela Cordilhera Research Briefs. As duas principais árvores do gênero encontradas foram Pinus kesiya e Pinus merkusii. O estudo ainda destaca a importância das árvores para a economia e para o meio ambiente do país.
http://www.upb.edu.ph/~csc/cscrb--pine%20research%20(dec%201998).pdf

EcoFórum Setorial ANAVE 2008. (Português)
Importante evento recentemente realizado em São Paulo sobre "Papéis e Cartões Reciclados", com alguma ênfase em reciclagem de papéis de embalagens e em papelões ondulados, normalmente produzidos com fibras longas de Pinus no Brasil. A organização foi da ANAVE - Associação Nacional dos Profissionais de Venda em Celulose, Papel e Derivados. Excelentes palestras em pdf para serm descarregadas. Confiram e aproveitem.
http://www.anave.com.br/ecoforum2008 (Palestras)

Pinus-Links

A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos, ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção, estamos ainda colocando Pinus-Links com algumas empresas ou organizações técnicas relevantes no uso dos produtos dos Pinus, ou então na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Muitas destas empresas possuem importantes programas ambientais e sociais que vale a pena destacar. Para a leitura, basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir nossas indicações ou salvá-las como favoritas em seu computador.

Sinpasul. (Brasil)
Criado em 1944, o Sinpasul (Sindicato das Indústrias do Papel, Papelão e Cortiça do Rio Grande do Sul) está há mais de 60 anos ajudando e defendendo os direitos dos profissionais da área no estado. Oferece às empresas filiadas ajuda jurídica e administrativa na gestão dos empreendimentos no setor. Também disponibiliza conhecimento às pessoas trabalhadoras no setor através de notícias e artigos técnicos e ainda sobre a competitividade setorial. O Sinpasul ajuda ainda a promover o setor florestal e madeireiro, mantendo importantes parcerias com outras entidades. Uma de suas metas é a crescente qualidade e sustentabilidade setorial.
http://www.sinpasul.org.br/site

Compensados Boqueirão. (Brasil)
Empresa paranaense que atua no mercado de chapas é uma das pioneiras do setor, incentivando a construção civil com produtos de qualidade. Está no ramo da madeira e chapas há mais de dez anos e se destaca por unir a tradição à modernidade tecnológica objetivando, cada vez mais, qualidade e satisfação dos clientes. Confiram seus produtos que são derivados dos Pinus.
http://www.compensadosboqueirao.com.br (Home)
http://www.compensadosboqueirao.com.br/lancamento.htm (Explanação sobre os painéis OSB)

Forest Products Society. (USA)
Há mais de 50 anos a “Forest Products Society” (FPS) fornece conhecimento a respeito de produtos florestais, tanto para empresas associadas, como para o público interessado. Há links e publicações recentes sobre as tecnologias de fabricação dos inúmeros produtos que as florestas podem fornecer. O site ainda divulga os principais estudos que ocorrem em várias universidades do mundo sobre o assunto e tem tudo para quem é do setor e pretende se manter informado, inclusive sobre os Pinus.
http://www.forestprod.org/ (Home)
http://www.forestprod.org/confpast.html (Conferências)

PinusBrasil Agroflorestal Ltda. (Brasil)
Empresa especializada na produção de madeira de Pinus através de plantações florestais na região de Capão Bonito/SP, atuante desde 1973 no mercado e hoje responsável por mais de 1.800 ha de reflorestamento. Há dez anos produz o híbrido P. elliodurensis na PinusBrasil Agroflorestal. Confiram a tecnologia e a comercialização no website:
http://www.pinusbrasil.com.br/index2.html (Home)

PainelFlorestal. (Brasil)
Portal de comunicação que leva informações dos setores florestais aos principais interessados através de seus serviços disponíveis na sua webpage. Divulgam conhecimento e informações como artigos, publicações, notícias e acontecimentos. Experimentem fazer uma busca no mecanismo de busca do website usando a palavra Pinus. Serão surpreendidos com mais de 250 referências.
http://painelflorestal.com.br (Home)

Grupo Orsa. (Brasil)
O grupo Orsa é uma organização do setor de papel e madeira que possui 100% de seu capital brasileiro. O grupo possui 4 fábricas no país que fabricam produtos florestais tais como: celulose, embalagens de papel e papelão, madeira certificada e produtos madeireiros. Em todas as suas fábricas, o grupo sempre visa a sustentabilidade agregando valor à madeira. As 4 empresas do grupo são: Orsa Celulose, Papel e Embalagens; Jari Celulose; Orsa Florestal e Fundação Orsa. O grupo produz ainda móveis e chapas com certificação florestal e a Fundação Orsa possui projetos sociais e atua na conservação do ambiente, assim como na geração de renda com sustentabilidade. A empresa se preocupa com a qualidade de vida da população e com o ambiente, incentivando e fazendo parcerias em pesquisas de preservação de recursos naturais e sobre educação e saúde, cujos resultados podem ser observados no link de publicações do grupo. Confiram os sites das fábricas:
http://www.grupoorsa.com.br (Home)
http://www.orsaembalagens.com.br/port/index.htm (Orsa Embalagens)
http://www.orsaflorestal.com.br (Orsa Florestal)
http://www.jari.com.br/pt/index.html(Jari Celulose)
http://www.fundacaoorsa.org.br/web/pt/institucional/grupoorsa.htm (Fundação Orsa)
http://www.grupoorsa.com.br/grupoOrsa/quemSomos_responsabilidade.html

Irani e Habitasul. (Brasil)
A Celulose Irani e a Habitasul produzem celulose, papéis kraft, chapas e caixas de papelão ondulado, móveis de Pinus e resinas. Com a atual diversidade de produtos todos de origem florestal, a empresa se preocupa sempre com a melhoria da qualidade dos produtos e com a responsabilidade social e ambiental. Atuante há mais de 67 anos no mercado a Celulose Irani possui matérias primas com selos de certificação de sustentabilidade e pratica programas de preservação de recursos naturais buscando a satisfação aos seus clientes e sociedade.
http://www.irani.com.br/estrutura.php (Celulose Irani)
http://www.habitasul.com.br/produtos_irani.htm
http://www.habitasul.com.br/habitasul.htm (Grupo Habitasul)

INFOR - Instituto Forestal. (Chile)
O INFOR é um instituto criado em 1965 para colaborar para o desenvolvimento florestal sustentável do Chile. Sua especialização é mais na área tecnológica, voltada para o manejo e a mecanização florestal, o fomento da silvicultura e da utilização da madeira. Também se dedica a estudos de mercado e a temas estratégicos. O INFOR possui em sua estrutura Grupos de Investigação Tecnológica (GIT) e Centros de Aplicações Tecnológicas (CAT), esses últimos para a transferência de tecnologia às partes interessadas. Dentre as espécies florestais estudadas está o Pinus radiata, a mais importante espécie florestal plantada naquele país. Conheçam ainda as muitas publicações digitais disponíveis para acesso público gratuito.
http://www.infor.cl (Website geral)
http://www.infor.cl/centro_documentacion/documentos_digitales.htm (Publicações digitais)

Anéis de Crescimento e sua Importância para a Qualidade e Uso da Madeira do Pinus


Os anéis de crescimento das árvores são camadas de crescimento diferenciadas visualmente por duas tonalidades de cores: uma camada clara e uma escura. Ao conjunto desse par de camadas se dá a denominação de anel de crescimento. Essas camadas são na verdade círculos que se iniciam no centro do tronco (medula) e se sucedem até a casca. Nas coníferas e em outras árvores de clima temperado, os anéis de crescimento se destacam, sendo mais facilmente vistos em relação a outras espécies folhosas ou de clima tropical. Cada anel de crescimento reflete então a madeira formada pelo tecido meristemático lateral (câmbio) em um ano de crescimento da árvore.

Tanto nos Pinus, como em outras arbóreas, as cores clara e escura que são observadas, principalmente no corte transversal do tronco, são devidas a diferenças no xilema, com características físicas e químicas distintas. As células das áreas claras são formadas na primavera e verão, após o período de dormência da árvore. Estas células têm paredes finas e lúmens mais largos. Já no outono e inverno são formadas as células das áreas mais escuras, possuindo paredes grossas e lúmens estreitos, sendo portando de maior densidade. Isso evidencia o crescimento desigual nas épocas favorável e desfavorável do ano. Há que se entender que as cores são apenas o resultado dessas maiores e menores concentrações de paredes celulares. Nas áreas mais escuras, há muito maior proporção de paredes, o que dá uma impressão ótica de cor mais escura. Trata-se de um engano acreditar que essas áreas mais escuras se devam a uma maior concentração de lignina, como muitos crêem. Em verdade, a concentração de lignina base peso é inclusive menor nas regiões de lenho tardio, pela alta proporção que elas possuem de paredes secundárias ricas em celulose.

Estes dois tipos de variações no xilema existentes em cada anel de crescimento são chamados de lenho inicial ou primaveril e lenho tardio ou outonal. A madeira do lenho inicial é formada em ritmos mais intensos de crescimento da árvore: é a parte clara do anel de crescimento e possui uma qualidade inferior comparada à madeira tardia. Essa por sua vez é a parte escura do anel de crescimento, mais densa e mais rica em fibras. Por essas razões, o lenho tardio é mais apreciado para a maioria dos usos da madeira (celulose e papel, móveis, serraria, laminação, vigas, habitações, dentre outros). Outra diferença entre o lenho inicial e o tardio se dá pelo comprimento dos traqueídos (fibras), os quais são mais curtos para o lenho inicial e mais longos para o tardio. A maioria dos Pinus que crescem no Brasil, onde a primavera e o verão são muito apropriados para altos crescimentos, possui grande quantidade de madeira de lenho inicial.

Isso é mais acentuado ainda nos pinheiros tropicais. Já para os pinheiros de regiões temperadas, onde o crescimento é mais lento, a relação entre lenho inicial e lenho tardio é menor que para os das regiões tropicais. As árvores mais jovens possuem anéis de crescimento mais largos comparadas às adultas, possuindo maiores quantidades de lenho inicial, sendo, portanto, de qualidade inferior de madeira. Em relação à madeira formada perto da medula, pela alta proporção de lenho inicial, costuma-se denominá-la de madeira juvenil, sendo de qualidade inferior para muitos usos da madeira.

Conforme as árvores crescem nos povoamentos florestais, passa-se a estabelecer competição entre elas. A espessura dos anéis de crescimento diminui. A relação entre lenho inicial e tardio também diminui, pois aumenta proporcionalmente a quantidade de lenho tardio nesses anéis mais velhos. Quando se faz um desbaste florestal, liberando mais área para as árvores remanescentes crescerem mais rápido, volta a aumentar a proporção de lenho inicial.

Um aspecto que garante maior qualidade da madeira em termos de rigidez e resistência é a maior quantidade de lenho tardio na madeira. Logo, se a árvore crescer menos durante a fase propícia, havendo espessuras menores entre cada anel, esta terá qualidade superior, por possuir maiores concentrações de fibras, sendo mais densa e mais resistente. É por isso que quanto mais anéis de crescimento a árvore possuir por unidade de comprimento do seu corte transversal, melhores propriedades químicas e físicas terá e conseqüentemente terá melhor qualidade para seus diversos fins. Por isso, um dos indicadores de qualidade de resistência da madeira de Pinus é o número de anéis de crescimento por centímetro linear no corte transversal da madeira, algo muito usado pelos madeireiros. Fica então para o produtor florestal o conflito entre acelerar ou restringir o crescimento florestal: ao crescer rápido demais a madeira formará mais volume, mas preferencialmente em lenho inicial. Há maneiras de se compensar isso pelo manejo através de desbastes e pelo melhoramento genético florestal.

Outra coisa que causa muita confusão entre os iniciantes na ciência madeireira é a tentativa de se conhecer a idade da floresta contando-se o número de anéis de crescimento. Há muitos erros cometidos por isso. Se tivermos um corte transversal de uma árvore, a contagem dos anéis de crescimento dá a idade da árvore na altura onde foi secionada. Para se conhecer a idade real da árvore na floresta, desde o início de seu plantio, tem-se que fazer a amostragem para contagem dos anéis de crescimento na base da árvore. Isso porque a cada ano, a árvore cresce camadas em diâmetro e se alonga também em altura. Se coletarmos uma amostra de madeira bem no ponteiro da árvore, ela mostrará apenas um ou dois anéis, indicando que aquela região da árvore tem essa idade. Já a árvore toda tem muito maior idade, ficou claro?

Assim, é importante ressaltar ao leitor que os anéis de crescimento das coníferas não servem apenas para vermos a idade da árvore e o seu crescimento em diâmetro, mas também são grandes indicadores de qualidade da madeira, sendo, portanto, muito estudados atualmente. Há pesquisas sendo realizadas com o gênero Pinus em diversas partes do mundo buscando o quanto os anéis de crescimento influenciam na qualidade da madeira para cada uma de suas finalidades.

Os links abaixo mostram os resultados destas pesquisas e evidenciam esta importância. Temos uma seleta variedade de artigos versando desde a estrutura da madeira dos Pinus e da Araucaria angustifolia, até suas mais diversas utilizações, sendo sempre o foco nos anéis de crescimento. Aos interessados, acessem:

Qualidade e estrutura da madeira:

Caracterização dos anéis de crescimento e da madeira juvenil e adulta de árvores de Pinus elliottii var. elliottii. A. V. Filisetti; M. A. Soave Jr.; A. T. B. Ferreira; C. R. Sette Jr.; M. P. Chagas; M. Tomazello Filho. 15º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP. 1 pp. (2007)
http://www.usp.br/siicusp/15Siicusp/4496.pdf

Henri D. Grissino-Mayer's - Ultimate Tree-Ring Web Pages. (Inglês)
Esta é a webpage do especialista em Dendrocronologia e pesquisador de anéis de crescimento, Henri D. Grissino-Mayer, abrigada pela Universidade do Tennessee. Possui vários artigos que explicam como os anéis de crescimento são formados, a diferença entre estruturas e tecidos de coníferas e folhosas, como o clima e outros fatores abióticos podem influir no crescimento das árvores (visto através dos anéis de crescimento), entre outros. Há uma série de fotos de anéis de crescimentos e de cortes radiais de troncos de várias árvores, inclusive de Pinus. Observem:
http://web.utk.edu/~grissino/default.html
http://web.utk.edu/~grissino/references.htm (Literaturas para consulta)

Anatomia da Madeira. Coletâneas de Anatomia da Madeira – Prof. Arlindo Costa – (2001) (Português)
Apostilas e materiais didáticos do curso de Graduação em Engenharia Florestal da UDESC, elaborados pelo Professor Arlindo Costa, uma preciosidade. O assunto abordado é a anatomia da madeira, o que inclui os anéis de crescimento, suas definições e características em algumas das espécies arbóreas mais conhecidas. Há também a diferenciação de lenhos juvenis e adultos e citações de pesquisas com espécies de Pinus realizadas por outros pesquisadores que caracterizaram estas estruturas.
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo (Website do Prof. Arlindo Costa)
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/index.php?pg=materiais (Inúmeros materiais didáticos)
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/lenhoinicialppt.pdf (Lenhos inicial e tardio)
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/materiais/APOSTILANATOMIA1.pdf (Apostila de Anatomia da Madeira)

Estrutura da madeira. C. Foelkel. Apostila Curso Mestrado CENIBRA/UFV. 85 pp. (1977)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ufv/01.%20Estrutura%
20da%20Madeira.%201977.PDF

Variabilidade no sentido radial de madeira de Pinus elliottii. C. E. B. Foelkel; M. Ferreira; J. H. Nehring; M. B. Rolim. IPEF 10:1-11. (1975)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr10/cap01.pdf

Qualidade macroscópica da madeira de Pinus elliottii, Pinus taeda e Araucaria angustifolia oriundas de reflorestamentos jovens. M. F. Barboza; D. A. Gatto; L. Oliveira; M. T. Muller; L. Calegari; D. M. Stangerlin; R. Trevisan. XVI Congresso de Iniciação Científica. 4 pp. (2001)
http://www.ufpel.edu.br/cic/2007/cd/pdf/CA/CA_00364.pdf

Características de crescimento e densidade da madeira juvenil e adulta de Pinus taeda L. J. A. Francelino; E. C. Leonello; H. A. L. Palma. 15º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP. 1 pp. (2007)
http://www.usp.br/siicusp/15Siicusp/4790.pdf

X-ray based tree ring analyses. J. Lindeberg. Tese de Doutorado. Swedish University of Agricultural Sciences. 25 pp. (2004)
http://diss-epsilon.slu.se/archive/00000462/01/silvestria299.pdf

Caracterização de anéis de crescimento de árvores de Araucaria angustifolia através de microdensitometria de raio X. N. J. Wehr; M. Tomazello Filho. Scientia Forestalis 58: 161-170. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr58/cap12.pdf


Variação da densidade básica da madeira produzida pela Araucaria angustifolia (BERT.) O. Kuntze em função dos anéis de crescimento.
M. B. Rolim; M. Ferreira. IPEF 9: 47-55. (1974)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr09/cap03.pdf

Climatic variation and tree-ring structure in conifers: empirical and mechanistic models of tree-ring width, number of cells, cell size, cell-wall thickness and wood density.
H. C. Fritts; E. A. Vaganov; I. V. Sviderskaya; A. V. shashkin. Clim. Res. 1: 97-116. (1991)
http://www.int-res.com/articles/cr/1/c001p097.pdf

Influência da precipitação e da temperatura na densidade dos anéis de crescimento de Pinus oocarpa. L. R. Trovati; E. S. B. Ferraz. IPEF 26: 31-36. (1984)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr26/cap05.pdf

A adubação mineral e seus efeitos sobre os anéis de crescimento da madeira de Pinus caribaea var. bahamensis. J. O. Brito; E. S. B. Ferraz. L. E. C. Barrichelo; H. T. Z. Couto. IPEF 32: 5-17. (1986)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr32/cap01.pdf

Influence of climate changes on tree-ring characteristics os Scots Pine provenances in Southern Siberia (Forest steppe). Y. V. Savva; F. H. Schweingruber; E. A. Vaganov; L. I. Milyutin. IAWA Journal 24(4): 371–383. (2003)
http://bio.kuleuven.be/sys/iawa/PDF/IAWA%20J%2021-25/
24%20(4)%202003/24(4)%20371-383.pdf

Influência de diferentes intensidades de desrama sobre a porcentagem de lenho tardio e quantidade de nós da madeira de primeiro desbaste de Pinus elliottii. A.C. Schilling; P.R. Schneider; C.R. Haselein; C.A.G. Finger. Ciência Florestal 8(1): 115 - 127. (1998)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal//artigos/v8n1/art11v8n1.pdf

Classificação de sítios florestais por meio da análise de tronco
. M.Z. Ferreira; M.A.M. Guimarães; J.R.S. Scolforo. Instituto Nacional Tecnologia Agropecuária Concórdia Argentina. 14 pp. (2006)
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/Forestales/
contenido/pdf/2006/posters06/297.Ferreira_Completo.pdf

Uso estrutural da madeira:

Resistência e rigidez da madeira Pinus.
A. W. Ballarin; H. A. L. Palma. REMADE nº 83. (2004)
http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=83&id=595

Propriedades da madeira de Pinus elliottii. P. N. Serpa; B. R. Vital. Website do Prof. Omar Daniel.
Artigo técnico elaborado pelo Professor da UFV Benedito Rocha Vital e pelo pesquisador da EPAGRI Pedro Nicolau Serpa. Apresenta a caracterização das principais propriedades da madeira de Pinus elliottii.
http://www.ufgd.edu.br/~omard/docs/a_matdid/silvicultura/Pinus_elliottii.htm

Determinação do módulo de elasticidade da madeira juvenil e adulta de Pinus taeda por ultra-som. A. W. Ballarin; M. Nogueira. Eng. Agríc. 25(1): 19-28. (2005)
http://www.scielo.br/pdf/eagri/v25n1/24867.pdf

Características estruturais da madeira de Pinus elliottii Engelm aos 30 anos de idade. C. R. Haselein; E. Cechin; E. J. Santini; D. A. Gatto. Ciência Florestal 10(2): 135-144. (2000)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v10n2/art11v10n2.pdf

Critérios para classificação visual de peças estruturais de Pinus sp. M.R. Carreira; A.A.Dias. PANNDT 2003. 10 pp. (2003)
http://www.aaende.org.ar/sitio/biblioteca/material/T-070.pdf

Uso da madeira para celulose e papel:

Pinus elliottii: Fibra longa para a produção de celulose kraft. C. Foelkel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 11 pp. (1977)
Artigo com muito boa descrição das variações em qualidade da madeira e da celulose kraft dos dois tipos de lenho: inicial e tardio.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/1977.%20Pinus%20elliottii.pdf

Celulose kraft de madeiras juvenil e adulta de Pinus elliottii. C. E. B. Foelkel; L. E. G. Barrichelo; W. Garcia; J. O. Brito. IPEF 12: 127-142. (1976)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr12/cap05.pdf

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

Aspectos Gerais da Produção de Mudas de Pinus


Introdução - Importância da muda florestal

Mudas de boa qualidade são altamente relevantes para o sucesso de um reflorestamento, não apenas de Pinus, mas de qualquer espécie florestal. Assim, cuidados devem ser tomados desde a coleta das sementes que posteriormente virão a se tornar mudas.

As mudas devem ter boas qualidades genéticas e serem livres de pragas e doenças. Isto requer sementes certificadas, compradas de produtores de confiança, tendo estas elevado grau de pureza e germinação (Embrapa, 2008).

A escolha das espécies a produzir também é efetuada nessa fase precedendo a sua produção, devendo ser escolhidas as mais adaptadas ao clima, solo e topografia da região, além de se visar ao destino final da madeira. Sementes geneticamente melhoradas, clones (plantas com características idênticas às da planta mãe) e o uso de híbridos (plantas oriundas de cruzamentos entre duas espécies) são os materiais genéticos que se estão utilizando com mais freqüência atualmente (Embrapa, 2008).

Cabe lembrar que a produção de mudas é uma das etapas mais sensíveis e que exige maior mão-de-obra e conhecimento do produtor. Se alguma falha ocorrer nesta fase, toda a produção final poderá ser comprometida. Logo, vale a pena gastar mais dinheiro, tempo e cuidados com a produção de mudas como forma de prevenção de problemas futuros nos reflorestamentos, economizando em gastos com controle de pragas, doenças e principalmente diminuindo o tempo de corte, pelo melhor desenvolvimento das plantas. A produtividade do povoamento florestal é muito dependente da boa qualidade das mudas.

Aos reflorestadores que compram mudas já na fase do plantio, a procedência destas devem ser analisada, exigindo certificado fitossanitário, buscado sempre a melhor produtividade do povoamento florestal (Kronka et al., 2005).

Além da importância das sementes, existem outros fatores que afetam a qualidade das mudas, como: recipiente, substrato, irrigação, entre outros cuidados de manejo, os quais influem diretamente na produção da mudas de Pinus (Embrapa, 2008).

Devido às exigências do mercado e a produção cada vez mais mecanizada, novas tecnologias de produção de mudas de Pinus estão sendo estudadas, buscando a diminuição destes cuidados e resultados finais cada vez melhores. As mudas de qualidade com alta sobrevivência e arranque inicial em campo conduzem a plantas mais vigorosas e conseqüentemente resultados econômicos melhores com a produção (Novaes et al., 2002a).

Tipos de mudas de Pinus

Nos dias de hoje, existem dois tipos de mudas de Pinus os quais são comercializados para a maioria dos reflorestamentos no Brasil. Estes são: mudas em tubetes e mudas de raiz nua.

As mudas em tubete, pelas vantagens que oferecem, são as com melhor aceitação no mercado. Já as mudas de raiz nua são ainda muito utilizadas para reflorestamentos realizados no inverno na região Sul.

As mudas de raiz nua são inicialmente produzidas em canteiros, a semeadura é feita no solo do canteiro com auxílio de semeadora mecanizada. Quando as mudas apresentam tamanho adequado, são retiradas do solo com o auxílio de subsolador, sofrem poda das raízes e são transplantadas nos locais de florestamento. As mudas em raiz nua são muito pouco resistentes à seca, havendo necessidade de solo úmido para o seu transplante. Esta é uma das suas principais desvantagens (Daniel, 2008; Ambiente Brasil, 2008). Por outro lado, a poda das raízes ajuda a dar ao sistema radicular uma conformação adequada. O perigo estará então no mau plantio, enterrando-se a muda sem cuidado e deformando o sistema radicular.

Os tubetes proporcionam grandes vantagens à produção de mudas, como: diminuição de espaço de produção, facilidade de manuseio e irrigação, facilidade no transporte e menor mão-de-obra. Outra grande vantagem em relação às mudas de raiz nua é a possibilidade de plantio em todas as épocas do ano, suportando períodos secos e sofrendo menos no plantio. Desvantagens do método são o enovelamento, desenvolvimento inadequado e danificação das raízes laterais, o que pode prejudicar o crescimento e inclusive matar a muda, caso tenham que permanecer além do tempo normal no tubete. Por essa razão, muita atenção deve ser dada à qualidade do sistema radicular nas mudas produzidas em tubetes. Em experimento realizado por Novaes e colaboradores (2002a), comprovou-se tal desvantagem para a má conformação das raízes: foi observado o desempenho das mudas de Pinus taeda de raiz nua e em tubetes até os 24 meses após plantio. Os autores evidenciaram que as mudas em tubete apresentaram menores taxas de desenvolvimento em relação às mudas de raiz nua. Em experimento semelhante, os mesmos autores (Novaes et al.,2002b) observaram a regeneração das raízes laterais após 24 meses de plantio de mudas P. taeda e observaram que as de tubete apresentaram menor recuperação com relação às de raiz nua. Portanto, ao comprarem suas mudas de Pinus em tubetes, cuidem bem desse detalhe do sistema radicular vivo, ativo e sem enovelamentos.

Ambos os tipos de mudas podem ser plantadas com auxílio de plantadeiras mecanizadas já disponíveis no mercado brasileiro. Isto diminui o uso de mão de obra, facilita o plantio, sendo mais eficiente e rápido (Ambiente Brasil, 2008).

Manejo das mudas de Pinus

O manejo das mudas de Pinus envolve os principais cuidados que se deve ter desde a aquisição das sementes até a época do plantio, bem como a escolha da tecnologia de produção. Tais cuidados e escolhas influenciam na produção florestal e são extremamente relevantes para aumentar a produtividade dos povoamentos.

Recipientes e canteiros

A escolha do tipo de muda (em canteiro - raiz nua, ou em recipiente, com distintas embalagens), vai depender da espécie de pinheiro que se deseja plantar e também do tipo de reflorestamento e de sua finalidade (Kronka et al., 2005).

Os principais canteiros utilizados no Brasil são:

para raiz nua: semeadura diretamente no solo ou em canteiros com anteparos laterais. Estes anteparos podem ser feitos de vários materiais disponíveis na região, como tijolos, bambu, madeira, entre outros e têm finalidade de proteção para as mudas contra erosão e principalmente predadores (Daniel, 2008).
para embalagens: quando as mudas são semeadas diretamente em sacos plásticos, podem-se realizar canteiros para o melhor acondicionamento, manejo e manuseio destes recipientes. Estes canteiros geralmente tem 1 metro de largura por 10 a 20 m de comprimento, havendo rebaixamento do solo para tanto, ou ainda contendo proteções laterais (Kronka et al., 2005).
Além dos tubetes, há vários outros tipos de recipientes para Pinus disponíveis no mercado do mundo todo que servem para embalar e sustentar o substrato e as raízes das mudas. No Brasil, os principais são:
sacos plásticos: apesar de terem baixo custo, possuem grandes desvantagens como dificuldade de enchimento, requerendo maior mão-de-obra, fácil danificação, principalmente no transporte, enovelamento do sistema radicular, dificuldade de mecanização pelo peso das mudas, grande área de viveiro necessária e grande quantidade de substrato e de resíduos gerados (Kronka et al., 2005; Embrapa, 2008). Mesmo com todas estas desvantagens, este recipiente ainda está em uso no país (Embrapa, 2008).
laminados de madeira: semelhante ao saco plástico, apesar de não ter fundo, é um dos recipientes de menor custo, porém, requer época certa para plantio das mudas além de ser extremamente difícil o seu transporte. Por não possuir fundo, há o risco de desagregação do substrato, o que deixa a raiz exposta ao ar provocando seu secamento. A vantagem maior desse recipiente é que não exige sua retirada no momento do plantio, o que sempre colabora para algum stress na mudinha.
tubetes: Existem vários tipos de tubetes disponíveis no mercado. Além de serem muito leves, os tubetes podem ser reutilizados diversas vezes. Geralmente, o tubete mais utilizado para a maioria das espécies de Pinus é o de 50 cm³. Os tubetes são acondicionados lado a lado em bandejas ou mesas adequadas para seu uso. O enchimento deve ser feito com o substrato ligeiramente úmido para ser melhor acomodado, evitando o sua compactação e seu extravasamento pelo fundo do tubete, que é aberto para facilitar o escorrimento do excesso de água de irrigação (Embrapa, 2008).
Bandejas de isopor: utilizadas principalmente nas situações onde o viveiro pratica repicagens (Daniel, 2008).
Segundo Kronka et al. (2005), o recipiente deve ser escolhido levando-se em conta critérios como: fácil decomposição no solo (como é o caso da taquara ou tubete de lâmina de madeira), ter boa drenagem e também reter umidade de forma adequada, facilidade para transporte e para enchimento com substrato, resistência ao manuseio e ao encanteiramento e que não danifique nem promova o enrolamento radicular. Segundo Novaes e colaboradores (2002a), ainda não se encontrou um recipiente que atenda a todas as necessidades e demandas dos reflorestamentos mecanizados. Por este motivo, apesar das desvantagens do tubete, este recipiente proporcionou o desenvolvimento do viveiro contínuo de produção de mudas, podendo ser adotadas linhas de produção ocorrendo em sucessivas operações (Moro apud Kronka et al., 2005).

Dormência de sementes
Uma das principais operações realizadas com as sementes de Pinus é a quebra da dormência, que se torna indispensável para as espécies de clima temperado e proporciona maior uniformidade de germinação. No caso das espécies de pinheiros tropicais, a quebra da dormência das sementes não é necessária, realizando-se apenas a retirada das sementes flutuantes após a embebição em água (Embrapa, 2008). Em mini-artigo futuro, deveremos escrever mais sobre as sementes dos Pinus e os cuidados com as mesmas.

Semeadura
Segundo Ambiente Brasil (2008) a semeadura é realizada de acordo com o tipo de muda de Pinus que se pretende obter, havendo três tipos:

sementeiras para repicagem: quando as sementes germinam em recipientes menores ou canteiros e, depois, como plântulas, são transplantadas (repicadas) para outros de maiores dimensões onde vão permanecer até a hora do plantio. Segundo Daniel, 2008, a repicagem é indicada quando há germinação inferior a 75 %, especialmente em pinheiros tropicais.
semeadura em recipientes encanteirados: as plantas permanecem no mesmo recipiente desde a semeadura, sendo somente retiradas para transporte e plantio na época e tamanho adequado. Os recipientes podem ser tubetes, sacos plásticos, taquaras, etc. No caso de tubetes, já existem máquinas especializadas operando desde o enchimento do tubete até a semeadura. Estas máquinas são chamadas de mesas vibratórias e semeadoras de sucção (Embrapa, 2008; Landis, s/d -b).
semeadura diretamente no solo para produção de mudas em raiz nua: semente semeada diretamente no solo ou em canteiros, onde se desenvolvem até adquirirem o tamanho adequado para o plantio, quando são arrancadas e, após poda das raízes, são acondicionadas em caixas plásticas ou cestos com esponjas fenólicas molhadas e mantidas em local fresco e sombreado durante o transporte e plantio, tempo que não deve exceder uma semana.

Após semeadura, as mudas de Pinus, em qualquer um dos sistemas de produção, somente poderão ser transplantadas após terem adquirido sistema radicular bem desenvolvido e também possuírem de 20 a 30 cm de altura (Embrapa, 2008; Ambiente Brasil, 2008).

Substratos
Denomina-se substrato o meio em que as raízes das mudas se desenvolvem, tendo também a função de proteção, de suporte físico à parte aérea e de fornecimento de todos os nutrientes, água e oxigênio necessários (Ambiente Brasil, 2008).

Para as mudas de Pinus de raiz nua o solo é o próprio substrato, sendo este adubado, e recebe as sementes, suportando as mudas para posterior retirada ao atingir o tamanho ideal para plantio. Não é apropriada a utilização de solo puro como substrato para mudas em recipientes, principalmente em tubetes. Isto se deve pelo peso elevado, o que dificulta o manuseio, a possível presença de patógenos, podendo disseminar doenças e sementes invasoras que podem prejudicar o desenvolvimento do Pinus (Embrapa, 2008), além de problemas ambientais causados pela remoção de solo do ambiente.

Os substratos mais utilizados em recipientes para mudas de pinheiros no Brasil são: turfa, cinza de caldeira de biomassa, vermiculita, casca de árvore ou de arroz carbonizada, composto orgânico, etc. Tudo vai depender da disponibilidade destes materiais ao produtor, bem como o tipo de recipiente, a espécie semeada, tipo de irrigação e aspectos econômicos envolvidos (Ambiente Brasil, 2008; Embrapa, 2008). Diferentes materiais são misturados para compor o substrato, em proporções que confiram porosidade, agregação, aeração, retenção de água e de nutrientes e suprimento de nutrientes adequados ao desenvolvimento das mudas. A mistura pode ser feita com betoneiras ou com o auxílio de pás.

O site da Embrapa disponibiliza algumas das proporções de mistura de substratos mais comuns para a produção de mudas. O substrato deve estar homogêneo e umedecido para o seu acondicionamento no recipiente. Acessem e conheçam a opinião dos técnicos da Embrapa Florestas
(http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pinus/CultivodoPinus/05_producao_de_mudas.htm)

Ambiente Brasil (2008) recomenda um substrato para Pinus misturando turfa e vermiculita nas proporções de 2:1, respectivamente.

Os substratos a serem utilizados devem estar livres de patógenos, recomendando sua esterilização. Uma das técnicas mais utilizadas para isso é a solarização (Embrapa, 2008), aquecimento ou fumigação com agrotóxicos (Ambiente Brasil, 2008).

Alguns produtores espalham acículas de Pinus para a preservação da umidade do substrato, para a proteção das semente e também para assegurar que esporos de micorrizas se espalhem no substrato (Daniel, 2008). Deve ser lembrado que as acículas podem ser inóculo de doenças que poderão afetar as mudas. A solução para evitar as doenças sem abrir mão das micorrizas é o uso de inoculantes micorrízicos industriais, produzidos em condições controladas.

Adubação e micorrizas
Existem duas formas mais comuns de adubação das mudas de Pinus no Brasil, as quais também obedecem o sistema de semeadura das mudas:

Adubação química do solo é feita diretamente no solo para as mudas de raiz nua, o que muitas vezes ocorre mecanicamente através de revolvimento do canteiro e incorporação ou adubação diretamente na linha de semeadura.

É importante a realização de análise de fertilidade do solo ou substrato que irá receber as sementes de Pinus, efetuando a adubação, se necessário, de acordo com o recomendado para a planta. A adubação também pode ser feita posteriormente à semeadura no solo, podendo ser utilizada a Adubação orgânica (Ambiente Brasil, 2008).

Para adubação em recipientes, Embrapa (2008) recomenda a mistura de adubos como fosfato simples, sulfato de amônio, e cloreto de potássio em quantidades de acordo com as misturas de substratos sugeridas.

Fraysse & Crémière (1998) estudaram diferentes épocas e formas de adubação (NPK) em mudas de Pinus pinaster em recipientes a campo. Os autores observaram que as mudas se desenvolveram melhor quando a adubação nitrogenada foi realizada em várias porções ou quando o adubo era de liberação lenta.

Rodríguez-Trejo e White (2003) avaliaram o acúmulo de amidos em diversas partes de mudas de Pinus pinaster de raiz nua submetidas a doses extras de fertilizantes. Foram comparadas 2 e 4 aplicações quinzenais de 57 kg de N por hectare e testemunha durante todo o outono. Nas plantas que receberam as menores doses de N as raízes apresentaram maiores quantidades de reservas e conseqüentemente maiores condições para se estabelecer e enfrentar as baixas temperaturas do inverno. Adubação em excesso pode não ser indicada, especialmente de nitrogênio, como visto.

Caldeira et al. (2007) estudaram o desenvolvimento de mudas de Pinus elliottii em tubetes contendo diferentes concentrações de vermicomposto em seus substratos. Aos 100 dias de experimento já se observaram variações no desenvolvimento das mudas: as que apresentaram melhor qualidade foram com 20 e 40 % de volume total de vermicomposto no substrato.

Em estudos de fertilização com mudas de P. strobus, Lister (1967) observou melhores resultados quando a adubação foi moderada, principalmente para nitrogênio e fósforo. Altas concentrações destes mesmos nutrientes inibiram a associação de micorrizas e também diminuíram o desenvolvimento radicular.

A inoculação de fungos micorrízicos em solos e substratos de viveiros vem se tornando uma prática cada vez mais comum, especialmente para os Pinus. A associação raízes X fungos micorrízicos traz inúmeros benefícios para a muda, aumentando a sua capacidade de absorção de umidade e nutrientes e ajudando tanto o desenvolvimento radicular como o da parte aérea.

Além disso, as micorrizas evitam o surgimento de algumas doenças letais como o "damping off" (Landis, s/d-a; Daniel, 2008).

Muitos viveiristas utilizam um pouco de solo de reflorestamentos antigos de Pinus (manta orgânica superficial decomposta) para a disseminação de esporos de fungos micorrízicos nos substratos das mudas de Pinus (Embrapa, 2008). Já existem empresas especializadas na venda de fungos micorrízicos especializados à espécie de pinheiro que se pretende plantar, aumentando ainda mais o desenvolvimento das mudas (Daniel, 2008).

Silva et al. (2002) avaliaram diferentes estirpes de micorrizas no desenvolvimento de mudas de Pinus elliottii em solos arenosos. Como resultados, uma das estirpes mostrou-se mais eficiente, aumentando a área de absorção das raízes das mudas, comparada à da testemunha. Portanto, lembre-se de fazer a melhor seleção de sua micorriza também.

A maioria dos substratos disponíveis no mercado já possui adubação. Logo, neste caso, não se recomenda a sua fertilização (Embrapa, 2008).

Irrigação
Um dos principais fatores que influem no desenvolvimento das mudas de Pinus é a irrigação. Tanto excesso como falta de água podem comprometer o crescimento das plantas. Logo, o sistema de irrigação deve ser escolhido de acordo com o recipiente da muda, sua espécie, substrato, estação do ano e mão-de-obra disponível (Embrapa, 2008; Higashi e Silveira, s/d). Os principais equipamentos utilizados para irrigação das mudas de Pinus são aspersores, mangueiras e regadores (Ambiente Brasil, 2008).

A fase de germinação da semente é considerada uma das mais sensíveis, recomendando-se a irrigação mais freqüente, leve, em horas adequadas e em curtos espaços de tempo. A falta de água nesta fase pode provocar a desuniformide das mudas. Já o excesso pode facilitar o surgimento de algas verdes, competindo com as mudas por nutrientes, espaço e outros fatores (Embrapa, 2008). A água em excesso é também veículo para remoção de nutrientes e agroquímicos dos substratos.

Após a germinação, a irrigação deve ser mais abundante; contudo, cuidados com encharcamento devem continuar.

Na fase de rustificação para mudas em tubetes, quando estão prestes a serem plantadas, recomenda-se diminuição da irrigação para melhor adaptação ao novo ambiente. As irrigações passam a ser feitas duas vezes por dia e uma semana antes do transplante, apenas uma vez.

Para todos os tipos de muda, o horário de irrigação é um aspecto muito importante, principalmente para plântulas. Em dias muito quentes ou muito frios, recomenda-se a irrigação no começo da manhã e no final da tarde (Ambiente Brasil, 2008).

Em viveiros sujeitos a geada durante o inverno, a irrigação nas primeiras horas da manhã é fundamental na diminuição dos danos às mudas e na liquidificação do gelo depositado durante a noite (Ambiente Brasil, 2008; Embrapa, 2008).

O sombreamento das mudas durante o verão também é recomendado visando menores perdas de água (Ambiente Brasil, 2008; Embrapa, 2008).

Pragas e doenças
As doenças em mudas de Pinus geralmente estão associadas com o manejo e monitoramento inadequados. Os principais problemas fitossanitários nos Pinus nesta fase podem diminuir o crescimento, comprometer o sistema radicular, ocasionando inclusive a morte das mudas. Doenças como podridão da raiz e tombamento são as mais comuns nos viveiros brasileiros e medidas culturais como diminuição da irrigação, da densidade e do sombreamento são recomendadas como forma de controle (Embrapa, 2008; Ambiente Brasil, 2008; Landis, s/d-a e s/d-b).

As pragas mais comuns que atacam viveiros de pinheiros são as formigas cortadeiras e os pulgões. Vários estudos estão se realizando objetivando formas de controle menos danosos ao meio ambiente e buscando a substituição ao controle químico (Landis, s/d-a).

Novas tecnologias de produção, melhorias ambientais e sociais

As novas tecnologias de produção de mudas de Pinus não somente buscam melhorias econômicas, mas também sociais e a preservação dos recursos naturais locais.

A reciclagem da água de fertirrigação, a reutilização de substratos e tubetes já são realidade para alguns viveiros (Produção de Mudas na Cenibra, 2006).

A preocupação com o bem-estar do empregado e conseqüentemente aumento de seu rendimento também é uma preocupação constante para muitos viveiros de produção de mudas. Assim, medidas ergonômicas estão sendo criadas e mantidas em viveiros comerciais. Exemplos disso são mesas e bandejas contendo rodas e trilhos, facilitando seu manuseio (Kronka et al., 2005).

Em todo o mundo novas tecnologias de produção de mudas de Pinus estão sendo estudadas, avaliadas e incorporadas no sistema de produção. Todas as tecnologias alternativas às formas convencionais de produção visam maiores vantagens como, menor mão-de-obra, menos espaço, maior pegamento das mudas, qualidade de produção e conseqüentemente melhora na produção final. A seguir destacaremos algumas das novas tecnologias já disponíveis no mercado e implantadas por produtores de Pinus no país.

Estaquia, enxertia e cultura de tecidos
Higashi e Silveira (s/d) ressaltam que a estaquia e microestaquia são técnicas bastante utilizadas para a obtenção de mudas de Pinus clonais. Retiram-se os ápices caulinares, chamados de cepas ou minicepas, da planta matriz e acondicionam-se em calhetão ou outras estruturas contendo areia, espuma fenólica ou outros componentes para substrato para promover o enraizamento. As áreas do viveiro contendo plantas matrizes com estes sistemas são denominados de jardins clonais. Estes, geralmente requerem locais protegidos como casas de vegetação, casa de nebulização e local sombreado para melhor pegamento e aclimatação das estacas. A vantagem do sistema é a obtenção de mudas com características genéticas idênticas às da planta mãe, sabendo-se como manejá-las adequadamente e utilizando ao máximo os progressos do melhoramento genético. A clonagem do Pinus radiata no Chile é a forma dominante de produção de mudas, usando-se a técnica de se clonar famílias e não apenas um indivíduo.

A enxertia é uma técnica bastante utilizada para os Pinus visando à formação de árvores adultas menores e com características de raiz e copa distintas de acordo com enxerto e porta enxerto, respectivamente (Daniel, 2008). A enxertia visa especialmente à produção de plantas para formação de pomares de sementes selecionadas.

A técnica de cultura de tecidos é considerada uma das de mais alta tecnologia para a produção de mudas e consiste na utilização de pequenos segmentos de tecidos vegetais ou até mesmos células para regeneração de novas plantas clonais em meio asséptico contendo substâncias e hormônios estimulantes. Também conhecida como micropropagação, é considerada bastante vantajosa por desenvolver mudas clonais necessitando um número muito pequeno de plantas matrizes. Utiliza-se a cultura de tecidos no melhoramento genético de espécies de Pinus pela diminuição do tempo necessário para a visualização dos resultados esperados (Daniel, 2008). Outra vantagem da cultura de tecidos é acelerar o rejuvenescimento do material vegetal, o que facilita o enraizamento das estacas.

Fertirrigação e hidroponia
Segundo Embrapa (2008) existem 3 tipos de fertirrigação que podem ser realizadas pelo produtor: adubação de arranque, de crescimento e de rustificação. Todas são feitas para mudas em tubete, com o adubo diluído em água. A absorção da solução nutritiva pela planta é chamada de fertirrigação.

Higashi & Silveira (s/d) afirmam que a fertirrigação por gotejamento é a forma de adubação ideal para mudas clonais de Pinus desenvolvidas por estaquia. A concentração de adubos existente na solução nutritiva varia de acordo com a espécie, idade da planta e época do ano. Os mesmos autores ressaltam que a fertirrigação possui vantagens em relação a adubação convencional por ser absorvida mais rapidamente pela planta e fornecendo resultados mais imediatos. Ainda existem poucos dados referentes a esta técnica para espécies de Pinus, sendo a fertirrigação e seus efeitos bastante estudados atualmente.

Técnicas de hidroponia onde se tem o desenvolvimento de mudas sem substrato, sendo estas nutridas com soluções nutritivas aeradas, também estão sendo estudadas para os Pinus (Machlis & Torrey apud Novaes et al., 2002a). Apresentam grandes pontos positivos, por controlar de forma mais adequada os nutrientes, permitindo o desenvolvimento de mudas de melhor qualidade e com maior rapidez e por reduzir o tempo de produção da muda pela metade. A hidroponia ainda diminui o consumo de água e promove a automatização do sistema (Nutrição Florestal, 2000).


Considerações finais

De acordo com Novaes e colaboradores (2002a), as técnicas de produção de mudas de Pinus não evoluíram na mesma velocidade que as etapas posteriores a esta (plantio, desbastes, colheita...). Isto fez com que pesquisas estejam sendo feitas em todas as partes do mundo a fim de compensar este atraso e trazer ganhos à etapa considerada mais sensível e de alta relevância na produção de Pinus.

Recomenda-se ao produtor de mudas de Pinus que esteja sempre se atualizando sobre as novas tecnologias de produção, adquirindo conhecimento e informações que venham acrescentar melhoria contínua tanto na qualidade como na sustentabilidade de sua produção.

Aos interessados por conhecer mais sobre a produção de mudas, seguem alguns endereços eletrônicos de viveiros especializados na produção de mudas de Pinus. Muitos destes websites disponibilizam fotos dos viveiros, dicas e descrição das técnicas de cultivos. Outros, possuem material bibliográfico para ser acessado.

Acerca de viveiros comerciais para produção de mudas:

AgroFior – Produção de Mudas: http://www.agrofior.com/index.php?pag=menu&idmenu=31
Bortoli Mudas Florestais: http://www.bortolimudasflorestais.com.br/site/redirect.php?id=2
Centro Tecnológico de la Planta Forestal: http://www.ctpf.cl
Ecoar Florestal: http://www.ecoarflorestal.org.br/viveiros_padroes.asp
EucaPinus: http://www.eucapinus.com
Ecossistemasol: http://www.ecossistemasol.com/html/viveiros.html
Floracoop: http://www.floracoop.com.br/html/index.php?id=conteudos&i=7
Forestal Mininco: http://www.mininco.cl/VentPlanSemi.htm
Masterplant Sur: http://www.masterplant.cl
MECPREC - Mecânica de Precisão: http://www.mecprec.com.br; http://www.mecprec.com.br/fotos.html
Moeda Verde: http://www.moedaverde.com.br/mudas.htm
Reflorest Viveiros Florestais: http://www.reflorestmudas.com.br/pinus.html
Rohrbacher Florestal: http://www.rohrbacher.com.br/PROD_mudas.asp
Trilha Verde: http://www.trilhaverdemudas.com.br/sementes.php?mudas-florestais=Sementes-Florestais
TerraPinus: http://www.terrapinus.com.br
Tecnoplanta: http://www.tecnoplanta.com.br
Uniplant: http://www.uniplant.com.br
Vida: http://www.vida-e.com.br/vida_produtos-a.asp
Viflona: http://www.viflona.com.br
Viveiros Weber: http://www.viveirosweber.com.br
Vivero Brambilla: http://www.viverobrambilla.com.ar

Galerias de fotos de viveiros de Pinus

Além das excelentes fotos de mudas e de viveiros que se podem encontrar nos websites acima referenciados de viveiros comerciais, sugerimos uma navegada nas páginas abaixo para maior visualização de belas fotos desses pequenos seres vivos que são as mudinhas dos Pinus.


http://www.treedazzled.com/photos/shoots_trees_050218/dscn0550w.html
http://forestry.about.com/od/plantingandreforestation/ig/Artificial-Regeneration
http://www.flickr.com/photos/joeysplanting/sets/72157594192601771
http://picasaweb.google.com/innovgreen.kontum


Referências bibliográficas

Observations on the growth and physiology of Pinus strobus L. seedlings grown under various conditions of soil moisture, nitrogen and phosphorus nutrition. G. R. Lister. Tese de Doutorado Simon Fraser University. 101 pp. (1967)
http://ir.lib.sfu.ca/dspace/retrieve/1848/b13777087.pdf

Nursery factors influencing containerized Pinus pinaster seedlings' initial growth. J. Y. Fraysse; L. Crémière. Silva Fennica 32(3):261-270. (1998)
http://www.metla.fi/silvafennica/full/sf32/sf323261.pdf

Nutrição Florestal. Notícias IPEF 24:149. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/ipefnoticias/ipefnoticias149.pdf

Desempenho de mudas de Pinus taeda produzidas em raiz nua e em dois tipos de recipientes, 24 meses após plantio. A.B. Novaes; J. G. A. Carneiro; D.J. Barroso; P.S.S. Leles. 9 pp. (2002a).
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/viewFile/2341/1956

Avaliação do potencial de regeneração de raízes de mudas de Pinus taeda L., produzidas em diferentes tipos de recipientes, e o seu desempenho no campo. A. B. Novaes; J. G. A. Carneiro; D. G. Barroso; P. S. S. Leles. Revista Árvore 26(6): 675-681. (2002b)
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v26n6/a04v26n6.pdf

Produção de mudas de Pinus (Pinus elliottii) em solo arenoso inoculadas com fungo micorrízicos. T. M. B.Silva; R. F.Silva; R. Andreazza; Z.I. Antoniolli. IV Reunião Sul Brasileira. 4 pp. (2002).
http://w3.ufsm.br/ppgcs/congressos/IV_Reuniao_Sul_Brasileira2002/12.pdf

Influência de vermicomposto na produção de mudas de Pinus elliottii Engelm. M. V. W. Caldeira; M. V. Schumacher; E. R. V. Oliveira; E. L. P. Luciano; F. Watzlawick. Revista Acadêmica: ciências agrárias e ambientais 1(3):47-53. (2003)
http://www2.pucpr.br/reol/index.php/ACADEMICA?dd1=904&dd99=pdf

Fertilización nitrogenada y concentración de carbohidratos em plântulas de Pinus palustris Mill. producidas a raiz desnuda. D. A. Rodríguez-Trejo; M. L. Duryea; T. L. White. Revista Acadêmica: ciências agrárias e ambientais 1(3):47-53 . (2003)
http://www.colpos.mx/agrocien/Bimestral/2002/nov-dic/art-6.pdf

A cultura do Pinus no Brasil. F. J. N. Kronka; F. Bertolani; R. H. Ponce. Editora Páginas & Letras. 153 pp. (2005)

Produção de mudas na Cenibra. Seminário IPEF de Atualização e Integração em Florestas Plantadas. Apresentação em PowerPoint:36 slides. (2006)
http://www.ipef.br/eventos/2006/integracao/Palestra05.pdf

Produção de mudas e recomendações de adubação no viveiro para pequenos produtores. P.H.M. Silva; L.M. Stein. IPEF Silvicultura e Manejo Florestal. (2008)
http://www.ipef.br/silvicultura/producaomudas.asp

Cultivo do Pinus- Produção de mudas. EMBRAPA Florestas. Disponível em 20 de junho de 2008
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pinus/
CultivodoPinus/05_producao_de_mudas.htm

Ambiente Brasil – Produção de mudas. Portal Ambiente Brasil. Disponível em 20 de junho de 2008
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./florestal/
index.html&conteudo=./florestal/viveiros.html
(Viveiros e produção de mudas)
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./florestal/
index.html&conteudo=./florestal/viveiros.html#producao
(Produção de mudas)
http://www.ambientebrasil.com.br/composer.php3?base=./florestal/
index.html&conteudo=./florestal/pinus.html
(Produção de mudas de Pinus)

Fertirrigação em viveiros de mudas de Eucalyptus e Pinus. E. N. Higashi; R. L. V. A. Silveira. RR Agroflorestal. 48 pp. (Sem data disponível)
http://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/culturas/eucalipto_pinus/nutricao_eucalipto_5_1.pdf

Produção de mudas e viveiros florestais. Nutrição de plantas. O. Daniel. Universidade Federal da Grande Dourados. 32 pp. (2008)
http://www.ufgd.edu.br/~omard/docs/a_matdid/silvicultura/Sil_04_MudViveiros_CII.pdf

Manual de viveros para la producción de especies forestales en contenedor a. El Componente Biológico: Plagas, Enfermedades y Micorrizas en el Vivero. Manejo de Plagas y Enfermedades. T. D. Landis. Centro Tecnológico de la Planta Forestal Chile 1 (5): 1-93. (Sem data disponível)
http://www.ctpf.cl/documentos/volumen5/volumen5_cap1.pdf

Manual de viveros para la producción de especies forestales en contenedor b. Control del Ambiente y Equipo para la Producción. T. D. Landis. Centro Tecnológico de la Planta Forestal Chile 1 (4):104-129. (Sem data disponível)
http://www.ctpf.cl/documentos/volumen1/volumen1_cap4.pdf

Instalación de un vivero forestal. G. Basil; L. Lugano; M. Leanza. Hoja divulgativa nº 22. INTA/SAGPyA Argentina. 4 pp. (Sem data disponível)
http://www.guiaforestal.com/Descargas_Usuarios/
Manuales_guias/Instalacion_vivero_forestal.pdf

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