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Editorial

Caros leitores e público interessado pelos Pinus

Já estamos publicando a décima edição da PinusLetter, que traz temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para sua leitura. Nessa edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e Pináceas, bem como à preservação de recursos florestais e à sustentabilidade das plantações florestais, entre outros.

A seção "Os Pinus no Brasil", destaca as principais características do "Pinus kesiya", também conhecido como "Pinus insularis". Este pinheiro tropical originário da Ásia apresenta boa qualidade de madeira, possuindo grandes ganhos volumétricos em reflorestamentos experimentais em algumas regiões onde foi introduzido, inclusive no Brasil. Trata-se portanto, de uma espécie com boa potencialidade como alternativa de produção de madeira. Além disso, possui potencial para a atividade resinífera. Leiam os links indicados e saibam mais sobre sua descrição e importância.

Nossa PinusLetter mais uma vez retorna com temas referentes ao setor mobiliário, abordando "Móveis de Pinus no Brasil". O texto apresenta a importância dos Pinus para a produção de móveis no país, abrangendo a sua trajetória, desde que foi inserido no mercado brasileiro até os dias atuais. Apresenta-se ainda os principais pólos moveleiros que utilizam a madeira dos Pinus, os tipos de móveis confeccionados dessa matéria-prima, os principais destinos, importância econômica e social, dentre outros aspectos. Há ainda em destaque os problemas e desafios dos pólos moveleiros da madeira dos Pinus para o futuro.

A sessão "Referências Técnicas da Literatura Virtual" dá espaço para literaturas internacionais em "Artigos de Instituições de Pesquisa". A primeira que será abordada será o "Laboratório Tecnológico do Uruguai" (LATU), que em seu setor de pesquisas florestais elaborou inúmeras investigações sobre as características físico-mecânicas e químicas da madeira de Pinus de diversas regiões de seu país.

Confira ainda os "Pinus-Links" e as "Referências de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados e materiais dos cursos e eventos referenciados.

A pedido de leitores e interessados em produtos de Pinus no Brasil, o mini-artigo técnico dessa presente edição discorre sobre o tema "Produção de Páletes de Pinus". Aos que pensam que os páletes podem somente ser produzidos da madeira, se enganam. A produção de páletes descartáveis de papelão (produto também obtido dos Pinus) está tendo grande aceitação no mercado. O mini-artigo traz as vantagens do uso de páletes, os diferentes tipos, produção, qualidade, medidas fitossanitárias e legislações brasileiras e internacionais vigentes sobre o assunto.

Aos patrocinadores, dizemos o nossos "muito obrigado(a)" pelo grande apoio, incentivo e ajuda em levar ao público alvo, que cada vez é maior, conhecimento a respeito das árvores fantásticas que são os Pinus.

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias qualidades desse gênero para as plantações florestais no Brasil e na América Latina, levando sempre mais conhecimento também sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.

Agradecemos nossos dois patrocinadores:

ABTCP
- Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

CRA - KSH - Conestoga-Rovers & Associates (http://www.craworld.com/en/corporate/southamerica.asp)

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

Pinus kesiya (P. insularis)

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Laboratório Tecnológico do Uruguai - (LATU)

Referências de Eventos e de Cursos


Pinus-Links

Móveis de Pinus no Brasil

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
Produção de Páletes de Pinus

Os Pinus no Brasil: Pinus kesiya (P. insularis)


Pinus kesiya, sinônimo de Pinus insularis, é um pinheiro tropical nativo da região nordeste da Índia. P. kesiya possui uma série de nomes comuns. No idioma inglês, é bastante conhecido como “Khasi Pine”, nome originário do mesmo lugar de onde esse pinheiro é indígena (montanhas Khasi). A distribuição natural de P. kesiya se estende para outros países da Ásia, sendo encontrado com abundância em grande parte da Tailândia, no sul da China, no Vietnam e nas Filipinas. Nesse último país, é a árvore predominante na ilha de Luzon, onde é chamado de “Benguet Pine”, também na língua inglesa. Nessa região, este pinheiro recebe o nome de P. insularis; contudo, taxonomistas afirmam que na verdade trata-se de uma sinonímia para P. kesiya. Em Baguio, uma das principais cidades da ilha ao norte nas Filipinas, a presença de P. insularis é tão abundante que a própria cidade chega a ser chamada carinhosamente de “a cidade dos pinheiros” (Wikipédia, 2008).

As árvores de P. kesiya podem alcançar alturas que variam entre 30 e 35 m. Possuem tronco bastante cilíndricos e fortes, com casca grossa, de coloração marrom escura, com fissuras longitudinais. A partir dos dois anos de idade, P. kesiya apresenta coloração marrom avermelhada em seus galhos, que se tornam também bastante robustos, crescendo na maior parte das vezes no sentido horizontal. As folhas são pontudas, agrupadas em três por fascículo, de 15 a 20 cm de comprimento e possuem coloração verde escura. Os pecíolos das folhas são persistentes e possuem 1 a 2 cm de comprimento. A estrutura reprodutiva feminina desse pinheiro (cones), possui formato ovóide e freqüentemente se curva para baixo. Quando o cone está maduro pode chegar a 9 cm de comprimento. Suas sementes são aladas, medindo de 1,5 a 2,5 cm com asas e 6 a 7 mm de comprimento, quando desaladas. Em sua região de origem, P. kesiya pode se desenvolver juntamente com outras árvores de folhosas ou em populações contendo apenas sua própria espécie.

P. kesiya é um pinheiro dito tropical por se desenvolver em regiões quentes da Ásia e de outras localidades próximas aos trópicos onde já foram introduzidas, como no Brasil. Ele se desenvolve bem em altitudes que variam de 600 a 2700 m.

Sua madeira possui coloração amarelo clara com inúmeros canais resiníferos e tem pouca longevidade na floresta ao natural. Ela exige tratamentos contra apodrecimento precoce, ataque de térmites, entre outros agentes depreciantes. A densidade básica da madeira desse pinheiro é similar à de outras espécies de pinheiros, em geral baixa. A madeira apresenta rápida taxa de secagem e baixos índices ou mesmo ausência de distorção, rachaduras e colapso.

Além da utilização da madeira tratada para a serraria, carpintaria, lenha, produção de papel, celulose e móveis, P. kesiya apresenta boa qualidade de terebintina e breu, sendo bastante usada para a resinagem em várias regiões do mundo. Brito et al. (1980) compararam a qualidade dos produtos da resinagem de diversas espécies de Pinus no Brasil. Como resultados, P. kesiya se sobressaiu à maioria das espécies de pinheiros estudados em termos de qualidade de compostos químicos dos produtos da resina.

Hansen et al. (2003) compararam algumas populações de P. kesiya em várias localidades onde ocorreu a sua introdução em reflorestamentos. Os autores observaram que os locais onde as árvores tinham crescimento mais demorado eram onde havia melhor densidade de madeira e também troncos mais eretos (ou retilíneos). Tais locais foram Vietnam e Madagascar, onde também registraram-se dados de maior adaptabilidade dessas populações de pinheiro frente às outras estudadas.

Apesar de já haver povoamentos de P. kesiya no Brasil, poucos dados foram encontrados sobre a sua adaptabilidade às nossas regiões; contudo, pesquisas científicas destacam seu potencial para a resinagem. Ferreira et al. (1981) apontaram que esta espécie de pinheiro vem sendo plantada no estado de São Paulo para suprir a demanda de madeiras moles e de fibras longas no mercado. Os autores observaram grande quantidade de árvores bifurcadas e tortuosas nesses reflorestamentos, depreciações compensadas pela alta produção de madeira, que em termos volumétricos foi considerada ótima.

Há abaixo mais informações disponíveis sobre P. kesiya, incluindo pesquisas feitas com esse pinheiro no mundo e no nosso país. Confiram suas propriedades da madeira, histórico e origem, nomes comuns e científicos, sua resinagem, entre outras tantas utilidades que possui.


Wikipédia - Pinus insularis ou Pinus kesiya. (Português e Inglês)
As informações disponíveis sobre Pinus kesiya podem ser encontradas na língua portuguesa na enciclopédia virtual Wikipédia, onde há breve descrição taxonômica, além da origem da espécie. No idioma inglês, este pinheiro é descrito sob seu nome comum ("Khasi pine"), disponibilizando-se, além do já mencionado no idioma português, um bom material descritivo da história do pinheiro, de seu nome comum, época de floração e de maturação dos cones femininos. Verifiquem as características morfológicas da árvore e de sua madeira também nesse texto.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_kesiya (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Khasi_Pine (Inglês)

Pinus kesiya- CIRAD Forest Department. (Inglês)
Documento que apresenta algumas das principais características de P. kesiya. Há descrição das propriedades mecânicas e físicas da madeira, sua durabilidade natural e quando tratada, também os principais nomes comuns da espécie e onde há alguns de seus principais povoamentos, tanto naturais como plantações exóticas. Confiram:
http://tropix.cirad.fr/asia/pinuskesiya.pdf


Pinus kesiya - The Gymnosperm Database. (Inglês)

A webpage que caracteriza espécies de coníferas do mundo “The Gymnosperm Database” não poderia deixar de fora o Pinus kesiya. Além do nome comum da espécie em sua região de origem, o site apresenta informações como: a taxonomia, a descrição morfológica das principais partes da árvore, o uso da madeira e a sua distribuição geográfica.
http://www.conifers.org/pi/pin/kesiya.htm

Khasia pine. (Inglês)

Esta webpage possui duas fotos do pinheiro (P. kesiya) em sua região de origem. Na primeira há uma mulher coletando resina e na segunda um bosque dessas árvores.
http://www.forestryimages.org/browse/subthumb.cfm?sub=4534&start=1


Benguet Pine - Khasia Pine. (Inglês)
Descrição geral das Pináceas e do gênero Pinus. Há a taxonomia que leva até a espécie (Pinus kesiya) e também possui os principais nomes comuns desse pinheiro.

http://zipcodezoo.com/Plants/P/Pinus_kesiya/default.asp

USDA Forest Service - Pinus insularis. (Inglês)
O Serviço Florestal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos publicou uma nota técnica contendo informações de relevância sobre a madeira de P. kesiya. Através de sua leitura pode-se adquirir conhecimento sobre as propriedades físicas e mecânicas da madeira como umidade e módulo de elasticidade. Há informações sobre secagem, retração, durabilidade e preservação da madeira desse pinheiro. Confiram a taxonomia, origem, nomes comuns e distribuição da espécie nessa nota.

http://www2.fpl.fs.fed.us/TechSheets/Chudnoff/SEAsian_Oceanic/htmlDocs_seasian/pinus_insularis.htm


Artigos sobre P. kesiya (P. insularis)


Assessment and analysis of two Pinus kesiya provenance trials in Indonesia. C. P. Hansen; A. Ræbild; T. Saragih. Results and Documentation 21. Danida Forest Seed Centre. 53 pp. (2003)
http://www.sl.ku.dk/dfsc/pdf/Kesiya%20Trials/PKT/kesiya_indonesia.pdf (Inglês)

Suitability of Pinus kesiya in Shillong, Meghalaya for tree-ring analyses. V. Chaudhary; A. Bhattacharyya. Current Science 83 (8): 110-115. (2002)
http://www.ias.ac.in/currsci/oct252002/1010.pdf (Inglês)

Luzon tropical pine forests. J. Lamoreux. WWF. (2001)
http://www.worldwildlife.org/wildworld/profiles/terrestrial/im/im0302_full.html (Inglês)

Oleoresins of three Pinus species from Malaysian pine plantations. I. Jantan; A. S. Ahmad. Review of Biodiversity and Environmental Conservation (ARBEC). 9 pp. (1999)
http://www.arbec.com.my/pdf/art7novdec99.pdf (Inglês)

Efeito do sombreamento e da densidade de sementes sobre o desenvolvimento de muda de Pinus insularis Endlicher e seu crescimento inicial no campo. M. G. M. Ferreira; J. F. Cândido; D. A. Silva; J. L. Colodette. Revista Floresta 12 (1):53-61. (1981)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/6275/4485 (Português)

Qualidade do breu e terebintina de pinheiros tropicais. J. O. Brito; L. E. G. Barrichelo; L. E. Gutierrez. IPEF 21:55-63. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr21/cap04.pdf (Português)

Enxertia em Pinus kesiya. A.L. Mora; G. Bertolotti; J.E. Pinto Jr.; P.Y. Kageyama. IPEF 21. 19 pp. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr21/cap01.pdf (Português)

RESUMO: Variation in wood properties of Pinus kesiya Royle ex Gordon (syn. P. khasya Royle; P. insularis Endlicher); eighteen trees of Burma provenance grown in Zambia. J. Burley. Wood Science and Technology 4:255-266. (1970)
http://www.springerlink.com/content/ux00q127605l2211/fulltext.pdf?page=1 (Inglês)

RESUMO: Variation in wood properties of Pinus kesiya Royle ex Gordon (syn. P. khasya Royle; P. insularis Endlicher); six trees of Assam provenance grown in Zambia. J. Burley; I. A. Andrew. Wood Science and Technology 4: 195-212. (1970)
http://www.springerlink.com/content/q24022263p58721x/fulltext.pdf?page=1 (Inglês)

Sustainable forest management of Benguet pine in the Cordillera, Philippines. F. G. Ganzon. 7 pp. (s/d = sem referência de data)
http://www.aseanbiodiversity.info/Abstract/53003966.pdf (Inglês)

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Artigos de Instituições de Pesquisa - Laboratório Tecnológico do Uruguai - (LATU)

Na PinusLetter N° 10, retornamos a dar destaque às produções relacionadas com Pinus oriundas de entidades de pesquisas, trazendo como destaque os artigos publicados pelo “Laboratório Tecnológico del Uruguay” (LATU).

Nessa seção, como sempre, procuraremos valorizar as instituições e autores que têm-se mostrado dedicados a estudar e a avaliar técnica e cientificamente os Pinus. As publicações referenciadas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras, celulose e papel; enfim, todas as áreas que se relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações florestais e utilizações de seus produtos.

Ainda existem muitos “Grandes Autores dos Pinus”, assim como universidades brasileiras que publicam inúmeras teses e dissertações sobre os Pinus. Logo, nas próximas edições certamente voltaremos a homenagear os mesmos. Aguardem.

Essa edição e nessa seção estamos a homenagear o LATU, conheçam mais sobre ele a seguir:

LATU - Laboratório Tecnológico del Uruguay - Sector Productos Forestales

Criado a partir de esforços da iniciativa pública e privada uruguaia o “Laboratório de Análise de Ensaios” foi inicialmente criado em 1965, mas passou a ser chamado de “Laboratório Tecnológico del Uruguay” (LATU) após 10 anos de sua existência. Hoje é considerado um importante órgão de pesquisa pública e de qualidade/metrologia desse país, possuindo equipamentos e tecnologias de última geração e pesquisadores experientes, atuando em áreas múltiplas. Seus trabalhos objetivam o desenvolvimento da comunidade através da agregação de valor de produtos, de novas tecnologias e de gestão.

O principal objetivo do LATU é promover o desenvolvimento sustentável do seu país pela inovação e transferência de pesquisas e soluções dos problemas existentes. É por isso que o laboratório lida com inúmeros serviços analíticos, tecnológicos, metrológicos, de gestão e de avaliação de conformidades, indicando assim o seu interesse em prestar serviços à comunidade. Um dos principais setores de análises e ensaios do LATU é o de madeira e seus derivados. Realizam-se análises mecânicas de quase todos os tipos de madeira pela aplicação de técnicas destrutivas e não destrutivas em árvores em pé, toras, lâminas, entre outros componentes de menores dimensões. O principal objetivo é o de detectar os defeitos e as características da madeira analisada. Algumas das principais análises de madeira que o LATU avalia são: propriedades de amostras pequenas livres de defeitos, propriedades físicas fundamentais, preservação da madeira, pinturas e acabamentos e propriedades de compensados de madeira.

O principal centro do LATU situa-se na cidade de Montevidéu, possuindo 23.500 m² e dividindo-se em 11 módulos em 11 hectares, onde se localizam os laboratórios, plantas pilotos, um parque de exposições, um museu, entre outros.

A unidade de Fray Bentos é uma das apostas da LATU para o desenvolvimento da região litorânea do Uruguai, em especial na costa do rio da Prata e rio Uruguai. Nessa unidade é onde se encontra o departamento florestal, que pretende levar desenvolvimento a zonas estratégicas do país. Um dos projetos do LATU para o litoral uruguaio é o crescimento da cadeia produtiva da madeira e da comercialização dos produtos florestais de maior valor agregado. Isso ajudaria a melhorar as condições de vida das pessoas da região através da geração de renda e postos de trabalho. Além disso, exatamente em Fray Bentos recém iniciou operações a fábrica de celulose de mercado da empresa finlandesa Botnia, uma das maiores e mais modernas das Américas.

Logo, o departamento florestal apresenta projetos de pesquisas que visam à transferência de tecnologia de processamento de produtos florestais pela obtenção de dados das diferentes propriedades físicas, químicas e mecânicas da madeira produzida na região. Dentre elas, destacam-se os Pinus das espécies elliottii e taeda. Tal caracterização auxiliou e continua ajudando no conhecimento da qualidade da matéria-prima disponível e no direcionamento da sua função de acordo suas características. Além da pesquisa, o departamento também conta com um amplo serviço de assistência técnica na cadeia da madeira sólida e seus derivados, bem como para a produção de celulose e papel.

O laboratório LATU espera ser uma instituição de referência de âmbito internacional, tendo seus esforços reconhecidos principalmente pela sociedade uruguaia a que tanto se dedicam.

Aos interessados pelas pesquisas realizadas com as madeiras dos Pinus uruguaios, observem os 19 artigos disponibilizados pelo LATU logo abaixo, todos no idioma espanhol.

O site de serviços de análise da madeira também se encontra à disposição para a obtenção de mais dados sobre seus serviços prestados à comunidade.

Observem a página inicial do Laboratório Tecnológico do Uruguai e descubram as inúmeras áreas da agricultura, pecuária, tecnologia de alimentos e meio ambiente em que há desenvolvimento de serviços, pesquisas e acessórias técnicas.

Páginas selecionadas do LATU:
http://latu21.latu.org.uy/es (Home)
http://latu21.latu.org.uy/es/index.php?option=com_content&view=article&id=100&Itemid=119 (Serviço de análises da madeira)
http://latu21.latu.org.uy/es/index.php?option=com_content&view=article&id=132:
areasunidadfraybentos&catid=44:unidadfraybentos&Itemid=175
(Setor Florestal)

Artigos técnicos e científicos publicados sobre Pinus

Propiedades mecánicas de Pinus elliottii Eng. del litoral del Uruguay.
P. Baptista; C. Voulminot; B. Acle; C. Trambauer; S. Ohta; H. O’Neill; F. Tarigo; R. Castro; D. Silva; F. Gatto. Informe N°7.42 pp. (2008)

http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAABCAAu

Evaluación de la resistencia a la adhesión y falla en madera en Eucalyptus grandis, Pinus taeda, Pinus elliottii, Cedrela spp. (Cedro) y Tabebuia ipe (Lapacho). S. Quagliotti. Nota Técnica 9. 10 pp. (2007)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_
nom_campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAABGAAK

Secador solar para madera – Condiciones operativas. A. Ono; A. Venturino. Nota Técnica 5. 6 pp. (2005)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
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Características de madera de chapas laminadas (LVL) de plantaciones de rápido crecimiento del Uruguay. L. Benites. Nota Técnica 3. 6 pp. (2004)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAABIAAX

Estimación de la calidad de la madera producida en el Uruguay para uso estructural y su evaluación en servicio por métodos no destructivos. H. O´Neill. 9 pp. (2004)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAABIAAY

Propiedades mecánicas de Pinus taeda L. del norte del Uruguay. P. Baptista; C. Voulminot; B. Acle; C. Trambauer; S. Ohta; H. O’Neill; F. Tarigo; R. Castro; D. Silva; F. Gatto. Informe 2. 48 pp. (2004)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAAA8AAz

Propiedades mecánicas de Pinus taeda L. del litoral del Uruguay. P. Baptista; C. Voulminot; B. Acle; C. Trambauer; S. Ohta; H. O’Neill; F. Tarigo; R. Castro; D. Silva; F. Gatto. Informe 2. 47 pp. (2003)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAAA8AAt

Inspección visual, densidad y contenido de humedad de tableros derivados de la madera. L. B. Maciel. Proyecto JICA-LATU. Informe de Investigación 11. 24 pp. (2003)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAAA8AAr

Adhesividad de maderas uruguayas. L. B. Maciel. Informe de Investigación 12. 31 pp. (2003)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAAA8AAo

Resumen de propiedades mecánicas de Eucalyptus grandis, Pinus elliottii y Pinus taeda de distintas zonas del Uruguay. A. P. Castillo; A. V. Cammarota. Informe de Investigación 14. 29 pp. (2003)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAAA8AAx

Inspección visual de tablas de tamaño real de Eucalyptus grandis, Pinus taeda y Pinus elliottii de diferentes sitios del Uruguay. A. P. Castillo; A. V. Cammarota. Informe de Investigación 15. 29 pp. (2003)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAAA8AAy

Comportamiento en flexión de E. grandis, P. taeda y P. elliottii de madera de tamaño real y de pequeñas probetas sin defectos. H. O´Neill; F. Tarigo. 6 pp. (2003)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAABIAAU

Propiedades mecánicas y resistencia de uniones encoladas de vigas laminadas. A. P. Castillo; L. Benites. Informe de Investigación 10. 26 pp. (2002)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAAA8AAs

Propiedades mecánicas de Pinus elliottii Eng. del litoral del Uruguay. P. Baptista; C. Voulminot; B. Acle; C. Trambauer; S. Ohta; H. O’Neill; F. Tarigo; R. Castro; D. Silva; F. Gatto. Informe 1. 42 pp. (2002)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAAA8AAu

Módulo de elasticidad y módulo de rotura en tablas de tamaño real de Pinus elliottii del Sur de Uruguay. A. P. Castillo. Informe de Investigación 7. 29 pp. (2001)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAAA/AAd

Índices de calidad de madera en Pinus taeda de Rivera para la optimización en el uso final. A. P. Castillo; R. Castro; S. Ohta. Informe de Investigación 2. 23 pp. (2000)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAABIAAE

Distribución de grano espiralado y patrones de espiralidad en Pinus taeda de Rivera. J. Doldán; R. Castro; S. Ohta. Informe de Investigación 3. 23 pp. (2000)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom
_campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAABIAAF

Proyecto de tecnología de ensayo de productos forestales LATU-JICA. Ensayos de propiedades mecánicas de Pinus taeda por seis métodos no destructivos. A. P. Castillo; R. Castro; S. Ohta. Informe de Investigación 1. 25 pp. (2000)
http://www.latu.org.uy/pls/portal/latu_portal.cargo_docum.Get?df_nom_tabla=
bib_objetos_materiales@base.latu.org.uy&df_nom_campo_blob=objeto&df_nom_
campo_nom_documento=tipo_objeto&df_rowid_registro=AAAM0UAAEAAAABIAAD

Referências de Eventos e de Cursos

Nessa seção, trazemos referências de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam diretamente ou indiretamente aos Pinus. A característica marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos, os quais já ajudam a saber das novidades no ramo e dos assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços de URLs, vocês podem obter todo o material do evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar do próximo.

Programa "Um Minuto Verde". (Português)
Programa que é apresentado nas televisões de Portugal, tem objetivo a educação ambiental dos cidadãos do país. Há à disposição os downloads desse programa que possuem sempre a duração de um minuto.
http://tv1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=21614&idpod=15921&formato=flv

I Seminário Internacional sobre Compostagem. (Português)
As apresentações do “Primeiro Seminário Internacional sobre Compostagem” está disponível no site da Zero Resíduos Portugal. O evento, que ocorreu em maio de 2005 na Escola Superior de Biotecnologia da Universidade Católica Portuguesa, possui estudos de caso que abrangem a compostagem e também algumas apresentações mais educativas sobre como fazer e as suas principais vantagens.
http://www.zeroresiduos.info/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=226

2008 National Forest Landowners Conference. (Inglês)
A Conferência Nacional de Produtores Florestais ocorreu no mês de abril deste ano 2008 em Chicago, EUA, e discutiu sobre os principais problemas encontrados pelos produtores florestais dos Estados Unidos. Há algumas apresentações, programas e projetos que foram abordados no evento que teve como tema as mudanças climáticas globais.
http://www.forestlandowners.com/proceedings/2008/
chicago-climate-exchange-forestry-rules


2008 Biotechnology. (Inglês)
Evento tambémorganizado pela Associação de Produtores Florestais, ocorreu na praia de Wrigtsville nos Estados Unidos em fevereiro de 2008. Há várias apresentações disponíveis para download sobre melhoramento genético com espécies de Pinus, dando ênfase principalmente a P. taeda.
http://www.forestlandowners.com/proceedings/2008-biotechnology-summit-and
-varietal-field-tour-wrightsville-beach/the-potential-of-silviculture


2007 Annual Forest Landowners. (Inglês)
A Conferência Anual dos Produtores Florestais do ano de 2007 ocorreu em maio em Charleston, EUA. Há disponíveis várias apresentações sobre diversos temas envolvendo Pinus e florestas. Aproveitem e façam o download do que lhes interessar.
http://www.forestlandowners.com/proceedings/2007/
update-on-the-u-s-canada-softwood-lumber-agreement


FertBio 2002. (Português)
A XXV Reunião Brasileira de Fertilidade do Solo e Nutrição de Plantas, ocorreu em conjunto com 4 outros eventos: a IX Reunião Brasileira sobre Micorrizas, o VII Simpósio Brasileiro de Microbiologia do Solo e a IV Reunião Brasileira de Biologia do solo. Todos juntos formaram o FertBio 2002, que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. Temos à disposição os anais dos trabalhos apresentados no encontro. Desses, pode-se encontrar oito resumos sobre os Pinus, principalmente envolvendo a associação com micorrizas no solo. Observem digitando a palavra Pinus no localizador assim que acessarem o site abaixo:
http://www.ia.ufrrj.br/dsfert/guia.pdf

Pinus-Links

A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos, ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção, estamos ainda colocando Pinus-Links com algumas empresas ou organizações técnicas importantes no uso dos produtos dos Pinus, ou então na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Muitas destas empresas possuem importantes programas ambientais e sociais que vale a pena destacar.

Para a leitura, basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir nossas indicações ou salvá-las como favoritas em seu computador.

Internet Archives. (Estados Unidos)
A Internet Archives é uma organização sem fins lucrativos que construiu uma biblioteca virtual buscando oferecer acesso permanente aos pesquisadores, aos alunos e historiadores. A maioria dos textos disponíveis está digitalizada e há acervos e coleções históricas muitíssimo interessantes. Existe uma parceria nesse processo de oferta de livros históricos entre bibliotecas norte-americanas e canadenses, além de outras bibliotecas universais. Dentre as obras históricas sobre os Pinus há um que conta a história dos Pinus nos Estados Unidos. Essa biblioteca virtual foi fundada em 1996 e hoje se localiza em São Francisco, Califórnia, EUA. Através de doações e de incentivos o acervo bibliográfico da Internet Archives está sempre se renovando e crescendo e hoje inclui textos, áudios, softwares, artigos entre outros, que preservam a cultura de uma sociedade e ao mesmo tempo promovem acesso a essa. O site aponta que com a era da internet é essencial que as bibliotecas também se modernizem chegando aos interessados através da informação digital. Acessem e conheçam algumas obras-primas da história dos Pinus para a sociedade:

http://www.archive.org/index.php (Home)
http://www.archive.org/about/contact.php (Localização da IA)

Obras históricas digitalizadas,preciosidades da literatura:
Atenção, os arquivos são em geral muito pesados, portanto, sejam pacientes para fazer o downloading dos mesmos

http://www.archive.org/details/timberpinesofsou00mohruoft (The timber pines of the southern United States, together with a discussion of the structure of their wood - escrito por Charles Theodore Mohr e editado em 1897 pelo Washington Government Printing Office)
http://www.archive.org/details/contributionstok00fergrich (Contributions to the knowledge of the life history of Pinus with special reference to sporogenesis, the development of the gametophytes and fertilization - escrito por Margareth C. Ferguson em 1904)
http://www.archive.org/details/genuspinus00shawuoft (The genus Pinus, escrito por G. R. Shaw em 1914)
http://www.archive.org/details/storyofthousandy00milluoft (The story os a thousand-year pine, escrito por E. A. Mills, em 1914)

Embrapa Florestas. (Brasil)
A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) é uma instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil e possui várias unidades que promovem estudos de novas tecnologias em praticamente todas as regiões do Brasil. Uma dessas unidades é a Embrapa Florestas. Localizada em Colombo, no Paraná, a Embrapa Florestas já vem funcionando há mais de 30 anos, promovendo avanços tecnológicos na área florestal, ajudando a sociedade a aplicar tais descobertas e permitindo maior produtividade do setor com a conservação do meio ambiente. A Embrapa Florestas conta com parcerias de universidades, de empresas de assistência técnica, de empresas industriais e privadas, de empresas públicas do governo para criar soluções viáveis de desenvolvimento sustentável de comunidades rurais através de produtos florestais. A Embrapa visa atingir tais objetivos pela transferência de conhecimento e tecnologias, logo, em sua webpage há grande quantidade de informação disponível a todos. Acessem suas publicações, os produtos e serviços que desempenham e o link informativo sobre espécies de Pinus e os principais manejos para um bom reflorestamento.

http://www.cnpf.embrapa.br/ (Home)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/publica.htm (Publicações)
http://www.cnpf.embrapa.br/prodserv.htm (Produtos e serviços)
http://livraria.sct.embrapa.br/liv2/principal.do?metodo=iniciar (Livraria virtual da Embrapa)
http://www.cnpf.embrapa.br/arquivos/Planilha_Pinus.pdf (Pinus)
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pinus/CultivodoPinus/apresentacao.htm - (Série Sistemas de Produção - Cultivo do Pinus)


Global Forest Information Service (GFIS). (Portal mundial de conhecimentos florestais)

O portal Global Forest Information Service (GFIS) tem como objetivos levar conhecimento e informação sobre assuntos relacionados a florestas e referentes ao setor florestal para todas as pessoas interessadas do mundo. O GIFS é uma iniciativa colaborativa que divide informações e promove parcerias entre a comunidade florestal, dispondo aos usuários uma forma fácil e eficiente de obtenção de conhecimento sobre florestas no âmbito mundial. Na webpage há informações que vão desde publicações e newsletters, coleções bibliografias até oportunidades de trabalhos relacionados à área. A iniciativa está dentro do programa CPF - Collaborative Partnership on Forestry (http://www.fao.org/forestry/media/12448/1/0), ligado à IUFRO - International Union of Forest Research Organizations. Observem em:

http://www.gfis.net/gfis/home.faces (Home)
http://www.gfis.net/gfis/background.faces;jsessionid=B940651A4807193AB3A637DE35F0790F (História)
http://www.gfis.net/gfis/providing.faces;jsessionid=B940651A4807193AB3A637DE35F0790F (Informações)
http://www.gfis.net/gfis/home.faces (Página de pesquisar e consultar)

Timbergreen Forestry. (Estados Unidos)
Timbergreen Forest trabalha com donos de florestas e reflorestamentos levando-lhes conhecimentos sobre novas leis e sobre certificação e mercado da madeira. Há informações sobre florestas sustentáveis e sobre as vantagens do reflorestamento. Há alguns estudos de caso para leitura. Observem também algumas das publicações disponíveis nesse site sobre florestas e meio ambiente.

http://my.execpc.com/~tmbrgrn/index.html (Home)
http://my.execpc.com/~tmbrgrn/page6.html (Artigos)
http://my.execpc.com/~tmbrgrn/page3.html (Fazenda)
http://my.execpc.com/~tmbrgrn/page2.html (Florestas)

Bugwood Network – Center for Invasive Specimes & Ecosystem Health. (Estados Unidos)
Localizado na Universidade da Geórgia, nos Estados Unidos, o Centro de Espécies Invasoras e Saúde de Ecossistemas foi criado com a forte missão de ser líder em consolidação, desenvolvimento e disseminação de informações, abordando os temas: espécies invasoras, saúde florestal e recursos naturais. Busca também a melhoria dos tratos culturais na agricultura através de implantação de programas e projetos, treinamento de pessoas e difusão de pesquisa e tecnologia em âmbito estadual, nacional e internacional. Observem as vastas informações educacionais disponibilizadas neste site, que incluem pragas florestais de Pinus e descrições de algumas espécies do gênero.

http://www.bugwood.org/index.cfm (Home)
http://www.bugwood.org/forestry.html (Florestais)
http://www.forestpests.org/ (Pragas florestais)
http://www.bugwood.org/productivity/ (Produtividade florestal)
http://www.na.fs.fed.us/spfo/pubs/silvics_manual/table_of_contents.htm (Árvores da América do Norte).

The Lovett Pinetum Charitable Foundation. (Estados Unidos)
Essa fundação foi estabelecida em 1996 para agregar conhecimento prático acerca de plantações de diferentes espécies de Pinus sob distintas condições edafo-climáticas. A fundação possui em seu site uma série de informações sobre diversas pináceas e coníferas que vão desde descrições morfológicas e taxonômicas de espécies de pinheiros até tratos culturais e controle de pragas e doenças. Site muito informativo sobre coníferas. Aproveitem.

http://www.lovett-pinetum.org (Home)

Zero Resíduos. (Portugal)
O principal objetivo do website “Zero Resíduo”, de Portugal é, como o próprio nome já diz, promover uma sociedade ambientalmente conscientizada e que gere cada vez menos resíduos. Pertencente ao grupo de estudantes ambientais da Escola Superior de Biotecnologia de Portugal, a página da internet e o grupo atuam na sustentabilidade local também pelo desenvolvimento de projetos com a comunidade. As principais áreas de interesse e temas abordados pelo grupo são: educação ambiental, compostagem doméstica, planejamento urbano sustentável, organismos geneticamente modificados, gestão de resíduos sólidos urbanos, entre outros. Confiram alguns artigos e notícias que possuem sobre o ecodesign, a preservação e reutilização de resíduos, alguns estudos de caso e relatórios técnicos na área ambiental.

http://www.zeroresiduos.info/index.php?option=com_ecodesign&task=blogsection&id=25&Itemid=114 (Ecodesign)
http://www.zeroresiduos.info/index.php?option=com_casos&task=blogsection&id=33&Itemid=166 (Estudo de casos)
http://www.zeroresiduos.info/index.php?option=com_prevencao&task=blogsection&id=21&Itemid=110
(Prevenção e reutilização)
http://www.zeroresiduos.info/index.php?option=com_relatorios&task=blogsection&id=31&Itemid=168 (Relatórios técnicos)

Western North Carolina Nature Center. (Estados Unidos)
Localizado no estado da Carolina do Norte, EUA, o WNC é um museu vivo das plantas e animais existentes na região. O centro promove a educação ambiental levando conhecimento sobre a flora e fauna nativa e os principais problemas ambientais e agressões que vêm sofrendo. Assim, o centro também promove a conscientização ambiental principalmente de crianças através de vários programas durante as férias de verão. A webpage do museu também possui igual objetivo. Podem-se encontrar artigos sobre as principais árvores nativas do local, que incluem algumas espécies de Pinus como: P. strobus, P. rigida, P. virginiana, entre outros. Entrem no site e observem as descrições morfológicas, distribuição geográfica, biologia e outras inúmeras características desses pinheiros
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http://www.wildwnc.org (home)
http://www.wildwnc.org/education/trees (Índice educacional de árvores)
http://www.wildwnc.org/education/trees/eastern-white-pine-pinus-strobus-pinaceae-pine-family (Pinus strobus)
http://www.wildwnc.org/education/trees/pitch-pine-pinus-rigida-pinaceae-pine-family (Pinus rigida)
http://www.wildwnc.org/education/trees/shortleaf-pine-pinus-echinata-pinaceae-pine-family (Pinus echinata)
http://www.wildwnc.org/education/trees/table-mountain-pine-pinus-pungens-pinaceae-pine-family (Pinus pungens)
http://www.wildwnc.org/education/trees/virginia-pine-pinus-virginiana-pinaceae-pine-family (Pinus virginiana)

ANAHT - Tratando com respeito. (Brasil)
A Associação Nacional dos Produtores de Madeira e Embalagem com Tratamento Térmico também chamada de ANAHT foi criada em 2005 para atender novas necessidades do setor madeireiro devido a tecnologias, tendências ecológicas e legislações. A associação possui empresas associadas em todo o Brasil que realizam tratamentos fitossanitários em madeira, principalmente pelos processos térmicos HT ou KD-HT exigidos por normas fitossanitárias internacionais. Confira alguns documentos e publicações disponibilizados pela na webpage da ANAHT.

http://www.anaht.com.br/site2007/index.asp (Home)
http://www.anaht.com.br/site2007/conteudo_1.asp?idmenu=55&idconteudo=94 (Notícias)
http://www.anaht.com.br/site2007/conteudo_1.asp?idmenu=80 (Dowloads)
http://www.anaht.com.br/download/NIMF-15.pdf (Norma internacional para medidas fitossanitárias em embalagens de madeira)

Móveis de Pinus no Brasil

A madeira do Pinus é considerada uma das mais versáteis que existe no mercado, podendo ser utilizada para diversas finalidades. Isso também inclui a produção de móveis (REMADE, 2006). Existem importantes pólos moveleiros em nosso país que utilizam como principal matéria-prima a madeira dos Pinus. Estes pólos trazem desenvolvimento econômico e social às suas regiões, gerando empregos diretos e indiretos e aquecendo suas economias.

Anteriormente aos anos 70, a maior parte dos móveis produzidos e comercializados no Brasil eram oriundos de espécies de árvores nativas como o mogno, o cedro, a cerejeira, a peroba e a imbuia. Naquela época surgiram incentivos do governo federal para o plantio de espécies florestais, dentre as quais as exóticas como os Pinus e os Eucalyptus, inicialmente para suprir a demanda de matéria-prima das indústrias de celulose e papel e chapas de fibras. Rapidamente, o potencial moveleiro das madeiras de Pinus elliottii e P.taeda foi descoberto; contudo, o desconhecimento das práticas de beneficiamento e de produção de móveis com essas madeiras geraram produtos de baixa qualidade. Os primeiros móveis de Pinus no país, apesar do baixo preço, tinham pouca longevidade, devido a grande quantidade de nós e outras falhas em todas as fases do processo. A poda de ramos até então não era realizada nos reflorestamentos de Pinus, aumentando ainda mais o número de nós e os defeitos da madeira. As técnicas de corte e estocagem eram desconhecidas, fazendo com que a madeira do Pinus ficasse com aspecto azulado, sendo refugada pelo consumidor (Gorini, 2001; Total Móveis, 2005). Outras inadequações para piorar a qualidade madeira também ocorriam pelo corte precoce de árvores com diâmetro reduzido, mistura de espécies, uso de equipamentos obsoletos e inadaptados à madeira dos Pinus (Gorini, 2001).

Apesar da estréia frustrante do Pinus no setor moveleiro, as indústrias foram adquirindo novas tecnologias e conhecimentos sobre o tratamento dessa madeira, fazendo de seus móveis, nos dias de hoje, produtos de alta qualidade destinados em grande parte para a exportação. Técnicas de corte da madeira com umidade adequada, além da retirada dos não atraentes nós com uma otimizadora ótica de corte foram alguns dos cuidados empregados pelas indústrias para a superação dos problemas da madeira do Pinus já na década de 80. Os móveis de Pinus são de grande aceitabilidade, principalmente em países da Europa, devido a sua origem sustentável, pois, nesse caso, a madeira é oriunda de florestas plantadas que possuem selos verdes e certificados de boas práticas de manejo e ambientalmente corretas (certificações FSC e/ou CERFLOR). Segundo Gorini (2001), a produção de móveis provenientes de florestas plantadas é uma tendência mundial, podendo isso ser comprovado pela própria adoção da norma ISO-14001, que já inibe o mercado de móveis de madeira de lei de bosques tropicais naturais. Com a problemática ambiental, a madeira de florestas plantadas vem substituindo cada vez mais a de nativas para a fabricação de móveis. Os Pinus substituíram a madeira da araucária, permitindo com que florestas e matas nativas fossem preservadas (Gorini, 2001).

Com a crescente necessidade de madeira no setor, o número de florestas plantadas com Pinus vem crescendo, visando suprir esta demanda. Os estados maiores plantadores do gênero são Paraná, Santa Catarina, Bahia e São Paulo, possuindo juntos 73% da área total plantada (Total Móveis, 2005). Também outros estados, como Rio Grande do Sul e Minas Gerais são crescentes produtores de madeira de Pinus.

A utilização de painéis aglomerados e de fibras para a produção de móveis foi de alta relevância para o aumento do uso da madeira do Pinus no setor, sendo que hoje, 100% da madeira utilizada em painéis (MDF, MDP, OSB, chapas) provem de florestas plantadas de Pinus ou de Eucalyptus (ABIMOVEL, 2005). A madeira aglomerada ainda possui a vantagem do melhor aproveitamento e redução de desperdícios, tendo preferência na confecção de muitos tipos de móveis (Abicht et al., s/d). Os aglomerados e os painéis são produtos de alta qualidade e tecnologia, possuindo vantagens frente à madeira maciça, que são: produto uniforme, sem a presença de nós; produção de móveis mais leves e com igual resistência e longevidade; fácil mobilidade e garantia de padronização para móveis modulados, redução de desperdícios, etc. (Abicht et al., s/d).

Os pinheiros possuem rápido crescimento no Brasil (25 a 35 m³/ha.ano) em relação a outras árvores nativas; contudo, recomenda-se seu corte para a serraria a partir dos 15 anos. Esse período prolongado requer tanto o aumento da área plantada como a aquisição de grandes reservas com plantios para suprir o mercado de produtos madeiráveis. Além do rápido crescimento, os Pinus possuem características desejadas para a elaboração de aglomerados, chapas e painéis, como o comprimento de fibras que garantem melhor usinabilidade, durabilidade, e estabilidade dimensional, o que permite inúmeros tipos de acabamentos (Abicht et al., s/d). Os painéis são principalmente utilizados para a construção de móveis retilíneos, sendo a madeira dos Pinus uma das principais matérias-primas. Apesar da utilização de resíduos na fabricação de painéis ser extremamente viável, painéis provenientes de cavacos de florestas plantadas geralmente possuem maior qualidade pela maior homogeneidade da matéria-prima.

O Brasil possui vários pólos moveleiros ("clusters florestais"); contudo, os que possuem maior consumo de madeira de Pinus são os situados nos três estados da região sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná). Juntos, esses possuem 58% das áreas plantadas com Pinus no Brasil (Casarotto Filho, 2006). Santa Catarina e Paraná detêm cada um cerca de 13 % da produção brasileira de móveis (na maioria de Pinus). Já o Rio Grande do Sul corresponde a 15 %. Santa Catarina e Rio Grande do Sul são os grandes exportadores de móveis do país: ambos somados respondem por 71% das exportações (Rosa et al., 2007).

São nos municípios de São Bento do Sul e Rio Negrinho que se localizam os principais pólos moveleiros de Santa Catarina, predominando a confecção de móveis torneados de madeira maciça de Pinus. Os principais importadores dos móveis da região são: Alemanha, Espanha, França, Holanda, Inglaterra e o norte dos Estados Unidos. Das exportações de móveis nacionais, 69% são fabricados de madeira, destes, a grande maioria provêm dos Pinus e estão também encaixados na categoria de móveis residenciais. A região oeste de Santa Catarina também vem ganhando espaço no setor, sendo hoje considerada também um relevante produtor de móveis residenciais e de escritório (Casarotto Filho, 2006).

O principal "cluster" moveleiro do Rio Grande do Sul situa-se nos municípios de Bento Gonçalves e Flores da Cunha. A maior parte dos móveis produzidos em Bento Gonçalves são retilíneos e seriados, provenientes de madeira aglomerada e chapas e atende principalmente o mercado interno de móveis residenciais populares, representando 9% da produção total moveleira do Brasil. Dos 65% desse total, fabricam-se, em grande parte, móveis de cozinha e dormitórios, e os 15% restantes da produção são para mobílias de escritório (Gorini, 2001).

O pólo moveleiro de Arapongas, no Paraná, também destina a maior parte da sua produção de móveis retilíneos populares e estofados para o mercado interno. Apesar da grande maioria das empresas da região ser de pequeno porte, existem algumas fábricas de móveis consideradas médias e grandes, possuindo elevadas tecnologias que garantem a exportação de boa parte de sua produção. O setor moveleiro de Arapongas possui 7% do total da produção e ocupa o terceiro lugar entre os maiores produtores de móveis do país (Câmara e Serconi, 2006), estando quase empatado com o Rio Grande do Sul. Os principais mercados internos que estes três pólos atendem são os do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Segundo Correio do Povo (2008), mesmo enfrentando algumas dificuldades, o setor moveleiro aumentou 2,8% suas exportações no ano de 2007. Apesar do aumento do volume, o faturamento ficou praticamente estável devido à taxa de câmbio desfavorável para exportações. Para o mercado de móveis interno, a expansão da construção civil no país provocou um aumento de 12,6% na venda de móveis em 2007, tornando as previsões de crescimento para o ano de 2008 otimistas.

Além do câmbio prejudicar as exportações do setor existem outros entraves que dificultam o crescimento desses "clusters" moveleiros. A primeira delas é a baixa qualidade e a falta de matéria-prima para a produção de móveis de madeira maciça de Pinus. Tal deficiência obrigou muitas empresas a se verticalizarem para produzir seus próprios reflorestamentos a fim de obter as características ideais para madeira. Mas isso leva tempo, as árvores tomam alguns anos para atingir a idade de corte. Tivemos o conhecido "apagão florestal", que despontou forte a partir do ano 2002, quando começou a faltar madeira de Pinus no país. Associada à falta de madeira, a qualidade despencou também, pela disputa acirrada pela pouca madeira. Frente a isso, o setor florestal ainda peca em fornecimento de madeira que é bastante irregular fazendo com que muitas indústrias moveleiras percam oportunidades de exportação pela falta de madeira serrada de qualidade. Logo, segundo Gorini (2001), as principais reclamações de empresas do setor que adquirem madeira de terceiros engloba a baixa qualidade da madeira, que envolve altas quantidades de nós, deficiência na secagem, podendo provocar rachaduras, e problemas com o desdobro. A mesma autora ressalta que no segmento industrial para móveis de Pinus há envolvimento de várias etapas que vão desde a secagem e o beneficiamento da madeira até a construção do móvel. Essa também envolve a usinagem, o acabamento, a montagem e embalagem do produto final. De todos esses processos, o beneficiamento da matéria-prima e o acabamento são os que apresentam maiores dificuldades, podendo depreciar a qualidade do produto final. Há problemas com tecnologias envolvendo a usinagem e não há preocupação com inovação dos móveis através de novos projetos de design. Estes, na grande maioria, já vêm prontos, determinados pelos importadores.

Já existem indústrias moveleiras investindo em design e em novas tecnologias de tratamento de matéria-prima e de produção do móvel em si. Alguns dos principais investimentos na modernização do maquinário são: a compra de leitores óticos, de prensas para montagem de painéis, de centros de usinagem e de cabines pressurizadas para acabamento do produto final. Tudo isso permite a competitividade em um mercado em que os principais indicadores de concorrência são o preço mais baixo e a produtividade elevada (Gorini, 2001; Justina, 2004). As indústrias do setor já são classificadas como razoavelmente modernas, por apresentarem equipamentos microeletrônicos e utilizarem os sistemas CAD para a elaboração de projetos. O sucesso para a exportação moveleira está ma modernização tecnológica e superação dos problemas internos encontrados nas empresas. É através da sofisticação que as indústrias moveleiras do Brasil conseguirão atender a todas as exigências ambientais e de qualidade de produto determinadas principalmente pelos importadores europeus (Gorini, 2001).

Ainda existem muitos desafios que as empresas do setor moveleiro especializado em madeira de Pinus terão que superar. Segundo Câmara e Serconi (2006), estudos da competitividade nos três principais pólos do sul do país indicam algumas das principais políticas públicas requeridas pela maioria das empresas: criação de escolas técnicas e laboratórios especializados para o setor, disponibilidade e acesso a recursos para aquisição de novos equipamentos, maiores incentivos no setor, com a diminuição da carga tributária, e a ampliação de linhas de financiamento e planejamento do governo, permitindo assim a modernização. Outra medida importante para o aumento da competitividade e sucesso do setor seria a associação entre as empresas produtoras através de cooperativas e sindicatos. Assim, podem-se juntar forças em torno dos mesmos objetivos de progresso e também de conservação do meio ambiente. Um exemplo disso observa-se em Arapongas, que já possui uma cooperativa especializada na reciclagem de resíduos das indústrias moveleiras criada pelas mesmas (Câmara e Serconi, 2006). Outro investimento interessante seria a aposta no “ecodesign”, que consiste na engenharia e manufatura de móveis levando em conta a importância do meio ambiente (Pereira, 2003), aumentando a qualidade, ergonomia e longevidade dos produtos, diminuindo resíduos e maximizando a utilização da principal matéria-prima (a madeira de Pinus) que já é escassa no setor.
Logo abaixo há uma série de artigos, teses e dissertações que caracterizam os principais pólos moveleiros que utilizam madeira de Pinus no Brasil, indicando também a sua importância econômica e social nas suas regiões e as principais dificuldades que enfrentam. Há dados referentes à história dos móveis de Pinus no país: como era antes e como é atualmente. Artigos sobre móveis de madeira reconstituída de Pinus e suas tecnologia e as principais estratégias competitivas das empresas do setor também são assuntos abordados. Acessem os sites para a obtenção de maiores informações e observem as páginas dos principais sindicatos, cooperativas e associações que defendem os interesses e diretos do setor.


Websites setoriais:


ABIMÓVEL- Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário. Acesso em 11/09/2008
http://www.abimovel.com/ (Home)
http://www.abimovel.com/furniture_projeto.php (Projeto "Brazilian Furniture")
http://www.abimovel.com/furniture_historia.php (Histórico do projeto "Brazilian Furniture")

SIMA - Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas. Acesso em 11/09/2008
http://www.sima.org.br/bra/default.asp

SindMóveis. (Bento Gonçalves). Acesso em 11/09/2008
http://www.sindmoveis.com.br/port/default.asp?page=projetos.asp (Home)
http://www.sindmoveis.com.br/port/default.asp?page=entidade.asp (Entidade)

MOVERGS - Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul. Acesso em 11/09/2008
http://www.movergs.com.br/index_oficial.php

Centro Gestor de Inovação Moveleiro. Acesso em 11/09/2008
http://www.cgimoveis.com.br (Home)
http://www.cgimoveis.com.br/lista_documentos (Documentos e estatísticas para downloading)

CEDETEM- Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Madeira e do Mobiliário. Acesso em 11/09/2008
http://www.fiemg.org.br/Default.aspx?tabid=3212

CETEMO - Centro Tecnológico do Mobiliário SENAI. Acesso em 11/09/2008
http://www.cetemo.com.br (Home)
http://www.cetemo.com.br/publicacoes.html (Publicações)
http://www.cetemo.com.br/it_mobiliario_madeira.html (Informativo digital Mobiliário & Madeira)

Portal Moveleiro. Acesso em 11/09/2008
http://www.portalmoveleiro.com.br (Home)
http://www.portalmoveleiro.com.br/newsletter/mais_informativo.html?cdAssunto=4 (Informativo 100% Móvel)

Total Móveis. Acesso em 11/09/2008
http://www.totalmoveis.com.br/current.asp (Home)

Núcleo de Inovação e Design Moveleiro. Acesso em 11/09/2008
http://www.designbrasil.org.br/portal/via/nucleos_exibir.jhtml?id=75

Setor Madeira e Móveis. RENAI Rede Nacional de Informações sobre o Investimento. Acesso em 10/098/2008
http://investimentos.desenvolvimento.gov.br/interna.asp?htm=conteudo/21.htm


Artigos, pesquisas, notícias e palestras:

Avaliação do potencial de estruturação e de desenvolvimento do arranjo produtivo local (APL) da indústria madeireira do município de Ponta Grossa - PR. R. Stelmacki Jr. Dissertação de Mestrado. UEPG. 186 pp. (2008)
http://www.bicen-tede.uepg.br/tde_arquivos/3/
TDE-2008-04-23T170633Z-140/Publico/Roberto%20Stelmacki%20Junior.pdf


Biomóvel deve dar visibilidade às empresas da região. D. Albuquerque. Portal Moveleiro. (2008)
http://www.portalmoveleiro.com.br/redacao/nova_noticias.html?
idGenero=2&deNoticia=noticias/ent20080708_083538_86.html

Construção civil puxa crescimento do setor moveleiro. E. Pereira Filho - Folha de Londrina. (2008)
http://www.bonde.com.br/bonde.php?id_bonde=1-32--18-20080818

Setor moveleiro aposta no Pinus. AGEFLOR. Notícias Florestais. (2007)
http://www.ageflor.com.br/index2.php?iProduct=2144&p=productMore
http://www.remade.com.br/pt/noticia.php?num=4202

Relatório setorial FINEP: Móveis residenciais de madeira. R. Garcia; F.G. Motta. (2007)
http://www.finep.gov.br/PortalDPP/relatorio_setorial_final/
relatorio_setorial_final_impressao.asp?lst_setor=303


Relatório da pesquisa - Perfil da indústria moveleira no estado do Rio Grande do Sul. NUPARVI/MOVERGS/CGI Moveleiro. 157 pp. (2007)
http://www.movergs.com.br/arquivos/sala_leitura/
relatorio_pesquisa_perfil_ind_moveleira_rs.pdf


Estudo das variações de densidade de madeira do Liquidambar styraciflua e do Pinus tecunumannii, como parâmetros de qualidade para a produção de móveis. M. A. Rezende; V. E. Costa; A. S. Aroni; E. T. D. Severo. Holos Environment 7(1):60-71. (2007)
http://cecemca.rc.unesp.br/ojs/index.php/holos/article/view/973/904

Móvel: Brasil parte para valorizar Pinus. Diário Catarinense. (2007)
http://www.ageflor.com.br/index2.php?iProduct=2129&p=productMore

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Atividades industriais com madeiras de Pinus – atualidades e desafios. M. A.R. Nahuz. IPT. 10 pp. (s/d)
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Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

Produção de Páletes de Pinus


Introdução


A palavra pálete tem origem no idioma inglês ("pallet") e se refere a estrados ou plataformas que suportam cargas e que permitem agrupá-las de forma a agilizar a movimentação, principalmente em larga escala. Os páletes são importantes ferramentas da logística que dinamizam a movimentação industrial de produtos, capazes de facilitar e organizar o deslocamento de mercadorias desde os depósitos de indústrias até o seu destino final. Os páletes facilitam principalmente a estocagem e os momentos de carregamento e descarga de produtos, sendo hoje uma alternativa eficaz da logística aplicada, agrupando vários produtos em apenas uma carga (Sobral, 2005; Wikipédia, 2006).

A madeira é uma das mais antigas matérias-primas dos páletes e até hoje é considerada uma das mais comuns. Segundo Araújo (2005), a madeira, os painéis de madeira aglomerada e os plásticos, correspondem a 97% do mercado de embalagens paletizadas e o restante (3 %) ficam com os páletes produzidos de metais e outros materiais. Devido à grande eficiência que o sistema logístico vem demandando, os páletes estão sendo cada vez mais exigidos, sendo reconhecida a sua importância no armazenamento e transporte de cargas. Várias pesquisas estão sendo realizadas a fim de melhorar a eficiência e qualidade dos páletes, contudo, poucos estudos abordam quanto da movimentação com páletes é possível nem estipulam a quantidade de carga a ser transportada para que a utilização dos páletes se torne otimizada (Sobral, 2005).

Outra preocupação constante em que hoje os páletes se incluem é a questão ambiental. Os páletes atualmente fabricados têm que, além de cumprir com suas funções, atender às exigências ambientais e legais vigentes, sem encarecer o produto final nem os transportes (Araújo, 2005). Dentre essas questões ambientais destacam-se a geração de resíduos (páletes estragados), o descarte ou reuso dessa madeira, os tratamentos fitossanitários requeridos, etc.

A madeira de Pinus está sendo cada vez mais utilizada na produção de páletes, pois grande parte é produzida respeitando normas ambientais que garantem a sua eficácia e também por se conhecer suas propriedades físicas, químicas e mecânicas importantes para a elaboração de um bom pálete. A madeira do Pinus é bastante homogênea em suas propriedades e isso é uma grande vantagem para a elaboração desses produtos de embalagem.

Além a madeira do Pinus, outros de seus produtos estão sendo utilizados para a elaboração de páletes, como os painéis aglomerados e também o próprio papelão, que hoje é bastante utilizado como pálete descartável e reciclável, atendendo principalmente as questões ambientais e legislações de exportação.

Assim, este artigo técnico aborda o assunto de como os páletes de Pinus estão correspondendo as expectativas de sua função na logística e também como estão respeitando o meio ambiente.

Vantagens e desvantagens

As vantagens de um sistema de paletização são notáveis, pois permitem otimizar o manuseio, estocagem, movimentação e transporte de cargas com a utilização de apenas dois tipos de equipamentos: empilhadeira e paleteira unitizadora. Em geral, as principais vantagens da utilização dos páletes são: diminuição de mão-de-obra, melhor controle em custos e manutenção do equipamento, maior eficiência na estocagem e movimentação de cargas, melhor aproveitamento da área de estocagem e de transporte com a verticalização da área destinada aos mesmos, diminuição dos danos à carga, diminuição de acidentes de trabalho, diminuição da movimentação das cargas e melhor aproveitamento dos equipamentos de movimentação (Pires, s/d). Com relação aos páletes de madeira, os principais pontos positivos estão em seu baixo custo, em sua longevidade considerada alta, em sua elevada resistência a impactos, na matéria-prima que é facilmente reconhecida e principalmente por ser um produto renovável e reciclável, que pode ser utilizado como energia ou reutilizado ao final de sua vida útil como pálete. Todas essas vantagens tornam os páletes de madeira altamente competitivos no mercado. Ressalta-se a versatilidade dos páletes fabricados com essa matéria-prima, pois se danificados permitem ser consertados, voltando às suas devidas capacidades anteriores (Miguel, 2001).

As desvantagens da utilização dos páletes de madeira são poucas, mas importantes. Os principais pontos negativos são os espaços perdidos na unidade de carga, investimentos envolvendo custos para a paletização do sistema e a aquisição de material adequado, peso, umidade e volume do pálete, os quais podem aumentar o custo do frete (Wikipédia, 2008). Com relação aos páletes de madeira, há problemas freqüentes com a sua qualidade, que pode diminuir sua vida útil; problemas com tratamentos fitossanitários, visto que é um produto orgânico que pode transportar organismos vivos como pragas e fitopatógenos. Além disso, há situações em que a legislação vigente dos locais da exportação apresentam restrições sobre a utilização dos páletes de madeira (Notícias REMADE, 2008).

Um aspecto negativo dos páletes de madeira observados em empresas situadas na América Latina (incluindo o Brasil) é a presença de defeitos como felpas e pregos mal colocados que danificam as embalagens dos produtos transportados. O acondicionamento inadequado de embalagens nos páletes também contribui para o aumento do dano nas cargas tanto no transporte como no armazenamento. Logo, são sempre necessários estudos de métodos de paletização e de melhoria de qualidade de páletes para a resolução desses problemas. Outro problema freqüente é que os páletes podem se apresentar muito úmidos, já que a madeira é mais facilmente trabalhada nas marcenarias quando está verde. Essa umidade elevada pode afetar a carga, especialmente no caso de paletização de produtos embalados em sacos de papel kraft.

Com relação à problemática ambiental, Leandro (2006) estudou o processo logístico de uma distribuidora de bebidas em Maringá-PR. Apesar dos páletes de madeira contribuírem com 65% da agilização na logística e serem utilizados em todo o transporte e armazenamento de bebidas, observou-se inadequado descarte da sua madeira. Os páletes danificados por inchaço e quebra e que não possuíam mais conserto eram destinados à incineração, processo considerado prejudicial à natureza pela liberação de gás carbônico na atmosfera. Para solucionar este impasse, a empresa adquiriu parceiros para compra desses resíduos que passaram a utilizar essa madeira como matéria-prima para outros processos (produção de caixas, por exemplo). Já a queima de páletes estragados de madeira para geração de energia em caldeiras de biomassa pode ser considerada uma medida ambientalmente correta, pois substitui combustível não renovável (óleo ou gás natural).

Maia (2001) apontou a preocupação ambiental envolvendo as embalagens dos produtos que são grandes geradoras de resíduos sólidos. Os páletes de madeira também contribuem para esse problema, fazendo-se necessários novos projetos de embalagens. Em estudo de caso conduzido na Fiat, empresa do ramo automobilístico, houve a troca de embalagens de madeira por outras produzidas com materiais de vida útil ainda mais longa. Tal medida contribuiu para a diminuição de resíduos.

Hoje, os páletes são considerados itens básicos para o sucesso da logística de cargas. Logo, problemas na qualidade com a entrega de páletes não conformes podem gerar graves perdas econômicas e até a perda de clientes (Notícias REMADE, 2008).

Madeira do Pinus na fabricação de páletes

Nos dias de hoje, a madeira de florestas plantadas de Pinus é bastante utilizada para a fabricação de páletes principalmente devido ao apelo ecológico que vivenciamos. Além disso, Pinus é uma madeira tradicional para a fabricação de páletes por já se conhecer os índices qualitativos (dados sobre densidade, resistência e retratilidade) nos vários testes de qualidade em que seus páletes são submetidos. A cor e o aspecto de sua madeira também facilitam na identificação visual, tornando-a ainda mais interessante (Sobral, 2005).

A madeira dos Pinus possui resistência relativamente baixa, sendo mais utilizada para a vedação dos páletes. Por outro lado ela é leve e não prejudica o peso da carga. Essa densidade baixa ainda favorece que alguns de seus componentes possam ser reforçados, sem aumentar o peso da embalagem de forma significativa. Deve-se ter cuidado em evitar rachaduras na madeira, principalmente dos eucaliptos. Isso é garantido por uma secagem adequada dos páletes, em condições controladas. Os páletes de madeira necessitam de especificações técnicas como garantia de seus componentes estruturais. Assim, os páletes são submetidos a testes de controle de conformidade e qualidade em seu desenvolvimento. Há diversas especificações que garantem a adequação dos produtos no mercado.

Hoje em dia, a maioria dos fabricantes de páletes de Pinus no Brasil, obedecem à “Especificação para Pálete de Distribuição Nacional” elaborada pelo “Comitê Permanente de Paletização” (http://www.abipla.org.br/recompp.htm). Nessa, a umidade da madeira de espécies de Pinus não deve ser superior a 22%, sua densidade deve ser de 400 kg/m³ e sua resistência à flexão deve ficar em no mínimo 340 kgf/cm² (http://www.pinuspalete.com.br/especificacoes.htm). Lembrar que quanto mais seca a madeira, maior é sua resistência mecânica e melhor para o usuário do pálete, que tem menos problemas de danos mecânicos e também se evita o umedecimento da carga ou o desenvolvimento de fungos indesejáveis na mesma.

Principais cuidados de produção e conservação dos páletes

Segundo Miguel (2001), os páletes de madeira, durante seu processo de montagem, devem ser tratados em estufas com fluxo contínuo e controlado para a retirada de umidade. Isso evita danos como rachaduras, empenamento e contaminação por microorganismos. Os principais processos a que a madeira de Pinus é submetida para a fabricação de páletes são: aplainamento, furação, faqueamento, fixação, colagem, secagem, desdobro, torneamento, desenrolamento e lixamento (Pinus Pálete, 2008).

Os páletes de madeira, quando bem elaborados e com os devidos cuidados de manuseio e conservação, possuem alta longevidade, podendo essa chegar a mais de 10 anos (Miguel, 2001).

Os principais cuidados no manuseio para a conservação dos páletes de madeira recomendados pelos fabricantes são: (a) reconhecer a capacidade de carga da empilhadeira, prevenindo-se contra danos tanto ao equipamento como à carga e aos páletes; (b) verificar condições de piso e obstáculos existentes no local de uso da empilhadeira - pulos devido às más condições de piso, bem como freadas bruscas e curvas fechadas requerem páletes ainda mais resistentes; c) adequar o garfo da empilhadeira às dimensões dos páletes; d) evitar instabilidade da pilha através do encaixe perfeito entre empilhadeira e pálete; e) planejar a sobreposição das embalagens para evitar danos nas cargas; f) não arrastar páletes, evitando danos também no piso e carroceria na hora do carregamento (Sobral, 2005). A isso tudo, sugerimos ainda o adequado treinamento dos operadores das empilhadeiras e forte conscientização dos mesmos ao respeito às cargas e às embalagens das mesmas.

Controle de qualidade dos páletes de madeira

O controle da qualidade de páletes de madeira envolve três fases: desenvolvimento, aprovação dos modelos e recebimento (Sobral, 2005). A madeira é o principal componente do pálete e por essa razão necessita de especificações de suas propriedades que são testadas como forma de garantia da sua qualidade. Os principais testes empregados são os de resistência à flexão, a choques e à compressão. Esses testes são: levantamento por garfos e impactos contra esses, queda rotacional, vibração e empilhamento do pálete. Outras especificações da matéria-prima necessária são: identificação da espécie de madeira, das dimensões do pálete, suas restrições de uso e teor de umidade (Sobral, 2005).

O produtor de páletes de qualidade deve evitar avarias e imperfeições na produção, diminuindo assim reclamações de seus usuários. Como conseqüência, páletes de qualidade tornariam o transporte de cargas mais eficiente pelo menor número de paradas e por apresentarem menos obstáculos de encaixe em sistemas automatizados (Araújo, 2005). Cabe lembrar que mesmo que os páletes sejam construídos com a mesma matéria-prima, pode haver diferenças na sua qualidade e em sua longevidade (Sobral, s/d).

Um dos índices avaliados na qualidade de páletes de madeira é a medida da dureza, também conhecida como “dureza de Janka”. O método de determinação consiste na inserção na madeira, na profundidade igual ao raio, de uma esfera de aço com diâmetro definido, medindo-se a força necessária para isso. Adicionalmente, pode-se obter a carga de ruptura na flexão da madeira. Outro método de ensaio para a determinação da dureza dinâmica da madeira apresenta maior correlação entre a dureza e a resistência à flexão e utiliza equipamentos bastante simples e acessíveis. Essa metodologia está publicada em “IPT-NEA 34 - Madeira - Determinação da dureza dinâmica” segundo Sobral (2005). A escolha dos métodos e a intensidade de elaboração dos mesmos devem levar em conta as normas internacionais, as condições de manuseio dos páletes e os testes sugeridos pelo IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (Sobral, 2005).

Existem várias restrições na elaboração dos testes de qualidade que na maioria das vezes apresentam dificuldades na realização devido à necessidade de equipamentos específicos e considerados de custo elevado, principalmente aqueles que realizam a medida de forças (Sobral, 2005). O ensaio da resistência à flexão da madeira é considerado por Sobral (2005) como um dos testes mais importantes pela função que o pálete desempenha, ou seja, pela sustentação do peso das cargas.

A especificação das propriedades da matéria-prima do pálete pode encarecer a sua fabricação, visto que até 20% das tábuas utilizadas podem ser descartadas por apresentarem defeitos como nós, rachaduras, encurvamentos, empenamentos, entre outros. Isso aumenta a necessidade de mão-de-obra, além de elevar custos com aquisição de material extra para a fabricação. A principal norma brasileira relativamente à amostragem da madeira para definição das imperfeições em toleráveis, graves ou críticas é a ABNT 5426 (http://www.abras.com.br/palete-pbr/especificacoes-tecnicas). A especificação da madeira do pálete atualmente é um dos fatores chaves para a qualidade do produto que geralmente possui uma padronização no mercado. Logo, a especificação ajuda a manter a concorrência no setor de fabricação do produto, podendo levar à diminuição de seu preço para o consumidor (Sobral, s/d).

Tratamentos fitossanitários da madeira

Existente desde 2002, uma das principais normas internacionais editadas pela FAO que sobrecai sobre os páletes de madeira é a “A Norma Internacional de Medida Fitossanitária NIMF nº. 15 http://www.americamfumigacao.com.br/legislacao/NORMA%20INTERNACIONAL%20
DE%20MEDIDA%20FITOSSANIT%C3%81RIA%20-%20NIMF%20N.%C2%B0%2015.doc
.

A norma aponta diretrizes a seguir para a certificação fitossanitária de embalagens e suportes feitos de madeira e utilizados na exportação e comércio internacional (Leandro, 2006; J.P.S., 2008). A norma exige que a madeira seja tratada contra pragas quarentenárias que caso de se instalarem nos países-destino podem causar danos. No Brasil, há as portarias (499/99, NT. 108 e 278/04) que exigem serviços quarentenários em alfândegas, portos e fronteiras visando impedir a entrada de pragas exóticas, principalmente do “besouro-chinês” (Anoplophora glabripennis), capaz de dizimar florestas. Os principais tratamentos da madeira exigidos pela norma são: fumigação (MB), tratamento com calor (AQF) e tratamento térmico (HT) (Leandro, 2006; Pálete de Madeira, 2008).

A fumigação consiste na exposição da madeira ao gás brometo de metila (Saron, 2000) nas concentrações de 80g/m³ e de 48g/m³ referentes à importação e exportação, respectivamente, ambos pelo período 24 horas de isolamento mais três horas de aeração da embalagem (Leandro, 2006; J.P.S., 2008). Após tal tratamento químico, a madeira recebe um certificado de expurgo emitido pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), comprovando o exigido pela norma.

O tratamento a calor deve ser cumprido obedecendo à portaria 499/99 146/00, NT. 108, 278/04 e NIMF nº 155 que determina a exposição da madeira após a inspeção a temperaturas de 56°C, capaz de eliminar pragas a no mínimo meia hora. Duas horas após esse tratamento, a carga já se encontra liberada, desde que tenha recebido o selo do MAPA (AQF) comprovando que esta está de acordo com as exigências normativas (Sobral, 2005; Leandro, 2006).

Os selos de certificação recebidos pelas embalagens submetidas aos tratamentos fitossanitários específicos devem cumprir as exigências do “Comitê Interino de Medidas Fitossanitárias” regido pela FAO. As informações necessárias são: sigla do país, credenciamento da empresa que realizou o tratamento e o tipo de tratamento empregado, obedecendo a esta ordem (Sobral, 2005).

Pálete PBR

Com a finalidade de promover intercâmbios de embalagens de páletes entre empresas e de atender as necessidades tanto de indústria como do comércio, o pálete PBR ou "pallet PBR" (http://www.abras.com.br/palete-pbr) foi lançado no mercado brasileiro em 1990 como o pálete padrão. Através da união de esforços do Comitê Permanente de Paletização (CPP), do IPT e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS), vários estudos e pesquisas foram realizados, assim como testes de qualidade, buscando um modelo e tamanho que pudessem ser utilizados pelo maior número de setores e segmentos possíveis, trazendo inúmeras vantagens, tais como: maior economicidade e eficiência em movimentação e armazenamento, maior facilidade na reutilização e melhor adequação aos espaços e às medidas dos equipamentos de transporte (Miguel, 2001; Wikipédia, 2008). Além disso, com a padronização, conseguiu-se elaborar um estoque de páletes economicamente viável para necessidades futuras. O pálete PBR é considerado o mais versátil, tendo alta aceitação no mercado e beneficiando inclusive os seus fabricantes. Já em 2005, 40% dos páletes vendidos no país eram os PBR (Wikipédia, 2008). Segundo Miguel (2001), com a padronização dos páletes, empresas que mantêm relações comerciais podem intercambiar seus páletes, aumentando a versatilidade e a agilidade de armazenamento e entrega.

Para a fabricação do pálete padronizado, a empresa deve seguir as especificações criadas pelo CPP e estar credenciada por esta entidade (Wikipédia, 2008; ABRAPAL, 2008). A ABRAPAL é a Associação Brasileira dos Fabricantes de Páletes PBR (http://www.abrapal.org). Hoje, existem dois tipos de pálete padrão de distribuição nacional que se diferenciam em suas dimensões: PBR 1 (1,00 x 1,20 x 0,144 m) e PBR 2 (1,25 x 1,05 x 0,144 m), esse último criado para atender aos transportadores de bebidas (Miguel, 2001). Ambos páletes PBR podem ser fabricados com madeira serrada de Pinus e de eucalipto e há exigências mínimas de resistência mecânica dessas. As espécies de madeira são divididas em grupo 1 e grupo 2. As do grupo 1 são menos resistentes que as do grupo 2, podendo ser utilizadas em vedação e como tábuas intermediárias. Já as madeiras do grupo 2 podem ser utilizadas em qualquer parte do pálete (todos os blocos). A madeira dos Pinus se enquadram no grupo 1, não podendo ter densidade de massa inferior a 400 kg/m³ com 15% de umidade, resistência a flexão (madeira verde) de 35 Pa e dureza “Janka” da madeira verde de 1700. Os principais defeitos não permitidos em madeiras destinadas à produção de páletes são: nós, rachaduras, inclinação, coloração ou manchas, bolsas de resina, furos de insetos, empenamento, esmoamento e odores.

Testes devem ser realizados e são especificados conforme a Norma Brasileira NBR 9192/dez-85 - "Páletes de Madeira - Materiais (Especificação)" da ABNT/INMETRO
(http://www.abre.org.br/cb23_normas.php ; http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt1248-2.html).


A umidade dos páletes padronizados também é outro item de qualidade a ser avaliado, não podendo ultrapassar os 22% nas faces superiores, 25% nas tábuas de liga e 30% nos blocos, tendo uma massa máxima de 42 kg por pálete. Há outras especificações com relação à padronização do material e forma dos conectores dos páletes. Todas essas medidas são essenciais para a qualidade do pálete e sua devida eficiência e economicidade final, facilitando também nos reparos e aumentando sua vida útil (ABRAPAL, 2008).

Tipos de páletes de madeira existentes

De acordo com Sobral (2005), há uma norma que classifica os páletes de acordo com a sua função e modelo que é a Norma de Terminologia para páletes, NBR 8254. Logo, o tipo de operação pode levar à escolha de três tipos de páletes: descartáveis, circulantes ou retornáveis e de uso repetitivo.

O pálete descartável geralmente é utilizado como alternativa ao pálete circulante e pode encarecer o preço do produto transportado por ser utilizado apenas uma vez e por necessitar de descarte adequado (ecologicamente correto). O pálete circulante é o mais utilizado pelo comércio varejista, principalmente pelos supermercados. Devido aos incentivos da ABRAS, grande parte desses páletes já se encontram padronizados. Os páletes de uso repetitivo são utilizados para o transporte e armazenamento de cargas.

O modelo do pálete também o diferencia em tipos e muitos desses obedecem às formas de inserção dos garfos da empilhadeira que se pode efetuar. Os principais são: páletes de duas entradas, páletes de quatro entradas, páletes de face simples e de face dupla e páletes com abas. Outros modelos bastante utilizados são os caixa páletes, páletes reversíveis e desquinados (Sobral, 2005).

Páletes de papelão produzidos com fibras kraft de Pinus

Os páletes de papelão sempre foram mais utilizados para os transportes de carga em exportações e hoje, devido às diretrizes de tratamentos fitossanitários a que os páletes de madeira são submetidos, estão sendo uma boa alternativa, economicamente viável e ecologicamente correta (Logística, 2006). Um dos principais tratamentos da madeira exigidos pelas normas de transporte internacional é a fumigação com o brometo de metila, produto que pode causar danos na camada de ozônio, é altamente tóxico e que possui custo elevado (AGEFLOR, 2006). Segundo J.P.S. (2008), além de isentos de certificação fitossanitária, os páletes de papelão são bastante utilizados em fretes aéreos que cobram pelo peso. Em média, um pálete de papelão pesa de 3,5-10 kg contra 20-40 kg do fabricado com madeira. Existem outras situações em que os páletes de papelão são utilizados, principalmente pela exigência do cliente, que não quer se responsabilizar em descartar o pálete de madeira (Verlangieri, 2006) ou que quer que o exportador pague pela sua incineração. As principais desvantagens dos páletes de papelão são o preço elevado quando comparados aos de madeira, a necessidade de mão-de-obra qualificada nos operadores, visto que estão mexendo com um produto mais frágil que é o papelão (J.P.S., 2008).

Já existem algumas indústrias que fabricam páletes de papelão ondulado derivado das fibras longas dos Pinus, inclusive no Brasil. Outros pontos positivos do pálete de papelão são as melhorias na capacidade de ventilação da carga armazenada e transportada, a maior proteção contra fungos e pragas, a segurança de melhor isolamento de umidade, o maior aproveitamento do espaço físico disponível na hora da estocagem, a possibilidade de ajustes na medida do pálete e, por ser 100% reciclável, o descarte do pálete de papelão é mais eficiente e barato (Irani, 2008; AGEFLOR, 2006).

Os páletes de papelão ondulado podem suportar até duas toneladas sem movimentação e 0,6 toneladas com movimentos, sendo considerado de elevada resistência mecânica (Irani, 2008).

Os páletes de papelão podem ser impermeabilizados com resina e utilizados em câmaras frias, podendo receber impressões de logomarcas. Existem vários modelos de páletes de papelão disponíveis no mercado, inclusive compatíveis com o padrão PBR 1 (Notícias REMADE, 2008).

Outros tipos de páletes contendo madeira ou fibras de Pinus


Outra alternativa são os páletes em painel OSB ("Oriented Strand Board") que também não necessitam de tratamentos fitossanitários, sendo outro produto do Pinus. Isso porque o processo de fabricação do painel esteriliza a madeira. Tal pálete possui também partes feitas em papelão e geralmente possui preço superior aos páletes de madeira, mas são mais econômicos quando comparados aos páletes de papelão (Notícias REMADE, 2008).

O pálete de madeira prensada, fabricado com pedaços ou serragem de madeira e resina sintética submetidos a altas temperaturas é outro produto do Pinus que não necessita de fumigação para a exportação. Possui uma umidade bastante reduzida variando de 6 a 8 %. Isso evita que umidade seja transferida do pálete para a carga durante os processos de armazenagem e transporte (Logística, 2006). Nesse tipo de páletes, pode-se inclusive moldar o pálete em formatos variados, específicos ao produto a ser transportado. Tais páletes são considerados ecologicamente corretos, pois se baseiam em uso de resíduos de madeira.

Outro produto descartável usado em logística e movimentação de materiais e que pode ser fabricado a partir de Pinus é o cartão ou papelão “Slip Sheet” ou "folha deslizante"
(http://www.nei.com.br/lancamentos/verLancamento.aspx?id=7421)
.

Segundo Oliveira (2007), é uma lâmina de papel kraft reforçada com resina e que possui benefícios por ser totalmente descartável, não prolifera fungos, gera economia de espaço e segurança no manuseio por não possuir farpas nem pregos; contudo exige adaptações de empilhadeira e garfos.

Considerações finais

Os páletes de madeira são os mais utilizados na logística nacional e internacional, não havendo muitos outros produtos capazes de substituí-los totalmente (Notícias REMADE, 2008). São indiscutíveis os benefícios que os páletes trazem para o transporte de cargas e armazenagem dos produtos, tornando tais processos cada vez mais eficientes, principalmente com a fabricação de páletes padronizados e de melhor qualidade.

Com a crescente preocupação ambiental, a qualidade dos páletes de madeira e os cuidados com o manuseio e conservação são medidas essenciais para aumentar a sua durabilidade, evitando o desperdício de madeira, material que se encontra em crescente demanda no mercado interno e externo.

A madeira de Pinus, por ser originária de plantações florestais, inclusive ambientalmente certificadas em muitos casos, ganha espaço adicional para seu uso como matéria-prima dos páletes. Isso tanto para a fabricação de páletes padronizados no Brasil como em outras partes do mundo. É possível a produção de páletes de Pinus com elevada qualidade e durabilidade, substituindo-se a utilização de madeiras de florestas nativas para essa finalidade.

Futuramente, os páletes de madeira com certeza não serão tão exclusivos, podendo inclusive perder espaço para outros compostos de materiais de fibras orgânicas, como é o caso do papelão e diversos tipos de resíduos. Segundo Araújo (2005), uma grande tendência futura é a diminuição do tamanho e peso dos páletes. Já na Europa criaram-se os páletes de meia carga pelas quantidades de produtos cada vez menores desejadas pelos clientes.

Um dos principais problemas atuais dos páletes de madeira é ainda a falta de qualidade e a origem da madeira de que é derivado. Logo, controles eficientes dos órgãos governamentais e melhor fiscalização fitossanitária sobre os produtos são medidas que devem ser aprimoradas para a melhoria de seu desempenho na logística (Notícias REMADE, 2008).

A reciclagem da madeira de páletes descartados, infelizmente, ainda é uma grande problemática que encontramos no nosso país. Há necessidades de incentivos para o descarte correto desse material e/ou seu reaproveitamento para outras finalidades (Leandro, 2006).

Mais estudos deveriam ser realizados no Brasil, buscando métodos de controle de qualidade de madeira mais acessíveis aos fabricantes e usuários, bem como pesquisas que visem a melhor conservação, descarte, reuso e manuseio dos páletes e o desenvolvimento de novas tecnologias e processos logísticos que potencializem os seus já enormes benefícios.


Referências bibliográficas e sugestões para leitura


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Acesso em 22/09/2008
http://www.abrapal.org/downloads/Especif-PBR-1.doc

Bioseta. Tratamentos fitossanitários. Acesso em 22/09/2008
http://www.bioseta.com.br/fitossanitario.html

J.P.S. Comércio de Madeiras e Embalagens Ltda- Páletes de Plástico, de papelão, de madeira e usados. Acesso em 22/09/2008
http://www.kitfesta.oi.com.br/pal_madeira.htm (Madeira)
http://www.pallets.oi.com.br/pal_papelao.htm (Papelão)
http://www.pallets.oi.com.br/nimf15.htm (Normas internacionais)
http://www.pallets.oi.com.br/pal_madeira_usado.htm (Usados)

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http://www.irani.com.br/casos/caso.php?id=36&caso_id=10

Safetywood. Tratamento de embalagens para exportação
. Acesso em 22/09/2008
http://www.safetywood.com.br

Folha para toda obra. Revista EmbalagemMarca. Acesso em 22/09/2008
http://www.embalagemmarca.com.br/embmarca/content/
view/full/2049?eZSESSIDembmarca=665c0537499adaae02981309cc1e3cd3

Nova instituição normativa do MAPA. Parte 1. Acesso em 22/09/2008
http://www.sicaf-ambiental.com.br/index.cfm?fuseaction=ShowArticle&cd_Artigo=15

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Produtores e comercialização de páletes de Pinus (apenas para conhecimento - não entender como referências para compras):

Atlanwood: http://www.atlanwood.org/11_productos_pt.pdf

Bioseta: http://www.bioseta.com.br

Chapas Madeirite: http://www.chapasdemadeirite.com/pallets.html;
http://www.chapasdemadeirite.com/pinus.html


EMMAD – Embalagens de Madeiras Ltda: http://www.emmad.com/inicio.php

Guaçupack: http://www.guacupack.com.br/empresa.php

Ipê Páletes: http://www.ipe.ind.br

IPI Páletes: http://www.ipipaletes.com.br/paletepbr.html

Irani S/A: http://www.irani.com.br/estrutura.php?id=104

JM Páletes: http://www.jmpaletes.com.br/exportacao.php

José Bráulio Páletes: http://www.josebraulio.com.br

Madeiras.CC: http://www.madeiras.cc/pallets.html

Paineiras: http://www.abpaineiras.com.br

Pálete S/A: http://www.paletesa.com.br

Pallets ou pallets e madeiras: http://www.pallets.ind.br/pallets%20de%20pinus.html

Pallets Paulista: http://www.palletspaulista.com.br

Pallet do Brasil: http://www.palletdobrasil.com.br

Pinus
Pálete: http://www.pinuspalete.com.br/especificacoes.htm;
http://www.pinuspalete.com.br

Red embalagens – logística:
http://www.redembalagens.com.br/index.php?p=produtos

Rigesa: http://www.nei.com.br/lancamentos/listalancamentos.aspx?ep=7883&w
Busca=Rigesa%20Celulose%20Papel%20e%20Embalagens%20Ltda.


Silbeyer: http://www.silbeyer.com.br/produtos.html

Tarin Páletes:
http://tarinpaletes.blogspot.com

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