Editorial
Caros
amigos interessados pelos Pinus,
Estamos lhes trazendo a 24ª Edição da nossa PinusLetter. Mais
uma vez, estamos nos esforçando para lhes trazer temas relevantes
e assuntos interessantes e atuais para sua leitura. Nessa edição,
continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e de
outras coníferas, bem como à preservação
de nossos recursos naturais e à sustentabilidade das plantações
florestais. Também nessa edição, continuamos a
dar o merecido destaque a pessoas de nossa comunidade técnica-científica,
as quais trazem, com seus trabalhos, esforços e talentos, contribuições
muito relevantes na agregação de conhecimentos sobre
os Pinus. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse
e agrado.
A seção "As Coníferas
Ibero-Americanas" traz como destaque algumas
das principais características de "Pseudotsuga
menziesii", uma Pinaceae nativa
da América do Norte, porém, já bastante cultivada
para uso comercial em muitos países, inclusive em alguns da
América Latina, como ocorre na Patagônia chilena e na argentina.
Em sua região de origem, P. menziesii é conhecido
como "Douglas Fir" (abeto de Douglas), em homenagem ao botânico
David Douglas, que introduziu muitas espécies arbóreas
na Europa, ou também de "Oregon Pine", por se tratar
da árvore
símbolo daquele estado dos EUA. Observem algumas das principais
características morfológicas do pinheiro-do-Oregon, sua
abrangência, informações sobre as variedades e
alguns dos resultados de pesquisas que abordam principalmente as regiões
de maior potencialidade para o seu cultivo como planta exótica,
além de estudos sobre seu melhoramento genético.
"Caixas e Palitos de Fósforo" é outro assunto
desta edição, trazendo como destaque curiosidades
acerca desses importantes produtos da madeira do Pinus.
Há também uma breve descrição da história
do palito de fósforo no Brasil e no mundo. O texto
também aponta outras finalidades para esse artefato de madeira,
além de geração de luz e utilização
para acender o fogo para a elaboração de alimentos.
A seção "Referências
Técnicas
da Literatura Virtual" destaca novamente "Teses
e Dissertações de Universidades". A
Universidade homenageada nesta edição é a UNESP
- Universidade Estadual Paulista". Essa importante
instituição
de ensino e pesquisa do estado de São Paulo possui quatro campi com
carreiras agro-florestais e químicas (Botucatu, Itapeva,
Ilha Solteira e Jaboticabal), os quais são importantes colaboradores
do desenvolvimento do setor florestal brasileiro, tanto pela formação
de profissionais de qualidade ligados à área, como
também pela elaboração de estudos que buscam
solucionar os problemas florestais, não apenas para o estado
de São Paulo, mas também para todo o Brasil.
A seção "Referências
sobre Eventos e Cursos" será novamente
substituída por "Pragas
e Doenças dos Pinus" nessa edição,
a qual relata alguns dos principais problemas fitossanitários
dessa cultura florestal, desde o setor de viveiros até o
processamento final da madeira. Conheçam sobre aspectos biológicos,
ecológicos, danos e formas de controle para o "Gorgulho-do-Pinus".
Há também disponíveis diversos artigos que trazem
alguns recentes avanços tecnológicos para o combate
a essa importante praga no Brasil e em outras regiões.
Visitem ainda os "Pinus-Links", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet referenciados.
Não deixem de ler também nessa edição as principais vantagens que as "serrarias móveis ou portáteis" podem apresentar aos pequenos proprietários rurais e como resultados de pesquisas comprovam a agregação de valor à madeira do Pinus que passa a ser vendida não mais como tora e sim como tábuas semi-beneficiadas.
Através do nosso "Mini-artigo técnico" dessa edição, trazemos informações sobre "a obtenção
industrial de terebintina de Pinus". Confiram o que é, tipos existentes, principais usos, formas e tecnologias de extração desse importante produto das árvores dos Pinus.
Aos Patrocinadores e
aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento pela oportunidade, incentivo e ajuda para que possamos levar ao público alvo, que cada vez é maior, muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas que são as dos Pinus e também as de outras coníferas comercialmente e ecologicamente importantes para nossa sociedade.
Esperamos
estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias oportunidades que as plantações florestais do gênero Pinus oferecem ao Brasil, América Latina e Península Ibérica, levando sempre mais conhecimentos também sobre os produtos derivados dos Pinus para a sociedade e sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.
Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:
ABTCP -
Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)
KSH
- CRA Engenharia Ltda
(http://www.ksh.ca/en/)
Um
forte abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
As
Coníferas Ibero-Americanas: Pinheiro-do-Oregon (Pseudotsuga
menziesii)
Caixas
e Palitos de Fósforo de Pinus
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - UNESP - Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Pragas
e Doenças dos Pinus --- Gorgulho-do-Pinus
Pinus-Links
Serrarias
Móveis ou Portáteis
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Produção
Industrial de Terebintina de Pinus
As
Coníferas Ibero-Americanas
Pinheiro-do-Oregon (Pseudotsuga
menziesii)
Pseudotsuga menziesii, conhecido na língua portuguesa
como pinheiro-do-Oregon é uma conífera nativa da América
do Norte, mais especificamente do Canadá (British Columbia) e
dos Estados Unidos da América, compreendendo principalmente os
estados da Califórnia, Washington, Oregon e Nevada. Em sua região
de origem, a árvore é comumente chamada de “Douglas
Fir” (em homenagem ao botânico David Douglas, reconhecido
por introduzir muitas coníferas americanas na Europa) ou também
de “Oregon Pine” (pinheiro-do-Oregon), pois é considerada
símbolo do estado de Oregon (Wikipédia, 2010).
Devido à sua semelhança morfológica com outras coníferas,
principalmente de gêneros da família Pinaceae, no passado,
o pinheiro-do-Oregon já foi confundido e classificado erroneamente
por botânicos da época como Abies, Pinus, Picea, Tsuga e
até mesmo Sequoia. Todas essas árvores eram mais conhecidas
e estudadas naquele tempo. Porém, a diferença existente
nos seus cones resultou na separação de um novo gênero
taxonômico (Pseudotsuga) em 1867 (Wikipédia, 2010). Até hoje,
a espécie P. menziesii, apesar de bastante abundante na América
do Norte, é considerada taxonomicamente complexa, possuindo duas
variedades que se distinguem principalmente pela sua evolução
ecológica em ambientes distintos. Elas são: var. glauca e var. caesia. Porém, muitos taxonomistas classificam-nas como
diferentes espécies ou sub-espécies dentro do mesmo gênero,
ainda havendo motivos para muitos estudos e discussões futuras
sobre o assunto (Wikipédia, 2010). A própria Gymnosperm
Database (2010) também relata a variedade P. menziesii var. menziesii como sendo a principal e mais representativa da espécie.
O pinheiro-do-Oregon pode-se estabelecer em regiões montanhosas
com até 2300 metros de altitude ou em áreas abaixo de 240
metros, possuindo uma vasta área de distribuição
geográfica natural (Gymnosperm Database, 2010). Já foi
introduzido com sucesso em várias outras regiões do mundo,
sendo inclusive cultivado comercialmente em regiões da América
do Sul, como nas Patagônias chilena e argentina, na Europa (Inglaterra
e Portugal), na Austrália e na Nova Zelândia. Nesse último
país, mostra capacidade para se reproduzir e regenerar naturalmente,
já alcançando o status de espécie invasora, inclusive
ameaçando algumas florestas nativas (Wikipédia, 2010).
A espécie é cultivada principalmente pelas características
de sua madeira, a qual é ideal para a serraria, construção
civil e carpintaria. No passado, sua madeira já foi muito requisitada
para a elaboração inclusive de partes de aviões
e navios. Em algumas regiões onde é endêmica, é a árvore
mais cultivada e consumida até os dias de hoje (Wikipédia,
2010). A madeira de P. menziesii consegue valores comerciais bastante
elevados na região da Patagônia argentina devido à alta
demanda e principalmente pela elevada qualidade, quando comparada às
de outras coníferas produzidas na região (Tejera e Davel,
2005). Nos Estados Unidos é uma das espécies mais requisitadas
como pinheiro natural de Natal devido à beleza de seu formato,
de seus ramos e coloração de suas folhas (Wikipédia,
2010).
O pinheiro-do-Oregon, quando adulto e em plena maturidade, possui estatura
média a alta podendo alcançar até 90 a 100 m de
altura em árvores mais antigas. Suas folhas são verdes-amareladas,
planas e lineares, envolvendo completamente seus ramos. O tronco tem
diâmetros que podem atingir 440 cm em árvores seniores e
os cones femininos podem variar de 6 a 10 cm de comprimento. Por essas
dimensões relatadas é considerada uma das maiores árvores
existentes no hemisfério norte (Gymnosperm Database, 2010).
A elevada qualidade da madeira de P. menziesii faz com que diversas pesquisas
venham sendo conduzidas principalmente nas regiões com potencial
para o desenvolvimento da espécie como exótica. O pinheiro-do-Oregon
não necessita de solos férteis para o seu desenvolvimento,
todavia não tolera a falta de água nem locais sombreados,
sendo também resistente às queimadas. Tais características
se mostram como vantagens ao pinheiro, pois suas mudas conseguem se sobressair
em termos competitivos às de outras espécies mais sensíveis
ao fogo ou a solos pobres. Logo, muitos estudos buscam descobrir quais
as regiões ideais para plantações do pinheiro-do-Oregon
no mundo, objetivando também a adaptabilidade e o melhoramento
genético da espécie.
Fontes et al. (s/d) estudaram quais as
melhores regiões de Portugal
para o bom desenvolvimento de P. menziesii. Isso foi feito através
da modulação da produtividade e do crescimento em altura
dominante de povoamentos com relação aos aspectos ambientais.
Os resultados apontam que 8% da área existente de floresta portuguesa
tem potencial para bom desenvolvimento do pinheiro-do-Oregon, o que corresponde
a 250 mil hectares. As áreas mais aptas ao cultivo de P. menziesii situam-se no litoral norte do país que possui altitudes entre
500 – 1000 m e precipitação líquida superior
a 1000 mm por ano. O centro-norte português é um pouco menos
aceitável para a espécie, pois oferece precipitação
líquida acima de 400 mm.
Davel et al. (2005) estudaram a densidade básica da madeira
de P. menziesii de povoamentos da Patagônia argentina, relacionada às
condições ambientais e ao crescimento das árvores
dominantes. A densidade básica obtida para a madeira madura
foi de 0,38 g/cm³. Os estudos indicaram que quanto maior a produtividade
do sítio, maior foi o crescimento; porém, menor a densidade
alcançada.
Há muitos outros estudos realizados com P. menziesii. Conheçam
alguns desses resultados disponíveis na internet acessando os
links a seguir. Abaixo, também encontram-se textos técnicos
que ilustram as principais características da espécie,
suas funções, abrangência, taxonomia, além
de possuírem belíssimas imagens e fotos.
Douglas-fir. Wikipédia. Acesso em 23.01.2010:
As principais informações que a enciclopédia virtual
Wikipédia apresenta discorrem sobre as características
morfológicas e taxonômicas da espécie. Há ainda
muita informação sobre as principais finalidades, variedades,
principais doenças e algumas curiosidades da espécie.
http://en.wikipedia.org/wiki/Douglas-fir (em Inglês)
Pseudotsuga
menziesii (Abeto de Douglas). IvanGonFer.
WikiSilva. Universidade de Vigo. Acesso em 23.01.2010:
Magníficas aulas de silvicultura através da interessante
página Wiki da Univerrsidade de Vigo. Conheçam mais do
pinheiro-do-Oregon, seus dados taxonômicos, sua silvicultura, qualidade
da madeira, utilizações, aspectos fitossanitários,
etc.
http://silvicultura.wikispaces.com/Pseudotsuga+menziesii
Pseudotsuga
menziesii. Gymnosperm Database. Acesso em 23.01.2010:
A webpage especializada na descrição de coníferas
caracterizou muito bem Pseudotsuga menziesii e sua variedade Pseudotsuga
menziesii var. menziesii, relatando os aspectos morfológicos das
principais partes da árvore, como cones, folhas, troncos, dentre
outros. Observem também a distribuição geográfica
e as funções estabelecidas para o pinheiro-de-Oregon, além
das fotos e imagens disponíveis.
http://www.conifers.org/pi/ps/menziesii.htm (em Inglês)
http://www.conifers.org/pi/ps/menziesii2.htm (em Inglês)
Oregon pine (Douglas-fir) – Pseudotsuga menziesii – Pinaceae – Conífera
(Softwood). Mundo Florestal. Acesso em 23.01.2010:
A página da internet “Mundo Florestal” traz as principais
características e finalidades da madeira de Pseudotsuga menziesii.
http://www.mundoflorestal.com.br/mediawiki/index.php/Oregon (em
Português)
Area
forestal INTA. L. Tejera. MemoEsquel. Apresentação
em PowerPoint:18 slides. (2008)
http://www.inta.gov.ar/esquel/ins/memoesquel08_forestal.pdf (em Espanhol)
Resumo:
Producción de semillas: un servicio estratégico
para la actividad forestal regional. N. de Agostini; G. Basil;
F. Letourneau; E. Andenmatten. EcoForestar 2007 - Primera Reunión
sobre Forestación
en la Patagônia. 01 pp. (2007)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/deagostini.pdf (em Espanhol)
Uso
de espectroscopia infrarroja y análisis
multivariado para predecir la densidad de la madera de pino Oregón. M. A. Acunaa; G. E. Murphya. Bosque 28(3): 187-197. (2007)
http://mingaonline.uach.cl/pdf/bosque/v28n3/art02.pdf (em Espanhol)
Modelo
de rendimiento forestal. E. Andenmatten; F. Letourneau. Idia XXI:
33-36. (2005)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/manejo01.pdf (em Espanhol)
Establecimiento
de pino Oregón
en Patagonia. L. Tejera; M. M. Davel. Idia XXI: 95-98. (2005)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/manejo15.pdf (em Espanhol)
Estrategia
de mejoramiento genético de pino ponderosa y pino
Oregón para la región Patagónica. A. M. Méier;
L. Gallo; V. Mondino. Idia XXI: 185-190. (2005)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/genetica11.pdf (em Espanhol)
Densidad
básica de la madera de pino Oregón y su relación
con las condiciones de crecimiento en la Patagonia Andina Argentina.
M. M. Davel; A. Jovanovski; D. M. Bell. Bosque 26(3): 55-62. (2005)
http://mingaonline.uach.cl/pdf/bosque/v26n3/art06.pdf (em Espanhol)
Planilla
de cálculos para la simulación del trozado de
fustes de pino Oregón y pino ponderosa. E. Andenmatten; F. Letourneau.
INTA. Comunicacion Técnica 24. 04 pp. (2003)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/ct24.pdf (em Espanhol)
Mejoramiento
genético en pino ponderosa y pino Oregón.
V. Mondino; A. M. Méier; L. Gallo. CIEFAP – Patagonia Forestal
1: 06-08. (2003)
http://ciefap.org.ar/patagoniaforestal/2003-1/genetico.pdf (em Espanhol)
Método del sitio de referencia para la estimación predial
de calidad de sitio. E. Andenmatten; C. López; F. Letourneau.
INTA. Comunicacion Técnica 21. 10 pp. (2002)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/ct21.pdf (em Espanhol)
Aportes
a la dasometría de plantaciones de pino Oregón
y pino ponderosa en Patagonia. E. Andenmatten; F. Letourneau. INTA. Comunicacion
Técnica 16. 31 pp. (2001)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/ct16.pdf (em Espanhol)
Pino
Oregón (Pseudotsuga menziesii Mirb) Franco. Índice
de densidad de Reineke para la región Andino Patagónica. E. Andenmatten; M. Rey; F. Letourneau. INTA. Centro Regional Patagonia
Norte. 07 pp. (2000)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/ct11.pdf (em Espanhol)
Curvas
de índice de sitio y crecimiento en altura, para pino
Oregón [Pseudotsuga menziesii (Mirb) Franco],
de aplicación
en la región Andino Patagónica de Chubut y Río Negro,
Argentina. E. Andenmatten; F. Letourneau. Centro Regional Patagonia
Norte. INTA. Informe Técnico nº 09. 10 pp. (2000)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/ct09.pdf (em Espanhol)
Tablas
de rodal para pino ponderosa y pino Oregón, en la región
Andino Patagónica de las provincias de Chubut y Río Negro,
Argentina. E. Andenmatten; F. Letourneau. INTA. Comunicacion Técnica
06. 11 pp. (2000)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/ct06.pdf (em Espanhol)
Tarifa
de volumen para pino Oregón [Pseudotsuga menziesii (Mirb)
Franco], en la región Andina de las Provincias de Chubut y
Río Negro.
M. Rey; E. Andenmatten; F. Letourneau. INTA. Comunicacion Técnica
nº 05. 08 pp. (2000)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/ct05.pdf (em Espanhol)
Elección de alternativas de cosecha para una plantación
de pino Oregón, en la Comarca Andina, según criterios de
rentabilidad económica. F. Letourneau; E. Andenmatten. INTA. Comunicacion
Técnica nº 12. 13 pp. (2000)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/silvicul/ct12.pdf (em Espanhol)
Herramientas
de cubicación para pino Oregón
[Pseudotsuga menziesii (Mirb) Franco] ubicado en la zona de Valdivia. C. Torrubiano;
H. Salinas. Bosque 19(2): 11-21. (1998)
http://mingaonline.uach.cl/pdf/bosque/v19n2/art02.pdf (em Espanhol)
Utilización de pino Oregón en la fabricación de
tableros de partículas resistentes a la intempérie. M.
Peredo L.; J. Wolff L. Bosque 14(1): 13-22. (1993)
http://mingaonline.uach.cl/pdf/bosque/v14n1/art02.pdf (em Espanhol)
Modelação da produtividade da Pseudotsuga
[Pseudotsuga menziesii (Mirb.) Franco] em função dos factores de estação.
L. Fontes; M. Tomé; J. S. Luis; P. Savill. Cernas. (s/d)
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T2-46.pdf (em Português)
Imagens sobre o pinheiro-do-Oregon:
Imagens Google:
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Pseudotsuga%20menziesii&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi (Pseudotsuga menziesii)
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Douglas+fir&rlz=1I7RNTN_pt
-BR&um=1&ie=UTF-8&ei=4_hzS9TZBszuAfmquS4CQ&sa=X&oi=image_result_
group&ct=title&resnum=1&ved=0CBgQsAQwAA ("Douglas
Fir")
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&um=1&q=%22Pino+oregon%22&sa=N&start=108&ndsp=18 ("Pino Oregon")
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&um=1&sa=1&q=%22oregon+pine%22&aq=f&oq=&start=0 ("Oregon Pine")
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&um=1&sa=1&q=%22Pinheiro-do-oregon%22&aq=f&oq=&start=0 (Pinheiro-do-Oregon)
Imagens FlickR
http://www.flickr.com/search/?w=all&q=Pseudotsuga+menziesii&m=text (Pseudotsuga menziesii)
http://www.flickr.com/search/?w=all&q=douglas+fir&m=text ("Douglas-fir")
http://www.flickr.com/search/?w=all&q=oregon+pine&m=text ("Oregon
Pine")
Caixas
e Palitos de Fósforo de Pinus
Os palitos de fósforo são
mais um dos importantes produtos obtidos dos Pinus. Em muitos
casos, quando as suas caixas são feitas de madeira laminada e não de papel
cartão, também elas são produzidas a partir de
lâminas de madeira de Pinus. Mesmo o papel cartão também
pode conter fibras celulósicas de Pinus. Portanto,
ao tomar nas mãos uma caixinha de fósforo no Brasil, Argentina,
Chile e outros países latino-americanos e ibéricos, estamos
mais uma vez, e com muitas possibilidades, encontrando nossos amigos Pinus oferecendo
benefícios à Sociedade.
Os fósforos foram inicialmente inventados para gerar o fogo,
utilizado pelo homem desde os primórdios da humanidade para
a preparação de alimentos, gerar calor, produzir luz à noite,
entre outros usos. Existem relatos de que foram os chineses os precursores
dos palitos em chamas (577 A.C.) Esses eram produzidos com pequenos
palitos de Pinus impregnados com enxofre (Wikipédia,
2009).
O fósforo é o elemento responsável pela geração
de faíscas no palito que utilizamos na atualidade. Esse elemento
foi descoberto por acaso no ano de 1669 pelo alquimista alemão
Henning Brandt, quando tentava transformar urina em ouro. O físico
Robert Boyle ficou sabendo da descoberta e passou a estudá-lo,
colocando o fósforo em contato com uma vareta com enxofre, que
ao ser friccionada gerava o fogo. Porém, só em meados
de 1827 que um precursor do atual palito de fósforo foi inventado
pelo farmacêutico inglês John Walker. Esses eram demasiadamente
grandes e perigosos, pois pegavam fogo sozinhos e também eram
produzidos com elementos tóxicos. Apesar disso, na mesma época,
Alonzo D. Phillips, dos Estados Unidos, conseguiu a patente para a
fabricação de fósforos de fricção
chamados de “locofocos”. Esses também eram caros,
sendo mais um motivo para que a população relutasse em
aceitá-los. Então, em 1844, o químico sueco Gustaf
Erik Pasch passou a estudar formas de tornar o produto mais seguro,
desenvolvendo os palitos de fósforo seguros com a substituição
de seus componentes por outros menos inflamáveis. Depois, John
Edward Lundstron realizou experimentos onde separou os elementos da
ponta do palito necessários para a produção de
fogo. Uma parte permaneceu sobre o palito e outra foi acondicionada
junto ao material abrasivo ao lado da caixinha. Os resultados foram
excelentes, resolvendo definitivamente os problemas de segurança.
Essa separação dos elementos entre palito e caixa é utilizada
até os dias atuais (Badô, 2010).
Em 1892, foi patenteada a primeira caixinha com palitos de fósforo
feitos de papelão. A idéia surgiu quando o advogado Joshua
Pusey, apreciador de charutos, percebeu que o bolso de seu colete não
comportava a quantidade de fósforos que pretendia levar para
uma festa. O invento também contempla o Pinus como
uma das principais matérias-primas, visto que sua fibra longa é bastante
apreciada para a confecção do papelão, tornando-o
resistente e ao mesmo tempo menos volumoso do que os palitos de fósforo
de madeira (Ramos, 2010).
Atualmente, o palito de fósforo é constituído
por madeira mole ou papelão. Ambos são impregnados em
uma de suas extremidades com substância que auxilia na queima
(o mais comum é o uso do clorato de potássio, o qual
libera oxigênio; e também a parafina, que dá energia à combustão).
Na parte de fora da caixinha na qual os palitos são armazenados
há uma faixa contendo um produto abrasivo que possui o chamado
fósforo vermelho (trissulfuretofosfórico - P4S3). Medeiros
(2004) relatou que os principais componentes existentes na superfície
abrasiva da caixinha de palitos de fósforo são: fósforo,
sulfeto de antimônio - Sb2S3, trióxido de ferro - Fe2O3
e goma arábica. Quando a cabeça do palito é friccionada
nessa região há a retirada de fósforo que reage
com o clorato de potássio, incendiando os demais constituintes
do palito, o que inclui a madeira (Badô, 2010; CreativeCommons,
2006).
O palito de fósforo começou a ser fabricado no Brasil
no início do século XX, tendo como indústrias
precursoras: Companhia Fiat Lux de Fósforos de Segurança
(CreativeCommons, 2006), a Cia Argos e Guarany (Jornal de Jundiaí,
2009) e a Cia. Fabril Paranaense (Wikipédia, 2009). Esta última
iniciou suas atividades no ramo em 1913 em Curitiba. O povo brasileiro
aceitou prontamente o produto, utilizando-o até os dias de hoje
com bastante freqüência, até mesmo considerando-o
indispensável para nossos cidadãos (CreativeCommons,
2006).
A madeira ideal para a produção de palitos de fósforo
deve ser porosa e suficiente para uma boa impregnação
dos produtos e ao mesmo tempo tem que ser rígida, agüentando
a força que lhe é exercida durante a fricção
da ponta do palito com a superfície abrasiva. A madeira dos
pinheiros é bastante propícia para a confecção
dos palitos de fósforo, em especial algumas espécies
do gênero Pinus como Pinus taeda, Pinus elliottii,
Pinus strobus, Pinus flexilis, Pinus monticola. Também as madeiras de Araucaria
angustifolia e as do álamo (gênero Populus da família
das Salicaceae) são usadas e mostram muita qualidade para tal
finalidade. Segundo Compañía Chilena de Fósforos
(2010), a madeira de qualidade para a produção de palitos
necessita ser livre de nós ("clearwood"). Isso faz
com que as árvores com tal destino sejam desbastadas e desramadas
com freqüência e de forma correta. Os álamos (Populus
sp.) recebem extenso tratamento fitossanitário possuindo ciclos
de no máximo de 12 anos. A madeira do álamo é uma
das mais requisitadas para a fabricação de palitos de
fósforo no Chile, pois possui densidade inferior à do
Pinus radiata, sendo, portanto mais maleável (Compañía
Chilena de Fósforos, 2010).
Durante a fabricação dos palitos de fósforo, as
toras são descascadas, cortadas e passam por máquinas
que laminam sua madeira em camadas muito finas. Essas lâminas
podem ser usadas tanto para a fabricação das caixinhas
e gavetas das caixinhas, como para os próprios palitos. Isso
depende muito das regulagens para as dimensões dessas lâminas
em espessura. Posteriormente, as lâminas são cortadas
exatamente nas dimensões de palitos desejadas. Existem palitos
de comprimento distintos, sendo que os palitos mais usuais possuem
4 ou 5 cm. Os palitos longos de 5 cm estão se popularizando
bastante nos mercados. Os palitos são secados, contados e passam
por peneira de classificação para separar os com imperfeições
até serem armazenados em caixas devidamente registradas, esperando
para a fabricação dos fósforos. Depois disso,
eles voltam novamente para uma linha de produção, onde
são suspensos em uma das extremidades, ganhando um banho de
produtos líquidos na sua outra ponta. Assim é formada
a cabeça do palito de fósforo. Após, eles são
secos, novamente classificados e contados, sendo acondicionados em
caixinhas. Estas recebem o rótulo e a faixa que contem o elemento
fósforo e o material abrasivo. Depois disso, são embaladas
e comercializadas indo para as casas de milhares de pessoas, servindo
para as mais diversas funções (Compañía
Chilena de Fósforos, 2010). Existe uma animação
interessante do processo produtivo no website da Fosforeira Brasileira
para ilustrar esse processo: http://www.fosforeirabrasileira.com.br/linha_producao.html.
Dentre as utilizações do fósforo, a principal
com certeza é a utilização nas cozinhas para preparação
de alimentos; porém, existem pessoas que colecionam caixas de
fósforos do mundo todo. Outras realizam arte nos palitos, fazendo
belas esculturas delicadas, criativas e muito minuciosas. Os próprios
palitos após acesos servem para a elaboração desse
tipo de arte (esculturas de palitos de fósforo reciclados),
agregando valor a um material comumente descartado. De acordo com Wikipédia
(2010), mais 500 bilhões de palitos de fósforo são
usados a cada ano no mundo, gerando resíduo considerável.
Logo, seu uso e descarte devem ser feitos de forma consciente, respeitando
a natureza.
No Brasil, as caixinhas de palitos de fósforo são utilizadas
como instrumentos de percussão de baixo custo, incrementando
ritmos de diversas rodas de samba (Wikipédia, 2010).
Conheçam um pouco mais sobre a história dos palitos de
fósforo, seu funcionamento, tecnologias de produção
e arte produzida com esses produtos dos Pinus nos websites indicados
a seguir.
The Virtual Mach Box Label Museum. Acesso em 25.01.2010:
Esta é a webpage para colecionadores de caixas de palitos de
fósforo. Nela você pode encontrar fotos de marcas de todas
as partes do mundo, inclusive do Brasil. Há ainda artigos em
inglês que abordam o avanço tecnológico da fabricação
deste produto, incluindo figuras e fotos.
http://phillumeny.onego.ru/collect/articles/phil36/1.html (Tecnologia
da produção após 1911)
http://phillumeny.onego.ru/collect/articles/phil36/3.html (Tecnologia
da produção depois de 1976)
http://phillumeny.onego.ru/collect/articles/phil36/4.html (Fotos linhas
automáticas após 1986)
http://phillumeny.onego.ru/collect/articles/phil36/5.html (Fotos linhas
automáticas após 1986)
http://phillumeny.onego.ru/ (Caixas de palito de fósforo brasileiras)
Origem do palito de fósforo. W.
Ramos. Acesso em 21.01.2010:
O texto encontrado no blog relata a história do palito de fósforo,
incluindo como foi descoberto o elemento químico fósforo
(P) e também seu uso nos palitos de fósforo.
http://wesleyramos11.blogspot.com/2009/01/origem-do-palito-de-fosforo.html (em Português)
Brincando com fogo. M. Ramos. Acesso em 21.01.2010:
Um interessante assunto existente no website da Invivo (website educativo
da Fiocruz) é a história dos palitos de fósforo,
incluindo como são fabricados e utilizados os fósforos
de segurança.
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=899&sid=7 (Brincando com fogo)
http://www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=900&sid=7 (O fósforo é adicionado ao palito)
Match World. Virtual Museum. Acesso em 20.01.2010:
O website “Match World” possui muitas informações
sobre os palitos de fósforo, dando ênfase à cultura
japonesa. Há descrição dos principais tipos de
palitos de fósforo produzidos, fases de fabricação,
aspectos ambientais e até mesmo como acender um palito. Observem
os textos em inglês e suas figuras ilustrativas.
http://www.match.or.jp/english/variety/variety01.html#02 (Variedades)
http://www.match.or.jp/english/variety/variety02.html#06 (Ambiente)
http://www.match.or.jp/english/variety/variety01.html#03 (Tipos)
Fosforeira
Brasileira. Acesso em 18.01.2010:
Essa empresa produz no Brasil os fósforos Paraná e Cavalo
Vermelho. Em seu website é possível se conhecer a tecnologia
de fabricação dos fósforos, algumas curiosidades
sobre eles e aspectos ambientais e tecnológicos de sua produção.
http://www.fosforeirabrasileira.com.br/ (Website geral)
http://www.fosforeirabrasileira.com.br/produtos_fs.html (Produtos)
http://www.fosforeirabrasileira.com.br/curiosidades_fs.html (Curiosidades
sobre os fósforos)
http://www.fosforeirabrasileira.com.br/meio_ambiente_fs.html (Meio
ambiente)
http://www.fosforeirabrasileira.com.br/linha_producao.html (Processo
produtivo)
Compañía Chilena de Fósforos S.A.
Acesso em 18.01.2010:
A “Cia. Chilena de Fósforos” é uma das empresas
de palitos de fósforo mais antigas do país que atualmente
possui como matéria-prima o álamo (Populus spp.). No
seu website há diversas informações de importância
em espanhol e inglês, tais como seus programas ambientais, tecnologia
empregada, produtos, entre outros.
http://www.fosforos.cl/empresa.htm (Empresa)
http://www.fosforos.cl/materia.htm (Materia-prima)
http://www.fosforos.cl/medioambiente.htm (Meio ambiente)
http://www.fosforos.cl/tecnologia.htm (Tecnologia)
http://www.fosforos.cl/producmercados.htm (Produtos)
Como funciona o palito de fósforo? F. Badô.
Mundo Estranho. Acesso em 18.01.2010:
O website “Mundo Estranho” explica de forma simples como
funcionam os palitos de fósforo e também relata uma breve
passagem sobre a história desses artefatos.
http://mundoestranho.abril.com.br/ciencia/pergunta_287417.shtml (em
Português)
Palito
de fósforo. Wikipédia. Acesso em
28.12.2009:
A versão em português da Wikipédia, enciclopédia
digital gratuita, possui descrições básicas sobre
os palitos de fósforo tais como: histórico no Brasil
e no mundo, caracterização e finalidades. Já na
língua inglesa, além desses assuntos, há a descrição
de alguns tipos de palito de fósforo existentes. Confiram.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Palito_de_f%C3%B3sforo (em Português
- Palito de fósforo)
http://en.wikipedia.org/wiki/Match (em
Inglês - Match - Palito de fósforo )
http://es.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3sforo_(utensilio) (em Espanhol)
http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%B3sforo (Fósforo)
Como
os palitos de fósforo são fabricados? Um a um manualmente
ou numa máquina? Yahoo Respostas. Acesso em 28.12.2009:
A resposta a essa pergunta encontrada no “Yahoo Respostas” aborda
principalmente as principais características dos palitos de
fósforo e como entram em combustão.
http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20090121174713AAFYBuq (em Português)
Fósforo – um
elemento ou um palito? M. A. Medeiros. (2004).Acesso em 28.12.2009:
O texto do website “Quiprocura”, especializado em Química,
explica a diferença entre o elemento químico fósforo
(P) e o palito de fósforo. Também há a descrição
da composição do palito de fósforo, sua caracterização,
assim como a do elemento químico fósforo - P.
http://www.quiprocura.net/elementos/fosforo.htm (em Português)
Fósforos. Invenções. F. Dannemann. CreativeCommons (2006). Acesso em 28.12.2009:
O texto “Fósforos” fala sobre como os palitos de
fósforo foram inventados, suas melhorias tecnológicas
no mundo e no Brasil.
http://www.fernandodannemann.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=246059 (em Português)
Fabricação de fósforos. Cia Chilena de Fósforos – Partes
1 e 2. Acesso em 28.12.2009:
Há disponível no Youtube dois vídeos que apresentam
os passos da fabricação de palitos de fósforo
da Cia. Chilena de Fósforos. Observem as etapas que vão
desde a produção de mudas das florestasaté a embalagem
final.
http://www.youtube.com/watch?v=Smi_2xzN0vo (Parte 1)
http://www.youtube.com/watch?v=EHywOtC88Tk (Parte 2)
SwedishMatch. Acesso em 28.12.2009:
O website da empresa SwedishMatch, fabricante de palitos de fósforo
de Pinus no Brasil com a marca Fiat Lux, apresenta muitas informações
importantes de âmbito ambiental e também de caracterização
de seus produtos e das tecnologias empregadas para o beneficiamento
da matéria-prima (madeira). O website também dá importância
para aspetos históricos do palito de fósforo, explicando
sua história e descrevendo esse importante utensílio
doméstico.
http://www.swedishmatch.com.br/ (Website geral)
http://www.swedishmatch.com.br/main_ambiente.html (Meio Ambiente)
http://www.fiatlux.com.br/main_produtos_fosforos_historia.html (Caracterização
do palito de fósforo)
Gaboardi. Acesso em 28.12.2009:
O grupo Gaboardi produz diversos tipos de artefatos de madeira de Pìnus,
como fósforos, palitos de dente, de picolé, etc. Tem
uma história de sucesso no estado de Santa Catarina que merece
ser conhecida no website da empresa.
http://www.gaboardi.com.br/ (Wesbite geral)
http://www.gaboardi.com.br/?nossa-historia (História da empresa)
http://www.gaboardi.com.br/?dicas-curiosidades (Curiosidades sobre
os fósforos e palitos de dente)
http://www.gaboardi.com.br/?ecologia (Reflorestamentos para produção
de madeira)
Caixas
de fósforo. INMETRO.
(1996). Acesso em 28.12.2009:
O INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial realizou testes de qualidade (seguindo a legislação
inglesa) com diversas marcas de palitos de fósforos brasileiros
em 1996 e divulgou os resultados em seu website. Observem:
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/fosforo.asp (em Português)
Indústria
Latorre, uma história marcada pelo pioneirismo.
Jornal de Jundiaí. Acesso em 28.12.2009:
http://www.portaljj.com.br/interna.asp?Int_IDSecao=62&Int_ID=82355 (em Português)
Algumas
empresas fabricantes de caixas e palitos de fósforo (Entender
como referências para navegação para
conhecimento das tecnologias e matérias-primas, não se
tratando portanto de recomendações comerciais)
http://www.grupoqueluz.com.br/industria_fosforos/conteudos.php?id_pagina=10 (Grupo Queluz, Brasil)
http://wapedia.mobi/pt/Ind%C3%BAstrias_Andrade_Latorre_SA (Indústrias
Andrade Latorre, Brasil)
Arte
em palitos de fósforo:
Maior barco navegável de palito de fósforos
reciclados. RankBrasil. Livro dos Recordes. (2009). Acesso em 21.01.2010:
http://www.rankbrasil.com.br/Recordes/Materias/?Maior_barco_navegavel_
de_palito_de_fosforos_reciclados.+1173&Grupo=3 (em Português)
Esculturas
de palito de fósforo.
Marketing na Cozinha. Acesso em 21.01.2010:
http://marketingnacozinha.com.br/2009/01/esculturas-de-palito-de-fosforo/
(em Português)
Titanic
de palito de fósforos.
GugaAlves.net. Acesso em 21.01.2010:
http://www.gugaalves.net/blog/noticias/titanic-de-palito-de-fosforos/ (em Português)
Esculturas
com palitos de fósforo.
Bocaberta. Acesso em 21.01.2010:
http://bocaberta.org/2008/07/esculturas-com-palitos-de-fosforo.html (em Português)
Imagens sobre palitos de fósforos
Imagens Google
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&source=hp&q=
f%C3%B3sforos&gbv=2&aq=f&oq (Fósforos)
http://images.google.com.br/images?q=palitos+de+f%C3%B3sforos&btnG=Pesquisar&hl
=pt-BR&gbv=2&tbs=isch%3A1&sa=2&start=0 (Palitos de fósforos)
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&gbv=2&tbs=isch%3A1&sa=1&q
=caixas+de+f%C3%B3sforos&btnG=Pesquisar&aq=f&oq=&start=0 (Caixas de fósforos)
http://images.google.com/images?hl=en&source=hp&q=matches & gbv=2&aq=f&aqi=g6g-m4&aql=&oq ("Matches")
Imagens FlickR
http://www.flickr.com/search/?w=all&q=f%C3%B3sforos&m=text (Fósforos)
http://www.flickr.com/search/?w=all&q=palitos+de+f%C3%B3sforo&m=text (Palitos de fósforo)
http://www.flickr.com/search/?w=all&q=matches&m=text (Caixas
de fósforos)
http://www.flickr.com/search/?w=all&q=matches&m=text ("Matches")
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Teses e Dissertações
UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Nessa PinusLetter 24 voltamos a dar
destaque às
produções técnicas e científicas relacionadas
com Pinus oriundas das universidades dos países em que temos
nossos leitores mais concentrados (Brasil, Chile, Argentina, Uruguai,
Colômbia, Peru, Portugal, Espanha, etc.). Retornamos portanto,
nessa edição, com a seção "Teses e
Dissertações". Fazendo isso, procuramos valorizar
as instituições de ensino e seus professores e alunos,
que têm-se mostrado dedicados a estudar e a avaliar técnica
e cientificamente os Pinus. As publicações referenciadas
versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras,
móveis, celulose e papel, enfim, todas as áreas que se
relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações
florestais, sustentabilidade da cadeia produtiva e utilizações
dos produtos derivados.
Ainda existem muitos "Grandes Autores dos Pinus", assim como
importantes entidades de ensino e pesquisa com muitos trabalhos orientados
para os Pinus para serem apresentados a vocês. Em nossas próximas
edições continuaremos a homenageá-los, tendo suas
principais publicações disponibilizadas como Pinus-Links.
Aguardem.
Acerca da UNESP - Universidade
Estadual Paulista “Júlio
de Mesquita Filho”
A UNESP - Universidade Estadual Paulista foi criada pelo governo do
estado de São Paulo em 1976, englobando várias instituições
e faculdades anteriormente independentes. Em algumas delas, já existiam
cursos de Agronomia em faculdades em Jaboticabal e Botucatu. A de Botucatu
foi fundada em 1965, sendo a segunda mais antiga no estado, perdendo
em idade apenas para a Escola Superior de Agricultura "Luiz de
Queiroz”. A junção de diversas faculdades fez da
UNESP, já nos anos 70, um grande centro de excelência
de aprendizado nas mais variadas áreas profissionais como ciências
agrárias, sociais, exatas, médicas, culturais, entre
outras. Dessa forma, a UNESP continuou a se desenvolver e a promover
melhorias contínuas em seus cursos, estabelecendo novas grades
curriculares para a graduação e criando diversos núcleos
de pós-graduação e especializações
em inúmeros setores, sempre se adequando às exigências
legislativas e ao requisitado pelo mercado brasileiro. Com isso, está ajudando
a formar profissionais de qualidade e levando a extensão e resultados
de suas pesquisas para todo o estado de São Paulo e para o Brasil.
Com o passar dos anos, novos campi pertencentes a UNESP foram criados,
tornando a Universidade cada vez mais influente em todas as regiões
do Estado. Surgiu em 1985 o campus de Ilha Solteira, possuindo também
cursos ligados às ciências agrárias. Em Botucatu,
aproveitando-se da infra-estrutura e conhecimento do corpo docente
existente na faculdade de Agronomia, criou-se também o curso
de Engenharia Florestal já há algumas décadas.
Um dos últimos campi formados pela UNESP é o de Itapeva.
Isso foi possível através da união de esforços
da prefeitura daquela cidade, Estado e UNESP, estabelecendo-se assim
a “unidade diferenciada” (como é chamada) em 2003.
Um dos principais cursos de graduação pertencentes a
esse campus é o de “Engenharia Industrial da Madeira”,
formando profissionais de qualidade para atender às necessidades
do setor privado madeireiro de São Paulo e de todo o país.
Atualmente essa unidade também possui diversos cursos de pós-graduação,
desenvolvendo pesquisas com tecnologia e produção de
produtos madeireiros e lignocelulósicos.
Há muito tempo a UNESP vem-se esforçando em desenvolver
estudos e conhecimentos para resolver problemas existentes no setor
florestal. Essa é a principal razão para essa homenagem
a ela nessa edição de nossa PinusLetter. Pode-se tranqüilamente
afirmar que é uma entidade de ensino e pesquisa bastante compromissada
com estudos sobre os Pinus, especialmente pelo elevado número
de produções científicas que possuem sobre esse
gênero de árvores. Encontramos na internet mais de 30
trabalhos de conclusão de cursos, dissertações
e teses envolvendo o gênero, todos listados abaixo.
Confiram também e visitem o website disponibilizado pela biblioteca
digital da UNESP (http://www.unesp.br/cgb/int_conteudo_sem_img.php?conteudo=562).
Lá, há disponível para downloading, mediante a
não realização de plágios, diversas outras
publicações envolvendo outras importantes árvores
nativas e exóticas existentes no Brasil.
Observem também a página principal da UNESP e a dos cursos
destinados ao setor florestal como os de Agronomia (e Engenharia Florestal)
de Botucatu, Ilha Solteira e Jaboticabal e os cursos de Engenharia
Industrial da Madeira e Florestal, em Itapeva. Nelas, há muitas
outras informações relevantes sobre os cursos, incluindo
infra-estrutura, fotos, histórico, notícias, apresentações,
apostilas de professores, etc. Tudo para o auxílio no desenvolvimento
de profissionais que visem à sustentabilidade dos recursos naturais
florestais, respeitando a biodiversidade ambiental e social de onde
quer que venham a atuar.
http://www.unesp.br/ (Home UNESP)
http://www.fca.unesp.br/graduacao/agronomia/ (UNESP Botucatu – graduação
Agronomia)
http://www.fca.unesp.br/graduacao/engenharia_florestal/ (UNESP Botucatu – graduação Engenharia Florestal)
http://www.feis.unesp.br/unidade/dta/graduacao/cursos/indexcursos.php (Cursos - UNESP Ilha Solteira)
http://www.itapeva.unesp.br/staa/cursos/ (Cursos Itapeva)
http://www.fcav.unesp.br/portal_gradagro/index_padrao.php (UNESP Jaboticabal
- graduação Agronomia)
Seleção de Algumas Teses, Dissertações
e Trabalhos de Conclusão de Cursos da UNESP Versando sobre Pinus (todas
em Português, a maioria com resumos em Inglês):
Estudo comparativo de dois sistemas de abastecimento de madeira. R.
R. Rosa. Trabalho de Conclusão de Curso. Engenharia Industrial
Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva. 55 pp. (2009)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Ricardo%20Rodrigues%20Rosa%20-%20TG.pdf
Tratamentos
de madeira aplicados a embalagens. E. L. B. Rosim. Trabalho de Conclusão de Curso.
Engenharia Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva.
47 pp. (2009)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Eliani%20Luiza%20Buainaim%20Rosim.pdf
Análise de simulação de piso de bambu em serviço
associado a painel sarrafeado de Pinus ("edged glued panel" – EGP). F. Alvarenga. Trabalho de Conclusão de Curso. Engenharia Industrial
Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva. 50 pp. (2009)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Fabiano%20de%20Alvarenga%20-%20TG.pdf
Aproveitamento
de resíduos de serraria para a produção
de celulose kraft branqueada. A. S. Lima. Trabalho de Conclusão
de Curso. Engenharia Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental
de Itapeva. 41 pp. (2009)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Arnaldo%20da
%20Silva%20Lima%20-%20TG.pdf
Produção e avaliação das propriedades
físico-mecânicas de compósitos lignocelulósicos
produzidos a partir de madeira de Pinus sp., bambu da espécie
Dendrocalamus giganteus e cimento Portland. M.
S. Bertolini. Trabalho
de Conclusão de Curso. Engenharia Industrial Madeireira. UNESP.
Campus Experimental de Itapeva. 104 pp. (2009)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Marilia%20da%20Silva%20Bertolini%20-%20TG.pdf
Produção e avaliação das propriedades
físicomecânicas do compósito cimento-escória-madeira.
N. M. G. Quintana. Trabalho de Conclusão de Curso. Engenharia
Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva. 80 pp.
(2009)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Nina%20Morena%20
Gagliardi%20Quintana%20-%20TG.pdf
Caracterização física e química da madeira
de Pinus elliottii. C. J. V. Balloni. Trabalho de Conclusão
de Curso. Engenharia Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental
de Itapeva. 42 pp. (2009)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Carlos%20Jose%20
Vespucio%20Balloni%20-%20TG.pdf
Estoque
de carbono em solos sob plantios de eucalipto e fragmento de cerrado. A. M. M. Rufino. Dissertação
de Mestrado. UNESP. Campus de Botucatu. 71 pp. (2009)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/
33004064082P6/2009/rufino_amm_me_botfca.pdf
Recomendações
para o sistema de controle de qualidade para a produção
de madeira laminada colada (MLC) certificada. C. Calil
Neto. Trabalho de Conclusão de Curso. Engenharia
Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva. 89 pp.
(2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Carlito%20Calil%20Neto%20-%20TG.pdf
Análise de linha de cola nas direções paralela
e normal às fibras em painéis de madeira compensada produzidos
com lâminas de Pinus sp. e Eucalyptus sp. e
adesivo poliuretano bi-componente. C. A. G. Morais. Trabalho de Conclusão de Curso.
Engenharia Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva.
51 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Cesar%20Augusto%20Galv%E3o%20de%20Morais.zip
A
responsabilidade socioambiental das indústrias madeireiras
certificadas. L. C. Lozano. Trabalho de Conclusão de Curso.
Engenharia Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva.
83 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Leticia%20Cubas%20Lozano%20-%20TG.pdf
Contribuição para o estudo das características
do corte por jateamento líquido para diferentes espécies
de madeira. M. C. M. Pereira. Trabalho de Conclusão de Curso.
Engenharia Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva.
67 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Marcos%20Cesar%20
de%20Moraes%20Pereira%20-%20TG.pdf
Efeito
do teor de umidade da madeira na colagem de painéis
colados lateralmente para a indústria de móveis: análise
da resistência e desfibramento da madeira. F. A. A. Ferraresi.
Trabalho de Conclusão de Curso. Engenharia Industrial Madeireira.
UNESP. Campus Experimental de Itapeva. 64 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Felipe%20Assuncao%20de%
20Araujo%20Ferraresi%20-%20TG.pdf
Aproveitamento
de resíduos de Pinus sp. para produção
de chapas de partículas de três camadas com utilização
de adesivo poliuretano à base de mamona. N. A. B. Dias.Trabalho
de Conclusão de Curso. Engenharia Industrial Madeireira. UNESP.
Campus Experimental de Itapeva. 87 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Nathalie%20
Agibert%20Barbosa%20Dias%20-%20TG.pdf
Proposição da produção e avaliação
de telhado industrializado em canteiro de obras. F. S. Oliveira. Trabalho
de Conclusão de Curso. Engenharia Industrial Madeireira. UNESP.
Campus Experimental de Itapeva. 52 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Frederico%
20Santos%20de%20Oliveira%20-%20TG.pdf
Produção e caracterização de painel de
partículas homogêneas (CPH) a partir de Eucalyptus
sp. e adesivo poliuretano bi-componente. G. F. A. Passerotti. Trabalho
de Conclusão de Curso. Engenharia Industrial Madeireira. UNESP.
Campus Experimental de Itapeva. 81 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Gabriel%20Fernando
%20Antunes%20Passerotti%20-%20TG.pdf
Estudo
da influência de defeitos naturais nas propriedades mecânicas
de Pinus elliottii e P. taeda. J. R. Andrade Junior. Trabalho de Conclusão
de Curso. Engenharia Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental
de Itapeva. 102 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Jairo%20Ribas%20
de%20Andrade%20Junior%20-%20TG.pdf
Viabilidade do aproveitamento de resíduos de madeira para produção
de móveis. K. S. Souza. Trabalho de Conclusão de Curso.
Engenharia Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva.
47 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Keli%20Sabrina%20de%20Souza%20-%20TG.pdf
Produção e caracterização físico-mecânica
do painel de compensado de Pinus sp. produzido com
resina poliuretana bi-componente. R. D. V. Morais. Trabalho de Conclusão de Curso.
Engenharia Industrial Madeireira. UNESP. Campus Experimental de Itapeva.
74 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Rafael%20Diogo%2
0Vasconcellos%20Morais%20-%20TG.pdf
Estudo
de caso do melhoramento do controle estatístico da qualidade
em uma indústria madeireira. M. A. H. Gonçalves. Trabalho
de Conclusão de Curso. Engenharia Industrial Madeireira. UNESP.
Campus Experimental de Itapeva. 63 pp. (2008)
http://www.itapeva.unesp.br/biblioteca/tg/Murylo%20Antony
%20Hurin%20Goncalves%20-%20TG.pdf
Efeitos
do capim-colonião sobre o crescimento inicial de clones
de eucalipto. M. B. Cruz. Dissertação de Mestrado. Faculdade
de Ciências Agrárias e Veterinárias UNESP. Campus de Jaboticabal. 46 pp. (2007)
http://www.fcav.unesp.br/download/pgtrabs/pv/m/3056.pdf
Desempenho
físico-mecânico de painéis LVL de Pinus tropicais
da região de São Paulo. M. S. C. Gabriel. Tese
de Doutorado. UNESP. Campus de Botucatu. 170 pp. (2007)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/33004064021P7/
2007/gabriel_msc_dr_botfca.pdf
Crescimento de mudas de Pinus
oocarpa Schiede em diferentes condições
hídricas e de adubação. J. M. S. Silva. Tese de
Doutorado. UNESP. Campus de Botucatu. 85 pp. (2007)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla
/33004064038P7/2007/silva_jms_dr_botfca.pdf
Influência das características dos anéis de crescimento
na densidade, resistência e rigidez da madeira de Pinus taeda L. R. Rall. Dissertação de Mestrado. UNESP. Campus de
Botucatu. 86 pp. (2006)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/
33004064021P7/2006/rall_r_me_botfca.pdf
Análises genéticas em progênies
de Pinus
caribaea Morelet var. caribaea por caracteres
quantitativos e marcadores moleculares.
J. M. Silva. Dissertação de Mestrado. UNESP. Faculdade
de Engenharia de Ilha Solteira. 145 pp. (2005)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bis/
33004099079P1/2005/silva_jm_me_ilha.pdf
Avaliação da biomassa e qualidade da madeira do híbrido Pinus tecunumannii x Pinus caribaea var. hondurensis pela
técnica
de atenuação da radiação gama do 241 Am. A. S. Aroni. Tese de Doutorado. UNESP. Campus de Botucatu. 155 pp.
(2005)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/
33004064021P7/2005/aroni_as_dr_botfca.pdf
Análise técnica e econômica
da resinagem de Pinus
elliottii Engelm. var. elliottii na região de Manduri, SP. F.
A. Marcelino. Dissertação de Mestrado. UNESP. Campus de Botucatu. 104 pp. (2004)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/
33004064021P7/2004/marcelino_fa_me_botfca.pdf
Aspectos
bioecológicos do pulgão-gigante-do-Pinus, Cinara
atlantica (Wilson, 1919) (Hemiptera: Aphididae), em Pinus
spp. (Pinaceae). A. L. T. Ottati. Tese de Doutorado. UNESP. Campus de Botucatu. 142
pp. (2004)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/
33004064034P1/2004/ottati_alt_dr_botfca.pdf
Determinação de módulos de elasticidade à compressão
da madeira de Pinus taeda L. com o uso de ultra-som. M. Nogueira. Dissertação
de Mestrado. UNESP. Campus de Botucatu. 165 pp. (2003)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/
33004064021P7/2003/nogueira_m_me_botfca.pdf
Efeito
de diferentes sistemas de manejo de plantas invasoras sobre o controle
biológico e incidência de Cinara atlantica (Hemiptera: Aphididae) em Pinus taeda e biologia de coccinelídeos
(Coleoptera). N. C. Oliveira. Dissertação de Mestrado.
UNESP. Campus de Botucatu. 78 pp. (2003)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/
33004064034P1/2003/oliveira_nc_me_botfca.pdf
Uso
de biossólidos como substrato para produção
de mudas de Pinus e eucalipto. R. M. Trigueiro. Dissertação
de Mestrado. UNESP. Campus de Botucatu. 94 pp. (2002)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/
33004064021P7/2002/trigueiro_rm_me_botfca.pdf
Pragas e Doenças dos Pinus
Gorgulho-do-Pinus
Nessa edição, damos uma pausa à seção “Referências
sobre Eventos e Cursos” e abordamos a nova seção "Pragas
e Doenças dos Pinus". Essa trará alguns dos principais
problemas fitossanitários dessa cultura florestal, desde o
setor de viveiros até a madeira final. Com ela, pretendemos
oferecer muitas informações e conhecimentos a respeito
da biologia, sintomatologia, métodos de controle e pesquisas
realizadas sobre insetos e moléstias de relevância para
o gênero Pinus no Brasil e no mundo.
Gorgulho-do-Pinus
O gorgulho-do-Pinus (Pissodes castaneus) (Coleoptera:
Curculionidae),
também conhecido como gorgulho-da-casca-do-Pinus é considerado
uma das pragas mais recentes introduzidas no Brasil, gerando grande
preocupação para o setor florestal (Zaleski, 2009).
Endêmico da Europa, P. castaneus, taxonomicamente sinonímeo
de Pissodes notatus, foi primeiramente registrado no Brasil no município
de São José dos Ausentes, RS em 2001, sendo posteriormente
encontrado no mesmo ano no Paraná e posteriormente em Santa
Catarina. Atualmente esse besouro bicudo já se encontra em
diversas regiões desses três Estados alimentando-se
e causando danos principalmente em povoamentos jovens de Pinus
taeda, espécie mais cultivada no sul do país (Zaleski, 2009;
Souza et al., 2007; EMBRAPA Florestas, 2005).
O gorgulho-do-Pinus possui ampla distribuição geográfica,
estando presente na grande maioria dos países europeus, no
norte da África (Argélia) e na América do Sul
(Argentina, Uruguai e mais recentemente, Brasil) (Grez apud Zaleski,
2009).
O inseto adulto apresenta de 6 até 9 mm de comprimento, possuindo
coloração parda e contendo manchas no primeiro par
de asas (hélitros) que formam quatro listras amareladas transversais
devido à presença de escamas (EMBRAPA Florestas, 2005).
Têm corpo robusto e cilíndrico e a cabeça se
alonga em uma tromba onde estão presentes as mandíbulas,
característica típica da família Curculionidae.
As fêmeas são bastante longevas, podendo durar até três
anos, o que dificulta bastante no seu controle. Durante seu período
de vida adulta, podem colocar de 250 a 800 ovos em dois ciclos de
postura por ano. Os ovos são pequenos (0,5 a 1,0 mm de diâmetro),
lisos, brilhantes, arredondados com coloração branco
pérola. A larva tem formato ligeiramente curvado em “C”,
não possui pernas e apresenta coloração branca
amarelada com cápsula cefálica acastanhada. Antes de
empupar, pode chegar a até 10 mm de comprimento e o seu ciclo
de desenvolvimento (ovo-adulto) dura em média apenas duas
semanas (Pereira e Heitor, 2010; EMBRAPA Florestas, 2005; Souza et
al., 2007).
P. castaneus pode causar dois tipos de danos. O primeiro é realizado
pelo inseto adulto que provoca perfurações em ramos,
gemas e brotações do ano em árvores e mudas
podendo ser observada a exsudação de resina desses
orifícios, além da presença de serragem logo
abaixo da casca. A fêmea também pode realizar posturas
nesses locais. Geralmente coloca de dois a três ovos de onde
as larvas eclodem e iniciam sua alimentação da madeira.
Essas formam galerias anelando as ramificações dos
anos anteriores, prejudicando a condução de água
e seiva para essas partes da planta. Isso provoca o segundo e principal
tipo de dano ocasionado pelo gorgulho-do-Pinus: a mudança
de coloração das acículas que passam de verde
a amareladas, tornado-se avermelhadas e após amarronzadas,
quando já há ataque severo na planta. Com isso, a fotossíntese
pela planta fica também prejudicada. As fêmeas preferem
plantas com muitas brotações, porém, estressadas,
para a deposição de seus ovos.
Os Pinus atacados podem perder seus ponteiros, que se tornam frágeis à ação
do vento gerando novas brotações em forma de vassoura
ou ocasionando árvores bifurcadas. Também há a
descolagem da casca causada pelo secamento dos ramos. O avanço
das larvas ocorre do ápice para a base. Apesar de diminuir
o desenvolvimento, a grande maioria das árvores atacadas consegue
se recuperar caso tratadas e podadas de forma correta. Já em
caso de ataques severos, pode haver a morte da planta. O gorgulho-do-Pinus já foi registrado em diversas espécies do gênero
como: P. contorta, P. pinaster, P. halepensis, P. taeda, P. nigra,
P. sylvestris, P. elliottii, P. canariensis, P. pinea e P.
radiata, mas também ataca Abies spp. e Pseudotsuga
menziesii, ambas
pertencentes a família das Pináceas (Grez apud Zaleski,
2009).
As principais formas de combate a essa praga são através
do controle químico, cultural e biológico; porém,
no Brasil, muitos dos métodos utilizados não são
economicamente viáveis, sendo mais indicada a prevenção
(Zaleski, 2009). O controle biológico na região de
origem da praga vem-se mostrando bastante promissor existindo diversos
parasitóides que contribuem com a diminuição
da população de P. castaneus, podendo a taxa de parasitismo
alcançar de 20 a 30 % (Alauzet apud Zaleski, 2009). No Brasil,
ainda são poucos os estudos sobre agentes de biocontrole atuando
sobre essa praga. Zaleski (2009) observou o fungo entomopatógeno
Beauveria bassiana atacando naturalmente adultos desse inseto. A
realização de testes em laboratório comprovou
uma taxa de mortalidade de 74% causada pelo fungo, sendo que o tempo
necessário para matar metade da população de P.
castaneus variou de 9 a 33 dias.
Estudos comportamentais que visam ao controle do gorgulho-do-Pinus através do uso de feromônios (substâncias voláteis
exaladas pelos insetos com o intuito de comunicação)
também estão sendo conduzidos no país. Zaleski
(2009) identificou dois tipos de feromônios sexuais produzidos
por machos: (1R,2S)-grandisal e (1R,2S)-grandisol, não demonstrando
sinergismo com extratos da planta hospedeira. Resultado semelhante
foi observado por Frensch et al. (2008) que extraíram dois
extratos dos machos não existentes nas fêmeas. Eles
eram o grandisol e grandisal, sendo que testes comportamentais conduzidos
com ambos os sexos demonstraram se tratar de feromônios sexuais.
Já o controle químico, feito através da pulverização
de inseticida sobre as copas das árvores, muitas vezes não é eficiente,
pois os adultos tendem a se esconder no solo ou sob a casca das árvores,
diminuindo seu metabolismo, tanto em casos de temperaturas muito
elevadas como em temperaturas abaixo de 10°C. Tal método
de controle é considerado muito custoso, além de poder
causar problemas ambientais. É por isso que até mesmo
na região de origem do gorgulho-do-Pinus o controle químico é realizado
de forma esporádica e só em casos excepcionais (Cobo
e Ruiz apud Zaleski, 2009).
Toretes-armadilhas são muito utilizados como controle cultural
em várias partes do mundo, auxiliando também no monitoramento
do inseto e na detecção precoce da praga, garantindo
assim menores danos às plantas vivas. Os toretes nada mais
são do que pedaços de madeira recém cortados
que permanecem nos talhões e atraem adultos para a oviposição
(Souza et al., 2007). Segundo EMBRAPA Florestas (2005), a densidade
ideal de armadilhas consiste em 16 toretes de 2 m de comprimento
e 5 a 10 cm de diâmetro empilhados e distribuídos ao
longo de 15 a 20 hectares de plantações de Pinus. Restos
da cultura como galhadas e troncos devem ser retirados das áreas
monitoradas, evitando a proliferação da praga. A madeira
das armadilhas precisa ser observada, quantificando o número
de larvas antes da emergência dos adultos. Comprovada a presença
de P. castaneus, as armadilhas necessitam ser retiradas e destruídas.
Esse método é muito recomendado principalmente nos
períodos de maior incidência de posturas (EMBRAPA Florestas,
2005).
Além desse controle, outras medidas preventivas como a escolha
de sítios adequados, que ofereçam menos risco de ataques
da praga, a escolha de mudas idôneas, densidade de mudas e
manejo adequado podem ser utilizados, objetivando diminuir a presença
de árvores estressadas (Zaleski, 2009; Souza et al., 2007;
EMBRAPA Florestas, 2005; Iede et al. 2004).
Em caso de ataques muito severos recomenda-se a poda e destruição
do ponteiro das árvores infestadas (Souza et al., 2007). Outra
medida preventiva de início de infestação é a
eliminação de árvores estressadas e que apresentem
início de sintomas de ataque pela praga (EMBRAPA Florestas,
2005).
Apesar de já existirem estudos que descrevem a biologia e
formas de controle dessa praga, esses ainda estão no princípio.
Há necessidade de maior incentivo à pesquisa, assim
como de estudos que quantifiquem o dano e apontem formas de controle
economicamente mais eficientes, ambientalmente viáveis e que
possam ser utilizadas de forma simples pelos produtores.
A divulgação dos resultados dos estudos também
deveriam chegar ao campo e aos produtores rurais com mais eficiência,
fazendo-se necessários mais programas de extensão que
apontem a problemática do gorgulho-do-Pinus, evitando seus
prejuízos econômicos e dispersão para áreas
ainda não infestadas.
A seguir há resultados de diversas pesquisas no Brasil e no
mundo sobre P. castaneus, além de artigos técnicos
disponíveis na web que descrevem as principais características
morfológicas e todas as fases de vida da praga ajudando o
produtor a identificá-la de forma eficaz para seu melhor controle.
Gorgulho pequeno do pinheiro (Pissodes castaneus De
G.). S.
Pereira; A. Heitor. CONFAGRI. Acesso em 26.01.2010.
A CONFAGRI - Confederação Nacional das Cooperativas
Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal,
possui em sua página na web, uma breve descrição
da biologia, abrangência, formas de controle e prevenção
do gorgulho-do-Pinus. Também apresenta fotos dos principais
danos causados por essa praga.
http://www.confagri.pt/PoliticaAgricola/Sectores/Floresta/Pragas/doc94.htm (em Português)
Pissodes
castaneus (De Geer) (Coleoptera, Curculionidae): bioecologia,
feromônio sexual, variabilidade genética
e aspectos do monitoramento e controle. S. R. M. Zaleski. Tese
de Doutorado.
UFPR. 121 pp. (2009)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/19819/1/
Tese%20Scheila%20R%5b1%5d.%20M.%20Zaleski.pdf (em Português)
Identificação de infoquímicos
para o controle do gorgulho da casca do Pinus - Pissodes castaneus (De Geer, 1775)
(Coleoptera: Curculionidae). G. Frensch; F. A. Marques; B. H. L.
M. S. Maia; S. M. N. Lazzari; S. R. M. Zaleski; E. T. Iede; W. Francke.
XVI Encontro de Química da Região Sul. FURB. (2008)
http://www.furb.br/temp_sbqsul/_app/_FILE_RESUMO_CD/837.pdf (em Português)
Principales
espécies de insectos forestales en plantaciones
de pino en la Patagonia. C.A. Gomes. INTA. Cuadernillo Técnico
nº 03. 14 pp. (2008)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal
/insectos/serie%20mip/cuadernillo%203.pdf (em Espanhol)
Monitoramento e controle de Pissodes castaneus em Pinus spp. E. T.
Iede; W. Reis Filho; S. R. M. Zaleski; F. A. Marques; N. Caldato.
Circular Técnica nº 130. EMBRAPA Florestas. 08 pp. (2007)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/circtec/edicoes/Circular130.pdf (em Português)
Pragas florestais: o caso do Pissodes
castaneus em
Pinus. M. P. Souza; R. O. Antunes Junior. J. N. Garcia. Informativo
ARESB nº 94.
(2007)
http://www.aresb.com.br/informativoaresb/jornal/boletins/2007
/pdf/informativo_dezembro.pdf (em Português)
Pissodes
castaneus (gorgulho-do-Pinus). EMBRAPA Florestas. Folheto
Educativo. (2005)
Excelente folheto educativo para os produtores rurais do qual tomamos
a liberdade de selecionar parcialmente uma foto para abertura dessa
seção, com nosso reconhecimento e agradecimento ao
excelente trabalho que a EMBRAPA Florestas realiza em relação
ao controle de pragas do Pinus, como o caso da vespa-da-madeira e
do gorgulho-do-Pinus.
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/folders/Pissodes_2005.pdf (em Português)
Ocorrência
de Pissodes
castaneus (De Geer) (Coleoptera: Curculionidae)
em Pinus, na região sul do Brasil. E. T.
Iede; W. Reis Filho;
S. R. C. Penteado. Comunicado Técnico Embrapa nº 114.
06 pp. (2004)
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/CNPF/41307/1/Com_tec114.pdf (em Português)
Gorgojo
perforador de los pinos. Pissodes castaneus de Geer. Informaciones
Técnicas nº 2. Gobierbo de Aragon. 04 pp. (1996)
http://portal.aragon.es/portal/page/portal/medioambiente/
medionatural/sanidad_forestal/boletines/hoja+1996_2.pdf (em Espanhol)
Imagens acerca do gorgulho-do-Pinus
Pissodes
notatus (De Geer 1775). WikimediaCommons. Acesso em 27.01.2010:
http://commons.wikimedia.org/wiki/Pissodes_castaneus
Pissodes
castaneus (De Geer). Bark and wood boring beetles of the
world. Acesso em 27.01.2010:
http://www.barkbeetles.org/browse/subject.cfm?SUB=4125
Google Images. Acesso em 27.01.2010:
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Gorgulho%20do%20
Pinus&rlz=1I7RNTN_pt-BR&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi (Gorgulho-do-Pinus)
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&um=1&sa=1&q=Pissodes+castaneus+&aq=f&oq=&start=0 (Pissodes castaneus)
Pinus-Links
A
seguir, trazemos para vocês nossa
indicação para visitas a diversos websites que
mostram direta relação com os Pinus,
nos aspectos econômico, técnico, científico, ambiental,
social e educacional. Acreditamos que eles poderão significar
novas janelas de oportunidades e que alguns deles poderão
passar a ser parte de suas vidas profissionais em função
do bom material técnico que disponibilizam. Esperamos
que apreciem nossa seleção de Pinus-Links
para essa edição.
EFI - European Forest Institute. (em Inglês)
O Instituto Europeu de Florestas procura estimular e fortalecer
as pesquisas do setor, desenvolvendo políticas e projetos
sempre para os assuntos de maior relevância e necessidade.
O instituto também promove a troca de conhecimentos
e informações dos resultados de estudos desenvolvidos
por pesquisadores na Europa e no mundo, possuindo mais de 130
associados e membros atuando em sete centros distintos de pesquisas.
Os principais temas envolvidos nas pesquisas que o EFI colabora
envolvem aspectos ambientais, políticas econômicas,
sociais e ambientais, ecologia, florestas de uso múltiplo,
produção e sanidade florestal, além de
desenvolver tecnologias para os principais produtos florestais
como a madeira. Isso tudo sem se esquecer do manejo sustentável
das florestas na Europa. Observem abaixo algumas das principais
publicações do EFI, que incluem artigos técnicos
e científicos envolvendo os Pinus e diversas outras árvores
de importância em sua região de atuação.
http://www.efi.int/portal/ (Home)
http://www.efi.int/portal/news___events/events/event_calendar/?past=1 (Calendário de eventos passados)
http://www.efi.int/portal/virtual_library/publications/ (Publicações)
http://www.efi.int/portal/virtual_library/publications/technical_reports/ (Artigos técnicos)
http://www.efi.int/portal/virtual_library/publications/discussion_papers/ (Artigos)
http://www.efi.int/portal/search/ (Pesquisar
com a palavra
Pinus)
Revista
IDIA XXI: Forestales. (em Espanhol)
A revista IDIA foi desenvolvida pelo Instituto Nacional
de Tecnologia Agropecuária (INTA) na Argentina. O principal
objetivo desse meio de publicação técnico é o
de levar conhecimentos tanto à comunidade científica
como a qualquer pessoa interessada sobre inovações
técnicas geradas pelo INTA nos setores agroflorestal
e pecuário. Para tanto, há a apresentação
de trabalhos, notas técnicas, artigos e resultados de
pesquisas elaboradas pelos pesquisadores e extensionistas da
instituição com a colaboração e
auxílio de outras indústrias e entidades públicas
e privadas do país. Muitos desses trabalhos refletem
as condições atuais, visões e perspectivas
dos mais distintos setores que englobam a agricultura argentina.
Isso inclui as ciências florestais. Em 2005, o INTA publicou
uma edição que aborda apenas assuntos relacionados à silvicultura.
Essa edição florestal é dividida em diversas
sessões como: estrutura e dinâmica de florestas,
sanidade florestal, melhoramento genético, aspectos
econômicos, entre tantos outros, havendo diversas pesquisas
com espécies de Pinus. Para encontrá-las basta
acessar os endereços disponíveis a seguir. Aproveitem
também as outras edições que também
apresentam temas agronômicos e florestais interessantes.
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/index.htm (Edições)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/indice.htm (Edição
florestal)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/dinamica.htm (Seção
estrutura e dinâmica de florestas)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/manejo.htm (Seção
manejo florestal)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/sanidad.htm (Seção
pragas e doenças)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/genetica.htm (Seção
genética e melhoramento)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/economia.htm (Seção
economia)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/alternativas.htm (Seção sistemas alternativos)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/bosques.htm (Seção
florestas e mudanças climáticas)
http://www.inta.gov.ar/ediciones/idia/forest/forestales.htm (Seção assuntos florestais)
Forestación. Governo da Argentina. (em Espanhol)
“Forestación” é o website desenvolvido
pelo departamento florestal pertencente à Direção
Nacional de Produtos Agropecuários e Florestais da Argentina.
O departamento possui inúmeros objetivos tais como:
promover o desenvolvimento de regiões do país
através da atividade florestal, realizando monitoramento
de áreas e levando conhecimento através da extensão;
praticar atividades ligadas à sanidade vegetal, ao melhoramento
genético, ao combate a incêndios, etc. Também
desenvolve projetos de sustentabilidade florestal e atua em
pesquisas e na difusão de conhecimentos. Dessa forma,
a webpage “Forestación” apresenta muitas
bibliografias, como resultados de pesquisas, notícias,
artigos técnicos, legislações, entre outros.
Para observação basta acessar o menu à direita
no site e baixar artigos sobre sanidade florestal, sementes
e viveiros, inventário florestal, desenvolvimento, sustentabilidade,
economia e mercados, projetos, entre outros.
http://www.forestacion.gov.ar/ (Página
principal)
http://www.minagri.gov.ar/new/0-0/forestacion/
difusion/noticias/enero10/08.html (Informação sobre produção florestal)
http://www.minagri.gov.ar/new/0-0/forestacion/
difusion/noticias/enero10/27.html (Reflorestação em Misiones- Argentina)
University
of Canterbury. (em Inglês)
A Universidade de Canterbury na Nova Zelândia possui
como um de seus principais objetivos promover o conhecimento
a todos os seus estudantes nas mais distintas áreas
de atuação. Isso ajuda na formação
de profissionais qualificados para atuarem em diversos setores,
não só no país, mas no mundo. Dessa forma,
o seu website é uma das formas mais promissoras da disseminação
do conhecimento almejado para a excelência, tanto para
a conclusão do terceiro grau como para a elaboração
e divulgação de resultados de pesquisas publicados
por docentes e discentes pertencentes à instituição.
Dentre as carreiras oferecidas está a engenharia florestal
oferecida pela School of Forestry da Universidade. A Nova Zelândia
tem enorme tradição florestal, com destaque em
produção florestal de madeira de Pinus
radiata;
por essa razão há disponível muitas referências
sobre esse Pinus publicadas pelo pessoal acadêmico dessa
universidade. Confiram, então, as publicações
que o site de buscas da universidade selecionou para os Pinus.
http://www.canterbury.ac.nz/ (Home)
http://www.fore.canterbury.ac.nz/ (School of Forestry)
http://www.foresteng.canterbury.ac.nz/ (Engenharia florestal)
http://ir.canterbury.ac.nz/ (Research repository)
http://ucgoogle1.canterbury.ac.nz/search?q=pine&entqr=0&sitesearch=fore.canterbury
.ac.nz&output=xml_no_dtd&sort=date%3AD%3AL%3Ad1&ud=1&client=default_frontend&oe=
UTF-8&ie=UTF-8&proxystylesheet=default_frontend
(Pesquisa com a palavra "pine" no website do setor
florestal da universidade)
http://ucgoogle1.canterbury.ac.nz/search?q=pinus&entqr=0&output=xml_no_dtd&sort=
date%3AD%3AL%3Ad1&ud=1&client=default_frontend&oe=UTF-8&ie=UTF-
8&proxystylesheet=default_frontend (Pesquisa com a palavra Pinus para toda a universidade)
Serrarias
Móveis ou Portáteis
As
serrarias portáteis são máquinas
especializadas no desdobro de toras, mas que diferem das serrarias
estacionárias comuns por terem a facilidade de serem
transportadas. O objetivo principal desse texto técnico é justamente
apresentar as principais características dessa tecnologia,
a qual pode-se constituir em significativa agregação
de valor à madeira, especialmente para pequenos produtores
rurais que plantam florestas de Pinus em suas propriedades.
Muitos produtores de florestas de Pinus, eucaliptos e outras árvores
de rápido crescimento, ainda não conhecem muito
bem os benefícios que as serrarias portáteis
podem proporcionar, não acreditando na eficiência
desses equipamentos (Schaitza et al. 2000). Apesar de serem
bastante populares na Europa e nos EUA, no Brasil ainda não
são muito difundidas, pois muitos associam as serrarias
portáteis com grandes áreas de cultivo e com
empresas do setor florestal de elevado porte (Pichelli, 2008).
Porém, já existem inúmeros estudos realizados
pela EMBRAPA Florestas (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
que comprovam a boa rentabilidade desses implementos florestais
através da agregação de valor na madeira
para o pequeno produtor e para a agricultura familiar. Além
disso, essas máquinas podem ser compradas de forma cooperativada,
diluindo os custos e aproveitando toda sua produtividade compartilhada
por diversos pequenos produtores de florestas. Com isso, o
produtor economizará no transporte de toras, pois o
seccionamento das mesmas ocorre diretamente na área
de cultivo e colheita. Tal medida, também implica em
vantagens ambientais porque não há a necessidade
da entrada de tratores, caminhões e outros maquinários
pesados na floresta, evitando problemas de compactação
e posterior erosão do solo. Há serrarias portáteis
que pesam menos de 200 kg, podendo ser levadas até a área
de corte por tração animal ou pelos próprios
trabalhadores (Panorama Rural, 2009).
Outro benefício ambiental proporcionado pelas serrarias
portáteis está nos resíduos que ela gera,
como o pó de serragem e casca, que são deixados
sobre a serapilheira do povoamento, promovendo melhorias de
ciclagem de nutrientes para a área. Além disso,
diminuem gastos com manutenção de estradas privadas
na área de colheita e também das estradas públicas,
transportando madeira já desdobrada que é de
menor volume e peso. De acordo com LucasMilll (2010) o volume
de madeira cortada em tábuas equivale a um terço
do de toras inteiras, reduzindo o número de viagens
e o aproveitamento dos caminhões. Isso também
diminui gastos com frete e com mão-de-obra para desdobro
das toras (terceirização de serviços),
pois essa já é feita na própria propriedade
(Panorama Rural, 2009).
O transporte de toras para serrarias estacionárias tradicionais
nas cidades faz com que haja acúmulo de resíduos
da serragem e casca nesses locais, que, grande parte das vezes,
já carecem em qualidade no descarte de todo lixo urbano
que produzem. As serrarias portáteis evitam esse tipo
de problema, fazendo com que seus resíduos se transformem
em matéria orgânica e nutrientes que serão
utilizados pelas próximas culturas da área, diminuindo
a necessidade de aplicação de fertilizantes no
solo (LucasMill, 2010; Pichelli, 2008).
Grande parte das serrarias portáteis apresentam elevada
tecnologia garantido corte de boa qualidade, também
proporcionando facilidade de operação, de manutenção
e garantindo boa produtividade. A serraria portátil
também dispensa a abertura de estradas para a retirada
de toras, essa pode ser conduzida por homens para onde a árvore
foi cortada e montada próxima às árvores
sendo colhidas (Panorama Rural, 2009).
Além das vantagens já citadas, ainda há a
agregação de valor à madeira, a principal
delas em termos econômicos. Serrando a madeira em tábuas,
o produtor consegue maiores receitas, proporcionando renda
extra na propriedade. Segundo Pichelli (2008), o valor da madeira
serrada pode ser até três vezes superior ao da
vendida na forma de toras. Esse dinheiro extra ajuda na melhoria
da qualidade de vida no campo, evitando também o desperdício
de madeira. Isso porque em localidades afastadas, muitas toras
acabam não sendo desdobradas e beneficiadas devido à distância
das serrarias, perdendo qualidade devido à baixa vida útil
da madeira na forma de toras verdes (LucasMill, 2010). Schaitza
(2002) afirmou que árvores de rápido crescimento
como o eucalipto devem ser desdobradas logo após seu
corte, evitando o surgimento de defeitos como os de secagem
e diminuindo a perda de qualidade do produto final.
Em análises de viabilidade econômica de serrarias
portáteis desenvolvidas por pesquisas da EMBRAPA Florestas
em parceria com a Wood-Mizer e com a cooperativa tritícola
de Erechim-COTREL, todas as hipóteses testadas de financiamento
para a compra da serraria portátil mostraram renda positiva.
No pior dos casos estudados, com juros altos e parcelas de
36 meses para pagar a serraria portátil, o prestador
de serviços ainda teve um lucro quase inexistente, mas
fluxo de caixa positivo. O lucro pode ser maior com o aumento
da utilização da máquina, a qual poderia
passar a trabalhar durante dois turnos. Isso poderia ser realizado
através da associação de produtores em
cooperativas, o que significa dividir os gastos e também
aumentar a eficiência do uso da máquina, beneficiando-se
ainda de empréstimos com juros baixos para cooperativas.
Os experimentos mostraram que comunidades rurais que se associaram
na compra e uso das serrarias portáteis adquiriram renda
extra não apenas pelo fato de serrar as toras, mas também
pelo beneficiamento da madeira, promovendo a geração
de mais emprego e renda na região (Schaitza, 2002).
No caso da cultura do Pinus, alguns estudos de viabilidade
econômica foram adicionalmente realizados por Schaitza
e colaboradores no sul do Brasil e na Argentina em 2000, através
do simulador econômico SISPINUS. A pesquisa ressaltou
que em sítios de elevada fertilidade de solo e com bom
manejo florestal houve a necessidade de 62,1 ha para se obter
a sustentabilidade na operação da serraria portátil.
Em contrapartida, em sítios de baixa produção
a área média de Pinus necessária foi de
165,6 ha. Os autores observaram que em uma média desses
valores, os produtores de Pinus necessitam ter aproximadamente
5 a 8 ha dessas árvores sendo plantados e colhidos anualmente
para que a serraria portátil se torne viável
econômica e ambientalmente, promovendo assim a requerida
sustentabilidade. Isso considerando um ciclo florestal de 15
a 20 anos. Em geral, é difícil que apenas um
pequeno proprietário possa comprar uma serraria, porque
não teria florestas em quantidade suficiente para usá-la
economicamente. Entretanto, ao se cooperativar em grupos de
5 ou 6 proprietários, eles podem facilmente suprir uma
máquina com a madeira em quantidade e qualidade necessárias.
Já existem entidades internacionais que acreditam na
potencialidade das serrarias portáteis para o desenvolvimento
rural de muitas comunidades carentes, levando ajuda econômica
e estabelecendo programas de manejo florestal em países
com o Peru e Bolívia. Os projetos visam a melhoria da
renda da agricultura familiar através do plantio de
florestas de rápido crescimento com a agregação
de valor dessa madeira, além da captura de carbono da
atmosfera pela floresta plantada (Schaitza, 2002).
Segundo
Paraná Online/Jornal O Estado do Paraná (2005),
projetos silvipastoris são alternativas viáveis às
pequenas propriedades com solos empobrecidos daquele estado,
pois além de gerar renda extra com o valor da madeira
serrada na própria propriedade, há também
as melhorias que muitas espécies arbóreas podem
incrementar ao sistema pastoril pelo aumento da biodiversidade,
aumentando a qualidade do solo, da água e do microclima
da região, diminuindo a erosão e promovendo o
seqüestro de carbono.
Confiram
a seguir diversos textos técnicos e artigos
científicos que abordam as principais vantagens das
serrarias portáteis e como podem atuar no desenvolvimento
rural de forma sustentável. Também há websites
que trazem fotos e figuras de algumas das principais opções
dessas máquinas no mercado, abordando a otimização
de uso, os cuidados com manutenção, segurança
operacional, entre outros temas.
Serrarias portáteis. Acesso em 27.01.2010:
A página da internet “Serrarias Portáteis” possui
links para algumas das principais empresas vendedoras desses
implementos no Brasil. Há fotos que ilustram as principais
características do maquinário, ajudando as pessoas
interessadas a tirarem suas dúvidas sobre o assunto.
http://www.serrariaportatil.com.br/ (em Português)
MCA
Serrarias. Acesso em 27.01.2010:
A MCA Serrarias atua na fabricação de serrarias
portáteis. Entrem no seu website para aprender um pouco
mais sobre manutenção, cuidados, formas e otimização
do uso de suas máquinas. Há a disposição
manuais e guias de usos das serrarias portáteis.
http://www.mcaserrarias.com.br/ (em Português)
http://www.mcaserrarias.com.br/manual.htm (Manual) (em Português)
Serraria portátil. You Tube. Acesso em 27.01.2010:
O website de vídeos Youtube possui diversos filmes que
mostram como as serrarias portáteis atuam. Confiram
alguns desses abaixo em idioma Inglês.
http://www.youtube.com/watch?v=3E_d7-bS1EE
http://www.youtube.com/watch?v=f8P5ZJs3Lq0&feature=related
(Lucas Mill)
http://www.youtube.com/watch?v=wI__L6ZWz_g&feature=related (Wood-Mizer)
http://www.youtube.com/watch?v=Bae2jNRfUVU&feature=related
(Wood-Mizer lt 15)
Lucas
Mill. Acesso em 27.01.2010:
Esse fabricante de serrarias portáteis possui manuais
dos seus modelos disponíveis no mercado, artigos que
os caracterizam, além de inúmeras fotos que incluem
formas de transporte das serrarias portáteis e também
da qualidade das tábuas e pranchas serradas por seus
implementos.
http://www.lucasmill.com/ (Home inglês)
http://www.lucasmill.com.br/ (Home português)
MaquinaFort. Acesso em 27.01.2010:
Fabricante de implementos agrícolas e de serrarias móveis
para toras de madeira, localizado no estado de Santa Catarina
- Brasil.
http://www.maquinafort.com.br (Home)
http://www.maquinafort.com.br/serra_madeira/serra_madeira.htm (Serraria portátil SMM-4)
Portable
sawmill safety. Ontario Forestry Safe Workplace Association.
Acesso em 27.01.2010:
A Ontario Forestry Safe Workplace Association, do Canadá,
apresenta documento de 16 páginas sobre cuidados em
relação à segurança no uso desses
implementos florestais.
http://www.ofswa.on.ca/downloads/portable_sawmill_safety/
Portable%20Sawmill%20Safety%20document.pdf (em
Inglês)
Notícias e artigos técnicos sobre serrarias móveis
ou portáteis:
Serrarias
portáteis trazem soluções eficientes
e práticas. Panorama Rural 124. (2009)
http://www.panoramarural.com/noticia.aspx?id=1121&edic=124 (em Português)
Serraria
móvel agrega valor em pequenas propriedades. K. Pichelli. EMBRAPA Notícias. (2008).
http://www.embrapa.br/imprensa/noticias/2008/janeiro/4a-semana/serraria-movel-e-
opcao-para-agregar-valor-em-pequenas-propriedades/
(em Português)
Valor à madeira na pequena propriedade. Paraná Online/Jornal
O Estado do Paraná. (2005)
http://www.parana-online.com.br/canal/rural/news/133248/?
noticia=VALOR+A+MADEIRA+NA+PEQUENA+PROPRIEDADE (em Português)
Madeira
na fazenda. E. Schaitza. Revista Cultivar Máquinas
nº 10. (2002)
http://www.grupocultivar.com.br/artigos/artigo.asp?id=308 (em Português)
A
utilização de serrarias portáteis
em florestas de Pinus e eucaliptos em pequenas
propriedades rurais: a experiência da Embrapa / COTREL. E. Schaitza; V. A.
Hoeflich; H. Rodigheri; R. Ferron. EMBRAPA Florestas Circular
Técnica nº 35. 28 pp. (2000)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/circtec/edicoes/circ-tec35.pdf (em Português)
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Produção
Industrial de Terebintina de Pinus
Introdução
A
terebintina é um importante produto
da fração volátil da resina de diversas árvores
de coníferas, quer elas estejam vivas ou mortas, incluindo-se
os gêneros Abies, Picea, Pinus, entre outros (Economic
Expert, 2009; ESALQ, 2007; Drew e Pylant; 1966; FAO,1995).
Atualmente, os Pinus são as principais fontes da terebintina
no Brasil e na grande maioria dos países produtores.
As espécies mais utilizadas para a extração
incluem: Pinus pinaster, Pinus halepensis, Pinus massoniana,
Pinus merkusii, Pinus palustris, Pinus sabiniana, Pinus ponderosa e, também no Brasil, Pinus
taeda, Pinus oocarpa, Pinus caribaea e Pinus elliottii. Esses dois últimos são
os mais utilizados na resinagem, seguidos de Pinus oocarpa,
Pinus patula e Pinus kesiya (Wikipédia, 2010; Knoblauch,
2007; Neves et al. 2001).
A terebintina também pode ser extraída como
subproduto da indústria de celulose e papel, mais
especificamente do processo de polpação kraft
de coníferas. No passado, a grande maioria desses
subprodutos da polpação era considerada como
sendo resíduos e eliminada através da queima
dos gases voláteis liberados e do licor negro para
a geração de energia pelas fábricas.
Entretanto, com a crescente preocupação ambiental
(eliminação de maus odores na atmosfera) e
problemas com potenciais explosões desses subprodutos
voláteis e de alto poder calorífico, há uma
tendência de se extraí-los para uso controlado.
Esses gases voláteis são inflamáveis
em elevadas concentrações, comprometendo a
segurança fabril. Com isso, as tecnologias mais modernas
incluem a extração da terebintina, que pode
ser refinada e vendida como matéria-prima de outras
indústrias químicas, gerando renda extra e
destino ambientalmente correto para esse composto (Wikipédia,
2010; Wansbrough, s/d). Mesmo que não haja mercado,
essa separação pode ser feita e a terebintina
chamada sulfatada nas fábricas de celulose kraft pode
ser usada como um combustível de forma segura e controlada.
Isso agrega segurança ao processo e menor impacto
ambiental.
Os principais componentes da terebintina são os monoterpenos
(C10H16) e os terpenóides, em especial o a-pineno
e o ß-pineno, os quais são extraídos
e utilizados como solventes, para a fabricação
de óleo de pinho e para o emprego como matéria-prima
de inúmeros produtos de higiene, da indústria
farmacêutica, cosmética, e de muitas outras
(Pearl, 1969). Em meados dos anos 70, resultados de análises
de resíduos de indústrias de celulose e papel
mostraram grandes concentrações de terpenos
de alto valor comercial. Logo, muitas fábricas dos
EUA, Suécia, Finlândia e outros países
líderes de produção de celulose de coníferas
iniciaram seus próprios investimentos em plantas para
a purificação e fracionamento da terebintina
sulfatada.
O uso da terebintina já é bastante antigo,
existindo figuras e citações de índios
no México que extraíam a terebintina da resina
de árvores em tonéis sobre fogo direto já na
era Pré-Colombiana (Assumpção, 1978).
No século 19, na América do Norte, a terebintina
também era utilizada como combustível em luminárias,
gerando além da iluminação, um agradável
odor nos ambientes (Wikipédia, 2010).
Muitas das propriedades medicinais e antisépticas
da terebintina são hoje cientificamente comprovadas.
Alguns de seus componentes são usados como descongestionantes
nasais, também sendo empregados em diversos detergentes
e produtos de limpeza caseira. Compostos derivados da terebintina
também podem ser aproveitados como solventes para
a fabricação de tintas, adesivos, vernizes
e ceras especiais para a proteção de móveis
e sapatos (Wikipédia, 2010; Masten, 2002; FAO, 1995).
De acordo com Duane (1975), a terebintina também é largamente
utilizada para a fabricação de resinas de politerpenos,
pois uma elevada gama de polímeros de baixo peso molecular
podem ser obtidos do a-pineno e o ß-pineno, suas misturas
ou suas polimerizações. Essas resinas podem
servir de matéria-prima também para a fabricação
de balas e doces comestíveis, de papéis e também
na produção de alguns inseticidas.
Keneth e Smith (1982) indicaram as principais utilizações
da terebintina nos Estados Unidos naquele período:
80% foi utilizada para a síntese de óleo de
pinho; 16 % para a manufatura de resinas derivadas de seus
terpenos; 15% para a fabricação de inseticidas
provenientes de terpenos clorados e 11% para outros fins.
No Brasil, a maior utilização da terebintina
também é para a obtenção do óleo
de pinho (80-90% do total). Já existem algumas dezenas
de utilizações para esse produto do Pinus no
mundo (Neves et al. 2001; Baena, 1994).
Devido
a todas as suas finalidades e utilizações,
a terebintina vem sendo cada vez mais popularizada nas indústrias
do Brasil e do mundo, apresentando uma demanda crescente.
Dessa forma, este texto técnico pretende levar aos
leitores as principais formas de processamento para a obtenção
da terebintina, os seus principais tipos, usos e alguns resultados
de pesquisas que abordam a recuperação da terebintina
sulfatada. Esse é um dos tipos que vem ganhando mais
relevância e estudos para a sua utilização,
principalmente pela disponibilidade nas fábricas de
celulose e pela versatilidade de uso que seus terpenos oferecem.
Esses terpenos são relevantes compostos intermediários
de outros compostos e ponto de partida na fabricação
de inúmeros produtos farmacêuticos, químicos
ou alimentícios (Knoblauch, 2007).
Tipos de terebintina
Existem
vários tipos de terebintina que se diferem
no mercado de acordo com os métodos com os quais o
produto é isolado (Santos, 2005).
•
Terebintina de goma ("gum turpentine"): é a
terebintina obtida após a destilação
da resina bruta extraída da árvore viva de Pinus.
Nesse caso, a terebintina seria a fração
volátil da goma resina. Ela é extraída
dessa resina pela destilação por arraste pelo
vapor d’água, gerando um óleo contendo
bom aroma. O processo separa a terebintina do breu (fase
sólida da goma resina). A terebintina de goma é muito
utilizada para a fabricação de perfumes e outros
produtos cosméticos especialmente por possuir fragrância
muito apreciada e alta pureza (Wikipédia, 2010). Wiyono
et al. (2006) investigou a composição química
da goma resina proveniente de populações de
Pinus merkusii das Ilhas de Java e Sumatra, na Indonésia.
Os principais compostos coletados na terebintina foram o
alfa-pineno, 3-careno e o beta-pineno. Houve variação
nessa composição química em função
da localidade, tanto para a terebintina como para outras
frações da resina bruta. Jantan e Ahmad (1999)
avaliaram as propriedades do breu e da terebintina provenientes
da resinagem de Pinus caribaea var. hondurensis,
P. merkusii e Pinus
insularis na Península da Malásia.
Os resultados quantitativos para a terebintina de goma dos
pinheiros não foram muito diferentes; porém,
houve variação significativa da qualidade dos
seus componentes. Todos os terpenos encontrados eram típicos
da terebintina, sendo o principal o alfa-pineno constituindo
65 a 95% dos componentes. Outros dos compostos que se apresentaram
abundantes nas espécies estudadas foram: beta-pineno,
canfeno, mirceno, limoneno e beta-felandreno.
•
Terebintina destilada da madeira ou destilada a vapor ("steam
distilled wood turpentine" ou "wood turpentine"): é a
terebintina originária de tocos ou cepas de árvores
já abatidas. A madeira desses tocos é fracionada,
sendo sua terebintina extraída ou por destilação
a vapor ou pela adição de solventes.
•
Terebintina sulfito ("sulfite turpentine"): é a
terebintina extraída e recuperada quando se utiliza
o processo sulfito para polpação de madeira
de coníferas. O seu terpeno principal é o p-cineno,
havendo diferenças mais acentuadas na sua composição
com relação às outras terebintinas.
Essa terebintina é considerada uma sobra das indústrias
produtoras de papel (Masten, 2002).
•
Terebintina kraft ou terebintina sulfatada bruta ("crude
sulfate turpentine"): essa terebintina é extraída
de resíduos da polpação kraft da madeira
(manufatura da polpa de papel pelo processo sulfato alcalino).
Durante esse processo, a terebintina existente no vapor que
sai do digestor de cozimento dos cavacos da madeira é recuperada
através de sua condensação em diferentes
pontos de condensação. Essa terebintina pode
ser produzida e disponibilizada em grandes quantidades, pois
não é utilizada na fabricação
da celulose. Contudo, ela apresenta um elevado odor de enxofre
residual causado pela adição de sulfeto durante
o processo de cozimento. Para a extração dos
compostos de enxofre orgânico há a necessidade
de se fazer a refinação da terebintina kraft
via destilação ou através de tratamento
químico (Zinkel, 1978). Knoblauch (2007) avaliou a
composição, tanto da terebintina sulfatada
refinada de P. taeda, como da terebintina de goma
extraída
da resina de P. elliottii e P. caribaea. Para
tanto, foram realizados índices de refração
e polarimetria e o fracionamento dos compostos foi realizado
através
de destilador em coluna recheada de vidro e a vácuo.
Os resultados de pureza variaram de acordo com a amostra
e o processamento. O índice mais elevado de alfa-pineno
foi de 88 % e o menor de 77 %. Já os teores de beta-pineno
variaram entre 8 a 5 %. Masten (2002) ressaltou que a terebintina
sulfatada produzida nos Estados Unidos era constituída
majoritariamente por alfa-pineno (75-85%), beta-pineno (mais
de 3 %), canfeno (4-15%), limoneno (dipenteno 5-15%) 3-careno
e terpinoleno com suas percentagens não reveladas.
A composição da terebintina sulfatada é muito
mais variável do que a da destilada da madeira ou
a da de goma, pois há muito mais fatores influenciando
seus constituintes como as misturas de espécies de árvores
que são usadas na fabricação da celulose
além da grande região geográfica que
as árvores podem ser retiradas para a fabricação
de polpa Kraft (Zinkel, 1978). Segundo estudo desenvolvido
pelo mesmo autor, as porcentagens de terpenos existentes
nas terebintinas avaliadas variaram de acordo com o método
de extração: a terebintina extraída
da goma apresentava de 60 a 65 % de alfa-pineno, 25-35 %
de beta-pineno e de 5 a 8% de outros terpenos. Já a
terebintina retirada da madeira apresentou percentagens de
75-80% de alfa-pineno, 0-2% apenas de beta-pineno, 4-8 %
de canfeno e de 15 -20 % de outros terpenos; enquanto a terebintina
sulfatada possuiu 60-70% de alfa-pineno, 20-25 % de beta-pineno
e 6-12 % de outros terpenos.
Drew e Pylant (1966) estudaram a composição
da terebintina sulfatada extraída de cavacos de diversas
espécies de Pinus utilizados para a fabricação
de celulose kraft provenientes de distintas regiões
dos EUA e Canadá. Dessa forma, cavacos de 34 espécies
de coníferas submetidos a tratamentos similares aos
realizados para a produção de celulose foram
avaliados em laboratório. Vinte e seis espécies
foram consideradas fontes de terebintina, sendo que os resultados
variaram também com relação à idade
e ambiente em que as populações se encontravam.
Processos produtivos
Observem
a seguir as principais formas de destilação
e fracionamento utilizadas para a obtenção
tanto da terebintina da goma, como da madeira e da terebintina
sulfatada (Santos, 2005; Ferreira, 2002; Assumpção,
1978; Assumpção et al., s/d; Wansbrough, s/d).
• Terebintina
de goma (separação
do breu e da terebintina)
Assumpção et al. (s/d) destacaram que os primeiros
processos de separação da terebintina e do
breu da goma resina eram realizados em alambiques com fogo
direto; porém, muito do produto volátil era
perdido para a atmosfera, além da obtenção
de terebintina de baixa qualidade pela existência de
impurezas por produtos da pirólise. A necessidade
do breu como matéria-prima de diversos produtos comerciais
como o papel levou a melhorias na tecnologia de fracionamento
desses dois compostos da resina bruta. Conseqüentemente,
os aspectos qualitativos da terebintina também foram
aprimorados primeiramente pela substituição
da destilação descontínua pela contínua
em colunas sem enchimento e posterior pela destilação
em autoclaves (Assumpção, 1978; Baena, 1994).
De acordo com Ferreira (2002) o principal processo tecnológico
da separação do breu da terebintina existente
na goma resina é chamado de “Olustree” e
ocorre seguindo as etapas:
1 – A goma resina é acondicionada em um tanque
de decantação, onde é aquecida a vapor
(aquecimento direto e/ou indireto). Junto com o aquecimento,
há a adição de ácido oxálico
para a precipitação de ferro existente na goma.
Terra diatomácea também é acondicionada
no tanque para melhoria no processo de filtração.
Após o aquecimento, há a transferência
da resina para outro tanque (tanque de fusão).
2 – No tanque de fusão ocorre a adição
de terebintina (30 a 40%) para dissolver a resina que é filtrada
a quente, possuindo, para tanto, a ajuda da pressão
de vapor.
3 – Após filtragem, a resina passa para o tanque
de decantação, permanecendo por 4-8 horas na
temperatura de cerca de 80 °C.
4- Depois de decantada, a solução já lavada,
filtrada, branqueada e aquecida é bombeada para o
topo da coluna de destilação.
5 – Essa coluna possui os anéis de Raching onde
a solução desce em contra-corrente com os vapores
ascendentes. Durante essa etapa, a terebintina é separada
do breu saindo pelo topo da coluna de destilação
misturada ao vapor. Essa vai para um separador, eliminando-se
resquícios do breu que foram arrastados junto.
6 – O vapor passa para um condensador refrigerado,
condensando novamente a solução que segue para
um novo separador. Nesse, então ocorre a separação
da terebintina da água.
7- A terebintina passa por uma desidratação
através de filtros a base de sal de rocha, enquanto
que o breu escoa pela coluna de destilação
(Assumpção, 1978).
Segundo Ferreira (2002), há outros processos que separam
o breu da terebintina, como o a vácuo ou por gravidade
(batelada); todavia, as etapas não se diferenciam
muito das citadas acima. O processo de batelada é um
dos que vem ganhando mais avanços tecnológicos,
permitindo melhorias na qualidade de produção
tanto da terebintina como do breu. Isso faz com que esse
processo seja um dos mais empregados atualmente.
•
Terebintina sulfatada (extração e processamento)
Segundo Santos (2005) e Wansbrough (s/d), a principal forma
de separação da terebintina dos subprodutos
tais como cavacos, vapores e líquidos do processo
kraft é também
através da destilação.
A recuperação da terebintina pode ser dividida
em três etapas principais: primeiro há a separação
da terebintina dos cavacos de madeira durante o cozimento;
depois essa é processada e destilada para a separação
e remoção de seus principais terpenos (alfa
e beta-pineno); posteriormente, esses são preparados
para a venda: o beta-pineno prontamente após sua destilação,
enquanto que o alfa-pineno é convertido em óleo
de pinho em processamentos adicionais (Wansbrough, s/d).
Recuperação da terebintina crua sulfatada:
Segundo Santos (2005) e Wansbrough, s/d, as fases de recuperação
da terebintina crua sulfatada seguem os seguintes procedimentos:
1- os cavacos de madeira são conduzidos por esteiras
até um digestor. Nesse, é adicionado o licor
de cozimento, cobrindo-os inteiramente para o cozimento.
2- O cozimento ocorre pela adição de vapor
e troca de calor externo (diretamente ou indiretamente).
Algumas empresas também podem realizar um pré-cozimento
dos cavacos antes da adição da maior carga
do licor de cozimento. Durante o cozimento, as temperaturas
indicadas são de 150 a 175 °C em condições
de 7 a 10 atmosferas de pressão. Tanto a temperatura
como a pressão são mantidas durante tempos
variados de acordo com a tecnologia disponível.
3 – Durante o cozimento, os gases são continuamente
extraídos do digestor. Nesses gases que são
liberados do processo kraft está presente a terebintina
na forma volatilizada.
3- Após o cozimento, há a individualização
das fibras, para a formação da polpa que é almejada
pela empresa fabricante de celulose. Estudos já comprovaram
que quanto melhor a qualidade da polpa no processo Kraft,
melhor o aspecto qualitativo da terebintina extraída.
4 – A polpa e o licor negro são separados por
lavagens, enquanto que o vapor contendo água, terebintina
e outras substâncias seguem para condensadores.
5 – O condensado constituído de terebintina
e água segue para um decantador onde a terebintina
e a água são separados por diferença
de densidade. A terebintina separada é conduzida para
um tanque de estocagem para posterior purificação.
Wansbrough (s/d), comentou que há muitos métodos
para a realização da polpação
kraft e que geralmente a separação da terebintina
ocorre pela remoção dos gases do digestor,
o que ajuda no fracionamento do licor negro, da água
e da terebintina. Isso ocorre através de um separador
por ciclone.
Em
1974, White realizou estudo com a separação
da terebintina sulfatada da água através de
uma centrífuga tipo disco. A eficiência do processo
superou os 95%, havendo ainda 60% de melhorias da separação
entre os compostos durante o período de recuperação
do licor negro. Além disso, houve menores cargas de
DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) perdidos
pelo setor aos efluentes (37% inferiores ao sistema tradicional).
Tudo isso fez a separação da terebintina pela
centrifuga de disco ser considerada econômica e tecnicamente
viável.
Santos
(2005) relatou que caso a terebintina seja perdida, tanto
para a atmosfera como para os efluentes líquidos,
pode haver grandes problemas ambientais. No ar, a terebintina
sulfatada corresponde a substâncias de mau odor e
nas águas ela pode elevar a DBO, aumentando a proliferação
de algas e conseqüentemente diminuindo o oxigênio
no meio aquático. Em caso de estações
avançadas para tratar os efluentes, elas serão
mais demandadas pela maior carga de DBO a tratar. Por essas
razões, torna-se interessante recuperar a terebintina
no processo kraft com muita qualidade nas operações.
Destilação da terebintina crua sulfatada:
A destilação da terebintina sulfatada é um
processo realizado em fases distintas para que o fracionamento
dos seus diversos terpenos ocorram de forma adequada. Seguem
as descrições da destilação da
terebintina sulfatada segundo Wansbrough (s/d):
1. A coluna de destilação é enchida
com a terebintina sulfatada aquecida. Isso faz com que um
vácuo seja formado assim que a solução
entra em ponto de fervura. Dessa forma, os compostos passam
a ser vaporizados e são expulsos da coluna de destilação
de acordo com os seus distintos pontos de ebulição.
2. Primeiramente, alguns gases, água e impurezas como
compostos sulfatados são evaporados. Os compostos
extraídos dessa primeira destilação
(cabeça) não são aproveitados, podendo
ser conduzidos a um incinerador cativo ou a uma caldeira
da fábrica, onde são eliminados.
3. Após, há aumento da temperatura na coluna
de destilação para a intensificação
da formação do vácuo. Quando há a
fervura e liberação dos pinenos, controla-se
o processo para fazer a separação controlada
do beta e do alfa-pineno pela diferença das suas volatilidades.
A realização de um corte intermediário
contendo a mistura entre os dois pinenos é indicada
para a melhoria da pureza dos terpenóides extraídos.
Sugere-se que essas misturas sejam estocadas até que
se tenham quantidades suficientes para uma redestilação.
4. O beta-pineno já pode ser envasado em galões
para sua venda imediata; porém, o alfa-pineno passa
por novas destilações e hidratações
para sua transformação em óleo de pinho.
Santos
(2005) estudou o processo de destilação
da terebintina sulfatada desodorizada e sua síntese
em alfa-terpineol. Os resultados mostraram-se eficazes justamente
porque tanto o alfa como o beta-pineno foram já separados
do processo de destilação ficando livres de
grande parte de suas impurezas. A autora também realizou
a hidratação da terebintina sulfatada utilizando
o ácido sulfúrico como catalisador. Tal mistura
conseguiu separar diversos terpenos, inclusive o alfa-terpineol.
Esse alcançou seletividade de até 70%. A conversão
de pinenos obtida na destilação chegou a ser
superior a 99% em 4 horas de reação a 85 °C,
o que indica ótimo grau de pureza, mostrando o potencial
da destilação para ser utilizada no mercado.
• Terebintina destilada da madeira
A
terebintina extraída da madeira ainda não é muito
utilizada no Brasil. Isso porque ela exige a destoca após
o corte das árvores de Pinus. Isso é mais comum
nos Estados Unidos onde a madeira extraída é convertida
em cavacos, sendo acrescentada benzina para a liberação
da resina remanescente. Durante esse processo, a resina é separada
por destilação semelhante a que ocorre nas
etapas para o fracionamento do breu e da terebintina de goma;
porém, 70 a 85 % de sua constituição é de
breu (Neves et al. 2001). Os cavacos residuais servem para
queima como biomassa em caldeiras para gerar energia.
Além da destilação a vapor para a obtenção
da terebintina da madeira, também existem outros processos
que podem ser empregados como a adição de solventes
nos cavacos ou também pela carbonização
da madeira do Pinus, coletando-se a terebintina também
por condensação e destilação
(ESALQ, 2007; Santos, 2005). Segundo Masten (2002) essa destilação é dita
destrutiva, realizando-se uma destilação seguida
pela purificação da terebintina recuperada.
Mercados comerciais para a terebintina
A
terebintina já foi utilizada como matéria-prima
de quase todas as tintas no passado. Atualmente, seus compostos
vêm sendo substituídos por outros de origem
sintética derivados do petróleo ou da nitrocelulose
que apresentam preços muitas vezes mais acessíveis.
Apesar disso, existem tipos de tintas, vernizes e sprays
que continuam empregando com freqüência a terebintina
(Masten, 2002).
A estimativa de produção mundial de terebintina
foi de 333.500 toneladas no ano de 1994 (Dawson, 1994,
citado por FAO, 1995), sendo que em torno de 100.000 toneladas
eram de terebintina de goma. A China é considerada
um dos maiores produtores de terebintina do mundo, tendo
10% do total de sua produção anual exportados.
Fora isso, muitos dos derivados da terebintina como o óleo
de pinho, o terpeneol, a cânfora sintética
e os pinenos também são vendidos para fora
do país. De 2002 a 2006, houve um aumento do crescimento
da indústria de terebintina naquele país
na ordem de 4,8 % ao ano. O país possui mais de
173 empresas privadas, a grande maioria de porte pequeno
a médio, e que produzem ativamente esse produto
do Pinus (CCM International Limited, 2007).
Segundo ARESB (2010) no ano de 2008 o Brasil exportou cerca
de 5.000 toneladas de terebintina, sendo os principais
destinos os seguintes: França (1.746 ton), México
(1.115 ton), Espanha (584 ton), Reino Unido (395 ton),
Japão (380 ton) e EUA (300 ton). Esse último
apresentou uma produção doméstica
anual de 20,7 milhões de galões, sendo a
terebintina sulfatada o principal tipo produzido (Masten,
2002).
Os preços da terebintina variam no mercado de acordo
com a qualidade de sua composição química,
sendo os que possuem elevadas concentrações
em pineno (beta-pineno maior que alfa-pineno) conseguem
os melhores preços. As terebintinas de goma provindas
de Portugal, Brasil e EUA conseguem boas colocações,
ao passo que a proveniente da Índia é uma
das menos requisitadas. Isso porque possui certos compostos
que diminuem seu valor como o é o caso do 3-careno
(FAO, 1995). Para as exportações do Brasil
em 2008, o valor médio relatado pela ARESB para
a terebintina brasileira foi US$ 1.023,46 por tonelada.
Considerações
finais
O
crescente uso de terpenóides da terebintina como
ponto de partida da fabricação de inúmeros
outros compostos da química fina evidencia a sua importância
no mercado (Knoblauch, 2007; Santos, 2005). Assim, muitas
empresas do setor de base florestal e de celulose e papel
que ainda não reaproveitam a terebintina, poderiam
conseguir renda extra, dando uma destinação
ambientalmente correta para esse composto volátil
da resina do pinheiro.
Já existem muitos trabalhos que apontam tecnologias
simples e economicamente viáveis para a purificação
da terebintina gerada como subproduto nas indústrias
de celulose e papel (Santos, 2005). Da mesma forma, pesquisas
envolvendo o processamento dos diferentes tipos de terebintina,
novas formas de uso, assim como as suas composições
químicas deveriam ser incentivadas e desenvolvidas.
Isso, com certeza, ajudaria o produtor e também
o consumidor a descobrir a relevância sócio-econômico
e ambiental desse importante produto do Pinus que apresenta
tamanha versatilidade e muitas utilizações
para a nossa sociedade.
Referências da literatura e sugestões
para leitura
Exportações de terebintina. ARESB. Associação
dos Resinadores do Brasil. Acesso em 24.02.2010:
http://www.aresb.com.br/exportacao/tabelas/index_terebentina.htm (em Português)
Terebintina. Wikipédia. Acesso em
24.02.2010:
A Wikipédia possui em diversas linguas as principais
características, funções e usos da terebintina.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Terebintina (em
Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Turpentine (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Trementina (em Espanhol)
Socer
Brasil. Acesso em 24.02.2010:
A Socer Brasil, localizada em Salto, SP, é um dos
maiores produtores no Brasil de breu e terebintina. Sua webpage é muito
rica em dados e documentação sobre resinas
naturais de Pinus, breu e terebintina. Recomendamos uma visita
a esse website.
http://www.socer.com.br/portugues/ (Website geral)
http://www.socer.com.br/portugues/produtos.asp?cod=6 (Produtos
da Terebintina)
http://www.socer.com.br/portugues/produtos.asp?cod=9 (Óleo
de pinho)
http://www.socer.com.br/portugues/produtos.asp?cod=1 (Breu
- Colofônia)
Turpentine. Economic Expert. Acesso em 24.12.2009:
http://www.economicexpert.com/a/Turpentine.htm (em Inglês)
Esterificação seletiva para a separação
de esteróis, ácidos resínicos e ácidos
graxos do resíduo oleoso da madeira ("tall oil"). H.J.S. Sales. Tese de Doutorado. UNICAMP. 167 pp. (2007)
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dos monoterpenos de terebentina sulfatada e de goma. A. Knoblauch.
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Pinus&source=bl&ots=9nC2PBSdJd&sig=F8ixETriKWQJlysX6l_uks5ZWDY&hl=pt-
BR&ei=DNQfS5anDoySuAeTjMX0Cw&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved
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