Editorial
Caros
amigos interessados pelos Pinus,
Estamos lhes trazendo a 26ª Edição da nossa PinusLetter.
Mais uma vez, estamos nos esforçando para lhes oferecer temas
relevantes e assuntos interessantes e atuais para sua leitura. Nessa
edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos
dos Pinus e de outras coníferas, bem como à preservação
de nossos recursos naturais e à sustentabilidade das plantações
florestais. Também nesta edição, continuamos a
dar o merecido destaque a pessoas de nossa comunidade técnico-científica,
as quais trazem, com seu trabalho, esforço e talento, contribuições
muito relevantes na agregação de conhecimentos sobre
os Pinus. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse
e agrado.
A seção "As Coníferas
Ibero-Americanas" traz
como destaque algumas das principais características da espécie "Cunninghamia
lanceolata". Conhecida popularmente no Brasil como “pinheiro
chinês”, é uma conífera de origem asiática
bastante utilizada para fins ornamentais em todo o mundo. Devido à sua
elevada adaptabilidade existem plantações comerciais
dessa espécie em diversas regiões, inclusive no nosso
país.
Um assunto curioso que trouxemos nessa edição refere-se
aos "artigos da vida diária
fabricados com madeira dos Pinus". O texto e as figuras associadas procuram mostrar que a
madeira dos Pinus é encontrada em diversos artigos utilizados
no cotidiano das pessoas. Observem quais são alguns desses artigos
de uso doméstico, alimentício, de lazer, de artesanato
e até mesmo médico e se surpreendam, pois muitas vezes
estamos utilizando produtos de Pinus sem ao menos nos dar conta. Conheçam
as vantagens ambientais e econômicas dessa utilização.
Na seção "Referências Técnicas
da Literatura Virtual" voltamos a destacar "Grandes
Autores dos Pinus".
O pesquisador homenageado nessa edição é o nosso
estimado amigo Dr. Edson Tadeu Iede. Atualmente, pesquisador em entomologia
e proteção florestal da Embrapa Florestas, o Dr. Iede
já contribuiu muito e continua contribuindo com a geração
de tecnologias e novos conhecimentos sobre o controle de pragas dos
Pinus através de inúmeras publicações,
orientações e palestras ministradas. Conheçam
um pouco da história profissional, pesquisas e palavras desse
grande amigo dos Pinus.
"Mosaicos e fragmentos florestais: importância para a biodiversidade
e preservação ambiental" é outro tema que
trouxemos em destaque na PinusLetter 26. Pesquisas e estudos vêm
mostrando que os Pinus, se bem manejados e associados com fragmentos
de florestas nativas, corredores biológicos e matas ciliares,
podem ajudar muito na preservação ambiental e conservação
da biodiversidade.
Dando continuidade ao tema “fabricação
de fraldas e absorventes íntimos higiênicos”, publicado na edição
anterior, este "Mini-artigo técnico" da
presente edição
traz informações sobre as características e propriedades
da “polpa ou celulose fluff”,
além dos tipos, formas de produção
e fatores que afetam o produto.
Nessa edição, trazemos também para vocês
os tradicionais "Pinus-Links", que oferecem boas chances
para a obtenção de novos conhecimentos sobre os Pinus,
consultando as webpages sugeridas e disponíveis na web.
Finalmente, essa edição também lhes traz notáveis
relatórios científicos elaborados pela equipe de pesquisadores
e professores da ESALQ - Escola Superior de Agricultura "Luiz
de Queiroz" e do IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais
dentro do escopo do magnífico "Projeto Pinus Tropicais" executado
nas décadas dos 70's e 80's, mas de notável relevância
e utilidade técnica até os dias de hoje.
Aos
Patrocinadores e aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento
pela oportunidade, incentivo e ajuda para que possamos levar ao público
alvo, que cada vez é maior, muito conhecimento a respeito
dessas árvores
fantásticas que são as dos Pinus, e também as
de outras coníferas comercialmente e ecologicamente importantes
para nossa sociedade.
Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização
das várias oportunidades que as plantações florestais
do gênero Pinus oferecem ao Brasil, América Latina e Península
Ibérica, levando sempre mais conhecimentos também sobre
os produtos derivados dos Pinus para a sociedade e sobre a preservação
dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.
Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:
ABTCP -
Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)
Klabin
S.A. - (http://www.klabin.com.br/pt-br/home/Default.aspx)
e
também às empresas apoiadoras (Air
Products do Brasil e ArborGen) e aos nossos muitos apoiadores pessoas
físicas que acreditam e estimulam esse nosso serviço
de agregação e difusão de conhecimentos acerca
dos Pinus para a Sociedade.
Um
forte abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
As
Coníferas Ibero-Americanas: Cunninghamia lanceolata (Pinheiro
Chinês)
Artigos
da Vida Diária Fabricados com Madeira dos Pinus
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Grandes
Autores sobre os Pinus - Dr. Edson Tadeu Iede
PPT
- Projeto Pinus Tropicais da ESALQ/USP e IPEF
Pinus-Links
Mosaicos
e Fragmentos Florestais: Importância para a Biodiversidade
e Preservação Ambiental
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Polpas
ou Celuloses Tipo "Fluff"
As
Coníferas Ibero-Americanas
Cunninghamia lanceolata (Pinheiro Chinês)
O pinheiro chinês provém da região centro
sul da China. Até 1999, esse gênero arbóreo possuía
duas espécies descritas, ambas muito parecidas: Cunninghamia
konishii,
que tem como centro de origem Taiwan, e C. lanceolata, disseminada
pela Ásia.
Porém, estudos filogenéticos e morfológicos realizados
na época observaram grande similaridade entre as mesmas. Hoje,
muitos especialistas as classificam como variedades de C. lanceolata.
Todavia, há outros estudiosos que apontam que a classificação
em variedades ainda se caracteriza por diferenças não tão
evidentes, sugerindo que o status de ecotipo seria o mais apropriado
para essa separação (Gymnosperm Database, 2010; Wikipédia,
2010).
Além da localidade de origem, as principais diferenças
morfológicas entre C. konishii e C. lanceolata ocorrem em suas
folhas e em seus cones. A variedade lanceolata apresenta maior número
de estômatos na parte abaxial de grande parte de sua folhagem,
também possuindo sementes maiores que as da outra variedade (konishii).
A árvore de Cunninghamia lanceolata pode alcançar até 50
metros de altura na maturidade em sua região de origem; contudo,
o mais comum são árvores tendo de 15 a 25 m de altura,
principalmente quando cultivadas para fins comerciais. A grande maioria
tem copa piramidal com coloração predominante verde escura.
As folhas são permanentes, coriáceas, lisas, planas, densas, às
vezes lanceoladas e do tipo simples. São distribuídas em
espiral sobre os ramos, porém, havendo predomínio em duas
fileiras sobre eles, onde decaem nas extremidades. As dimensões
das folhas variam entre 2,5 e 7 cm de comprimento e 0,4 e 0,7 cm de largura.
Como a maioria das coníferas, C. lanceolada não é hermafrodita,
possuindo indivíduos de cada sexo, o que pode ser identificado
através da presença de sua estruturas reprodutivas. Os
cones masculinos são bastante diminutos e se localizam na parte
terminal dos ramos, em grupos de 10 a 30. Já os cones femininos,
apesar de serem maiores em tamanho e se posicionarem na parte distal
dos ramos, agrupam-se em no máximo quatro unidades. No início
do seu desenvolvimento são verdes, de formato oval-cilíndrico
e tendo dimensões de 12 X 8 mm. Conforme a maturação
das sementes se aproxima, o que freqüentemente leva de 7 a 8 meses,
a coloração predominante passa a ser marrom-avermelhado
e o formato se modifica para ovóide ou sub-globoso. A polinização
ocorre geralmente no final do inverno.
As sementes são aladas, muito pequenas, de cor castanha e globosas.
Ainda que a reprodução sexuada seja comum e a disseminação
de suas sementes facilitada pelo vento, a grande maioria dos cultivos
da espécie são realizados por propagação
vegetativa, principalmente através de rebrotes, que mantêm
as características das árvores-mães. As mudas de
C. lanceolata inicialmente têm desenvolvimento lento, sendo consideradas
de rápido crescimento após o período de estabelecimento
inicial (Wikipédia, 2010).
A descoberta da espécie, assim como os primeiros relatos de seu
cultivo como exótica, datam de 1702 realizados pelo Dr. James
Cunningham, sobrenome que deu origem ao gênero Cunninghamia. Hoje, é uma
das principais árvores de rápido crescimento plantadas
comercialmente em muitas regiões da Ásia. Apesar de bem
adaptada, prefere solos úmidos; porém, bem drenados, profundos
e arenosos. Existe a preferência por solos férteis, mas
o pinheiro chinês pode crescer bem em solos pobres em fertilidade,
desde que tenham umidade adequada. Seu cultivo em grandes altitudes também é indicado,
sendo encontrado em regiões que variam desde os 200 m a até 2800
m. Sua resistência ao frio é moderada, também se
adaptando a climas quentes e úmidos (Gymnosperm Database, 2010).
C. lanceolata já foi introduzida em diversas regiões do
mundo, mesmo apresentando propriedades de suas madeiras apenas regulares
(Wikipédia, 2010). A madeira é de cor amarelo-pálido,
bem odorosa pela presença de extrativos, possui baixa densidade
básica, variando de 0,30 a 0,45 g/cm³ (Gymnosperm Database,
2010; Foelkel, Clemente e Zvinakevicius, 1978). Logo, é considerada
uma conífera de madeira bastante leve e fácil de ser trabalhada,
sendo constantemente empregada na construção civil, na
fabricação de móveis, prédios, pontes e navios,
painéis e até mesmo celulose e papel. Seu tronco ereto
também pode ser usado para postes e mourões. Caso bem conservados
e tratados, têm viabilidade para esses usos, sendo assim resistentes
ao apodrecimento e ao ataque de cupins; contudo, em contato com alta
umidade no solo, essa durabilidade é bastante prejudicada (Gymnosperm
Database, 2010; Freitag et al., 2006).
Em estudo sobre sua viabilidade para produção de celulose
kraft, Foelkel, Clemente e Zvinakevicius (1978) encontraram resultados
de baixa densidade básica na madeira (0,33 g/cm³) e comprimentos
de fibra relativamente curtos (2,14 mm). Também notaram altos
teores de lignina (33,25%) e de extrativos em álcool/benzeno
(3,88%). Mesmo assim, os rendimentos do cozimento kraft foram relativamente
satisfatórios
(entre 45 a 49% para numeros kappa entre cerca de 22 a 45).
Considerada uma árvore subtropical, C. lanceolata se adaptou bem às
condições climáticas de diversas regiões
onde foi introduzida, podendo ser utilizada como ornamental pela beleza
de seu porte e pelo tipo e cor das folhas. Por isso, está presente
em parques e jardins de zonas urbanas em quase todo o mundo, atingindo
alturas de 15 a 30 metros, dependendo das condições edafo-ambientais
presentes e do manejo adotado (Wikipédia, 2010; Carvalho, 2004).
De acordo com IPEF (1976), C. lanceolata já foi introduzida no
Brasil com êxito na serra da Mantiqueira (sudeste do país)
em altitudes de 1200 a 1600 m e em regiões de verão fresco
e invernos secos sem haver forte déficit hídrico em nenhuma
das estações. No Brasil, as plantações comerciais
e os plantios experimentais têm mostrado incrementos médios
anuais entre 20 a 35 estéreos por hectare.ano, com ótima
forma das árvores (Foelkel, Clemente e Zvinakevicius, 1978). Como
vantagem adicional relatada por alguns autores, a plantação
pode ser também manejada por talhadia, pois as plantas rebrotam
após a colheita, conforme a idade das árvores.
Longchi e colaboradores (2005) observaram problemas de "auto alelopatia" em
locais de plantações em que ocorreram até três
gerações sucessivas de C. lanceolata. Foi comprovado que
as próprias plantas produziram compostos fenólicos tóxicos
que diminuíram a capacidade de absorção de nutrientes
em mudas da própria espécie, um curioso fenômeno
da Natureza.
Observem a seguir alguns estudos realizados com o pinheiro chinês
que abordam assuntos como conservação da madeira, melhoramento
genético, alelopatia, características de sua celulose,
paisagismo, entre outros. Há também fotos e imagens que
ajudam a caracterizar e identificar o gênero e a espécie.
Pinheiro-chinês, pinheiro-alemão, cuningamia. Herbário
Florestal. UFSM. Acesso em 14.04.2010:
O herbário florestal virtual desenvolvido na Universidade Federal
de Santa Maria, possui algumas fotos das principais partes da árvore
como: tronco, inflorescências, frutos e sementes. Há ainda
uma breve descrição taxonômica da espécie.
http://w3.ufsm.br/herbarioflorestal/especie_detalhes.php?nome_filtrado=pinheiro-chines
_pinherio-alemaocuningamia&PHPSESSID=d96c9c359d6136bd49b07b2eeb0da3d6
Cunninghamia
lanceolata. Wikipédia. Acesso em
14.04.2010:
O website da enciclopédia virtual Wikipédia possui textos
descrevendo as principais características morfológicas
dessas árvores. Há ainda fotos para ajudar nessa caracterização.
A página na língua inglesa apresenta características
apenas do gênero Cunninghamia; porém, afirma que as duas
espécies existentes são extremamente próximas, sendo
muito difícil de serem distinguidas morfologicamente.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cunninghamia_lanceolata (Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Cunninghamia_lanceolata (Espanhol)
http://en.wikipedia.org/wiki/Cunninghamia (Inglês)
Cunninghamia
lanceolata (Lambert) Hooker 1827. The Gymnosperm Database.
Acesso em 14.04.2010:
Observem as principais características de C. lanceolata apresentadas
pelo website “Gymnosperm Database”. Nele, além de
fotos e figuras da morfologia da árvore adulta, também
se encontram detalhes e descrições de suas sementes, cones,
ramos e flores. Observem os principais usos, distribuição
geográfica, nomes comuns, entre outros assuntos abordados.
http://www.conifers.org/cu/cun/index.htm
Cunninghamia lanceolata var. konishii. Wikimedia - Wikispecies. Acesso
em 14.04.2010:
http://species.wikimedia.org/wiki/Cunninghamia_lanceolata_var._konishii
Artigos técnicos e científicos
sobre Cunninghamia lanceolata:
Decay
resistance of China-fir [Cunninghamia lanceolata (Lambert) Hooker]. C. Freitag; J. J. Morrell. Forest Products Journal 56(5): 29-30. (2006)
http://www.cof.orst.edu/coops/utilpole/pdf/2006Freitag.pdf
Effects of phenolics on seedling growth and 15N nitrate absorption of
Cunninghamia lanceolata. C. Longchi; W. Silong; Y. Xiaojun. Allelopathy
Journal 15(1): 57-66. (2005)
http://www.cnern.org/ewebeditor/uploadfile/2005322152737607.pdf
Chemical
composition of decomposing stumps in successive rotation of Chinese
fir [Cunninghamia lanceolata (Lamb.) Hook.] plantations. Z. Huang;
Z. Xu; S. Boyd; D. Williams. Chinese Science Bulletin 50(22): 2581—2586.
(2005)
http://www.scichina.com:8080/kxtbe/fileup/PDF/05ky2581.pdf
Árvores do Jardim do Carregal. P.V. Araújo; M. P. Carvalho;
M.D.L. Ramos. Dias com Árvores. (2004)
http://dias-com-arvores.blogspot.com/2004/11/rvores-do-jardim-do-carregal-3.html
Differences
in flowering characteristic among clones of Cunninghamia lanceolata (Lamb.) Hook. Z. Zhuowen. Silvae Genetica
51: 5–6. (2002)
http://www.rheinischesmuseumfuerphilologie.com/fileadmin/content/dokument/archiv/silvaegenetica/51_2002/51-5-6-206.pdf
No
clinal variation in Cunninghamia lanceolata wood density sampled
from thirteen Chinese provinces. J. C. Yang; C. M. Chiu; T. P. Lin; F.
H. Kung. CEPS Chinese Journal 16(2): 65-80. (2001)
http://ntur.lib.ntu.edu.tw/bitstream/246246/161753/1/03.pdf
Cunninghamia
lanceolata. China-Fir. E. F. Gilman; D. G. Watson. Fact
Sheet USDA ST-220. 03. pp. (1993)
http://hort.ufl.edu/trees/CUNLANA.pdf
Genetics
of Cunnighamia lanceolata Hook. C. M. Starck; Y. Q. Liu. Silvae
Genetica 37: 5-6. (1988)
http://www.sauerlaender-verlag.com/fileadmin/content/
dokument/archiv/silvaegenetica/37_1988/37-5-6-236.pdf
Coníferas exóticas aptas para a produção
de celulose kraft. I. Cunninghamia lanceolata. C.E.B. Foelkel; V.M. Clemente;
C. Zvinakevicius. O Papel (Novembro): 111-118. (1978)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ABTCP/Con%EDferas%20
ex%F3ticas%20-%20Cunninghamia%20lanceolata.pdf
Estudo das características da celulose kraft de Cunninghamia
lanceolata Lamb. J. G. Lelles; A. P. Souza; V. M. Clemente; O. F. Valente. Revista Árvore
2(1):34-40. (1978)
http://books.google.com.br/books?id=_4CaAAAAIAAJ&pg=PA34&lpg=PA34&dq=Estudo+das+
caracter%C3%ADsticas+da+celulose+kraft+de+Cunninghamia+lanceolata+Lamb&source=bl&ots=
9VpJY9p4Od&sig=3eMP6y55DMcBv-6C9OUzFgB_ygM&hl=ptBR&ei=NLMDTP3sEYiMuAe8xKT3DQ&sa=
X&oi=book_result&ct=result&resnum=2&ved=0CBgQ6AEwAQ#v=onepage&q=
Estudo%20das%20caracter%C3%ADsticas%20da%20
celulose%20kraft%20de%20Cunninghamia%20lanceolata%20Lamb&f=false
A
introdução de espécies florestais exóticas
e o processo de adaptação. Boletim Informativo IPEF 4(13).
61 pp. (1976)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_informativo/bolinf13.pdf
Imagens de Cunninghamia
lanceolata e C. konishii:
Imagens Google:
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&q=%22Cunninghamia+lanceolata%
22&um=1&ie=UTF-8&ei=hMDFS7O6OsmGuAfJ1dwe&sa=X&oi=image_result_group&ct=
title&resnum=1&ved=0CA8QsAQwAA (Cunninghamia lanceolata)
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=cunninghamia+konishii&um=1&ie=UTF-8&source=
univ&ei=taADTNKQHMOSuAeGu6H3DQ&sa=X&oi=image_result_group&ct=
title&resnum=4&ved=0CDMQsAQwAw (Cunninghamia konishii)
http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&tbs=isch%3A1&sa=
1&q=%22chinese+fir%22&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=&start=0 ("Chinese Fir")
Pinheiro
chinês. Lookfordiagnosis.com
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Cunninghamia&lang=3
Artigos
da Vida Diária Fabricados com Madeira dos Pinus
A
madeira é um produto de origem florestal
extremamente versátil, sendo utilizada pelo homem desde os primórdios
de sua existência no planeta, primeiramente para a construção
de ferramentas e equipamentos para sua defesa e caça e como
combustível para gerar calor. Conforme houve a aquisição
de novos conhecimentos e descobertas de novas tecnologias, o uso da
madeira pelo ser humano também evoluiu, passando a ser utilizada
como energia industrial através de sua queima, como matéria-prima
para a construção civil e muitas outras inúmeras
utilizações (Coronel et al., 2007; Vieira, 2006). Isso
torna a madeira extremamente utilizada até os dias de hoje.
Além disso, a crescente problemática ambiental tem feito
com que as madeiras provenientes de florestas plantadas de manejo certificado
(como muitas de Pinus), sejam cada vez mais valorizadas, por
serem consideradas recursos renováveis e obtidas por manejos com base
em indicadores de sustentabilidade. Logo, passam a substituir outros
produtos como plásticos (derivados do petróleo) e diversos
outros produtos extraídos de recursos fósseis e/ou não-renováveis
da Natureza. Dessa forma, há uma crescente demanda por madeiras
provenientes de plantações de Pinus, podendo
ser encontradas em uma diversidade enorme de produtos nos mercados.
Esses produtos
são parte de nossa vida diária e muitas vezes podem passar
despercebidos pelos usuários em relação à sua
origem. Muitos cidadãos inclusive, não imaginam como
a madeira dos Pinus está presente no seu cotidiano,
fazendo parte do dia-a-dia de praticamente todas as pessoas.
A madeira dos Pinus possui coloração amarela clara, é considerada
mole, de boa aparência, leve (com propriedades estruturais limitadas)
e pouco densa (REMADE, 2003). Como exemplo, o Pinus taeda, uma das
espécies mais plantadas no sul e sudeste do Brasil, mostrou
densidade média da madeira de 0,402 g/cm3 em sítios florestais
entre 22 e 25 anos, próximos a Lages- SC (Quaquarelli et al.,
2002). Essas propriedades físicas e mecânicas da madeira
de Pinus fazem com que muitas de suas espécies sejam utilizadas
como matérias-primas para a laminação, serraria,
fabricação de móveis, chapas reconstituídas,
marcenaria e os mais diversos tipos de artesanatos. Já mostramos
para nossos leitores em edições passadas de nossa PinusLetter
inúmeras utilizações das madeiras de Pinus para
fabricação de móveis, painéis de madeira,
compensados, aglomerados, etc. Nesse artigo vamos nos dedicar a mostrar
coisas muito mais simples, como itens artesanais ou de moderadas taxas
de industrialização ou de pequenas dimensões,
que entram em nossa vida como acessórios de conforto ou de praticidade.
Muitas indústrias moveleiras e serrarias que se utilizam da
madeira dos Pinus geram grandes quantidades de sobras de matérias-primas
lenhosas. Segundo Vieira (2006), durante o processamento da tora, 40
a 60% de sua madeira pode resultar em resíduos. Esses, por sua
vez, podem causar grandes problemas ambientais como poluição
de lençol freático e do ar por descartes e queimas irregulares,
respectivamente. Muitos estudos já estão sendo realizados
com sucesso, buscando a minimização dos resíduos
dessas empresas, além da busca de novas utilizações
para essas sobras lenhosas, que possam agregar valor e gerar rendas
extras. Muitas indústrias utilizam suas sobras de madeira para
a geração de energia em caldeiras através da combustão.
Porém, há outras finalidades, as quais podem ser ainda
mais viáveis economicamente e, ao mesmo tempo, ambientalmente
mais corretas.
As propriedades das madeiras dos Pinus, principalmente
a boa maleabilidade e aparência, proporcionam que pequenos objetos sejam confeccionados,
inclusive com as próprias mãos (premissa do artesanato).
Dessa maneira, muitos dos subprodutos da serraria e indústrias
moveleiras, como as costaneiras e madeiras/toretes de pequenas dimensões,
estão servindo para a elaboração de diversos objetos
muito apreciados no artesanato. Também servem para essas finalidades
as toras finas do primeiro desbaste das florestas manejadas por alto
fuste. A madeira do Pinus pode ser utilizada para a confecção
de utensílios para decoração de casas e para outras
inúmeras utilidades domésticas, tais como: fabricação
de prendedores de roupas, potes e caixas, baús, cestas, cachepots,
vasos, molduras de quadros, porta-retratos, bandejas, tábuas
para carnes, gamelas para churrascos, rolos para massas, tábuas
para passar roupas, palitos para alimentos, para dentes e palitos de
fósforos, recipientes porta-vinho, porta revistas, lápis,
objetos decorativos como esculturas, peças para móveis
e diversos tipos de brinquedos. Restos de madeiras de Pinus como
costaneiras também são freqüentemente utilizadas para a fabricação
de moradias de animais domésticos, como casinhas de cachorros
e ninhos para pássaros. As costaneiras ganharam também
destaque na jardinagem, como cercas decorativas para separar ambientes.
Muitos dos materiais descartados pelas serrarias são as peças
de madeira de Pinus contendo os nós (região da inserção
de ramos), considerados defeitos da mesma; todavia, o artesanato permite
que essa madeira seja aproveitada, agregando valor aos seus produtos
e criando fantásticas obras de atrativa e criativa beleza. Um
dos principais parâmetros do artesanato é a utilização
de matérias-primas abundantes na região de origem do
artesão. Os Pinus não são originários do
Brasil; porém, suas plantações são freqüentes
em inúmeras regiões do país. Dessa maneira, a
sua madeira inclusive já substituiu algumas das madeiras de
espécies nativas para esse fim, como a madeira da caixeta, da
araucária e da cerejeira.
Muitos utensílios de pequeno porte de uso diário podem
também ser fabricados com madeiras de árvores do primeiro
desbaste de Pinus, as quais possuem madeira muitas vezes impróprias
para a serraria. Outra madeira descartada é a proveniente de áreas
de resinagem das árvores. Essas também são perfeitamente
utilizadas em diversos segmentos artesanais como para a fabricação
de brinquedos, para a confecção de caixas e de baús;
para os mais diversos utensílios que necessitem de pintura,
pois a madeira resinada é muitas vezes manchada, perdendo valor
qualitativo nesse quesito.
Outra grande vantagem da agregação de valor aos resíduos
da madeira de serrarias é a formação de novos
empregos, tanto em zonas rurais próximas às plantações
de Pinus, como em áreas urbanas. Isso, além de aumentar
a circulação de capital em diversas comunidades, também
promove a melhoria da qualidade de vida das mesmas, através
da criação de associações de agricultores
e artesãos.
Santos e Bonduelle
citado por Vieira (2006) observaram em seus estudos que houve aproveitamento
de 4,5% de matéria-prima para a elaboração
de pequenos brinquedos e materiais pedagógicos. Em seus experimentos,
o mesmo autor também aponta aproveitamento de 27% de resíduos
de costaneiras para a confecção de pequenos objetos de
artesanato.
Em estudo de caso desenvolvido por Souza (2008), houve a análise
da viabilidade econômica da produção de diversos
produtos derivados de resíduos de serraria localizada na Bahia.
A fabricação de painéis, de abrigos para animais
e fabricação de móveis foram algumas das alternativas
estudadas para os subprodutos da empresa em estudo; contudo, a última
foi a que apresentou maiores vantagens para a região visto que
seria necessário treinamento de mão-de-obra e investimentos
iniciais que trariam benefícios no longo prazo.
Coronel et al. (2007) afirmaram que a utilização de restos
de madeira para a elaboração de pequenos objetos necessita
de baixos investimentos e apresenta retornos econômicos, sociais
e ambientais garantidos.
De acordo com REMADE (2003), a fabricação de molduras
e roda-pés com a madeira de Pinus taeda é alternativa
que está se mostrando bastante viável, tanto para consumo
interno, quanto para a exportação. Porém, há a
necessidade de madeira de alta qualidade para a fabricação
de alguns desses produtos, não sendo apropriada a utilização
de resíduos em alguns casos, exceto quando esses produtos são
confeccionados a partir de resíduos de painéis.
A madeira do Pinus entra também em inúmeros processos
produtivos de dimensões industriais mais modestas para manufatura
de produtos fundamentais para nossa vida diária. São
fabricações que deixaram o status do artesanato para
se constituírem em modernas instalações usando
essa madeira do Pinus, somente que em quantidades não tão
significativas como as serrarias, fábricas de móveis,
celulose e papel, etc.
O uso racional da madeira é motivo crescente de atenções
em todo o mundo. Apesar de já existirem diversas empresas que
reaproveitam resíduos de outras industrializações
e toras finas de desbastes, ainda há muito a ser feito. Mais
estudos tanto para a descoberta de novas tecnologias e de usos como
para a avaliação de viabilidades econômicas deveriam
ser desenvolvidos e incentivados, assim como a extensão desses
conhecimentos e de suas vantagens a empresários que lidam com
o setor madeireiro e florestal.
A seguir há disponível alguns trabalhos já desenvolvidos
sobre o tema que focam o uso de resíduos da madeira para diversos
fins, a viabilidade econômica de tais projetos e a aceitação
desses produtos pela comunidade.
Confiram também listas de figuras dos mais variados produtos
que podem ser fabricados com a madeira dos Pinus quer no artesanato,
na elaboração de diversos tipos de caixas, baús
e cachepots, assim como artigos de floricultura e jardinagem, na confecção
industrializada de itens de uso doméstico, objetos para lazer,
objetos para outras indústrias (como alimentícia, etc),
dentre tantos outros.
Design de produtos “linha branca” com compósitos
de madeira / plástico: proteção ambiental e pessoal.
S. M. A. Veroneze; D. Razera. Anais do 2° Simpósio Brasileiro
de Design Sustentável (II SBDS). 15 pp. (2009)
http://portal.anhembi.br/sbds/anais/SBDS2009-047.pdf
Viabilidade
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em madeira de Pinus)
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Caixas de madeira diversas
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http://www.diamade.com.br/caixas.php (Caixas paletizadas)
http://www.elo7.com.br/productProfile.do?webCode=46D7D&sortBy= & pageNum=&albumWebCode (Caixas de Pinus)
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caixas de madeira)
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http://www.artela.com.br/quad.swf (Estojos para pintura)
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Cachepots
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http://www.floremba.com.br/site/index.php?option=com_virtuemart&page=
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Baús
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http://www.ibiubi.com.br/produtos/bau-feito-em-madeira-mdf-e-pinus+m%C3%BAsica
+porta-cds-caixas-e-envelopes+porta-cds/IUID2532099/ (Baú com madeira de Pinus)
Brinquedos
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de Pinus)
http://www.rumo.com.br/sistema/ListaProdutos.asp?IDLoja=472&Y=
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20madeira%22%20pinus&aql=&gs_rfai=&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi (Brinquedos de madeira)
http://magoobrinquedos.com.br/Standard.asp?CategoryId=1 (Brinquedos
de madeira)
http://www.kitsegifts.com.br/loja/brinquedo.php?cPath=106&osCsid=osodzsteykdan (Brinquedos de madeira)
http://criancas.hsw.uol.com.br/como-fazer-brinquedos.htm (Como fazer brinquedos de madeira...)
http://criancas.hsw.uol.com.br/como-fazer-brinquedos5.htm (Como fazer
brinquedos de blocos de madeira...)
Móveis
http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_10.html#cinco (PinusLetter
Edição
n° 10)
Utensílios domésticos
http://www.varal.com.br/prendedores.html (Prendedores de roupa)
http://www.varal.com.br/tabuas.html (Tabuas para carnes)
http://www.casaleao.com/artigosdemadeira.swf (Tábuas
para carnes)
http://www.thony.com.br/departamentos.asp?DepartamentoId=
81&categoriaid=312&subcategoriaid=696 (Gamelas para churrasco
e tábuas para carnes)
http://www.michelon-sc.com.br/loja/produtos.php?nome_link=Gamelas%20
e%20Petisqueira&secao=Cozinha&sub_secao=T%E1buas (Gamelas e petisqueiras)
http://www.varal.com.br/utilidades.html (Utensílios domésticos)
http://www.varal.com.br/cabides.html (Cabides)
http://www.varal.com.br/rodos.html (Rodos e acessórios)
http://www.submarino.com.br/produto/18/21626788/mesa+de+passar+roupas+top (Mesa para passar roupas)
http://empresarial.tramontina.com.br/product/detail/id/350/catId/183/ (Mesa para passar roupas)
http://www.lojadolar.com/Produto.aspx?codigo=34602&aq= & d=870&f=0&h=&pf=0&pi=0&q=bandeja&tipo=1
(Bandeja para café)
http://artesanatodalou.blogspot.com/2009/02/blog-post_4450.html (Bandejas
de madeira)
Outros
utensílios e artefatos diversos
http://www.twenga.com.br/dir-Casa,Quadros-espelhos-e-posters,Porta-retrato-04506 (Porta retratos)
http://grupopixel.wordpress.com/2009/06/02/projeto-palitos-gina/ (Palito
de dentes)
http://www.varal.com.br/palito.html (Palito de dentes)
http://www.gaboardi.com.br/?produtos#pal (Palitos e espetinhos)
http://www.theoto.com.br/portugues/produtos_resid.htm (Palitos de madeira
para alimentos tipo sorvetes, etc)
http://www.mdfhess.com.br/?products_id=221&osCsid=448d9b02c346964b36cfe1f43a31a192 (Artefatos em madeira)
http://www.varal.com.br/espetos.html (Produtos para alimentação
tipo espetos de churrascos, etc.)
http://www.varal.com.br/porta_vinhos.html (Porta vinhos)
http://www.tudoarte.com.br/marcenariacmc/marcenariacmc_cx3.shtml (Porta
garrafas)
http://www.cantinhodocao.com.br/site_modelo_2008/casinhas.php (Casinhas
de cachorro)
http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&tbs=isch:
1&q=%22casinha+de+cachorro%22+%22madeira&sa=N&start=72&ndsp=18 (Casinhas de cachorro)
http://www.cantinhodocao.com.br/site_modelo_2008/ninhos.php (Ninhos
para pássaros)
http://www.tudoarte.com.br/casinhasdepassarinhos/index.shtml (Casinhas
de passarinhos)
http://www.theoto.com.br/portugues/produtos_medico.htm (Produtos médicos)
http://www.theoto.com.br/portugues/produtos_sorvete.htm (Linha sorveteria
e doces)
http://santaluzia.virtualiza.net/?link=produtosDetalhes&cd_categoria=7 (Molduras)
http://www.artela.com.br/quad.swf (Molduras de quadros)
http://www.artela.com.br/quad.swf (Cavaletes para pinturas)
http://www.mercadaodascestas.com/index.php?page=produtos.php&categoria=12 (Artigos para floricultura - madeira)
http://aproccamp.com.br/web/index.php?option=com_content&view=article&id=135:acessorios&Itemid=31 (Acessórios para floricultura)
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Grandes Autores sobre os Pinus - Dr. Edson Tadeu Iede
Dr.
Edson Tadeu Iede é atualmente um dos renomados
entomologistas brasileiros que mais possuem conhecimentos e publicações
em relação a pragas em plantações de Pinus.
Por tudo que tem feito nesse campo da proteção florestal,
já contribuiu e continua contribuindo em muito com o controle
da vespa-da-madeira, do pulgão-gigante-do-Pinus, do gorgulho-do-Pinus,
das formigas cortadeiras, dentre outros insetos que molestam as plantações
de Pinus no Brasil. É por essa razão e por seus feitos
para a silvicultura brasileira que é o pesquisador homenageado
nessa edição da PinusLetter.
Biólogo formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR),
Dr. Iede descobriu sua paixão pelos insetos quando, ainda estudante
de graduação, iniciou-se como monitor na área
de entomologia na universidade. Isso foi em 1975. Desde então,
vem-se dedicando à entomologia agrícola e florestal.
Logo após a conclusão da graduação, começou
seu mestrado na UFPR, onde estudou a broca dos ponteiros da soja. Em
1979, foi contratado pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária)
para trabalhar em um projeto internacional envolvendo o “Australian
Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization - CSIRO” da
Austrália, atuando na coleta de insetos de interesse como biocontroladores
de plantas invasoras daquele país. Dr. Iede tem ainda especialização
em programas de controle biológico de insetos pela University
of California (1982). Apenas nesse ano de 1982, é que Edson
Tadeu Iede foi incorporado à Embrapa Florestas em Colombo/Paraná onde
permanece até hoje, trabalhando por quase 30 anos com pragas
florestais, em especial, com as pragas dos Pinus.
Dr. Iede nos contou que no começo de suas atividades florestais
teve um pouco de dificuldades, pois teve que aprender muito sobre ciências
florestais, suas pragas e combate/controle. Durante essa época
de aprendizado trabalhou com diversas culturas florestais como erva-mate,
bracatinga, araucária e o eucalipto, levando resultados aos
produtores e clientes da empresa. O pesquisador ressaltou a importância
para ele dessa época inicial de aprofundamento de conhecimentos,
pois quando a vespa-da-madeira do Pinus foi introduzida no Brasil,
em 1988, estava pronto para realizar os estudos necessários
para a solução do problema. Edson Iede comentou que,
até aquele momento, o Pinus não possuía no Brasil
nenhuma praga ameaçadora. Logo, o surgimento da vespa foi um
marco para a entomologia florestal dessa conífera, sendo necessários
programas de controle e legislações quarentenárias
para contê-la. O pesquisador é um dos membros fundadores
do Programa Nacional de Controle à Vespa-da-Madeira e um dos
criadores e atual coordenador técnico do Fundo Nacional de Controle à Vespa-da-Madeira
- FUNCEMA. Logo, desenvolveu entre 1988 a até 1995 inúmeros
trabalhos científicos estudando a praga, ajudando no seu controle
e com certeza colaborando com os resultados positivos que temos hoje
nesse setor.
Entre 1996 e 1998 houve o surgimento de espécies de pulgões
pragas do Pinus, onde a Embrapa Florestas, em conjunto com outras entidades
de pesquisas, foi designada para a criação de um programa
de manejo integrado para conter essas e outras pragas da cultura. Foi
nessa época que Edson Iede iniciou seu doutorado na UFPR realizando
estudos de monitoramento das populações dos conhecidos
pulgões-gigantes nos Pinus.
Em 2001, surgiu no Brasil outra praga de extrema relevância florestal,
o gorgulho-do-Pinus. Assim, Edson Iede também tem colaborado
com estudos para a solução desse problema. Em resumo,
Dr. Iede tem estado envolvido diretamente com as principais pragas
dos Pinus no Brasil e tem ajudado a Embrapa Florestas a se tornar a
principal força motriz para solução das mesmas
através suas pesquisas e recomendações técnicas.
O pesquisador Iede já recebeu o prêmio Mérito Florestal
do Rio Grande do Sul por sua dedicação ao controle da
vespa-da-madeira do Pinus. Também já foi membro do Grupo
de Trabalho Permanente em Sanidade Silviagrícola do Comitê de
Sanidade Vegetal do Cone Sul (COSAVE) de 1992/2004. É atual
membro do Painel Técnico em Quarentena Florestal da FAO - Food
and Agriculture Organization, desde fevereiro de 2005. Já ocupou
ainda diversos cargos de chefia administrativa e de pesquisa dentro
da Embrapa Florestas, sendo que em alguns, ainda atua ativamente.
Apesar da vasta carreira e grande conhecimento, Edson Iede ainda acredita
que tem muito a fazer e a contribuir como pesquisador e como formador
de novos profissionais na área, principalmente devido a toda
a experiência que já possui em entomologia florestal.
Edson Iede comentou que gosta de novos desafios, podendo desenvolver
alguns novos programas de manejo integrado de pragas e ajudando a criar
novas tecnologias de controle de insetos que prejudicam florestas,
em especial as de Pinus.
Seguem algumas palavras do Dr. Edson Tadeu Iede sobre a importância
do manejo florestal como fator de resistência ao ataque de pragas:
“Inúmeros fatos acontecidos ao longo de minha vida profissional
me fizeram ver o quão importante é a presença
de um Engenheiro Florestal para a elaboração e acompanhamento
do Plano de Manejo, desde a escolha do material genético adequado,
até a colheita e comercialização da floresta.
Através da inteligência desse ramo da engenharia é possível
criar mecanismos de resistência ambiental que impedem ou minimizam
a ocorrência da maioria dos surtos de pragas, simplesmente aplicando-se
as técnicas silviculturais adequadas a cada momento do desenvolvimento
da floresta.
Assim, a escolha da espécie/procedência/clone mais adequada às
condições ecológicas, sítio mais apropriado,
condição física do solo, qualidade da muda, nutrição,
técnicas de plantio e manutenção, todos são
fundamentais para que se tenha uma melhor condição de
resistência às pragas. Não adianta plantar em sítios
ruins que apresentam solos rasos com afloramento de rocha, solos mal
drenados, pois esses plantios serão com certeza alvos de pragas.
Durante muitos anos isso não foi levado em consideração
na silvicultura do Pinus no Brasil. Porém, após a introdução
da vespa-da-madeira no país, em 1988, depois dos pulgões
do gênero Cinara e Essigella, do Adelgidae, do Pineus boerneri
e de Pissodes castaneus, isso tornou-se uma condição
indispensável, para propiciar condições de resistência
dos plantios a essas pragas.
Dessa forma, durante a elaboração de um Programa de Manejo
Florestal, na sua fase de planejamento, deve-se analisar todos os fatores
bióticos e abióticos que possam favorecer o ataque de
pragas. Neste particular, não somente os fatores climáticos
devem ser gerenciados; porém, sabe-se que a distribuição
geográfica das espécies/procedências também
devem ser consideradas, visando ao plantio daquelas adaptadas a cada
região bioclimática, ou seja, aquelas adequadas ecologicamente
na região onde será realizado o plantio.
Árvores resistentes às pragas são aquelas que se mantêm
sem injúrias, apresentando crescimento vigoroso em sítios
bons e talhões bem manejados. O nível de mortalidade
das árvores é significativamente e inversamente relacionado
com o diâmetro à altura do peito (DAP) no tronco. O desbaste é uma
das práticas silviculturais mais importantes para garantir árvores
vigorosas e sadias. A maior parte dos desbastes reduz perdas por agentes
de dano, não somente pela prevenção, como também
pelo aumento de vigor e resistência das árvores remanescentes.
Somente sob circunstâncias muito especiais, o desbaste aumenta
a susceptibilidade das árvores ao ataque de pragas, por exemplo
se for realizado no período de revoada dos insetos pragas. Já na
década dos 60's, Davis (1966) nos ensinava que as práticas
de manejo tendem a colocar limites em longas rotações
e, mais importante, direcionam a atenção para a composição,
estrutura, idade e vigor da floresta, evitando assim, sérios
ataques de insetos. Um controle mais efetivo de pragas pode ser obtido,
a longo prazo, pela aplicação de práticas silviculturais,
criando uma razoável resistência floresta-inseto. O controle
completo nunca poderá ser efetuado deste modo, mas as perdas
devidas a insetos, podem ser bastante reduzidas.
Uma prática silvicultural bastante importante, a poda, quando
realizada em época inadequada, poderá comprometer o plantio.
Os ferimentos provocados por esta prática exalam compostos químicos
que atraem muitas pragas, e por essa razão, a poda deve ser
executada somente nos períodos de baixa densidade populacional
das pragas. Além disso, os restos de poda deverão ser
eliminados, e se possível picados, para evitar a proliferação
do insetos. Cuidados similares também deverão ser tomados
durante os desbastes.
A aplicação de herbicidas para o controle de ervas daninhas,
em plantios jovens, deverá ser realizada de forma criteriosa,
em horários que evitem possíveis derivas, com o uso de
bicos de pulverização regulados, mantendo-se a velocidade
do trator constante, que se não obedecidos, podem estressar
as plantas e predispô-las ao ataque de pragas.
Em alguns casos é fundamental também, que se mantenha
a vegetação nativa, entre linhas de plantio, visto que
elas fornecerão locais de abrigo, alimentação
e reprodução de inimigos naturais, que ajudarão
no controle biológico de pragas, principalmente no primeiro
ano de plantio.”
Muitas sábias palavras e ensinamentos, caro amigo Edson Iede,
em especial para muitos técnicos e plantadores de florestas
que acreditam que pragas se eliminam com venenos e nada mais.
Observem a seguir alguns trabalhos já realizados por esse pesquisador
e disponíveis na internet. Foram encontradas cerca de 30 publicações
envolvendo pragas de Pinus; porém, Dr. Edson Tadeu Iede possui
uma infinidade de apresentações de palestras, resumos
de congressos, treinamentos, etc. aos quais infelizmente não
conseguimos acessos com links para facilitar downloading para vocês.
De qualquer forma, trata-se de uma excelente coleção
de pesquisas e artigos técnicos e uma amostra cheia de qualidade
daquilo que podemos encontrar no currículo desse grande amigo
dos Pinus.
Aos interessados em conhecer mais sobre a carreira e sobre outras publicações
do Dr. Edson Tadeu Iede com outras espécies florestais, não
deixem de acessar o currículo Lattes desse renomado pesquisador
dos Pinus, onde se encontram suas linhas mais importantes de pesquisas:
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=4596617858148701 (Diretório
Grupo de Pesquisa CNPq)
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=S60747 (Currículo
Lattes)
Artigos
técnicos e científicos com a participação
do Dr. Edson Tadeu Iede em relação aos Pinus (uma
seleção
para vocês):
Um destaque especial para a notável qualidade e produção
técnica e científica da equipe de entomologistas da Embrapa
Florestas por suas inúmeras conquistas em benefício do
setor florestal brasileiro. Muitos desses pesquisadores estão
citados em trabalhos de co-autoria com o Dr. Edson Tadeu Iede.
Ocorrência, medidas de prevenção e controle de
Cinara spp. - Pulgão gigante-do-Pinus. W. Reis Filho; E. T.
Iede; S. R. C. Penteado. Ambiente Brasil. Acesso em 19.04.2010:
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/florestal/artigos/ocorrencia,_medidas
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Pragas
florestais associadas a problemas silviculturais.
E. T. Iede; W. Reis Filho. Grupo Cultivar de Publicações
Ltda. Acesso em 19.04.2010:
http://www.grupocultivar.com.br/artigos/artigo.asp?id=968
Impacto
do MIP em Pinus para o controle da vespa-da-madeira, no Sul do
Brasil. E. T. Iede; W. Reis Filho; S. R. C. Penteado. Agrolink.
(2009)
http://www.agrolink.com.br/colunistas/ColunaDetalhe.aspx?CodColuna=3727
Densidade
e tamanho de formigueiros de Acromyrmex crassispinus em plantios
de Pinus taeda. M. A. Nickele; W. Reis Filho; E. B. Oliveira;
E. T. Iede. Pesquisa Agropecuária Brasileira 44(4): 347-353.
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Falando
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T. Iede. Dia de campo na TV - Manejo integrado de pragas de Pinus.
Videoteca Embrapa.
(2009)
http://www.youtube.com/watch?v=Putgl_soAl8
Vespa-da-madeira. Painel
Florestal. (2009)
http://www.youtube.com/watch?v=m7ZDWq18YR8 (Entrevista E. T. Iede pelo
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História da introdução de pragas exóticas
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Utilização da amostragem seqüencial para avaliar
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castaneus (De Geer) (Coleoptera: Curculionidae)
em Pinus, na região sul do Brasil. E. T. Iede; W. Reis Filho.
Embrapa Florestas. Comunicado Técnico 114: 1-6. (2005)
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/CNPF/41307/1/Com_tec114.pdf
Pissodes
castaneus - praga de Pinus. Folder Embrapa. (2005)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/folders/Pissodes_2005.pdf
Pulgão-gigante-do-Pinus.
W. Reis Filho; E. T. Iede; S. R. C. Penteado. Folder Embrapa. (2005)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/folders/Pulgao_2005.pdf
Os
pulgões-gigantes-do-Pinus, Cinara pinivora e Cinara
atlantica, no Brasil. S. R. C. Penteado; W. Reis Filho; E. T. Iede. Embrapa Florestas.
Comunicado Técnico 87:1-10. (2004)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/circtec/edicoes/circ-tec87.pdf
Controle
biológico de pulgão-gigante-do-Pinus, Cinara
atlantica (Hemiptera: Aphididae), pelo parasitóide, Xenostigmus
bifasciatus. (Hymenoptera: Braconidae). W. Reis Filho; S. R. C. Penteado;
E. T. Iede. Embrapa Florestas . Comunicado Técnico 122: 1-3.
(2004)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec122.pdf
Avaliação ambiental, econômica e social dos danos
causados pelos pulgões-gigantes-do-Pinus, Cinara spp. em plantios
de Pinus no Sul do Brasil. E. T. Iede. Embrapa Florestas. Comunicado
Técnico 110: 1-3. (2004)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec110.pdf
Ocorrência e flutuação populacional de Chrysopidae (Neuroptera) em áreas de plantio de Pinus taeda (L.) (Pinaceae)
no sul do Paraná. J. T. Cardoso; S. M. N. Lázzari; S.
Freitas; E. T. Iede. Revista Brasileira de Entomologia 47(3): 473-475.
(2003)
http://www.scielo.br/pdf/rbent/v47n3/18915.pdf
Aplicação da amostragem seqüencial para monitoramento
dos níveis de ataque de Sirex noctilio em povoamentos de Pinus
taeda. Embrapa Florestas. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 11:
1-17. (2002)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/bolpesdes/edicoes/Boletim_de_pesquisa11.pdf
Distribuição
da vespa-da-madeira e de seus inimigos naturais ao longo do tronco
de Pinus. S. R. C.
Penteado; E. B. Oliveira;
E. T. Iede. Embrapa Florestas. Boletim de Pesquisa Florestal 40: 23-34.
(2000)
http://www.fabinet.up.ac.za/sirexweb/sirexlit/Penteadoetal2000BolPesqFlColombo.pdf
Situação atual do programa de manejo integrado de Sirex
noctilio no Brasil. E.T. Iede; S. R. C. Penteado; W. Reis Filho; E.G.
Schaitza. Anais do 1º Simpósio do Cone Sul sobre Manejo
de Pragas e Doenças de Pinus. IPEF - Instituto de Pesquisas
e Estudos Florestais. 13 pp. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr33/cap01.pdf
Ocorrência,
distribuição, dano e controle de pulgões
do gênero Cínara em Pinus spp. no Brasil. S. R. C. Penteado;
R. F. Trentini; E. T. Iede; W. Reis Filho. Revista Floresta 30(12):
55-64 (2000)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/viewFile/2324/1942
Distribuição da vespa-da-madeira e de seus inimigos naturais
ao longo do tronco de Pinus. S. R. C. Penteado; E. B. Oliveira; E.
T. Iede. Embrapa Florestas. Boletim de Pesquisa Florestal 40: 23-34.
(2000)
http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/bitstream/CNPF-2009-09/3018/1/penteado.pdf
Pulgão-do-Pinus: nova praga florestal. (Pine aphid: new forest
pest in Brazil). S. R. C. Penteado; R. F. Trentini; E. T. Iede; W.
Reis Filho. Anais do 1º Simpósio do Cone Sul sobre Manejo
de Pragas e Doenças de Pinus. IPEF - Instituto de Pesquisas
e Estudos Florestais. 08 pp. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr33/cap11.pdf
Pragas
quarentenárias florestais: riscos e prevenção.
E. T. Iede; S. R. C. Penteado; W. Reis Filho. Floresta 30(1/2): 65:73.
(2000)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/2359/1971
Resumo: Utilização do nematóide Deladenus
siricidicola (Nematoda: Neotylenchidae) no controle biológico de
Sirex noctilio (Hymenoptera: Siricidae), praga de Pinus
spp. E. T. Iede; S. R. C.
Penteado; M. S. P. Leite. Primeiro Congresso Latinoamericano IUFRO.
(1998)
http://www.gis.umn.edu/iufro/iufronet/d6/wu60304/ponencias/tema1/tadeue.html
Primeiro
registro de ataque de Sirex noctilio em Pinus taeda no Brasil. E.
T. Iede; S. R. C. Penteado;
J. C. Bisol. Embrapa Florestas. Circular
Técnica 20. 12 pp. (1988)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/circtec/edicoes/circ-tec20.pdf
Introdução
de pragas florestais. Impactos econômicos,
sociais e ambientais. E.T. Iede. Embrapa Florestase MAPA. Apresentação
em PowerPoint: 43 slides. (s/d)
http://www3.servicos.ms.gov.br/iagro_site/palestras%20
embrapa/Palestra-sirex-EmbrapaCNPF.pdf
Sirex
noctilio F. em Pinus spp.: biologia, ecologia e danos. E. T. Iede;
S. R. C. Penteado; W. Reis Filho. Embrapa Florestas e MAPA.
Apresentação em PowerPoint: 48 slides. (s/d)
http://www3.servicos.ms.gov.br/iagro_site/palestras%
20embrapa/sirex%20bio%20ecologia1.pdf
Monitoramento
da vespa-da-madeira. Embrapa Florestas e MAPA. Apresentação
em PowerPoint: 21 slides. (s/d)
http://www3.servicos.ms.gov.br/iagro_site/palestras%
20embrapa/sirex%20monitoramento.pdf
PPT - Projeto Pinus Tropicais da ESALQ/USP e IPEF
O Projeto Pinheiros Tropicais (PPT)
iniciou-se em 1976 através de parcerias entre o Departamento de Silvicultura
da ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz" da
Universidade de São Paulo e IPEF - Instituto de Pesquisas
e Estudos Florestais, tendo como principal apoiador financeiro o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), antigo
nome do atual BNDES.
Em época anterior ao início desse projeto, os Pinus já estavam sendo cultivados comercialmente no Brasil, buscando
principalmente a substituição das madeiras de árvores
nativas (especialmente da Araucaria angustifolia), que se encontravam
escassas devido ao desmatamento e também por restrições
conservacionistas impostas pelo governo. Na época, haviam
mais informações sobre os Pinus elliottii e P.
taeda,
mais apropriados para as regiões ao sul do país. Quase
nada se conhecia para os chamados Pinus tropicais, entre os quais
P. caribaea, P. oocarpa, P. strobus, etc. Dessa forma, ainda não
existiam estudos para melhorias adaptativas a essas regiões
mais quentes; para plantios mais produtivos através do melhoramento
genético; tampouco, conheciam-se tecnologias adequadas para
a promoção da qualidade da madeira e de seus produtos
florestais. Pouco se conhecia sobre o que indicar sobre Pinus paras
as condições tropicais brasileiras. Logo, o PPT (como
era carinhosamente chamado o projeto) foi um dos primeiros programas
de pesquisas florestais a objetivar o mais profundo conhecimento
das características dos Pinus no nosso país, principalmente
as espécies orientadas para regiões tropicais, sendo
pioneiro na integração de todos os setores da área
florestal em um único projeto. Foram cinco anos de estudos,
envolvendo inúmeros pesquisadores e colaboradores de vários
departamentos e instituições, ajudando também
na formação de profissionais pela publicações
de dissertações e teses de pós-graduação.
As principais pesquisas do PPT visavam à adaptação
das espécies de pinheiros tropicais às regiões
estudadas, a observação dos efeitos que tais florestas
poderiam acarretar na Natureza, o melhoramento genético dessas
espécies para a obtenção de produtos florestais
de melhor qualidade, tecnologias de produção e conservação
das sementes de Pinus, técnicas de produção
de mudas e plantios, manejo florestal adequado, colheita florestal,
proteção contra pragas, microorganismos e plantas daninhas,
beneficiamento e utilização de diversos de seus produtos
como a madeira, celulose, papel, painéis, compensados, resinas,
breu, entre outros.
Além da dedicação dos pesquisadores dessa equipe,
a interação entre as mais diversas áreas e entidades
das ciências florestais e o apoio financeiro do BNDE foram
fundamentais para o sucesso do PPT, pois foi necessária a
aquisição de diversos equipamentos sofisticados, instalações
e contratação de técnicos especializados para
muitos dos estudos desenvolvidos.
Durante o período de pesquisas, extensa quantidade de material
técnico e científico foi produzida; contudo, só mais
recentemente essas instituições de pesquisa e ensino
(ESALQ e IPEF) disponibilizaram ao público virtual os artigos
técnicos, os quais foram divididos em 3 volumes compreendendo
14 relatórios. Essas obras englobam todos os temas florestais
estudados pelo PPT. Ficamos muito contentes em termos participado,
como estimuladores, para essa disponibilização na forma
digital desse fantástico material. Aos Dr. Luiz Ernesto George
Barrichelo e Dr. José Leonardo de Moraes Gonçalves,
nossos mais sinceros agradecimentos (com certeza em nome de todos
os leitores) pela liberação para uso público
de todo esse conhecimento desenvolvido naquela época, contudo
de notável atualidade para a Sociedade Florestal Brasileira.
Parabéns ao IPEF, à ESALQ/USP e a todos os autores
dessas dezenas de trabalhos sobre os Pinus no Brasil.
Os projetos abordando pinheiros tropicais e tecnologias para a melhoria
da qualidade de seus produtos florestais continuam sendo hoje desenvolvidos
por diversas entidades de pesquisas florestais no país, estimulando
o uso racional da madeira e o manejo sustentável de suas plantações.
A seguir, observem os volumes e os números disponibilizados
na página do IPEF. Conheçam ainda os títulos
dos trabalhos de pesquisas e os sub-projetos envolvidos em cada publicação.
Se quiserem lê-los, abram as obras e localizem os artigos nas
mesmas.
Projeto de pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade
do Pinho. Boletim informativo 1 nº 0. 18 pp. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n0.pdf
•
Apresentação do PPT - Projeto Pinheiros Tropicais.
Pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 1 n° 1. 90 pp. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n1.pdf
•
Características anatômicas da madeira de diferentes
espécies de pinheiros tropicais.
• Celulose kraft de madeiras de pinheiros tropicais.
•
Estudos básicos para controle de insetos em povoamentos de
pinheiros tropicais.
Pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 1 n° 2. 47 pp. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n2.pdf
•
Produção e qualidade da água em povoamentos
de pinheiros tropicais.
•
Influência de fungos microrrízicos no desenvolvimento
de pinheiros tropicais.
• Resinagem e qualidade da resina em pinheiros tropicais.
Pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 1 n° 3. 31 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n3.pdf
•
Adaptação ecológica, crescimento e desenvolvimento
dos pinheiros tropicais.
•
Produção de lâminas e painéis compensados
de madeira de pinheiros tropicais.
•
Produção de sementes melhoradas de pinheiros tropicais.
Pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 1 nº 4. 85 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n4.pdf
•
Características anatômicas de diferentes espécies
de pinheiros tropicais.
• Dendrologia e anatomia da madeira de Pinus strobus var. chiapensis.
• Secagem acelerada de madeira de pinheiros tropicais em estufas industriais.
•
Equipamentos e métodos para desdobro e processamento mecânico
de madeira de pinheiros tropicais.
Pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 1 nº 5. 41 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n5.pdf
•
Características anatômicas da madeira de diferentes
espécies de pinheiros tropicais.
•
Celulose kraft de madeiras de pinheiros tropicais para fabricação
de papel.
•
Técnicas de manejo e seu relacionamento com a produção
e qualidade da madeira de pinheiros tropicais.
Pesquisa tecnológica para melhoria
da qualidade do Pinho. Boletim informativo 1 nº 6.
78 pp. (1979)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n6.pdf
•
Relação entre propriedades físico-mecânicas
da madeira de pinheiros tropicais e possibilidades de sua utilização
industrial em embalagens e estruturas.
•
Estudos básicos para controle de insetos em povoamentos de
pinheiros tropicais.
•
Técnicas de exploração mecanizada em povoamentos
implantados de pinheiros tropicais.
Pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 1 nº 7. 48 pp.(1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n7.pdf
•
Quantificação da biomassa arborea em talhões
de Pinus oocarpa com diferentes idades.
•
Deposição mensal de acículas e de nutrientes
em plantações homogêneas de Pinus oocarpa e Pinus
caribaea var. hondurensis.
•
Produção e qualidade da água em povoamentos
de pinheiros tropicais. Alteração do pH, condutividade
e das concentrações de Ca, Mg e P da água da
chuva em Pinus caribaea Morelet var. caribaea.
•
Influência de fungos micorrízicos no desenvolvimento
de pinheiros tropicais.
Pesquisa tecnológica para melhoria
da qualidade do Pinho. Boletim informativo 1 nº 8. 50
pp.(1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n8.pdf
•
Técnicas de manejo e seu relacionamento com a produção
e qualidade da madeira de pinheiros tropicais.
•
Utilização do teste de envelhecimento para avaliar
o vigor de lotes de sementes com diferentes idades e estágios
de maturação.
• Secagem acelerada da madeira de pinheiros tropicais em estufas industriais.
Pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 1 nº 9. 52 pp. (1980)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v1n9.pdf
•
Introdução ao estudo da variação intra-árvores,
das propriedades mecânicas em diferentes classes sociais da
população de Pinus caribaea var. bahamensis.
•
Produção de lâminas e painéis de madeira
compensada de pinheiros tropicais.
• Qualidade do breu e terebintina de pinheiros tropicais.
Pesquisa
tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 2 nº 11. 82 pp. (1982)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v2n11.pdf
•
Produção e qualidade das sementes de Pinus oocarpa
em diferentes condições de exposição
da copa.
•
Estudo da dispersão de pólen de Pinus oocarpa através
de armadilhas.
•
Efeitos dos fungos ectomicorrízicos Pisolithus tinctorius
e Thelephora terrestris e de fertilização mineral no
crescimento e sobrevivência de Pinus caribaea var. bahamensis, em
condições de campo.
•
Ocorrência de micorrizas em espécies de Pinus e
identificação
dos fungos associados.
•
Madeira de pinheiros tropicais para caixotaria: estimativa do volume
de madeira serrada e resíduos obtidos de toras desdobradas
em serras de fita.
• Efeito da quantidade de adesivo e do tempo de montagem na qualidade
do painel compensado de Pinus
caribaea var.
hondurensis.
• Efeito da temperatura e do tempo de prensagem na qualidade do painel
compensado de Pinus caribaea var. hondurensis.
Pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 2 nº 12. 78 pp. (1982)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v2n12.pdf
• Efeito da consorciação
entre Pinus
caribaea var. hondurensis e Liquidambar
styraciflua sobre a ciclagem de nutrientes
em florestas implantadas.
•
Produção e qualidade da água em povoamentos
de pinheiros tropicais em cerrados de São Paulo.
• Comportamento florestal do Pinus oocarpa e Pinus caribaea var. hondurensis em
diversos espaçamentos.
•
Efeito da calagem e adubação fosfatada no desenvolvimento
do Pinus caribaea var. caribaea.
• Intensidade de desrama e desbaste sobre a produtividade e qualidade
da madeira de Pinus caribaea var. caribaea.
•
Determinação da dosagem mais conveniente de fosfatos
naturais e de calcário no cultivo de Pinus caribaea var. caribaea.
• Secagem acelerada da madeira de pinheiros tropicais em estufas industriais.
• Gradiente de umidade na secagem artificial da madeira de Pinus
caribaea var. hondurensis.
•
A potencialidade de resinagem na região de Sacramento – MG
em quatro espécies de Pinus tropicais.
Pesquisa
tecnológica para melhoria da qualidade do Pinho.
Boletim informativo 3 nº 13. 69 pp. (1983)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v3n13.pdf
• Produção e qualidade da água
em povoamentos de pinheiros tropicais.
•
Produção de sementes melhoradas de pinheiros tropicais.
•
Técnicas de manejo e seu relacionamento com a produção
e qualidade da madeira de pinheiros tropicais.
•
Influência dos fungos ectomicorrízicos no desenvolvimento
de pinheiros tropicais.
• Secagem acelerada da madeira de pinheiros tropicais em secadores
industriais.
•
Produção de lâminas e painéis compensados
com madeira de pinheiros tropicais.
•
Celulose kraft de madeiras de pinheiros tropicais para fabricação
de papel.
• Resinagem e qualidade da resina de pinheiros tropicais.
Pesquisa tecnológica para melhoria da qualidade
do Pinho. Boletim informativo 3
nº 14. 119 pp. (1984)
http://www.ipef.br/publicacoes/boletim_pptpinho/Boletim_PPTPinho_v3n14.pdf
•
Técnicas de manejo e seu relacionamento com a produção
e qualidade da madeira de pinheiros tropicais.
•
Caracterização anatômica de acículas de
espécies e variedades de Pinus.
•
Obtenção de composto madeira-plástico.
•
Polimerização de metacrilato de metila em madeira de Pinus strobus var. chiapensis através de radiação
gama.
•
Desdobro de toras cônicas de Pinus oocarpa.
•
Variação transversal de algumas propriedades físico-mecânicas
em toras de Pinus oocarpa.
•
Resistência à flexão em compensados de Pinus
oocarpa em função da quantidade de adesivos, porcentagem
de extensor e o tempo de montagem.
•
Caracterização de madeira de Pinus spp.
•
Ethephon: resultados do 1º ano de resinagem em árvores
de Pinus elliottii var. elliottii.
•
Tratamentos preservativos de moirões de Pinus caribaea por
processos práticos.
Pinus-Links
A seguir, trazemos para vocês nossa
indicação para visitas a diversos websites que
mostram direta relação com os Pinus,
nos aspectos econômico, técnico, científico, ambiental,
social e educacional. Acreditamos que eles poderão significar
novas janelas de oportunidades e que alguns deles poderão
passar a ser parte de suas vidas profissionais em função
do bom material técnico que disponibilizam. Esperamos
que apreciem nossa seleção de Pinus-Links
para essa edição.
Laboratório
de Ecologia de Insetos - INTA Bariloche. (Argentina)
O INTA (Instituto Nacional de Tecnologia
Agropecuária) é um órgão
governamental de pesquisa e extensão agrária
ligado ao governo da Argentina. Desde sua criação,
em 1956, visa à obtenção de novas tecnologias
e informações técnicasas quais são
difundidas às partes interessadas (principalmente produtores
rurais e técnicos agrícolas e florestais). Um
dos laboratórios de pesquisa do INTA é o de Ecologia
de Insetos, localizado em Bariloche. Ele tem como objetivo
o estudo e a geração de informação
sobre as espécies exóticas e nativas de insetos
que apresentam importância como pragas na região.
Desde 2007, os pesquisadores do laboratório vêm
publicando uma série técnica de manejo integrado
de pragas florestais (Projeto Regional Patnor 810292). Tais
estudos ajudam a difundir conhecimento sobre a biologia, monitoramento,
inimigos naturais e as formas de controle mais eficazes de
acordo com as disponibilidades que o produtor rural apresenta
em sua comunidade. Conheçam a estação
experimental, o laboratório de insetos, sua equipe,
fotos disponibilizadas, chaves de identificação
de insetos, etc. em:
http://www.inta.gov.ar/bariloche/investiga/insectos.htm
http://www.inta.gov.ar/bariloche/index.htm (Estación
Experimental Agropecuaria del INTA Bariloche)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/catalog/insectos_seriemip.htm (Publicações da Série Técnica)
Observem
ainda as edições já publicadas
que envolvem diversas pragas dos Pinus como a vespa-da-madeira,
formigas cortadeiras, o gorgulho do Pinus e até mesmo
comenta sobre o ataque de lebres.
Confiram:
El gorgojo de la corteza del pino, Pissodes castaneus. C. A.
Gómez;
M. Hartel. Série Técnica. Cuadernillo n° 9. EEA INTA Bariloche.
14 pp. (2010)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/
forestal/insectos/serie%20mip/cuadernillo9_pissodes.pdf
Estrés en árboles y su efecto sobre la susceptibilidad a invasión
por insectos. S. Varela; M. Weigandt. Série Técnica. Cuadernillo
n° 8. EEA INTA Bariloche. 18 pp. (2009)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/
forestal/insectos/serie%20mip/cuadernillo8_fisiologia%20y%20plagas.pdf
Liebres
y conejos como plagas de plantaciones forestales. N. Bonino.
Série Técnica. Cuadernillo n° 7.
EEA INTA Bariloche. 13 pp. (2009)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/
forestal/insectos/serie%20mip/cuadernillo7_liebres%20y%20conejos.pdf
Riesgo
potencial de la hormiga cortadora de hojas Acromyrmex
lobicornis
para las plantaciones forestales de la Patagonia. S. P. Perez. Série Técnica. Cuadernillo n° 6.
EEA INTA Bariloche. 15 pp. (2009)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/
documentos/forestal/insectos/serie%20mip/cuadernillo6_hormigas%20cortadoras.pdf
Megaplatypus
mutatus: bases para su manejo integrado. R. A. Giménez. Série Técnica. Cuadernillo n° 5.
EEA INTA Bariloche. 18 pp. (2009)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/
forestal/insectos/serie%20mip/cuadernillo5_megaplatypus.pdf
Bases
genéticas de la resistencia de los árboles
a las plagas. M. Pastorino. Série Técnica. Cuadernillo
n°4. EEA INTA Bariloche. 14 pp. (2009)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/
forestal/insectos/serie%20mip/cuadernillo4_resistencia%20genetica.pdf
Principales
espécies de insectos forestales en plantaciones
de pino de la Patagonia. C. A. Gomez. Série Técnica.
Cuadernillo n°3. EEA INTA Bariloche. 14 pp. (2008)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/forestal/
insectos/serie%20mip/cuadernillo3_insectospinos.pdf
La importancia del manejo de las plantaciones de pinos en la
conservación de la diversidad de insectos epígeos. P. Sackmann; J. M. Villacide; J. C. Corley. Série Técnica.
Cuadernillo n°2. EEA INTA Bariloche. 15 pp. (2008)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos
/forestal/insectos/serie%20mip/cuadernillo2_biodiversidad.pdf
Manejo
integrado de la avispa barrenadora de los pinos Sirex noctilio. J. M. Villacide; J. C. Corley. Série Técnica.
Cuadernillo n°1. EEA INTA Bariloche. 14 pp. (2007)
http://www.inta.gov.ar/bariloche/info/documentos/
forestal/insectos/serie%20mip/cuadernillo1_mipsirex.pdf
Entomologia
UNESP - Ilha Solteira. (Brasil)
O website do Prof. Ph.D. Carlos Flechtmann da Universidade
Estadual de São Paulo (UNESP - Unidade Ilha Solteira)
apresenta importantes apresentações e informações
com respeito às disciplinas por ele ministradas, incluindo
a de entomologia florestal. Observem algumas das principais
características de besouros que atacam árvores
de importância econômica tal como as dos Pinus.
Há ainda disponível em suas apresentações
e aulas, dados importantes sobre a morfologia interna e externa
dos insetos de importância agroflorestal. Observem ainda
a galeria de fotos de insetos, as curiosidades ("cartoons" e
crônicas) e ainda a galeria de fotos:
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/ (Home)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/introducao.php (Introdução à Entomologia)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Ent_Ger/EG_Trans/txt/transparencies.php (Transparências graduação)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Ent_For/ef_trans/txt/transparencies.php (Entomologia florestal)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Biag_pg/biag_prog/txt/biag_pg.php (Biologia de insetos em ambiente agroflorestal)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/Pub.php (Publicações
do Dr. C. Flechtmann em revistas)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Imag/galeria.php (Imagens
de insetos)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Curios/cartoons/txt/cart_menu.php ("Cartoons" de Insetos)
Forest
Nutrition Cooperative. (Estados Unidos da América)
Criada em 1969, a atual “Forest Nutrition Cooperative”,
ou seja, cooperativa de nutrição de florestas,
primeiramente teve o intuito de desenvolver projetos para determinar
a quantidade de fertilizantes ideais para as principais árvores
plantadas no sul da América do Norte, dentre elas Pinus
taeda. Atualmente, a cooperativa é formada pela associação
de três centros de pesquisas e estudos: Universidade
Estadual da Carolina do Norte, Virginia Tech (Instituto Politécnico
da Virgínia) e pela Universidade de Concepción
(Chile). Em seu corpo técnico e executivo encontram-se
grandes amigos nossos, tais como os renomados pesquisadores
José Luiz Stape e Rafael Rubilar. Em parceria, essas
entidades prestam consultoria, realizam pesquisas e levam conhecimentos
e informações a todas as partes interessadas
sobre manejo sustentável de florestas, apoiadas sobre
os conceitos de nutrição florestal. Além
das três universidades, seus membros incluem indústrias
do setor florestal, agências governamentais, consultores,
produtores e profissionais do setor. Seus associados possuem
mais de 10 milhões de hectares de Pinus e de outras
espécies florestais situadas entre o sul dos EUA e América
do Sul, fazendo da cooperativa uma das maiores com relação à fins
silviculturais de ensino e pesquisa. Confiram os resumos em
inglês ou espanhol das publicações recentes
disponíveis no website e alguns resultados de pesquisas
desenvolvidas pelos seus pesquisadores:
http://www.forestnutrition.org/ (Home)
http://www.forestnutrition.org/history.htm (História)
http://www.forestnutrition.org/approach.htm (Atualidade)
http://www.forestnutrition.org/impacts.htm (Impactos)
http://www.forestnutrition.org/new.htm (Notícias)
http://www.forestnutrition.org/publications.htm (Publicações,
algumas disponíveis para downloading, especialmente
teses dessas universidades)
Publicações
disponibilizadas e relacionadas aos Pinus:
Forest
fertilization in southern pine plantations. T.R. Fox;
H.L. Allen; T.J. Albaugh; R. Rubilar; C.A. Carlson. Better
Crops/Vol. 90(3). 12 pp. (2006)
http://www.forestnutrition.org/pdf/2006Foxetal.pdf
Forest
nutrition cooperative. Shaping the future of plantation
forestry. Summary report for 2000-2005. T.
R. Fox; H. L. Allen.
North Carolina State University, Virginia Polythechnic Institute
and Universidad de Concepción. 26 pp. (2005)
http://www.forestnutrition.org/pdf/2005FNCSummary.pdf
Resumos: Fertilization practices in southern pine plantations:
Response to fertilizers and current practices.
http://www.forestnutrition.org/response.htm
Fertilization in young stands.
http://www.forestnutrition.org/youngfert.htm
Fertilization in intermediate-aged stands.
http://www.forestnutrition.org/midfert.htm
Interactions among silvicultural treatments.
http://www.forestnutrition.org/interactions.htm
Future opportunities.
http://www.forestnutrition.org/future.htm
Madeira
Laminada Colada - MLC. (Brasil)
A página “Madeira Laminada Colada”, desenvolvida
e mantida pelo Sr. Leonardo Reis, aborda assuntos relacionados
com esse tipo de chapa proveniente de madeira reconstituída. É possível
obter diversas informações sobre o tema como
as normas brasileiras que vigoram sobre propriedades, dimensões,
estruturas e usos da madeira, seus principais agentes destrutivos,
principais características e definições,
bem como tecnologias de produção, beneficiamento
e secagem.
http://www.oocities.com/glulammlc/cynaraFrameSet1.html (Home)
http://www.oocities.com/glulammlc/caractmad.html (Característica
da madeira)
http://www.oocities.com/glulammlc/agentdest.html (Agentes destruidores)
http://www.oocities.com/glulammlc/sistmet.html (Sistemas e
métodos)
http://www.oocities.com/glulammlc/secagem.html (Secagem)
http://www.oocities.com/glulammlc/mlc.html (Definição
e vantagens)
http://www.oocities.com/glulammlc/ligacoes.html (Ligações
adesivas)
http://www.oocities.com/glulammlc/fotos.html (Fotos)
Mosaicos
e Fragmentos Florestais: Importância para a Biodiversidade
e Preservação Ambiental
A importância da conservação
da biodiversidade de ecossistemas nativos cresce a cada dia;
porém, a necessidade de adequação das
atividades e necessidades antrópicas (humanas) em relação
a esses ambientes também é uma realidade. Dessa
forma, há a busca cada vez mais intensa pelo uso racional
dos recursos naturais de áreas florestais através
do manejo sustentável desses ambientes (Reis, 2010;
Vital, 2007). Para compatibilizar isso, grande parte das certificadoras
florestais, assim como a atual legislação ambiental
brasileira, exigem a elaboração de corredores
biológicos e de áreas de florestas nativas que
unam fragmentos florestais dispersos, permitindo o fluxo genético
da fauna e da flora de uma região a outra, promovendo
e estimulando a biodiversidade nas áreas de florestas
plantadas como as de Pinus (Tres, 2010).
A biodiversidade é definida como a quantidade de seres
vivos que ocupam um mesmo ecossistema, bem como a variabilidade
genética das espécies existentes. Quanto maior
a biodiversidade e a variabilidade genética das populações
de uma localidade, mais complexo é esse ecossistema,
possuindo habitat ideais para a manutenção de
comunidades de inúmeros seres vivos, sejam plantas,
animais, microrganismos, etc. (Maciel, 2007).
Muitos especialistas acreditam que monoculturas, inclusive
as florestas plantadas com espécies nativas ou exóticas,
sempre apresentarão biodiversidade e benefícios
ecológicos inferiores aos das matas naturais nativas.
Porém, há estratégias de manejo dessas áreas
de plantações, possibilitando ambientes considerados
sustentáveis em termos de diversidade e quantidade de
organismos. Essas estratégias estão também
relacionadas à incorporação de corredores
biológicos que unam áreas de fragmentos de matas
nativas e as plantações florestais, permitindo
a criação de mosaicos florestais capazes de manter
a biodiversidade das áreas nativas e aumentar a das áreas
comerciais plantadas.
Corredores biológicos, também chamados de corredores
ecológicos, são faixas geralmente contínuas
de vegetação nativa unindo áreas maiores
da mesma, as quais foram muitas vezes separadas pela atividade
humana (como por exemplo: a agricultura, pecuária ou
silvicultura). Tais faixas permitem que a fauna e também
sementes de espécies nativas consigam se relacionar
e difundir geneticamente através da movimentação
(no caso de animais) e da disseminação de sementes
e de pólen (para vegetais) (Reis, 2010; Vital, 2007).
Define-se mosaico florestal como aquele constituído
por diversas áreas de culturas florestais (ou também
incluindo áreas agrícolas como na agrossilvicultura)
interligadas à vários fragmentos de matas nativas,
havendo os corredores biológicos que permitem a “comunicação” (interligação)
entre os diferentes ecossistemas e distintos habitats, aumentando
conseqüentemente a biodiversidade na área de interesse
econômico (Pinheiro et al., 2007; Vital, 2007; Maciel,
2007). Como os seres vivos desse complexo ecossistema não
encontram barreiras entre os diversos componentes do mosaico,
eles transitam entre eles indistintamente, conforme seus critérios
de seleção. No caso de áreas agrícolas
estando presentes, o produtor rural tem mais cautelas, pois
os animais tendem a procurar alimentos nessas áreas.
Portanto, o sistema agroflorestal exige algumas outras estratégias.
Outra forma de aumentar a quantidade de espécies de
uma área de florestas plantadas seria o plantio de frutíferas
nativas em seu redor servido como suprimento alimentar da fauna
silvestre (Vital, 2007).
Não existem ainda estudos claros que comprovem qual
o tamanho ideal de fragmentos florestais, tão pouco
o dimensionamento adequado dos corredores biológicos,
pois há diversos fatores bióticos e abióticos
envolvidos que tornam cada ecossistema único, sendo
necessários estudos específicos. Porém,
segundo Vital (2007), as plantações florestais
podem influir na biodiversidade de acordo com o tipo de ecossistema
existente, das espécies de importância econômica
inseridas e do manejo silvicultural empregado.
Muitas pesquisas já comprovaram que as florestas plantadas
de Pinus possuem mais diversidade do que muitos sistemas agrícolas
e pastagens. Logo, a implantação de plantios
de árvores de rápido crescimento em áreas
anteriormente degradadas pela agricultura pode aumentar a diversidade
de espécies, ajudando inclusive na recuperação
desses ambientes (Vital, 2007). A serrapilheira depositada
sobre o solo aumenta a quantidade de microorganismos decompositores,
assim como a quantidade de insetos e de outros artrópodes
que se alimentam desses resíduos, ajudando na ciclagem
de nutrientes e no aumento de matéria orgânica.
Os sucessivos desbastes nas áreas de Pinus podem aumentar
a penetração de raios solares, criando áreas
de sub-bosques florestais mais ricos, capazes de atrair pequenos
mamíferos e diversas espécies de pássaros.
Além disso, as árvores ajudam na proteção
do solo contra erosão e perda de solo, atuando também
na manutenção do fluxo de água e regime
hídrico da região (Reis, 2010; Ribeiro et al.,
2005).
Muitos
estudos já estão sendo conduzidos no Brasil,
desmistificando a crença popular que florestas de Pinus seriam
como “desertos verdes”, ou seja, pobres
em biodiversidade (Reis, 2010). A seguir, há alguns
resultados dessas pesquisas, as quais mostram que os Pinus em
associação correta com matas nativas ajudam
na preservação ambiental e na conservação
e melhoria da biodiversidade:
Tres, citado por Reis (2010), analisou a biodiversidade de área
de mata de araucária contendo fragmentos florestais
de Pinus na região norte do Planalto Catarinense. Análises
da flora e da fauna foram conduzidas em distintos talhões,
mostrando que alguns animais silvestres como tatus, cachorros
do mato, veados, espécies de pássaros e roedores
foram encontrados em todas as unidades de amostras, inclusive
nas estradas de acesso. Isso evidencia a existência de
fluxo biológico entre as áreas de mata nativa
e as de Pinus. Inclusive as bordas florestais tiverem efeito
positivo no aumento da diversidade de espécies nos povoamentos
comerciais através do acréscimo dos fluxos biológicos.
Modna et al. (2010) compararam a influência de plantios
de Pinus elliottii no desenvolvimento de comunidades vegetais
em área ripária do cerrado paulista. Os autores
concluíram que até os 11 anos de plantio, os
Pinus facilitaram a regeneração da mata nativa,
principalmente devido à diminuição das
gramíneas no local, consideradas inibidoras do crescimento
de algumas espécies de plantas endêmicas. Não
foi possível afirmar nesse estudo até que ponto
a interação positiva entre as plantas nativas
e a plantação de Pinus duraria, sendo necessários
novos estudos para a observação da competição
entre as espécies em idades mais avançadas.
Lima (2008) comparou a diversidade de espécies de morcegos
em áreas de mosaico florestal no Paraná. Os estudos
foram conduzidos em áreas nativas e em plantios de Pinus,
eucaliptos e araucária. As parcelas de florestas nativas
foram as que apresentaram maiores diversidades; todavia, 53%
das amostras fecais coletadas provinham das áreas de
reflorestamento, evidenciando a importância desses ecossistemas
para a conservação e vida dos morcegos.
Lima (2009) reportou pesquisa de diversidade de aves na Fazenda
Monte Alegre pertencente à Klabin, no Paraná.
Essa grande área possui cerca de 150 mil hectares cultivados
principalmente com Pinus e Eucalyptus, intercalados com 120.000
ha de mata nativa no sistema de mosaico florestal, muito bem
planejado pelos técnicos da empresa. Em 20 anos de estudos,
mais de 402 espécies de aves foram catalogadas como
vivendo na área, correspondendo a 57% da avifauna presente
do estado do Paraná. Os pesquisadores da empresa, em
conjunto com órgãos certificadores e universidades,
afirmaram que existem áreas de fragmentos florestais
bastante conservadas no local, realizando atualmente medições
do índice de desenvolvimento sustentável.
Ribeiro e colaboradores (2005) avaliaram a diversidade de artrópodes
em sub-bosques de plantações florestais de espécies
diversas como Pinus, Eucalyptus e Araucaria. Os autores ressaltaram
que o corte seletivo pelos desbastes e a longa rotação
das áreas favorecem a diversidade de vegetação
de sub-bosque nesse tipo de áreas, aumentando também
as espécies de insetos e de outros organismos decompositores.
A umidade presente nesses ecossistemas durante todas as épocas
do ano também influenciou positivamente nos resultados
encontrados.
Viana e Pinheiro (1998) relataram a importância dos fragmentos
de matas nativas, assim como a existência de corredores
biológicos e de vizinhanças de alta porosidade
(como é o caso de áreas de Pinus) para a conservação
da biodiversidade regional. Os autores compararam o efeito
borda em fragmentos de mata nativa circundada por pastagens
e por plantios de Pinus no Paraná. O número de
espécies na borda da mata nativa vizinha com pastagens
foi sempre inferior ao das bordas que interagiam com a floresta
plantada de Pinus.
Aubert e Oliveira Filho (1994) avaliaram a diversidade de sub-bosques
de áreas plantadas de Eucalyptus e de Pinus, observando
que a proximidade com matas ciliares nativas influenciava tanto
na diversidade de espécies vegetais encontradas como
também na densidade dos sub-bosques.
O homem pode, com certeza,
influir positivamente na conservação
e restauração da biodiversidade de paisagens,
necessitando aprender cada vez mais sobre o uso racional e
correto dos recursos naturais existentes. Por isso, ainda há muito
a ser estudado e pesquisado sobre as interações
entre áreas plantadas com Pinus e florestas nativas,
principalmente devido aos fatores ambientais e bióticos
que se relacionam diferentemente nos inúmeros ecossistemas
existentes no mundo. Uma coisa é certa, o homem continuará demandando
produtos da Natureza para seu sustento e felicidade. Para isso,
deve saber fazê-lo de forma a minimizar seus impactos
sobre os recursos naturais, atuando com responsabilidade e
compromisso na conservação dos ecossistemas.
Das empresas florestais devem ser demandadas essas mesmas exigências
de compromisso e responsabilidade.
Observem a seguir pesquisas já realizadas no Brasil
que abordam o tema e evidenciam a importância dos mosaicos
e fragmentos florestais na manutenção da biodiversidade
e conseqüentemente na conservação ambiental:
Entrevista
sobre a Tese de Deisy Regina Tres. RBS TV dia 29.04.2010.
Youtube. Acesso em 04.05.2010:
http://www.youtube.com/watch?v=vciv7mFRhwQ
Pinus elliottii Engelm como facilitadora da regeneração
natural da mata ciliar em região de Cerrado, Assis,
SP, Brasil. D. Modna; G. Durigan; M. V. C. Vital. Scientia
Forestalis 38(85): 73-83. (2010)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr85/cap07.pdf
Pesquisa da UFSC discorre sobre recomposição
da fauna e flora. Universidade Federal de Santa Catarina. Portal
Andifes. (2010)
http://www.andifes.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=3075:pesquisa
-da-ufsc-discorre-sobre-recomposicao-da-fauna-e-flora&catid=58&Itemid=100012
Mosaico de Pinus,
nativa e corredores forma ambiente conectado. A. Reis. AGEFLOR Notícias.
(2010)
http://www.ageflor.com.br/noticiassetorinterna.php?id=247
Resumo:
Morcegos (Mammalia: Chiroptera) de áreas nativas
e áreas reflorestadas com Araucaria angustifolia,
Pinus taeda e Eucalyptus spp. na Klabin - Telêmaco Borba, Paraná,
Brasil. I.P. de Lima. Tese de Doutorado. UFRRJ - Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro. Instituto de Biologia. 100
pp. (2008)
http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/38540598.html
Ambiente ajuda os negócios da Klabin. M. Lima. Academia
Brasileira de Direito. (2009)
http://www.jusbrasil.com.br/noticias/1958517/ambiente-ajuda-os-negocios-da-klabin
Comparação de parâmetros bióticos
e abióticos entre fragmento de floresta secundária
e reflorestamento de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze.
P. S. Medri; T. P. Ferracin; V. T. Silva; J. M. D. Torezan;
J. A. Pimenta; E. Bianchini. Ciências Biológicas
e da Saúde 30(2): 185-194. (2009)
http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminabio/article/viewFile/4347/3654
Análise espacial dos fragmentos florestais na área
do Parque Nacional dos Campos Gerais, Paraná. C. G.
Almeida. Dissertação de Mestrado. Universidade
Estadual de Ponta Grossa. 74 pp. (2008)
http://www.bicen-tede.uepg.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=150
Nota
sobre a fauna de pequenos roedores em mosaico antropogênico
com remanescente florestal do domínio Mata Atlântica,
sul do Brasil. C. V. Cademartori; M. Saraiva; C. Saraiva; J.
Andrades Miranda. Biodiversidade Pampeana 6(2): 34-38. (2008)
http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/
biodiversidadepampeana/article/viewFile/4848/3811
Dinâmica de ecounidades
de um fragmento florestal. L. A. F. V. Pinheiro; V. M. Viana;
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Livro por Vaz Pinheiro. (2007)
http://pt.shvoong.com/exact-sciences/earth-sciences/1152330-din%
C3%A2mica-ecounidades-um-fragmento-florestal/
Impacto
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Revista do BNDES. 14(28): 235-276. (2007)
http://www.ciflorestas.com.br/arquivos/doc_impacto_eucalipto_12148.pdf
Mosaicos
de unidades de conservação: uma estratégia
para a Mata Atlântica. B. A. Maciel. Dissertação
de Mestrado. UNB - Universidade de Brasília. 182 pp.
(2007)
http://repositorio.bce.unb.br/bitstream/10482/2722/1/Dissert_Bruno.pdf
RESUMO:
Representatividade ambiental e fragmentação
florestal em áreas dominadas por plantios homogêneos:
uma proposta para o arranjo espacial de fragmentos florestais.
(Environmental representativeness and forest fragmentation
in areas dominated by Eucalyptus plantations: a proposal
for the spatial arrangement of forest fragments). T.S. Sarcinelli.
Dissertação de Mestrado. UFV. 15 pp. (2006)
http://www.tede.ufv.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=563
Diagnóstico da situação do entorno da
Reserva Florestal Embrapa/EPAGRI de Caçador usando imagem
de alta resolução Ikonos. G. Kurasz; Y. M. M.
Oliveira; N. C. Rosot; M. A. D. Rosot. Anais XII Simpósio
Brasileiro de Sensoriamento Remoto. INPE. p. 1585-1592. (2005)
http://marte.dpi.inpe.br/col/ltid.inpe.br/sbsr/2004/11.21.19.30/doc/1585.pdf
Seleção de áreas para criação
de Unidades de Conservação na Floresta Ombrófila
Mista. J. D. Medeiros; M. Savi; B. F. A. Brito. Biotemas 18(2):
33 – 50. (2005)
http://www.biotemas.ufsc.br/volumes/pdf/volume182/p33-50.pdf
Resumo:
Diversidade de artrópodos
de sub-bosque em um mosaico ambiental no planalto do Rio
Grande do Sul, Brasil. V. R. Ribeiro; R. Baldissera; S. M. Hartz. VII CEB - Congresso
de Ecologia do Brasil. 02 pp.(2005)
http://www.seb-ecologia.org.br/viiceb/resumos/468a.pdf
Fauna
edáfica em fragmentos florestais em áreas
reflorestadas com espécies da Mata Atlântica. F. Ducatti. Dissertação de Mestrado. ESALQ /
USP. 84 pp. (2002)
http://www.fag.edu.br/professores/renato/ecobio/macrofauna%20tese%202.pdf
Conservação da biodiversidade em fragmentos
florestais. V. M. Viana; L. A. F. V. Pinheiro. Série
Técnica IPEF 12(32): 25-42. (1998)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr32/cap03.pdf
Memórias do 2º Simpósio sobre Ecologia
e Manejo de Fragmentos Florestais. V.M. Viana; R.E. Oliveira.
Série Técnica IPEF 12(32). 148 pp. (1998)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr32.asp
Análise multivariada da estrutura fitosociológica
do sub-bosque de plantios experimentais de Eucalyptus spp.
e Pinus spp. em Lavras (MG). E. Aubert; A. T. Oliveira Filho.
Revista Árvore 18(3):194-214. (1994)
http://www.icb.ufmg.br/treeatlan/Downloads/a28.pdf
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Polpas ou Celuloses Tipo "Fluff"
Introdução:
Existe uma infinidade de produtos
absorventes produzidos no mundo para as mais diferentes utilizações, diferindo
os mesmos na constituição, matérias-primas utilizadas,
além das distintas finalidades e aplicações
específicas que vão conseqüentemente influenciar
em suas capacidades absortivas (Rubiralta, 1983). Dentre eles, encontram-se
os produtos higiênico-sanitários fabricados principalmente
com celuloses do tipo “fluff” (celulose, pasta ou polpa "fluff" ou
fofa).
Em termos gerais, define-se polpa “fluff”, também
chamada em inglês de “comminution-oriented pulp”,
ou ainda de “fluffy pulp”, como uma pasta de celulose
em folhas secas possuindo características físico-químicas
tais que permitem sua desintegração regular e uniforme
a seco para a fabricação dos seus principais produtos
de alta absorvência: as fraldas pediátricas e geriátricas
descartáveis e os absorventes higiênicos femininos (Wikipédia,
2010; Rubiralta, 1983). Há ainda uma pequena porção
da polpa “fluff” aproveitada para a confecção
de materiais hospitalares como toalhas de absorção
para uso único, ou na confecção de alguns tipos
de não-tecidos ("non-wovens").
A polpa fofa precisa ser branca e pode ter origem química
(processo sulfito ou processo kraft) ou mecânica (processo
CTMP, por exemplo) e possuir fibras longas, médias ou curtas,
dependendo do seu uso final. Na maioria das vezes, o consumidor utiliza
uma mistura de diferentes polpas fofas, visando adequar as propriedades
do absorvente e o custo de fabricação. Porém,
a fabricação dos painéis fibrosos ("pads")
das fraldas exige que a maioria da constituição fibrosa
seja de fibras longas para garantir que os fluidos corporais sejam
absorvidos com rapidez e segurança, mantendo a integridade/resistência
desse painel. A polpa “fluff” obtida de Pinus é uma
das matérias-primas mais indicadas para essa função,
ajudando a manter o painel com resistência e fisicamente com
capacidade de conter o "flock gel" (polímeros superabsorventes
em relação à água) em uma camada uniforme
e homogênea no interior do colchão (painel, "pad",
manta). As fibras longas também criam pequenos canais de absorção
(porosidade ou vazios) que levam os líquidos do corpo do usuário
para o interior da fralda, auxiliando na sua distribuição
e evitando que o "flock gel" expandido escape para fora
da fralda durante e após uso. Dessa forma, a polpa “fluff” fabricada
a partir da madeira de fibras longas de Pinus é o material
mais usado para a elaboração dos produtos absorventes
descartáveis para higiene íntima. Isso ocorre tanto
no Brasil (Pinus taeda), como Argentina (P. taeda), Chile e Nova
Zelândia (Pinus radiata), França (Pinus
pinaster), como
no principal país produtor de celulose "fluff" no
mundo, que é os Estados Unidos da América (Pinus
elliottii, P. taeda, Pinus palustris e Pinus echinata).
Esse
artigo técnico pretende levar aos leitores algumas informações
sobre formas de produção, tipos, propriedades e parâmetros
que influenciam nas características da polpa “fluff”, que é um
produto em especial fabricado a partir dos Pinus. Foram relatados
ainda alguns resultados de pesquisas já realizados sobre o assunto.
Propriedades do material absorvente
Os
materiais absorventes, tais como a polpa “fluff” e
os colchões fibrosos produzidos com elas, precisam
apresentar algumas características relevantes para
que garantam a eficiência da sua função,
ou seja, a absorção e retenção
do líquido. De acordo com Jordão e Neves (1989),
as principais propriedades de absorção das
polpas absorventes são: elevada velocidade absorção
e retenção de líquidos e pouca sensibilidade
ao envelhecimento. Tanto a estrutura como as propriedades
das fibras são os fatores que mais influenciam nas
propriedades de absorção desses materiais absorventes.
As fibras liberadas na forma de flocos secos e que depois
viram os colchões de fibras e os géis superabsorventes
adicionados nesse tipo de produto possuem afinidade a líquidos
aquosos (são hidrofílicos), retendo-os. Já a
performance do colchão/manta depende do sistema de
capilaridade das fibras e do arranjo desenvolvido entre essas
fibras nesse colchão. Dessa forma, a estrutura do
colchão e sua constituição fibrosa é que
vão ditar a capacidade de absorção e
a molhabilidade da fralda ou do absorvente, duas características
extremamente importantes para a qualidade desses produtos.
Gerações tecnológicas das celuloses "fluff" para
fins absorventes
As primeiras
fraldas descartáveis foram fabricadas
na Suécia, durante os anos 40's, substituindo primeiramente
o tecido de algodão pelo papel “tissue”.
Esse papel foi a seguir gradativamente sendo trocado pela
primeira geração das celuloses “fluff",
que eram basicamente polpas para dissolução
de alta pureza em alfa-celulose ("dissolving pulps" ou
polpas solúveis).
As polpas fofas dessa primeira geração eram
altamente suaves, possuindo excelentes propriedades físicas
e químicas, além de serem altamente purificadas.
Todas essas suas características facilitavam o desfibramento
(individualização das fibras a seco). Entretanto,
o custo elevado das polpas solúveis levou a novas
mudanças na constituição das polpas “fluff” de
fraldas, que passaram a ser fabricadas de polpas kraft
e/ou sulfito todas branqueadas. Tal modificação
da composição criou a segunda geração
das polpas “fluff”, considerada bem mais econômica.
Isso possibilitou a popularização das fraldas
descartáveis pelos países desenvolvidos já nos
anos 70's.
Os avanços tecnológicos, junto com a utilização
de polímeros superabsorventes nas fraldas no início
dos anos 90's possibilitaram a criação da
terceira geração de celulose “fluff”,
um produto muito mais uniforme e resistente, o que ajudou
a tornar as fraldas mais leves, finas, econômicas
e seguras para seus usuários (Basmaison, 1983).
Nessa terceira geração passaram a existir
também as polpas CTMP (processos quimo-termo-mecânico),
já que esse processo foi-se aprimorando tecnologicamente
nas mais recentes décadas, originando polpas mais
limpas e resistentes.
Produção e tipos de celuloses “fluff”
Mais de 90 % da polpa “fluff” é produzida
de forma química (Wikipédia, 2010), principalmente
através do processo kraft ou sulfito. Entretanto,
existem diferenças entre as polpas kraft para produção
de papéis e para a produção de absorventes.
As exigências para alta porosidade e absorção,
bem como fácil desfibramento nos moinhos de "fluff" colocam
algumas propriedades bem restritivas nas polpas "fluff",
a saber: alto volume específico da folha seca; espessura
bastante uniforme dessa folha que alimenta os desfibradores;
superfície da folha bastante fácil de ser desfibrada
e sem potencializar abrasão nos moinhos; superfície
da folha sem película de sobre-secagem ("hornificação");
etc. Para se conseguir essas características na folha
seca da polpa "fluff", o fabricante deve prensar
muito suavemente a folha úmida da celulose e depois
secá-la vagarosamente até graus de umidade
de 6 a 8%. Tanto a gramatura, como a densidade e a espessura
devem ser as mais uniformes possíveis. Com isso, pode-se
já imaginar que as máquinas de formar e secar
as folhas de celulose "fluff" trabalham com velocidades
bem reduzidas. Essa é uma barreira séria que
impede que os fabricantes de celulose de fibras longas para
papel migrem para a fabricação de polpas "fluff".
Eles perderiam produtividade e as especificações
para espessura, densidade, volume específico e capacidade
absortiva seriam mais dificilmente alcançadas por
eles. Portanto, fabricar polpas "fluff" é mais
do que um processo produtivo simples, é uma arte que
precisa se conhecer muito bem.
Para facilitar o atingimento dessas propriedades, os fabricantes
podem impregnar a celulose “fluff” com agentes
anti-ligação (“debonders”). Os
agentes "debonders" ajudam a aumentar a maciez
da folha de celulose "fluff", facilitando a sua
desintegração. Eles atuam sobre os grupos
hidroxílicos da superfície das fibras, reduzindo
a capacidade de ligação entre elas, ficando
assim as folhas mais volumosas e fofas. Essa adição é feita
antes da secagem das folhas. A seguir, a folha é criteriosamente
secada, em geral em máquinas de cilindros do tipo “Fourdrinier”,
as quais seguem os mesmos passos da produção
contínua de celulose ou papel. Finalmente, o rolo
jumbo formado na máquina de secar a folha é secionado
em bobinas de acordo com o tamanho requerido pelos clientes.
(Wikipédia, 2010). Não é recomendada
a formação de folhas muito duras (muita ligação
entre fibras), pois isso prejudica a etapa de desfibração
no fabricante de fraldas. Logo, outra forma de diminuição
das ligações fibrosas da polpa, além
da adição de agentes "debonders", é a
modificação química da pasta kraft,
através do aumento de alfa-celulose no produto,
pela remoção seletiva de hemiceluloses (Basmaison,
1983).
As folhas secas de polpa "fluff" são muito
parecidas às usadas para a fabricação
de papéis, apenas mais volumosas (maior espessura
para mesma gramatura). Elas seguem no cliente para máquinas
chamadas de desfibradores (moinhos) que atuam na raspagem
ou na quebra da folha para a descompactação
de suas fibras, confeccionando assim flocos para montagem
de um colchão de fibras. Há quem chame esse
material flocado de "fluff" também. Para
fazer isso, as máquinas possuem dentes ou pontas
capazes de raspar e liberar as fibras longas. Outros desfibradores
são trituradores pequenos contendo martelos que
desempenham a mesma função. Polpas mais macias
possibilitam economia de energia no processo de desfibramento.
As folhas mais densas possuem mais elevada quantidade de
fibras; porém, são difíceis de desfibrar,
necessitando de tecnologia avançada e conseqüentemente
de maiores gastos energéticos para promover a individualização
dessas fibras. Um dos mais importantes itens de custo na
fabricação de fraldas é esse desfibramento.
Se a folha de celulose for difícil de desfibrar,
geram-se feixes de fibras que depreciam as fraldas e os
absorventes, bem como aumenta-se a demanda de energia nos
moinhos.
Segundo Wikipédia (2010) o desfibramento consiste
na liberação e descompactação
das fibras da folha de celulose, antes da entrada nas máquinas
de formar a manta ou colchão. As fibras devem ficar
livres entre si para serem, a seguir, uniformizadas a seco
na confecção da manta fibrosa que será usada
na produção do absorvente higiênico.
A polpa kraft branca fabricada a partir da madeira de folhosas
(como as do eucalipto) pode ser utilizada também
para a confecção da polpa fofa. Inclusive,
há algumas empresas que compram desse tipo de celulose
e realizam a sua desfibração para utilizá-las
misturadas com as fibras de Pinus (mais longas) no interior
das fraldas. Todavia, há maior liberação
e perda de fibras para o ar através da formação
de pós, sendo isso uma desvantagem. Além
da maior quantidade de pós, a probabilidade de se
formarem feixes de fibras no desfibramento é muito
maior, necessitando ajustes nos desfibradores. A preferência
por usar alguma fibra curta na mistura fibrosa se dá por
algumas razões econômicas: a celulose de fibra
curta é mais barata do que a de fibras longas e
a energia de desfibramento para formar o floco é bem
menor pelo fabricante de absorventes.
Outro tipo de celulose “fluff” consiste nas
pastas de madeira produzidas a partir de processos mecânicos
de alto rendimento. Em estudos realizados por Aberg e Bergdahal,
em 1977, as fibras liberadas apenas por processos termo-mecânicos
eram produzidas sem a adição de nenhum produto
químico para amolecimento da madeira. Essas pastas
possuíam alguns inconvenientes: não eram
brancas o suficiente e pecavam em resistência das
fibras, também se tornando hidrófobas depois
do envelhecimento (Basmaison, 1983). Dessa forma, a conjugação
de processos termo-mecânicos com ajuda de químicos
(processos CTMP) vieram solucionar esses problemas dessas
polpas. Segundo o autor, o processo apenas mecânico
danificava muito o tamanho das fibras e formava muitos
finos e pó (fibras quebradas). Os processos CTMP
ajudaram a uma melhor liberação das fibras,
deixando-as mais individualizadas e longas, principalmente
quando a madeira utilizada no processo era proveniente
de coníferas. Essas polpas CTMP são notáveis
em relação ao volume específico que
possuem. Por essa razão, tem crescido nos dias de
hoje a utilização de polpas "fluff" produzidas
por processos CTMP, mas somente para misturas na composição
fibrosa da manta. O mesmo acontece com as fibras curtas
de eucaliptos. Há potencial de crescimento em ambos
os casos, pela mesma razão: maior economicidade
aos fabricantes de absorventes, já que esses dois
tipos de polpas "fluff" são mais baratas
do que as fibras longas "fluff" kraft ou sulfito
de fibras longas.
Algumas empresas produtoras fabricam celulose “fluff” a
partir de madeira, tanto pelo processo químico kraft
como através do processo CTMP. As polpas para dissolução
ou solúveis praticamente não são mais
usadas como "fluff" frente ao seu preço
muito maior. As polpas "fluff" obtidas pelo processo
sulfito são cada vez menos representativas nesse
mercado frente às vantagens que o processo kraft
oferece em custos de produção e fechamento
dos circuitos.
De acordo com Parra Escolano (1983) existem outros dois
tipos de polpa “fluff” que podem ser diferenciados
de acordo com o tratamento, processamento e matéria-prima.
São eles: celulose fofa “com extrativos” e “isenta
de extrativos”. Os extrativos são resinas
da madeira que podem afetar na taxa de absorção
de líquidos e na desativação de agentes
do tipo "debonder". Geralmente, a polpa fofa
fabricada a partir da madeira de coníferas apresenta
maiores quantidades de resinas, podendo as mesmas serem
extraídas durante etapas da produção
através tratamentos especiais.
Produtos das celuloses “fluff”
Atualmente,
90% da polpa “fluff” produzida no
mundo é utilizada para a fabricação
de fraldas e absorventes para a higiene intima feminina,
contudo outros produtos porosos para limpeza e conforto ("air
laid non-wovens") também podem ser elaborados
com essas matérias-primas.
De acordo com Rubiralta (1983), podem ainda ser potencialmente
produzidos outros itens comerciais que se diferenciam de
absorventes íntimos femininos e das fraldas descartáveis
pela forma de produção. Esses produtos são
absorventes formados a seco. A tecnologia consiste no seguinte:
após a desfibração, as fibras livres
são depositadas sobre uma tela contínua sem
a presença da água para a formação
de uma folha. Os principais derivados dessa folha assim
formada são: guardanapos, toalhas de mesa, filtros
de cigarros, papéis absorventes para uso industrial
e doméstico, tecidos absorventes, esponjas para
uso facial, produtos médicos e cirúrgicos,
entre outros, todos descartáveis. As principais
desvantagens de muitos desses produtos formados a seco é o
preço dos ligantes utilizados para tornar as fibras/folhas/mantas
do produto mais resistentes. Porém, os produtos
apresentam muitas vezes características superiores às
de seus concorrentes, além do gasto menor de energia
quando comparados aos feitos com celulose “fluff” que
utilizam água em seus processos.
Mercados das celuloses tipo "fluff"
O
mercado mundial de polpas "fluff" está estimado
em 4 a 4,5 milhões de toneladas ao ano, com crescimento
médio anual entre 3 a 5%, conforme a região
e as crises econômicas. Em função desse
crescimento, muitas empresas produtoras de celulose kraft
de fibras longas estão crescendo mais nesse campo
do que em celulose para fabricação do papel.
A diferença de preço entre uma tonelada de
celulose "fluff" e uma de mesmo tipo de fibras,
mas para papel, pode atingir entre 60 a 100 dólares,
favorável à "fluff". Os maiores consumos
estão nos Estados Unidos, Canadá e países
da Europa ocidental. O uso de celulose “fluff” ainda
cresce em ritmo acelerado em muitos países em desenvolvimento
da Ásia e da América Latina, principalmente
pelo elevado índice de natalidade e também
pelo aumento da renda de uma parte da população
que passou a adquirir fraldas descartáveis. Nos países
desenvolvidos, cresce bastante a utilização
das polpas "fluff" para fraldas (ou produtos absorventes)
para a população "sênior",
com problemas de retenção urinária na
velhice. Essa utilização é muito bem
vista pelos fabricantes da celulose "fluff", já que
utiliza muito mais material fibroso por unidade de produto
(fraldas bem maiores que as de uso infantil). Essas últimas
requerem pouca quantidade de celulose fofa (menos de 16 g/fralda),
ao passo que as geriátricas, por serem maiores, necessitam
muito maior quantidade de matéria-prima (mais do dobro
ou triplo, conforme a dimensão).
Hillman (2005) estimou na época que 46% da polpa “fluff” produzida
nos EUA eram utilizados para a confecção
de fraldas infantis; outros 23% eram usados para absorventes íntimos
femininos; 22% para fabricar fraldas geriátricas
e os 9% restantes foram utilizados para a confecção
de produtos porosos (não-tecidos para uso como toalhas,
guardanapos para uso domésticos, industriais e médicos).
O mesmo autor ressalta que o mercado que mais cresce é o
de produção de fraldas descartáveis,
uma vez que há o envelhecimento cada vez mais acentuado
da população dos países desenvolvidos,
considerados os maiores consumidores de fraldas descartáveis,
tanto geriátricas como infantis.
As seis maiores empresas produtoras de celulose "fluff" do
mundo estão localizadas nos Estados Unidos, sendo
pela ordem: Weyerhaeuser, Koch Cellulose, International
Paper, Bowater, Rayonier e Buckeye. Todas possuem fábricas
na região sudeste dos EUA (estados do Alabama, Flórida,
Geórgia e Carolina do Sul), valendo-se de plantações
ou bosques naturais de Pinus para fornecimento de madeira.
Os outros grandes fabricantes são europeus e canadenses:
Stora Enso, Rauma, Tartas, Tembec e Domtar.
O mercado brasileiro é ainda pequeno, cerca de 30.000
toneladas mensais, embora crescente. No Brasil, há apenas
um fabricante de celulose “fluff” tipicamente
nacional, usando cavacos de madeira de Pinus e produzindo
a polpa "fluff" 100% nacional e 100% de Pinus, através do processo sulfito base cálcio+magnésio. É a
Cambará Produtos Florestais, localizada em Cambará do
Sul, RS, com capacidade instalada para 3.000 toneladas
mensais de polpa "fluff". Outro produtor, a Lwarcel
Fibras Especiais, localizada em Penápolis/SP, compra
a celulose kraft branca de fibras longas de Pinus da Celulose
Alto Paraná (Argentina) e a converte em bobinas
de polpa "fluff", cerca de 1.800 a 2.000 toneladas
mensais. Além disso, ainda participam do mercado
brasileiro a própria Alto Paraná (grupo Arauco)
e a CMPC - Fábrica de Laja (Chile). Mesmo assim,
essas quatro empresas (Cambará, Lwarcel, Alto Paraná e
CMPC) não conseguem atender o mercado completamente,
pois suas produções não são
grandes o suficiente. Conseguem quando muito atender juntas
cerca de 40% da demanda brasileira. O restante da demanda
desse mercado é suprida por produtores norte-americanos
e canadenses. A International Paper do Brasil comercializa
com sucesso no Brasil as polpas "fluff" das fábricas
norte-americanas do grupo IP.
De qualquer maneira, sempre é muito difícil
empresas pequenas competirem com os 10 gigantes da produção
mundial, pois a competição é grande
e as exigências por qualidade, idem. Ser um entrante
no mercado é muito difícil, já que
não apenas se exigem conhecimentos e tecnologias,
mas também forte atuação em mercados
globais. Inclusive, os próprios grupos gigantes
que dominam os mercados globais estão crescendo
pela compra de fábricas de polpa kraft de fibras
longas (em seus países de origem, p.e. Canadá e
EUA) e as convertendo em fábricas de polpa "fluff",
já que essa conversão no momento é vantajosa
e promissora.
Características e qualidades do painel/manta/colchão “fluff”
Há várias características da polpa “fluff” que
estão diretamente relacionadas com a qualidade do
produto absorvente, que vamos aqui chamar de manta, painel
ou colchão de fibras. Segundo Basmaison (1983) as
principais inter-relações são: volume
específico, capacidade de absorção,
molhabilidade, difusão do líquido, resistência
ao envelhecimento, uniformidade e coesão, resistência,
brancura, suavidade ou maciez, produtividade e custo.
As principais características que um bom painel
ou colchão de fibras deve apresentar são
as seguintes:
•
alta fofura, "fluffness" ou "flufidez" do
colchão, que se mede pelo volume de polpa desfibrada
por um determinado peso de fibra seca; por exemplo, medida
em mililitros de fibras "fluff" desintegradas
em equipamento padronizado por 25 gramas de polpa seca.
Alguns produtores de fraldas especificam valores acima
de 750 ml/25 gramas para essa propriedade.
•
porosidade, volume especifico, espaços interfibrilares
e vazios no colchão, que não deve se compactar
ou colapsar. Essas propriedades ajudam a penetração
e retenção da água por capilaridade.
•
integridade, estabilidade, resistência e rigidez
do colchão (tanto seco, como depois de úmido),
Associam-se portanto à resiliência do colchão
(capacidade de resistir ao colapso). Como os mercados demandam
produtos cada vez mais finos e confortáveis, essa
resistência e integridade é cada vez mais
crítica. Há uma regra prática que
diz que a cada 25% de redução de peso do
colchão se perdem 40% da resistência do mesmo.
As pressões pelo tamanho/espessura do colchão
são tanto econômicas (menos custos em matérias-primas,
menos volume em prateleiras de supermercados, menos embalagens,
etc.) como é benéfica ao usuário que
demanda conforto e se encanta com isso. Sem os géis
superabsorventes isso seria inviável.
•
flexibilidade do colchão, que deve ser rígido
para não se achatar e flexível para se dobrar
conforme o movimento do usuário;
•
suavidade, maciez e limpeza - aspectos estéticos
e de conforto ao usuário;
•
velocidade de absorção de líquido,
expresso como tempo para se absorver uma certa quantidade
de água;
•
capacidade de retenção de líquido,
expresso como quantidade máxima retida por uma unidade
de peso do colchão, sem "vazamentos";
•
resistência ao envelhecimento, que corresponde a
resistir à perda da molhabilidade em função
do passar do tempo (em geral, associada a extrativos e
resinas da polpa);
•
aspectos associados à saúde do usuário:
não causar irritações e alergias na
pele, não conter produtos tóxicos, etc.,
etc.
Características e qualidades das fibras de polpas
tipo “fluff”
Para se atingir ao mesmo tempo tantas propriedades fundamentais
ao uso dos painéis fibrosos pelos clientes, as fibras
da polpa fofa devem ser mágicas e muito bem engenheiradas. É o
que tem acontecido com o melhoramento florestal do Pinus para fabricação de polpas "fluff" no
sudeste dos EUA: muito foco em características das
fibras e madeiras tais como: comprimento médio da
fibra, proporção de células curtas,
espessura da parede celular, "coarseness" das
fibras, porosidade das próprias fibras (lúmens,
pontuações, micro-porosidade da parede celular,
micro-fraturas), relações entre lenhos iniciais
e tardios, proporção de elementos classificados
como finos (células de parênquima e células
da casca), teor de extrativos, capacidade de hidratação
e de molhabilidade, teor de hemiceluloses e de alfa-celulose,
etc., etc.
Características e qualidades das polpas tipo “fluff”
Hillman (2005) ressaltou que as principais propriedades
da celulose “fluff” são: alvura, comprimento
da fibra, capacidade total de absorção de água,
limpeza e pureza e finalmente seu preço. Além
disso, podemos sugerir: volume específico, teor
de finos, rigidez oferecida pela sua "coarseness",
teor mínimo de palitos e de feixes de fibras.
A seguir há um detalhamento para cada uma das características
da polpa fofa extraídas e condensadas a partir dos
ensinamentos de Hillman (2005), Jordão e Neves (1989),
Basmaison (1983) e Parra Escolano (1983):
-
volume específico: o volume específico depende
do comprimento e da largura das fibras, bem como da "coarseness" das
fibras. Maior a "coarseness", menor o número
de fibras por grama de polpa e mais rígidas elas serão,
resistindo assim ao colapso. Logo, a quantidade e tamanho
das fibras afofadas vão influenciar no volume da manta “fluff”.
A rigidez das fibras depende também da forma como
foram desagregadas. Logo, a desagregação também
pode influir no volume específico, o qual é definido
como o inverso da densidade (Wikipédia, 2010). Um
volume específico alto refere-se à elevada
presença de vazios contendo ar entre as fibras, havendo
um grande volume capilar. Um material com elevado volume
específico geralmente apresenta uma alta absorção
física de líquidos aquosos (Parra Escolano,
1983).
-
capacidade de absorção: é definida
por Jordão e Neves (1989) como a quantidade de líquido
que pode ser retida nos espaços vazios presentes no
emaranhado das fibras, ou seja, no colchão. A capacidade
de absorção tem relação com o
volume de espaços vazios existentes no material absortivo,
sendo dependente das estruturas das fibras e do colchão.
Para que uma polpa tenha elevada absorção,
suas fibras devem ser longas, porosas e rígidas.
-
molhabilidade (difusão do líquido): consiste
na velocidade de absorção de água pelas
fibras. Logo, a morfologia das fibras e a qualidade do material
desfibrado influenciam muito na molhabilidade, assim como
os raios efetivos dos poros formados no colchão. A
velocidade de absorção depende tanto das forças
de capilaridade exercidas pelos poros, como pela viscosidade
do líquido absorvido. O ângulo de contato existente
entre a camada superficial da fibra e o líquido também
exercem elevada influência na difusão do mesmo
(Jordão e Neves, 1989). Quanto menor o ângulo
de contacto, mais molhável é o material.
-
resistência ao envelhecimento: o armazenamento prolongado
em prateleira pode degradar as polpas fofas. De acordo com
Basmaison (1983), o envelhecimento é acelerado pela
maior concentração de extrativos existentes
na polpa que podem se rearranjar estruturalmente diminuindo
a capacidade de molhabilidade e de absorção
dos líquidos. Além disso, as pastas sem a extração
de solventes orgânicos possuem as superfícies
das fibras cobertas por resinas, aumentando seu ângulo
de contato e, conseqüentemente, prejudicando na capacidade
absortiva. O armazenamento prolongado também pode
prejudicar a alvura, principalmente das pastas mecânicas
e termomecânicas.
-
uniformidade e coesão da manta: tem relação
com a flexibilidade das fibras, sua homogeneidade e entre-cruzamentos,
sem a ocorrência de feixes ("shives") na
polpa “fluff”. Fibras mais largas e longas possibilitam
a maior resistência do material às forças
externas. As fibras de coníferas, em especial as espécies
de Pinus, são as que apresentam características
mais propícias para a fabricação da
polpa “fluff”. Por mais de 25 anos, muitas indústrias
norte-americanas vem realizando melhoramento genético
em seus plantios de Pinus elliottii e de P.
palustris, buscando
o aumento do comprimento das fibras da madeira para aumentar
os índices de flexibilidade da polpa “fluff” produzida.
Segundo Kimberly-Clark-Australia (2010), o comprimento das
fibras provenientes de polpa “fluff” produzida
a partir da madeira de plantações de P.
radiata é de
2,15 mm. Já a pasta “Golden Islas EF-100” da “Pacific
Brunswick Mill” possuía comprimento de fibra
de 2,5 mm. Essa celulose é feita com 80% de madeira
de P. elliottii e 20% de P. taeda (Anônimo,
1993).
-
alvura: as pastas brancas são as preferidas como
matéria-prima de produtos de higiene íntima,
pois passam uma idéia de limpeza. Logo, as polpas
de origem química são as mais alvas. Entretanto,
os níveis de alvura não são tão
elevados como os exigidos para polpas para papéis
de imprimir. Já as pastas mecânicas apresentam
problemas no branqueamento, mas as atuais polpas CTMP já atingem
níveis suficientes de alvura, próximos a 88%
ISO.
-
suavidade: a suavidade das fibras interfere
diretamente no conforto do produto final. Os principais
fatores que tornam
uma polpa “fluff” mais suave são: flexibilidade
das fibras, ausência de feixes de fibras ("shives"),
pureza química das mesmas e uso de amaciantes.
-
produtividade: a produtividade está relacionada
com a qualidade das folhas de celulose que serão desfibradas,
tendo em vista as perdas de produto (pós e finos),
resíduos gerados e gastos de energia para a produção
da pasta “fluff”.
-
preço: o custo da produção da polpa “fluff” influi
no preço final do produto. Ao consumidor/comprador
interessa o mínimo preço e o máximo
de benefícios, nada mais normal que isso.
É muito difícil que uma única polpa “fluff” preencha
todos os requisitos para a obtenção de qualidade
máxima no colchão, principalmente porque há algumas
dessas características que são inversamente
relacionadas. Por exemplo: a maior velocidade de absorção
se dá pela maior concentração de capilares
grossos na polpa; porém, a capacidade de absorção/retenção é maior
quando há uma rede extensa de capilares finos que
perdem a água com maior dificuldade. Outro exemplo é a
facilidade de desfibração, que é melhorada
com a adição de agentes químicos que,
no entanto, podem prejudicar a molhabilidade final do colchão.
Parra Escolano (1983) afirmou que as características
específicas da pasta “fluff” são
aquelas que apenas se conseguem observar após a
desfibração da celulose. As três principais
características específicas segundo o autor
são: volume específico (cm³/g); tempo
de absorção (medido em segundos) e capacidade
de absorção (gramas de água/grama
de polpa seca).
Principais especificações para polpas "fluff"
Os propósitos primários das polpas "fluff" são
a absorção e retenção de líquidos,
isso não deve ser esquecido nunca. O grande volume
de absorção está na própria
porosidade e capilaridade das fibras, no caso em seus lúmens,
pontuações e paredes. A resistência
e a integridade do colchão é outro dos parâmetros
mais demandados, assim como a facilidade de desfibramento
da folha seca de polpa. Em todos os casos, as células
pequenas e os finos são indesejados, havendo uma
aceitação geral de que as fibras longas e
de maior "coarseness" performam melhor para atingir
esses objetivos de uso. Entretanto, para combinar tudo
em uma boa receita de custos e qualidade, as misturas de
diversas matérias-primas é uma prática
comum nos fabricantes de produtos absorventes celulósicos.
De maneira geral, são as seguintes as principais
especificações para polpas "fluff" encontradas
nos mercados mundiais:
• Umidade: 6 a 8%;
• Alvura: 86 a 89% ISO;
•
Gramatura da folha de polpa: 750 a 1.100 g/m²;
•
Densidade da folha de polpa: 0,4 a 0,6 g/cm³;
•
Espessura da folha: uniforme em relação à sua
densidade e gramatura;
•
Capacidade de absorção de água: 8
a 14 gramas de água/grama de polpa seca;
• Tempo de absorção: 0,7 a 2,5 s/g;
•
Sujeira ou sujidade: menor que 3 mm²/kg;
• "Coarseness": 13 a 30 mg/100 m;
•
População fibrosa: 3 a 5,5 milhões
de fibras por grama;
•
Comprimento médio das fibras: 1,8 a 2,5 mm;
• Finos Kajaani: 1,5 a 2,5%;
•
Largura da fibra: 30 a 40 micrômetros;
•
Espessura da parede celular: 5 a 8 micrômetros;
• S5 - Solubilidade em soda a 5%: 6 a 10%;
• Alfa-celulose: 85 a 90%;
• Teor de extrativos em DCM: 0,02 a 0,12%;
• Teor de cinzas: 0,1 a 0,3%;
•
Ascenção capilar Klemm em folha de 60 g/m² não
refinada: maior que 100 mm/10 minutos;
• Índice de estouro da folha de 60 g/m² não
refinada: 0,8 a 2,5 kPa.m²/g (quanto menor, mais baixa é a
energia usada no desfibramento);
•
Geração de pó no desfibramento: menor
que 1%
Polpas "fluff" são na sua quase totalidade
produzidas em bobinas que variam em suas dimensões
como se segue: larguras da folha entre 25 a 80 cm; diâmetros
das bobinas entre 80 a 150 cm, e diâmetro de tubete
entre 7 a 10 cm.
Parâmetros que influenciam na produção:
pesquisas já realizadas
Existem várias condições e parâmetros
que podem influenciar na qualidade da celulose “fluff”;
porém, os mais importantes e discutidos por especialistas
são os ligados à morfologia das fibras (espécie
de árvore, idade do povoamento, entre outros) e também
aqueles associados à forma de fabricação
da polpa e do colchão de fibras (Basmaison, 1983).
Jordão e Neves (1989) avaliaram características
como velocidade e capacidade de absorção
de líquidos, envelhecimento acelerado, volume específico
e quantidades de extrativos (resinas) em diversas pastas
lignocelulósicas para fins absorventes. As pastas
mecânicas avaliadas apresentaram baixo volume específico
e tempo de absorção de líquidos muito
prolongado. Isso ocorreu pelo elevado ângulo de contato
entre a superfície e as fibras (superior a 70°),
demorando mais tempo para molhamento total do produto.
Os resultados para as pastas termomecânicas avaliadas
apresentaram tempo de absorção prolongado,
o que aumentou ainda mais com o envelhecimento da polpa.
A pasta kraft branqueada de madeira de eucalipto mostrou-se
inicialmente satisfatória ao uso, tendo valores
razoáveis de absorção e volume específico.
Porém, foi extremamente sensível ao envelhecimento,
o que elevava o tempo de absorção de líquidos.
Já a pasta kraft branqueada de pinho e a pasta CTMP
- quimo-termo-mecânica apresentaram resultados satisfatórios,
tendo suas características de absorção
e volume específico semelhantes ou até superiores
aos das polpas de marcas comercias testadas.
Field (1982) avaliou em laboratório alguns parâmetros
(quantidade de extrativos, comprimento de fibras, introdução
de fibras de madeiras de folhosas, temperatura de secagem,
entre outros) associados ao desempenho da polpa “fluff” produzida.
Existem alguns agentes anti-ligantes chamados em inglês
de “debonders”. Como já vimos, eles
são utilizados para diminuir o gasto de energia
durante o desfibramento das folhas, diminuindo as forças
de ligações entre as superfícies durante
o processo de secagem e gerando um produto mais macio e
seco. Porém, tal adição pode prejudicar
a secagem da polpa, além de diminuir a sua alvura.
O autor comparou algumas polpas químicas como as
kraft e sulfito, com e sem surfactantes anti-ligações.
Os resultados indicaram que o “fluff” produzido
a partir do processo kraft usando madeiras de Pinus foram
superiores em integridade de fibras, aumentando com isso
sua capacidade de absorção. Pastas de origem
mecânica também foram testadas, possuindo
as vantagens da melhor utilização dos recursos
florestais e redução de custos de produção.
Porém, suas fibras apresentam menor qualidade (comprimento
e integridade), perdendo em absorção e também
em alvura, ao serem comparadas às polpas químicas.
A temperatura utilizada para a secagem da polpa influenciou
a capacidade de absorção das celuloses que
continham mais resinas. O mesmo parâmetro (absorção)
foi relacionado ao tamanho das fibras de vários
tipos de polpas “fluff”. Os resultados mostraram
que conforme o comprimento da fibra diminuía, a
capacidade de absorção também se reduzia.
A celulose “fluff” de folhosas (madeira dura)
geralmente apresentava resinas mais difíceis de
serem removidas, além de terem fibras mais curtas.
Porém, o estudo demonstrou que misturas de polpas “fluff” de
madeiras de coníferas com até 25% de polpas "fluff" de
fibras curtas de folhosas não mostravam mudanças
significativas na capacidade de absorção,
volume específico e integridade das fibras. Concentrações
superiores podem depreciar as propriedades absorventes
da pasta, havendo também problemas com resíduos
de pós, gerados durante o processo de desfibramento.
Martins (1986) também constatou que a utilização
de polpa “Solvicell” (fibras curtas solúveis
de eucalipto) não apresentava diferenças
significativas de absorção, ficando dentro
dos padrões estabelecidos pelas empresas usuárias
de polpas "fluff". Tal mudança de constituição
poderia representar economia nos gastos e diminuição
do preço de absorventes femininos descartáveis.
Quimb et al. (1981) ressaltaram que algumas empresas que
necessitam de polpa “fluff” acabam muitas vezes
comprando também celulose kraft que seria destinada
para a fabricação de papel e realizam a sua
desfibração para a formação
do colchão. É um processo mais difícil
e exige adaptações nos moinhos, já que
a polpa para papel não é vendida em bobinas,
só em fardos. Porém, tal procedimento, muitas
vezes é bem mais econômico, garantindo preços
mais acessíveis aos produtos absorventes. Porém,
algumas características ligadas às fibras
podem prejudicar o desempenho do "fluff", quando
comparado aos produzidos especialmente para a finalidade “fluff”.
Os desfibradores podem gerar mantas com maior presença
de feixes de fibras, o que prejudica as propriedades absorventes
e de coesão do produto. Outros resultados do artigo
apontaram que pastas contendo extrativos também
apresentaram menores taxas de absorção, quando
comparadas às que não continham resinas.
Considerações
finais
Existem inúmeros fatores que influenciam na qualidade
da polpa “fluff”, como vimos. Além disso,
ainda há diferentes formas de produção,
as quais possibilitam a obtenção de “fluffs” de
excelentes qualidades. O processo químico kraft é um
dos mais empregados para a fabricação do produto
visto sua praticidade e economia de energia.
No caso brasileiro, mais estudos deveriam ser incentivados
a fim de garantir adaptações tecnológicas
para otimizar o uso das matérias-primas, maior conservação
de energia e melhorias nas qualidades do “fluff” e
dos produtos finais absorventes. Visando isso, pesquisas
referentes às morfologias das fibras e madeiras
e presença de extrativos também deveriam
ser incentivadas a fim de promover melhorias constantes
de qualidade da polpa fofa e diminuição do
custo final das mesmas. Quando vemos essa enorme população
brasileira que vai demandar cada vez mais produtos absorventes
celulósicos, notamos que esse mercado pode e deve
ser mais abastecido por produtores locais, pois as florestas
plantadas de Pinus crescem tão bem ou melhor no
Brasil que em muitas outras regiões do planeta onde
se produzem polpas "fluff". Competência
para produção de celulose "fluff" não
nos falta, talvez faltem políticas industriais e
vontade empresarial.
Observem a seguir algumas das bibliografias disponíveis
na internet utilizadas para a elaboração
do presente artigo técnico e outras publicações
recomendadas para leitura.
Bibliografia citada e/ou indicada para leitura
Processo
kraft. U. Klock. UFPR - Universidade
Federal do Paraná. Curso de Engenharia Industrial
Madeireira. 09 pp. Acesso em 18.05.2010:
http://www.madeira.ufpr.br/disciplinasklock/polpaepapel/processokraft.doc
Disposable diapers. The Diaper Industry Source. Richer Investments & Consulting
Services. Acesso em 15.05.2010:
http://www.disposablediaper.net/content.asp?3 (Home page)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?29 (Testes mais
frequentes para fraldas e colchões fibrosos)
http://www.disposablediaper.net/Insight2006CRicher.doc (Absorbência-
afinal o que é isso? por Carlos Richer)
Global
bleached fluff pulp. Cost benchmarking
data. RISI Project.
04 pp. Acesso em 15.05.2010:
http://www.risiinfo.com/Marketing/Benchmarking/global_fluff_pulp.pdf (em Inglês)
Fluff pulp. Enciclopédia Virtual Wikipédia.
Acesso em 14.05.2010:
http://en.wikipedia.org/wiki/Fluff_pulp (em Inglês)
Fluff
pulpdebonder technology. Ashland Hercules. Acesso
em 01.05.2010:
http://ppd.herc.com/innovations/prosoft%C2%AE_debonder_softener_technology.asp
Potencial
de maciez da celulose: uma metodologia para avaliar e comparar
celuloses. (Pulp softness potential: a methodology
to assess and to compare pulps). J. Ruiz; V.M. Sacon;
F.P. Silva; S. Eichhorn; L. Bley; H. Sabel; W. Janssen; G.E.P.
Tourtollet; M. Petit-Conil. O Papel 71(3): 31-45. (2010)
http://www.revistaopapel.org.br/noticia-anexos/1269441713_
75ea9a47be6997bed5f46a14359579a5_2098286024.pdf
Market pulp trends. Hawkins & Wright. International PulpWood
Resources & Trade Conference. Apresentação
em PowerPoint: 33 slides. (2008)
http://www.pulpwoodconference.com/past-conferences/
2008/conference2008/pdf/tomwright.pdf
Efficient resin removal. P. Mouyal. Paper Age (Novembro/Dezembro):
34-35. (2005)
http://www.paperage.com/issues/nov_dec2005/11_2005resin.pdf
The world of market pulp. H. Nanko; A. Button; D. Hillman.
WOMP. (2005)
http://www.worldofmarketpulp.com/womp_cd_xcerpts.pdf
http://www.worldofmarketpulp.com/WOMP_Book_Excerpts.pdf
Fluff pulp: a sellers’ market in 2005. D. Hillman.
Paper Asia (Janeiro/Fevereiro):16-17 p. (2005)
Para dar maciez à celulose. Lwart Notícias
7(Julho/Agosto): 2. (2003)
http://www.lwart.com.br/site/inc/download.asp?Caminho=
noticiaDownload%2F20061023_Lwar22.pdf
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Textile Science and Technology. Elsevier Science. 510
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http://www.scribd.com/doc/23535145/Absorbent-Technology
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descartáveis. A. C. V. Valença; R.
L. G. Mattos. Produtos Florestais. Área de Operações
Industriais 2 . BNDES. 07 pp (2001)
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/
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A
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Caracterização de polpas de dissolução
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de produtos absorventes. J.S. Alves; M.A.L. Martins.
Riocell. Relatório Técnico 433/91. 16 pp.
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Resumo:
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Teste industrial visando a utilização de celulose
Solvicell na área de fraldas descartáveis e
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Definición y tipos de productos absorbentes. Evolución
del mercado de estos productos. R. Rubiralta. p.:3-23. In:
Jornada sobre Pastas Absorventes (Fluff). Escuela Técnica
Superior de Ingenieros Industriales de Terrassa. CIPAGRAF.
100 pp. (1983)
Tipos de pasta para productos absorbentes. J. C. Basmaison.
p.: 23-29. In: Jornada sobre Pastas Absorventes (Fluff).
Escuela Técnica Superior de Ingenieros Industriales
de Terrassa. CIPAGRAF. 100 pp. (1983)
Características generales y especificas que debem
reunir las pastas absorbentes. J. L. Parra Escolano. p.:
29-49. In: Jornada sobre Pastas Absorventes (Fluff). Escuela
Técnica Superior de Ingenieros Industriales de Terrassa.
CIPAGRAF. 100 pp. (1983)
New Scandinavian fluff test methods. J.W. Brill. Tappi Journal
66(11): 45-48. (1983)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=9361612
Pulp parameters affecting product performance. J. H. Field.
Tappi Journal 65(7): 93-97. (1982)
Fluff quality of high-brightness market pulp. G. R. Quimb;
R. A. Parham; G. F. Carter; A. A. Wretne. Tappi Journal 64(3):77-80.
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Evaluation of fluff pulp quality. L. Soderihjelm; J. Nordfeldt.
Paperi ja Puu - Paper & Timber (Novembro): 710-721. (1979)
Method of producing fluffed pulp. S. U. T. Aberg;
S. G. Bergdahal. United States Patents. Patent number 4065347.
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http://www.google.com.br/patents?hl=pt-BR&lr=&vid=USPAT4065347&id=
RHE9AAAAEBAJ&oi=fnd&dq=diaper+production+%22fluffed+pulp%22&
printsec=abstract#v=onepage&q=&f=false
Polpa
fluff. C. Foelkel. Pergunte ao Euca
Expert nº 264.
03 pp. (s/d)
http://www.eucalyptus.com.br/eucaexpert/Pergunta%20264.doc
Sugestões para visitas a websites de alguns produtores
de celulose "fluff" (Apenas
como referências
técnicas, não devendo ser interpretadas como
sugestões comerciais):
http://www.abitibibowater.com/uploadedFiles/Menus/Products/Pulp%20and%20Paper%20Fact%20Book.pdf (AbitibiBowater - EUA)
http://www.alaforestry.org/ftp/ARiverFluffPulpSty3ToUse.pdf (Alabama River - EUA)
http://www.arauco.cl/argentina/informacion.asp?tipo=2&idq=356 (Arauco Alto Paraná - Argentina)
http://www.bkitech.com/index.htm?section=products&page=fluffpulp (Buckeye - EUA)
http://www.cambarasa.com.br/empresa.htm (Cambará Produtos
Florestais - Brasil)
http://www.cmpccelulosa.cl/ingles/mills/carga.asp?pagina=laja.htm (CMPC - Laja - Chile )
http://www.disposablediaper.net/content.asp?14 (Fabricantes
de celulose fluff pelo mundo)
http://www.domtar.com/en/pulp/products/9421.asp (Domtar -
Canadá)
http://www.elofhansson.com/pt-br/Produtos/Produtos-florestais/Pasta-de-papel/ (Elof Hansson - Suécia)
http://www.gpcellulose.com/our_products.php (Georgia Pacific
- EUA)
http://internationalpaper.com/BRAZIL/PT/Products/Pulp/FluffPulp.html (International Paper do Brasil - Brasil)
http://www.internationalpaper.com/FRANCE/EN/Products/Pulp/FluffPulp.html (International Paper - França)
http://www.kca.com.au/business/fluff-pulp.htm (Kimberly-Clark
- Austrália & Nova Zelândia)
http://www.kochind.com/files/documents/GPKoch.pdf (Koch Cellulose
- EUA)
http://www.lwart.com.br/site/content/lwarcelfe/produtos.asp (Lwarcel Fibras Especiais - Brasil)
http://www.lwart.com.br/site/content/galeria/default.asp?id=4 (Lwarcel Fibras Especiais - Galeria de imagens - Brasil)
http://www.rayonier.com/Absorbent-Materials.aspx (Rayonier
- EUA)
http://www.smurfit.com/content/products/containerboard/market_pulp.asp (Smurfit-Stone - EUA)
http://www.storaenso.com/about-us/mills/sweden/skutskar-pulp-mill
/facts/Pages/key-facts-of-skutskar-pulp-mill.aspx (StoraEnso - Suécia)
http://www.tartas-sa.fr/ANGLAIS/frames.htm (Tartas - França)
http://www.tembec.com/public/Produits/Pates/Cellulose.html#paragraph30 (Tembec - Canadá)
http://www.weyerhaeuser.com/Businesses/CelluloseFibers/Absorbent (Weyerhaeuser - EUA)
Imagens sobre Celulose "Fluff":
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=%22Fluff+pulp%22&rlz=
1I7RNTN_pt-BR&um=1&ie=UTF-8&source=univ&ei=jgrgS-ZKh6W4B_WW4N8G&sa=
X&oi=image_result_group&ct=title&resnum=4&ved=0CCcQsAQwAw ("Fluff Pulp" em
Imagens Google)
http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&tbs
=isch%3A1&sa=1&q=%22celulose+fluff%22&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai= (Celulose "fluff" em
Imagens Google)
http://www.alibaba.com/trade/search?SearchText=fluff+pulp&IndexArea=
product_en&ssk=y&src=Google&albch=Google&albcp=Search_search_others-
gongyepin&albkw=fluff%20pulp_Others-Search-Product-Test_site_no&albag=
buydir_NONE_Packaging-Printing-fluff%20pulp_product&albmt=
phrase&albst=search&albom=Others_None_20100125 ("Fluff pulp" em
Alibaba.com)
Agradecimento especial: os autores da PinusLetter agradecem
ao estimado amigo José Nazário, da empresa
Cambará Produtos Florestais pelo apoio e sugestões
de tópicos para que melhores mini-artigos sobre celulose "fluff" e
fraldas descartáveis (da edição anterior)
pudessem ser oferecidos a todos vocês.
Esperamos que tenham apreciado o que fizemos para vocês
nessas duas edições que se completaram nesse
presente mini-artigo.
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