Editorial
Caros
amigos interessados pelos Pinus,
Estamos lhes trazendo a 37ª Edição do
nosso informativo digital PinusLetter. Mais
uma vez nos esforçamos para lhes oferecer temas relevantes e
assuntos interessantes e atuais para sua informação e
conhecimento. Vocês poderão obter isso tudo através
da leitura dos tópicos que redigimos e pela navegação
nos inúmeros links oferecidos, com nossas sugestões para
leitura de artigos, palestras, cursos, teses, dissertações,
monografias, websites, etc
Nessa
edição, continuamos a enfatizar os produtos oriundos
dos Pinus e de outras espécies florestais que trazem conforto
e inúmeros outros benefícios à sociedade. Também
nos dedicamos, como parte de nossas metas estratégicas, a
fortalecer e recomendar ações e atitudes para a conservação
de nossos recursos naturais e para as necessárias ecoeficiência
e sustentabilidade nas plantações florestais de Pinus e de outras espécies de valor para a geração
de produtos e serviços para o bem-estar das pessoas. Por isso,
alertamos para que essas florestas e seus produtos sejam gerenciados,
manejados e consumidos com adequadas condições de sustentabilidade
e com muita responsabilidade por parte dos diferentes envolvidos
nessas cadeias produtivas. O sucesso do plantio comercial de florestas
depende muitíssimo do preenchimento desses fatores chaves,
por isso nosso incentivo para as práticas de responsabilidade
por todos. Ainda nessa edição, procuramos dar o merecido
destaque a pessoas e instituições de nossa comunidade
técnico-científica que trazem, com seu trabalho, esforço,
competência e talento, contribuições muito relevantes
na agregação de conhecimentos sobre o Pinus. Esperamos
que os temas escolhidos sejam de seu interesse e agrado.
A seção "Referências Técnicas
da Literatura Virtual” abrirá suas portas nessa edição
de diversas formas. Inicialmente, ela estará homenageando um
importante instituto de pesquisas e extensão de nosso país
vizinho e amigo, a Argentina. Nessa seção, serão
oferecidas informações a respeito dos principais trabalhos
envolvendo Pinus e outros temas florestais da qualificada instituição
argentina de investigações agrícolas e florestais,
o INTA - Instituto Nacional de Tecnología
Agropecuaria. Observem
uma grande quantidade de trabalhos e temas desenvolvidos abordando
as principais espécies de Pinus na Argentina, além de
como o INTA vem colaborando para o desenvolvimento de comunidades rurais
naquele país.
Mais
uma vez, o bambu retorna como destaque nessa edição.
O texto “O Bambu como Matéria-Prima
para Celulose e Papel” é de autoria
do nosso estimado amigo Hans
Jürgen
Kleine [autor homenageado em edição
anterior (ver em:
http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_31.html)]
e de Celso Foelkel. Os principais assuntos abordados são
o ciclo produtivo da fabricação de polpa celulósica
a partir do bambu, os principais produtos, as propriedades da polpa
produzida, os tipos
de papéis, seus benefícios, dentre outros.
Nessa
edição voltamos a apresentar a seção "Pragas
e Doenças dos Pinus" abordando uma doença de elevada
importância principalmente em viveiros e em plantações
iniciais. Ela é a conhecida “Podridão das Raízes
dos Pinus” - causada no Brasil por dois gêneros de fungos
(Cylindrocladium e Fusarium). O texto técnico apresenta os
principais sintomas dessa doença, alguns sinais dos patógenos,
além das principais formas de combate a esse importante mal.
Em outra parte da seção "Referências
Técnicas
da Literatura Virtual" continuamos a destacar
os "Grandes
Autores sobre o Pinus". Teremos nessa
edição as
realizações e a colaboração de nossa amiga
e amiga de todo o setor brasileiro de celulose e papel Beatriz
Vera Pozzi Redko. Beatriz ou Bia, como todos a conhecem, é uma
grande estudiosa das fibras celulósicas de diversas espécies
arbóreas, em especial as do gênero Pinus, que
participaram com destaque de sua vida profissional. Observem resultados
de seus
trabalhos para a otimização de processos industriais
de celulose e papel com essa e com algumas outras matérias-primas
Beatriz
Redko também nos traz um interessante texto onde nos relata
suas experiências na implantação do Pinus, em
especial Pinus caribaea var. hondurensis, no norte do Brasil. Confiram
o artigo técnico de sua autoria “Os Pinus na Amazônia
Brasileira”, na seção “Com
a Palavra os Grandes Autores sobre o Pinus...”, nessa edição.
A engenheira Beatriz aborda para nós o pioneirismo, as dificuldades
e as necessidades para o melhoramento do Pinus na região,
sua utilização para a indústria de celulose
e papel e considerações sobre o desenvolvimento regional
de outros gêneros arbóreos como o Eucalyptus e
a Gmelina.
Essa
edição também lhes traz a seção “Pinus-Links”,
com diversas sugestões para vocês aumentarem seus conhecimentos
acerca dos Pinus e demais coníferas de utilidade direta para
a sociedade.
Por
fim, temos a apresentar mais um de nossos Artigos
Técnicos,
que dessa vez lhes oferece uma revisão sobre "PAR - Pastas
Celulósicas de Alto Rendimento a partir da Madeira do Pinus”.
Conheçam quais são as principais técnicas envolvidas
na sua produção, suas vantagens e desvantagens, suas
principais propriedades e usos, além de algumas tecnologias
empregadas e resultados de trabalhos científicos que abordam
o tema, quando relacionados aos Pinus.
É muito
importante que vocês naveguem logo e façam o devido
downloading dos materiais de seu interesse nas nossas referências
de links. Muitas vezes, as instituições disponibilizam
esses valiosos materiais por curto espaço de tempo; outras
vezes, alteram o endereço de referência em seu website.
De qualquer maneira, toda vez que ao tentarem acessar um link referenciado
por nossa newsletter e ele não funcionar, sugiro que copiem
o título do artigo ou evento e o coloquem entre aspas, para
procurar o mesmo em um buscador universal como Google, Bing, Yahoo,
etc. Às vezes, a entidade que abriga a referência remodela
seu website e os endereços de URL são modificados.
Outras vezes, o material é retirado do website referenciado,
mas pode eventualmente ser localizado em algum outro endereço,
desde que buscado de forma correta.
Agradecemos em especial nosso contínuo, dedicado e, no momento, único Patrocinador:
ABTCP
- Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel - (http://www.abtcp.org.br)
e também à única empresa que continua a nos apoiar
como Apoiadora Empresarial (Norske
Skog Pisa) e aos nossos apoiadores pessoas físicas
que acreditam e estimulam esse nosso serviço de agregação
e difusão de conhecimentos acerca dos Pinus para a sociedade.
Muitíssimo obrigado a todos pela oportunidade,
incentivo e ajuda para que possamos levar ao nosso enorme público
alvo muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas
que são as dos Pinus e também sobre outras coníferas
e espécies florestais comercialmente e ecologicamente importantes
para nossa sociedade.
Esperamos e acreditamos estar contribuindo,
através
da PinusLetter, à potencialização das várias
oportunidades que as plantações florestais do gênero Pinus oferecem
ao Brasil, América Latina e Península
Ibérica, disseminando assim mais conhecimentos sobre os produtos
derivados dos Pinus para a sociedade e incentivando a preservação
dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.
Um forte
abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
Referências
Técnicas da Literatura Virtual -
Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria
(INTA) - Argentina
Bambu – Matéria-Prima
para a Fabricação de Celulose e Papel -
por Hans Jürgen Kleine & Celso Foelkel
Pragas
e Doenças dos Pinus -
Podridão das Raízes dos Pinus
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores
sobre o Pinus -
Engenheira Química M.Sc. Beatriz Vera Pozzi Redko
Com
a Palavra os Grandes Autores sobre o Pinus...
Os Pinus na Amazônia Brasileira -
por Beatriz Vera Pozzi Redko
Pinus-Links
Artigo
Técnico por Ester Foelkel
PAR
- Pastas Celulósicas de Alto Rendimento a partir
da Madeira do Pinus
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Instituto
Nacional de Tecnología Agropecuaria (INTA) - Argentina
O Instituto
Nacional de Tecnología
Agropecuaria, conhecido popularmente como INTA, é uma
agência de difusão de tecnologia e conhecimentos
criada pelo governo argentino desde dezembro de 1956. Atualmente,
pertence ao Ministério da Agricultura, Pecuária
e Pesca da Nação Argentina; por isso, suas unidades
podem ser encontradas em praticamente todo o território
daquele país. Elas são consideradas hoje como descentralizadas,
o que não ocorria nos primeiros 10 anos da existência
do instituto. Desde seu início, o INTA tem como principal
missão o desenvolvimento de novas tecnologias para todas
as cadeias produtivas de valor econômico do país
através da pesquisa, em busca de desenvolver novos produtos
de alta qualidade e competitividade sem esquecer no desenvolvimento
econômico sustentável rural e social. O instituto
também sempre apresentou forte sistema de extensão
rural e industrial, levando conhecimentos e tecnologias até produtores
rurais e indústrias. À partir dos anos 60’s,
a Argentina sofreu uma forte mudança em suas principais
commodities e meios de produção, Com isso, o INTA,
para se adaptar às novas condições no país,
passou a se descentralizar. Nos anos 60/80, a integração
com setores governamentais permitiu a criação de
programas e projetos, buscando atender e cooperar com pequenos
e médios produtores rurais. Na mesma época, houve
os primeiros incentivos para desenvolver tecnologias e extensão
para geração de alimentos para populações
mais carentes.
Atualmente, o INTA conta com uma sede central, 15 centros regionais,
5 centros de pesquisa, 50 estações experimentais
e mais de 300 unidades de extensão. Tudo isso presente
nas cinco eco-regiões argentinas (Nordeste, Noroeste,
Cuyo, Pampas e Patagônia). Cada instituto de pesquisa e/ou
unidade de extensão é capaz de decidir as principais
prioridades da região onde atua, destinado seus principais
esforços para a solução dos problemas regionais.
Por
todas as suas atividades e importância, ao longo de
sua existência, a instituição tem seu valor
reconhecido pela comunidade, principalmente por ser, durante
muito tempo, praticamente o único órgão
de aceleração do crescimento e melhoramento da
qualidade de vida de comunidades rurais.
O trabalho do INTA tem trazido inúmeros benefícios
ao setor comercial regional e internacional da Argentina, também
através da elevação da agregação
de valor de produtos no mercado. Isso é possível
por estratégias visando a resultados em longo prazo estabelecidos
em seus Planos Estratégicos Institucionais (PEI).
Em 1993, dois grupos de trabalho privados foram criados pelo
INTA (INTEA S. A. e Fundação ArgenINTA), com o
intuito de facilitar a interação com produtores,
indústrias e outras associações correlacionadas.
O último grupo é uma organização
sem fins lucrativos que visa a promover melhorias na comunicação
através da difusão do conhecimento gerado pelo
INTA, realizando atividades científicas e também
auxiliando na criação de associações
entre os principais beneficiados. Já o INTEA S. A. (Agrícola
Inovações Tecnológicas) é um difusor
de conhecimento, conhecido como unidade de suporte do INTA, onde
empresas do setor agrário e afins podem buscar recursos,
informações e assistência para sua melhor
competitividade no mercado comercial.
No website geral do INTA há diversas informações
disponíveis a todos que desejam conhecer mais a respeito
dos mais variados temas de atuação do instituto
na Argentina, dentre os quais destacam-se para a produção
vegetal: agricultura extensiva, agricultura intensiva, fertilizantes
e agrotóxicos, produção orgânica,
flores e plantas, fitossanidade e florestas. No caso das florestas,
há à disposição dos interessados
uma grande quantidade de artigos, resumos e textos técnicos
que ressaltam aspectos importantes das principais essências
arbóreas do país. Isso inclui os Pinus, os quais
também passaram a ser plantados em diversas regiões,
a fim de suprir a demanda madeireira, principalmente por apresentarem
rápido crescimento. Em função da descentralização
e dos atendimentos das necessidades regionais de cada unidade,
as estações experimentais do INTA em algumas regiões
florestais argentinas são bastante dedicadas à investigação
científica e extensão florestal. É o caso
das unidades localizadas nas regiões de Concórdia,
Misiones, Corrientes, Entre Rios, Patagônia, etc.
Observem logo a seguir alguns trabalhos desenvolvidos por pesquisadores
das unidades experimentais do INTA que desenvolvem estudos
com florestas e seus principais produtos. Disponibilizamos
nessa
seleção cerca 30 resultados de pesquisas envolvendo
o Pinus, outras coníferas e temas florestais mais genéricos.
Outros temas, não menos importantes, e estudados pelo
INTA abordam novas tecnologias (bioenergia, biotecnologia, agregação
de valor, inovação e máquinas agrícolas),
meio ambiente, desenvolvimento econômico, social, entre
outros. Dessa forma, há muitas outras informações
que podem ser acessadas no website do INTA. Recomendamos que
visitem e naveguem nossas indicações abaixo,
em especial naquelas relacionadas ao setor de base florestal:
http://inta.gob.ar/ (Home)
http://inta.gob.ar/forestales (INTA. Temas florestais)
http://inta.gob.ar/flores-y-plantas (INTA. Temas Flores e plantas)
http://inta.gob.ar/clima-y-agua (INTA. Temas água e clima)
http://inta.gob.ar/ecologia (INTA. Temas ecologia)
http://inta.gob.ar/proyectos/pnfor (Projetos florestais)
http://inta.gob.ar/sobre-el-inta/historia (Histórico do
INTA)
http://inta.gob.ar/sobre-el-inta/investigacion-y-desarrollo-tecnologico (Programas de desenvolvimento e pesquisa)
http://inta.gob.ar/mapa (Mapa das unidades)
http://inta.gob.ar/unidades/estaciones-experimentales (Estações
experimentais)
http://inta.gob.ar/unidades/institutos (Institutos de investigação
tecnológica)
http://inta.gob.ar/unidades/633000/sobre-633000 (Estación
Experimental Agropecuaria Concordia – com interesantes
documentos disponíveis sobre custos florestais. Essa estação
experimental também organiza o tradicional evento “Jornadas
Forestales de Entre Rios”)
http://inta.gob.ar/unidades/422000/ (Estación Experimental
Agropecuaria Montecarlo)
http://inta.gob.ar/menu/publicaciones (Publicações
do INTA)
http://inta.gob.ar/search?advanced_search=True&subType:list=articulo&subType%3Alist=
paper&subType%3Alist=articuloconreferato&subType%3Alist=Capitulodelibro&subType%3Alist=
Libro%20&subType%3Alist=cartillaoficha&subType%3Alist=informe&subType%3Alist=
manual&subType%3Alist=presentacion%20&subType%3Alist=protocoloonormativa&subType
%3Alist=Revista&subType%3Alist=tesis&subType%3Alist=formulario (Documentos do INTA)
http://ria.inta.gov.ar/ (Revista de Investigaciones Agropecuarias)
http://anterior.inta.gob.ar/f/?url=http://anterior.inta.gob.ar/CONCORDIA/ins/boletines.htm (Boletin “Novedades Forestales” criação
de nosso estimado e competente amigo Martin Sanchez Acosta)
http://inta.gob.ar/search?advanced_search=True&inta_searchable_type%3Aignore_empty= & SearchableText%3Aignore_empty=Pinus (INTA Produções: Busca nos websites do INTA por
Pinus)
http://inta.gob.ar/search?advanced_search=True&SearchableText%3Aignore_empty=
Araucaria&topics%3Aignore_empty=&organizationUnit%3Aignore_empty=&organizationUnit
_label%3Aignore_empty=&project=&project_label=&Subject=&Subject_label%3Aignore_
empty=&authors%3Aignore_empty=&authors_label%3Aignore_empty=&countries_
hidden=&countries%3Aignore_empty=&provinces_hidden=&cities_hidden= (INTA Produções: Busca nos websites do INTA por
Araucaria)
Seleção
de artigos e publicações
do INTA relacionadas ao Pinus e outras espécies florestais
de valor econômico e social
Como é de se esperar, a maioria das publicações
está redigida no idioma espanhol e eventualmente algum texto ou
resumo pode estar em Inglês ou Português.
Funciones de perfil de fuste para Pinus radiata D. Don. A. M. Lupi; P.
Ferrere; R. T. Boca. XXIV Jornadas Forestales de Entre Rios. 10 pp. (2011)
http://inta.gob.ar/documentos/funciones-de-perfil-de-fuste-para-pinus-radiata-d.-don/at_multi_download/file?name=Perfil_de_Fuste.pdf
Perspectivas
de la educación ambiental para el desarrollo sustentable
en el ámbito rural y el rol del INTA. M. L. Achinelli. INTA -
Estación Experimental Agropecuaria Corrientes. Centro Regional
Corrientes. 26 pp. (2011)
http://inta.gob.ar/documentos/serie-no-1-perspectivas-de-la-educacion-ambiental-para-el-desarrollo-sustentable-en-el-ambito-rural-y-el-rol-del-inta/at_multi_download/file?name=INTA-perspectivas-educacion-ambiental.pdf
Regeneración natural de especies mixtas en Presidencias de la
Plaza, Chaco. P. Delvalle; M. A. Atanasio; L. A. Monicault. INTA - E.
E. A. Colonia Benítez. 07 pp. (2011)
http://inta.gob.ar/documentos/regeneracion-natural-de-especies-mixtas-en-presidencias-de-la-plaza-chaco/
e
http://inta.gob.ar/documentos/regeneracion-natural-de-especies-mixtas-en-presidencias-de-la-plaza-chaco/at_multi_download/file?name=INTA_Regeneración
natural de especies mixtas .pdf
Intensidad de raleo en plantaciones de Pinus
taeda L. y sus efectos sobre la conservación de N, K,
Ca y Mg en el sitio. R. A. Martiarena; M. A. Pinazo; A. V. Wallis;
N. M. Pahr; O. E. Knebel; R. Fernandez. XXII
Congreso Argentino de La Ciencia del Suelo. 04 pp. (2010)
http://inta.gob.ar/documentos/intensidad-de-raleo-en-plantaciones-de-pinus-taeda-l.-y-sus-efectos-sobre-la-conservacion-de-n-k-ca-y-mg-en-el-sitio/
http://inta.gob.ar/documentos/intensidad-de-raleo-en-plantaciones-de-pinus-taeda-l.-y-sus-efectos-sobre-la-conservacion-de-n-k-ca-y-mg-en-el-sitio/at_multi_download/file?name=Intensidad_raleo_plantaciones_pinus.pdf
Silvicultura
de bosques mixtos de especies nativas y exóticas.
Edição F. Pascual. Informe Técnico INTA n° 65.
Jornada de Campo “Silvicultura de Bosques Mixtos de Especies Nativas
y Exóticas”. INTA - E. E. A Montecarlo; Danzer Forestación
S.A. 51 pp. (2010)
http://inta.gob.ar/documentos/silvicultura-de-bosques-mixtos-de-especies-nativas-y-exoticas/at_multi_download/file?name=Silvicultura_bosques_mixtos.pdf
Control biologico del pulgon del pino Cinara
atlantica Wilson por el parasitoide Xenostigmus bifasciatus en una plantacion de Pinus
taeda. P. Pietrukiewicz; E. Eskiviski. 14 ° Jornadas Técnicas Forestales
y Ambientales. INTA - E. E. A Montecarlo. (2010)
http://inta.gob.ar/documentos/control-biologico-del-pulgon-del-pino-cinara-atlantica-wilson-por-el-parasitoide-xenostigmus-bifasciatus-en-una-plantacion-de-pinus-taeda/
http://inta.gob.ar/documentos/control-biologico-del-pulgon-del-pino-cinara-atlantica-wilson-por-el-parasitoide-xenostigmus-bifasciatus-en-una-plantacion-de-pinus-taeda/at_multi_download/file?name=INTA-control-pulgon-pino.pdf
Funciones de perfil de fuste para Pinus radiata D. Don. A. M. Lupi; P.
Ferrere; R. T. Boca. XXIV Jornadas Forestales de Entre Rios. 10 pp. (2010)
http://inta.gob.ar/documentos/funciones-de-perfil-de-fuste-para-pinus-radiata-d.-don/at_multi_download/file?name=Perfil_de_Fuste.pdf
Variación del área foliar específica en Pinus
elliottii var. elliottii Engelm. X Pinus caribaea var. hondurensis Morelet. y su
extrapolación al cálculo del área foliar proyectada. M. D. Vega; M. Pinazo; S. Barth. 14° Jornadas Técnicas Forestales
y Ambientales. INTA - E. E. A. Montecarlo. (2010)
http://inta.gob.ar/documentos/concentracion-foliar-de-nutrientes-en-plantaciones-de-diferentes-edades-de-pinus-taeda-l.-en-el-norte-de-misiones-argentina-2/at_multi_download/file?name=042141_2
Goya_NutrientesPtaeda.pdf
http://inta.gob.ar/documentos/variacion-del-area-foliar-especifica-en-pinus-elliottii-var.-elliotti-engelm.-x-pinus-caribaea-var-hondurensis-morelet-y-su-extrapolacion-al-calculo-del-area-foliar-proyectada/
Resumo: Características de las trozas de Eucalyptus grandis (W.
Hill ex Maiden) y su relación con el rendimiento de aserrado. C. A. Mastrandrea; S. Alberti. E. E. A. Montecarlo. XIII Congreso Forestal
Mundial. 03 pp. (2009)
http://inta.gob.ar/documentos/caracteristicas-de-las-trozas-de-eucalyptus-grandis-w.-hill-ex-maiden-y-su-relacion-con-el-rendimiento-de-aserrado/
http://inta.gob.ar/documentos/caracteristicas-de-las-trozas-de-eucalyptus-grandis-w.-hill-ex-maiden-y-su-relacion-con-el-rendimiento-de-aserrado/at_multi_download/file?name=Características
de las trozas de Eucalyptus grandis.pdf
Resumo: Dinámica espacial y temporal de la deforestación
en la región Chaqueña del Noroeste Argentino en el período
1977 – 2007. J. N. Volante; J. M. Paruelo; M. C. A. M. Poclava;
L. M. Vale. XIII Congreso Forestal Mundial. 01 pp. (2009)
http://inta.gob.ar/documentos/dinamica-espacial-y-temporal-de-la-deforestacion-en-la-region-chaquena-del-noroeste-argentino-en-el-periodo-1977-2013-2007/
Evaluación económico–financiero de un sistema silvopastoril
(SSP). L. A. Monicault; P. Delvalle. INTA. 06 pp. (2009)
http://inta.gob.ar/documentos/evaluacion-economico2013financiero-de-un-sistema-silvopastoril-ssp/at_multi_download/file?name=INTA-
Evaluación Económico–Financiero de un Sist.pdf
http://inta.gob.ar/documentos/evaluacion-economico2013financiero-de-un-sistema-silvopastoril-ssp/
http://inta.gob.ar/documentos/evaluacion-economico2013financiero-de-un-sistema-silvopastoril-ssp/at_multi_download/file?name=INTA-
Evaluación Económico–Financiero de un Sist.pdf
Análisis de opinión pública sobre conservación
y uso de los bosques y política forestal en la provincia de Santiago
del Estero. J. M. Navall. INTA - E. E. A. Santiago del Estero. 06 pp.
(2009)
http://inta.gob.ar/documentos/analisis-de-opinion-publica-sobre-conservacion-y-uso-de-los-bosques-y-politica-forestal-en-la-provincia-de-santiago-del-estero/
http://inta.gob.ar/documentos/analisis-de-opinion-publica-sobre-conservacion-y-uso-de-los-bosques-y-politica-forestal-en-la-provincia-de-santiago-del-estero/at_multi_download/file?name=INTA-Encuesta
sobre cumplimiento de leyes forestales.pdf
Manejo integrado de plagas forestales. Liebres y conejos como
plagas de plantaciones forestales. N. Antonio Bonino. INTA. 13 pp. (2009)
http://inta.gob.ar/documentos/liebres-y-conejos-como-plagas-de-plantaciones-forestales/
Plan
tecnológico regional 2009–2011. J. L. Russo. Centro Regional Corrientes. INTA. 51 pp. (2009)
http://inta.gob.ar/documentos/plan-tecnologico-regional-200920132011/
http://inta.gob.ar/documentos/plan-tecnologico-regional-200920132011/at_multi_download/file?name=Plan
Tecnológico Regional 2009 - 2011 Centro Regional Corrientes.pdf
Zonas agroeconómicas homogéneas. Corrientes. Descripción
ambiental, socioeconómica y productiva. F. A. Acosta; C. E. Richieri;
L. I. Gimenez; M. Calvi. INTA - Instituto Nacional de Tecnología
Agropecuaria. 75 pp. (2009)
http://inta.gob.ar/documentos/zonas-agroeconomicas-homogeneas.-corrientes.-descripcion-ambiental-socioeconomica-y-productiva/at_multi_download/file?name=INTA-Zonas-agroeconomicas-homogeneas-corrientes.pdf
Acumulación de biomasa y producción de madera de
calidad de Pinus taeda: dos objetivos que imponen la silvicultura
y los regímenes
silvopastoriles actuales. H. E. Fassola; E. H. Crechi; M. A. Pinazo;
D. Videla; A. E. Keller; S. Barth. 11° Congreso Nacional de Sistemas
Silvopastoriles. 10 pp. (2009)
http://inta.gob.ar/documentos/acumulacion-de-biomasa-y-produccion-de-madera-de-calidad-de-pinus-taeda-dos-objetivos-que-imponen-la-silvicultura-y-los-regimenes-silvopastoriles-actuales/
http://inta.gob.ar/documentos/acumulacion-de-biomasa-y-produccion-de-madera-de-calidad-de-pinus-taeda-dos-objetivos-que-imponen-la-silvicultura-y-los-regimenes-silvopastoriles-actuales/at_multi_download/file?name=INTA-Biomasa-y-produccion-Pinus.pdf
Memoria anual 2008. INTA - E. E. A. Esquel. 137 pp. (2008)
http://inta.gob.ar/documentos/memoria-anual-2008-eea-esquel/at_multi_download/file?name=memorianual08.pdf
Concentración foliar de nutrientes en plantaciones de diferentes
edades de Pinus taeda L. en el norte de Misiones, Argentina. J. F. Goya;
C. A. Pérez; R. Fernández. XIII Jornadas Técnicas
Forestales y Ambientales. INTA - E. E. A. Montecarlo. 07 pp. (2008)
http://inta.gob.ar/documentos/concentracion-foliar-de-nutrientes-en-plantaciones-de-diferentes-edades-de-pinus-taeda-l.-en-el-norte-de-misiones-argentina-2/
http://inta.gob.ar/documentos/concentracion-foliar-de-nutrientes-en-plantaciones-de-diferentes-edades-de-pinus-taeda-l.-en-el-norte-de-misiones-argentina-2/at_multi_download/file?name=042141_2
Goya_NutrientesPtaeda.pdf
Descomposición de raíces
de Pinus
taeda L. bajo sistema
silvopastoril en la provincia de Misiones, Argentina. M. A. Pinazo; O.
E. Knebel. XIII Jornadas Técnicas Forestales y Ambientales. 08
pp. (2008)
http://inta.gob.ar/documentos/descomposicion-de-raices-de-pinus-taeda-l.-bajo-sistema-silvopastoril-en-la-provincia-de-misiones-argentina/
http://inta.gob.ar/documentos/descomposicion-de-raices-de-pinus-taeda-l.-bajo-sistema-silvopastoril-en-la-provincia-de-misiones-argentina/at_multi_download/file?name=Raices_Pinus_taeda.pdf
Crecimiento al 7° año de Pinus taeda L. provenientes
de distintas fuentes semilleras comerciales en el NO de Misiones. E. Belaber; G. H.
Rodriguez. XIII Jornadas Técnicas Forestales y Ambientales. 07
pp. (2008)
http://inta.gob.ar/documentos/crecimiento-al-7b0-ano-de-pinus-taeda-l.-provenientes-de-distintas-fuentes-semilleras-comerciales-en-el-no-de-misiones/
http://inta.gob.ar/documentos/crecimiento-al-7b0-ano-de-pinus-taeda-l.-provenientes-de-distintas-fuentes-semilleras-comerciales-en-el-no-de-misiones/at_multi_download/file?name=Crecimiento_7_Ptaeda_Belaber.pdf
Precios forestales. INTA - Zona NE de Entre Ríos. 01 pp. (2008)
http://inta.gob.ar/documentos/precios-forestales-1/
http://inta.gob.ar/documentos/precios-forestales-1/at_multi_download/file?name=Planilla
de precios forestales 2008-12-19.pdf
Estudio preliminar del rendimiento en
el aserrado de rollizos de rodales de Pinus taeda L. con distintos
regímenes silvícolas. H.
E. Fassola; E. H. Crechi; A. E. Keller; D. Videla. XIII Jornadas Técnicas
Forestales y Ambientales. 11 pp. (2008)
http://inta.gob.ar/documentos/estudio-preliminar-del-rendimiento-en-el-aserrado-de-rollizos-de-rodales-de-pinus-taeda-l.-con-distintos-regimenes-silvicolas/
http://inta.gob.ar/documentos/estudio-preliminar-del-rendimiento-en-el-aserrado-de-rollizos-de-rodales-de-pinus-taeda-l.-con-distintos-regimenes-silvicolas/at_multi_download/file?name=INTA-Rendimiento-aserrado-Pinus.pdf
Coeficientes para determinación de costos de implantación
forestal en la provincia de Misiones. L. Colcombet. INTA - Provincia
de Misiones y Noroeste de Corrientes. 34 pp. (2007)
http://inta.gob.ar/documentos/coeficientes-para-determinacion-de-costos-de-implantacion-forestal-en-la-provincia-de-misiones/
http://inta.gob.ar/documentos/coeficientes-para-determinacion-de-costos-de-implantacion-forestal-en-la-provincia-de-misiones/at_multi_download/file?name=CoefTecFtales_Texto_07NovGMar08.pdf
Perspectivas de los biocombustibles en Argentina con énfasis en
el etanol de base celulósica. R. D. Patrouilleau; C. Lacoste;
P. Yapura; M. Casanovas. INTA. 70 pp. (2006)
http://inta.gob.ar/documentos/serie-cuadernos-del-desarrollo-numero-1-perspectivas-de-los-biocombustibles-en-argentina-con-enfasis-en-el-etanol-de-base-celulosica/
http://inta.gob.ar/documentos/serie-cuadernos-del-desarrollo-numero-1-perspectivas-de-los-biocombustibles-en-argentina-con-enfasis-en-el-etanol-de-base-celulosica/at_multi_download/file?name=Serie
Cuadernos del Desarrollo - 1 - Perspectivas de los biocombustibles.pdf
Especies
forestales de alto valor. E. M. D. Castillo; C. Tarnowski.
INTA - E. E. A. Yuto. 04 pp. (2005)
http://inta.gob.ar/documentos/especies-forestales-de-alto-valor/at_multi_download/file?name=Maderas
de alto valor.pdf
Silvicultura intensiva y desarrollo sustentable con especies
valiosas en el noroeste argentino. E. M. Del Castillo; C. Tarnowski. INTA. 27
pp. (2005)
http://inta.gob.ar/documentos/silvicultura-intensiva-y-dearrollo-sustentable-con-especies-valiosas-en-el-noroeste-argentino/at_multi_download/file?name=Silvicultura
de Especies Valiosas.pdf
Caracteristicas de la comercialización de maderas nativas en Orán
y Tartagal (Salta). J. M. Minetti. INTA - E. E. A. Yuto. (2005)
http://inta.gob.ar/documentos/caracteristicas-de-la-comercializacion-de-maderas-nativas-en-oran-y-tartagal-salta/
http://inta.gob.ar/documentos/caracteristicas-de-la-comercializacion-de-maderas-nativas-en-oran-y-tartagal-salta/at_multi_download/file?name=maderas
nativas de Orán y Tartagal.pdf
Documento base del programa nacional “Forestales”. T. M.
Schlichter. INTA - Instituto Nacional de Tecnología Agropecuaria.
14 pp. (2003)
http://inta.gob.ar/documentos/documento-base-del-programa-nacional-forestales/
Estudio autoecologico en especies de maderas preciosas de la
selva subtropical del noroeste argentino. E. M. D. Castillo; M. A. Zapater; M. N. Gil;
C. J. S. Toledo. INTA- E. E. A. Yuto. 06 pp. (2001)
http://inta.gob.ar/documentos/estudio-autoecologico-en-especies-de-maderas-preciosas-de-la-selva-subtropical-del-noroeste-argentino/at_multi_download/file?name=Maderas
Preciosas.pdf
Manual para productores de eucaliptos de la Mesopotamia Argentina. L.
Carpineti; F. D. Tea; J. Glade; M. A. Marco. INTA - E. E. A. Concordia.
171 pp. (1995)
http://inta.gob.ar/documentos/manual-para-productores-de-eucaliptos-de-la-mesopotamia-argentina/at_multi_download/file?name=manual
para productores de eucaliptos de la mesopotamia.pdf
El uso de residuos de origen forestal en la generación de energía:
la visión desde el Programa de Bioenergía de INTA. J. A.
Hilbert. INTA - Instituto Ingeniería Rural. 05 pp. (s/d = sem
referencia de data)
http://inta.gob.ar/documentos/el-uso-de-residuos-de-origen-forestal-en-la-generacion-de-energia-la-vision-desde-el-programa-de-bioenergia-de-inta-1/at_multi_download/file?name=residuos_forestal.pdf
Bambu – Matéria-Prima
para a Fabricação de Celulose e Papel
por
Hans Jürgen Kleine & Celso Foelkel
Há centenas de anos, os bambus vêm participando
do processo de fabricação do papel. Existem dezenas de
espécies, desde os bambus gigantes até as simples e delicadas
taquarinhas, que têm fornecido suas fibras para a manufatura
de papel. Desde a origem do papel, em sua fase histórica inicial,
quando brotações tenras de alguns vegetais eram desfibradas
para individualização das fibras papeleiras, as singelas
taquaras ofereciam suas células para essa manufatura. Portanto,
alguns vegetais como bambu, taquaras e papiro encontram-se entre as
matérias-primas pioneiras desse tipo de indústria.
Apesar da excelente qualidade da celulose produzida a partir de muitas
espécies de bambu, poucos países atualmente têm
reservas naturais ou plantios de bambu suficientemente grandes para
sustentar a produção de fábricas de papel. Entre
os países produtores, apenas a Índia e a China podem
ser classificados como grandes produtores de pastas celulósicas
de bambu. Além destes, há também produtores bem
mais modestos como Myanmar, Vietnam e Brasil.
Um razoável número de espécies de bambus apresenta
rendimentos agrícolas elevados, na faixa de 10 a 30 toneladas
secas de colmos/ha.ano. O ciclo da cultura é bastante curto
- já entre três e cinco anos após o plantio, os
bambuzais estão em condições de sofrer a primeira
colheita destinada a fabricar celulose. São, portanto, excelentes
os potenciais econômicos, se calculados em termos de retorno
dos investimentos nas plantações.
O bambu não é árvore, mas ele também forma
maciços florestais, chamados de bambuzais, que se renovam pela
brotação de novos colmos a partir dos rizomas subterrâneos.
A brotação ocorre uma vez por ano, sempre na mesma época.
Em cada moita chegam a nascer dez novos colmos por ano, desde que encontrem
espaço, luz e nutrientes suficientes. Os colmos do bambu não
têm casca e são geralmente ocos, sendo constituídos
por tecido lenhoso em formato cilíndrico segmentado, formando
nós e entrenós. Na parte superior dos colmos forma-se
a copa, composta por ramos laterais, que sustentam a folhagem. Ao contrário
das árvores, os colmos já nascem praticamente com o seu
diâmetro definitivo, isto é, não engrossam com
o tempo.
Embora o bambuzal seja permanente, devido ao surgimento de novos brotos
a cada ano, a vida de cada colmo individual dura no máximo dez
anos. Ao longo de sua vida, o colmo passa por importantes transformações.
Após o segundo ano, aumenta a formação de amido,
que se deposita nos vasos condutores da seiva. Ele serve de reserva
energética para o bambuzal, mas diminui o rendimento em celulose.
Por outro lado, isso potencializa a criação de agregados
industriais do tipo biorrefinarias a partir da cultura do bambu, com
produção simultânea de celulose e/ou papel e amido/álcool.
Colmos com idade superior a seis anos começam a perder gradativamente
a capacidade de circulação da seiva, em função
do entupimento dos vasos com depósitos de sais insolúveis,
resinas, sílica e amido. O tecido lenhoso se torna muito duro,
quebradiço e desidratado, causando finalmente a morte do colmo.
Considerando que o teor de celulose não aumenta significativamente
após o segundo ano, esta é a idade ideal de corte para
o produtor de celulose.
Para a produção de celulose e papel em regiões
de clima tropical, os colmos são colhidos geralmente a cada
dois anos, pelo método do corte raso. Os colmos cortados permanecem
no campo por duas ou três semanas, até perderem todas
as folhas e uma parte de sua umidade. Um picador móvel então
corta os colmos e os ramos desfolhados em cavacos, que serão
classificados por peneiras vibratórias somente depois de serem
transportados em caminhões até as fábricas. Os
cavacos menores podem ser usados como combustível para a geração
de vapor e de energia elétrica, enquanto que os cavacos maiores
são convertidos em celulose e papel. Eles são compostos
por celulose, hemiceluloses e lignina, quase nas mesmas proporções
que os cavacos de madeira de árvores. A umidade dos colmos na
colheita também é semelhante à da madeira, em
torno de 50 a 60%. Porém, o teor de sílica é maior
do que o da madeira, causando maior desgaste nos equipamentos de corte,
durante a colheita e também nas lâminas dos picadores
e dos refinadores. Além disso, a sílica tende a se acumular
no processo de fabricação da celulose, especificamente
dentro do ciclo de recuperação dos produtos químicos,
o que pode ser facilmente controlado através de uma maior purga
(para venda) de lama de cal do sistema, em comparação
ao que é usualmente praticado nas fábricas de celulose
de madeira.
Os valores numéricos aproximados da composição
química dos cavacos de bambu, base peso seco dos colmos, com
dois a três anos de idade, são:
• teor de celulose: entre 40 a 50%;
• teor de hemiceluloses: entre 20 a 25%;
• teor de pentosanas (pentoses nas hemiceluloses): entre 15 a 20%;
•
teor de lignina: entre 17 a 24% de lignina insolúvel em ácido
e 1 a 1,5% de lignina solúvel;
• teor de cinzas: entre 1 a 2%;
•
teor de sílica: entre 0,5 a 1,5%;
• teor de extrativos em etanol/tolueno: entre 3 a 5%;
• teor de extrativos em diclorometano: entre 0,3 a 0,8%;
•
teor de extrativos em água quente: entre 7 a 15%.
A grande vantagem das polpas celulósicas de bambu está exatamente
na qualidade de suas fibras, que possuem paredes rígidas e resistentes,
com elevada fração parede (entre 60 a 70%). Os papéis
com elas produzidos são especiais para fabricação
de sacos de embalagem, em especial para embalar cimento e produtos
químicos em pó. Isso porque são excepcionalmente
resistentes ao rasgo e produzem folhas de boa porosidade e volume específico
aparente. Também respondem bem ao refino da massa, desenvolvendo
resistências sem perder a rigidez das fibras. Em função
dessa mesma rigidez das fibras, as propriedades dependentes das ligações
entre fibras são influenciadas para menos, tais como as resistências à tração,
estouro e elongação.
Encontram-se bambus com ampla gama de variação nas dimensões
de suas fibras, mas em geral elas são intermediárias
em seu comprimento entre as fibras de madeiras de folhosas e as de
coníferas. Uma interessante propriedade é a alta "coarseness",
entre 8 a 20 mg/100m, sendo essa ampla faixa devido às diferentes
espécies disponíveis.
Outras características importantes das fibras celulósicas
de bambu são:
• Comprimento médio
de fibra: 1,6 a 3,5 mm;
•
Largura média da fibra: 15 a 20 micrômetros;
•
Espessura média da parede celular: 4 a 8 micrômetros;
• Teor de finos: entre 1 a 3%.
Enfim, as fibras dos bambus são conhecidas por suas características
papeleiras. Não há como negar que são excelentes
para diversas finalidades nessa indústria. A celulose kraft
de bambu também pode ser deslignificada com oxigênio e
branqueada a excelentes qualidades, sendo portanto apta também
para a produção de papéis brancos, até mesmo
para venda como polpa branqueada de mercado.
Entretanto, o grande potencial está na combinação
de suas propriedades com as de outras fibras celulósicas, nas
receitas de inúmeros tipos de papéis que exigem resistências
e porosidade. Existem muitos estudos mostrando essa viabilidade de
uso da polpa de bambu como uma especialidade para "mix" de
fibras e polpas celulósicas.
Diversas fábricas brasileiras de pequeno a médio porte
já tiveram no passado, ou têm atualmente, sucesso no uso
das fibras celulósicas de bambu, em diversos estados brasileiros,
como Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia e Maranhão. Entre
os tipos de papéis se destacam os papéis kraft para embalagem,
sem branqueamento, como papéis naturais para sacos, papéis
para embalar em bobinas e formatos, capas de papelão ondulado
e papéis micro-crepados para sacos multifoliados.
A seguir, os autores apresentam referências de literatura sobre
o bambu, complementares às que já foram apresentadas
na PinusLetter nº 31 (http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_31.html),
quando tivemos uma edição com muitas informações
sobre os bambus e seu potencial e aptidões celulósico-papeleiras.
Bambu para toda obra. T. Santi. Revista O Papel (Abril): 22 – 34. (2015)
https://www.eucalyptus.com.br/artigos/2015_Bambu+Celulose+Papel+Cultivo.pdf
Arquivos
do website Bambu Brasileiro Acesso em 15.12.2011:
http://www.bambubrasileiro.com/arquivos/
João Santos investe US$ 20 mi. Notícias do SINAP - Sindicato
Nacional dos Papeleiros. Acesso em 15.12.2011:
http://www.sinap.org.br/template_S.php?id=762
Celulose de bambu: uma commodity em potencial. H. J. Kleine. PinusLetter
nº 31. (2011)
http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_31.html#tres
O bambu: características gerais, usos e manejo. E. Foelkel.
PinusLetter nº 31. (2011)
http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_31.html#um
Uma coletânea de referências técnicas sobre o bambu
como matéria-prima para a fabricação de celulose
e papel. C. Foelkel; E. Foelkel. PinusLetter nº 31. (2011)
http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_31.html#dois
Produção de celulose de bambu pela empresa Itapagé. Vídeos Youtube. Canal . SeaAgainTV. 7,54 min. (2007). Acesso
em 16.09.2011
http://www.youtube.com/watch?v=ieMwC4LGfu8
Apostilas de cursos e palestras sobre o bambu. C. Melo. Acesso em 16.12.2011:
http://sites.google.com/site/instrumentosdebambu/cursos/apostilas
Produção e caracterização de polpa organossolve
de bambu para reforço de matrizes cimentícias. V. C.
Correia. Dissertação de Mestrado. USP – Universidade
de São Paulo. 119 pp. (2011)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/
74131/tde-11052011-145742/publico/ME6723421.pdf
Avaliação dos processos de polpação soda
antraquinona e bissulfito-base magnésio para bambu. M. A. V.
Fernandéz. Dissertação de Mestrado. ESALQ/USP
- Universidade de São Paulo. 91 pp. (2010)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/
tde-03082010-084832/publico/Miguel_Fernandez.pdf
Rede brasileira do bambu. Anais do I Seminário Nacional do Bambu.
198 pp. (2006)
http://www.redebrasileiradobambu.com.br/arquivos/Anais%
202006%20edi%C3%A7%C3%A3o%202%20corre%C3%A7%C3%A3o%203.pdf
Usos do bambu. Uma fibra excepcional. H. J. Kleine. Bambu SC. (2005)
http://bambusc.org.br/?page_id=106&lang=pt-br
Desenvolvimento da cadeia produtiva do bambu: uma oportunidade
para empreender. E. G. Fialho; J. Tonholo; A. Luiz P. Silva. ALTEC 2005 – XI
Seminário Latino-Iberoamericano de Gestión Tecnológica.
10 pp. (2005)
http://www.redetec.org.br/publique/media/
cadeia%20produtiva%20de%20bambu.pdf
Bambus como recurso florestal. Suas aplicações, manejo,
silvicultura, propagação, entomologia e a situação
no DF. S. M. S. Matos Jr. Monografia de Conclusão de Curso.
UnB – Universidade de Brasília. 50 pp. (2004)
http://www.bambubrasileiro.com/arquivos/Bambus%20
Recurso%20Florestal%20DF%20-%20Sergio%20Safe%202004.pdf
Misturas de polpas brasileiras com o eucalipto. V. Sacon; S. Menochelli;
E. Ratnieks. O Papel (Junho): 49-54. (1995)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
07-%20misturas%20de%20polpas%20com%20o%20eucalipto.pdf
Sacarificação da serragem de bambu visando ao estabelecimento
de um método de determinação de amido. A. Azzini;
M. C. Q. Arruda. Bragantia 45(1): 15-22. (1986)
http://www.scielo.br/pdf/brag/v45n1/02.pdf
Ecodesign: potencialidades do bambu. F. M. Régis. Monografia
de Conclusão de Curso. Universidade de Salvador. 75 pp. (2004)
http://www.permear.org.br/pastas/documentos/
permacultor4/Ecodesign_Fred_Regis.pdf
Processo para produzir polpa de alta qualidade a partir de
bambu e processo para produzir etanol a partir de bambu. J. B. P. Santos; E.
J. Villavicencio. Patentes online. (1993)
http://www.patentesonline.com.br/processo-para-produzir-
polpa-de-alta-qualidade-a-partir-de-bambu-e-processo-para-67376.html
Produção conjunta de fibras celulósicas e etanol
a partir do bambu. A. Azzini; M. C. Q. Arruda; D. Ciaramello; A. L.
B. Salgado; M. Tomazello Filho. Bragantia 46(1): 17-25. (1987)
http://www.scielo.br/pdf/brag/v46n1/03.pdf
Bambu como matéria-prima para papel. IV - Estudos sobre o emprego
de cinco espécies de Bambusa, na produção de celulose
sulfato. A. Azzini; D. Ciaramello. Bragantia 30(2): 305-319. (1971)
http://www.scielo.br/pdf/brag/v30n2/15.pdf
Pragas
e Doenças dos Pinus
Nessa edição, voltamos a abordar as "Pragas
e Doenças dos Pinus". Esta seção destaca
alguns dos principais problemas fitossanitários desse tipo de
plantação florestal, desde o setor de viveiros até a
madeira final. Com ela, pretendemos oferecer muitas informações
e conhecimentos a respeito da biologia, sintomatologia, métodos
de controle e pesquisas realizadas sobre insetos e moléstias
de relevância para o gênero Pinus no Brasil e no mundo.
Nessa edição estamos apresentando a vocês uma das
principais doenças de coníferas e que acomete também
as plantas do gênero Pinus:
Podridão das Raízes dos
Pinus
A podridão da raiz é uma doença
encontrada principalmente na fase jovem de muitas essências arbóreas.
Com a crescente demanda por madeira e o aumento de áreas plantadas
com espécies de rápido crescimento, tais como as dos
Pinus, a doença ganhou destaque, podendo causar prejuízos
em viveiros e em plantios recentes do gênero (Grigoletti Júnior
et al., 2010).
Segundo Auer e colaboradores (2005), esse mal já foi registrado
em Pinus no Brasil, principalmente nos estados do Paraná, São
Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e Goiás; todavia,
também pode acometer o pinheiro do Paraná, e já há registros
de mudas doentes de Araucaria no Paraná e em São Paulo.
Há dois agentes causais que podem levar à podridão
de raízes em coníferas: fungos dos gêneros Cylindrocladium (Calonectria)
e Fusarium. Os mesmos autores ressaltaram que plantas
a partir de um ano de idade, transplantadas a campo, são mais
suscetíveis à doença. As mudas de Pinus caribaea var. hondurensis,
P. caribaea var. caribaea, Pinus taeda, Pinus patula
e Pinus elliottii são consideradas seus principais hospedeiros.
Há ainda espécies de angiospermas que sofrem ação
desses fungos como Eucalyptus, Acacia, e ainda diversas frutíferas
de importância comercial (Auer et al., 2005; Crous et al., 1991;
Krugner, s/d).
De acordo com Auer et al. (2001), mudas de P. caribaea var. hondurensis
e Pinus oocarpa foram observadas com podridão de raízes
em 1997 em São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e
Paraná. O agente causal identificado foi C. clavatum. Essa espécie é considerada
um parasita facultativo, podendo existir naturalmente nos solos do
Brasil. Sua dispersão nos viveiros é considerada lenta.
Os patógenos podem infectar raízes tenras de Pinus logo
após a diferenciação dos tecidos da muda, ou seja,
aos dois meses de vida. Contudo, os sintomas somente são visíveis
após o primeiro ano do indivíduo, quando grande parte
de suas raízes já se encontra danificada.
Os principais sintomas são manchas escuras e necrosadas nas
raízes finas, local de preferência de ataque. Já em
raízes mais desenvolvidas, a colonização e destruição
dos tecidos ocorrem em grande parte na zona próxima à casca.
Quando a necrose alcança toda a circunferência radicular,
ocorre o seu estrangulamento, cessando a translocação
de água e nutrientes para a parte aérea da planta. Por
essa razão, sintomas reflexos podem ser observados na parte
aérea das mudas contaminadas. Inicia-se o amarelecimento geral
das acículas do indivíduo. Quando esse sintoma é observado,
não há mais o que ser feito pela planta, pois grande
parte do seu sistema radicular já se encontra comprometido.
Nos meses posteriores, ocorre a murcha das folhas (no sentido de baixo
para cima) e; enfim, a copa torna-se marrom acinzentada, havendo em
seguida a morte da planta (Auer et al., 2010; Auer et al., 2005; Buschena
et al., 1995). A seguir, as acículas passam a cair, não
ficando mais fixas no indivíduo morto.
No campo, o fungo pode acometer indivíduos de forma isolada
e esparsa ou em reboleiras, onde há várias plantas infectadas
com estádios de colonização do fungo bastante
variados (Auer et al., 2001). Após a colonização
superficial da casca de raízes grandes por fungos do gênero
Cylindrocladium, além do seu escurecimento na parte superficial,
pode ocorrer a exsudação intensa de resina, causando
o encharcamento dos tecidos e posteriormente aparecendo a podridão
(Krugner, s/d).
A elevada umidade presente em muitos
viveiros é um dos principais
fatores de predisposição à doença, seguido
pela elevada densidade de mudas, enovelamento e ferimento de raízes
(Auer et al., 2001). O transporte de solos contaminados com o inóculo
do patógeno também contribui para a sua disseminação
(Auer et al., 2001). Os mesmo sintomas e fatores predisponentes podem
ser observados para podridões de raízes causadas pelo
fungo do gênero Fusarium.
As medidas de controle de ambos os
agentes causais da podridão
de raízes dos Pinus são semelhantes (Auer et al., 2005).
Uma das técnicas mais eficazes para a diminuição
do inóculo inicial em áreas de viveiros ou a campo é a
remoção de galhos, troncos e raízes no preparo
do terreno. A desinfestação profilática do substrato
através da solarização também se faz muito
importante, bem como a realização de manejo correto das
mudas. Realizar irrigação, adubação e efetuar
o plantio de acordo com o recomendado para cada espécie são
medidas silviculturais importantes. Outras medidas relevantes para
a supressão da doença são: evitar o estresse das
plantas, realizando plantios em espaçamentos e épocas
indicadas e tentar impedir ao máximo possível enovelamentos
e ferimentos (ESALQ, 2012; Auer et al.; 2001).
Mudas contaminadas em viveiros não devem ser transplantadas
a campo, pois podem aumentar a fonte de inóculo na área
e gerar a contaminação de outras mudas sadias. Auer e
colaboradores (2001) afirmaram que é possível a recuperação
de mudas infestadas com tratos culturais adequados, bem como com a
utilização de fungicidas registrados pelo MAPA (Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) para os Pinus. Porém,
ainda existem poucos estudos sobre o assunto no Brasil. Há ainda
desconhecimento dos reais agentes causais da doença em diversas
regiões do país, assim como incertezas de espécies
de pinheiros mais resistentes e sobre as condições que
favorecem os patógenos.
Grigoletti Jr. et al. (2010) observaram mudas doentes de P. taeda com
sintomas de podridão de raízes provenientes de viveiros
de Irani, SC, e de São José dos Pinhais, PR, a fim de
realizar a diagnose. Primeiramente, os fungos coletados foram isolados
e criados através da técnica de microcultivo em meio
nutritivo apropriado. Posteriormente, utilizaram-se 235 mudas de P.
taeda sadias para a comprovação dos sintomas pelo postulado
de Kock. Partes das mudas foram inoculadas com a colônia do fungo
mais abundante através de substratos contaminados ou por imersão
de raízes em solução com conídios. Demorou
10 dias para o surgimento das primeiras colônias do fungo nas
mudas, com redução no crescimento, descoloração
das acículas, seguido de murcha e encurvamento. Micélios
esbranquiçados no colo e nas raízes das mudas também
foram presenciados. Dessa forma, com o re-isolamento dos fungos e sua
identificação em laboratório encontraram-se fungos
do gênero Fusarium como agente causal, onde a espécie
mais semelhante aparentemente foi Fusarium subglutinans (Wollenw & Reinking).
Outros estudos já haviam encontrado distintas espécies
do fungo presentes em sementes em diversas espécies de Pinus; contudo, Homechin e colaboradores, citados por Grigoletti Jr. et al.
(2010), apenas comprovaram a capacidade de Fusarium oxysporum em causar
a podridão nas raízes. Dessa forma, além de encontrar
outra possível espécie desse fungo capaz de gerar podridões
no sistema radicular, os autores também ressaltaram a importância
da disseminação do inóculo por sementes contaminadas.
Fato também observado em estudos conduzidos por Salerno et al.
(2003).
Seguem alguns outros resultados de pesquisas já conduzidas em
território brasileiro e em outras partes do mundo que versam
sobre a podridão das raízes de diversas espécies
de Pinus:
Ocamb et al. (1996) estudaram o desenvolvimento microbial de bactérias
da rizosfera junto com ectomicorrizas como possíveis agentes
de biocontrole às fusarioses que acometem mudas de Pinus
strobus L., incluindo-se a podridão das raízes. Estudos em casa
de vegetação, inoculando-se bactérias rizosféricas
em sementes de coníferas mostraram-se promissores, diminuindo
a severidade da podridão de raízes e aumentando os níveis
de micorrizas na rizosfera dos indivíduos em teste.
Buschena et al. (1995) apontaram que o controle biológico associado
a outras práticas culturais e à desinfestação
das sementes podem reduzir a necessidade de aplicação
de fungicidas e principalmente da esterilização de substratos
com o brometo de metila em viveiros de P. strobus de raiz nua. De acordo
com os mesmos autores, essas seriam as principais medidas de controle
para Fusarium sp., agente causal da podridão de raízes.
Greco (1991) observou a predisposição de mudas de Pinus e de Eucalyptus com sistema radicular mal formado ao ataque de Cylindrocladium sp. Para tanto, 1000 gramas de solo de florestamentos com menos de
2 anos foram coletados em Santa Catarina e no Paraná. Isolados
do fungo C. clavatum foram extremamente abundantes nas amostras, comprovando
sua ampla distribuição no solo das regiões em
estudo. Em casa de vegetação, mudas de P. taeda e de
Eucalyptus grandis com e sem deformação de raízes
foram inoculadas com as estirpes selecionadas desse fungo. Os resultados
comprovaram a predisposição de mudas debilitadas ao ataque
de C. clavantum. O autor sugere o bom manejo das plantas no viveiro
e a campo, evitando o plantio de mudas com sistema radicular enovelado
e deformado.
Homechin (1979) avaliou a suscetibilidade de mudas de P. caribaea
var. hondurensis e de P. oocarpa ao fungo causador de podridão de
raízes C. clavatum. Três povoamentos distintos das espécies
com menos de seis anos de idade foram selecionados, inoculando-se isolados
do fungo obtidos de três proveniências diferentes. As duas
espécies de pinheiro foram suscetíveis ao fungo testado,
sendo que os seus três isolados mostraram-se patogênicos.
Porém, a agressividade foi maior para o caso de mudas de Pinus com podridão de raízes. O período climático
que favoreceu a doença foi o que apresentou maiores índices
pluviométricos, aliados às altas temperaturas.
A podridão de raízes causada por Fusarium e
por Cylindrocladium é uma
das principais doenças encontradas em viveiros de Pinus. Mais
estudos deveriam ser incentivados a fim de difundir para os produtores
florestais as principais medidas de controle e prevenção.
Pouco se conhece sobre as reais perdas que esses patógenos podem
causar em viveiros e a campo. Assim, define-se como vital a divulgação
de mais informações para os interessados em plantar florestas
de coníferas, ou a produzir sementes ou mudas de espécies
florestais.
Observem outros resultados de trabalhos que abordam a podridão
das raízes de Pinus e de outras coníferas conduzidos
no Brasil e em outras regiões do mundo.
Doenças em coníferas. Podridão de raízes
de Pinus e Araucaria associada a Cylindrocladium clavatum. Laboratório
de Proteção Florestal. UFPR – Universidade Federal
do Paraná. Acesso em 05.01.2012:
http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/doencas04.html
Podridões de raízes. ESALQ. Laboratório
de Fitopatologia e Nematologia. Apresentação em Powerpoint:
33 slides. Acesso em 05.01.2012:
http://www.esalq.usp.br/departamentos/lfn/mapoio/graduacao/LFN-0425/
Aula%2010%20-%20Podridoes%20de%20raiz%20e%20pratica%20Cylindrocladium%2011.pdf
Fungi associated with root rot of Pinus wallichiana seedlings
in Kashmir. M. A. Ahangar; G. H. Dar; Z. A. Bhat; N. R. Sofi. Fungi Plant Pathology
Journal 10: 42-45. (2011)
http://scialert.net/fulltext/?doi=ppj.2011.42.45&org=11 (em Inglês)
http://docsdrive.com/pdfs/ansinet/ppj/2011/42-45.pdf (em Inglês)
Management of root rot caused by Rhizoctonia solani and Fusarium
oxysporum in blue pine (Pinus wallichiana) through
use of fungal antagonists. G. H. Dar; M. A. Beig; F. A. Ahanger; N. A. Ganai; M. A. Ahangar. Asian
Journal of Plant Pathology 5(2): 662-74. (2011)
http://scialert.net/qredirect.php?doi=ajppaj.2011.62.74&linkid=pdf (em Inglês)
Cultivo da araucária. Doenças. C. G. Auer; A. F. Santos.
Embrapa Florestas. Sistemas de Produção 7. Versão
Eletrônica. (2010)
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/
Araucaria/CultivodaAraucaria_2ed/Principais_Doencas.htm
Doenças em mudas de Pinus. A. Grigoletti Júnior; C. Paris;
C. Garcia Auer. REMADE - Revista da Madeira nº 125. (2010)
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?
num=1494&subject=Mudas&title=Doen%E7as%20em%20mudas%20de%20pinus
Calonectria (Cylindrocladium) species associated with dying Pinus cuttings. L. Lombard; C. A. Rodas; P. W. Crous; B. D. Wingfield; M. J. Wingfield.
Persoonia 23(12): 41–47. (2009)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2802723/ (em Inglês)
Caracterização morfológica, patogênica,
de mating-type e genética de isolados de Cylindrocladium
spp. e Cylindrocladiella spp. C. C. Aparecido. Tese de Doutorado. UNESP – Universidade
Estadual Paulista. 81 pp. (2005)
http://www.athena.biblioteca.unesp.br/exlibris/bd/bla/
33004064034P1/2005/aparecido_cc_dr_botfca.pdf
Podridão-de-raiz. Doenças. C. G. Auer; A. Grigoletti
Júnior; Á. F. Santos. Embrapa Florestas. Sistemas de
Produção 5. Versão Eletrônica. (2005)
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/
Pinus/CultivodoPinus/05_7_1_2_podridao_de_raiz.htm
Fusarium species on seeds of Pinus taeda L. and Pinus elliottii Engelm.
in Argentina. G. A. Lori; M. I. Salerno. Journal of Plant Diseases
and Protection 110 (5):437–443. (2003)
http://www.ulmer.de/Artikel.dll/2003-05-s437-443-lori-fusarium_NjE0Mz
Y.PDF?UID=FAEAA69CB429B32BF6E4D8157A6C6D585A36F06578DCF5 (em Inglês)
Resumo: Effect of seedborne Fusarium on nursery diseases of Pinus
ponderosa Dougl. ex Laws in Argentina. M. I. Salerno; G. Lori; P. Morelli. XXII
Congresso Florestal Mundial. (2003)
Resumo: Taxonomy and pathology of Cylindrocladium (Calonectria) and
allied genera. P. W. Crous. APSnet. 294 pp. (2002)
http://www.apsnet.org/apsstore/shopapspress/Pages/42902.aspx (em Inglês)
Species of Fusarium on Pinus radiata in New Zealand. M. A. Dick; K.
Dobbie. New Zealand Plant Protection 55: 58-62. (2002)
http://www.nzpps.org/journal/55/nzpp_550580.pdf (em
Inglês)
Doenças em Pinus: identificação e controle. C.
G. Auer; A. Grigoletti Júnior; Á. F. Santos. Embrapa
Florestas. Circular Técnica 48. 28 pp. (2001)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/circtec/edicoes/circ-tec48.pdf
Resumo: Fusarium spp. and Pinus strobus seedlings:
root disease pathogens and taxa associated with seed. C. M. Ocamb; J. Juzwik; F. B. Martin
New Forests 24(1): 67-79. (2001)
http://www.springerlink.com/content/j22p24m6m20327u2 (em Inglês)
Soil water management and Fusarium root rot in eastern white
pine seedlings. J. Juswik; D. J. Rugg; P. J. Menes; K. R. Cease. U.S.E.P.A. Annual
International Research Conference on Methyl Bromide Alternatives and
Emissions Reductions. 02 pp. (1995)
http://mbao.org/1995airc/076.pdf (em Inglês)
Microbial mixtures for biological control of Fusarium diseases
of tree seedlings. C. M. Ocamb; C. A. Buschena; J. O'Brien. Forest Ecology
Laboratory. University of Minnesota. 13 pp. (1996)
http://forestecology.cfans.umn.edu/Ocamb1996proceed.pdf (em Inglês)
Biological control of Fusarium diseases of conifer seedlings. C. A.
Buschena; C. M. Ocamb; J. O'Brien. Forest Ecology Laboratory. University
of Minnesota. 06 pp. (1995)
http://forestecology.cfans.umn.edu/Biological%20control%20of%20Fusarium.pdf (em Inglês)
Resumo: Later events in suppression of Fusarium root rot of red pine
seedlings by the ectomycorrhizal fungus Paxillus involutus. M. L. Farquhar;
R. L. Peterson. Canadian Journal of Botany 69(6): 1372-1383. (1991)
http://www.nrcresearchpress.com/doi/abs/10.1139/b91-177 (em Inglês)
Predisposição de Pinus taeda L. e Eucalyptus
grandis Smith a infecções por Cylindrocladium
clavatum Hodges & May
relacionadas com mal formação de raízes. A. R.
Greco. Tese de Doutorado. UFPR – Universidade Federal do Paraná.
65 pp. (1991)
http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/teses0110.html
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/25125/T%20-
%20GRECO%2c%20ANGELO%20RAFAEL.pdf?sequence=1
The genera Cylindrocladium and Cylindrocladiella in
South Africa, with special reference to forest nurseries. P. W. Crous; A. J. L. Phillips;
M. J. Wingfield. Suid-Afrikaanse Bosboutydskrif-nr. 157. 17 pp. (1991)
http://www.cbs.knaw.nl/Research/CrousLab/publications/PDF%20OP%20NUMMER/010.pdf (em Inglês)
Fungos causadores de danos em Araucaria angustifolia (Bert.)
O. Ktze. O. S. Oliveira. Revista Floresta 12(2): 23-27. (1981)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs-2.2.4/index.php/floresta/article/download/6288/4498
Resumo: Avaliação da patogenicidade de três isolados
de Cylindrocladium clavatum Hodges & May em árvores de Pinus
caribaea Morelet var. hondurensis Barret & Golfari e Pinus
oocarpa Shiede. M. Homechin. Dissertação de Mestrado. ESALQ/USP – Universidade
de São Paulo. 43 pp. (1979)
http://orton.catie.ac.cr/cgi-bin/wxis.exe/?IsisScript=ACERV
O.xis&method=post&formato=2&cantidad=1&expresion=mfn=007333
Controle de doenças fúngicas em viveiros de Eucalyptus
e Pinus. T. L. Krugner. IPEF Circular Técnica 26. 04 pp. (s/d)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr026.pdf
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Grandes Autores sobre o Pinus
Engenheira
Química M.Sc. Beatriz
Vera Pozzi Redko
Beatriz
Redko ou Bia Redko, como comumente é conhecida, a
engenheira Beatriz Vera Pozzi Redko nasceu
em São Paulo
no dia 15 de maio de 1939. Formou-se em engenharia química em
1961 pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
e possui o título de Mestre em Ciências Aplicadas pela
Universidade de Toronto, Canadá, obtido em 1975.
Em questões familiares, Beatriz possui duas filhas e três
netos; em profissionais, atualmente é pesquisadora do Centro Átopos
(Escola de Comunicação e Artes da USP - Universidade
de São Paulo). Tem-se dedicado atualmente mais às pesquisas
de sustentabilidade, ativismo e meio ambiente. Porém, suas principais
experiências investigativas foram na área de química,
enfatizando processos bioquímicos de árvores florestais
e técnicas de polpação, lavagem, branqueamento
de celuloses e fabricação de papel, entre outros.
Em entrevista exclusiva à PinusLetter, a pesquisadora e estudiosa
Beatriz Redko destacou as razões para a escolha do setor florestal
e nesse, a carreira em celulose e papel. Ela apontou primeiramente
seu fascínio pela área da química e da bioquímica.
No início de suas atividades profissionais realizou estudos
na área florestal sobre antibióticos que eram produzidos
por fungos, os quais eram utilizados para a sustentabilidade dos ninhos
das formigas saúvas. Posteriormente, quando já trabalhava
no IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São
Paulo) ela relatou o quanto ficou impressionada quando viu pela primeira
vez uma máquina de fabricar papel (antiga máquina cinco
da Simão, em Jacareí).
A dedicação e o interesse pelos pinheiros ocorreram a
partir de sua infância, quando ficava deslumbrada com plantações
do gênero e em especial com as árvores de Natal. Sempre
achou a madeira dos Pinus especialmente linda, iniciando estudos com
essa madeira já no IPT; todavia, realizou trabalhos mais profundos
com espécies de pinheiros quando passou a trabalhar na empresa
Jari (localizada no estado do Pará, Amazônia brasileira),
em 1979. Beatriz Redko estudou a celulose kraft, as fibras, as resinas
e a química de extrativos do Pinus, tanto de espécies
temperadas como tropicais. Beatriz relatou que teve muito interesse
em entender como os fatores edafo-climáticos como os da Amazônia
poderiam influenciar o desenvolvimento da árvore e no seu rendimento
quando utilizada no setor florestal. Dessa maneira, também relatou
o seu interesse em observar no microscópio a madeira e seus
componentes anatômicos como canais de resina, traqueídeos
e parênquimas. Tudo para poder conhecer melhor a planta que tinha
como missão a produção de celulose kraft branqueada.
Além dos Pinus (Pinus elliottii, Pinus taeda e Pinus
caribaea), Redko também estudou outras espécies de madeira de coníferas
e de folhosas. No IPT realizou trabalhos com Cunninghamia lanceolata (conhecido
vulgarmente como pinheiro-chinês) e com Araucaria
angustifolia (o nosso pinheiro-do-Paraná ou pinheiro-brasileiro).
Na mesma instituição, também realizou estudos
e pesquisas com diversas espécies de eucalipto, com acácia,
com fibras de bananeira, de sisal, de crotalária, de guapuruvu,
entre outras matérias-primas. A pesquisadora também apontou
sua dedicação às espécies de eucalipto
tais como Eucalyptus deglupta, Eucalyptus grandis, Eucalyptus urophylla
e Eucalyptus urograndis, quando realizou trabalhos para
a Jari Celulose a fim de promover melhorias em seus clones de eucalipto.
Nessa mesma
empresa, também realizou estudos com mais de 200 espécies
arbóreas endêmicas de florestas nativas da região
norte do Brasil, buscando adequações para a fabricação
de celulose sulfato branqueada. Enfim, acabou criando uma espécie
de enciclopédia celulósico-papeleira para as madeiras
com potencial de produção industrial na Amazônia
brasileira.
Beatriz Redko considera os cargos que ocupou em entidades
públicas
e privadas de alta relevância para seu crescimento profissional,
dentre eles destacaram-se:
- Pesquisadora do IPT, onde realizou os primeiros estudos em celulose
e papel para diversas matérias-primas fibrosas com o auxílio
da empresa fabricante de equipamentos laboratoriais RegMed;
- Participou de uma comissão junto ao CNPq – Conselho
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico,
estabelecendo as principais prioridades no setor de celulose e papel
da época (1968-1969);
- Também foi pesquisadora na Universidade de Toronto e na Jarí Celulose
S. A. Nessa última, assumiu cargos de relevância tais
como assessora da diretoria e pesquisadora consultora. Seus principais
estudos na empresa envolveram o desenvolvimento de processos fabris
de celulose branqueada para Gmelina arborea, para Pinus caribaea var.
hondurensis, para Eucalyptus deglupta, E. urophylla e
para o híbrido E. urograndis. Também estudou sistemas utilizando bentonita
em parceria com a Süd Chemie A.G. Outros trabalhos que desenvolveu
de relevância nessa empresa abordaram melhoramentos da madeira
tanto de espécies de Pinus quanto de eucalipto.
Beatriz desenvolve
pesquisas e estudos técnicos na Redko Consultores
e Associados desde 1995 e ainda é colaboradora do Centro de
Pesquisa Átopos da Escola de Comunicações e Artes
da USP, atuando também com desenvolvimento e pesquisa. Beatriz
foi uma das fundadoras da ABTCP (Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel) em 1967 e nela ocupou diferentes
cargos de direção; sendo colaboradora ativa da associação
até os dias de hoje.
Na opinião da pesquisadora, boa parte de suas conquistas profissionais
foram ligadas com a divulgação, aplicabilidade e relevância
de suas pesquisas. Dessas, as que apontaram as propriedades madeireiras
de espécies florestais para a produção de celulose
e de papel foram de elevada importância, assim como pesquisas
com a identificação da composição e controle
do “pitch” para a fabricação de celulose
branqueada de muitas dessas espécies. A coordenação
do primeiro balanço de carbono feito em árvores de plantações
florestais da empresa Jari também foi altamente significante,
bem como os desenvolvimentos e otimizações de diversos
processos de produção de celulose e de papel. No setor
florestal, seus estudos com a fisiologia, dendrologia e anatomia de
folhosas também geraram informações utilizadas
por diversas outras empresas.
O seu trabalho que considera mais valioso e importante com pinheiros
foi quando auxiliou no desenvolvimento da celulose sulfato branqueada
de alta resistência com P. caribaea var. hondurensis. Foi com
esse estudo que as fibras do Pinus tropical da Amazônia brasileira
(plantado no Amapá e Pará) foram exportadas para outras
regiões do mundo como polpa de mercado, substituindo outras
fibras longas em fábricas dos EUA, Japão e outros países
orientais.
A pesquisadora acredita em um futuro promissor para muitas espécies
de Pinus, as quais podem ser utilizadas com vantagens pelas
fábricas
de celulose e papel, principalmente por suas árvores não
serem exigentes em fertilidade do solo. O Pinus pode inclusive
auxiliar na recuperação de áreas degradadas, caso bem manejado,
deixando cascas, galhos e acículas para a ciclagem de nutrientes.
Beatriz Redko pensa que a madeira de P. caribaea var. hondurensis poderá ser
utilizada com mais intensidade para abastecer os mercados de embalagens
de papéis kraft de alta resistência, principalmente pela
presença de fibras longas e de paredes grossas que apresentam.
Essas características são desejadas para a diminuição
do rasgamento nas embalagens, com aumento da longevidade da embalagem
de papel (podendo ser reutilizada), além de prolongar seu potencial
de reciclagem. Para tanto, melhoramentos genéticos poderiam
priorizar o aumento do volume da árvore e adequando ainda mais
a densidade básica de sua madeira.
O processo de fabricação do papel com espécies
de Pinus também tenderá a mudanças no futuro,
buscando maior otimização de energia no sistema com melhorias
na qualidade do produto final. Isso seria possível com a diminuição
da temperatura de cozimento com baixos teores de álcali, promovendo
benefícios também em rendimento.
P. caribaea var. hondurensis também poderá ser melhorado
geneticamente para que sua lignina apresente uma composição
de mais fácil deslignificação. Esse ganho poderia
aumentar ainda mais a eficiência no processo de fabricação
de celulose, especialmente durante a etapa do cozimento e branqueamento.
A pesquisadora comentou que seu trabalho na ECA/USP visa justamente
colaborar com o futuro do Pinus e da indústria de celulose e
de papel. Comentou que futuramente as empresas de celulose continuarão
a ter problemas com ambientalistas. Eles são contra a derrubada
de árvores, mas se esquecem de que muitos adventos tecnológicos
que utilizam abusivamente em sua vida diária gastam grandes
quantidades de energia, são poluidores e causam muito mais males
ambientais do que o corte programado de uma árvore que tenha
sido plantada para essa finalidade. Trocas anuais e repetitivas de
aparelhos eletrônicos em busca do mais moderno possível
em tecnologias é, segundo Beatriz, uma preocupante forma de
agressão à natureza. Infelizmente, muitas pessoas que
realizam estes feitos não se dão conta da gravidade de
seus atos. A pesquisadora apontou que o ser humano acaba se comportando
de forma egoísta em busca do novo e do moderno, descartando
indiscriminadamente eletroeletrônicos sem a consciência
dos gastos em recursos não renováveis que muitos desses
equipamentos tiveram. Isso adicionalmente à poluição
que causam em caso do descarte inadequado. A pesquisadora luta para
a mudança desses paradigmas atuais. Observem suas palavras acerca
disso:
“O
futuro da indústria de celulose e papel tende a ser
ainda problemático devido aos ativistas ambientais, que nos
dias de hoje educam as crianças contra a derrubada de qualquer árvore
e consideram a indústria de celulose e papel como uma vilã.
Deveria ser disseminado o fato de que o ‘enamoramento’ do
homem moderno com as tecnologias é mais prejudicial ao meio
ambiente do que a queda de uma árvore programada para ser
utilizada industrialmente. Para combater a queda das árvores
e os ‘perigos’ da
indústria de celulose e papel, os ambientalistas usam meios
eletrônicos que causam danos irreversíveis ao meio ambiente,
e nem se apercebem disso. Considerar só a energia e os recursos
escassos necessários, por exemplo, para fazer uma bateria
de lítio. Comprar ou ganhar um Ipad é moderno e faz
as pessoas ‘felizes’, ‘inteligentes’ e ‘conectadas’.
Elas sentem-se ‘limpas’ e ‘verdes’, mas sem
qualquer respeito à ética e à equidade ambiental.
As pessoas que usam os meios modernos de informação
e comunicação têm televisores enormes, trocam
quase tudo a cada ano, ignoram que o seu consumismo agride o meio
ambiente,
e usam o produto da agressão impunemente. Quem agride o meio
ambiente também são aqueles que fabricam as ‘modernidades’,
consomem recursos escassos, e que depois desses produtos serem usados
serão descartados sem cuidados, poluindo pessoas, águas
e solos, floras e faunas. Esses são os que assumem todos os ônus
do luxo expansivo. Além disso, as vantagens das árvores
como absorvedoras do CO2 do ar no seu crescimento deveriam ser muito
mais difundidas e aplaudidas”.
Beatriz considera que
no trabalho atual pode ajudar muito mais a indústria
de celulose e papel, “porque o problema está no que
as pessoas pensam que prejudica a vida egoísta do ser humano
na terra, e assim, não atentando para a realidade de sua própria
forma de viver. Acabam não percebendo que vivemos todos imersos
em uma grande rede de inter-relações, onde a ação
de um interfere na vida do outro”.
A seguir, colocamos para vocês lerem alguns dos trabalhos já realizados
por Beatriz Redko e que estão disponíveis na web. Também
lhes oferecemos o seu currículo Lattes para que a conheçam
melhor e aos seus feitos e conquistas. Ele está disponível
em:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709026T0 (Beatriz V.P. Redko - Plataforma de Currículos Lattes)
Mesmo com tamanha experiência profissional, vontade e dedicação
contínua, ela não considera, na sua tradicional modéstia,
que suas conquistas sejam relevantes o suficiente para ser homenageada
como “Grande Autora sobre o Pinus”. Entretanto,
muito mais que uma grande autora sobre esse gênero de árvores,
a consideramos uma enorme, real e leal amiga dos Pinus.
Obrigado amiga Bia pelo que você fez e continuará fazendo
pelo Pinus e pelo setor brasileiro de celulose e papel.
Para encerrar, observem algumas frases de Beatriz a respeito das
fibras celulósicas dos Pinus, uma de suas paixões técnicas
desde o início de sua carreira profissional:
•
“Uma fibra de pinho com parede grossa é quase eterna”.
•
“A fibra do pinho agrega valor a qualquer papel”.
•
“A fibra do pinho torna qualquer papel especial”.
A seguir,
convidamos os nossos leitores a navegar em uma seleção
de artigos e textos técnicos de autoria de Beatriz Redko e
que compusemos para vocês conhecerem seu valor e que a levaram
a ser qualificada como “Grande Autora sobre os Pinus”.
Mídias, mediações, mediascapes: comunicação
nas dinâmicas globais da cultura. M. T. Marchesi; L. S. Souza;
B. Redko. Confederación Iberoamericana de Asociaciones Científicas
y Académicas de la Comunicación. (2011)
http://stoa.usp.br/livia2s/files/3143/17611/
MARCHESI_SOUZA_REDKO-confibercom2011.pdf
Bentonitas o que elas são e como podem ser usadas pelas indústrias
de celulose e de papel. B. V. P. Redko. 41º Congresso Internacional
de Celulose e Papel. ABTCP – Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel. 13 pp. (2008)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/05_Bentonitas.pdf
Bentonitas
o que elas são e como podem ser usadas pelas indústrias
de celulose e de papel. B. V. P. Redko. 41º Congresso Internacional
de Celulose e Papel. ABTCP – Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel. Apresentação
em PowerPoint: 58 slides. (2008)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/06_Bentonitas%20ppt.pdf
Sustentabilidade do idoso. B. V. P. Redko. Blog Pé no Chão.
(2008)
http://penochao-beatriz.blogspot.com/2008/11/
sustentabilidade-do-idoso-beatriz-vera.html
Desenvolvimento com um olhar crítico no mercado global. B. V.
P. Redko. Revistas Opiniões. (2005)
http://www.revistaopinioes.com.br/cp/materia.php?id=447
e
http://mulheresflorestais.blogspot.com/2009/03/beatriz-vera-pozzi-redko.html
Resumo:
Avaliação da qualidade da madeira de Acacia
mangium por microdensitometria de raios X e análise de imagem. M. Tomazello Filho; R. Antonialli; P. H. Silva; B. V. P. Redko. 10º SIICUSP
- Simpósio Internacional de Iniciação Científica
da USP - Universidade de São Paulo. p. 211. (2002)
https://sistemas.usp.br/siicusp/cdOnlineTrabalhoObter?
numeroInscricaoTrabalho=2837&numeroEdicao=10&print=S
Aspectos
do branqueamento da celulose. B. V. P. Redko. Apresentação
em PowerPoint: 216 slides. (1999)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/08_Branqueamento.pdf
A fábrica de celulose do futuro. B. V. P. Redko. Resumo sobre
a 6ª Conferência Internacional de Novas Tecnologias Disponíveis.
Apresentação em PowerPoint: 45 slides. (1999)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/09_Fabrica%20ecociclica.pdf
Um sistema
de gerenciamento do meio ambiente realmente melhora o meio ambiente? B. V. P. Redko.
Resumo sobre a 6ª Conferência
Internacional de Novas Tecnologias Disponíveis. Apresentação
em PowerPoint: 13 slides. (1999)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
10_Fabrica%20ecociclica_Meio%20ambiente.pdf
Resumo: Comparação de características
de clones de Eucalyptus spp. plantados em regiões diferentes por espectroscopia
eletrônica de varredura. P. K. Kiyohara; B. V. P. Redko. IUFRO
Conference on Silviculture and Improvement of Eucalyptus 3: 69-73.
(1997)
http://agris.fao.org/agris-search/search/display.do?
f=1999/QO/QO99001.xml;QO1999000092
Otimização da sequência de branqueamento D/C-E-D-E-D
de Pinus. B.V.P. Redko. O Papel 54(7): 21-23. (1993)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
27_Otimizacao%20branqueamento%20pinus.pdf
Distribuição de cloro em celulose branqueada de eucalipto.
B. V. P. Redko; G. A. Paiva; A. H. Nariyoshi; J. B. Aragão.
25º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 29-45. (1992)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
12_Cloro%20e%20Celulose%20Branqueada%20Eucalipto.pdf
Possibilidades
de minimização da reversão de alvura
em celulose sulfato branqueada de eucalipto. B. V. P. Redko; S. M.
S. Mallet; E. C. Rosiro. 25º Congresso Anual de Celulose e Papel.
ABTCP – Associação Brasileira Técnica de
Celulose e Papel. p. 81-99. (1992)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
11_Minimizacao%20reversao%20alvura.pdf
Estudo de cinco populações de Pinus caribaea Mor. var
hondurensis Barr. e Golg. 1. Avaliação da densidade da árvore.
A. H. Nariyoshi; B. V. P. Redko; S. C. Coutinho. O Papel 47: 45-56.
(1986)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
14_Pinus%20caribaea%20qualidade%20madeira.pdf
Sobre os mecanismos de refinação. B. P. V. Redko. 17° Congresso
Anual da ABCTP. ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. p. 579 - 597. (1984)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
16_Mecanismos%20refinacao.pdf
O desafio do rendimento. B. V. P. Redko. 17° Congresso Anual da
ABTCP. ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. p. 471 - 490. (1984)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
15_Desafio%20rendimento.pdf
Vasos de folhosas Eucalyptus deglupta, Eucalyptus urophylla, Gmelina
arborea. B. V. Redko. III Congresso Latino Americano de Celulose e
Papel. ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. p. 1169-1194. (1983)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/19_Eucalyptus%
20deglupta%20Eucalyptus%20urophylla%20Gmelina%20Arborea.pdf
Das propriedades físico-mecânicas da celulose do Pinus
caribaea hondurensis. B. V. P. Redko; R. A. R. Nelson; S. M. V. Monteiro.
16° Congresso Anual da ABTCP. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 1147 – 1168.
(1983)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/18_Celulose
%20Pinus%20caribaea%20hondurensis.pdf
Um ano de funcionamento de lagoa de oxidação de efluentes.
B. V. P. Redko; E. P. Tikkanen. 13° Congresso Anual da ABTCP. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 1 - 30. (1980)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
20_Lagoa%20de%20efluentes.pdf
O Pinus elliottii, a goma resina e seus derivados.
B. P. Redko; J.
M. Guimarães. IPEF. Circular Técnica 38. 19 pp. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr038.pdf
Aspectos do comportamento do eucalipto e da bétula frente aos
agentes de branqueamento. B. V. P. Redko. 11º Congresso Anual
da ABTCP. ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. p. 221 - 232. (1978)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/21_Eucalipto
%20e%20betula%20e%20agentes%20branqueamento.pdf
Celulose de bambu. B. V. P. Redko. 4ª Convenção
Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. 13 pp. (1971)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/23_Celulose%20de%20bambu.pdf
Da utilização do Pinus elliottii aclimatado
como fonte de celulose para papel. J. P. M. Guimarães; B. V. P. Redko.
O Papel. p. 31 - 36. (1969/1970)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/24_Pinus%20
elliottii%20aclimatado%20sul%20Brasil.pdf
O uso do Pinus elliottii brasileiro para a fabricação
de celulose e papel. B. V. P. Redko; J. P. M. Guimarães. 2ª Convenção
Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. 15 pp. (1969)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
25_Pinus%20elliottii_Beatriz.pdf
Características do madeira e da celulose sulfato branqueado
de Pinus caribaea var. hondurensis. B. V. P. Redko; A. H. Nariyoshi;
J. B. Aragão. O Papel. 07 pp. (s/d = Sem referência de
data)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/26_Madeira
%20e%20celulose%20Pinus%20caribaea.pdf
Outras
informações relevantes
sobre Beatriz Vera Pozzi Redko
Being an elder in contemporary times. B. V. P. Redko, Elders in the
EDE: Beatriz Vera Pozzi Redko - EDE São Paulo. Acesso em 13.01.2012:
http://gaiaeducation.net/index.php?option=com_content&view=article&
id=139:elders-in-the-ede-beatriz-vera-pozzi-redko-being-an-elder
-in-contemporary-times&catid=1:latest-news
Beatriz Redko: conhecimento contínuo do setor de papel e celulose
do Brasil. O Papel(Junho): 37. (2001)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros
/07_Vida%20Socio%20-%20Beatriz%20Redko.pdf
Com
a Palavra Os Grandes Autores sobre o Pinus...
Os
Pinus na Amazônia Brasileira
por Beatriz Vera Pozzi Redko
Há mais de 30 anos passados, no início
de 1981, a Jari Celulose, na época Companhia Florestal Monte
Dourado, começou a fabricar celulose sulfato branqueada a partir
da madeira de Pinus caribaea var. hondurensis proveniente de plantações
no Amapá e no Pará.
Em 1967, Daniel Ludwig, um americano considerado então o homem
mais rico do mundo, comprou do Governo Brasileiro uma área de
6.475 km² de terras no baixo rio Jari, afluente do Amazonas, no
estado do Pará. Essas terras seriam destinadas à produção
de celulose sulfato branqueada a partir da madeira de Gmelina arborea,
espécie folhosa de crescimento rápido, com fibras semelhantes às
da bétula, a folhosa mais apreciada na época no mercado
mundial de celulose e papel.
Depois de muitas dificuldades na derrubada da floresta natural para
a plantação da Gmelina, descobriu-se que nem todos os
solos da Jari eram apropriados para a espécie, e, nos solos
mais pobres, foi plantada uma pinácea, o Pinus caribaea var.
hondurensis, considerado menos exigente em condições
de solo. Uma das idéias da utilização do Pinus era para misturá-lo com a Gmelina, como era feito na Europa
com a bétula e o Pinus sylvestris.
Além da limitação dos terrenos onde a Gmelina poderia ser plantada, as árvores começaram a ser atacadas
por insetos e pelo fungo Ceratocystis fimbriata, que penetrava o tronco
a partir da casca, fazendo a árvore produzir resina para defender-se.
No fim de algum tempo, a circulação da seiva era bloqueada
completamente e a árvore morria em pé. As plantações
de Gmelina não produziram então o esperado, nem em quantidades
e nem em qualidades. Foram plantadas mais áreas de pinho e introduzido
o Eucalyptus deglupta, que apresentaria crescimento rápido.
Essa espécie mostrou-se muito sensível às formigas
locais, que a faziam produzir muitos extrativos, e foram substituídas
mais tarde por Eucalyptus urophylla e por Eucalyptus urograndis.
A fábrica de celulose foi construída no Japão
e chegou ao Jari em duas barcaças em abril de 1978. Uma barcaça
continha os oito digestores “batch”, o sistema de lavagem,
o branqueamento em cinco estágios e máquina de celulose.
A outra continha todo o sistema de recuperação do licor:
evaporação, caldeira de recuperação e forno
de cal, além da caldeira de cavacos e biomassa. A fábrica
de celulose seria a única fonte de energia elétrica para
toda a região. As barcaças foram montadas sobre estacas
de uma madeira nobre e resistente, a maçaranduba, fincadas forte
e profundamente no solo.
As plantações de Pinus caribaea var. hondurensis foram
estabelecidas em áreas de solo pouco férteis, mas de
grande beleza cênica. Lembro-me de um sítio chamado Lagoa
Azul, com muitas aves e cercado de florestas de Pinus, paisagem quase
inusitada ali perto do Equador.
As condições dos solos, o regime de chuvas e a temperatura
elevada no ‘inverno’ amazônico fizeram com que a
madeira das árvores de Pinus caribaea var. hondurensis apresentassem
características diferentes dos Pinus plantados em outras regiões
do Brasil: sua densidade era até 30% mais elevada, o que aumentaria
a produção de um digestor em quase 30% em relação
aos pinheiros crescidos normalmente no sul do Brasil.
A densidade mais elevada resultava
da distribuição
e dos tipos de traqueídeos no tronco: as madeiras do norte do
Brasil apresentam muito maior proporção de lenho tardio
(lenho de verão, ‘summerwood’ ou ‘latewood’)
comparativamente a outros pinheiros no Brasil, que tinham muito mais
lenho precoce ou inicial (lenho primaveril ou ‘earlywood’ ou ‘springwood’)
A distribuição do lenho tardio e do
lenho precoce ao longo do tronco da árvore era também
diferente quando se comparavam os dois materiais:
Os traqueídeos do lenho tardio se diferenciam
dos traqueídos do lenho precoce pela maior espessura da parede
e menor largura do lúmen:
Essas
características possuem implicações
importantes quando se decide produzir celulose branqueada com o Pinus
caribaea de densidade mais elevada: a lignina distribuída dentro
da parede da célula deve ser retirada delicadamente ao longo
do cozimento, para que a celulose não se degrade e não
perca as suas características. Cavacos finos são fundamentais,
temperaturas menos elevadas que o normal e fatores H baixos, especialmente
com teores de álcali elevados, podem conduzir a números
kappa ao redor de 20, por exemplo, sem perdas importantes de viscosidade
e de resistência das fibras.
A celulose branqueada desse material mostrava resistência ao
rasgo das mais elevadas dentre as polpas comerciais de coníferas
e uma boa resistência a tração. O volume específico
e a porosidade eram próprios para papéis de filtro e
papéis para fins sanitários de alta performance.
Uma mistura posterior com celulose adequada de eucalipto poderia resultar
em uma polpa igualada por poucas frente às resistências
ao rasgo e à tração.
Sem branqueamento, a celulose de Pinus caribaea var. hondurensis de
densidade elevada se destacava pela resistência ao rasgo, porosidade
e pelo volume específico incomum.
Outro uso interessante da madeira de Pinus caribaea var. hondurensis de
densidade alta é em painéis de madeira reconstituída
(MDF): o volume específico proporciona um elevado rendimento
ao processo.
Notar que os terrenos usados nessa região para a plantação
de Pinus caribaea var. hondurensis eram de fertilidade
bastante baixa, impróprios para qualquer outra cultura agrícola ou florestal.
Não tiveram tratamento silvicultural especial, o que tornava
o custo da obtenção de madeira bastante atrativo em qualquer área
de características semelhantes.
A Jari Celulose descontinuou mais tarde a produção
de celulose de Pinus caribaea var. hondurensis por razões de ordem
técnica, econômica e logística. A empresa passou
a produzir apenas polpa sulfato branqueada de eucaliptos, destinadas
a mercados de fibras curtas. Foram as seguintes as razões para
se abandonar uma fibra tão excepcional como a daqueles intrigantes Pinus:
•
O picador: A Jari tinha um só picador, desenvolvido inicialmente
para os troncos da madeira de Gmelina, lisos e fáceis de descascar.
A madeira do Pinus caribaea era densa, a casca mais grossa, os troncos
mais finos, especialmente os provenientes das árvores tipo ‘rabo
de raposa’. As características físico-mecânicas
no impacto do corte eram diferentes. Mesmo com muitas modificações,
a porcentagem de cavacos grossos obtida dos toretes de Pinus era muito
grande. Como consequência, para que não houvesse perda
nas características mecânicas da celulose, a quantidade
de rejeito obtida era muito grande, tornando o rendimento baixo. A
troca de facas e a regulagem adaptada do picador representavam uma
parada no processo de dois a três dias.
•
A pequena quantidade plantada de Pinus plantada não compensava a aquisição
de um segundo picador, mais adequado a esse tipo de madeira.
•
Devido à falta de madeira de Gmelina decorrente do ataque do
fungo, as plantações de Pinus caribaea tiveram que ser
usadas com cerca de 10 anos de idade, com os troncos particularmente
finos e difíceis de picar e de descascar.
•
A Planta Química na época não comportaria a produção
de dióxido de cloro para o branqueamento de uma celulose com
número kappa 30 por um tempo muito longo. O número kappa
da polpa do Eucalyptus era ao redor de 18, com muito menor consumo
de cloro ativo, o que significava maior produção de polpa
branqueada na mesma unidade fabril. Também não ocorriam
gargalos na planta química de geração dos reagentes
para o branqueamento da celulose de eucalipto.
•
O Pinus caribaea var. hondurensis melhorado geneticamente apresenta,
trinta anos depois, um IMA – Incremento Médio Anual de
25 m3/ha.ano no Amapá e a mesma densidade do passado, 0,52 ton/m3.
Este não era o IMA obtido trinta anos atrás nas empresas
Jari no Pará e AMCEL – Amapá Florestal e Celulose,
no Amapá. E a madeira usada tinha então ao redor de 10
anos de idade. Portanto, hoje se dispõem de plantações
florestais e madeiras muito mais adequadas para a produção
de celulose do que naqueles anos pioneiros.
•
As plantações de Pinus no Pará e Amapá eram
distantes da fábrica. Parte da madeira de Pinus vinha do Amapá de
balsa, descendo o rio Amazonas e subindo o rio Jari, com logística
cara e complicada.
•
O Eucalyptus se adaptou muito bem nos terrenos férteis em que
a Gmelina tinha sido plantada, que eram dotados de boas estradas.
•
A Jari tinha começado uma plantação de Eucalyptus no outro lado do rio - na frente da fábrica - que em 5 anos
já produzia IMA de cerca de 25 m3 (trinta anos atrás – hoje
significativamente melhores). A distância para transporte até a
fábrica era muito menor (praticamente só atravessar o
rio).
•
A economia de um sistema sem trocas completas de facas e regulagem
no picador entre duas produções diferentes era considerável
e justificava uma produção 100% de celulose de Eucalyptus, que também apresentava um rendimento operacional em produção
de celulose cerca de 20% superior ao do Pinus. Ou seja, a produção
global de celulose na mesma fábrica era muito maior com o uso
de eucalipto em relação ao uso de madeira de Pinus.
Mesmo com a descontinuidade da produção de celulose de
Pinus pela Jari, a empresa florestal AMCEL no Amapá ainda continua
produzindo cavacos de Pinus caribaea var. hondurensis para exportação,
destinados a fabricação de celulose kraft e de painéis
MDF.
Apesar da produção de celulose de mercado a partir de
madeira de Pinus na Amazônia brasileira não estar mais
ocorrendo há alguns anos, toda essa experiência serviu
de aprendizado acerca de potencialidades até mesmo inusitadas
para as madeiras do Pinus naquela região. Isso é definitivamente
fabuloso, acreditando-se que mais estudos sobre a qualidade da madeira
de árvores de mais idade e plantadas sobre outros tipos de manejo
florestal seriam interessantes para a região, pois carregam
interessantes potencialidades técnicas, ambientais e econômicas.
Com certeza, caso o melhoramento florestal (genético e manejo)
fosse executado de forma sistemática e inovativa, poder-se-iam
ter mais benefícios ainda para os que desejarem se beneficiar
de plantações de Pinus caribaea var. hondurensis na Amazônia
brasileira.
Artigos
de outros autores sobre Pinus na Amazônia brasileira:
Avaliação do manejo das plantações florestais
e da cadeia de custódia, do processo de certificação
da AMCEL – Amapá Florestal e Celulose Ltda no estado do
Amapá – Brasil. V.R.S. Shimoyama. Scientific Certification
Systems. 73 pp. (2009)
http://www.scscertified.com/nrc/certificates/forest_amcel_port.pdf
Estudo de polpação química da mistura de Gmelina
arborea Roxb. e Pinus caribaea variedade hondurensis. A. A. Correa;
F. J. L. Frazão. 22º Congresso Anual. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 119 - 149. (1989)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/13_Polpacao%20mistura%20Gmelina%20Pinus.pdf
Avaliação do crescimento de quatro espécies exóticas,
na região do Jari, Pará. M. P. Batista; J. F. Borges.
16º Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel. p. 01 - 05. (1983)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/17_Especies%20exoticas%20Jari.pdf
I - Essência papeleira de reflorestamento. II - O Pinus
caribaea variedade hondurensis introduzido na Amazônia. A. A. Correa;
C. N. R. Luz. 8ª Convenção Anual. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 79 - 92. (1975)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/22_Essencia%20papeleira
%20%20Pinus%20caribaea%20hondurensis.pdf
Pinus-Links
A
seguir, trazemos para vocês nossa indicação para
visitas a diversos websites que mostram direta relação
com os Pinus, nos aspectos econômico, técnico, científico,
ambiental, social e educacional. Acreditamos que eles poderão
significar novas janelas de oportunidades e que alguns deles poderão
passar a ser parte de suas vidas profissionais em função
do bom material técnico que disponibilizam. Esperamos que
apreciem nossa seleção de Pinus-Links para essa edição.
GELQ
- Grupo de Estudos “Luiz de Queiroz”. (em Português)
O website do Grupo de Estudos “Luiz de Queiroz” (ESALQ-USP)
possui diversas informações relevantes sobre eventos
que foram conduzidos na instituição e foram ao mesmo
tempo coordenados e organizados pelo grupo. Também denominado
de GELQ, o grupo é composto por estudantes de Agronomia, Engenharia
Florestal, Gestão Ambiental, Ciência dos Alimentos e Biologia
da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Observem
algumas palestras e informativos disponíveis para download no
site do GELQ logo a seguir:
http://gelqesalqusp.com.br/index.html (Início da página)
http://gelqesalqusp.com.br/fito.html (Palestras sobre resistência
a produtos fitossanitários)
http://gelqesalqusp.com.br/eucalipto.html (Palestras de evento sobre
o eucalipto)
http://gelqesalqusp.com.br/paisagismo.html (Palestras de evento sobre
paisagismo)
http://gelqesalqusp.com.br/Arquivos/Pedro_Mecanismos%20de
%20resistencia%20a%20herbicidas%20Pedro%20Christoffoleti1.pdf (Resistência a herbicidas)
http://gelqesalqusp.com.br/Arquivos/numero4.pdf (Boletim
informativo - Notesalq - Florestas Brasileiras)
http://gelqesalqusp.com.br/outras.html (Agrotóxicos)
ABRAF
- Associação Brasileira de Produtores de Florestas
Plantadas. (em Português)
A ABRAF tem como objetivo defender interesses e representar as empresas
do setor de florestas plantadas e em especial de seus membros associados.
Também promove cursos e eventos, acompanha e colabora para o
aprimoramento da legislação florestal e divulga estatísticas
setoriais. Não deixem de observar também os excelentes
informativos da ABRAF.
http://www.abraflor.org.br/ (Início da página)
http://www.abraflor.org.br/100anos/ (Evento “100 anos de florestas
plantadas no Brasil”)
http://www.abraflor.org.br/informativo.asp (Informativos ABRAF)
http://www.abraflor.org.br/estatisticas.asp (Estatísticas florestais)
http://www.abraflor.org.br/fomento.asp (Empresas que promovem fomento
florestal)
http://www.abraflor.org.br/legislacao/ (Legislação florestal)
LTRS
- Laboratory of Tree-Ring Science. (em Inglês)
O Laboratório de Ciência dos Anéis de Crescimento
das Árvores está estabelecido na Universidade do Tennessee
nos EUA e recebe suporte do Departamento de Geografia e da Faculdade
de Artes e Ciências da mesma instituição. Especializado
em difundir conhecimento sobre dendrologia, o laboratório realiza
diversas pesquisas sobre o assunto e possui em seu website inúmeras
informações relevantes, dando destaque para os projetos
em que atua. Há uma série de artigos conduzidos pela
equipe de pesquisa do laboratório, bem como palestras, teses
e dissertações que envolvem também espécies
de Pinus e de outras coníferas.
Observem:
http://web.utk.edu/~grissino/ltrs/default.html (Início da página)
http://web.utk.edu/~grissino/ltrs/lectures/wood%20anatomy.ppt#256,1,Slide
1 (Palestra: Anatomia da madeira)
http://web.utk.edu/~grissino/ltrs/teaching.htm (Ensinando dendrologia)
http://web.utk.edu/~grissino/ltrs/lectures/wood%20types.ppt (Palestra:
Tipos de madeira)
http://web.utk.edu/~grissino/ltrs/lectures/ (Palestras diversas)
http://web.utk.edu/~grissino/ltrs/lectures.htm (Palestras sobre dendrologia)
http://web.utk.edu/~grissino/ltrs/publications.htm (Publicações
e artigos)
http://web.utk.edu/~grissino/downloads/Harley%
20et%20al.%20TRR%202011.pdf (Artigo sobre dendrologia de Pinus)
http://web.utk.edu/~grissino/downloads/Lewis%20et%20al.%202011.pdf (Artigo sobre Pinus)
http://web.utk.edu/~grissino/downloads/DeWeese%20et%20al%202010.pdf (Artigo sobre Pinus)
http://web.utk.edu/~grissino/downloads/Henderson%20Grissino-Mayer%202009.pdf (Artigo sobre Pinus)
http://web.utk.edu/~grissino/downloads/TRR2009/
VandeGevel%20et%20al%20TRR%202009.pdf (Artigo sobre Pinus)
http://web.utk.edu/~grissino/ltrs/degrees.htm (Teses e dissertações)
SWST
- Society of Wood Science and Technology. (em
Inglês)
A Sociedade da Ciência e Tecnologia da Madeira apresenta, entre
outros de seus objetivos, desenvolver um pólo de conhecimentos
englobando materiais lignocelulósicos, dentre eles a madeira.
Dessa forma, o seu website tem à disposição do
público interessado diversas teses, dissertações,
resumos e apresentações em eventos da área entre
outras bibliografias técnicas e científicas. Tudo isso
destinado a promover melhorias nos produtos da madeira através
do conhecimento científico e tecnológico. Os incentivos às
novas tecnologias e à inovação são privilegiados. É assim
que a SWST gera comunicação no setor. Observem alguns
dos temas e trabalhos selecionados a seguir; todavia, há muitos
outros assuntos de interesse no website. Naveguem no mesmo – vale
a pena.
http://www.swst.org/ (Homepage)
http://www.swst.org/teach/teach1/structure1.ppt#256,1,Slide
1 (Palestra:
Estrutura da madeira)
http://www.swst.org/education/list_of_educ_materials.html (Materiais
educacionais)
http://www.swst.org/white/swst.pdf (Temas ambientais)
http://www.swst.org/wfs/thesistitles.html (Teses e dissertações)
http://www.swst.org/news/newslet.html (SWST newsletters)
http://www.swst.org/events/meetings.html (Eventos já realizados)
http://www.swst.org/meetings/AM08/presentations.html (Society
of Wood Science and Technology 51st Annual Convention – evento
realizado em Concepción,
Chile)
Artigo
Técnico por Ester Foelkel
PAR - Pastas Celulósicas
de Alto Rendimento a partir da Madeira do Pinus
Introdução
As pastas de alto rendimento (PAR)
são produtos
dos Pinus, assim como de outros gêneros arbóreos e de
caules de monocotiledôneas como do bambu e da cana-de-açúcar,
dentre outras plantas herbáceas de natureza fibrosa (Betini
et al., 1995). Também denominadas de polpas ou celuloses, são
produtos para fabricação de papel e obtidos através
de processos de polpação que resultam em rendimentos
extremamente elevados (superiores a 80% da massa seca de madeira) (Navarro
et al., 2007; Mokfienski, 2006). É por isso que as pastas produzidas
com esses processos são econômicas e produtivas, conservando
em grande parte os componentes originais da madeira. Também
se obtém muito mais polpa celulósica a partir de uma
mesma área de florestas, ou da mesma quantidade em peso de madeira.
Na polpação, a madeira, que é a principal matéria–prima
das pastas, tem sua estrutura e seus arranjos de fibras desagregados
e individualizados, sendo transformada em uma massa (Gildomar, 2010;
CeluloseOnline, s/d). Uma das maneiras mais comuns de realizar a desagregação
ou desfibramento da madeira é através do uso de forças
mecânicas, formando-se assim a polpa mecânica (Klock, s/d).
Silva Jr. e Brito (s/d) comentaram os baixos custos de produção
da polpa mecânica e seu elevado rendimento gravimétrico,
principalmente quando comparada ao processo de polpação
química, outra forma de desagregação da madeira
(Navarro et al., 2007).
Muitas espécies de coníferas apresentam fibras longas,
com 3 a 6 mm de comprimento, consideradas ideais para a produção
de polpas tipo PAR. Espécies de Pinus, tais como Pinus
taeda e P. elliottii possuem características ideais para a produção
de PAR, além de serem adaptadas às condições
ambientais brasileiras e de serem consideradas árvores de rápido
crescimento. Essas espécies de pinheiros são plantadas
com intensidade para suprir a demanda de madeira no sul do país.
Outras coníferas como Araucaria, Abies, Picea e Pseudotsuga também são utilizadas para a confecção
de pastas mecânicas nas regiões onde são abundantes.
Desde a invenção dessa forma de polpação,
muito já foi estudado sobre o desfibramento, sobre tipos de
pastas de alto rendimento, além do desenvolvimento de vários
equipamentos e tecnologias para sua melhoria tecnológica. A
polpação mecânica foi o primeiro processo de desfibramento
da madeira, inventado por Keller na Alemanha em 1844 (Gildomar, 2010;
Klock, s/d).
Cabe ao presente artigo técnico levar ao leitor informações
de relevância sobre o assunto. Dessa forma, os principais objetivos
do trabalho foram de apontar as principais propriedades e processos
de pastas de alto rendimento existentes, sem esquecer-se de explorar
pesquisas realizadas com os Pinus para esse tipo de produção
industrial.
Processos
de produção de pastas de alto
rendimento e suas propriedades
Ao longo da evolução da tecnologia para a produção
da polpa mecânica, diversas técnicas foram desenvolvidas
e aprimoradas, gerando processos híbridos em relação à polpação
mecânica propriamente dita. Por polpação mecânica
entendam-se os processos que se valem predominantemente de energia
mecânica para se fazer o desfibramento da madeira. Essa diversidade
de processos se refletiu em pastas com funções e com
características distintas (Gildomar, 2010; Navarro et al., 2007;
Klock, s/d).
Atualmente, as principais polpas que utilizam energia mecânica
para a sua fabricação são: pasta mecânica
convencional, pasta mecânica pressurizada, pasta mecânica
de refinadores, pasta quimo-mecânica, pasta termo-mecânica
e pasta quimo-termo-mecânica. Observem suas comparações,
características e fabricações (Silva Jr. e Brito,
2008; Campos, s/d; Klock, s/d; CeluloseOnline, s/d):
-
Pasta mecânica convencional
Também denominada de pasta mecânica tradicional, pasta
mecânica clássica, pasta mecânica de pedra, pasta
mecânica de mó ou conhecida também pelo seu nome
em inglês “Stone Groundwood”, ela é fabricada
através de processo considerado bastante rústico e primitivo
(Silva Jr. e Brito, 2008; DBLquímica, s/d). O processo tem início
quando a madeira, em geral de coníferas, ainda verde (umidade
ideal de 40% ou maior) é descascada e cortada em toretes de
tamanhos ideais para o melhor desempenho do desfibrador (Silva Jr.
e Brito, 2008). A seguir, esses toretes são pressionados contra
um rebolo (cilindro de pedra abrasivo) em movimento rotatório,
havendo assim a separação das fibras com o atrito e com
o aumento da temperatura. Isso porque a alta velocidade faz com que
o cilindro atue como se fosse uma lima abrasiva aquecida. Logo após, água
quente é aspergida retirando as fibras soltas do rebolo e conduzindo-as
para o processo de classificação (Gildomar, 2010). Segundo
Klock (s/d) existem vários tipos de desfibradores contendo pedras
naturais ou artificiais para desestruturar a madeira e também
há distintas formas de alimentação dessas máquinas
(Silva Jr. e Brito, 2008). O rendimento do processo na fabricação
de pasta é elevado porque praticamente não há desperdício,
podendo chegar a até 97% (Campos, s/d). Porém, os gastos
energéticos são considerados elevados, variando entre
1.699 a 1.900 kWh/ton para a produção dessa pasta mecânica
(DBLquímica, s/d).
Segundo Betini et
al. (1995) esse tipo de polpa possui propriedades desejadas para a
fabricação de diversos tipos de papéis,
pois mantém os principais constituintes da madeira como resinas,
celulose, hemiceluloses e principalmente a lignina. Além do
mais, apresenta o comprimento médio de fibras reduzido pela
refinação que acontece no desfibramento. Suas fibras
são ainda rígidas e quebradas, com muitos finos, o que
confere papéis com alto volume e boa opacidade. Todavia, essas
características também diminuem a sua resistência
e tornam o papel mais áspero e com tendência ao amarelecimento.
Isso é conhecido na literatura como reversão de brancura,
onde o papel, quando exposto à luz, ou até mesmo ao calor,
deixa de ter a coloração clara e amarelece. Dessa forma,
a pasta mecânica clássica é pouco requisitada para
fins mais nobres e para produção de papéis brancos
(DBLquímica, s/d). Campos (s/d) apontou que as polpas mecânicas
convencionais apresentam opacidade, mas pouca resistência mecânica,
baixa alvura e elevada concentração de astilhas ou palitos
(“shives” em inglês). Esses últimos são
fibras incompletamente desfragmentadas, as quais diminuem a qualidade
da pasta. O ideal seria que as fibras ficassem totalmente desfibradas
e livres; porém, na pasta mecânica são formados
fragmentos de fibras, finos, pós e aglomerados de fibras de
tamanho diminuto (Silva Jr. e Brito, 2008). Os mesmos autores comentaram
que a madeira de coníferas, para gerar polpa de adequada qualidade,
não deve ter umidade inferior a 30%. Caso contrário,
haveria geração de pastas desuniformes em qualidade (Gildomar,
2010).
A madeira de folhosas não é recomendada para esse processo
com uso de rebolo visto que muitos gêneros apresentam as paredes
das fibras finas, as quais podem ser facilmente rompidas pelas forças
mecânicas, prejudicando a qualidade das pastas (García,
2004).
- Pasta
mecânica pressurizada
Processo bastante semelhante ao anterior; contudo, emprega-se pressão
sobre os toretes controlando o atrito existente (Campos, s/d). Os rendimentos
da madeira desfibrada também são altos variando de 93
a 95%. Internacionalmente, essa polpa é conhecida como “pressurized
groundwood pulp” (Silva Jr. e Brito, 2008).
Klock (s/d) apontou que a separação entre as fibras da
madeira no processo mecânico ocorre através da quebra
das mesmas e também do rompimento entre as paredes celulares.
A pressão exercida sobre a pasta é de em torno de três
bar havendo também a aplicação de água
quente a 100°C no processo (Mokfienski, 2006). O aquecimento da
madeira pelo atrito plastifica e amolece a lignina e ajuda na individualização
das fibras.
-
Pasta mecânica de refinadores
Polpas mecânicas produzidas a partir de refinadores costumam
ter como matéria-prima os cavacos de madeira de tamanhos adequados.
Nesse processo, geralmente há dois discos, onde a madeira é friccionada
por pelo menos um deles, que possui movimento rotatório. A separação
das fibras ocorre através de barras e fendas nas superfícies
dos discos, além da energia mecânica propriamente dita
(Betini et al., 1995). A utilização de refinadores de
disco iniciou-se comercialmente em 1958, possibilitando o uso de resíduos
madeireiros e de toras defeituosas, além de diminuir muito a
mão-de-obra com relação à pasta mecânica
convencional. Isso porque o manuseio de cavacos é muito mais
simples e econômico do que o de toras e de toretes (Klock, s/d).
Após o desfibramento, há a necessidade de tratamento
do material para a separação das fibras adequadas de
elementos indesejáveis, de astilhas de dimensões não
apropriadas. Klock (s/d) relatou o uso de duas etapas de desfibramento
dos cavacos, onde o segundo refinador realiza uma desestruturação
complementar ao primeiro, deixando assim a pasta mais uniforme e com
melhor qualidade. Contudo, há gastos energéticos elevados
para esse sistema, sendo essa sua principal desvantagem. Ademais, o
custo de manutenção dos equipamentos também é outro
empecilho (Silva Jr. e Brito, 2008). Apesar disso, a pasta gerada por
refinadores apresenta teores inferiores de finos e também tem
fibras mais longas quando comparada às oriundas de desfibradores
de pedras (polpas clássicas) (Betini et al., 1995). Outro ponto
positivo das pastas mecânicas de refinadores é a flexibilidade
da planta industrial, a qual possui melhor aproveitamento de espaços,
podendo haver fáceis adaptações para a produção
de pastas quimo-mecânicas ou para a utilização
de cavacos de madeira de folhosas nas mesmas instalações
(Klock, s/d). O autor ainda apontou melhor controle da produção
de finos com os refinadores, além da fabricação
de uma pasta com propriedades físico-mecânicas melhores às
convencionais. Campos (s/d) comentou, que apesar de possuir alto teor
de astilhas e de ter baixa alvura, a pasta de refinadores pode ser
produzida com elevadas produtividades, o que garante maior produção
no processo com relação à polpa mecânica
clássica.
Para as pastas produzidas
nos três processos acima, tem sido
recomendada a remoção da latência, que é o
enovelamento e dobramento das fibras devido às fortes ações
mecânicas. Para isso, a pasta gerada é submetida ao revolvimento
junto com água aquecida a 80°C por em torno de 10 minutos.
Isso faz com que diminua o enrolamento das fibras, ganhando em comprimento,
em uniformidade ou, simplesmente, em qualidade (Klock, s/d).
- Pasta termo-mecânica
Nesse processo, a madeira é tratada com energia térmica
(vapores a cerca de 130°C) para depois sofrer a desestruturação
mecânica das fibras. É por isso que a pasta oriunda da
técnica leva o nome de termo-mecânica (Klock, s/d). O
mesmo autor relatou que o vapor provoca o amolecimento da madeira,
em específico, da lignina, requerendo menos energia para o seu
desfibramento. Como principais características da pasta, há a
maior resistência mecânica a seco do que as das polpas
descritas anteriormente; porém, sua alvura é ainda inferior,
sendo necessários períodos relativamente longos para
o aquecimento da madeira.
Outro empecilho é a elevada pressão necessária
no processo, além do alto período para remoção
da latência das fibras (Campos, s/d). A úmido, a resistência
da pasta é muito baixa. Entretanto, o papel produzido dessa
polpa tem boa printabilidade e possui textura lisa e macia (Campos,
s/d). Por isso, essa pasta é usada tanto para fabricar papéis
imprensa (jornais) como papéis sanitários. O mesmo autor
comentou que o rendimento base madeira utilizada varia entre 92-95%.
O processo utiliza desfibradores a discos para transformar a madeira
na forma de serragem grosseira, ou cavacos, dentre outros resíduos
dos Pinus, previamente aquecidos em vapor saturado, em pasta termo-mecânica
(Silva Jr. e Brito, 2008).
- Pasta quimo-mecânica
Neste processo, a madeira na forma de cavacos ou serragem grosseira
sofre a ação de reagentes químicos durante período
determinado antes de passar pelo desfibrador. A prévia imersão
da madeira em produtos químicos tais como o NaOH (soda cáustica)
faz com que haja o rompimento de algumas ligações da
lignina dos tecidos, diminuindo a energia necessária para a
desestruturação nos desfibradores (Klock, s/d). A pasta
resultante apresenta fibras mais flexíveis e facilmente separadas.
O pré-tratamento químico também pode ser realizado
com a impregnação com Na2SO3, de NaHSO3, entre outros
reagentes. Eles devem evitar a solubilização de grande
parte dos componentes da madeira, assim sendo, são considerados
tratamentos químicos leves. As pastas quimo-mecânicas
apresentam elevadas concentrações de finos, e apresentam
maiores facilidades nas etapas de branqueamentos posteriores (Silva
Jr. e Brito, 2008; García, 2004). Apesar disso, o rendimento é inferior
ao das outras pastas mecânicas anteriores, já que ocorrem
solubilizações de constituintes da madeira.
-
Pasta quimo-termo-mecânica
Cavacos,
antes de serem impregnados com componentes químicos
para refinação, podem ser ainda aquecidos com vapor (temperatura
entre 100-130°C). Isso resulta em uma madeira mais amolecida que
tem suas fibras completamente separadas por desfibradores a disco.
Geralmente o rendimento desse processo varia entre 80 a 93%, havendo
diminuição com relação aos das pastas anteriores
pelo uso de reagentes químicos e calor (Campos, s/d). O mesmo
autor também comentou que a resistência da polpa formada é superior às
outras pastas mecânicas, além da menor formação
de “shives”. Essas são as pastas conhecidas também
como “super pastas mecânicas”, em função
de suas excepcionais qualidades, branqueabilidade e inúmeras
utilizações papeleiras. Esse processo tem sofrido evoluções
significativas em relação às tecnologias, principalmente
pela adição de peróxido de hidrogênio para
alvejamento. Uma recente alternativa que está ganhando muito
espaço comercial é o conhecido processo APMP – Processo
Mecânico com Peróxido Alcalino.
Depuração
e lavagem
Em todos os processos, para a geração das PAR’s,
há uma etapa final chamada de depuração. Nela,
partículas maiores e astilhas são separadas. Para tanto,
a polpa é lavada e passa por peneiras onde os rejeitos retornam
para os refinadores a fim de serem melhor desfibrados (Silva Jr. e
Brito, 2008). Na lavagem também há a separação
do licor residual da pasta sólida, através de filtros
(Mokfienski, 2006).
Branqueamento
O branqueamento das pastas PAR ocorre principalmente para as pastas
de maior qualidade e que tenham cor escura em função
dos processos de polpação ou da qualidade da madeira.
A cor da madeira influencia na alvura e brancura da pasta mecânica.
O branqueamento consegue elevar a alvura dessas pastas a valores entre
60 a 80%, o que permite seu uso em inúmeros tipos de papéis.
Podem ser utilizados processos redutores (ditionito ou hidrossulfito
de sódio) ou oxidantes (peróxidos) para esse alvejamento
ou branqueamento. Essa etapa de elevação de alvura pode
ser feita em torres de branqueamento ou mesmo torres de massa, com
aplicação do reagente químico no próprio
desfibrador de discos, para melhorar a mistura do mesmo com as fibras.
Usos geral das pastas mecânicas
de alto rendimento
As polpas produzidas com o uso de força mecânica têm
seu principal uso para fabricação de diversos tipos de
papéis e de embalagens de cartão ou papelão. Essas
pastas podem ser transformadas tanto em papel imprensa, em papéis
absorventes, quanto em papel higiênico, guardanapos, toalhas
de papel, entre outras (Silva Jr. e Brito, 2008). Também são
constituintes comuns na fabricação de algumas das camadas
internas dos cartões multi-camadas.
Papelões, cartões para embalagem, papelão ondulado,
sacos, produtos moldados, papéis revestidos, papéis de
catálogos, de revistas e de livros também têm pastas
mecânicas como matéria-prima (Silva Jr. e Brito, 2008;
Klock, s/d; DBLquímica, s/d). Campos (s/d) também comentou
o uso das PAR na produção de absorventes íntimos
e de fraldas descartáveis.
O papel imprensa ou papel jornal pode levar até 100% de PAR,
principalmente devido às altas printabilidade e opacidade do
produto gerado. Revistas também estão levando cada vez
mais polpas mecânicas em suas composições, variando
de 20 a até 80% de PAR em suas páginas (Mokfienski, 2006).
Pastas mecânicas de mais baixa qualidade são normalmente
empregadas na produção de produtos moldados como caixas
de ovos, bandejas de papel, suporte de embalagens, entre outros (Silva
Jr. e Brito, 2008).
Hoje existe uma forte tendência em substituir a pasta química
pela PAR (mais barata), havendo a mistura de até 25% da mesma
em alguns tipos de papéis para escrever e imprimir, os quais
anteriormente levavam apenas a polpa química (Mokfienski, 2006).
Vantagens e desvantagens gerais das PAR
Existem dois tipos mais gerais de processos
de polpação:
a polpação química e a mecânica. A primeira
utiliza apenas reagentes químicos e calor para dissolver as
ligações da madeira, não havendo o quebramento
das fibras no processo. Já a segunda usa a energia mecânica
para o desfibramento da madeira através da quebra e arrancamento
das fibras (Navarro et al., 2007; García, 2004).
Mokfienski (2006) comentou que razões econômicas e ambientas
fazem com que as indústrias substituam cada vez mais as pastas
químicas por polpas mecânicas, havendo muitas misturas
para a fabricação principalmente de papéis para
livros, sanitários e de impressão. A madeira está cada
vez mais escassa no ambiente, não sendo permitidos desperdícios.
Dessa forma, as pastas mecânicas, por apresentarem rendimentos
altos e superiores aos das pastas químicas, voltaram a ser
empregadas na fabricação de muitos papéis nobres
que antes somente eram fabricados com polpas químicas, sem
prejuízo na qualidade (Mokfienski, 2006; CeluloseOnline, s/d).
Além do mais, há muitas outras razões para a
utilização das PAR’s (Silva Jr. e Brito, 2008;
Mokfienski, 2006; Foelkel, s/d; Campos, s/d), as quais são:
- baixo custo de investimento;
- rendimentos e rentabilidade do processo;
- disponibilidade de madeira de Pinus;
- qualidade dos papéis produzidos (opacidade, printabilidade,
drenabilidade, maciez, absorção)
- matéria-prima especial para diversos tipos de papéis
no mercado;
- fácil alimentação das PAR’s em máquinas
de papel;
- economia (custo de fabricação do papel menor quando
comparado ao uso de pasta química);
- preservação do meio ambiente (menor necessidade de
madeira) e menor impacto poluente.
Apesar de serem rentáveis, as PAR’s consomem muita energia
elétrica para serem fabricadas, restringindo sua produção
a nível global. Tal característica foi primordial para
o surgimento de outros processos semelhantes; porém, contendo
menores demandas energéticas (Silva Jr. e Brito, 2008; Campos,
s/d).
Outras desvantagens comuns são (DBLquímica, s/d; Klock,
s/d):
- menor lisura;
- percentual variado de astilhas ou palitos;
- produção de papéis pouco resistentes, havendo
a necessidade de mistura com polpas químicas de fibras longas
para melhoria dessa propriedade;
- fácil e rápida descoloração. O amarelecimento
do papel de PAR ocorre devido à oxidação dos
compostos não celulósicos nele existentes (Foelkel,
s/d).
Artigos brasileiros referentes a PAR com Pinus
Silva Jr. e Brito (2008) apontaram a necessidade de
matéria-prima
de qualidade para a fabricação das PAR’s. Vários
testes e estudos foram conduzidos com diversos materiais lignocelulósicos,
havendo a escolha da madeira para a produção de polpas
de elevada qualidade. Dentre as madeiras, as de coníferas
são altamente requisitadas por possuírem paredes de
fibras espessas, além de elas apresentarem elevados comprimentos.
Foelkel (s/d) apontou a escolha de coníferas para a produção
de polpas mecânicas, pois suas madeiras são leves e
claras, gerando pastas com fibras mais facilmente soltas e muitas
vezes sem necessidade de alvejamento.
Dentre as coníferas, os Pinus são dos mais utilizados
nesses processos, principalmente pela abundância e adaptação.
Observem alguns trabalhos realizados com espécies de Pinus visando à observação de propriedades das suas
PAR’s:
Barboza (2010) avaliou a qualidade de pastas termo-mecânicas
gerada a partir de cavacos de Pinus e de Eucalyptus em fábrica
de papel. As toras foram picadas separadamente em picadores apropriados
para cada gênero arbóreo, garantindo o tamanho de cavacos
ideal para melhor aproveitamento nos refinadores. Misturas de 55%
de madeira de eucalipto e de 45% de Pinus, com tamanhos de cavacos
apropriados, mostraram–se promissoras para a estabilidade da
refinação e desfibramento.
Manfredi et al. (2008) avaliaram as características do papel
produzido a partir de diferentes misturas de polpa kraft de P.
radiata e de pastas mecânicas de eucalipto. As misturas com a última
provocaram maiores forças de ligação entre as
fibras da celulose kraft de Pinus. A adição de até 30%
de PAR de eucalipto favoreceu algumas propriedades como índice
de tração, opacidade e índice de rasgo da polpa
kraft de P. radiata.
Silva Jr. et al. (1994) estudaram características da madeira
de Pinus patula var. tecunumanii para a produção de
pasta termo-mecânica e também de polpa kraft. Os autores
comentaram que a densidade da madeira em estudo foi superior às
de outros Pinus utilizados para a função. Da mesma
forma, os seus traqueídeos apresentaram tamanhos e flexibilidade
suficientes para atingir a excelência na produção
de papéis de imprensa. A pasta termo-mecânica dessa
espécie de Pinus superou algumas propriedades (resistências à tração,
ao estouro e ao rasgo) de espécies normalmente empregadas
para isso. Os resultados mostraram a potencialidade de P. patula
var. tecunumanii para utilização em produção
de PAR.
Shimoyama e Wiecheteck
(1993) também estudaram características
de papéis imprensa fabricados com PAR (no caso, polpa termo-mecânica)
de madeira de P. patula var. tecunumanii brasileiro. Essa variedade
apresentou baixas quantidades de extrativos, gerando pastas com grande
quantidade de fibras longas. Os resultados também apontaram
a potencialidade dessa madeira para a produção de papéis
jornal de alta qualidade, principalmente caso programas de melhoramento
dos seus aspectos silviculturais forem executados.
Neves
et al. (1983) realizaram pesquisas para determinar a melhor forma
de emprego da
madeira de P. taeda para produção
de pastas mecânicas de alto rendimento, em particular para
polpas termo-mecânicas e quimo-mecânicas. Para tanto,
foi estudado o impacto das dimensões dos cavacos, da pressão
e do tempo de refinação na qualidade da polpa produzida.
Também foram avaliados como os períodos de impregnação
de cavacos e concentrações de produtos químicos
como do hidróxido de sódio poderiam influir na formação
da pasta. Os resultados indicaram que cavacos de 0,95 cm de comprimento
usados com pressão de 0,2 MPa com tempo de desfibramento de
3 min. geraram polpas de melhor qualidade e economia.
Considerações finais
As polpas de alto rendimento estão passando a ter crescentes
utilizações papeleiras, principalmente pelas vantagens
econômicas e ambientais que apresentam. Porém, algumas
de suas propriedades são limitadas, restringindo o seu uso
para papéis mais nobres. Esses ainda são fabricados
em grande parte com polpas químicas. Todavia, cada vez mais
há misturas desses dois tipos de pastas (química e
mecânica), buscando as vantagens do alto rendimento com a melhor
resistência e flexibilidade das fibras da polpação
química (Mokfienski, 2006). Também os processos de
produção de PAR estão sendo aperfeiçoados
com desempenhos econômicos, produtivos e qualitativos cada
vez melhores.
Dessa forma, estudos avaliando novas tecnologias e pesquisas sobre
as propriedades de misturas de polpas deveriam ser mais incentivados.
Isso sem se esquecer do necessário aprimoramento na utilização
das fibras dos Pinus como matéria-prima de papéis derivados
de PAR’s. Espécies desse gênero arbóreo
são adaptadas às condições brasileiras,
apresentando rápido crescimento e características ideais
para a produção dessas polpas.
Muito já foi estudado sobre a tecnologia das PAR’s;
contudo, mais estímulos deveriam ser dados para o consumo
dos seus produtos, visto às vantagens dos processos que com
adventos tecnológicos cada vez utilizam menos energia na fabricação.
Observem a seguir alguns dos artigos existentes na biblioteca digital
da nossa parceira ABTCP (Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel) que foram disponibilizados como cortesia para
a elaboração deste artigo técnico. Há ainda
outras apresentações e resultados de pesquisas envolvendo
os Pinus e as PAR’s e que foram selecionados na web. Alguns
deles foram utilizados como referências bibliográficas
do presente texto. Outros estão disponibilizados para sua
leitura e obtenção de conhecimentos. Muitos desses
artigos colaboram para o melhor entendimento da história das
tecnologias de produção de PAR’s no Brasil.
Referências bibliográficas e sugestões
para leitura
Como funciona a produção. É assim que se produz
papel jornal e papel para revista. Norskeskog. Acesso em 26.01.2012:
http://www.norskeskog.com/Produtos/
Como-funciona-a-produ%C3%A7%C3%A3o.aspx
A
influência da mistura de cavacos de Pinus e
de Eucalyptus na produção de pasta termo-mecânica. R. F. Barboza.
Monografia de Conclusão de Curso. UFV – Universidade Federal
de Viçosa. 75 pp. (2010)
Obtenção da pasta celulósica e papel. Professor
Gildomar. Fundação Integrada Municipal de Ensino Superior – FIMES.
Apresentação em PowerPoint: 70 slides. (2010)
http://professor.fimes.edu.br/gildomar/files/2010/09/Processo-kraft.pdf
Polpação. F. G. Silva Jr.; J. O. Brito. In: Panorama
de la Industria de Celulosa y Papel en Iberoamérica 2008. Capítulo
II. RIADICYP. 42 pp. (2008)
http://www.riadicyp.org.ar/images/stories/Libro/capitulo2.pdf
Efeito da adição de pasta APMP de eucalipto nas propriedades
da polpa kraft branqueada de Pinus radiata. M. Manfredi; J. L. Colodette;
F. R. Milagres; R. C. Oliveira; E. C. Xu. Cerne 14(02): 113-117. (2008)
http://redalyc.uaemex.mx/pdf/744/74414202.pdf
Estudo de diferentes processos de obtenção da pasta celulósica
para fabricação de papel. R. M. S. Navarro; F. M. S.
Navarro; E. B. Tambourgi. Revista Ciências e Tecnologia 1(1):
01-05. (2007)
http://www.unicap.br/revistas/revista_e/artigo4.pdf
Curso “Fabricação de Pasta de Alto Rendimento – PAR – Da
floresta ao produto”. A. Mokfienski. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. (2006)
Parte 01: Generalidades e tecnologias. (69 slides)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/01_Pasta%20de%20Alto%20rendimento%20-%20Parte%2001.pdf
Parte 02: Da floresta ao produto. (76 slides)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/02_Pasta%20de%20Alto%20Rendimento%20-%20Parte%2002.pdf
Parte 03: Usos e aplicações de PAR. (56 slides)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/03_Pasta%20de%20Alto%20Rendimento%20-%20Parte%2003.pdf
Parte 04: Lavagem, branqueamento e máquina papel. (76 slides)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/04_Pasta%20de%20Alto%20Rendimento%20-%20Parte%2004.pdf
Parte 05: Refino e tipos de PAR. (65 slides)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/05_Pasta%20de%20Alto%20Rendimento%20-%20Parte%2005.pdf
Tratamiento
de impregnación con álcali y peróxido
de hidrógeno para reducir el consumo energético en la
producción de pastas mecánicas: modificaciones estructurales
de la molécula de lignina. C. M. García. Tese de Doutorado.
Universidad Complutense de Madrid. 307 pp. (2004)
http://eprints.ucm.es/tesis/qui/ucm-t27373.pdf (em Espanhol)
Avaliação do processo de branqueamento com peróxido
de hidrogênio aplicado a pastas de alto rendimento pelo método
dos componentes principais. J. M. Neves. III CIADICYP - Congresso Ibero
Americano de Investigação em Celulose e Papel. 10 pp.
(2004)
http://dc244.4shared.com/doc/ozuqgM8z/preview.html
http://www.riadicyp.org.ar/index.php?option=com_phocadownload&view=category&download=180%3Aavaliacao-do-processo-de-branqueamento-com-peroxido-de-hidrogenio-aplicado-a-pastas-de-alto-rendimento-pelo-metodo-dos-componentes-principais&id=10%3Ablanqueo&Itemid=100034&lang=pt
Pastas
mecânica e químico-mecânica de fibras curtas:
pode o eucalipto ser usado como matéria-prima? C. J. Ellmen;
R. Antes. O Papel (Junho): 32. (2001)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
06_Pastas%20mecanicas%20e%20fibras%20curtas.pdf
Curso de pasta mecânica. M. A. Betini; P. E. Galatti. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 92 pp. (1995)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
07_Curso%20Pasta%20Mecanica.pdf
Avaliação da qualidade da madeira de Pinus patula var tecunumanii visando
a produção de celulose kraft e pasta
mecânica. F. G. Silva Júnior; L. E. G. Barrichelo; V.
R. S. Shimoyama; M. S. S. Wiecheteck. O Papel (Julho): 32 - 35. (1994)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
08_Pinus%20patula%20var%20tecunumanii.pdf
Características da madeira e da pasta termomecânica de Pinus
patula var. tecunumanii para produção de papel
imprensa. V. R. S. Shimoyama; M. S. S. Wiecheteck. Série Técnica
IPEF 9(27): 63 – 80. (1993)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr27/cap06.pdf
CTMP de Pinus taeda: branqueamento com peróxido. J. M. Neves;
H. Outsuki. 22º Congresso Anual. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 563 – 587.
(1989)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
09_CTMP%20de%20Pinus%20taeda_%20branqueamento.pdf
Alkaline peroxide mechanical pulping - the pulp of the 1990’s.
M. J. Sferrazza; W. L. Bohn. 22º Congresso Anual. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 497 – 509.
(1989)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
10_Alkaline%20peroxide%20mechanical%20pulping.pdf
TMP de Pinus taeda: misturas para fabricação de papéis
para imprimir e escrever, embalagens e sanitários. J. M. Neves.
22º Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel. p. 471 – 495. (1989)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/11_TMP%20de%20Pinus%20taeda.pdf
Pastas de alto rendimento para a realidade brasileira. L. Cardoso.
18º Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel. p. 571 – 588. (1985)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
12_Pastas%20alto%20rendimento_realidade%20brasileira.pdf
The manufacture and quality characteristics of high yield pulps from
south American wood species. M. Jackson; G. Akerlund; K. Ingvesson.
17º Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel. p. 63 - 80. (1984)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
13_High%20yield%20pulps%20from%20south%20America.pdf
Las pastas PAREP y sus aplicaciones. E. Reinoso; J. M. Miguel; E. Garcia;
M. Prados. 16º Congresso Anual. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 453 - 467. (1983)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/14_Pastas%20PAREP%20y%20aplicaciones.pdf
Estudos preliminares da polpação de alto rendimento
de Pinus
taeda. J. M. Neves; A. F. Lima; R. M. V. Assumpção.
16º Congresso Anual. ABTCP – Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel. p. 469 - 478. (1983)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
15_Polpacao%20alto%20rendimento%20Pinus%20taeda.pdf
Pasta quimo-termomecânica: um projeto pioneiro. M. Bibiano. 15º Congresso
Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. p. 225 – 238. (1982)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
16_Pasta%20quimo%20termomecanica.pdf
Fabricação de pastas mecânicas. W. Galat; C. E.
B. Foelkel. Curso de Fabricação de Celulose. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 94 pp. (1977)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
17_Fabricacao%20pastas%20mecanicas%20Galat_Foelkel.pdf
Experiência na fabricação de pastas termomecânicas
com espécies de madeiras brasileiras. M. T. Charters. 9º Congresso
Anual. ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. p. 55 - 58. (1976)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
18_Pastas%20termomecanicas%20especies%20brasileiras.pdf
Polpação termo-mecânica - o que, onde e porque.
R. R. Peck. 9º Congresso Anual. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 133 - 137. (1976)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
19_Polpacao%20termo-mecanica.pdf
Estudos sobre espécies de madeiras brasileiras. O. Danielsson;
B. Falk; K. Ingvesson. 8ª Convenção Anual. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. p. 135 – 141.
(1975)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
20_Madeiras%20brasileiras%20pastas%20TM.pdf
Produção em planta piloto de pastas mecânicas e
termo-mecânicas a partir de eucalipto, pinho, araucária
e pinho elliottii. C. E. Bauer. 7ª Convenção Anual.
ABTCP – Associação Brasileira Técnica de
Celulose e Papel. p. 205 - 209. (1974)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
21_Pastas%20mecanicas%20e%20termo-mecanicas.pdf
Pasta mecânica. W. Galat. Curso de Preparação de
Massa. ABTCP – Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel. 20 pp. (1974)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/22_Pasta%20mecanica_Galat.pdf
Fabricação de pasta mecânica de cavacos. E. F.
Fuentes. 1ª Convenção Anual. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 14 pp. (1968)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
23_Fabricacao%20Pasta%20Mecanica%20Cavacos.pdf
Obtenção de pasta mecânica. C. Foelkel. ESALQ/USP.
03 pp. (s/d = sem referência de data)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/24_Pasta%20mecanica%20Celso%20Foelkel.pdf
Pasta mecânica branqueada – suas possibilidades de impressão
e a reversão de cor do seu papel. Transcrito da revista Norsk
Skogindustri. O Papel. 11 pp. (s/d)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/25_Pasta%20mecanica%20branqueada.pdf
Branqueamento de pastas de alto rendimento. J. L. Colodette. UFV – Universidade
Federal de Viçosa. Apresentação em PowerPoint:
57 slides. (s/d)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
26_Branqueamento%20PAR%20-%20Colodette.pdf
Branqueamento de pastas de alto rendimento. J. M. Neves. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 38 pp. (s/d)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
27_Branqueamento%20Pastas%20Alto%20Rendimento.pdf
Branqueamento de pastas de alto rendimento. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação
em PowerPoint: 62 slides. (s/d)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
28_Branqueamento%20PastasAlto%20Rendimento02.pdf
Uso de fibras estratégicas na produção de papel
tissue. Melhoramentos Papéis. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação
em PowerPoint: 18 slides. (s/d)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
29_Fibras%20Estrategicas%20para%20Papel%20Tissue.pdf
Obtenção de PAR – Pastas de Alto Rendimento. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação
em PowerPoint: 117 slides. (s/d)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
30_Obtencao%20de%20Pastas%20de%20Alto%20Rendimento.pdf
Curso básico de fabricação de papel. E. S. Campos.
ABTCP – Associação Brasileira Técnica de
Celulose e Papel. Apresentação em PowerPoint: 37 slides.
(s/d)
http://celso-foelkel.com.br/artigos/outros/31_Tipos%20de%20fibras%20e%20pastas.pdf
Introdução ao processo de obtenção de celulose. CeluloseOnline. CRQ – Conselho Regional de Química. 32
pp. (s/d)
http://www.crq4.org.br/sms/files/file/dc417.pdf
Obtenção da pasta celulósica e papel. U. Klock.
Engenharia Industrial Madeireira. Apresentação em PowerPoint:
102 slides. (s/d)
Polpa e papel. IV. Introdução à obtenção
de celulose e papel. U. Klock. Engenharia Industrial Madeireira. Apresentação
em PowerPoint: 47 slides. (s/d)
http://www.madeira.ufpr.br/ceim/index.php?option=com_content&
view=article&id=141:polpa-e-papel&catid=20:polpa-e-papel&Itemid=81
Pastas de alto rendimento. U. Klock. Engenharia Industrial Madeireira.
Apresentação em PowerPoint: 40 slides. (s/d)
http://www.madeira.ufpr.br/ceim/index.php?option=com_content&
view=article&id=141:polpa-e-papel&catid=20:polpa-e-papel&Itemid=81
Pasta mecânica : processo de obtenção. DBLquímica.
DBL Comércio de Produtos Ltda. 02 pp. (s/d)
http://www.dblquimica.com.br/documentos/pastamecanica.pdf
Obtención de pulpa de papel. Textos científicos.
(s/d)
http://www.textoscientificos.com/papel/pulpa
Imagens sobre PAR - Pastas de Alto Rendimento
http://www.google.com.br/search?q=%22pasta+mec%C3%A2nica%22&hl=pt-
BR&prmd=imvns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=yishT-m3LKiS0QGSsrn-
CA&sqi=2&ved=0CD8QsAQ&biw=1336&bih=543 (Pasta mecânica. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?q=mecanical%20pulp&um=1&ie=UTF-8&hl=
pt-BR&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi&ei=SBw1T7DlGYPqgAftpJ3oBQ&biw=
1040&bih=564&sei=TRw1T472GpHtggeFoqnoBQ#um=1&hl=pt-
BR&tbm=isch&sa=X&ei=Thw1T425Aofnggf9_9ToBQ&ved=0CD0QvwUoAQ&q=
mechanical+pulp&spell=1&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=
9b0f10765425e35a&biw=1040&bih=564 (“Mechanical pulp”. Imagens Google)
http://www.dallpel.com.br/index2.html (Dallpel - Divisão Pastas)
http://www.iguacucelulose.com.br/produtos/papelao/pasta_mecanica.htm (Pasta mecânica. Iguaçu Celulose e Papel)
http://www.melhoramentos.com.br/v2/fibras/ (Melhoramentos. Fibras.)
http://www.norskeskog.com/Produtos/
Como-funciona-a-produ%C3%A7%C3%A3o.aspx (Norskeskog. Produção)
http://www.storaenso.com/about-us/mills/brazil/arapoti-mill/
Pages/bem-vindo-fbrica-de-arapoti.aspx (Storaenso. Fábrica Arapoti)
http://tembec.com/en/products/high-yield-hardwood-pulp (Tembec. HYP – High
Yield Pulps – Hardwoods)
PinusLetter é um
informativo técnico,
com artigos e informações acerca
de tecnologias florestais e industriais e sobre
a Sustentabilidade das atividades relacionadas
aos Pinus
Coordenação e Redação
Técnica - Ester Foelkel e Celso Foelkel
Editoração - Alessandra
Foelkel
GRAU CELSIUS: Tel.(51)
3338-4809
Copyrights © 2009-2012 - celso@celso-foelkel.com.br
ester.foelkel@via-rs.net
Essa
PinusLetter é uma realização da Grau
Celsius e
da ABTCP
- Associação Brasileira
Técnica de Celulose e Papel
A PinusLetter é ainda apoiada por uma rede de empresas,
organizações e pessoas físicas
conhecida
como Apoiadores da PinusLetter.
As opiniões expressas nos artigos redigidos por
Ester Foelkel e Celso Foelkel e o conteúdo dos websites
recomendados para leitura não expressam necessariamente
as opiniões dos patrocinadores e dos apoiadores.
Caso
você queira conhecer
mais sobre a PinusLetter,
visite o endereço http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter.html
Descadastramento: Caso você não
queira continuar recebendo a
PinusLetter, envie um e-mail de cancelamento para
foelkel@via-rs.net
Caso
esteja interessado em apoiar
ou patrocinar a
PinusLetter, envie uma mensagem de e-mail demonstrando sua
intenção
para foelkel@via-rs.net
Caso
queira se cadastrar para passar a receber as próximas edições da PinusLetter bem como do Eucalyptus
Online Book & Newsletter, clique
em Registrar-se
|