Editorial
Caros
amigos interessados pelos Pinus,
Estamos lhes trazendo a 39ª Edição do
nosso informativo digital PinusLetter. Mais
uma vez nos esforçamos para lhes oferecer temas relevantes e
assuntos interessantes e atuais para sua informação e
para compartilhar conhecimentos entre todos nós. Vocês
poderão obter isso tudo através da leitura dos tópicos
que redigimos e pela navegação nos inúmeros links
oferecidos, com nossas sugestões para leitura de artigos, palestras,
cursos, teses, dissertações, monografias, websites, etc.
Essa é uma
edição até certo ponto triste para nós
da Grau Celsius, pois a principal redatora e entusiasmada escritora
e defensora do Pinus ao longo das 38 edições passadas,
a engenheira agrônoma Ester Foelkel, em função
de assuntos particulares, estará reduzindo sua participação
na elaboração desse informativo. Ester está agora
trabalhando para seu doutorado na UFPR – Universidade Federal
do Paraná, e com isso, a disponibilidade de tempo para lhes
oferecer um trabalho, no nível de qualidade que ela se acostumou,
ficou muito reduzida. Dessa forma, Ester ainda colaborou para esse
número, mas a partir de agora e até o término
de seus trabalhos acadêmicos em Curitiba, ela terá participação
cada vez menor como articuladora de textos, entrevistas e assuntos
redacionais. Tudo isso ficará acumulado pelo outro redator
da PinusLetter, Celso Foelkel, que procurará manter a periodicidade
em três edições ao ano e não mais seis.
Esperamos que entendam e compreendam essa necessidade que temos no
momento e aguardem para que possamos encontrar alternativas para
a continuidade desse informativo. Lembrem-se de que a PinusLetter é a
principal fonte de conhecimentos tecnológicos sobre o Pinus no Brasil e queremos mantê-la nessa posição.
Depois de atingirmos a página
de abertura de qualquer busca no Google Brasil com a palavra Pinus,
não podemos perder essa
conquista que nos engrandece e nos motiva a continuar trabalhando
em favor desse gênero de árvores para a Ibero-América.
Vejam e compartilhem dessa conquista conosco:
http://www.google.com.br/#hl=pt-BR&tbo=d&output=search&sclient=psy-
ab&q=pinus&oq=pinus&gs_l=hp.3..0l4.1101.1983.0.2495.5.5.0.0.0.0.367.1346.2-
3j2.5.0...0.0...1c.1.swGmr4DgllM&pbx=1&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.r_qf.&bvm=bv.
1357316858,d.eWU&fp=8955ba5429941b0&biw=1280&bih=521
Nessa
edição, continuamos a enfatizar os produtos oriundos
dos Pinus e de outras espécies florestais que trazem conforto
e inúmeros outros benefícios à sociedade. Também
nos dedicamos, como parte de nossas metas estratégicas, a
fortalecer e recomendar ações e atitudes para a conservação
de nossos recursos naturais e para as necessárias ecoeficiência
e sustentabilidade nas plantações florestais de Pinus e de outras espécies de valor para a geração
de produtos e serviços para o bem-estar das pessoas. Por isso,
alertamos para que essas florestas e seus produtos sejam gerenciados,
manejados e consumidos com adequadas condições de sustentabilidade
e com muita responsabilidade e consciência por parte dos diferentes
envolvidos nessas cadeias produtivas. O sucesso do plantio comercial
de florestas depende muitíssimo do preenchimento desses fatores
chaves, por isso nosso incentivo para as práticas de responsabilidade
socioambiental por todos. Ainda nessa edição, procuramos
dar o merecido destaque a pessoas e instituições de
nossa comunidade técnico-científica que trazem, com
seu trabalho, esforço, competência e talento, contribuições
muito relevantes na agregação de conhecimentos sobre
o Pinus. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse
e agrado.
Na seção “Espécies de importância
florestal da Ibero-América” estaremos dando destaque aos Álamos
ou Choupos (Populus spp.). Trata-se de um gênero de árvores
que tem ampla ocorrência global, tendo não apenas um papel
comercial, mas também de notável embelezamento paisagístico.
No Brasil, os álamos são ainda pouco difundidos, ocorrendo
mais ao sul do País. Entretanto, em outros países da
América Latina, como Argentina, Chile e Uruguai, eles são
muito comuns e já fazem parte da paisagem rural e das economias
regionais.
A
seção "Referências Técnicas
da Literatura Virtual” abrirá suas portas nessa edição
de duas formas. Inicialmente, ela estará homenageando um grande
amigo do Pinus e autor de diversos artigos e livros sobre a utilização
tecnológica da madeira desse gênero arbóreo.
Trata-se do professor da UNICENTRO, em Irati-PR, o professor Dr. Éverton
Hillig. O Dr. Éverton ainda nos oferece um texto técnico
exclusivo de sua autoria denominado “O Gênero
Pinus no Brasil: Invasor, Injuriado ou Incompreendido?”, fazendo isso
na seção “Com a
Palavra os Grandes Autores...”.
Nele, o autor discute sobre os diversos pontos de vista que ainda
trazem conflitos na aceitação e no reconhecimento dos
benefícios socioeconômicos trazidos pelos Pinus para
a sociedade brasileira.
Em
outra versão da seção "Referências
Técnicas da Literatura Virtual”, estamos lhes trazendo,
para conhecimento e navegação, um pouco da história
acadêmica e das inúmeras monografias sobre o Pinus produzidas
na Universidad de Chile – (Universidade
do Chile), uma das
principais entidades de ensino e pesquisa no nosso país irmão,
que é o Chile.
Essa edição também lhes traz as seções “Pinus-Links” e “Referências
sobre Eventos e Cursos”, com inúmeras sugestões
para vocês aumentarem seus conhecimentos acerca dos Pinus e demais
coníferas de utilidade direta para a sociedade.
Por
fim, temos a apresentar mais um de nossos Artigos
Técnicos,
que dessa vez lhes oferece um texto inicial sobre “Os Jornais,
o Papel Jornal e as Fibras Celulósicas de Pinus”. Conheçam
um pouco mais sobre esse bem cultural que é o papel jornal
ou papel de imprensa, suas dificuldades para crescimento de produção
no País e as qualidades e tecnologias por ele demandadas e
aplicadas.
É muito
importante que vocês naveguem logo e façam o devido
downloading dos materiais de seu interesse nas nossas referências
de links. Muitas vezes, as instituições disponibilizam
esses valiosos materiais por curto espaço de tempo; outras
vezes, alteram o endereço de referência em seu website.
De qualquer maneira, toda vez que ao tentarem acessar um link referenciado
por nossa newsletter e ele não funcionar, sugiro que copiem
o título do artigo ou evento e o coloquem entre aspas, para
procurar o mesmo em um buscador universal como Google, Bing, Yahoo,
etc. Às vezes, a entidade que abriga a referência remodela
seu website e os endereços de URL são modificados.
Outras vezes, o material é retirado do website referenciado,
mas pode eventualmente ser localizado em algum outro endereço,
desde que buscado de forma correta.
Agradecemos em especial nosso contínuo, dedicado e, no momento, único Patrocinador:
ABTCP
- Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel - (http://www.abtcp.org.br)
...e aos nossos apoiadores pessoas
físicas
e jurídicas que acreditam e estimulam esse nosso serviço
de agregação e difusão de conhecimentos acerca
dos Pinus para a sociedade.
Muitíssimo
obrigado a todos pela oportunidade, incentivo e ajuda para que possamos
levar ao nosso enorme público
alvo muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas
que são as dos Pinus e também sobre outras coníferas
e espécies florestais comercialmente e ecologicamente importantes
para nossa sociedade.
Esperamos e acreditamos estar contribuindo,
através
da PinusLetter, à potencialização das várias
oportunidades que as plantações florestais do gênero Pinus oferecem
ao Brasil, América Latina e Península
Ibérica, disseminando assim mais conhecimentos sobre os produtos
derivados dos Pinus para a sociedade e incentivando a preservação
dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.
Um forte
abraço e muito obrigado a todos vocês.
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Nessa
Edição
Editorial
Espécies
de Importância Florestal para a Ibero-América -
Álamos ou Choupos (Populus spp.)
Referências
Técnicas da Literatura Virtual – Grandes
Autores sobre o Pinus -
Professor Dr. Éverton Hillig
Com
a Palavra os Grandes Autores... - O Gênero Pinus no
Brasil: Invasor, Injuriado ou Incompreendido? – pelo
Professor Dr. Éverton Hillig
Referências
Técnicas da Literatura Virtual – Teses e Dissertações
sobre o Pinus em Universidades da Ibero-América -
Universidad de Chile - Universidade do Chile
Pinus-Links
Referências
sobre Eventos e Cursos
Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Os
Jornais, o Papel Jornal e as Fibras Celulósicas
de Pinus
Espécies
de Importância Florestal para a Ibero-América
Álamos
ou Choupos (Populus spp.)
Álamos, choupos, faias e outras árvores
com nomes populares distintos e conhecidos pertencem ao gênero Populus, da família Salicaceae, a mesma da qual fazem
parte os chorões e salgueiros (Salix spp.). Existem mais
de 30 espécies dentro do gênero Populus e centenas
de híbridos, sejam naturais ou obtidos por cruzamentos
controlados. Há muita facilidade de cruzamentos interespecíficos,
o que permite acelerados ganhos em melhoramento genético
pela hibridação e clonagem.
O gênero Populus é bastante difundido no mundo, com uma área
total estimada de mais de 70 milhões de hectares, a maior parte
na forma de florestas nativas mistas. Existe também uma razoável área
de plantações florestais, que tende a crescer em função
das produtividades florestais que estão sendo conseguidas em povoamentos
clonais do “hybrid poplars”, ou álamos híbridos.
Essas plantações de híbridos clonados já fazem
sucesso em países como Estados Unidos, Canadá, Itália,
China, Argentina, Chile, México e inclusive no Brasil (de forma
ainda inicial). Os países onde o gênero Populus é mais
abundante são pela ordem: Canadá (28 milhões de
hectares), Rússia (22), USA (18) e China (2).
Tamanha é a penetração do álamo em relação à sociedade
humana, que se relata que o nome do gênero (Populus) tem sua origem
histórica na Itália, no antigo Império Romano, onde
a árvore do álamo europeu era tão frequente nas
praças e nas alamedas das cidades romanas que era conhecida em
latim como “arbol populi”, ou “árvore do povo”,
sendo que essa foi a raiz para a origem do nome genérico taxonômico
atual.
No hemisfério sul, o Populus pode ser encontrado na forma de
plantações comerciais ou como bosques paisagísticos
ou de proteção feitos pela ação do homem,
como acontece no Chile, Argentina, Uruguai, México, Colômbia,
Brasil e outros países. Frente à excepcional beleza de
suas árvores, em que as folhas se colorem de amarelo ou alaranjado
antes do inverno, quando se soltam e caem ao solo, o gênero tem
ampla utilização paisagística e embeleza os cenários
de zonas rurais, parques naturais e áreas urbanas de lazer. Os álamos
podem ser encontrados em parques, jardins, alamedas, beiras de rios,
encostas, em praticamente todo o mundo. Trata-se de um gênero bastante
plástico e cosmopolita, conseguindo vegetar tanto em regiões
frias e congelantes como norte da Rússia e do Canadá, como
em regiões secas e desérticas como no norte do Chile e
da Argentina.
Os álamos são espécies de rápido crescimento,
com árvores em forma piramidal de cor verde escura intensa no
período da primavera e verão e com muitíssimas
folhas. Essas folhas começam a se colocar bem nos ramos de baixo
e persistem ao longo da árvore toda, principalmente em árvores
isoladas ou em quebra-ventos ou cercas-vivas. Esses tipos de utilização
são muitíssimo comuns nas áreas rurais dos países
latino-americanos.
As folhas dos álamos são em geral triangulares ou em formato
de coração, com a borda serrilhada e com pecíolos
bem alongados (entre 2 a 6 cm). Com isso, a folhagem balança muito
com o vento e dá a impressão que a árvore treme
ou se sacode. Em função disso, existem algumas espécies
em que isso é mais intenso e dai o nome de Populus tremula e Populus
tremuloides para duas delas.
As árvores são decíduas, caducifólias, ou
seja, perdem as folhas no início da estação de inverno.
As árvores ficam desnudadas e mostram seus caules e ramos delgados,
também de beleza muito intrigante. Em geral, as árvores
adultas de Populus possuem grande porte, com alturas entre 30 a 35 metros
e diâmetros à altura do peito entre 20 a 40 cm.
As cascas dos troncos variam em coloração e em desenhos
conforme a espécie ou híbrido, podendo alternar de brancas
a cinzas, ou mesmo grafites, com algumas manchas escuras esparsas. A
casca é espessa e pode ser lisa (em árvores jovens) ou
gretada (em árvores maduras).
As plantações de álamos ocorrem em praticamente
o mundo todo, desde as poucas árvores em jardins públicos,
cercas-vivas ou quebra-ventos, como em sistemas mais complexos para produção
de madeira industrial ou para bioenergia. Os sistemas agrosilvipastoris
também são comuns, em muitas regiões. Mais recentemente,
as plantações adensadas de álamos para corte raso
com 24 a 36 meses estão sendo pesquisadas para oferta de biomassa
energética. Acredito que isso seja mais um erro ambiental do que
um acerto energético dos cientistas que estão a propor
essa técnica de manejo, mas essa é outra história
para ser contada em outra ocasião.
As espécies de álamo ou choupo mais conhecidas na América
Latina e Ibéria são as seguintes:
Populus
deltoides: choupo americano, álamo Carolina, álamo
algodão, “cottonwood” (de origem do leste dos Estados
Unidos da América, México e Canadá);
Populus
nigra: álamo europeu, álamo ou choupo negro (de
origem do norte e centro da Europa, norte da África e noroeste
da Ásia);
Populus
alba: choupo ou álamo branco (originado da região
central da Europa, em especial na Espanha, Alemanha, e também
do norte da África, como Marrocos).
São também muito frequentes em plantações
feitas pelo homem, alguns materiais híbridos que apresentam denominações
especiais, como a seguir:
Populus
x euramericana (híbrido
de Populus nigra e Populus deltoides);
Populus
x canadensis (híbrido de Populus nigra e Populus
deltoides,
porém obtido a partir de outros materiais e por outros pesquisadores
- embora botanicamente os dois nomes sejam sinonímias);
Populus
x generosa (híbrido de
Populus trichocarpa e Populus deltoides).
Os híbridos são muito mais produtivos e originam clones
que podem ser propagados vegetativamente por clonagem. Esses clones podem
ser melhorados em função de condições edafoclimáticas
específicas (sítio-especificidade). Há muita expectativa
nos Estados Unidos e Canadá para o crescimento da indústria
de celulose e papel com base nesses materiais de alta produtividade para
aquelas regiões (entre 15 a 25 m³/ha.ano). Levando em conta
que os álamos perdem as folhas no inverno frio desses locais e
depois gastam muita energia metabolizada para repor as copas, essas produtividades
são excelentes em termos de florestas plantadas. Com base nessas
produtividades, as colheitas costumam ser feitas por corte raso entre
8 a 12 anos.
Apesar de serem ainda limitadas em área, as plantações
florestais de “hybrid poplars” representam uma esperança
de suprimento de madeira de baixo custo, em especial no sul dos Estados
Unidos da América. Diversos tipos de industrializações
estão apostando muitas fichas nesse tipo de florestas: painéis
de madeira, bioenergia, celulose e papel, laminados e compensados, etc.
As plantações de álamos ou choupos híbridos
mostram crescimento rápido e em pouco tempo conseguem fechar o
dossel. Como as árvores são ricas em ramificações
finas, a competição favorece a desrama natural, com morte
dessas ramificações e queda de material orgânico
ao solo. Caso o propósito seja produção de madeira
isenta de nós de toras mais grossas, recomenda-se a poda dos ramos
- uma operação cara, mas que agrega valor à madeira
para serrarias e laminadoras.
Diferentemente de outras espécies exóticas plantadas como
florestas produtivas, os álamos costumam ser plantados na América
Latina em espaçamentos mais abertos pelos produtores rurais. Isso
se deve ao fato de serem, muitas vezes, estabelecidos em sistemas agroflorestais
ou associados à pecuária. Entretanto, para produção
industrial em que o foco é madeira para fins industriais, o manejo
por talhadia ou por alto fuste costuma ser preferido.
A perda de folhas pelas árvores é enorme, o que colabora
para elevação da fertilidade e da matéria orgânica
das camadas superficiais do solo. Por essa razão, os choupos são
muito apreciados para o estabelecimento de sistemas agroflorestais ou
silvipastoris, pois eles ajudam a melhorar o desenvolvimento das culturas
agrícolas ou forrageiras intercalares. Considerando que no inverno
as árvores perdem as folhas, algumas culturas agrícolas
(trigo, p.e.) ou forrageiras de inverno (aveia) podem ser plantadas e
aproveitarem muito bem dessa ciclagem de nutrientes.
Praticamente, todas as espécies de Populus são de baixa
longevidade. As árvores atingem a senilidade cedo, e morrem naturalmente
a partir dos 60 a 80 anos. São também muito sensíveis
a pragas e doenças, além de extremamente exigentes em nutrição
mineral e em fertilização (se necessário for, deve
ser feita, caso contrário, a produtividade fica prejudicada).
As flores surgem no início da primavera, pouco antes das folhas.
Costumam serem inflorescências pendentes que geram depois infrutescências
de cápsulas muito ricas em sementes. As sementes são pequenas
e numerosas. Em geral, elas estão associadas a uma espécie
de teia ou algodão branco, o que faz lembrar a nossa paineira.
Esse algodão ajuda na dispersão das sementes pelo vento.
Nem todas as sementes são férteis, já que existem árvores
masculinas e femininas (as plantas de Populus são dioicas). Quando
não existirem árvores masculinas nas proximidades, não
há chances de se terem os óvulos fecundados pelo pólen
e as sementes serão inférteis, mal formadas e inapropriadas
para plantio.
Em relação aos melhores locais para plantar álamos,
há um sentimento empírico entre os agricultores, de que
as melhores terras são as de várzea. Isso talvez esteja
associado ao fato de que os álamos são salicáceas,
irmãos do gênero Salix, que costuma ser plantado em áreas
de solos muito úmidos. Isso pode ser um grave erro, pois os álamos
gostam de solos de textura leve e porosa, bem aerados, com lençol
freático a baixa profundidade, mas não com a água
exposta na forma de brejos, charcos ou áreas pantanosas. Em razão
do elevado IAF – Índice de Área Foliar, os álamos
são grandes consumidores de água, mas o que eles realmente
gostam é de ir encontrar essa água no lençol freático,
logo abaixo da terra aerada superficial, onde estejam plantados. Definitivamente,
eles não gostam de ficarem afogados na água do solo, podendo
vir a morrer por falta de oxigenação das raízes.
Por outro lado, as árvores de álamos são muito
sensíveis aos déficits hídricos, perdendo folhas
e paralisando o crescimento, ou até morrendo em caso de secas
prolongadas. Por essas razões, recomenda-se o seu plantio em regiões
com boa distribuição de chuvas e com nenhum ou apenas leve
déficit hídrico. Isso costuma acontecer em algumas regiões
dos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, onde
estão as maiorias das plantações de álamos
no Brasil. Quando há boa precipitação local, os álamos
podem ser plantados em terrenos levemente ondulados, até mesmo
em sítios de encosta.
As suas árvores são muito demandantes de nutrientes, tendo
exigências bem maiores do que as coníferas, com as quais
competem em qualidade de madeira. Suas demandas nutricionais principais
em terras brasileiras são para nitrogênio, fósforo
e boro. Também não suportam solos muito ácidos e
são sensíveis ao excesso de alumínio.
As principais razões para que os álamos sejam considerados
como tendo bom potencial para serem fornecedores de madeira para alguns
tipos de mercado são as seguintes:
• Qualidade única de sua
madeira para alguns nichos de mercado;
• Alta adaptabilidade e plasticidade;
• Facilidade de propagação, multiplicação
e plantio em escala de campo;
• Pronta resposta aos tratos silviculturais;
• Tronco reto e alto;
• Ciclagem magnífica de
nutrientes;
• Embelezamento estético
das paisagens rurais.
Entretanto, a silvicultura do álamo é cara, em função
dos custos elevados com preparo do solo, fertilização mineral,
tratos culturais, podas e desbastes.
No Brasil, ainda faltam inúmeras informações e
as operações florestais estão longe de poderem ser
consideradas como conhecidas, dominadas ou, quando muito, entendidas.
Faltam pesquisas e interessados em estudos de plantações
florestais puras ou em integração com lavoura e pecuária.
A principal espécie sendo plantada no Brasil é o Populus
deltoides e seus híbridos.
Existiram diversas rotas de entrada do
gênero Populus no Brasil,
por essa razão a sua história no País não é totalmente
clara. Sabe-se que muito material veio da Europa (da Itália, Portugal
e Espanha - Populus nigra e Populus alba), da Argentina, Uruguai e Estados
Unidos (Populus deltoides e P. x euramericana).
A Argentina tem tradição florestal com as salicáceas,
sendo que o álamo é uma das principais matérias-primas
para a fabricação de PAR – Pastas de Alto Rendimento
para a fabricação de papel de imprensa naquele país.
No Brasil, o cultivo de álamo tem sido relatado como sendo de
aproximadamente 4 a 5 mil hectares, sendo que os plantios estão
concentrados nas proximidades da bacia do rio Iguaçu, que compreende
regiões do oeste dos estados do Paraná e de Santa Catarina.
O principal objetivo com esses plantios é a produção
de madeira para abastecer a fabricação de palitos de fósforo.
As plantações estão ainda distantes de seu melhor
desempenho florestal, mas as expectativas são boas e existe já uma
base de conhecimentos que pode ser melhorada em parceria com as universidades
locais (Londrina, Maringá, Contestado, União da Vitória
e Curitiba). Desconhecem-se principalmente quais os mais adequados tratos
silviculturais, espaçamentos, controle biológico de pragas
e doenças, nutrição mineral e melhoramento genético
para desenvolvimento de clones produtivos e sítio-específicos.
Também falta muita informação acerca do manejo das
brotações da cepa do álamo para se conduzir as florestas
para outras rotações subsequentes.
Os historiadores florestais comentam
que as primeiras tentativas de plantações comerciais de álamo no Brasil ocorreram
no início do século XX, tendo isso acontecido nas cidades
de Caieiras (SP) e Curitiba (PR), com material de Populus deltoides.
Em início dos anos 60’s começaram a chegar da Itália
e da Argentina os primeiros materiais clonais do híbrido P.
x euramericana (ou P. x canadensis). Entretanto, somente a partir dos anos
80’s é que a silvicultura do álamo passou a dispor
de mudas de propagação vegetativa de boa qualidade, mais
adequadas para os plantios na região sul do País.
Os clones mais produtivos são também mais exigentes por
nutrientes e condições de solo e clima (especialmente de
chuvas).
Há ainda que se colocar muita atenção no que diz
respeito à fitossanidade, para evitar o ataque de pragas e doenças,
tais como:
• Mariposa
do álamo: Condylorrhiza
vestigialis
http://agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/mariposa-do-alamo_2612.html
• Broca
da madeira do álamo: Platypus sulcatus
• Ferrugem das folhas: Melampsona
medusae
http://agrolink.com.br/agricultura/problemas/busca/ferrugem-do-alamo_2352.html
• Cancro
dos galhos e do tronco: Septoria musiva
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/860293/1/
primeirorelatodaocorrenciadeSeptoriamusiva....pdf
• Manchas foliares: Alternaria
e Colletotrichum
Alternativamente às plantações de álamo
para produção de madeira, existem outros propósitos
para se plantar álamos:
• Fito-remediação,
que consiste no uso de plantas para remover ou extrair poluentes de
um solo, ou de um ambiente contaminado;
• Recuperação de áreas degradadas por atividades
como mineração, assoreamentos, desertificação,
inundações ou outros fenômenos naturais, etc.;
• Controle e prevenção
de processos erosivos;
• Cercas-vivas;
• Quebra-ventos;
• Embelezamento de parques e jardins públicos, áreas
de lazer, alamedas, margens de rios e de estradas, etc.;
• Jardinagem e paisagismo;
• Produção de biomassa energética (toda a
parte aérea da planta, como pregam os humanos encantados em queimar
biomassa);
• Sistemas correspondentes ao que se denomina de ILPF – Integração
Lavoura - Pecuária – Floresta.
A
madeira do álamo é clara, leve, macia, de baixa densidade,
com resistências apenas moderadas, mas com ótima trabalhabilidade.
Não é uma madeira naturalmente muito durável, frente
ao baixo teor de extrativos e de resinas em sua constituição.
Com isso, é muito sensível ao ataque microbiológico,
requerendo tratamento preservativo conforme a utilização.
Sua cor varia conforme a espécie ou híbrido, variando de
branca, amarela clara ou levemente rosada.
Os
anéis de crescimento da madeira são visíveis
a olho nu na seção transversal, ainda que os elementos
de vaso sejam pequenos. Entretanto, eles são abundantes, em função
da baixa densidade e alta porosidade da madeira. O volume ocupado por
vasos na madeira pode atingir 30%, enquanto as fibras atingem 55% e os
parênquimas 15%. A densidade básica da madeira de Populus é baixa,
entre 0,25 a 0,4 g/cm³. Essa variação é função
da idade, clone, híbrido, espécie, posição
no tronco e condições de crescimento.
Quimicamente,
a madeira isenta de extrativos do álamo é rica
em holocelulose (80%, sendo que 30% são hemiceluloses) e com mediano
teor de lignina (20%). O teor de extrativos é baixo e o de cinzas
normal para madeiras de folhosas para fins industriais. Essas características
a recomendam para a produção de palitos, onde se desejam
maciez, resistência, cor clara e ausência de resinas. Também é uma
madeira especial para produção de pastas de madeira de
alto rendimento para fabricação de papel. Isso porque é uma
madeira bem clara, sem resinas e de muito fácil desfibramento.
Outras características anatômicas gerais das madeiras dos álamos
são as seguintes:
• Comprimento de fibras: entre
0,65 a 1,2 mm;
• Largura das fibras: entre 25 a 30 µm;
• Espessura da parede celular; entre 2,5 a 4 µm;
• “Coarseness” das polpas: entre
5 a 9 mg/100 metros.
Em função dessas características são fibras
celulósicas facilmente colapsáveis, gerando folhas de papel
densas, lisas e altamente ligadas. Já as pastas de alto rendimento
são produzidas com baixo consumo de energia, o que permite controlar
a operação de desfibramento para minimizar a formação
de “shives” (palitos) e de finos (pó).
De forma geral, as madeiras de álamos são
utilizadas para as seguintes finalidades:
• Marcenaria e carpintaria;
• Fabricação de caixas de embalagem de frutas, produtos
hortícolas, alimentos perecíveis, etc.;
• Interiores de móveis;
• Portas, janelas e esquadrias
associadas;
• Brinquedos;
• Pisos;
• Usos gerais na construção
civil (andaimes, escoras, etc.);
• Lâminas de madeira e compensados;
• Painéis de madeira (MDF,
MDP, OSB, etc.);
• Pastas de alto rendimento para fabricação de papéis
para jornais e revistas;
• Polpas químicas branqueadas para fabricação
de papéis de impressão e para fins sanitários;
•
Polpas químicas para dissolução (“dissolving
grade pulps”);
• Bioenergia (lenha e biomassa para ser convertida em péletes
e briquetes).
Os usos, as virtudes e as chances de
sucesso das madeiras do álamo
vão depender de:
• Espécie ou clone sendo utilizado e seu grau de melhoramento
genético;
• Manejo florestal;
• Defeitos nas formas dos troncos;
• Presença de ramos grossos e consequente abundância
de nós no xilema;
• Anomalias nos tecidos lenhosos (madeiras de reação,
grã espiralada, etc.);
• Ataques de patógenos (cancro,
brocas, etc.);
• Tensões de crescimento;
• Curvatura dos troncos no comprimento e no diâmetro.
Nos Estados Unidos e no Canadá há enorme expectativa,
já há pelo menos uma década, sobre o potencial de
crescimento de plantações de álamos híbridos,
o que pode redirecionar a indústria madeireira e energética
para esses tipos de materiais. O material híbrido tem excelente
crescimento volumétrico para regiões frias e de baixos
níveis de incremento florestal (em especial no Canadá).
Além disso, os híbridos conseguem ser clonados, propagados
em larga escala e conduzem a madeiras muito mais uniformes e regulares
em desempenho industrial.
Algumas empresas do setor de celulose
e papel estão investindo
muito no desenvolvimento desses “hybrid poplars”, como as
seguintes: International Paper, Boise Cascade, Tembec, Alberta Pacific,
Potlatch, dentre outras gigantes do setor papeleiro da América
do Norte. O objetivo é encontrar um adversário doméstico à altura
para competir com os eucaliptos, enquanto esses não estejam completamente
melhorados para suportar o frio dos estados do sul dos USA. Ou então,
enquanto o aquecimento global não tornar viável o plantio
de eucalipto em estados como Flórida, Alabama, Texas e Geórgia.
Como já visto, as madeiras claras de álamo têm três
nichos interessantes onde poderão desempenhar bem na indústria
de celulose:
• Produção de celulose solúvel pelo processo
pré-hidrólise kraft;
• Produção de PAR – Pastas
de Alto Rendimento;
• Produção de polpa branqueada pelo processo sulfato
ou kraft, apesar das desvantagens de madeiras com muito baixa densidade
baixa (consumo unitário maior de madeira por tonelada de celulose,
dificuldades em polpação contínua pela flutuação
de cavacos no corpo do digestor, potencial redução da produtividade
da fábrica pela menor capacidade de alimentar peso de madeira
aos digestores, etc.). Entretanto, considera-se que exista uma vantagem
importante: a maior facilidade de impregnação e de polpação
desses cavacos porosos e de teor moderado de lignina.
Enfim, as coisas estão acontecendo rapidamente e as chances de
crescimento em importância dos álamos são enormes,
em especial para a produção de biomassa para biocombustíveis
sólidos (lenha, péletes e briquetes), líquidos (etanol
celulósico) e gasosos (pirólise rápida, gaseificação
e torrefação de biomassa). O tempo vai mostrar em breve
quais as rotas vitoriosas.
Referências da literatura e sugestões
para leitura
Observem alguns resultados de trabalhos
científicos, técnicos
e de extensão publicados acerca dos álamos ou choupos,
com ênfase em literaturas relacionados aos temas florestais e de
tecnologia de madeira.
Álamo
ou choupo. Portal da Madeira. Acesso em 30.12.2102:
http://portaldamadeira.blogspot.com.br/2010/03/especies-de-madeira-alamo-choupo.html
O crescimento das árvores de álamo. D. Rossignot. Jardim
para Casa. Acesso em 30.12.2102:
http://www.avelonline.com/o-crescimento-das-arvores-de-alamo.html
Quais são os diferentes tipos de árvores de álamo? P. Arnaud. Acesso em 30.12.2012:
http://www.avelonline.com/quais-sao-os-diferentes-tipos-de-arvores-de-alamo.html
Choupo negro. Mais Natureza. Acesso em 30.12.2012:
http://www.maisnatureza.com/geral/choupo-negro/
Populus. Enciclopédia Livre Wikipédia.
Acesso em 30.12.2012:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Choupo (em
Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Populus (em Espanhol)
http://en.wikipedia.org/wiki/Populus (em
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Populus
nigra. Enciclopédia Livre Wikipédia.
Acesso em 20.12.2012:
http://es.wikipedia.org/wiki/Populus_nigra (em Espanhol)
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Inglês)
Populus deltoides. Enciclopédia Livre Wikipédia.
Acesso em 20.12.2012:
http://en.wikipedia.org/wiki/Populus_deltoides (em
Inglês)
Populus alba. Enciclopédia Livre Wikipédia.
Acesso em 20.12.2012:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Populus_alba (em
Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Populus_alba (em Espanhol)
http://en.wikipedia.org/wiki/Populus_alba (em
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Álamo - Populus nigra. R. Patro. Jardineiro.net. Acesso em 20.12.2012:
http://www.jardineiro.net/br/banco/populus_nigra.php
Álamo. MadeiraImportada.com. Acesso em 20.12.2012:
http://www.madeiraimportada.com/Alamo-Aspen.pdf
Álamo (Poplar) – Populus
spp. – Salicaceae – Folhosa
(Hardwood). Madeiras para Instrumentos Musicais. Mundo Florestal. Acesso
em 20.12.2012:
http://www.mundoflorestal.com.br/mediawiki/index.php/%C3%81lamo
Populus
nigra (Black or water poplar). F. Rumsey. Natural History Museum.
Acesso em 20.12.2012:
http://www.nhm.ac.uk/nature-online/species-of-the-day/
biodiversity/endangered-species/populus-nigra/index.html (em Inglês)
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http://www.pfaf.org/user/Plant.aspx?LatinName=Populus+nigra (em Inglês)
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nigra. (Choupo negro). Câmara Municipal de Guimarães.
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http://www.cm-guimaraes.pt/files/1/documentos/populus_nigra.pdf
Populus tremuloides – “Trembling aspen”. Enciclopédia
Livre Wikipédia. Acesso em 20.12.2012:
http://en.wikipedia.org/wiki/Populus_tremuloides (em Inglês)
Populus
tremula. “Aspen”. Enciclopédia Livre Wikipédia.
Acesso em 20.12.2012:
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for a secured supply of quality fiber for papermakers worldwide. GreenWood
Resources. 04 pp. Acesso em 20.12.2012:
http://www.greenwoodresources.com/sites/default/files/webfm/
assets/information/hybrid-poplar-white-paper.pdf (em Inglês)
Hybrid
poplar plantations for the North American pulp and paper industry
- History and future outlook. B.J.
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of the Pulp and Paper Industry. 15 pp. Acesso em 20.12.2012:
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de Mestrado. USP – Universidade de São Paulo. 83 pp. (2009)
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tde-23062009-094257/publico/Fernanda_Antunes.pdf
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nitrogenada em dois sítios do município de São Mateus
do Sul, Paraná. G.M. Otto; A.C.V. Motta; C.B. Reissman. Ciência
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Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Paraná.
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http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/
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http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/
pdf_ms/2006/d470_0637-M/sumario.pdf (Sumário)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/
pdf_ms/2006/d470_0637-M/versao_final.pdf (Versão final)
Adubação nitrogenada, produção e estado
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no município de São Mateus do Sul, PR. G.M. Otto. Dissertação
de Mestrado. UFPR – Universidade Federal do Paraná. 82 pp.
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National Resources Conservation System. Fact sheet. 02 pp. (s/d = sem
referência de data)
http://plants.usda.gov/factsheet/pdf/fs_pode3.pdf (em Inglês)
Imagens
de álamos e choupos
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l=img.3..0l7.1277.2081.0.2909.5.5.0.0.0.0.574.1489.2j0j1j5-2.5.0...
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22&oq=%22poplar+leaves%22&gs_l=img.12..0i19.2452.2452.0.4253.1.1.0.
0.0.0.302.302.3-1.1.0...0.0...1ac.qVx3JtGQcsM (Imagens Google: “Poplar leaves”)
http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=
hp&biw=1280&bih=521&q=%22poplar+flowers%22&oq=%22poplar+flowers%
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0.0...1ac.1.PP1nuzTUgNY (Imagens Google:”Poplar flowers”)
http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=
isch&source=hp&biw=1280&bih=521&q=%22cottonwood+seeds%22&oq=
%22cottonwood+seeds%22&gs_l=img.3...1314.6281.0.6524.18.17.0.1.0.0.32
5.2153.8j4j1j3.16.0...0.0...1ac.1.V_Yz7QUIpS8 (Imagens Google: “Cottonwood seeds”)
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Grandes Autores sobre o Pinus
Professor
Dr. Éverton Hillig
O professor e doutor Éverton
Hillig é o
pesquisador homenageado como “Grande
Autor sobre o Pinus” dessa
edição da PinusLetter. Considero absolutamente justo,
sincero e honesto esse reconhecimento, em função do que
eu conheço do professor Éverton, de suas qualidades como
educador e pesquisador e por seu caráter profissional e motivações. É importante
ressaltar que Éverton se dedica ao Pinus desde sua infância.
Por isso, suas palavras de admiração em relação às
madeiras desse gênero: “A madeira do Pinus é muito
bonita; quando obtida de árvores maduras e bem manejadas é similar
em qualidade à madeira do pinheiro brasileiro Araucaria
angustifolia”.
E continua com entusiasmo: “Uma casa ou cabana construída
com madeira de Pinus é resistente, durável e aconchegante”.
Conheci Éverton Hillig, quando ele foi meu aluno de pós-graduação
na UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. Éverton
era tão dedicado ao seu aperfeiçoamento profissional
que assistiu diversas de minhas disciplinas na qualidade de aluno ouvinte
(inclusive fazendo as provas e trabalhos de avaliação),
em adição às disciplinas que cumpria como requisitos
de seu mestrado. Também trabalhamos juntos quando eu fui diretor
executivo do CEPEF – Centro de Pesquisas Florestais (http://www.ufsm.br/cepef/index_2.html).
Naquela época, Éverton era acadêmico da pós-graduação
da UFSM e me ajudou a montar um excelente programa de palestras e cursos
para os profissionais e estudantes de engenharia florestal que tinham
relação direta com o CEPEF.
Éverton
Hillig é engenheiro florestal (1986) e mestre
em ciências (2000) pela UFSM – Universidade Federal de
Santa Maria. Obteve seu doutoramento na UFPR – Universidade Federal
do Paraná, em 2006. Teve como professores orientadores outros
grandes amigos das madeiras do Pinus, o Dr. Clóvis Roberto Haselein
na UFSM e Dr. Setsuo Iwakiri (UFPR). Atualmente, é professor
adjunto da UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro-Oeste,
em Irati/Paraná, onde também exerce a função
de Chefe do Departamento de Engenharia Florestal. Sua maior experiência
profissional se concentra em Tecnologia e Utilizações
de Produtos Florestais Madeireiros, atuando em especial em relação
a: painéis de madeira, madeira serrada, compósitos com
madeira, caracterização da qualidade da madeira, resíduos
da industrialização da madeira e produção
moveleira.
Éverton Hillig nasceu na cidade de Porto Alegre em 1963, filho
de Elimar Hillig e Loni Vera Hillig. Trabalhou em diversas empresas
antes de se decidir pela carreira acadêmica, quando a partir
de 1998 começou a estudar para obter seu primeiro título
de pós-graduação na UFSM (Mestrado) e depois na
UFPR (Doutorado). Entre 2001 a 2007 foi professor adjunto da UCS – Universidade
de Caxias do Sul, onde atuou também como coordenador do Colegiado
do Curso de Tecnologia em Produção Moveleira e como pesquisador
do Grupo de Pesquisa em Polímeros. Também teve uma atuação
ambiental muito importante, já que se dedicou a estudos e pesquisas
com resíduos da indústria moveleira da serra gaúcha,
em especial para os municípios de Caxias do Sul e Bento Gonçalves.
Em função desse seu trabalho de cunho ambiental, acabamos
nos reunindo para trabalhos conjuntos mais uma vez: fui convidado por
ele para ser professor da disciplina “Gerenciamento ambiental” no
curso de especialização em gestão ambiental que
a UCS montou e que era lecionado tanto em Caxias do Sul, como em Bento
Gonçalves. Naquela época, o professor Éverton
também atuava no ISAM – Instituto de Saneamento Ambiental
da Universidade de Caxias do Sul (http://www.ucs.br/ucs/institutos/isam/apresentacao).
No presente momento em que elaboramos essa edição da
PinusLetter, o professor Éverton Hillig atuava como professor
adjunto da UNICENTRO – Universidade Estadual do Centro-Oeste,
sendo responsável por disciplinas e orientações
nos cursos de graduação e pós-graduação
(nível Mestrado) dessa universidade, bem como desempenhando
a função de chefe do Departamento de Engenharia Florestal
da instituição.
O interesse pela engenharia florestal
surgiu em sua juventude, em função do gosto que tinha pelos recursos naturais e pelos
ecossistemas da região sul do Brasil. Seu maior interesse era
por associar os conhecimentos de biologia com os de engenharia, o que
fez muito bem durante seu tempo de graduação em engenharia
florestal na UFSM. Entretanto, quando voltou aos bancos universitários
para trabalhar pelo seu grau de mestre em ciências florestais,
seu interesse se deslocou para a área de tecnologia de produtos
florestais, em função de já ter trabalhado na
iniciativa privada e por ter conhecido mais sobre as engenharias e
tecnologias. Seu trabalho nessa nova área “foi produtivo,
prazeroso, inclusive fascinante”, garantiu Éverton com
muita paixão pelo que faz atualmente.
Éverton considera que o Pinus sempre esteve presente em sua
vida, desde sua infância. Quando ainda era criança, seu
pai recebeu de doação uma muda de Pinus que foi plantada
em frente da casa onde moravam. Com isso, Éverton viu, ajudou
e acompanhou o crescimento daquela árvore, ao mesmo tempo em
que desenvolvia sua educação e carreira profissional.
Na engenharia florestal, o professor Éverton pode então
colaborar com a silvicultura e com a tecnologia da madeira do Pinus, o que faz com muito empenho e dedicação.
Por outro lado, na Universidade de
Caxias do Sul, seus esforços
foram direcionados para encontrar usos (reciclagem) e para minimizar
a geração de resíduos lenhosos da indústria
moveleira na região da serra gaúcha. Houve grande interesse
em se pesquisar a produção de compósitos de serragem
de madeira associados com plásticos. Essa opção
garantiu um elo muito forte com a indústria moveleira nas cidades
de Caxias do Sul e Bento Gonçalves. Com isso, teve forte atuação
para valorização da imagem da madeira de Pinus e dos
produtos com ela fabricados. Também se preocupou em desmistificar
preconceitos que notou existirem em relação a esse gênero
arbóreo em muitos segmentos daquela comunidade regional. Sobre
esse tema, o professor Éverton nos ofereceu um artigo que está para
sua leitura na seção que se segue a essa, na presente
edição da PinusLetter.
Além do Pinus, outros gêneros de árvores e de
suas madeiras vêm sendo estudados pelo professor Hillig e sua
equipe de pesquisadores e alunos: Eucalyptus (E.grandis, E.saligna,
E.dunnii), Araucaria angustifolia (pinheiro brasileiro), Acacia
mearnsii (acácia negra), Mimosa scabrella (bracatinga), Hovenia
dulcis (uva-do-Japão), etc. Em geral, os estudos se relacionam à qualidade
da madeira e os aspectos tecnológicos para produção
de painéis e compósitos de madeiras.
O professor Éverton Hillig acredita que sua atuação
como coordenador do Curso de Tecnologia em Produção Moveleira
na UCS e agora sua função de chefia de departamento na
UNICENTRO têm favorecido sua aproximação com outras
entidades para alavancar pesquisas de aplicação industrial
para as madeiras do Pinus. Um dos focos principais desse tipo de atuação
costuma ser a geração de projetos de pesquisa e extensão
com entidades institucionais ou organizações industriais,
tais como empresas da região e entidades como: Centro Gestor
de Inovação Moveleira/RS (http://www.cgimoveis.com.br/),
Sindimadeira/RS (http://www.sindimadeira.org.br/) e Secretaria de Ciência,
Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná.
Éverton Hillig é modesto em relação às
suas conquistas profissionais. É importante ressaltar que em
pouco mais de 10 anos de atuação acadêmica, Éverton
já reuniu mais de 60 artigos publicados (disponibilizados na
web), além de um conjunto grande de monografias e relatórios
técnicos que não estão ainda colocados para acesso
público na internet. Seu foco é grande na atuação
como educador e orientador de estudantes da graduação
e pós-graduação em engenharia florestal. Por isso
mesmo, ele acredita que sua maior conquista profissional seja a carreira
de docente e pesquisador, que conquistou com muito esforço e
dedicação, além do apoio familiar para tal feito.
Dentre
as suas contribuições ao setor, além das
inúmeras pesquisas realizadas e publicadas, o professor Éverton
acredita estar fortemente comprometido em defender e em mostrar as
vantagens que as madeiras de Pinus e de outras espécies de reflorestamento
oferecem para a sociedade brasileira. Isso pode ser confirmado pela
sua incansável vocação de educador e de orientação
de inúmeros estudantes, quer ocorresse na UCS, como agora na
UNICENTRO e em outras universidades onde atua em parcerias em pesquisas
(UFPR e UFSM).
Suas
atividades de extensão universitária também
se relacionam em elucidar as inúmeras vantagens das madeiras
de Pinus, bem como em mostrar as formas mais corretas para se trabalhar
essas matérias-primas.
Com
relação ao futuro, o professor Éverton acredita
que há muita coisa mais a ser feita. A palavra mágica
do momento é sustentabilidade, por isso, deve continuar focando
o melhor uso dos recursos naturais, quer seja pela minimização
da geração de resíduos da indústria madeireira,
como para reciclagem dos mesmos. Tudo isso se obtém pela adequada
gestão e pelo bom uso das tecnologias. Éverton também
cita que algumas ações de sustentabilidade devem acontecer
para melhoria dessas matérias-primas florestais: melhoramento
genético, clonagem, hibridação de pináceas,
adequação de espécies e de clones para situações
edafoclimáticas específicas, etc. Além disso,
cita que se devam colocar muitos esforços para comunicação
para a sociedade brasileira que as madeiras de Pinus podem ser obtidas
com ótimas qualidades e a partir de florestas certificadas e
de adequado nível de manejo florestal sustentável.
Nosso
amigo Éverton é tão comprometido com as
madeiras, que um de seus hobbies caseiros favoritos é o de construir
artesanalmente móveis e utensílios de madeira. Também
gosta muito de jogar futebol, “apesar de que a idade já estar
colaborando para gradual perda dessa qualidade e virtude”.
Com
emoção, Éverton ainda menciona que deve muito à sua
família, que o acompanha nessa sua jornada florestal – sua
esposa Susana e os dois filhos: Débora e Gabriel.
O Currículo Lattes do professor Dr. Éverton Hillig
pode ser encontrado na internet, onde se pode localizar um apanhado
global dos feitos e conquistas desse grande amigo dos Pinus e de
outras espécies florestais madeireiras.
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?metodo=apresentar&id=K4706962Z4 (Currículo
Lattes)
e
http://dgp.cnpq.br/buscaoperacional/detalhepesq.jsp?pesq=5240619272740210 (Diretório de pesquisadores do CNPq)
e
http://defunicentro.sitepx.com/corpo-docente.html (Corpo docente do
Departamento de Engenharia Florestal – UNICENTRO)
e
http://br.linkedin.com/pub/%C3%A9verton-hillig/23/658/939 (LinkedIn)
Encontrem
ainda para leitura as teses de mestrado e de doutorado de nosso amigo
Dr. Éverton Hillig:
Viabilidade
técnica de produção de compósitos
de polietileno (HDPE) reforçados com resíduos da madeira
e derivados da indústria moveleira. É. Hillig. Tese de
Doutorado. UFPR – Universidade Federal do Paraná. 193
pp. (2006)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/pdf_dr/2006/t200_0243-D.pdf
Qualidade
de chapas aglomeradas estruturais, fabricadas com madeiras de Pinus, eucalipto
e acácia negra, puras ou misturadas, coladas
com tanino-formaldeído. É. Hillig. Dissertação
de Mestrado. UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. 112
pp. (2000)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/tese_Everton.pdf
Por
tudo isso e muito mais, Éverton Hillig já ajudou
muito e continua a contribuir com a área florestal e madeireira
do Brasil, gerando importantes informações sobre os desafios
ao setor. Sua atuação o qualifica de forma relevante
a ser considerado como um “Grande Autor sobre o Pinus” por
nossa PinusLetter. Obrigado amigo Éverton por tudo que você tem
feito para o setor industrial de base florestal brasileiro e por suas
contribuições ao Pinus e para suas utilizações
tecnológicas.
Na
próxima seção desse informativo, o professor Éverton
nos oferece um artigo especialmente preparado para essa edição
da PinusLetter, onde relata sobre alguns conflitos que existem sobre
a aceitação do Pinus por parte de alguns segmentos da
sociedade brasileira, que não conseguem ainda enxergar as vantagens
que essas árvores oferecem para suprir madeira para inúmeras
utilizações no nosso País.
Artigos,
palestras, livros e textos de autoria do Dr. Éverton Hillig
e equipe de pesquisadores
Seguem abaixo alguns resultados de
pesquisas que tiveram a atuação e a colaboração do Dr. Éverton
Hillig. São ao todo cerca de 60 trabalhos e resumos, dentre
os que conseguimos resgatar na web. A maioria desses trabalhos é dedicada
ao uso tecnológico da madeira, destacando aqueles em que se
tem o Pinus como matéria-prima principal, e que foram publicados
pelo pesquisador e equipe de parceiros (alunos, professores, pesquisadores,
candidatos a título acadêmico), na forma de artigos, palestras,
teses, resumos e livros textos.
Propriedades
físicas da madeira de Araucaria angustifolia (Bert.)
O. Kuntze em função da posição no fuste
para diferentes idades. É. Hillig; G.O. Machado; D.L. Holk;
G.M. Corradi. Cerne 18(2): 257 – 263. (2012)
http://www.scielo.br/pdf/cerne/v18n2/a10v18n2.pdf
Qualidade
de painéis de madeira compensada fabricados com lâminas
de Eucalyptus saligna, Eucalyptus dunnii e Eucalyptus
urograndis. S.
Kazmierczak. UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro-Oeste – Paraná.
93 pp. (2012)
http://www.unicentrocienciasflorestais.com/site/projetos/defesas_rel.php
Rendimento
na produção de lâminas torneadas de Pinus
taeda plantado em diferentes sítios florestais. B. Dalgallo;
A.N. Dias; A. Figueiredo Filho; É. Hillig. 4º Congresso
Florestal Paranaense. 06 pp. (2012)
http://malinovski.com.br/CongressoFlorestal/
Trabalhos/06-Tecnologia/TPF-Artigo-12.pdf
Calibração das propriedades físico-mecânicas
de painéis aglomerados por espectroscopia no infravermelho próximo. L.C. Viana; É. Hillig; F.L. Sanches; G.I.B. Muniz. 4º Congresso
Florestal Paranaense. 07 pp. (2012)
http://malinovski.com.br/CongressoFlorestal/
Trabalhos/06-Tecnologia/TPF-Artigo-05.pdf
Qualidade
de painéis aglomerados produzidos com mistura de
madeiras de quatro espécies florestais. F.L.
Sanches. Dissertação
de Mestrado. UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro-Oeste – Paraná.
93 pp. (2012)
http://www.unicentrocienciasflorestais.com/site/
destino_arquivo/felipe_sanches.pdf
Aplicação da flotação por ar dissolvido
como pós-tratamento de efluente de lodo ativado em uma indústria
de papel e celulose. L. Quartaroli. Dissertação de Mestrado.
UNICENTRO - Universidade Estadual do Centro-Oeste – Paraná.
112 pp. (2012)
http://www.unicentrocienciasflorestais.com/site/
destino_arquivo/larissa_quartaroli.pdf
Potencialidade
energética da madeira de duas espécies
florestais via uso direto e através da pirólise. H. Rancatti.
Dissertação de Mestrado. UNICENTRO - Universidade Estadual
do Centro-Oeste – Paraná. 89 pp. (2012)
http://www.unicentrocienciasflorestais.com/site/
destino_arquivo/heloisa_rancatti.pdf
Propriedades
físicas de painéis aglomerados produzidos
com misturas de diferentes espécies florestais. L.M. Napoli.
Trabalho de Conclusão de Curso. UNICENTRO - Universidade Estadual
do Centro-Oeste – Paraná. 40 pp. (2011)
http://defunicentro.sitepx.com/file/24765/tcc-lygia-final-1588711.pdf
Evaluation
of the environmental performance in the furniture industry – a
case study. W.N. Schirmer; M.A. Gauer; É. Hillig; D. Bartiko.
Engenharia Ambiental: Pesquisa e Tecnologia 8(4). (2011)
http://189.20.243.4/ojs/engenhariaambiental/
include/getdoc.php?id=1865&article=668&mode=pdf (em Inglês)
Qualidade
de painéis compensados de Pinus taeda produzidos
por indústrias da região de Irati/PR. B.M. Cabral. Trabalho
de Conclusão de Curso. UNICENTRO - Universidade Estadual do
Centro-Oeste – Paraná. 43 pp. (2011)
http://defunicentro.sitepx.com/file/24765/tcc-bruna-final-767847.pdf
Estudo
sobre viabilidade de uso de resíduos de compensados,
MDF e MDP para produção de painéis aglomerados. C. Weber. Dissertação de Mestrado. UFPR – Universidade
Federal do Paraná. 90 pp. (2011)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/pdf_ms/2011/d567_0772-M.pdf
Caracterização de compósitos produzidos com polietileno
de alta densidade (HDPE) e serragem da indústria moveleira – Parte
II – Extrusão em dupla-rosca. É. Hillig; S. Iwakiri;
C.R. Haselein; O. Bianchi; D.M. Hillig. Ciência Florestal 21(2):
335 - 347. (2011)
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/
cienciaflorestal/article/download/3237/1879
Propriedades
físico-mecânicas de chapas aglomeradas produzidas
com bambu, Pinus e eucalipto. W.W.C. Moraes. Dissertação
de Mestrado. UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. 134
pp. (2011)
http://www.vsdani.com/ppgef/tesesdissertacoes/
a2cfbweslley_wilker_corr_a_morais_disserta__o_de_mestrado.pdf
Desempenho
ambiental em indústrias de base florestal – estudo
de caso na região centro-sul do Paraná. W.N. Schirmer;
M.A. Gauer; É. Hillig; D. Bartiko. Revista Gestão Industrial
6(3): 100 – 114. (2010)
http://revistas.utfpr.edu.br/pg/index.php/revistagi/article/view/580/2154-2-PB.pdf
Influência do espaçamento sobre o crescimento e a qualidade
da madeira de Pinus taeda. D.T. Pauleski. Tese de Doutorado. UFSM – Universidade
Federal de Santa Maria. 198 pp. (2010)
http://www.vsdani.com/ppgef/tesesdissertacoes/
cfa79dalva_teresinha_pauleski_tese_de_doutorado.pdf
Avaliação da degradação não-isotérmica
de madeira através de termogravimetria - TGA. O. Bianchi; C.
Dal Castel; R.V.B. Oliveira; P.T. Bertuoli; É. Hillig. Polímeros
20(5): 395 - 400. (2010)
http://www.scielo.br/pdf/po/v20n5/aop_0634.pdf
Extração e quantificação de substâncias
corantes provenientes de serragem de madeira. F.C. Passos; G.M.CG.S.
Brito; R. Figueiredo; R.P. Chaves; É. Hillig; G.O. Machado.
SIEPE – Semana de Integração Ensino, Pesquisa e
Extensão. UNICENTRO. 04 pp. (2009)
http://anais.unicentro.br/siepe/2009/pdf/resumo_876.pdf
Análise química da madeira de Pinus oocarpa. C.K. Rodrigues; É.
Hillig; G.O. Machado. SIEPE – Semana de Integração
Ensino, Pesquisa e Extensão. UNICENTRO. 05 pp. (2009)
http://anais.unicentro.br/siepe/2009/pdf/resumo_617.pdf
Propriedades
físicas da madeira de Araucaria
angustifolia procedente
da região centro – oeste do Paraná. D.L. Holk;
G.M. Corradi; É. Hillig; G.O. Machado. SIEPE – Semana
de Integração Ensino, Pesquisa e Extensão. UNICENTRO.
05 pp. (2009)
http://anais.unicentro.br/siepe/2009/pdf/resumo_1417.pdf
Caracterização da cadeia produtiva da madeira na região
de Reserva, PR. D. Oliveira; J.A. Sampietro; R. Lima; E.S. Lopes; A.L.N.
Pereira; R.H. Silva; É. Hillig. SIEPE – Semana de Integração
Ensino, Pesquisa e Extensão. UNICENTRO. 04 pp. (2009)
http://anais.unicentro.br/siepe/2009/pdf/resumo_961.pdf
Propriedades
físico-mecânicas e resistência a biodeterioradores
de chapas aglomeradas constituídas por diferentes proporções
de madeira e casca de arroz. R.R. Melo. Dissertação de
Mestrado. UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. 94 pp.
(2009)
http://www.vsdani.com/ppgef/tesesdissertacoes
/74c70disserta__o_rafael_rodolfo_de_melo.pdf
Geração de resíduos de madeira e derivados da
indústria moveleira em função das variáveis
de produção. É. Hillig; V.E. Schneider; E.T. Pavoni.
Produção 19(2): 292-303. (2009)
http://www.scielo.br/pdf/prod/v19n2/v19n2a06.pdf
Avaliação do uso de estufa solar para secagem de madeira
serrada de eucalipto. D.M. Stangerlin. Dissertação de
Mestrado. UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. 113 pp.
(2009)
http://www.vsdani.com/ppgef/tesesdissertacoes/
Dissertacao%20PPGEF%20-%20Diego%20Stangerlin.pdf
Obtenção e caracterização de compósitos
preparados com poliestireno expandido reciclado e pó de madeira.
M. Poletto. Dissertação de Mestrado. UCS – Universidade
de Caxias do Sul. 99 pp. (2009)
http://tede.ucs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=323
RESUMO:
Uso de resíduos de madeira em compósitos. É.
Hillig; M. Poletto; V.E. Schneider; C. Weber. Anais do 10º Congresso
Estadual Florestal do Rio Grande do Sul. p. 51. (2008)
http://www.congressoflorestalrs.com.br/documentos/00_livro_congresso.pdf
RESUMO:
Tratamento químico da madeira nos setores madeireiro
e moveleiro – análise ambiental em municípios da
serra gaúcha. É. Hillig; V.E. Schneider; C. Weber; V.
Casagrande. Anais do 10º Congresso Estadual Florestal do Rio Grande
do Sul. p. 54. (2008)
http://www.congressoflorestalrs.com.br/documentos/00_livro_congresso.pdf
RESUMO:
Situação produtiva e ambiental de pequenas empresas
madeireiras na região do COREDE-Serra/RS. V.E. Schneider; É.
Hillig; C. Weber. Anais do 10º Congresso Estadual Florestal do
Rio Grande do Sul. p. 57. (2008)
http://www.congressoflorestalrs.com.br/documentos/00_livro_congresso.pdf
Caracterização de compósitos produzidos com polietileno
de alta densidade (HDPE) e serragem da indústria moveleira. É.
Hillig; S. Iwakiri; M.Z. Andrade; A.J. Zattera. Revista Árvore
32(2): 299 – 310. (2008)
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v32n2/a13v32n2.pdf
RESUMO:
Use of sawdust in polyethylene composites. É. Hillig;
E. Freire; A.J. Zattera; G. Zanotto; K. Grison; M. Zeni. Progress in
Rubber, Plastics and Recycling Technology 24: 73 – 79. (2008)
http://www.polymerjournals.com/default.asp?Search=YES&JournalID=100594&JournalType=prprt (em Inglês)
RESUMO:
Production of polyethylene _HDPE_ composites reinforced with furniture
industry wood and wood
composites residues. É. Hillig;
M. Zeni; C.R. Haselein. Ecowood 2008. Portugal. (2008)
http://ecowood.ufp.pt/Ecowood2008/Proc%20ECOWOOD%202008%20-%20Contents.pdf (em Inglês)
Eficiência energética – um estudo de caso na indústria
moveleira. P.R. Wander; E.R. Locatelli; D.M. Hillig; É. Hillig;
V.E. Schneider. XXVII Encontro Nacional de Engenharia de Produção.
09 pp. (2007)
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR650480_0355.pdf
RESUMO:
Caracterização química e termogravimétrica
da serragem de madeiras de Pinus taeda e de Apuleia leiocarpa, provenientes
de indústrias moveleiras. P.T. Bertuoli; É. Hillig; O.
Bianchi. UCS – Universidade de Caxias do Sul. Encontro de Jovens
Pesquisadores. (2006)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores2006/
pesquisa/jovenspesquisadores2006/trabalhos_pdf/exatas/paulatibolabertuoli.pdf
Resíduos de madeira da indústria madeireira – caracterização
e aproveitamento. É. Hillig; V.E. Schneider; C. Weber; R.D.
Tecchio. XXVI ENEGEP/ABEPRO. 07 pp. (2006)
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2006_TR520346_8192.pdf
RESUMO:
Influência do tipo de serragem na cristalização
da matriz de compósitos polímero/madeira. M.C. Cristani; É.
Hillig; O. Bianchi; D.M. Hillig. UCS – Universidade de Caxias
do Sul. Jovens Pesquisadores. (2006)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores2006/pesquisa/
jovenspesquisadores2006/trabalhos_pdf/exatas/mauricioceroncristani.pdf
RESUMO:
Situação ambiental e produtiva da indústria
madeireira na região do COREDE-Serra. R.D. Tecchio; É.
Hillig; V.E. Schneider; C.S. Quissini; C. Weber. UCS – Universidade
de Caxias do Sul. Encontro de Jovens Pesquisadores. (2006)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores2006/pesquisa/
jovenspesquisadores2006/trabalhos_pdf/exatas/ramondiegotecchio.pdf
Modelagem
de misturas na fabricação de compósitos
polímero-fibra, utilizando polietileno e serragem de Pinus sp. É.
Hillig; E. Freire; G.A. Carvalho; V.E. Schneider; K. Pocai. Ciência
Florestal 16(3): 343 - 351. (2006)
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/
cienciaflorestal/article/download/1913/1157
RESUMO.
Análise do comportamento de diferentes tipos de resíduos
de madeira em placas com compósitos polímero-fibra. K.
Pocai; É. Hillig; M. Zeni; V.E. Schneider. UCS – Universidade
de Caxias do Sul. Encontro de Jovens Pesquisadores. (2005)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores2005/pesquisa/
jovenspesquisadores2005/trabalhos_pdf/exatas/karla_pocai.pdf
RESUMO:
Identificação e caracterização
das áreas de descarte de resíduos da construção
civil (RCC) no município de Caxias do Sul. R. Cornelli; V.E.
Schneider; É. Hillig; F.C. Farina; P.A.R. Reginato. UCS – Universidade
de Caxias do Sul. Encontro de Jovens Pesquisadores. (2005)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores2005/pesquisa/
jovenspesquisadores2005/trabalhos_pdf/exatas/renata_cornelli.pdf
RESUMO:
Gestão ambiental e resíduos celulósicos
gerados nas indústrias de móveis da serra gaúcha. L.A. Bertotto Filho; É. Hillig; V.E. Schneider. Anais da 57ª Reunião
Anual da SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência.
(2005)
http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/
JNIC/RESUMOS/res_15446.html
Estudo
da influência de agente de acoplamento em compósitos
de HDPE/serragem. K. Pocai; É. Hillig; E. Freire; M. Zeni. 8º Congresso
Brasileiro de Polímeros. 02 pp. (2005)
http://www.ipen.br/biblioteca/cd/cbpol/2005/PDF/314.pdf
RESUMO:
Gestão ambiental e resíduos celulósicos
gerados nas indústrias de móveis da serra gaúcha.
R. Poggere; V.E. Schneider; É. Hillig; M.R. Rizzon; L.A. Bertotto
Filho. UCS – Universidade de Caxias do Sul. Encontro de Jovens
Pesquisadores. (2004)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores2004/pesquisa/
jovenspesquisadores2004/programacao/trabalhos_pdf/exatas/rodrigopoggere.pdf
RESUMO:
Diagnóstico do sistema de gerenciamento ambiental das
indústrias moveleiras de Bento Gonçalves. R. Poggere;
V.E. Schneider; É. Hillig; M.R. Rizzon; L.A. Bertotto Filho.
UCS – Universidade de Caxias do Sul. Encontro de Jovens Pesquisadores.
(2004)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores/pesquisa/
jovenspesquisadores/trabalhos_pdf/exatas/rodrigo_poggere.pdf
RESUMO:
Resíduos da construção civil: diagnóstico,
caracterização e valorização – estudo
de caso município de Caxias do Sul. R. Cornelli; V.E. Schneider; Éverton
Hillig; F.C. Farina. UCS – Universidade de Caxias do Sul. Encontro
de Jovens Pesquisadores. (2004)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores2004/pesquisa/
jovenspesquisadores2004/programacao/trabalhos_pdf/exatas/renatacornelli.pdf
RESUMO:
Influência de diferentes proporções de
um agente de acoplamento em compósitos polietileno/serragem.
G. Zanoto; G.A. Carvalho; É. Hillig; E. Freire. UCS – Universidade
de Caxias do Sul. Encontro de Jovens Pesquisadores. (2004)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores2004/pesquisa/
jovenspesquisadores2004/programacao/trabalhos_pdf/exatas/gizelezanotto.pdf
Adição de aparas de papel reciclável na fabricação
de chapas de madeira aglomerada. L. Calegari; C.R. Haselein; M.V. Barros;
T.L. Scaravelli; L.P.E. Dacosta; C. Pedrazzi; É. Hillig. Ciência
Florestal 14(1): 193 – 204. (2004)
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/
cienciaflorestal/article/download/1793/1059
A
sincronização da produção segundo a
Teoria das Restrições aplicada a uma indústria
de embalagens plásticas – um caso de sucesso. E.T. Pavoni; É.
Hillig; V.E. Schneider. XXIV Encontro Nacional de Engenharia de Produção.
08 pp. (2004)
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2004_Enegep0101_1230.pdf
Estabilidade
dimensional de chapas aglomeradas estruturais (“flakeboards”)
fabricadas com madeiras de Pinus, eucalipto e acácia-negra. É.
Hillig; C.R. Haselein; E.J. Santini. Scientia Forestalis 65: 80 – 94.
(2004)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr65/cap08.pdf
Polo
moveleiro da serra gaúcha. Geração de resíduos
e perspectivas para sistemas de gerenciamento ambiental. É.
Hillig; V.E. Schneider; E.T. Pavoni. EDUCS – Caxias do Sul. 165
pp. (2004)
Gerenciamento
ambiental na indústria moveleira – estudo
de caso no município de Bento Gonçalves. V.E. Schneider; É.
Hillig; E.T. Pavoni; M.R. Rizzon; L.A. Bertotto Filho. XXIII Encontro
Nacional de Engenharia de Produção. 07 pp. (2003)
http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2003_TR1004_1263.pdf
RESUMO:
Agentes de acoplamento em compósitos fabricados com
polietileno e serragem. G. Zanotto; G.A. Carvalho; C. Agusoli; K. Grison;
E. Freire; É. Hillig. UCS – Universidade de Caxias do
Sul. Encontro de Jovens Pesquisadores. (2003)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores/pesquisa/
jovenspesquisadores/trabalhos_pdf/exatas/gizele_zanotto.pdf
RESUMO:
Utilização de resíduos de PEAD e serragem
em compósitos polímero-fibra. K. Grison; É. Hillig;
C. Aguzzolli; G. Zanotto; E. Freire; G.A. Carvalho. UCS – Universidade
de Caxias do Sul. Encontro de Jovens Pesquisadores. (2003)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores/pesquisa/
jovenspesquisadores/trabalhos_pdf/exatas/karine_grison.pdf
RESUMO:
Avaliação de perfis extrusados com misturas
de PEAD reciclado e serragem. C. Aguzzolli; E. Freire; G. Zanotto;
K. Grison; G.A. Carvalho; É. Hillig. UCS – Universidade
de Caxias do Sul. Encontro de Jovens Pesquisadores. (2003)
http://www.ucs.br/ucs/tplJovensPesquisadores/pesquisa/
jovenspesquisadores/trabalhos_pdf/exatas/cesar_aguzzoli.pdf
Modelagem
de misturas de três espécies de madeiras na
fabricação de chapas aglomeradas estruturais. É.
Hillig; C.R. Haselein; S. Iwakiri. Floresta 33(3): 311 - 320. (2003)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/download/2264/1892
Resistência mecânica e à umidade de painéis
aglomerados com partículas de madeira de diferentes dimensões. C. R. Haselein; L. Calegari; M.V. Barros; C. Hack; É. Hillig;
D.T. Pauleski; F. Pozzera. Ciência Florestal 12(2): 127 - 134.
(2002)
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/
cienciaflorestal/article/download/1687/963
Propriedades
mecânicas de chapas aglomeradas estruturais fabricadas
com madeiras de Pinus, eucalipto e acácia-negra. É. Hillig;
C.R. Haselein; E.J. Santini. Ciência Florestal 12(1): 59 – 70.
(2002)
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/
cienciaflorestal/article/viewFile/1701/976
Com
a palavra os Grandes Autores...
O
Gênero Pinus no Brasil: Invasor, Injuriado ou Incompreendido?
pelo
Professor Dr. Éverton Hillig
Relembrando alguns fatos de minha infância,
posso citar que na década de 1970 participei de uma ação
ecológica no Parque Moinhos de Vento em Porto Alegre. Num final
de semana, os grupos escoteiros da cidade foram convidados para, em
conjunto com a Prefeitura, fazerem a distribuição de
mudas de Pinus. O objetivo era aumentar e melhor distribuir a área
verde da cidade. Nos dias de hoje, qualquer pessoa mais instruída
sabe que essa ação de plantar Pinus para arborização
urbana é equivocada. Eu mesmo plantei uma das mudas no canteiro
da frente da minha casa, numa área com menos de 10 metros quadrados.
Alguns anos mais tarde a árvore teve que ser cortada por ser
incompatível e inadequada para arborização urbana.
Daquela década até os dias de hoje, a opinião
das pessoas a respeito das árvores de Pinus parece que passou
por mudanças. Embora eu não tenha acompanhado passo a
passo essas mudanças, alguns fatos me foram marcantes. Por exemplo,
em 2003, quando ministrava uma disciplina chamada Recursos Naturais
Renováveis para o curso de Engenharia Ambiental da UCS, em Caxias
do Sul, solicitei o desenvolvimento de uma monografia sobre espécies
arbóreas exóticas cultivadas no Brasil. Então,
descobri qual a opinião de diversos organismos de proteção
ambiental sobre o Pinus, pois as principais referências citadas
pelos alunos em seus trabalhos tratavam as espécies de Pinus como invasoras e predadoras.
Uma publicação do periódico ECOVIAGEM exemplifica
de que forma as árvores de Pinus foram classificadas por alguns
autores na época. Segundo o artigo, o Pinus elliottii (Pinho
ou Pinheiro Americano), espécie exótica originária
dos Estados Unidos, de importante valor comercial, foi acusada de “invasora
biológica” e recebeu como sentença ser erradicada
de uma parte do estado de Santa Catarina (ECOVIAGEM, 2003). Não
se sabe realmente o que se quer dizer com “recebeu como sentença” e
menos ainda se essa sentença foi aplicada.
Em um artigo científico, Ziller e Galvão (2002) discutiram
os conceitos básicos de contaminação biológica
e de que a forma as espécies Pinus elliottii e Pinus
taeda podem
atuar na descrição dos processos de degradação
da Estepe no Estado do Paraná.
Num artigo publicado pela União dos Escoteiros do Brasil em
2010 em uma campanha sobre plantar árvores e respirar melhor,
pode-se ler o seguinte:
“
Portanto, não plante Acácia, Alfeneiro, Algaroba, Amoreira,
Bambu, Bananeira, Café, Casuarina, Eucalipto, Goiabeira, Guapuruvu
(nativa da Floresta Atlântica na Serra do Mar), Jaqueira, Leucena,
Limão, Mamona, Mangueira, Nespereira, Nim, Nogueira-de-Iguapé,
Paina, Palmeira-Australiana, Pinus, Sansão-do-Campo (nativa
da caatinga) e nem Sisal.” (UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL,
2010).
Não é objetivo aqui discutir a questão ambiental
do Pinus, ou de qualquer outra espécie considerada invasora
por algumas instituições nacionais. O que se pretende, é mostrar
que de certa forma se está avançando no entendimento
sobre o que se pode ou se deva fazer. Se de 1970 para 2010, os escoteiros
passaram de distribuidores de mudas de Pinus para informantes de seu
potencial invasor, isso mostra que se avançou no esclarecimento
do assunto para a população. Afinal, não é objetivo
dos escoteiros ou da população em geral plantar árvores
de Pinus nas cidades para “Respirar Melhor”.
Por outro lado, houve avanço também de 2003 para os dias
de hoje no esclarecimento sobre os benefícios que nos trazem
o plantio dessas espécies arbóreas. Uma consulta em sites
de busca na internet com a palavra chave “Pinus” retorna
resultados com diversos artigos científicos sobre essas espécies,
bem diferentes dos que ocorriam naquela época. E isso, demonstra
que se pode esclarecer melhor à população sobre
a importância das espécies exóticas para a silvicultura
brasileira, para o bem-estar da população e para melhorar
as condições do meio ambiente.
Segundo BRACELPA (2013), o Pinus chegou ao Brasil há mais de
um século pelas mãos dos imigrantes europeus que plantavam
a espécie para fins ornamentais. Depois disso, a introdução
do Pinus no País visou a suprir a necessidade de madeira para
abastecimento industrial, sendo usado para produção de
madeira serrada, de lâminas de madeira, de partículas
para painéis de madeira aglomerada e para celulose e papel.
A espécie começou a ser cultivada em escala comercial
para produção de madeira na década de 1950.
As principais datas que marcaram a história do gênero
Pinus no Brasil são, segundo a BRACELPA:
1880 = As primeiras plantações de que se tem notícia
e que ocorreram no Rio Grande do Sul – com a espécie Pinus
canariensis, proveniente das Ilhas Canárias.
1906 = Primeiras publicações referentes à introdução
de Pinus no Brasil. Realizadas por A. Löfgren, primeiro diretor
do Instituto Florestal de São Paulo.
1936 = Foram introduzidas no país pelo Instituto Florestal de
São Paulo, sementes de Pinus taeda e Pinus elliottii. Essas
espécies, posteriormente, se destacaram pela facilidade nos
tratos culturais, rápido crescimento e reprodução
fácil no sul e sudeste do Brasil.
1955 = Foram plantadas extensas áreas localizadas na rede de
Estações Experimentais do Instituto Florestal de São
Paulo, tendo como base, além do Pinus taeda e Pinus
elliottii, os chamados Pinus tropicais (Pinus caribaea var. caribaea,
Pinus caribaea var. hondurensis, Pinus patula, Pinus
oocarpa, Pinus tecunumanii, Pinus strobus e Pinus maximinoi, entre outros).
1958 = Teve início o primeiro plantio comercial de Pinus, realizado
pelo empresário alemão Richard Freudenberg, em Agudos
(SP).
1955 a 1964 = Estabeleceram-se grandes programas de reflorestamento,
baseados exclusivamente em Pinus taeda e Pinus elliottii. A partir
do final da década de 1960, essas espécies foram muito
utilizadas nos plantios realizados com incentivos fiscais, especialmente
nas regiões sul e sudeste do Brasil.
Segundo a EMBRAPA (2005), as primeiras espécies de Pinus que
foram introduzidas e cultivadas no Brasil foram Pinus elliottii
e Pinus taeda, originárias dos Estados Unidos, adaptadas ao clima das
regiões sul e sudeste, onde ocorrem os plantios comerciais dessas
espécies. A partir da década de 1960, iniciaram-se as
experimentações com espécies tropicais como P.
caribaea, P. oocarpa, P. tecunumanii, P. maximinoi e P. patula, possibilitando
a expansão da cultura de Pinus em todo o Brasil, usando-se a
espécie adequada para cada região ecológica. Até o
final da década de 1950, o Instituto Florestal de São
Paulo havia testado um total de 55 espécies de Pinus.
No ano 2.000, foi dado início à implantação
do híbrido de Pinus eliliondurensis, ou seja, Pinus
elliottii Engelm var. elliottii x Pinus caribaea Morelet var. hondurensis, considerado
Híbrido F2, devidamente registrado no MAPA - Ministério
da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Esse híbrido é produzido
pela empresa Pinus Brasil Agro Florestal Ltda., localizada na Fazenda
Pedra Maria, município de Buri (PINUS BRASIL).
Alguns exemplos de ações e programas que buscam melhorar
a cultura do Pinus no Brasil podem ser citados. O Programa de Produtividade
Potencial do Pinus no Brasil (PPPIB) foi concebido como um projeto
que busca compreender e quantificar os processos que controlam a produtividade
do Pinus e suas interações com o ambiente. É composto
por empresas florestais, de tecnologia e universidades, que abrangem
ao todo cerca de 300.000 ha de Pinus plantados nos Estados do PR, SC,
SP e MG e uma empresa de biotecnologia. Os integrantes atuais do PPPIB
são: Arauco, ArborGen, Caxuana, Juliana, Klabin, Masisa, Rigesa
e Renova, além da NCSU – North Carolina State University
e USP – Universidade de São Paulo, com sua Estação
Experimental. (IPEF, 2013)
Segundo a SBS – Sociedade Brasileira de Silvicultura (2008),
os plantios com Pinus no Brasil fizeram parte de uma estratégia
de desenvolvimento na década de 1960, implementada por meio
de incentivos fiscais para plantios florestais. Esses incentivos foram
concedidos pelo governo brasileiro até 1986 e os plantios desenvolvidos
por meio deles ajudam a sustentar atualmente a cadeia produtiva dessa
madeira, a qual tem participação fundamental na economia
do País. Estima-se que existam três mil empresas no Brasil,
localizadas principalmente nas regiões sul e sudeste, utilizando
madeiras de espécies de Pinus nos seus processos produtivos,
envolvendo mais de 600 municípios.
Observando a trajetória do Pinus por outro ponto de vista, verifica-se
que a tecnologia de utilização da madeira dessas espécies
também avançou nas últimas décadas. Quem
há 30 ou 40 anos passados, pensaria na madeira de Pinus como
material de construção para habitações?
Quem imaginaria a importância dos benefícios indiretos
ou dos produtos não madeireiros que uma floresta de Pinus poderia
oferecer?
Segundo Ambiente Brasil, a resina extraída de árvores
de Pinus elliottii possibilitou uma atividade econômica muito
importante no setor florestal que é a produção,
processamento e exportação de resina e derivados. O artigo
informa que a produção brasileira em 2002 era de aproximadamente
100.000 t/ano, representando uma movimentação financeira
de US$ 25 milhões. Com isso, o Brasil passou de importador a
exportador deste produto. No aspecto social, a colheita da resina contribuía
na época para geração de mais de 12.000 empregos
diretos para o homem do campo, que resulta no melhoramento das condições
de vida no meio rural. A produtividade média de resina de Pinus
elliottii, no Brasil, em árvores não melhoradas, era
relatada como sendo de 2 kg/árvore ao ano.
Conforme Revista da Madeira (2006) o Brasil figura como o maior exportador
mundial de compensado de Pinus. O sul e sudeste do País concentram
a maior parte de suas florestas plantadas, a maioria certificada pelos
sistemas que atestam o manejo florestal sustentável. Sua área
total é de 1,8 milhão de hectares plantados, sendo o
Paraná o maior produtor com um terço do total.
A empresa Pinus do Brasil destaca em seu website que
o uso do Pinus serrado em tábuas, sarrafos, pontaletes e pranchas já não é novidade
na construção civil, na confecção de embalagens
e na indústria moveleira. Segundo a empresa, a madeira de Pinus apresenta as seguintes características: madeira de cor clara,
variando de branca a amarelada; fibra longa; leve facilidade em trabalhar
com a madeira. Para melhor durabilidade, recomenda-se imunização
e manutenção periódica da madeira (PINUS DO BRASIL).
Carli Júnior (2002) cita uma importante estrutura de madeira
que demonstra o potencial da utilização do gênero
Pinus na construção civil: a Montezum, quinta maior montanha-russa
de madeira do mundo, localizada no parque temático Hopi Hari,
na cidade de Vinhedo, estado de São Paulo
(http://www.google.com.br/search?q=montezum+hopi+hari&hl=pt-BR&tbo=u&tbm=
isch&source=univ&sa=X&ei=_z70UKXpFseJrgGtw4DQBA&sqi=
2&ved=0CCwQsAQ&biw=1280&bih=521).
Construída com madeira de “Southern yellow pine” (equivalente
ao nosso Pinus taeda), de origem norte-americana, a montanha-russa
tem 1.024 m de extensão, sendo a estrutura em pórticos
de madeira com dimensões de até 40 m de altura apoiados
em 1.235 blocos de concreto armado.
Segundo a ABIMCI – Associação Brasileira da Indústria
de Madeira Processada Mecanicamente, a madeira de Pinus figura em primeiro
lugar no ranking das principais espécies florestais plantadas
e destinadas a abastecer esse tipo de industrialização
da madeira. A ABIMCI congrega indústrias de processamento mecânico
de madeira, nas suas múltiplas concepções, como:
compensados, madeira serrada, produtos de maior valor agregado e lâminas
de madeira.
Não se pode deixar de citar a importância da madeira de
Pinus na fabricação de painéis de madeira reconstituída,
os painéis aglomerados convencionais, os painéis de fibra
de média densidade (MDF), os painéis estruturais (OSB)
e as chapas duras de fibras. De acordo com a ABIMCI (2009), a madeira
de Pinus é a principal matéria-prima utilizada na fabricação
de painéis aglomerados, MDF e OSB no Brasil.
Conforme a BRACELPA, as madeiras de Pinus são as principais
fontes de madeira de fibras longas para a indústria de papel
de embalagem e de imprensa no Brasil (sacos, papelões, cartões,
embalagens longa-vida, papel jornal, etc.).
Dessa forma, independente de se classificar as espécies de Pinus como invasoras ou como causadoras de contaminação biológica,
deve-se lembrar dos inúmeros produtos que a madeira dessas espécies
proporcionam e dos inúmeros benefícios que seu plantio
pode fornecer para a sociedade brasileira. Segundo Ziller (2001), o
Pinus elliottii e o Pinus taeda são espécies de árvores
consagradas como invasoras no Brasil. A mesma autora, no entanto, registra
que a contaminação biológica é decorrente
das próprias ações humanas e que o Brasil está entre
os países que ainda não despertaram para a questão
e que ainda não tem registros confiáveis nem medidas
de prevenção, controle e erradicação, onde
requerido.
Segundo Odivan Cargnin (SBS, 2009), vivemos um paradoxo instigante,
onde, mesmo com tantas virtudes e sendo uma importante alternativa
para o desenvolvimento de muitas regiões, a cultura de Pinus carece de estímulo governamental e sofre ataques dos mais variáveis
possíveis, inclusive de dirigentes políticos que possuem
metas de estímulo à indústria de produtos madeireiros.
As alegações contra o seu cultivo vão desde o
argumento de que se trata de uma “espécie exótica
invasora” até o enquadramento equivocado das ditas florestas
plantadas no âmbito do Ministério do Meio Ambiente, que
tem a finalidade de preservar e não de produzir.
Enfim, há muita coisa ainda a debater, pesquisar, comunicar,
informar e esclarecer para que se possa desfrutar de uma convivência
favorável entre o Pinus, o meio ambiente e a sociedade brasileira,
o que é vital que aconteça pelos benefícios que
podem resultar desse entendimento compartilhado.
Referências
da literatura:
ABIMCI – Associação Brasileira da Indústria
de Madeira Processada Mecanicamente. Produtos.
Disponível em
http://www.abimci.com.br/index.php?
option=com_content&view=
category&layout=blog&id=10&Itemid=9 Acesso em Janeiro de 2013.
ABIMCI – Associação Brasileira da Indústria
de Madeira Processada Mecanicamente. Artigo Técnico Nº 1.
Painéis de madeira fabricados no Brasil e suas particularidades.
10/01/2009.
Disponível em http://www.abimci.com.br/index.php?option=
com
_docman&task=cat_view&gid=31&Itemid=37 Acesso em Janeiro
de 2013.
AMBIENTE BRASIL. Pinus na silvicultura brasileira.
Disponível
em http://ambientes.ambientebrasil.com.br/florestal/artigos/
pinus_na_silvicultura_brasileira.html Acesso em Janeiro de 2013.
BRACELPA – Associação Brasileira de Celulose e
Papel. Pinus.
Disponível em http://www.bracelpa.org.br/bra2/?q=node/137 Acesso em Janeiro de 2013.
Cali Júnior, Carlito. O potencial do uso da madeira de Pinus na construção civil. Notícias 10/Abril/2002.
Disponível
em http://www.piniweb.com.br/construcao/noticias/
o-potencial-do-uso-da-madeira-de-pinus-na-construcao-81480-1.asp Acesso em Janeiro de 2013.
ECOVIAGEM. Estado de Santa Catarina quer limitar a plantação
de Pinus. 13 de fevereiro de 2003.
Disponível em http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/ambiente/estado-de-
santa-catarina-quer-limitar-a-plantacao-de-pinus-2085.asp Acesso
em Janeiro de 2013.
EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.
Cultivo de Pinus.
Disponível em http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/
FontesHTML/Pinus/CultivodoPinus_2ed/index.htm Acesso em Janeiro de 2013.
IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais. PPPIB - Programa
de Produtividade Potencial do Pinus no Brasil. Disponível em http://www.ipef.br/pppib/ Acesso em Janeiro de 2013.
PINUS BRASIL. Híbrido de Pinus eliliondurensis.
Disponível
em http://www.pinusbrasil.com.br/produto.html Acesso em Janeiro de
2013.
PINUS DO BRASIL. Madeiras de reflorestamento, tábuas de Pinus e eucalipto serrado.
Disponível em http://www.pinusdobrasil.com.br/index.php Acesso em Janeiro de 2013.
REVISTA DA MADEIRA. Expansão do Pinus no Brasil impulsiona setor.
Edição N°98 – Agosto de 2006.
Disponível
em
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.
php?num=948&subject=
Pinus&title=Expans%C3%A3o%20%20do%20Pinus%20
no%20Brasil%20impulsiona%20setor Acesso em Janeiro de 2013.
SBS - SOCIEDADE BRASILEIRA DE SILVICULTURA. Fatos e números
do Brasil florestal. São Paulo: SBS, 2008. 91 p.
Disponível
em http://www.sbs.org.br/FatoseNumerosdoBrasilFlorestal.pdf Acesso
em Janeiro de 2013
SBS – Sociedade Brasileira de Silvicultura. Odivan Cargnin. Salvem
as florestas de Pinus. Outubro de 2009.
Disponível em http://www.sbs.org.br/destaques_salvem_pinus.pdf
Acesso em Janeiro de 2013.
UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL. XIX Mutirão Nacional
Escoteiro de Ação Ecológica. Plante uma árvore
e respire melhor. http://grupoescoteiropindorama.blogspot.com.br/
2010/04/atualizacao-do-dia-4abril2010.html#axzz2HyDgiFVJ Acesso em janeiro de 2013.
Ziller, Sílvia Renate. Plantas exóticas invasoras: a
ameaça da contaminação biológica. Ciência
Hoje: dezembro de 2001.
Disponível em http://www.institutohorus.org.br/
download/artigos/cienhojedez2001.pdf Acesso em Janeiro de 2013.
Ziller, Sílvia Renate; Galvão, Franklin. A degradação
da estepe gramíneo-lenhosa no Paraná por contaminação
biológica de Pinus elliottii e P. taeda. Floresta,
Vol. 32, No 1 (2002).
Disponível em http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article
/viewArticle/2348
Acesso em Janeiro de 2013.
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Teses e Dissertações sobre o Pinus em Universidades da
Ibero-América
Universidad de Chile - Universidade do Chile
A Universidad
de Chile é uma instituição
de ensino superior das mais antigas daquele país. Ela foi oficialmente
fundada em 1842, possuindo caráter público e fazendo
parte da história e da formação de profissionais
das mais diversas áreas do conhecimento, desde então.
Anteriormente a esse ano, existiam apenas faculdades monárquicas
iniciadas no período colonial. Depois, em 1738, houve a união
das mesmas, criando-se um centro de ensino agregado para a educação
superior. Na época ele era chamado de San Felipe e comportava
os cursos de matemática, de direito, de medicina e de teologia.
Posteriormente, com a mudança de políticas do estado,
passou a se chamar de Universidad Republica de Chile e logo em seguida
de Universidad de Chile. Porém, foi a partir de 1842, que a
então chamada Universidad de Chile passou a abranger o ensino
superior nas mais diversas áreas do país, ocupando importante
papel também na pesquisa, na cultura e na extensão. Dessa
forma, iniciou-se a sua expansão, havendo a criação
de diversos cursos novos de graduação e de pós-graduação.
Em 1952, até de forma pioneira para a América Latina,
ocorreu a criação da carreira florestal no país.
A partir de então, iniciaram aulas para a formação
desses profissionais com o incentivo da FAO e do Ministério
das Terras do governo federal. Foi entre 1960 a 1965 que foram criados
na Universidade de Chile três departamentos ligados à área
de florestas: o departamento de silvicultura, o de tecnologia da madeira
e o de manejo florestal e economia. Em 1969, ocorreu a aquisição
do campus Antumapu, onde em 1972, passou a funcionar parte da nova
faculdade de Engenharia Florestal. No mesmo ano, passou a funcionar
a Corporação Nacional de Florestas, indicando a importância
do setor para a economia do país. Já em 1978, outro campus
foi inaugurado pela Universidade de Chile. Esse foi o Centro de Extensão
Florestal Justo Pastor Lenon no campus de Pantanillos. Atualmente,
o programa de graduação oferece dois cursos ligados ao
setor florestal: o de engenharia florestal e o de ciências da
madeira. O profissional pode realizar ambos, caso queira os títulos
de Engenheiro Florestal e de Engenheiro Madeireiro. A faculdade também
oferece dois cursos de pós-graduação: o mestrado
em conservação da natureza e o em gestão ambiental
e planejamento. Há também a oferta de cursos de doutoramento
nas áreas florestais, agrárias e veterinárias
e também em ciências agrosilvipastoris.
Hoje, a Universidad de Chile conta com centros educativos
e campus acadêmicos nas principais cidades do país e possui cursos
de enorme destaque para a formação acadêmica e
de pós-graduação nas mais distintas áreas,
incluindo-se a florestal. A instituição de ensino contribui
para a formação de profissionais de qualidade que atuam
não apenas no Chile, mas em distintos países da América
Latina e do mundo. Ela também ajuda na solução
de diversos problemas nacionais através da atividade de pesquisa
e extensão. Alguns dos mais importantes são a diminuição
da desnutrição infantil, o projeto e construção
de obras de infraestrutura produtivas e energéticas, o estudo
de novos materiais para o desenvolvimento de indústrias sustentáveis
nas áreas florestais, agrícolas, mineração,
construção civil, dentre outras.
Atualmente, as florestas nativas e exóticas daquele país
são mais bem manejadas e conservadas também graças
aos esforços da Universidad de Chile e de seu qualificado grupo
de professores, pesquisadores e estudantes.
Conheçam mais sobre a Universidad de Chile e seus departamentos
e cursos associados ao setor florestal e madeireiro, visitando alguns
dos websites disponibilizados para sua navegação a seguir:
http://www.uchile.cl/ (Webpage principal)
http://www.uchile.cl/portal/presentacion/historia/
resena-historica/4727/una-mirada-a-la-historia (História)
http://www.uchile.cl/portal/presentacion/institucionalidad/72838/presentacion (Apresentação)
http://www.uchile.cl/portal/presentacion/institucionalidad/39635/mision-y-vision (Missão e visão)
http://www.uchile.cl/fotos/57904/fotografias-historicas (Fotografias
históricas)
http://www.forestal.uchile.cl/ (Faculdade de Ciências Florestais
e da Conservação da Natureza)
http://www.forestal.uchile.cl/portal/extension/
revistas/76985/revista-ambiente-forestal (Revista Ambiente Forestal)
http://revistacienciasforestales.uchile.cl/ (Revista Ciências
Forestales)
http://www.repositoriosacademicos.uchile.cl/ (Portal de repositórios
acadêmicos)
http://panoramix.burbuja.uchile.cl/rooms/sisib/portada/
guias/silvoagropecuarias.html (Guias temáticas em ciências silviagropecuárias)
http://www.tesis.uchile.cl/ (Teses eletrônicas)
http://www.forestal.uchile.cl/portal/facultad/departamentos/
73610/ingenieria-en-maderas-y-sus-biomateriales (Departamento de Engenharia em Madeira e seus Biomateriais)
A seguir, destacamos para a navegação de nossos leitores
algumas das monografias (ou memórias) e seminários acadêmicos
elaborados pelos alunos da Universidad de Chile e que possuem relação
direta a pesquisas executadas com espécies dos gêneros
Pinus, Sequoia e alguma coisa de Eucalyptus. Todas as referências
citadas nessa seção estão apresentadas no idioma
espanhol.
Efecto
del uso de mezclas de lignocelulosas sobre la producción
de etanol de segunda generación. C.E. Rodríguez Drogett.
Monografia de Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 79 pp.
(2012)
http://www.tesis.uchile.cl/bitstream/handle/2250/
111989/cf-rodriguez_cd.pdf?sequence=1
Análisis técnico económico de la instalación
de una planta de secado de madera. J.I. Ávila Fellay. Monografia
de Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 156 pp. (2011)
http://www.tesis.uchile.cl/bitstream/handle/2250/
111993/cf-avila_jf.pdf?sequence=1
Sacarificación y fermentación simultánea para
la producción de bioetanol de segunda generación, mediante
pretratamientos alternativos: líquidos iónicos reciclados
y hongos de pudrición blanca. S.A. Juri Awad. Monografia de
Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 76 pp. (2011)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2011/
cf-juri_sa/pdfAmont/cf-juri_sa.pdf
Estudio
técnico y económico de alternativas de producción
de bioetanol y coproductos de biorefinería a partir de residuos
forestales en Chile. D.F. Díaz Pérez. Monografia de Conclusão
de Curso. Universidad de Chile. (2011)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2011/
cf-diaz_dp/html/index-frames.html
Estudio
de fundamentos del diseño de reactores de gasificación
para pellet de madera. P.I. Valencia López. Monografia de Conclusão
de Curso. Universidad de Chile. 72 pp. (2010)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2010/
cf-valencia_p/html/index-frames.html
Evaluación de prácticas silvícolas en plantaciones
de Pinus ponderosa (Dougl. ex Laws) en la XI Región de Aysén.
M.A. Donoso Caro. Monografia de Conclusão de Curso. Universidad
de Chile. 72 pp. (2008)
http://www.cybertesis.uchile.cl/tesis/uchile/2008/
ag-donoso_m/pdfAmont/ag-donoso_m.pdf
Efecto
selectivo de las plantaciones de pino radiata (Pinus radiata D. Don)
sobre la comunidad de artrópodos de follaje de Nothofagus,
en el bosque maulino de la Región Central de Chile. M.A.H.
Escobar Cuadros. Monografia de Conclusão de Curso. Universidad
de Chile. 48 pp. (2008)
http://www.cybertesis.cl/tesis/uchile/2008/escobar_m/html/index-frames.html
http://www.cybertesis.cl/tesis/uchile/2008/escobar_m/sources/escobar_m.pdf
Proyectos
de modernización económica en el sector agroforestal:
el caso de la comunidad Temulemu de Lumaco, Región de la Araucanía.
J. Jimenez Ubeda. Monografia de Conclusão de Curso. Universidad
de Chile. (2008)
http://www.cybertesis.cl/tesis/uchile/2008/jimenez_j/html/index-frames.html
http://www.cybertesis.cl/tesis/uchile/2008/jimenez_j/html/index-frames.html (Resumo)
Variabilidad
temporal en la composición, abundancia y riqueza
de coleópteros voladores asociados a fragmentos de diferente
tamaño de bosque maulino y plantaciones de pino aledañas.
M.L. Jofré Cárcamo. Monografia de Conclusão de
Curso. Universidad de Chile. 73 pp. (2008)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2008/jofre_m/sources/jofre_m.pdf
Situación del mercado de los tableros contrachapados y posibilidades
de desarrollo para el período 2007 – 2012. C.E. Navarrete
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http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2008/
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http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2008/
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Aplicación de ondas ultrasónicas como medio de control
al ataque de termitas subterráneas Reticulitermes hesperus Banks
en madera de Pinus radiata (D. Don). M.I. Silva Sánchez Monografia
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http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2007/silva_m/sources/silva_m.pdf
Efecto
del control de maleza sobre la disponibilidad de agua en el suelo
y en las variables de crecimiento
en plantaciones de Pinus radiata D. Don, de cuarenta y cuatro meses, en sectores de secano y costa (VII
Región). A.A. Gutiérrez Ghio. Monografia de Conclusão
de Curso. Universidad de Chile. 48 pp. (2007)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2007
/gutierrez_a/sources/gutierrez_a.pdf
Centro
de capacitación e innovación tecnológica
para la industria de la madera: enclaves industriales obsoletos: el
patrimonio como regenerador. M.J. Valdebenito. Monografia de Conclusão
de Curso. Universidad de Chile. 143 pp. (2006)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2006/
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Escuela
del bosque y la madera para la comuna de Arauco. R. Neira. Monografia de Conclusão de
Curso. Universidad de Chile. 47 pp. (2006)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2006/neira_r/sources/neira_r.pdf
Segmentación automática de copas de árboles
en plantaciones de Pinus radiata (D. Don) usando fotografías aéreas
digitales. D. Montaner Fernández. Monografia de Conclusão
de Curso. Universidad de Chile. 70 pp. (2006)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2006
/montaner_d/sources/montaner_d.pdf
Caracterización del combustible en plantaciones de pino radiata
sometidas a diferentes esquemas de manejo. Estudios de caso: Empresa
Forestal Monteaguila S. A. P.C. Pérez Bustamante. Monografia
de Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 80 pp. (2006)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2006/perez_p/sources/perez_p.pdf
Evaluación de un ensayo de silvicultura intensiva en plantación
de pino insigne (Pinus radiata D. Don) en un suelo arenoso de la VIII
Región. Y.A. Soto Pinka. Monografia de Conclusão de Curso.
Universidad de Chile. 84 pp. (2006)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2006/soto_y/sources/soto_y.pdf
Estudio
de componentes presentes en semillas de piñón
(Pinus pinea) y michay (Berberis darwinii Hook), factibles de utilizar
en el desarrollo de alimentos funcionales. A.E. Escalona Bustos. Monografia
de Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 63 pp. (2005)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/
2005/escalona_a/sources/escalona_a.pdf
Propuesta
de un sistema de gestión de calidad para laboratorio
de ensayos de productos de la madera basado en la norma ISO 9001:2000. R. Elgueta Bello - Monografia de Conclusão de Curso. Universidad
de Chile. 56 pp. (2005)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/
2005/elgueta_r/sources/elgueta_r.pdf
Estudio
del efecto de las ondas mecánicas sobre Reticulitermes
hesperus Banks en madera de
Pinus radiata (D. DON). B.G. Tejer Sotelo.
Monografia de Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 78 pp.
(2004)
http://www.cybertesis.cl/tesis/uchile/2004/tejer_b/html/index-frames.html
http://www.cybertesis.cl/tesis/uchile/2004/tejer_b/sources/tejer_b.pdf
Consumo
del embalaje de madera para botellas de vino y su importancia para
la industria secundaria de
productos forestales. A. Quirós
Teuber. Monografia de Conclusão de Curso. Universidad de Chile.
57 pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/quiros_a/sources/quiros_a.pdf
Planta
de secado Curanilahue. E. Bravo;
S. Jerez; N. Valdes. Monografia de Conclusão de Curso. Universidad
de Chile. 36 pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/bitstream/handle/2250/
111402/Bravo%2c%20Eliana.pdf?sequence=1
Determinación de factores ambientales para el crecimiento de
dos hongos (Lentinus edodes y Stereum hirsutum) y
su acción biodegradante sobre la madera de Pinus radiata y Eucalyptus
globulus.
J.M. Ruiz Kunstmann. Monografia de Conclusão de Curso. Universidad
de Chile. 100 pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/ruiz_j/html/index-frames.html (Capa)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/ruiz_j/sources/ruiz_j.pdf (Texto completo)
Determinación de peso específico y de algunas propiedades
biométricas en Eucalyptus globulus (Labill) como materia prima
pulpable. C. Saavedra Fuenzalida. Monografia de Conclusão de
Curso. Universidad de Chile. 98 pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/saavedra_c/sources/saavedra_c.pdf
Prefactibilidad
técnica y económica para la instalación
de una planta de pellets para combustibles a partir de desechos de
madera. A.M. Rojas Valdivia. Monografia de Conclusão de Curso.
Universidad de Chile. 127 pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/rojas_a2/sources/rojas_a2.pdf
Determinación del diámetro del cilindro defectuoso en
trozas podadas de pino radiata (Pinus radiata D. Don), mediante atenuación
de radiación gamma. A. Barrios Rodríguez. Monografia
de Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 131 pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/barrios_a/sources/barrios_a.pdf
Ciclo
de vida de polilla del brote del pino (Rhyacionia buoliana Den.
et Schiff.) y su relación con los días grados en la comuna
de Paredones, VI Región. P.L. Jorquera Muñoz. Monografia
de Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 74 pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/jorquera_p/sources/jorquera_p.pdf
Evaluación del trozado para rodales de pino insigne en canchas
de Forestal Bío-Bío S. A. G. Lledó Maulén. Monografia de Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 74 pp.
(2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/lledo_g/sources/lledo_g.pdf
Efecto
de la estructura de plantaciones de Pinus radiata D. Don sobre
su calidad como hábitat para aves en Constitución. M.
F. Pérez Pérez. Monografia de Conclusão de Curso.
Universidad de Chile. 35 pp. (2004)
http://www.cybertesis.cl/tesis/uchile/2004/perez_m/html/index-frames.html
http://www.cybertesis.cl/tesis/uchile/2004/perez_m/sources/perez_m.pdf
Análisis del proceso de comercialización de semillas
forestales y ornamentales en dos centros de semillas. J. Saavedra Martini.
Monografia de Conclusão de Curso. Universidad de Chile. 104
pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/
saavedra_j/sources/saavedra_j.pdf
Determinación de áreas prioritarias para plantaciones
de algunas especies forestales entre la VIII y la IX Región. N. Sanheza Torrealba. Monografia de Conclusão de Curso. Universidad
de Chile. 116 pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/
sanhueza_n/sources/sanhueza_n.pdf
Aprovechamiento
en el aserrado de sequoia [Sequoia sempervirens (D. Don) Endl.]
y clasificación de la madera obtenida. O. Spicheger
Spichiger. Monografia de Conclusão de Curso. Universidad de
Chile. 61 pp. (2004)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2004/
spichiger_o/sources/spichiger_o.pdf
Aplicación de ondas ultrasónicas para la detección
del cilindro defectuoso central en árboles podados de Pinus
radiata (D.Don). R. Méndez Salazar. Monografia de Conclusão
de Curso. Universidad de Chile. 80 pp. (2003)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/
2003/mendez_r/sources/mendez_r.pdf
El
procesos de negocios internacionales. Caso CMPC Madera S. A. (Remanufactura). C. Cancino. Monografia de
Conclusão de Curso. Universidad de
Chile. 80 pp. (2003)
http://www.tesis.uchile.cl/tesis/uchile/2003/
cancino_c/html/index-frames.html
Pinus-Links
A seguir, trazemos para vocês nossa indicação
para visitas a diversos endereços na web que mostram direta
relação com coníferas como Pinus, Araucaria,
Sequoia, etc. nos aspectos econômico, técnico, científico,
ambiental, social e educacional. Acreditamos que eles poderão
significar novas janelas de oportunidades e que alguns deles poderão
passar a ser parte de suas vidas profissionais em função
do bom material técnico que estão neles disponibilizados.
Esperamos que apreciem nossa seleção de Pinus-Links para
essa edição.
Livro “Araucária – A Floresta do Brasil Meridional” de
Zig Koch e Maria Celeste Correa. (Brasil)
O documentarista Zig Koch pode ser considerado como uma das grandes
personalidades que buscam caracterizar os ambientes naturais brasileiros
através de magníficas fotografias. Um de seus trabalhos
mais festejados é o livro “Araucária – a
Floresta do Brasil Meridional”, em parceria com a jornalista
Maria Celeste Correa. O livro originalmente lançado em 2002
já conta com sua segunda edição, de 2010. Muitas
das fotos foram obtidas em matas naturais pertencentes ao senhor Wilson
Dissenha, executivo da Madepar Agroflorestal. Apesar de muito devastada
no passado, o pinheiro brasileiro ou pinheiro do Paraná consegue
sobreviver protegido e abrigado por diversas empresas do setor florestal
brasileiro, como Klabin, Araupel, Madepar, Cambará, Irani, etc.
Vale a pena conhecer o trabalho fotográfico do artista e alguns
de seus pensamentos e objetivos.
Naveguem a seguir em:
Papo de sexta com Zig Koch. Blog Tudo o que você (ou)vê.
(2012)
http://tudooquevoceve.wordpress.com/2012/04/20/
papo-de-sexta-com-o-fotografo-e-ambientalista-zig-koch/
Imagens Google: Araucária e Zig Koch. Acesso em 20.12.2012:
http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=
isch&source=hp&biw=1280&bih=521&q=arauc%C3%A1ria+%22zig+koch%
22&oq=arauc%C3%A1ria+%22zig+koch%22&gs_l=img.12...11392.11392.0.
15673.1.1.0.0.0.0.337.337.3-1.1.0...0.0...1ac.IfERQRpdrtc
Imagens no website Natureza Brasileira. Acesso em 20.12.2012:
http://www.naturezabrasileira.com.br/fotos/1260/araucaria.aspx?h=0&t=4
Sobre o livro em Estante do Planeta Sustentável. Acesso em 20.12.2012:
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/estante/araucaria-
floresta-brasil-meridional-zig-koch-maria-celeste-correa-621167.shtml
Sobre o livro no website do autor Zig Koch. Acesso em 20.12.2012:
http://www.zigkoch.com/index.php?option=com_content&view=
article&id=91%3Alivros&catid=44%3Alivros&Itemid=53
Sobre o livro em Imagens Google. Acesso em 20.12.2012;
http://www.google.com.br/search?q=livro+%22arauc%C3%A1ria+-+a+floresta+
do+brasil+meridional%22&hl=pt-BR&tbo=u&tbm=isch&source=univ&sa=X&ei=
QhzvUKj_NpCY8gTIhYB4&ved=0CFUQsAQ&biw=1280&bih=521
Cartilha “Controle da dispersão do Pinus”. Diálogo
Florestal. Fórum Florestal do Rio Grande do Sul. (Brasil)
Trata-se de um guia ilustrativo para as partes interessadas da sociedade
(e também para as que até o momento estão omissas
ou desconhecem o que fazer em relação a esse tema). Nossos
sinceros cumprimentos aos amigos Itamar Pelizzaro, Kathia Vasconcelos
Monteiro, Lisiane Becker, Margô Guadalupe Antônio, Maurem
Alves, Fábio Pili, Pedro Dreher, Carolina Schaffer e à ONG
Amigos da Floresta e à empresa Flopal. Uma excelente iniciativa
de todo os membros do Diálogo Florestal/RS e da Ageflor – Associação
Gaúcha de Empresas Florestais.
Conheçam em:
http://www.dialogoflorestal.org.br/download.php?codigoArquivo=340
LaPIM - Laboratório de Processos de Industrialização
da Madeira – FURB – Fundação Universidade
Regional de Blumenau. (Brasil)
O LaPIM tem como função desenvolver atividades de pesquisa,
extensão e ensino nas áreas de industrialização
da madeira e caracterização de produtos madeireiros.
As atividades mais qualificadas e pesquisadas são: processo
de secagem de madeiras e determinação de propriedades
físicas e mecânicas de madeiras, painéis, etc.
http://www.furb.br/lapim/historico.html (Histórico
do LaPIM)
http://www.furb.br/lapim/projetos.html (Projetos e docentes envolvidos)
http://www.furb.br/web/10/portugues (Website
da FURB)
Dentre
suas realizações consta o excelente relatório
técnico editado em 2005:
Arranjo produtivo da madeira e móveis de Santa Catarina. Desenvolvimento
de tecnologias aplicáveis à secagem de madeiras oriundas
de florestas plantadas. J.R. Eleotério; E.S.R. Eleotério;
M. Voigtlaender; D.M. Goulart; M.P. Lima; D. Melchioretto; A. Scariot;
H. Venturi Junior; T.E. Ramos; T.L. Santos; D. Maziero; M. Heisch.
73 pp. (2005)
http://www.furb.br/lapim/PDFs/pdf_01_furb_relatoriofinal.pdf
Insetário “George
Washington Gomes de Moraes” – ICA – Instituto
de Ciências Agrárias – UFMG – Universidade
Federal de Minas Gerais. (Brasil)
Esse insetário foi fundado há mais de 35 anos pelo Professor
George Washington Gomes de Moraes no Museu de História Natural
da UFMG para se constituir em um biotério de Trichogramma sp.,
um gênero de insetos usado em controle biológico de insetos-pragas
no Brasil. O insetário mudou-se para o ICA/UFMG em 2003. O gênero
Trichogramma (Hymenoptera: Trichogrammatidae) é o agente biológico
mais utilizado no mundo para controle de lepidópteros-praga
(borboletas e mariposas) em diversas culturas. O atual responsável
pelo laboratório é o professor Germano Leão Demolin
Leite. Colaboram com as aulas e materiais didáticos os professores
Vinicius Matheus Cerqueira, Aline Fonseca do Nascimento e Veríssimo
Gibran Mendes de Sá. Como atividades acadêmicas dos professores
são lecionadas disciplinas sobre entomologia básica e
agrícola, das quais se destacam os excelentes materiais didáticos
que são disponibilizados para os alunos, a saber:
http://www.ica.ufmg.br/insetario/images/apostilas/ap_ent_basica.pdf (Apostila de Entomologia Básica)
e
http://www.ica.ufmg.br/insetario/images/apostilas/Apostila_Entomologia_Basica.pdf (Chaves de Ordens e Famílias de Insetos)
e
http://www.ica.ufmg.br/insetario/images/apostilas/apostila_entomologia_2010.pdf (Apostila de Entomologia Agrícola – Manejo Integrado de
Pragas - de autoria do professor Marcelo Coutinho Picanço da
UFV – Universidade Federal de Viçosa)
e
http://www.ica.ufmg.br/insetario/images/apostilas/Apostila_Entomologia_Agricola.pdf (Apostila de Entomologia Agrícola de autoria do professor Marcelo
Coutinho Picanço da UFV – Universidade Federal de Viçosa)
e
http://www.ica.ufmg.br/insetario/index.php?option=com_content&view=article&id=1&Itemid=10 (Pragas de Culturas Agrícolas)
e
http://www.ica.ufmg.br/insetario/images/aulas/Pragas_de_eucalipto.pdf (Pragas do Eucalipto)
e
http://www.ica.ufmg.br/insetario/images/aulas/Pragas_formigas_cortadeiras.pdf (Pragas Formigas Cortadeiras)
e
....muitos outros valiosos materiais didáticos destinados à atividade
agrícola.
Referências
sobre Eventos e Cursos
Nessa seção, trazemos referências
de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional
e que se relacionam diretamente ou indiretamente ao Pinus. A característica
marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material
bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros
técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos,
os quais já ajudam a saber das novidades no ramo e dos assuntos
abordados durante o encontro. Através dos endereços de
URLs, vocês podem obter o material do evento e conhecer mais
sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para
participar do próximo. Também disponibilizamos nessa
seção endereços de websites de professores universitários
que colocam para o público geral as suas aulas e apostilas,
compartilhando assim com a sociedade os seus conhecimentos e os resultados
de seu trabalho didático e científico.
4º Congresso Florestal Paranaense – 2012. Organização
pela Malinovski Florestal. (em Português)
O 4° Congresso Florestal Paranaense procurou trazer de volta esse
importante fórum de debates e promoção do conhecimento
e da inovação que acontecia no passado no estado do Paraná.
Seu tema de fundo foi definido como “Gestão Florestal:
Produção, Conservação e Uso”. O objetivo
com o mesmo foi tratar de maneira interligada os três aspectos
essenciais da cadeia florestal paranaense: gestão de qualidade
(para melhorar os indicadores de produtividade), preservação
das áreas nativas e desenvolvimento de novos usos (ou aperfeiçoamento
dos usos atuais) para os produtos originados da floresta. O evento
visava a reunir engenheiros florestais, agrônomos, produtores
rurais, pesquisadores, estudantes, professores e representantes dos
setores privado e público. O evento aconteceu em Curitiba, de
10 a 14 de setembro de 2012, sendo que os participantes puderam desfrutar
de valiosos materiais e apresentações sobre: política
e economia florestal, silvicultura, conservação da natureza,
manejo de florestas nativas e plantadas, tecnologia, recursos hídricos,
infraestrutura, logística e energia renovável. O congresso
reuniu diversas palestras de apresentadores chaves e trabalhos inscritos
para apresentações orais e pôsteres. Diversos desses
trabalhos apresentaram resultados sobre o Pinus. Tudo isso só foi
possível pelo esforço concentrado de quase dois anos
das instituições promotoras do evento - Associação
Paranaense de Empresas de Base Florestal (APRE), da Associação
Paranaense de Engenheiros Florestais (APEF), Embrapa Florestas e dos
cursos de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Paraná (UFPR),
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), UNICENTRO
(Irati) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
A organização e toda a parte de programação
e logística foi responsabilidade da empresa Malinovski Florestal,
em cujo website se podem obter as palestras, anais e mais detalhes
do congresso.
http://malinovski.com.br/CongressoFlorestal/ (Webpage do evento)
http://malinovski.com.br/CongressoFlorestal/Arquivos_HTML/2-Palestras.htm (Palestras)
http://malinovski.com.br/CongressoFlorestal/Arquivos_HTML/4-Trabalhos-01.htm (Trabalhos completos)
http://malinovski.com.br/CongressoFlorestal/Arquivos_HTML/3-Resumos-01.htm (Resumos)
3º Congresso
Internacional do Pinus - 2011. Florestal & Biomassa
2011. (em Português)
O evento conhecido mais comumente como “Congresso do Pinus” vai
gradualmente se firmando como um dos principais fóruns para
debater e difundir conhecimentos e promover inovações
sobre o cultivo de florestas plantadas e sobre a comercialização
de produtos originados desse gênero arbóreo. Sua missão é reunir
empresários, especialistas e profissionais do setor florestal/madeireiro
para debater e oferecer soluções para o desenvolvimento
do Pinus no Brasil e alavancar sua participação nos mercados
nacional e internacional. A programação do evento compunha-se
basicamente de palestras e debates sobre: legislação
e meio ambiente; mercado; silvicultura; tecnologia e fomento. O 3º Congresso
Internacional do Pinus costuma fazer parte da programação
do Encontro Latino Americano de Base Florestal e Biomassa. Esse terceiro
congresso aconteceu em novembro de 2011, em Lages – SC. Além
das palestras e debates, constava na programação uma
dinâmica de colheita florestal mecanizada com demonstrações
de corte raso e de desbastes de florestas plantadas de Pinus. O evento
consistiu em uma realização do SINDIMADEIRA de Lages
e da Associação Rural de Lages, com promoção
e organização da Hannover Fairs Sul América, apoio
do governo do estado de Santa Catarina e das prefeituras de Lages,
Otacílio Costa e Correia Pinto, dentre outras entidades. Conheçam
mais sobre as palestras do evento, apresentadas por reconhecidos líderes
e estudiosos do setor, em dois websites que as disponibilizaram para
uso público:
http://www.remade.com.br/congressopinus/
e
http://www.florestalbiomassa.com.br/palestras/palestras-pinus.html
4º Congresso
Internacional de Bioenergia - 2009. Porthus Eventos. (em Português)
Em
mais uma realização da REMADE – Revista da
Madeira e da Porthus Eventos, esse congresso teve como meta discutir
as tendências da energia originada de biomassa, como vetor de
desenvolvimento e de oportunidades para o Brasil. O evento procurou
congregar forças tecnológicas, institucionais e políticas
para essa nova oportunidade de produtos (biomateriais biocombustíveis)
para nosso país. O congresso aconteceu em agosto de 2009 na
cidade de Curitiba/Paraná e debateu temas vitais como biorrefinarias,
biodiesel, biocombustíveis sólidos e gasosos, etanol
lignocelulósico, etc. Conheçam as palestras do evento
em:
http://www.porthuseventos.com.br/site/eventos/2009/
eventobioenergia.com.br/congresso/br/palestras.php
IV Simpósio de Meio Ambiente - 2010. CBCN – Centro Brasileiro
Para Conservação da Natureza e Desenvolvimento Sustentável.
(em Português)
Tradicional
evento realizado na cidade de Viçosa/MG para debater
temas de interesse ambiental, com foco no desenvolvimento sustentável.
Esse quarto simpósio aconteceu em setembro de 2010 e contou
como usual com forças acadêmicas, empresariais e políticas.
Encontrem as palestras do simpósio em:
http://www.cbcn.org.br/simposio/2010/palestras/palestras.html
Maximising
the Role of Planted Forests in Sustainable Forest Management – 2003. UNFF – United Nations Forum on Forests. (em Inglês)
Esse
evento foi realizado na Nova Zelândia na cidade de Wellington
e em outras localidades onde se tiveram sessões paralelas. A
programação consiste em uma das melhores alternativas
para se alcançar bons artigos e apresentações
sobre o manejo florestal sustentável. Apesar de já ter
ocorrido há quase uma década, os materiais disponibilizados
são de extrema relevância em função dos
especialistas que estiveram presentes palestrando e oferecendo seus
pontos de vista. O programa centralizava-se em debater os quatro papéis
vitais das florestas plantadas: benefícios, desafios, garantia
de manejo florestal sustentável e facilitação
para que as coisas pudessem acontecer de forma mais rápida e
efetiva. Conheçam e visitem os endereços a seguir para
obtenção de excelentes leituras:
http://maxa.maf.govt.nz/mafnet/unff-planted-forestry-meeting/index.htm#Programme (Programa)
e
http://maxa.maf.govt.nz/mafnet/unff-planted-forestry-meeting/conference-papers/ (Apresentações e artigos)
e
http://maxa.maf.govt.nz/mafnet/unff-planted-forestry-meeting/report-of-unff-meeting-nz.pdf (Relatório final do evento)
Artigo
Técnico por Celso Foelkel
Os Jornais, o Papel Jornal
e as Fibras Celulósicas de Pinus
Os
jornais, o papel jornal e o futuro
A qualidade de um produto pode ser
definida pela sua capacidade em atender bem às exigências do processo onde é usado
e pela satisfação e empatia que possa oferecer a seus
usuários. Isso se aplica, com certeza, ao papel jornal e aos
próprios jornais.
Os jornais e os papéis de imprensa (ou papéis jornais)
foram por anos ou décadas intimamente associados entre si: um
não podia viver sem o outro. A situação era de
tamanha interdependência, que o papel jornal era considerado
um bem estratégico nacional, com forte componente político
envolvido. Isso porque muitos governos acreditam que só com
o domínio do papel jornal se tem controle sobre a mídia
jornalística impressa. Exemplo disso aconteceu recentemente
na Argentina, quando o governo da presidente Cristina Fernández
de Kirchner regulou por lei a fabricação, comercialização
e distribuição do papel jornal, declarando essa indústria
e suas fábricas como sendo de interesse público. Exemplos
parecidos de dominar a mídia impressa através do controle
da fabricação e distribuição do papel de
imprensa já aconteceram na Venezuela, Cuba e até mesmo
no Brasil, durante os anos do Império e de governos fortes.
Por anos, as forças empresariais desses setores têm conseguido
superar ou conviver com a concorrência de outros meios de comunicação
em massa, como foi o caso do rádio e da TV. Isso porque o ser
humano da atual geração economicamente ativa (“baby
boomers” e sucedâneos diretos) se acostumou com o jornal,
com a empatia de tê-lo nas mãos para ler o mesmo em momentos
de relaxamento em casa ou no trabalho. Até hoje, um jornal é disputado
em uma sala de espera de uma estação rodoviária,
em um consultório médico, ou em um aeroporto. Eu mesmo,
não deixo de apanhar um que esteja “dando sopa”,
abandonado que tenha sido pelo usuário anterior, para folheá-lo,
ler o que me interessa e deixá-lo para o próximo usuário.
Acontece que o momento atual é de uma troca de gerações.
A minha, a geração do pós-guerra, está sendo
substituída pela geração Y (geração
da internet). Com isso, as coisas podem estar mudando muito rapidamente
para os jornais. A internet, as redes sociais, os portais de informações
da web, o Google e outras facilidades estão colaborando para
que uma forte mudança esteja em curso. Com isso, o papel político
e de comunicação para a sociedade, bem como a capacidade
de disseminação publicitária que os jornais possuíam
estão sendo rapidamente bombardeados por outros modelos de origem
digital e online. Alguns jornais descobriram isso mais cedo e já migraram
de lado, passando a atuar só do lado digital. Isso porque suas
edições impressas minguavam e as dívidas aumentavam
nas mesmas proporções em que se reduziam as tiragens. É o
caso de dois jornais muito importantes que abandonaram suas edições
impressas para se dedicar só às edições
digitais. O primeiro deles foi o gigante e tradicional “O Jornal
do Brasil”, que hoje se autoproclama como sendo “O primeiro
jornal 100% digital do País”. Em setembro de 2010, o Jornal
do Brasil circulou pela última vez com sua edição
impressa em papel e se bandeou para a mídia online, onde passou
a atuar de forma digital, com excelente penetração.
Outro jornal que teve caminho semelhante
foi “O Estado do Paraná”,
um jornal doméstico de abrangência mais local. Em 2011,
pouco antes de completar 60 anos, esse jornal passou a atuar como um
portal de notícias denominado Paraná-Online.
Em minha opinião, a máxima que ambos adotaram foi “ou
se migra, ou se morre”, embora fosse possível se adotar
uma ação mista e se atuar nas duas mídias, como
outros jornais estão fazendo (Folha de São Paulo, Estado
de São Paulo, Zero Hora, etc.).
Curiosamente, os dois jornais mencionados
como tendo trocados de modelo de mídia têm relatado que de um momento para o outro seus
jornais se globalizaram, passando a ser acessados e lidos em quaisquer
lugares do mundo onde haja brasileiros interessados em conhecer como
andam as coisas na pátria amada. Um privilégio que em
geral os pioneiros conquistam e ocupam o espaço dos futuros
seguidores. Contudo, os jornais com mídia dupla também
podem usufruir desse fato, passando a ter dois públicos dedicados
e fiéis: o dos jornais impressos em papel e o do acesso online.
As vantagens do acesso digital estão todos a favor de um público
que possui telefones celulares, tablets, laptops e podem acessar os
jornais desde que tenham conexão com a web. A população
brasileira se acostumou com rapidez aos aparelhos de telefonia celular, à internet,
ao FaceBook, ao Orkut e ao Google. Logo, não é de se
duvidar que ela migre para outras formas de receber informações
e notícias na web.
No momento, existem muitas dúvidas sobre o futuro dos jornais,
em como eles vão fazer para veiculação de notícias,
anúncios, textos de colunistas, etc. Quanto mais tempo um jornal
tomar para decidir o que fazer, mais difícil será para
se adaptar e para recuperar espaços perdidos. Além disso,
o modelo digital não é exclusivo –portais de outros
negócios estão ocupando o espaço dos jornais,
a exemplo das estações de televisão, portais específicos
de diferentes tipos de negócios, etc. Existem portais de notícias
absolutamente novos, que não existiam como fontes de informações
e que descobriram nichos para veiculação de notícias
especializadas (a exemplo do Painel Florestal, CeluloseOnline, etc.).
A maioria dos jornais impressos já está navegando no
modelo digital e isso tende a crescer em todos os segmentos, desde
os jornais populares de massa até os extremamente especializados
em finanças, esportes, etc.
A mídia online é vista como uma forma rápida,
prática e com credibilidade para se obter um resumo do que está acontecendo
no mundo, ou onde quer que seja. Não há uma preocupação,
nas edições online, para leituras longas, como os textos
escritos por colunistas famosos, ou longas entrevistas. As pessoas
querem ler resumos, ou até mesmo só o título da
notícia, para saber quem ganhou o Oscar, ou uma partida de futebol,
por exemplo.
Há futurologistas acampados no setor que estimam que em pouco
mais de uma década os jornais serão digitais, em sua
maioria. As edições na internet permitem maior interatividade
com os leitores, que poderão comentar e dar sugestões
para as melhorias constantes dos jornais digitais – coisa rara
de acontecer nas edições impressas. Os fóruns,
os jornais personalizados, as redes sociais, tudo isso deverá afetar
profundamente a forma e a velocidade de se difundir as notícias
no planeta.
Sobram dessas reflexões algumas perguntas: e a qualidade do
que será veiculado? O que terá ou não credibilidade?
Qual o custo de tudo isso para a sociedade? Como será a forma
que o usuário vai pagar a conta? Ou será que vai ser
tudo de graça para os leitores e a publicidade é que
vai pagar? Até que ponto o leitor vai gostar da exagerada publicidade
que passará a acontecer associada à veiculação
das notícias?
Como ficará então a mídia impressa? – Ou
seja, os jornais tradicionais? A indústria sempre soube se reinventar
e sobreviver, isso desde que surgiu o rádio e depois a televisão.
Mas agora, a situação é outra e o mundo mudou
demais. As pessoas têm pressa e a internet acelerou ainda mais
a velocidade das pessoas, em especial dos jovens.
Creio que devam existir algumas perguntas
angustiantes aos fabricantes de papel jornal, tais como: o que vamos
fazer com a enorme capacidade
instalada de produção de papel jornal se o jornal impresso
vier a acabar? Que outros usos poderão ser a ele destinados?
Revistas? Será que elas não vão acabar também?
E as pastas de alto rendimento? Onde poderemos usar mais delas? Ou
como fazer com que elas substituam mais polpas químicas branqueadas?
A grande questão, a mais temível delas é: em
que prazo tudo isso poderá acontecer?
É bem possível que uma árvore de Pinus, que tenha
sido plantada no Paraná com a visão de abastecer no futuro
uma fábrica de papel jornal possa ser usada no seu abate para
outro tipo de produto papeleiro, ou até mesmo para outra finalidade
completamente distinta da fabricação de papel.
Entretanto, a mudança dos jornais para o sistema digital não é tão
simples e nem os leitores estão pedindo ou clamando por isso.
As mudanças devem acontecer gradualmente e exigem adaptações
tanto do lado de quem produz o jornal, como de quem os lê. Há que
se adequar conteúdos, formatos, design, recursos, interatividade,
formas de atuação publicitária, etc. Há leitores
que nunca abandonarão o jornal impresso, outros que sem receber
o jornal impresso acabarão se esquecendo de ir ao computador
para ler seu jornal diário. Enfim, pode-se esperar de tudo um
pouco.
As principais possibilidades aventadas
para o futuro dos jornais são
as seguintes:
• Alguns jornais manterão duas versões – a
digital e a impressa, com características distintas entre ambas,
em função dos desejos dos públicos de cada uma;
• Os jornais impressos deverão inovar fortemente em sua
forma de redação, conteúdo, formato, tecnologia
de produção e veiculação (Exemplo: Jornal
Metro do grupo Bandeirantes);
• Alguns jornais migrarão para fascículos ou edições
especializadas para nichos de leitores;
• Alguns jornais migrarão para conceitos digitais completamente
novos, e até inimagináveis no momento atual, valendo-se
tão somente do que de novo e de domínio público
surgir na web.
• Muitos jornais se associarão a outros tipos de negócios
comerciais, passando a comercializar produtos, a oferecer eventos e
cursos, a oferecer roteiros turísticos, etc., etc.
Com mudanças tão grandes à nossa frente, os riscos
em relação às estratégias empresariais
são enormes, seja para os jornais impressos, como para os digitais.
Para as fábricas de papel jornal os riscos são ainda
maiores, pois esse tipo de industrialização é muito
demandante de capital e toma longo tempo para depreciação
de suas máquinas e ativos fixos. O que fazer então com
máquinas recém-compradas? E com as florestas recém-plantadas?
Onde encontrar mercados para os produtos atuais, ou novos produtos
para serem fabricados nas fábricas atuais?
Nota-se, por exemplo, o esforço que algumas empresas estão
colocando para melhorar o papel jornal (“improved newsprint”),
revestindo-o com tinta com pigmentos, alisando-o mais, fazendo incorporação
de pigmentos na massa, colagem alcalina, etc. A ideia é ir disputar
mercado com outros tipos de papéis gráficos, usando esse
produto melhorado para revistas e outras impressões hoje feitas
em papéis de alta alvura.
Uma coisa é absolutamente certa: os fabricantes de jornais
e os de papel de imprensa (papel jornal) precisarão de uma enorme
capacidade de inovação, uma grande habilidade para estabelecerem
estratégias eficazes e uma notável vontade e determinação
para implementação das mesmas em tempo muito rápido.
Qualidade, satisfação dos consumidores e atendimento
de nichos especializados são pontos críticos que estão
sendo focados pelos estrategistas.
Muito provavelmente, alguns produtores
de jornais procurarão
caminhos mais fáceis, mas de curta duração, como
elaborar tabloides sensacionalistas, fascículos religiosos,
políticos, ou mesmo veicular propagandas a baixíssimo
custo. É muito provável que alguns dos grandes jornais
do passado se fragmentem em jornais especializados em temas de atratividade
dirigida, como acontecia no passado com a Gazeta Esportiva e com a
Gazeta Mercantil.
O maior desafio dessas mudanças é o
fato de que qualquer inovação que um jornal impresso
vier a criar, se for bem-sucedida, em pouco tempo já existirá uma
versão concorrente online. O pior ainda, é que muitos
dos antigos colunistas de renome foram terceirizados em épocas
passadas para redução de custos, e hoje prestam serviços
a diversas mídias, não fazendo distinção
entre elas.
Uma coisa que chama a atenção de quem produz um jornal
impresso é que ele é todo desenhado, estruturado e elaborado
no computador, na forma digital. Bastaria um só click para enviar
o mesmo ou para a web ou para uma gráfica fazer a impressão
em papel.
Os fabricantes de jornal e de papel
jornal precisam muito rapidamente sair da postura de “esperar para ver o que vai acontecer”,
para trabalhar de maneira gradual com novos modelos tecnológicos
e de atendimento aos usuários dos seus produtos. Caso fiquem
contemplativos, poderão acumular dívidas com o modelo
perdedor e ter que fechar as portas, como aconteceu com inúmeros
jornais e fábricas de papel de imprensa em países com
Estados Unidos, Canadá e mesmo no Brasil (alguns exemplos de
jornais famosos e que faliram indefinidamente já foram aqui
mencionados).
Uma coisa a ser lembrada e reforçada, que já mencionamos
antes. A mídia online oferece algo que praticamente inexiste
na mídia impressa. Os leitores podem com facilidade interagir
com o jornal, oferecer sugestões, comentários, críticas,
reclamações, etc. Será que os rígidos sistemas
de gestão dos jornais impressos se acostumarão com isso?
Os leitores de jornais também querem gastar cada vez menos.
Porque pagar por um jornal impresso se eles podem obter na web as informações
de graça e nos momentos em que acharem convenientes? Ou então
na TV ou no rádio (vejam que diversas emissoras de TV já possuem
estações de rádio 100% dedicadas a notícias
e com colunistas e âncoras de muita credibilidade, a exemplo
da BandNews, RecordNews, etc.).
No Brasil, dois dos principais jornais
do estado de São Paulo
(Folha de São Paulo e Estado de São Paulo) reduziram
sua tiragem em 30 a 40% entre os anos de 1995 a 2008, ainda que o crescimento
populacional nesse período tenha sido de 20%.
A partir de 2020 a chamada geração Y estará se
formando em seus cursos superiores e entrando com força na atividade
econômica. A geração dos “baby-boomers” estará aposentada
e mais preocupada em lazer ou em tratar suas doenças geriátricas.
Com isso, haverá mudanças muito fortes nos hábitos
dos consumidores, isso é algo que não podemos duvidar.
Essa geração Y não lê jornais, não
leu gibi e só teve acesso a informações via digital,
até mesmo para seus trabalhos escolares e universitários.
O resultado disso pode ser previsto pelo mais simples dos mortais:
• Redução drástica
no consumo de jornal impresso;
• Redução do tamanho
dos jornais impressos sobreviventes;
• Redução do impacto da mídia publicitária
dos jornais;
• Necessidade vital para reduzir custos – “custe
o que custar”.
Em função disso, amigos, o que podemos esperar para
as quase 30 milhões de toneladas que hoje são consumidas
como papel jornal no planeta? Todas as expectativas são de que
já há excesso de capacidade e muitas fábricas
estão com risco eminente de fechamento. No ano 2000, essa demanda
era de 38 milhões, agora 30 e de acordo com a RISI há chances
de que entre 2 a 5 milhões de toneladas se evaporem em poucos
anos mais. Apesar disso e das expectativas pessimistas, o papel jornal
ainda é o terceiro tipo de papel mais produzido pelo setor de
celulose e papel, ficando atrás somente dos papéis de
embalagem e dos papéis para uso gráfico.
A internet surgiu em meados dos anos
90’s. Ainda está em
sua juventude e já está causando tantos estragos em inúmeros
tipos de negócios, como o gráfico, cinematográfico,
fonográfico, turismo, lazer e divertimentos, etc. Praticamente
todos os negócios foram afetados por ela, alguns para melhor,
outros para muito pior - outros ainda não conseguiram se posicionar.
Alguns negócios souberam encontrar filões e prosperar;
outros só esperam chegar o dia para ter “uma morte digna”,
se bem que não conseguem definir bem o que seja isso.
História
e consumo do jornal e do papel jornal no mundo
Os historiadores relatam que os primeiros
jornais eram na verdade pedras ou placas gravadas que eram expostas
para leitura pelos cidadãos
romanos em locais de grandes fluxos de pessoas, como no Coliseu, etc.
As placas eram denominadas de Acta Diurna, e na verdade eram uma espécie
de quadro de avisos, tendo isso acontecido pouco antes da era Cristã.
Outros tipos de jornais parecidos foram relatados na China, etc.
Jornais, da forma como conhecemos hoje,
só surgiram com a invenção
da imprensa por Gutenberg em meados do século XV. Os jornais
aumentaram muito de expressão após a invenção
do telégrafo por Samuel Morse (início do século
XIX), o que possibilitava que as notícias fluíssem mais
rapidamente para serem postadas nos jornais.
Entre 1890 a 1950 surgiram as grandes
cadeias de jornais na Europa e nos Estados Unidos. Até 1970 os jornais viveram anos dourados
e se converteram em poderosas corporações, bajuladas
e admiradas por políticos, financistas e empresários.
O crescimento do consumo de jornais
esteve sempre associado a alguns fatores econômicos e sociais,
como:
• Aumento populacional;
• Educação, qualidade de vida e nível cultural
da população;
• Atividade econômica;
• Demanda do mundo publicitário.
Por incrível que possa parecer, esses mesmos fatores que alavancaram
o crescimento do consumo do jornal, agora o ameaçam e podem
ajudar a que aconteça o seu rápido declínio.
As estatísticas do setor de celulose e papel indicam que o
crescimento do consumo de papel jornal tem sido negativo e nos últimos
anos tem atingido cifras muito altas
(redução de consumo anual de 1,5%, em especial causado
pela crise financeira na Europa e América do Norte). Os grandes
produtores estão localizados no Canadá, Estados Unidos,
Japão, Suécia, Noruega, Rússia e Oceania. As principais
empresas são: Norske Skog, Abitibi, Bowater, Stora Enso, SCA,
UPM-Kymmene, Oji, Nippon, Holman, dentre outros.
O negócio do papel jornal no
Brasil
Os jornais ainda são no Brasil um dos principais meios de comunicação
e de publicidade. Existem muitos leitores fiéis, em parte significativa
da população; muitos ainda estão fortemente apaixonados
por seus jornais preferidos. Entretanto, também no Brasil se
nota uma redução gradual de consumo e da dimensão
dos jornais.
Em 2009, o Brasil possuía 682 jornais, sendo que desses, mais
da metade estavam localizados na região sudeste (Alecrim e Sargl,
2010). Os jornais relatados como de maior circulação
eram: Folha de São Paulo, Super Notícias (MG), O Globo
(RJ), Extra (RJ), O Estado de São Paulo, Meia Hora (RJ), Zero
Hora (RS), Correio do Povo (RS).
Em avaliações feitas para saber como os jornais fazem
resultados no Brasil, chegou-se à conclusão que 85% desses
são devidos à publicidade e anúncios e apenas
15% se devem às assinaturas e vendas diretas.
Em passado recente, o Brasil já chegou a produzir 300.000 toneladas
ao ano de papel jornal e a consumir 700.000 toneladas, um pico atingido
em 1997. Hoje, o consumo anual é de 540 mil toneladas e a produção
local de apenas 130 mil toneladas. Portanto, são importadas
cerca de 400 mil toneladas desse produto ao ano.
O negócio restringe-se a um único fabricante local (Norske
Skog PISA), que teve sua produção gradualmente reduzida
de 180 mil para 130 mil toneladas ao ano, frente ao direcionamento
da empresa de também produzir papel mais nobre para impressões
de revistas na mesma máquina de papel.
Como esse único fabricante doméstico pertence a uma
corporação que é uma das maiores produtoras globais
de papel de imprensa, abriram-se as portas para que parte das importações
brasileiras pudesse ser disputada e conquistada pela mesma, de suas
fábricas localizadas no Chile, Europa e América. Assim
sendo, o problema de falta de produção nacional para
suprir a demanda interna de papel jornal se deve a quatro fatores:
• Problemas tributários, já que o papel importado
para suprir gráficas de jornal é isento de impostos,
o que torna o papel importado tão ou mais competitivo que o
produto fabricado localmente;
• Taxa de câmbio, que no presente momento é favorável às
importações, frente à apreciação
do real em relação ao dólar e ao euro;
• Decisões estratégicas e mercadológicas
do único fabricante, que sabiamente não investe em aumentar
capacidade já que a oferta global desse tipo de papel é mais
do que suficiente para abastecer o mundo, com sobras;
• Escala de produção da atual única máquina
de papel localizada no Brasil, o que a torna menos competitiva em função
de maiores custos fixos unitários em relação a
máquinas de muito maior porte.
Portanto, o problema não é de falta de madeira de Pinus, nem da qualidade da pasta de alto rendimento, muito menos de se ter
ou não ter papel jornal e papéis revistas para serem
reciclados. Trata-se tão somente de um assunto para o qual as
decisões são afetadas por fatores políticos, macroeconômicos,
tributários e de estratégias da empresa produtora.
Desde a época do império, o papel jornal tem merecido
atenção estratégica pelos dirigentes do País.
Em épocas remotas, todo o papel jornal tinha que vir de fora,
havia uma dependência enorme do suprimento externo. Curiosamente,
não se conseguiu resolver isso ao longo de quase dois séculos,
e agora, com o declínio dos jornais, menor é o interesse
político para acabar com essa dependência de importações.
Ainda durante o governo de Getúlio Vargas, durante o chamado
Estado Novo, houve um esforço de conjugar forças empresariais
e políticas para se produzir papel jornal no Brasil. Em continuidade
a essa soma de forças, em 1947, foi inaugurada uma “mega-fábrica” de
papel de imprensa pelo grupo Klabin na cidade de Telêmaco Borba,
no Paraná, para produção de 40.000 toneladas por
ano desse produto. Até 1985, a Klabin era o principal fabricante
de papel jornal no Brasil, com um produto clássico e fabricado
inicialmente a partir das madeiras de fibras longas da Araucaria
angustifolia, abundante na época naquela região paranaense. Entretanto,
sua produção era insuficiente para atender ao mercado
e ao seu florescente crescimento.
Em 1979, foi criada a empresa holding
Paranaprint de Empreendimentos Florestais, que tinha como acionistas
os jornais O Estado de São
Paulo e o Jornal do Brasil, além de outras forças empresariais.
Com isso, surgiu o projeto e logo depois a fábrica da PISA – Papéis
de Imprensa S.A., que foi construída no município de
Jaguariaíva, no Paraná, tendo como matéria-prima
a madeira de Pinus taeda.
A fábrica da PISA iniciou operações em 1985,
tendo sido vendida logo depois para a empresa neozelandesa Fletcher
Challenge. Em 2000, o grupo Fletcher vendeu a totalidade das ações
para a empresa norueguesa Norske Skog, que já tinha uma parceria
com a Klabin na máquina de papel jornal em Telêmaco Borba.
O objetivo da Norske Skog era de ser
a maior fabricante de papel jornal na América Latina, tendo suas operações localizadas
no Chile (Bio Bio) e no Brasil (Jaguariaíva). A empresa pretendia
instalar uma nova máquina de papel jornal em Jaguariaíva,
elevando sua produção anual para cerca de 400 mil toneladas.
Entre marchas e desacertos, entre crises e problemas tributários,
a ampliação nunca aconteceu e é bem provável
que não venha a ocorrer – pelo menos da forma como pensada
originalmente.
A fábrica da Norske Skog PISA é hoje uma fábrica
madura, otimizada e eficiente, com seus processos em condições
de excelência e com bons resultados operacionais. A fábrica
produz papel de imprensa e papéis para revistas com certificação
de cadeia-de-custódia pelo FSC – Forest Stewardship Council.
A base florestal utilizada são plantações de Pinus
taeda que pertencem à empresa Florestal Vale do Corisco, que
abastece também outras empresas da região, no que se
denomina de “cluster” madeireiro de Jaguariaíva.
Em 2011, a Vale do Corisco foi adquirida pela joint-venture da Klabin
com a Arauco, sem prejuízos para o suprimento de madeira ao
arranjo produtivo regional. A base florestal que existe na região é de
aproximadamente 160 mil hectares de florestas plantadas, a maior parte
de Pinus.
Frente aos problemas globais que assolam
o setor de jornais e de papel jornal, pode-se dizer que o Brasil
ainda é um “oásis
de fartura”, quer seja para os produtores de jornais, como para
a única empresa produtora de papel jornal. Com certeza, os executivos
da Norske Skog devem estar orgulhosos e satisfeitos de suas estratégias
que deram certo e que foram implementadas no Brasil a partir da última
troca de milênio.
Apesar disso tudo, ainda se recomendam
estreitamentos de elos entre os fabricantes de jornais, as gráficas e o fabricante único
de papel jornal para otimização da integração
na rede de valor correspondente, desde as florestas de Pinus, até os
usuários finais do jornal e até mesmo a sua posterior
reciclagem. Cada vez mais se torna crítico conhecer os desejos
e as necessidades dos usuários intermediários e finais
dessa rede de valor. Até hoje, tanto os jornais como o papel
jornal têm sido imposições aos clientes, sem que
as partes interessadas tenham tido maiores oportunidades de diálogos
e de sinergias. Contudo, as coisas estão mudando e isso está acontecendo
muito rápido. Sem diálogo, inovação e determinação,
o negócio fica aberto aos novos entrantes – perde o setor
e ganham os concorrentes de outros segmentos, como discutimos anteriormente.
Fabricação
de papel jornal ou papel de imprensa no Brasil
De acordo com o glossário técnico da ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel, o termo papel jornal
designa um tipo de papel produzido com a combinação de
polpas químicas de madeira e altas porcentagens de pasta mecânica,
destinado especialmente para impressão de jornais. Esse papel
recebe acabamento de máquina e tem colagem fraca, com pouca
ou nenhuma carga mineral.
Desde o final do século XIX que se fabrica papel jornal da
forma como hoje é produzido, pela mistura de pasta mecânica
com alguma quantidade de polpa química de fibra longa para dar
resistência à folha úmida do papel. Mais recentemente,
o papel jornal passou a receber parcelas crescentes de polpas recicladas
e destintadas, resultantes da utilização de papéis
e revistas já utilizadas ou de sobras de gráficas. A
composição aproximada de um papel jornal consiste de
70 a 85% de pasta de alto rendimento (pasta mecânica ou termomecânica),
10 a 15% de polpa química semi-branqueada ou branqueada de fibra
longa (de Pinus, por exemplo) e 5 a 20% de fibras secundárias
recicladas. Entretanto, há situações onde o teor
de fibras recicladas pode atingir 100% da composição
fibrosa. Graças ao domínio das tecnologias e ao controle
operacional, alguns fabricantes desse tipo de papel totalmente reciclado
conseguem excelentes qualidades e desempenho gráfico.
Um papel jornal é basicamente fabricado com fibras vegetais
e elas representam a maior parte de seu custo direto de fabricação,
principalmente porque a produção de pasta mecânica
demanda muita energia para desfibramento e isso está incluído
no custo das fibras. Frente a isso, um papel jornal para ter sucesso
em seu processo de fabricação precisa de:
• Estrutura competitiva de custos;
• Mínimo custo do material
fibroso;
• Baixas demandas e custos de
eletricidade;
• Escala de produção,
• Eficiência operacional;
• Matéria-prima fibrosa
de excelente qualidade.
A produção do papel jornal começa com a produção
da pasta de alto rendimento, nos maiores rendimentos que se puder obter.
Por essa razão, os fabricantes em geral produzem pastas mecânicas
e termomecânicas a partir de toretes ou de cavacos de madeira.
Dá-se preferência ao desfibramento em rebolos (para os
toretes) ou em refinadores de discos (para os cavacos). Quanto mais
clara a madeira, menor é a necessidade de se branquear a pasta
com agentes caros como o peróxido de hidrogênio. A presença
de resinas é indesejável, por isso, o Pinus elliottii é pouco
indicado para essa finalidade.
O objetivo do branqueamento é aumentar ligeiramente a alvura
do papel, para reduzir a necessidade de polpa de fibra longa mais branca,
ou para melhorar a qualidade, reduzindo o amarelecimento do papel durante
o seu ciclo de vida útil. Também favorece a produção
de papéis ligeiramente coloridos de azul, rosa, verde ou azul.
A pasta mecânica confere uma série de características
desejáveis ao papel jornal, como: porosidade, absorção
de tinta, opacidade, volume específico aparente. Já a
pasta reciclada perde um pouco de suas características originais
em função da deterioração gradual da estrutura
das fibras e dos demais constituintes da pasta. Por essa razão,
o papeleiro precisa ter maiores controles e tecnologias adequadas para
fabricar papel jornal com esse tipo de receita fibrosa.
O papel jornal tem um ciclo de vida útil muito curto – depois
que o jornal é entregue, ele costuma ficar disponível
para leitura por no máximo alguns dias mais. A seguir, existem
quatro possíveis destinos: reciclagem para outros papéis,
polpa moldada, uso do papel para outras finalidades como embalagem,
ou lixo (ambientalmente incorreto). Por essa razão, o seu amarelecimento
e perda de resistências com o tempo não são considerados
tão críticos. Já quando o papel de imprensa for
ser utilizado para fabricação de catálogos (como
as antigas listas telefônicas) ou livretos, há que se
cuidar mais da permanência da cor/alvura e da manutenção
das propriedades de resistência.
As tendências técnicas mais expressivas para a fabricação
do papel jornal podem ser definidas como as seguintes:
• Redução continuada da gramatura, uma vez que
o que interessa no papel de imprensa é a área e não
o seu peso;
• Aumento da opacidade e da resistência mecânica
para compensar as futuras reduções de gramatura;
• Uso de cargas na massa ou de leve revestimento superficial
com tinta pigmentada (5 g/m² por lado, por exemplo), com as finalidades
de aumentar a lisura e a opacidade;
• Seleção de madeira a mais adequada possível
para o processamento;
• Aumento da alvura da pasta mecânica
para valorizar a papel com uma tonalidade melhor;
• Limpeza excepcional da massa
(palitos, resinas, pintas, etc.);
• Uso de colagem neutra para permitir a incorporação
de pigmentos como o carbonato de cálcio;
• Aumento no teor de polpa reciclada
e destintada;
• Melhoria substancial da superfície e estrutura da folha
para permitir melhores resultados na impressão multicolorida.
Apesar dos papéis jornal serem produzidos com gramaturas entre
40 a 57 g/m², a preferência atual é por gramaturas
ou de 45 ou de 48,8g/m². Com isso, os clientes acabam ganhando
mais área para imprimir com base em um mesmo peso de papel.
O preço de venda do papel jornal tem variado nos mercados globais
em valores que oscilam entre 550 a 650 dólares por tonelada.
As principais propriedades intrínsecas da folha de papel jornal
e que são criteriosamente controladas pelos fabricantes são
as seguintes: gramatura, umidade, formação, limpeza,
espessura, densidade, lisura, porosidade, absorção de água,
absorção de óleo, alvura, tonalidade, opacidade,
tração, rasgo, estouro, alongamento.
Como características mais gerais
e que definem um papel jornal, podem ser citadas as seguintes e suas
faixas de valores mais usuais:
• Gramatura: 40 a 57 g/m²;
• Cor: branca a levemente colorida;
• Alvura: menor que 70% IS0;
• Espessura: menor que 100 µm;
• Densidade: aproximadamente 0,60 – 0,70 g/cm³;
• Umidade: menor que 10%;
• Teor de cinzas: menor que 10%;
• Colagem interna: pouca ou nenhuma;
• Opacidade: maior que 93%.
Considerações
finais
Inúmeros desafios complexos e difíceis estarão
sendo reservados para os fabricantes de jornais e de papéis
de imprensa. As rotas tecnológicas atuais são muito tradicionais
e muito diferentes das alternativas de comunicação digital
que vêm sendo trazidas de forma cada vez mais dinâmica,
inovadora e interativa.
É absolutamente correto se dizer que não deve ser um
dos mais atrativos empregos aquele onde se demandam novas estratégias
para esses dois tipos de negócios. Isso porque a situação é bem
do tipo “se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”.
Exatamente por essa razão, as áreas de inovação
e de pesquisas das empresas devem ser fortalecidas e valorizadas. Entretanto,
as equipes precisam ser muito diferentes do que as que existiam em
passado recente. Não é a máquina de papel que
elas devem se preocupar em otimizar, mas o próprio negócio
e seus produtos é que são as grandes interrogações
a serem inovadas. Por essa razão, as equipes de pesquisa e desenvolvimento
devem ser multidisciplinares e com enorme universalidade. É muito
possível que poucos negócios do mundo empresarial estejam
a demandar tanto de suas áreas de inovação. Entretanto,
existem outras questões igualmente angustiantes: será que
as empresas possuem equipes com a expertise necessária? Ou será que
os melhores pesquisadores e os mais criativos já não
foram demitidos para redução de custos, ou foram embora
para outros negócios mais charmosos e atuais?
Referências da literatura e sugestões
de leitura
As três fotos abaixo foram gentilmente cedidas pela empresa Norske
Skog PISA para essa edição da PinusLetter, pelo que agradecemos.
Agradecemos também a atenção dada por Reinaldo
José Oliveira e Carolina Ribeiro que nos ajudaram com dados
técnicos para alguns tópicos desse artigo.
ANJ – Associação
Nacional de Jornais. Acesso em 31.12.2012:
http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/historianobrasil (História
do jornal no Brasil)
http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/historianomundo (História
do jornal no mundo)
http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/leitura-de-jornais-no-mundo (Leitura de jornais no mundo)
Como
funciona a produção. É assim
que se produz papel jornal e papel para revista. Norske Skog Pisa.
Acesso em 31.12.2012:
http://www.norskeskog.com/Produtos/Como-funciona-a-produ%C3%A7%C3%A3o.aspx
Norske
Skog Pisa. Acesso em 31.12.2012:
http://www.norskeskog.com/norske-skog-pisa.aspx (Website)
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http://www.norskeskog.com/Produtos.aspx (Papel jornal com certificação
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http://www.norskeskog.com/Quem-somos/Hist%C3%B3ria.aspx (História
da empresa no Brasil)
Florestal
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YouTube. Canal PainelFlorestalTV. Acesso em 31.12.2012:
http://www.youtube.com/watch?v=DqIFjAhP1cA
Cidades
florestais. Jaguariaíva/PR. Vídeos
YouTube. Canal PainelFlorestalTV. Acesso em 31.12.2012:
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O “cluster” florestal da região de Jaguariaíva/PR.
Vídeos YouTube. Canal PainelFlorestalTV. Acesso em 31.12.2012:
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Portal Negócios da Comunicação. Acesso em 22.12.2012:
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20das%2520novas%2520tecnologias.pdf%2Fat_download%2Ffile&ei=
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Imagens sobre papel jornal ou papel de imprensa:
As duas fotos abaixo foram gentilmente cedidas pela empresa Norske
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agradecemos.
http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&
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img.3..0j0i24j0i10i24j0i24.1142.2986.0.3359.9.9.0.0.0.0.
48.218.9.9.0...0.0...1ac.1.vtt7wPh-mTg (Imagens Google:”Newsprint”)
http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=
hp&biw=1280&bih=521&q=%22newsprint+rolls%22&oq=%22newsprint+rolls%22&gs
_l=img.3...1204.5386.0.5700.17.13.0.4.0.1.307.1602.
4j6j1j1.12.0...0.0...1ac.1.C4CXYhFq3aM (Imagens Google: “Newsprint rolls”)
http://www.google.com.br/search?num=10&hl=pt-BR&site=imghp&tbm=
isch&source=hp&biw=1280&bih=521&q=%22bobinas+de+papel+jornal%22&oq=
%22bobinas+de+papel+jornal%22&gs_l=img.12...1841.1841.0.3102.1.1.0.0.0.0.29
1.291.2-1.1.0...0.0...1ac.OnoPJjOE4us (Imagens Google: “Bobinas de papel jornal”)
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