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Editorial

Caros leitores e interessados pelos Pinus

A sexta edição da PinusLetter está aqui disponível para a sua leitura. Trazemos aos interessados muitos conhecimentos e informações abrangendo diversos temas relacionados aos produtos, manejo florestal, recursos naturais, sustentabilidade, etc.; enfim, tudo que tem relações com os Pinus e com as Pináceas. Esperamos que seja do agrado de todos e consiga lhes motivar à leitura como no caso das edições anteriores.

A seção "Os Pinus no Brasil", descreve desta vez o Pinus tecunumanii. Pinheiro originário da América Central, é atualmente bastante pesquisado principalmente nas zonas quentes do mundo como alternativa para o reflorestamento. Por possuir boa qualidade de madeira, fuste ereto, adaptabilidade a diferentes tipos de solo e tolerância às geadas, muitos acreditam no seu potencial. Leia os links indicados e saiba mais sobre as características desta espécie, incluindo suas diferenças em relação a outros pinheiros tropicais.

A PinusLetter 6 continua trazendo importantes trabalhos sobre tipos de painéis de madeira de Pinus, sendo os painéis MDP ("Medium Density Particleboard") o assunto da atual edição. Confira o histórico deste painel, sobre as tecnologias como é hoje produzido, as principais empresas produtoras no Brasil e algumas das principais características e utilizações do MDP. Há também links que especificam as principais diferenças entre os painéis MDP e MDF. Tudo isso disponível para sua leitura e novo aprendizado, caso não seja um especialista da área.

Da mesma forma que nas edições anteriores, nessa procuraremos homenagear mais um grande autor dos Pinus, o Prof. Dr. César Augusto Guimarães Finger. Ele é a nossa indicação para vocês na seção "Referências Técnicas da Literatura Virtual – Grandes autores dos Pinus". Trazemos aos leitores um pouco sobre a formação, trabalho e pesquisa dedicada aos Pinus desse grande professor e qualificado pesquisador da UFSM - Universidade Federal de Santa Maria, RS na área florestal e sua contribuição de grande valia à comunidade técnica e científica. Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados e materiais dos cursos e eventos referenciados.

O mini-artigo técnico dessa presente edição discorre sobre o tema "Uso do GPS nas Plantações Florestais de Pinus". Trata-se de um tema cada vez mais abordado e de ampla utilização atualmente nas empresas reflorestadoras do Brasil e do mundo. Confira o que é o GPS e como funciona esta tecnologia, seus principais usos e alguns estudos de caso que abrangem a função do GPS nos reflorestamentos de Pinus, suas vantagens e desvantagens.

Obrigado(a) pelos comentários e receptibilidade que o nosso trabalho sempre é acolhido pelos nossos mais de 7.000 leitores, despertando o interesse das pessoas e multiplicando o conhecimento. Este é o nosso objetivo ao escrever esses nossos informativos técnicos. Continuamos contando com a colaboração de todos para podermos melhorar nosso produto e trazer cada vez mais qualidade nas informações para os interessados pelos Pinus.

Agradecemos, sempre aos patrocinadores pelo grande interesse nessas árvores fantásticas que são as dos Pinus e pelo interesse em promover o conhecimento sobre elas para a nossa Sociedade.

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias qualidades desse gênero para as plantações florestais no Brasil e na América Latina, levando sempre mais conhecimento e saber também sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.

Agradecemos nossos dois patrocinadores:

ABTCP
- Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

CRA - KSH - Conestoga-Rovers & Associates (http://www.craworld.com/en/corporate/southamerica.asp)

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

Os Pinus no Brasil: Pinus tecunumanii

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores (Dr. César Augusto Guimarães Finger)

Referências de Eventos e de Cursos


Pinus-Links

Fabricação e Produção de Chapas MDP (Chapa de Partículas ou Aglomerado) a partir dos Pinus

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
Uso do GPS nas Plantações Florestais de Pinus

Os Pinus no Brasil: Pinus tecunumanii


A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, em especial com o nosso convidado dessa edição que é o Pinus tecunumanii. Esperamos nessa seção lhes dar noções gerais sobre essa espécie de Pinus, sua origem, seu potencial, sua taxonomia e morfologia, bem como dados gerais da espécie.

Pinus tecunumanii
Pinus tecunumanii, também conhecido em seu local de origem como “pino colorado”, “pino de las sierras” ou “pino rojo”, é considerado uma variedade do P. oocarpa por alguns taxonomistas. Encontrado naturalmente desde a região central da Nicarágua até Chiapas, no México, a espécie pode ser dividida em duas populações que diferem morfologicamente pela adaptabilidade em dois níveis de altitude: uma população ocorre em 1500 a 2900 m e a outra em terrenos mais baixos, variando de 450 m até 1500 m.

As árvores adultas de locais elevados das florestas de solo fértil das montanhas de Honduras e Nicarágua podem chegar a medir 55 m de comprimento e ter um DAP (diâmetro da altura do peito) de mais de 100 cm. Essas árvores são facilmente conhecidas pelos seus cones pequenos, dispostos em duplas ou individuais nos ramos e pela casca grossa e cinza, que ao chegar perto da base, se estreita.

P. tecunumanii pode crescer em florestas tropicais das Américas Central e Latina junto a outras espécies de pinheiros como P. ayacahuite, P. maximinoi, P. oocarpa, entre outros. A taxa de crescimento do P. tecunumanii das regiões elevadas varia de 5 a 9 m³/ha.ano em seus locais de origem.

As árvores das zonas baixas dificilmente chegam a atingir 30 m de altura e o DAP é de no máximo 60 cm. Possuem casca menos espessa e podem produzir cones em grupos de três a quatro. As áreas de desenvolvimento dessa segunda população de P. tecunumanii apresentam menores precipitações anuais (1000-1800 mm), o que explica a menor taxa de desenvolvimento que varia de 3 a no máximo 8 m³/ha.ano.

P. tecunumanii tem madeira amarelada, similar à das espécies norte-americanas. A densidade da madeira de árvores com idade próxima a 30 anos varia de 0,5 a 0,6 g/cm³.

Os cones de ambas as populações são de no máximo 5 cm de comprimento e 2 a 2,5 cm de largura, possuindo forma ovóide. As acículas possuem cor verde clara a verde amarelada, sendo flexíveis e podendo atingir 18 cm de comprimento.

P. tecunumanii é uma das espécies de pinheiros tropicais atualmente mais estudas, existindo pesquisas não só em seus locais de origem, mas principalmente em outras regiões de clima quente do mundo, incluído países da América Latina como Colômbia e Brasil, e até mesmo a África do Sul no continente africano. Apesar de amplamente estudada, ainda não é largamente utilizada em reflorestamentos comerciais devido à quebra elevada das árvores e à baixa produção de sementes. No Brasil as plantações são relativamente novas, estando apenas iniciando a floração e frutificação.

Estudos indicam que P. tecunumanii é mais tolerante à seca que P. elliottii; contudo, o último mostrou-se mais resistente a gomose (Phytophthora). Outra pesquisa realizada no sul do Brasil avaliou a tolerância de várias espécies de pinheiros à Sphaeropsis sapiea. P. tecunumanii tolera a doença, ao contrário de P. greggrii e P. patula.

No México, a madeira de P. tecunumanii é amplamente utilizada na construção civil, na fabricação de páletes, postes e caixas. Também pode ser utilizada, em menor intensidade, como lenha e para o carvoejamento.

P. tecunumanii se adapta bem a diferentes tipos de solos, tem crescimento rápido, fuste ereto e é tolerante a geadas, fazendo com que muitos acreditem no seu potencial em reflorestamentos para diversas regiões do mundo e também no Brasil. Este é o motivo do amplo estudo da espécie no mundo todo.

Wikipedia. (Português e Inglês)
A enciclopédia virtual gratuita Wikipedia apresenta algumas das características do Pinus tecunumanii e sua descrição taxonômica na língua inglesa e portuguesa.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_tecunumanii (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Pinus_tecunumanii (Inglês)

Pinus tecunumanii Eguiluz & J. P. Perry. W.S. Dvorak. (Inglês)
A Camcore (Central America and Mexico Coniferous Resources Cooperative), junto à Universidade da Carolina do Norte, apresenta um informativo técnico muito completo sobre as principais características do Pinus tecunumanii. A publicação disponibiliza as principais características morfológicas, biologia, distribuição, sem contar nas detalhadas descrições das pesquisas realizadas com a espécie em todo o mundo.
http://www.rngr.net/Publications/ttsm/Folder.2003-07-11.4726/
PDF.2004-03-16.4045/at_download/file

Pinus tecunumanii. Eguiluz & J.P. Perry. Árboles de Centro-América. (Espanhol)
Um dos informativos técnicos mais completos disponíveis na web a respeito de P. tucunumanii. Possui desde a origem histórica do nome da espécie (provindo de um líder indígena da América Central), disseminação, morfologia, biologia, ecologia, aspectos fitossanitários, manejo, plantação, até os principais usos da madeira. Confira. Há inclusive desenhos das principais estruturas morfológicas desse pinheiro.
http://herbaria.plants.ox.ac.uk/adc/downloads/capitulos_
especies_y_anexos/pinus_tecunumanii.pdf

Embrapa - Cultivo do Pinus: Espécie - Pinus tecunumanii. (Português)
A Embrapa Florestais apresenta na seção de seu website "Cultivo do Pinus" um link destinado a espécie P. tucunumanii. Pode-se encontrar dados referentes às zonas de plantio ideais no Brasil, ainda sem falar nas principais características morfológicas. Navegue nesse website e aprenda com os técnicos da Embrapa Florestas.
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Pinus/
CultivodoPinus/03_5_pinus_tecunumanni.htm


Results of twenty years of research on Pinus tecunumanii by the CAMCORE Cooperative. W.S. Dvorak; G.R. Hodge; J.L. Romero. FAO (2001). (Inglês)
A FAO - Food and Agriculture Organization, junto à Camcore, publicou um resumo dos principais resultados obtidos dos projetos realizados com o P. tucunumanii. Destacam-se resultados da qualidade da madeira, avaliação do sistema radicular, parâmetros genéticos, potencial para criação de híbridos, potencial para reflorestamentos como exótica, principais vantagens e desvantagens.
http://www.fao.org/DOCREP/004/Y2316E/y2316e02.htm#fn2 (Artigo P.tecunumanii)
http://www.fao.org/docrep/004/y2316s/y2316s00.htm (Livro Recursos Genéticos Forestales Nº 29 em espanhol)

http://www.fao.org/docrep/004/y2316e/y2316e00.htm (Livro Forest Genetic Resources Nº 29 em inglês)

Posição taxonômica do Pinus de Tecunumán: Análise das características de acículas. F. F. Leão; L. C. Davide. IPEF 46: 96 - 106 (1993). (Português)
O artigo publicado na Revista IPEF utiliza as características morfológicas das acículas para poder diferenciar taxonomicamente o P. tucunumanii, considerado como espécie, dos outros: P. oocarpa var. tucunumanii e P. patula var. tucunumanii. O estudo indica que todos são idênticos e se aproximam mais da espécie P. patula, podendo ser considerado uma variedade dentro desta espécie.
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr46/cap08.pdf

Tree Conservation Information Service - Pinus tecunumanii. (Inglês)
A webpage da UNEP - United Nations Environment Programme, em conjunto com o governo da Holanda, possui um atlas de 8000 árvores que apresentam perigo de extinção no mundo. Dentre elas está o P. tucunumanii. Há aspectos da biologia, ecologia, distribuição, habitat, principais utilizações, entre outros.
http://www.unep-wcmc.org/trees/trade/pin_tec.htm

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Grandes autores: Dr. César Augusto Guimarães Finger

Nesta PinusLetter, em "referências técnicas da literatura virtual", continuamos a lhes apresentar grandes autores sobre os Pinus. A seção aborda os pesquisadores que se dedicaram ou se dedicam muito aos estudos das espécies dos Pinus, características, manejos e principais produtos. Estarão disponíveis, teses, dissertações e artigos em diversas revistas em que estas pessoas ou seus orientados de pós-graduação universitária publicaram.

A seção teses e dissertações sobre Pinus das principais universidades voltará já na próxima edição, visto a enorme quantidade desse tipo de bibliografia ainda disponível tanto no Brasil como no mundo.

Dr. César Augusto Guimarães Finger

O Prof. Dr. César Augusto Guimarães Finger é mais um grande autor de pesquisas científicas com Pinus que temos orgulho de apresentar aos que ainda não o conhecem. Trata-se de um grande amigo não apenas dos Pinus, mas nosso também, e temos a maior admiração e respeito pela sua produção científica e postura profissional como professor e pesquisador.

Graduado pela Universidade Federal de Santa Maria em Engenharia Florestal em 1979; concluiu em 1982 o mestrado na Universidade Federal do Paraná na área florestal, pesquisando acácias. Trabalhou durante quatro anos nas áreas de pesquisa e inventário, planejamento e controle florestal na empresa Riocell S.A. A seguir, optou pela carreira universitária e em 1987 viajou para a Áustria a fim de continuar seus estudos. Em 1991, concluiu seu doutorado em Dotoratstudium der Bodenkultur e é atualmente professor de engenharia florestal, da graduação e da pós-graduação, da UFSM - Universidade Federal de Santa Maria. Sua ênfase tem sido o manejo florestal, dedicando-se não apenas a estudar os Pinus, mas também os Eucalyptus, a Araucaria angustifolia, a Acacia mearnsii e espécies nativas. Seu grande colega científico e amigo na UFSM tem sido o professor Dr. Paulo Renato Schneider, um frequente co-autor em seus trabalhos. Atualmente, suas áreas de pesquisa têm sido: inventário, crescimento e planejamento da produção e estruturação da produção florestal. Participa ainda de projetos de distribuição e incremento anual de Araucaria angustifolia no Rio Grande do Sul e ministra várias disciplinas sobre produção e planejamento florestal.

Trazemos abaixo uma série de artigos envolvendo Pinus disponíveis na web tendo como autor ou co-autor o professor Finger. São ao todo 22 artigos, contudo, há ainda muitas dissertações e teses relacionados aos Pinus orientadas pelo professor César Finger que não estão ainda disponíveis na internet. Aos que estiverem interessados em conhecer a enorme produção científica do Dr. Finger observem o currículo Lattes logo abaixo.

Currículo Lattes do Dr. César Finger
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4793900Y1

Produção acadêmica de autoria e co-autoria de César Augusto Guimarães Finger acerca dos Pinus e de outras coníferas do sul do Brasil

Produção de Araucaria angustifolia O. Ktze. na região do planalto médio do estado do Rio Grande do Sul. P. R. Schneider; C. A. G. Finger; J. M. Hoppe. Ciência Florestal 2(1): 99-118. (1992)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v2n1/art8v2n1.pdf

Influência da intensidade do desbaste sobre o crescimento em altura de Pinus elliottii E. P. R. Schneider; C. A. G. Finger. Ciência Florestal 3(1):171-184. (1993)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/resumos/resumoart11v3n1.pdf

Determinação de regimes de desbaste para povoamentos de Pinus elliottii E. do planalto ocidental no estado de Santa Catarina. P. R. Schneider; C. A. G. Finger. Ciência Florestal 4(1):43-59. (1994)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v4n1/art3v4n1.pdf

Classificação de sítio para Pinus taeda L. , através da altura dominante, para a região de Cambará do Sul, RS, Brasil. G. L. Selle; P. R. Schneider; C. A. G. Finger. Ciência Florestal 4(1):77-95. (1994)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/resumos/resumoart5v4n1.pdf

Comparação dos métodos de amostragem de área fixa, relascopia, e de seis árvores, quanto a eficiência, no inventário florestal de um povoamento de Pinus sp. A. Cesaro; O. A. Engel; C. A. G. Finger; P. R. Schneider. Ciência Florestal 4(1):97-108. (1994)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v4n1/art6v4n1.pdf

Crescimento diamétrico da Araucaria columnaris Forster & Hooker em Santa Maria, RS.
C. A. G. Finger; A. G. Fajardo. Ciência Florestal 5(1): 155-170. (1995)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v5n1/art12v5n1.pdf

Produção de Pinus taeda L. na região de Cambará do Sul, RS.
G. L. Mainardi; P. R. Schneider; C. A. G. Finger. Ciência Florestal 6(1):39-52. (1996)

http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v6n1/art5v6n1.pdf

Influência da desrama sobre a densidade da madeira de primeiro desbaste de Pinus elliottii Engelm. A. C. Schilling; P. R. Schneider; C. Haselein; C. A. G. Finger. Ciência Florestal 7(1):77-89. (1997)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v7n1/art7v7n1.pdf

Crescimento em altura para Pinus elliottii Engelm originado por diferentes métodos de regeneração em Canela, RS. M. C. B. Coelho; C. A. G. Finger. Ciência Florestal 7(1):139-155. (1997)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v7n1/art12v7n1.pdf

Crescimento de Pinus elliottii Engelm sob diferentes intensidades de desbaste. C. Glufke; C. A. G. Finger; P. R. Schneider. Ciência Florestal 7(1): 11–25. (1997)

http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v7n1/art2v7n1.pdf

Influência de diferentes intensidades de desrama sobre a percentagem de lenho tardio e quantidade de nós na madeira de primeiro desbaste de Pinus elliottii Engelm. A. C. Schilling; P. R. Schneider; C. R. Haselein; C. A. G. Finger. Ciência Florestal 8(1): 115 – 128. (1998)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal//artigos/v8n1/art11v8n1.pdf

Sortimento de Pinus elliottii Engelm para a região da serra do sudeste do estado do Rio Grande do Sul - Brasil. R. Drescher; P. R. Schneider; C. A. G. Finger. Ciência Florestal 9(2):55-73. (1999)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v9n2/art5v9n2.pdf

Crescimento em altura de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Ktze. em três sítios naturais, na região de Canela, RS.
L. W. Scheeren; C. A. G. Finger; M. V. Schumacher; S. J. Longhi. Ciência Florestal 9(2):23-40. (1999)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v9n2/art3v9n2.pdf

Efeito da intensidade da desrama na produção de Pinus elliottii E. implantado em solo pobre no estado do Rio Grande do Sul. P. R. Schneider; C. A. G. Finger; J. M. Hoppe. Ciência Florestal 9(1): 37–48. (1999)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v9n1/art5v9n1.pdf

Fator de forma artificial de Pinus elliottii Engelm para região da serra do sudeste do estado do Rio Grande do Sul. R. Drescher; P. R. Schneider; C. A. G. Finger; F. L. C. Queiroz. Ciência Rural 31(1):37-42. (2001)

http://www.scielo.br/pdf/cr/v31n1/a06v31n1.pdf

Crescimento em altura de Pinus elliottii Engelm., na região de Piratini no Rio Grande do Sul, Brasil. H. Tonini; C. A. G. Finger; P. R. Schneider; P. Spathelf. Ciência Rural 31(3):417-423. (2001)
http://www.scielo.br/pdf/cr/v31n3/a08v31n3.pdf

Índice de sítio para Pinus elliottii Engelm, em três unidades de mapeamento de solo, nas regiões da serra do sudeste e litoral, no estado do Rio Grande do Sul, Brasil.
H. Tonini; C. A. G. Finger; P. R. Schneider; P. Spathelf. Ciência Florestal 12(2): 61-73. (2002)

http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v12n2/A7V12N2.pdf

Comparação gráfica entre curvas de índice de sítio para Pinus elliottii e Pinus taeda desenvolvidas no sul do Brasil. H. Tonini; C. A. G. Finger; P. R. Schneider; P. Spathelf. Ciência Florestal 12(1): 143 – 152. (2002)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v12n1/A14V12N1.pdf

Estabelecimento de povoamentos de Pinus elliottii Engelm pela semeadura direta a campo. C. A. G. Finger; P. R. Schneider; A. Garlet; J. R. Eleotério; R. Berger. Ciência Florestal 13(1):107-113. (2003)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v13n1/A12V13N1.pdf

Comparação de equações volumétricas ajustadas com dados de cubagem e análise de tronco. C. Thomas; C. M. Andrade; P. R. Schneider; C. A. G. Finger. Ciência Florestal 16(3):319-327. (2006)
http://www.bioline.org.br/request?cf06028

Ajuste e seleção de modelos tradicionais para série temporal de dados de altura de árvores. E. P. Floriano; I. Müller; C. A. G. Finger; P. R. Schneider. Ciência Florestal 16(2): 177-199. (2006)
http://www.bioline.org.br/abstract?id=cf06017&lang=pt

Variação do incremento anual ao longo do fuste de Pinus taeda L. em diferentes idades e densidades populacionais. C. M. Andrade; C. A. G. Finger; C. Thomas; P. R. Schneider. Ciência Florestal 17(3): 239-246. (2007)
http://www.bioline.org.br/request?cf07027

Referências de Eventos e de Cursos

Nessa seção, trazemos referências de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam diretamente e indiretamente aos Pinus. A característica marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos, os quais já ajudam a saber de novidades no ramo e os assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços de URLs, vocês podem obter todo o material do evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar do próximo.

VI Jornadas del CONAPHI-CHILE - Tema B - Agua y Medio Ambiente. (2000)
Evento que ocorreu em 2000 (http://www.cec.uchile.cl/~wwwphi/CA8MI.PDF) e que tem como temática a conservação dos recursos hídricos do país. Confira os resumos do tema B, água e meio ambiente.
http://www.unesco.org.uy/phi/libros/VIJornadas/B18.pdf

XI World Forest Congress. (1997)
Congresso que ocorreu em Antalya, na Turquia, em 1997, abordou vários temas ligados à silvicultura. Confira os resumos dos trabalhos que são bastante variados. Há trabalhos sobre Pinus. Navegue e aprenda:
http://www.fao.org/forestry/docrep/wfcxi/PUBLI/V3/T15E/3-3.HTM#TOP (Resumo Pinus e resinagem)
http://www.fao.org/forestry/docrep/wfcxi/PUBLI/V3/T15E/3-1.HTM#TOP (Resumos)


V Congresso Ibero-Americano de Educação Ambiental. (2006)
Colaborando com conhecimento sobre o tema, cada vez mais importante e discutido no mundo, o Quinto Congresso Ibero-Americano de Educação Ambiental ocorreu em 2006 em Joinville, Santa Catarina. Em sua página da web, há disponíveis vários resumos expandidos dos trabalhos apresentados, disponibilizando informação aos interessados. Há uma pesquisa sobre a educação ambiental nas indústrias e vários relacionados a escolas e a ambientes sustentáveis. Confira também a parte de apresentações orais, que também deixa à disposição textos sobre educação ambiental e o que vem sendo feito para praticá-la.
http://www.5iberoea.org.br/trabalhos.html (Trabalhos apresentados)
http://www.5iberoea.org.br/apresenta_oral.html (Apresentações orais)

Forest Products Society 60th International Convention. Biographies & Abstracts. (2006)
Evento que ocorreu em 2006 na Califórnia - EUA, disponibiliza as biografias dos palestrantes, assim como os resumos dos trabalhos apresentados. Os temas abordados são todos relacionados a tecnologias de produtos florestais, tais como: umidade da madeira, problema para construções civis, utilização e oportunidades de biomassa da madeira, extensão e transferência de tecnologias, marketing de produtos florestais, produtos de madeira tratada, tópicos gerais da engenharia da madeira, dentre outros. Há vários trabalhos sobre os Pinus. Para achá-los clique na barra de ferramentas Editar, Localizar e em seguida digite a palavra Pinus ou a palavra Pine. Boa leitura.
http://www.forestprod.org/am06abs.pdf

Madeira 2006. (2006)
Tradicional evento que vem ocorrendo com freqüência de dois anos no Brasil, tendo o de 2006 ocorrido em Brasília com o apoio da ABRAF - Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas. É organizado pela BESC Eventos e o evento Madeira 2006 correspondeu ao III Congresso Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável para e Indústria de Base Florestal e Geração de Energia.
http://www.abraflor.org.br/eventos/madeira2006.asp

Pinus-Links

A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites ou referências da web que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos, ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção, estamos ainda colocando Pinus-Links com algumas empresas ou organizações técnicas relevantes no uso dos produtos dos Pinus, ou então na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir nossas indicações ou salvá-las como favoritas em seu computador.

Nutrição de Plantas – Eucalipto e Pinus. (Brasil)
A webpage tem como principal objetivo a difusão de tecnologias e conhecimentos sobre nutrição vegetal, promovendo a sustentabilidade e a conservação de recursos renováveis de áreas agrícolas e florestais. Há uma série de trabalhos completos a respeito de nutrição de plantas entre os quais sobre algumas espécies florestais. Há diversas publicações sobre Pinus para serem visitadas. Confira.
http://www.nutricaodeplantas.agr.br/site/culturas/eucalipto_pinus/

USDA - Northern Research Station. (EUA)
Pertencente ao Departamento de Agricultura dos EUA, a “Northern Research Station” é um órgão de pesquisa envolvendo 20 estados norte-americanos. O seu website disponibiliza informação e conhecimento para aprimorar as escolhas do dia-a-dia de cada interessado, difundindo informações com qualidade para a melhoria das operações ecológicas e florestais e da qualidade de vida pela sustentabilidade dos ecossistemas. Há publicação de pesquisas ligadas a questões ambientais, incluindo reflorestamentos. Há vários trabalhos disponíveis sobre espécies de pinheiros. Confira.

http://nrs.fs.fed.us
http://nrs.fs.fed.us/pubs/ (Publicações)
http://nrs.fs.fed.us/pubs/search.asp (Publicações com Pinus, usar ou a palavra chave Pinus ou a palavra Pine)

GEA – Grupo de Estudios Ambientales - Instituto de Matemática Aplicada de San Luis - Universidad Nacional de San Luis – CONICET. (Argentina)
O website do “Grupo de Estudios Ambientales” (GEA), tem o objetivo de difundir conhecimento e matérias sobre temas ambientais como carbono, água, nutrientes, poluição, uso da terra e outras atividades humanas que podem prejudicar ou beneficiar o manejo de recursos renováveis. Confira as diversas publicações à disposição no site, inclusive alguns artigos científicos sobre hidrologia de reflorestamentos. Descubra também um pouco mais sobre a história desse grupo.

http://gea.unsl.edu.ar/english%20version/home.htm (Website)
http://gea.unsl.edu.ar/english%20version/congresos_public_l_de_t.htm
(Publicações sobre hidrologia florestal, seqüestro de carbono, etc.)

IPROGRA - Instituto de Promoción para la Gestión del Água. (Peru)
O Instituto Peruano de Promoção para a Gestão da Água foi criado em 1993 e tem como principal objetivo a promoção de políticas e ações públicas no país para a melhoria do manejo racional, conservação e qualidade da água. A webpage do IPROGRA é um espaço aberto a reflexão e ao conhecimento dos temas ligados ao bom uso da água e de todos recursos hídricos. Aproveitem para visualizar as várias apresentações no Powerpoint, artigos virtuais e revistas disponíveis na sessão de publicações.

http://www.iproga.org.pe (Home page)

Iguaçu Celulose e Papel S/A. (Brasil)

Importante empresa industrial brasileira fabricante de celulose e de papel. Pertence ao Grupo Imaribo e possui fábricas e reflorestamentos nos estados do Paraná e Santa Catarina.

http://www.iguacucelulose.com.br (Website geral)
http://www.iguacucelulose.com.br/uni_industriais/index.htm (Unidades fabris)
http://www.iguacucelulose.com.br/meio_amb/reaprov.htm (Projeto de aproveitamento de resíduos industriais)

Trombini Industrial S/A. (Brasil)

Um dos mais relevantes fabricantes de papéis de embalagem no Brasil, com fábricas nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Conheça também o seu plano de manejo florestal para as plantações de Pinus elliottii que possui em Água Doce, SC.

http://www.trombini.com.br/index_html.htm (Webpage)
http://www.trombini.com.br/pgempresa.htm (Sobre a empresa)
http://www.trombini.com.br/Resumo%20do%20plano%20de%20manejo%20floresta
l%20-%20Campo%20Alto.pdf
(Plano de manejo florestal)

Ar Eldorado Produtos para Resinagem. (Brasil)
Empresa do entusiasmado promotor dos "Pine Chemicals" e das resinas e resinagem dos Pinus, o Sr. Alejandro Cunningham. Conheça as magníficas fotos disponibilizadas sobre as técnicas de resinagem e muitas publicações oferecidas aos visitantes da página.

http://areldorado.googlepages.com/home (Website geral com ótimas fotos também)
http://picasaweb.google.com/ar.eldorado.ltda (Galeria de fotos)
http://areldorado.googlepages.com/download (Artigos para downloading)
http://areldorado.googlepages.com/bibliografia (Bibliografia sobre resinagem e produtos químicos da resinagem, com alguns artigos para downloading)

Effect of tree-growth rate on papermaking fiber properties. J. Zhu; D.W. Vahey; C.T. Scott; G.C. Myers. (Austrália)
Trabalho técnico de grande valor para o setor de papel e celulose, apresentado no 61ª Conferência Anual da Appita em 2007. A pesquisa foi realizada em cinco distintas plantações e avaliou o efeito da taxa de crescimento das árvores na qualidade das fibras para produção de papel. Uma das plantações foi com uma espécie de Pinus.

http://www.treesearch.fs.fed.us/pubs/29799
http://www.fpl.fs.fed.us/documnts/pdf2007/fpl_2007_zhu002.pdf

Fabricação e Produção de Chapas MDP a partir dos Pinus
(Chapa de Partículas ou Aglomerado)

Os painéis de partículas aglomeradas foram os que primeiramente foram inventados, na Alemanha, ainda durante a segunda guerra mundial, criando uma grande evolução no mercado da madeira, que antes não aproveitava as sobras da madeira produzidas nas serrarias da madeira maciça. Nos anos 70, outros tipos de placas de resíduos de madeira foram criadas, mas os painéis de partículas aglomeradas também ganharam novas tecnologias e se aprimoraram, tornando-se de média densidade: MDP ("Medium Density Particleboard"). O processo de prensagem cilíndrica e descontínua passou para prensagem contínua. Antes, a resina e as partículas eram misturadas para depois serem prensadas. Com modernos seletores de tamanhos de partículas aglomeradas concomitantes aos processos de aglutinação destas com resinas e prensagem a elevadas temperaturas, criaram-se as modernas chapas MDPs de alta qualidade.

No Brasil, as novas tecnologias para o MDP foram instaladas a partir de 1990, somando-se às mais antigas tecnologias de fabricação do velho aglomerado que exigia um laminado de madeira para o acabamento final da superfície. Hoje as chapas modernas de MDP já são as mais utilizadas no setor moveleiro, havendo grandes perspectivas de aumento de produção, tanto para consumo no mercado interno, como para a exportação para o mercado externo. As chapas MDPs estão sendo consideradas muito atrativas, não apenas pela qualidade das mesmas, mas também pela conscientização dos consumidores em adquirir um produto originário de reflorestamentos certificados de Pinus e/ou Eucalyptus. Há um aproveitamento quase que total da madeira das árvores, o que faz com que o custo de produção seja competitivo e o preço e qualidade do produto altamente atrativos. Entre os anos 1995 a 2005 houve um aumento de consumo mundial do MDP em média de 4,2% ao ano.

Existem no mercado brasileiro dois tipos de chapas MDP que se diferenciam de acordo com o acabamento: MDP BP – que apresenta revestimento melamínico em baixa pressão; e o MDP FF ("finish foil") - o qual recebe como acabamento pinturas em impressão ou laminação de papel envernizado e aplicado sobre a superfície do MDP sob temperatura e pressão.

Como principais vantagens, além de ser um produto sustentável, os MDPs têm a densidade elevada das camadas superiores ganhando em geral da densidade das chapas MDF (950 a 1000 kg/m³ contra 900 kg/m³ do MDF). A densidade alta do MDP assegura um melhor acabamento para pinturas, impressão e revestimentos. Os MDPs possuem partículas menores na superfície, aumentando de diâmetro da superfície da chapa para o miolo, o que proporciona uma homogeneidade das camadas externas e também internas, características que facilitam a retirada de parafusos e diminuem a absorção de umidade.

A disposição das partículas aglomeradas também dificulta o empenamento, sendo assim mais resistentes a ações mecânicas. Sendo assim, para a fabricação de móveis, é uma chapa bastante indicada, pois devido ao acabamento, há economia de tintas e mão de obra. Os móveis que são fabricados a partir do MDP são leves e duradouros.

Todas as chapas de partículas de madeira industrializadas deveriam ter maior incentivo das instituições governamentais e de financiamento, pois além do consumidor estar comprando um produto de alta qualidade, com características semelhantes às da madeira maciça e com ótimo acabamento, ainda há a questão da sustentabilidade e conservação dos recursos naturais.

Para a obtenção de mais informações a respeito das etapas de produção das chapas MDP, assim como seu histórico, principais características, utilizações e mercados, basta navegar nos sites abaixo:

Painéis de madeira no Brasil. R. L. G. Mattos; R. M. Gonçalves; F. B.Chagas. BNDES Setorial 27: 121-156. (2008)
Levantamentos econômico e comercial do mercado dos painéis de madeira e as perspectivas para o futuro no Brasil.

http://www.bndes.gov.br/conhecimento/bnset/set2706.pdf

Móveis de madeira.
C.M.M. Sousa. IBICT & TECPAR. Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas. 4 pp. (2007)
Resposta técnica do IBICT/TECPAR que disponibiliza informações sobre outros materiais derivados de madeira que podem competir com as chapas MDF na fabricação de móveis. Um dos materiais seria a chapa MDP. Há à disposição todas as principais características destas, assim como as do outro substituto, o EGP ("Edge Glued Panel" - Painel Colado Lateralmente).

http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt6329.pdf?PHPSESSID=88b1b4d2cd3443f5ba7c6b29362aed16

REMADE MDP – Nova tendência na fabricação de chapas. REMADE Edição 100 (Nº16). (2006)
Novas tecnologias estão sendo empregadas para a confecção de chapas MDP de maior qualidade e resistência. Segundo o artigo, para algumas utilidades os MDPs são inclusive melhores que os MDFs, como por exemplo, a confecção de móveis em linha reta. O MDP também apresenta custo reduzido. Para a usinagem é superior ao MDF, principalmente em entalhes e cantos arredondados.

http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=100&id=978

Painéis de madeira reconstituída. T.L. Juvenal; R.L.G. Marros. Relatos Setoriais BNDES. 24 pp. (2002)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/relato/relato02.pdf

Disciplina: Produção de painéis II.
Apresentação da Universidade Estadual Paulista (UNESP) de 31 lâminas sobre os principais tipos de painéis existentes no mercado, suas diferenças e características. Observe, muito didático:

http://www.itapeva.unesp.br/docentes/cristiane/AULA01PPII_07-08-2007.pdf

Particle Board – Wikipédia. (Inglês)
A enciclopédia gratuita Wikipédia disponibiliza vários tópicos sobre as chapas particuladas, indo desde sua criação (histórico), até as novas tecnologias aplicadas. Confira os principais usos dessas chapas.

http://en.wikipedia.org/wiki/Particle_board

Red Latinoamericana de Diseño.
Essa webpage disponibiliza um artigo que compara as propriedades do painel MDP às do antigo aglomerado de partículas e também às do MDF. Há ainda a disposição dos interessados fotos dos principais tipos de MDP da empresa Eucatex disponíveis no mercado.

http://www.rldiseno.com/agoniza-el-aglomerado.html

MDF ou MDP: como escolher a chapa de madeira.
Segundo artigo do Jornal Bom Dia, disponível na internet, existem vantagens e desvantagens para a utilização tanto das chapas MDP como MDF. Apresentam-se sugestões para o consumidor fazer a melhor escolha, de acordo com a utilidade de cada chapa.

http://www.bomdiabauru.com.br/index.asp?jbd=3&id=259&mat=112083

Painel MDP BP garante preço mais competitivo na fabricação de móveis.
Novo produto da Berneck. Painel MDP com revestimento melamínico que é mais homogêneo e também conhecido como painel de baixa pressão (BP). O painel é fabricado apenas com madeira de Pinus, aprimorando ainda mais o acabamento final, segundo os responsáveis pelo produto da empresa.

http://www.ageflor.com.br/index2.php?iProduct=2055&p=productMore

Painéis de madeira aglomerada. A.C.V. Valença; C.A. Roque; P.Z. Souza. Produtos Florestais BNDES. 7 pp. (1999)

http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_19.pdf

Painéis de madeira aglomerada. C.A. Roque; A.C.V. Valença. BNDES Setorial. 22 pp. (1998)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/set805.pdf

Painéis de madeira. A.R.P. Macedo; C.A.L. Roque. BNDES Setorial. 14 pp. (1997)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/painel.pdf

MDP, uma nova geração de painéis de partículas de média densidade.
Cartilha da empresa Satipel apresentando o processo de produção do MDP e do MDF, bem como informações de suas utilizações e mercados. Há uma comparação entre os dois tipos de painéis em suas diversas utilizações.

http://www.satipel.com.br/site/downloads/informativo/cartilha_mdp.pdf

MDP - Saiba tudo sobre o MDP.

Apresenta detalhes da produção e qualidade do painel de madeira reconstituída da Eucatex.

http://www.dimare.com.br/restrito/downloads/mdpPDF.pdf

MDP – Moval.
Empresa de móveis que disponibiliza dados sobre sua matéria-prima MDP, desde o processo de fabricação às características do painel.

http://www.moval.com.br/internas/eventos/materia_prima_mdp.asp

MDP - Cook Gerais.
Empresa de móveis planejados que disponibiliza dados sobre sua matéria-prima MDP, desde o processo de fabricação às características do painel.

http://www.cookgerais.com.br/materia_prima.asp

MDP pela Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira - ABIPA.

Apresentação do MDP e suas diversas variações pela ABIPA - Associação Brasileira da Indústria de Painéis de Madeira em sua webpage.

http://www.abipa.org.br/index.php (Website da ABIPA)
http://www.abipa.org.br/industrias.php (Fabricantes no Brasil de MDP atuais e em expansão)
http://www.abipa.org.br/produtosMDP.php (Painéis MDP)

Sugerimos que visitem os websites a seguir, dos principais fabricantes de painéis MDP no Brasil e América Latina. Nesses websites é possível se acompanhar com detalhes o processo de fabricação, as características dos produtos e as ações para se conferir maior sustentabilidade ambiental à produção. A grande maioria dos fabricantes de MDP do Brasil também produzem o MDF. Algumas dessas empresas estão em processo de instalação de unidades novas ou expandindo a sua produção de MDP. A matéria-prima em geral consiste de madeiras de Pinus e/ou Eucalyptus.

Berneck:
http://www.berneck.com.br/port/index.php

Duratex:
http://www.duratex-madeira.com.br/duratex/web/produtos/home_interna.aspx

Eucatex:
http://www.eucatex.com.br

Fibraplac:
http://www.fibraplac.com.br

Masisa:
http://www.masisa.com/oth/por/Default.html

Placas do Paraná:
http://www.araucodobrasil.com.br/default.asp

Satipel:
http://www.satipel.com.br/site/produtos/paineis.asp

Tafisa:
http://www.tafisa.com.br

Arauco. (Chile):
www.arauco.cl
e http://www.faplac.com/default.asp
COAMA Sud America - Terciplak. (Argentina):
http://www.terciplak.com.ar/mdp.htm

Finalmente, vejam alguns trabalhos e pesquisas científicas para conhecer os avanços tecnológicos sendo implementados para os painéis de madeira aglomerada:

Propriedades de chapas de aglomerado confeccionadas com misturas de partículas de Eucalyptus spp e Pinus elliottii. C. P. Cabral; B. R. Vital; R. M. Della Lucia; A. S. Pimenta. Revista Árvore
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v31n5/a14v31n5.pdf

Monitoramento de temperatura no interior de chapas aglomeradas durante o processo de prensagem. L. Calegari; C. Hack; D.A. Gatto; M.V. Barros; E.J. Santini. Ciência Florestal 15(2):
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v15n2/A5V15N2.pdf

Qualidade das chapas de partículas aglomeradas fabricadas com resíduos do processamento mecânico da madeira de Pinus elliottii. L.P.E. Dacosta; C.R. Haselein; E.J. Santini; P.R. Schneider; L. Calegari. Ciência Florestal 15(3):
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v15n3/A11V15N3.pdf

Propriedades físicas de chapas de partículas aglomeradas fabricadas com resíduos do processamento mecânico da madeira de Pinus elliottii. L.P.E. Dacosta; C.R. Haselein; E.J. Santini; P.R. Schneider; L. Calegari. Ciência
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v15n4/A9V15N4.pdf

Análise da eficiência logística na gestão da indústria de compensados na região de Curitiba.
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/14430/
1/MARILENE%20BRONOSKI%20TESE.pdf


Proposição para melhoria do desempenho ambiental da indústria de aglomerado no Brasil.
E.R. Chipanski. Dissertação de Mestrado. UFPR. (2006)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/
pdf_ms/2006/d462_0636-M/parte_1.pdf
(Parte 01)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/defesas/
pdf_ms/2006/d462_0636-M/parte_2.pdf
(Parte 02)

Produção de chapas de madeira aglomerada de Pinus elliottii Engelm. com inclusão laminar. S. Iwakiri; A. F. Costa; R. J. Klitzke, I. R. Nielsen; R. A. R. Alberti;
http://www.dcf.ufla.br/cerne/revistav5n2-1999/8-artigo.dot

A influência das variáveis de processamento sobre as propriedades de chapas de partículas de diferentes espécies de Pinus. S. Iwakari; I. Tomaselli. Tese de Doutorado. UFPR. 137,33 MB. (1989)
http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/handle/1884/2242

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

Uso do GPS nas Plantações Florestais de Pinus


Introdução

GPS significa sistema global de posicionamento de satélites ou "Global Positioning System" e atualmente é uma importante ferramenta para localização de áreas tanto na agricultura como na silvicultura.

Desenvolvidos durante a guerra fria pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos com finalidades militares e de monitoramento, os satélites passaram a ter vários outros usos. O GPS permite o posicionamento tridimensional da terra e, aos usuários em deslocamento terrestre e aéreo, permite analisar a velocidade de deslocamento e a localização. Um serviço simples e que hoje funciona 24 horas por dia, em condição climáticas distintas e em qualquer região do planeta, bastando a posse de um receptor. O GPS transmite dados com precisão e eficácia e é o sistema de navegação em microondas mais utilizado no mundo (Global Maping Service, 2002).

Existem 28 satélites em órbita no globo terrestre, o que permite ao usuário que ao menos três destes estejam em condições de emissão de sinais ao receptor, sendo por isso tridimensionais. Cada um dos satélites emite preciso posicionamento em tempo real, que são calculados e interseccionados pelo receptor dando o seu posicionamento correto (Wikipedia, 2008). Existem vários tipos de receptores, variando de acordo com sua precisão. Segundo Oliveira Filho e colaboradores (2003), os receptores de navegação de baixa exatidão (4 a 10 metros) são os mais indicados para empresas reflorestadoras.

Dados de localização pelo GPS podem ser combinados com outras informações, como fotos aéreas, imagens de satélite, softwares de mapeamento de superfície em 3D, entre outros, aumentando ainda mais a precisão, diminuindo a mão-de-obra e facilitando o trabalho (Pine & Swallow, 2008).

Este sistema passou a ser disponível ao público em 1995, sendo hoje uma das ferramentas auxiliares mais importantes no sensoriamento remoto, emprego de técnicas de identificação de objetos sem que se tenha contato com eles (Wikipedia, 2008).

Principais usos

O GPS é amplamente difundido tanto para a navegação aérea como marítima e é cada vez mais utilizado no ecoturismo, no balonismo, e em outros esportes radicais, constatando-se, portanto, sua popularização (Wikipedia, 2008).

Em perímetros urbanos o sistema já é bastante comum em navegação de automóveis e de pessoas, auxiliando tanto no rastreamento da posição do objeto ou indivíduo, como indicando rotas a seguir (Wikipedia, 2008).

O GPS é ferramenta de uso de polícias do mundo todo contra o crime, e monitora passos de pessoas em liberdade condicional, ajudando na diminuição de fugas. Também auxilia bombeiros em resgates (Wikipedia, 2008).

O GPS é um importante componente do geoprocessamento (processamento informatizado de dados georreferenciados) e pode ser utilizado para diversas finalidades na área florestal, tais como: para o mapeamento de áreas de inventário; identificação de áreas de florestas com presença de pragas ou doenças, através de navegação em aeronaves; programação de deslocamentos de veículos; elaboração de planos para o controle de erradicação de pragas e doenças florestais (Watzlawick et al., sem referência de data).

O GPS ajuda na localização de unidades amostrais e elaboração de croquis, sendo hoje uma ferramenta quase indispensável em tais trabalhos, devido as inúmeras facilidades, principalmente de ganho de tempo que proporcionam (Watzlawick et al., sem referência de data).

Através do uso de GPS em máquinas agrícolas, surgiu a agricultura de precisão que averigua importantes dados de produtividade da lavoura, mapeando-a e auxiliando no manejo de cada uma das áreas, indicando a quantidade precisa de adubação que cada uma necessita, por exemplo.

No georreferenciamento e confecção de mapas, o GPS é bastante utilizado como ponto de controle, ajudando na acuracidade do mapeamento (Zeilhofer, sem referência de data; Remade, 2002).

O GPS é uma ferramenta de posicionamento bastante utilizada também para a medição de florestas, para a definição de seus limites, para a determinação de unidades amostrais em inventários e para auxiliar na preservação dos recursos naturais como água, solo e vegetação nativa em áreas de preservação permanente (APPs). Por realizar medição tridimensional, o GPS é constantemente usado para medição topográfica, facilitando o plantio em curvas de nível, a elaboração de estradas, a implantação de terraços em lavouras, assim como a de aceiros florestais (Santos et al., 2007). O GPS mapeia focos de fogo e de desmatamentos de matas nativas. Nos EUA também é empregado em fogos e desbastes controlados (Kunzmann et al., 1996).

O sistema de geoposicionamento e o GPS juntos com imagens de satélites utilizadas no sensoriamento remoto auxiliam na preservação ambiental, podendo ajudar na medição de áreas degradadas e facilitar a recuperação destas (Remade, 2002; Bolfe et al., 2002).

Vantagens do uso

Além de precisão em localizar pontos em reflorestamentos, o GPS armazena dados em grandes quantidades e alta qualidade, o que permite a orientação de equipes de campo em floretas através de coordenadas, rotas e itinerários (Watzalwick et al., sem referência de data; Oliveira Filho et al., 2003).

O GPS mapeia pontos amostrais com precisão, facilitando sua re-localização (Oliveira Filho et al., 2003).

Com o uso do GPS diminuiu a necessidade de mão-de-obra e de tempo gasto em mapeamentos e posicionamentos, havendo, portanto, menores custos envolvidos (Wikipedia, 2008).

Através de análises precisas junto com outras práticas do sensoriamento remoto, permite o gerenciamento dos recursos naturais, ajudando na preservação do meio ambiente (Bolfe et al., 2002).

Limitações para a utilização

A utilização do GPS sob vegetações muito densas, como é o caso de reflorestamentos adultos de Pinus, pode diminuir a precisão dos sinais dos satélites. Isso ocorre justamente porque o dossel das árvores podem agir como barreiras físicas, refletindo os sinais de maneira sob a qual os estudiosos ainda não conseguiram um entendimento exato. Os sinais refletidos são considerados indiretos e também são captados pela antena do receptor juntamente com os sinais diretos, resultando em menor precisão. O deslocamento rápido em locais de vegetação densa pode prejudicar ainda mais na refletância, prejudicando a performance do sistema de posicionamento global e acarretando atrasos nos sinais (Watzalwick et al., sem referência de data; Oliveira Filho et al., 2003). Rempel apud Lindzey e Rumble (2000), observou que teoricamente as folhas de coníferas não impedem a penetração dos sinais de satélites em seus reflorestamentos; contudo, dependendo da densidade, pode haver prejuízos de leitura.

Estudos de caso com auxílio do GPS em reflorestamentos de Pináceas

Kunzmann et al. (1996) realizaram um mapeamento vegetal de um parque nacional no Arizona, EUA. Como ferramentas na elaboração deste projeto, o GPS e imagens de satélites foram utilizadas, principalmente para monitorar mudanças na vegetação ocorridas por queimadas naturais ou fogos programados. O GPS foi utilizado para pontos de controle em mapeamentos a campo. Fotos aéreas e dados de 60 anos do parque foram utilizados para a confecção dos mapas, que com o auxílio do GPS, mostraram-se bastante precisos. Os mapas mostram o histórico da vegetação do parque que apresenta grande quantidade de coníferas e sua modificação ao longo dos anos.

Gamo et al. (2000) pesquisaram a precisão de GPS em seis estádios fenológicos de espécies florestais (Pinus ponderosa, Picea glauca e Populus tremuloides). Os autores observaram que conforme a densidade aumentou diminuiu a probabilidade de se obter localização em 3D dos GPSs. A topografia plana, devido à justaposição das copas das árvores, e a vegetação densa, são os dois maiores responsáveis pela diminuição da precisão da localização via GPS. Percentagens maiores que 71 % de penetração de sinais foram observadas pelos receptores GPS tanto em P. ponderosa como em P. glauca; por isso, a cobertura densa do dossel reduz a visibilidade dos satélites.

Para avaliar a exatidão de posicionamento planimétrico do receptor GPS Trimble/Pro-XL, Angulo Filho et al. (2002) utilizaram-no sob distintas condições de cobertura vegetal, tais como: pastagem, seringueira, eucalipto e Pinus. Os autores confirmaram que a cobertura arbórea prejudica a precisão dos satélites pela interferência do dossel na recepção dos sinais. Isso pode ser resolvido permanecendo maior tempo analisando o mesmo ponto nos reflorestamentos.

Bolfe et al. (2002) utilizaram o GPS para coleta de informações sobre o uso da terra em pontos amostrais do município de Cachoeira do Sul, RS. Com o auxílio de imagens de satélites em diferentes bandas classificaram digitalmente a terra de acordo com o seu uso: 1,9% da área eram utilizada para plantações de Pinus.

Joon-Bum et al. (2002) analisaram os danos de Bursaphelenchus xylophilus (nematóide da madeira do pinheiro) em Pináceas de uma determinada região da Coréia. Com a utilização de imagens de satélites comparadas a danos reais em árvores georreferenciadas pelo GPS a campo, foi possível se estimar que 78% do povoamento apresentavam danos causados pelo nematóide.

Pesquisas realizadas por Bolfe e colaboradores (2003) avaliaram a precisão de sistemas de georreferenciamento (incluindo o uso do GPS) na estimativa da sobrevivência e do desenvolvimento de árvores exóticas (Pinus sp. e Eucalypus sp.), bem como de áreas de vegetação natural em Cachoeira do Sul, RS. Foi verificado que 35,5 % da área possui mata nativa; 1,9 % possui Pinus e 0,8 % eucalipto. Em relação à precisão, foram três os sistemas avaliados: Global Precision (85 % de precisão), Kappa (84,9 %) e Tau (77,7 %).

Seixas e Rodrigues (2003) determinaram a extensão das áreas compactadas pelo trator "forwarder" no transporte de toras na colheita florestal. Para tanto, o GPS foi instalado nestes tratores acompanhando a movimentação exata e avaliando-se também os distúrbios no solo ocasionados pelo tráfego. Houve maior compactação do solo nas áreas com maiores números de passadas de trator. Após 25 passadas, 74 % da área de movimentação do trator apresentava-se compactada.

Hummes e Kirchner (2003) estimaram o volume de árvores individuais de Pinus taeda L. em povoamentos adultos homogêneos com o auxílio de fotos aéreas feitas com câmaras digitais, pontos de controle a campo feitos com GPS e modelos de calibração paramétricos. O volume das árvores foram estimados por equações desenvolvidas para a região de estudo e ajustadas conforme o método dos quadrados. O volume de árvores pode ser estimado com eficácia e precisão com a utilização desta técnica; contudo os autores ressaltam que ela ainda é pouco difundida, apesar de já estar disponível no mercado. Existe ainda resistência e desconhecimento do novo método que utiliza menos mão-de-obra e tempo para se realizar inventários florestais.

Wagner e Ducati (2005) analisaram o total de área reflorestada com Pinus no nordeste do estado do Rio Grande do Sul (área dos campos de cima da serra e de matas de araucária). Para tanto, houve o auxílio do GPS para o georreferenciamento da área e localização das florestas de Pinus de diversas idades feitos em visitas ao campo. Os pontos foram analisados junto com imagens espectrais de satélite (Áster), que através de diferentes bandas mostraram brilhos e resposta espectral distinta, podendo se realizar a interpretação visível destas. Concluíram que 21 % da área pertencente aos campos de cima da serra estão reflorestadas com Pinus em suas diversas idades. As técnicas de sensoriamento remoto do trabalho foram úteis no mapeamento de florestas de Pinus na região. Os autores também avaliaram o total da área que ainda apresentava matas de araucárias, constatando que pouco delas sobrou na região como bosques característicos.

Laymon et al. (2006) mapearam florestas de Pinus elliottii, florestas nativas e plantações de milho e algodão, a fim de avaliar suas biomassas, utilizando a atenuação da banda L (rádio freqüência) pela biomassa. A técnica foi considerada eficiente, mostrando sensibilidade às pequenas mudanças de biomassas.

Rosa e Scherer (2006) criaram um método de geração de modelo digital do terreno de reflorestamentos de Pinus da empresa Juliana S.A para ortorretificação de imagens de satélite. Tal modelo, primeiramente não se mostrou preciso devido à ausência de dados, formando células de mapeamento muito grandes. Para corrigi-lo, pontos de GPS foram efetuados, aumentando o número de dados altimétricos e permitindo a diminuição das células de mapeamento pela metade. Tal medida ajustou os dados do método com a topografia real do relevo, havendo acuracidade.

Mills (2006) avaliou técnicas que usam geoprocessamento, imagens de satélites e aéreas e o GPS para estimar perdas em reflorestamentos atacados por furacões nos Estados Unidos. O autor destaca a eficiência e a acuracidade de tais métodos que são utilizados para a finalidade.

Técnicas de geoprocessamento (auxiliadas por GPS) e de sensoriamento remoto foram utilizadas por Santos et al. (2007) para verificar o respeito às zonas de mata ciliar e APPs (área de preservação permanente) em reflorestamentos de Pinus e eucalipto em Indianópolis, MG. Os resultados indicaram que as áreas de APPs do município estão de acordo com o código florestal brasileiro, com exceção das áreas de mata ciliar, havendo ainda falta da adequada vegetação nativa nas mesmas. Vinte e cinco por cento da área do município já é ocupada com reflorestamentos de Pinus e eucalipto.

O GPS vem-se mostrando grande auxiliador em projetos de combate ao besouro do Pinus (Dendroctonus frontalis), importante praga de florestamentos nos Estados Unidos. Junto com imagens de satélites e aéreas são feito pontos de referência a campo com o GPS onde há a presença do besouro e de seu dano. Logo, é possível estimar novas áreas de risco da praga, assim como áreas de monitoramento (Tchakerian et al., 2008; USDA Forest Service, 2008 e Wulder et al., 2007).

Watzlamick e colaboradores (sem referência de data) avaliaram a utilização do GPS como ferramenta de navegação e localização para o inventário de reflorestamentos de Pinus e de Araucaria. Tais receptores obtiveram sinais sem interferências das florestas. Os autores explicam tal fato pela densidade de tais florestas não serem tão elevadas e já terem realizado o primeiro desbaste em ambas. As pináceas também possuem área de copa inferior ao das áreas de floresta nativa observadas no presente estudo. Logo, a leitura do GPS não foi prejudicada pelo dossel dos reflorestamentos, sendo ideal para o auxílio ao inventário florestal.

Considerações finais

A utilização do GPS em áreas florestais, agrícolas e na recuperação de áreas degradadas ainda é considerada recente; contudo, vem ganhando cada vez mais adeptos e incentivos ao longo dos anos. Isso se deve pelas suas vantagens que superam em muito as desvantagens da técnica, sendo o profissional capacitado para o uso do GPS e com experiências em sensoriamento remoto bastante requisitado pelo mercado de trabalho.

Inicialmente houve uma pequena resistência às mudanças e ao uso do GPS em inventários florestais e mapeamento de áreas, mas estas estão cada vez menores, havendo a aceitação e interesse no aprendizado na maioria das empresas florestais.

Como exemplo disto, Oliveira Filho et al. (2003) observaram grande interesse dos empregados da empresa Juliana S.A. na utilização dos mapas das áreas gerados com o auxílio do GPS tanto na área administrativa para gerenciamento de recursos, como para os trabalhadores em campo, fornecendo maiores subsídios e exatidão de dados para a elaboração de relatórios, auxiliando em reuniões, para os planejamentos, etc.

Assim, o uso do GPS se torna cada vez mais popular no setor florestal, diminuindo o uso de mão-de-obra a campo e facilitando a interpretação de dados. Junto com outras técnicas de sensoriamento remoto, o GPS contribui para a economia de recursos financeiros na silvicultura de áreas de Pinus, auxiliando também na resolução de seus principais problemas, assim como no seu gerenciamento com maior eficácia.


Bibliografia citada

Stressors of pine forests - Southern pine beetle. USDA Forest Service. Disponível em 05 de maio de 2008, em:
http://www.fs.fed.us/r8/foresthealth/hosf/spb.htm

Operational use of southern pine beetle survey data for forest management: mobile mapping and data acquisition. M. D. Tchakerian; R. N. Coulson; F. L. Oliveria; S. R. Clark. (2008).
http://kelab.tamu.edu/standard/spb

Wikipedia – Disponível em 25 de maio de 2008, em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sensoriamento_remoto (Sensoriamento Remoto)
http://pt.wikipedia.org/wiki/GPS (GPS)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Geoprocessamento#Populariza.
C3.A7.C3.A3o_do_geoprocessamento
(Geoprocessamento)

Pine & Swallow - GPS/GIS services. Disponível em 25 de maio de 2008, em:
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Verificação da exatidão em classificação digital de povoamentos florestais em imagem orbital mediante três índices. E. L. Bolfe; E. L. Fonseca; R. S. Pereira; P. R. A. Madruga. Anais XI SBSR.NPE. p. 2671 - 2677. (2003)
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Estimativa volumétrica de árvores individuais de Pinus taeda L. utilizando aerofotos de câmara digital de pequeno formato calibrada. A. P. Hummes; F. F. Kirchner. Anais XI SBSR., INPE. p. 2763 - 2770. (2003)
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Remade - nº 68 - ano 12 (2002)
http://www.remade.com.br/pt/revista_materia.php?edicao=68&id=251

Geoprocessamento e sensoriamento remoto aplicado ao levantamento e análise de recursos florestais. E.L. Bolfe; E.L. Fonseca; V. Decian; G.M. Nunes; M.A.S. Costa. Anais do I Simpósio Regional de Geoprocessamento e Sensoriamento Remoto. (2002)
http://www.cpatc.embrapa.br/labgeo/srgsr1/pdfs/poster17.PDF

Global Mapping services - Frequently asked questions about GPS. (2002)
http://www.globalmapping.ca/gpsfaq.html

A spectral characteristic analysis of damaged pine wilt disease area in Ikonos image. K. Joon-Bum; P. Jae-Hyeon; J. Myung-Hee. 9 pp. (2002)
http://www.gisdevelopment.net/aars/acrs/2002/pos2/228.pdf

GPS radio collar 3D performance as influenced by forest structure and topography. R. S. Gamo; M. A. Rumble; F. Lindzey; M. Stefanich. Proceedings of the 15th International Symposium on Biotelemetry. (2000)
http://www.fs.fed.us/rm/sd/radio_collar.pdf

Geographical information systems, remote sensing techniques, and GPS-based field verification methodologies for mapping vegetation change at Chiricahua National Monument, Arizona. M. R. Kunzmann; S. M. Skirvin; P. S. Bennett; C. A. Wissler. (1996)
http://gis.esri.com/library/userconf/proc96/TO250/PAP231/P231.HTM
http://www.fs.fed.us/rm/sd/radio_collar.pdf

GPS: Ferramenta de apoio na realização de inventário florestal. L.F. Watzlawick; C. F. Sanquetta; F.F Kirchner. Floresta 32(1): 135-141 (sem referência de data)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/viewFile/2354/1968

Sensoriamento remoto. P. Zeilhofer. Apostila de graduação UFMT. (sem referência de data)
http://www.geografia.ufmt.br/downloads/lig/Apostila/SR.pdf


Outras literaturas sugeridas:

Primeiro Seminário de Sensoriamento Remoto e Geoprocessamento para Estudos Ambientais no Vale do Paraíba. (2006). Disponível em 12 de junho de 2008, em:
http://www.agro.unitau.br/geovap2006/sumario.html

GPS - Satélites de monitoramento. Embrapa. Disponível em 12 de junho de 2008, em:
http://www.sat.cnpm.embrapa.br/satelite/gps.html

GPS - Como o GPS funciona. CIAGRI/USP. Disponível em 12 de junho de 2008, em:

http://gps.ciagri.usp.br/sobre.htm

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