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Editorial

Caros leitores e público interessado pelos Pinus

Esta é a Décima Primeira Edição da nossa PinusLetter, que procura lhes trazer temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para leitura. Nessa edição, continuamos a dar ênfase aos produtos originados dos Pinus e Pináceas, bem como à preservação de recursos naturais e à sustentabilidade das plantações florestais, entre outros.

A seção "Os Pinus no Brasil" destaca as principais características do "Pinus greggii". Este pinheiro tropical de origem mexicana apresenta duas variedades de acordo com as características de suas regiões de origem. A variedade endêmica da zona central do México vem apresentando boa qualidade de madeira, possuindo interessantes ganhos volumétricos em plantações experimentais implantadas em estados do Sul do Brasil, indicando sua potencialidade principalmente como ferramenta para o melhoramento genético de pinheiros através do cruzamento com outras espécies. Acessem os links indicados e saibam mais sobre sua descrição e importância e as vantagens que possui frente aos outros povoamentos comerciais de pinheiros.

A PinusLetter 11 traz um interessante tema de destaque para vocês, mais um importante produto do Pinus: o composto orgânico fabricado a partir de suas cascas. Muitas vezes, a casca do Pinus é considerada resíduo, sendo descartada, como em muitas serrarias e na elaboração de painéis de madeira ou celulose, por exemplo. Essa edição aponta como produzir o composto, que serve de matéria-prima para a elaboração de substratos de alta qualidade físico-química para o plantio de mudas florestais e agrícolas. Esse composto tem sido utilizado hoje em grande parte do mundo. Conheçam maiores detalhes sobre a elaboração e alguns resultados da sua utilização como substrato em: "Produção e Uso do Composto de Casca de Pinus".

A nossa seção Referências Técnicas da Literatura Virtual” continua destinando espaço para as literaturas internacionais sobre os Pinus em “Artigos de Instituições de Pesquisa”. Dessa vez, será destacado o “Council for Scientific and Industrial Research" (CSIR), entidade de pesquisa sul-africana que elabora e incentiva pesquisas em diversas áreas, inclusive nas áreas florestal e industrial madeireira, para a promoção do desenvolvimento sustentável do país.


A PinusLetter 11 ainda traz em destaque um outro produto de origem não madeireira do Pinus e que serve de alimentação e fonte de renda para muitas comunidades do mundo. Conheçam os cogumelos comestíveis e suas relações com os Pinus, as principais espécies e tipos de cogumelos, formas de cultivos, colheita, mercado, benefícios econômicos e nutricionais que podem trazer, entre outros em "Cogumelos Comestíveis Associados aos Pinus".

O mini-artigo técnico dessa edição volta a tratar do tema sementes, tendo como título: "Produção de Sementes Geneticamente Melhoradas de Pinus". O texto que trazemos a vocês apresenta de forma resumida as principais tecnologias utilizadas no melhoramento de Pinus, abordando também algumas pesquisas e estudos efetuados com espécies do gênero, tanto no Brasil como em outras partes do mundo. Conheçam as principais vantagens das técnicas de melhoramento dos Pinus e a legislação vigente acerca de sementes melhoradas no nosso país.

Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus e assuntos correlacionados, consultando os websites indicados disponíveis na internet.

Aos patrocinadores, reforçamos o nosso "muito obrigado(a)" pelo grande apoio, incentivo e ajuda em levar ao público alvo, que cada vez é maior, conhecimento e respeito às árvores fantásticas que são as dos Pinus.

Agradecemos nossos dois patrocinadores:

ABTCP
- Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

CRA - KSH - Conestoga-Rovers & Associates (http://www.craworld.com/en/corporate/southamerica.asp)

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias qualidades desse gênero para as plantações florestais no Brasil e na América Latina, levando sempre mais conhecimento e saber sobre o Pinus e também sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

Os Pinus no Brasil: Pinus greggii

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Council for Scientific and Industrial Research - África do Sul

Referências de Eventos e de Cursos


Pinus-Links

Produção e Uso do Composto de Casca de Pinus

Cogumelos Comestíveis Associados aos Pinus

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
Produção de Sementes Geneticamente Melhoradas de Pinus

Os Pinus no Brasil: Pinus greggii


Pinus greggii ("Gregg's Pine") é um pinheiro tropical que possui uma distribuição geográfica que abrange apenas o México. É conhecido por apresentar boa adaptação em solos pobres e degradados, apresentando crescimento rápido, inclusive nessas condições. Seus povoamentos também apresentam tolerância à seca e, além disso, podem também ajudar na recuperação de áreas erodidas e/ou diminuir a erosão por servirem de cobertura ao solo. Além de possuir todas essas vantagens, sua madeira é bastante apreciada, podendo ser utilizada na serraria, para a construção de postes, cercas e também para a construção civil. Contudo, estudos observaram capacidade limitada de produção de resina, não sendo essa espécie adequada para a resinagem. A coloração da madeira de P. greggii é amarelo-pálida, possuindo boas qualidades para uso como madeira sólida (densidade de 450 a 550 kg/m³). Apesar disso, por possuir quantidades significativas de ramos laterais, sua madeira apresenta número elevado de nós, sendo depreciada para alguns fins industriais como a construção de móveis torneados. Quando testada como matéria-prima para celulose e papel, também mostrou resultados bastante positivos e promissores.

Já existem povoamentos de P. greggii na Argentina, África do Sul e Zimbábue e estudos mostram o potencial dessa espécie como alternativa a reflorestamentos com P. elliottii, P. taeda e P. patula na Itália, Índia e Venezuela, havendo hoje povoamentos dessa espécie cobrindo áreas maiores que a de sua originária no México.

As árvores adultas podem atingir de 25 a 30 metros de altura, apresentando um fuste arredondado, geralmente irregular e, caso não se efetuem podas e haja espaçamento largo, seus ramos são numerosos, posicionando-se em sentido horizontal e/ou apontando para o solo. Ao atingir a maturidade, a casca de P. greggii é fina na base apresentando coloração cinza-amarronzada e grande quantidade de fissuras verticais. No topo, sua casca, apesar de possuir a mesma coloração, é mais suave. Suas acículas têm 10-15 cm de comprimento, agrupadas em três, possuindo coloração verde claro, e são consideradas grossas e retas (não se curvam). Há presença de estômatos, tanto na parte adaxial como abaxial das folhas e essas apresentam extremidade levemente afiadas. Os cones imaturos geralmente se posicionam nos ramos laterais da árvore, sendo agrupados em grupos de três, podendo chegar a seis. Por essa característica de agrupamento dos cones, esse pinheiro é chamado na língua inglesa de "close-cones pines", em português - "pinheiro dos cones juntos". Os cones femininos, quando maduros, possuem forma oblíqua em posição e coloração marrom. São considerados fortes por serem difíceis de desconectar do pedúnculo. As sementes têm coloração marrom escura e possuem comprimento de cerca de 5 mm quando desaladas e de até 15 mm com a presença das asas. De acordo com sua região de origem, há duas variedades de P. greggii: a primeira oriunda de Coahulia e de Nuevo León, estados localizados no semi-árido do norte do México, cujas árvores se desenvolvem em solos neutros e secos, em altitudes que variam entre 2.300 a 2.700 m e onde a precipitação média anual não ultrapassa os 600 mm. A segunda variedade da espécie se originou no centro do México (Estados de San Luís Potosí, Hidalgo e Puebla), local mais baixo (1.200-1.800 m de altura). As condições edafo-climáticas da região também são distintas do norte do país, pois os solos são ácidos, havendo precipitações médias anuais que variam de 700 a 1.600 mm. Segundo Shimizu (s/d) é esta segunda variedade a que possui melhores condições de adaptabilidade ao clima e solos dos estados do Sul do Brasil. A variedade do norte mexicano apresentou baixa adaptabilidade em povoamentos experimentais brasileiros, por possuir baixo vigor, além de várias deformações de acículas, de fuste e ramos. O mesmo autor abordou outra grande vantagem de P. greggii introduzido no Brasil: há tolerância a geadas e também precocidade de florescimento, indicando seu potencial para o melhoramento genético com seu cruzamento com outras espécies de Pinus, assegurando híbridos de possivelmente melhor qualidade e adaptabilidade.

Em sua região de origem P. greggii também é considerada espécie precoce, já ocorrendo o florescimento no terceiro até o quinto ano de plantio. Em algumas plantações deste pinheiro como exótico, houveram relatos de florescimento após o primeiro ano de idade. Logo, essa espécie é considerada bastante fértil. No México, a maturação e polinização dos cones femininos ocorre de abril a maio (meses mais quentes) para a variedade da região norte. A maturação é considerada lenta, havendo demorada abertura das pinhas que se inicia em dezembro, podendo se estender até final de maio. Assim, a coleta de sementes é bastante prolongada (Lopez e Donahue, 1995). As pinhas podem conter de 96 a 128 sementes sendo a percentagem germinativa superior a 80 % (Lopez e Cabrera, 2008).

Aos interessados em conhecer mais sobre as características morfológicas das árvores e da madeira do P. greggii, a PinusLetter disponibiliza boa quantidade de pesquisas, websites e artigos técnicos de qualidade que envolvem essa espécie de Pinus. Conheçam mais sobre o potencial desse pinheiro tropical acessando as URLs indicadas:

Wikipédia - Pinus greggii
A enciclopédia virtual Wikipédia possui descrições de Pinus greggii em Inglês e em Português. A da língua inglesa é um pouco mais completa, apresentando algumas das condições edafo-climáticas de desenvolvimento das árvores em sua região de origem e também possui alguns dos países onde P. greggii já foi introduzido e é plantado para fins comerciais como no Brasil. Essa versão também diferencia os pinheiros da região norte e da região sul do México. A versão disponível de descrição de P. greggii em português apenas aponta sua distribuição geográfica e classificação taxonômica.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_greggii (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Pinus_greggii (Inglês)


Gymnosperm Database
- Pinus greggii. (Inglês)
O presente website, que objetiva a descrição das espécies de coníferas do mundo, ainda não traz grande quantidade de características morfológicas e taxonômicas para Pinus greggii, quando comparado a outras espécies de pinheiros. Contudo, há boa quantidade de informações para se conhecer mais sobre esse pinheiro. Há à disposição do leitor vários resumos relevantes de pesquisas já realizadas com P. greggii, que diferenciam as populações dessas árvores morfologicamente. Além disso, a Gymnosperm Database possui boas fotos das estruturas reprodutivas dessa espécie, bem como algumas de viveiros, acículas, cascas e algumas outras estruturas morfológicas típicas. Confiram:

http://conifers.org/pi/pin/greggii.htm


USDA Plants Profile - Pinus greggii Engelm. ex Parl. (Inglês)
Apesar de Pinus greggii estar presente no sul do Arizona e em regiões do estado do Novo México, a webpage USDA Plant Profile possui ainda poucas características desse pinheiro que ocorre nessas regiões dos USA. Há a descrição taxonômica e uma foto caracterizando suas cascas e acículas.

http://plants.usda.gov/java/profile?symbol=PIGR8

Pinus greggii. Carlos Velazco / no Flickr (Inglês)
O Flickr é um serviço grátis de álbuns de fotografias compartilhadas do Yahoo. Carlos Velazco (biólogo do México) possui uma bela foto dos cones de P. greggii verdes, muito interessante. Observem:
http://www.flickr.com/photos/aztekium/308144282/
Atenção: Essa foto possui os direitos autorais reservados. Para ver mais fotos desse autor, além do album no Flickr; ele possui um site: http://nlnatural.com/ “Nuevo León Natural" - especializado em eco-turismo, dicas e informações para a observação da natureza: aves, mariposas, cactáceas e fronteiras naturais de Nova León. Além disso, também é autor de um BLOG: http://floradenuevoleon.blogspot.com (ambos em espanhol).


Conifer Database: Pinus greggii Engelm. ex Parl. (Inglês)
O site "Conifer Database" proporciona aos interessados a descrição taxonômica de P. greggii, dividindo essa espécie em duas infraespécies: P. greggii var. australis Donahue & Lopez e P. greggii var. greggii.
http://test.sp2000.org/show_species_details.php?record_id=3429158


Pinus greggii. Y. P. S. Bajaj. Livros Google. (Inglês). Acesso em 08/10/2008
Documento muito completo disponibilizado por Y. Bajaj e escrito pelos autores Peralta & Cabrera sobre Pinus greggii e Pinus durangensis, havendo as principais características morfológicas de ambas, assim como a distribuição geográfica. O texto é um dos capítulo do livro "Biotecnology in Agriculture and Forestry", possuindo uma seção de pesquisas com cultura de tecidos realizada com essas duas espécies de pinheiros, técnica de biotecnologia bastante empregada em melhoramento florestal.

http://books.google.com/books?id=ZF2B2rce0EEC&pg=PR13&dq=%22Pinus+greggii%22+bajaj

Pinus greggii Engelm. ex Parl. W.S. DVORAK. Part II—Species Descriptions. (Inglês)
O site "Forest, Nurseries and Genetic Resources" possui algumas publicações sobre P. greggii. Observem esse nosso pinheiro em "Tropical Tree Seed Manual".

http://www.rngr.net/Publications/ttsm/Folder.2003-07-11.4726/PDF.2004-03-15.5136/view

Pinus greggii
- Jeff Bisbee Gallery. (Inglês)
A webpage "Arboretum de Villardebelle" possui poucas descrições taxonômicas e características morfológicas de Pinus greggii. O site apresenta fotos interessantes de autoria de Jeff Bisbee sobre as principais estruturas desse pinheiro: há imagens da árvore adulta, de sua casca, ramos, galhos e cones em sua região originária no México.

http://www.pinetum.org/JeffPNgreggii.htm

The pines of Mexico and Central America. J.P. Perry. Timber Press. 231 pp. (1991). (Inglês)
Obra-prima de Perry que descreve sua experiência de mais de 40 anos com estudos de Pinus dessas regiões. Imperdível.

http://books.google.com/books?id=u8BgAAAAMAAJ&q=Pinus+greggii&dq=Pinus+greggii&lr=&pgis=1


Artigos de pesquisa sobre P. greggii


Introdução de pinos mexicanos na região de Poços de Caldas. M. Ferreira; H.T.Z. Couto; J. M. Sobral. IPEF 4:95-109. (1972)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr04/cap06.pdf

Pine Brazilian forestry.
REMADE nº 99. (2006)
http://www.remade.com.br/en/revista_materia.php?edicao=99&id=443 (Inglês)

Método de análise matemática de espectros do infravermelho próximo para predição de propriedades anatômicas da madeira de Pinus greggii Engelm. F. Scorsin; W. L. E. Magalhães; G. I. B. Muniz. 14º EVINCI, 100. 52 pp. (2006)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/14evinci/agrarias.pdf

RESUMO: Caracterização química da madeira de Pinus sp. B. A. G. Farias; U. Klock; R. L. Simão. 13º EVINCI, 011. 8pp. (2005)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/13Evinci/AG%20-%20PL.pdf

RESUMO: Uso da espectroscopia de infravermelho próximo na predição das dimensões de fibras da madeira de Pinus greggii Engelm. F. Scorsin; W. L. E. Magalhães; G. I. B. Muniz; R. L. Simão. 13º EVINCI, 094. 49 p. (2005)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/13Evinci/AG%20-%20PL.pdf

RESUMO: Tree growth and d13C among populations of Pinus greggii Engelm. at two contrasting sites in central Mexico. R. G. Garcia; A. Gomez; J. U. Lopez; J. H. Vargas; W. R. Horwath. Forest Ecology and Management 198(1-3): 237-247.(2004)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=15987783

Variação genética em procedências e progênies mexicanas de Pinus maximinoi. L. C. Ettori; A. S. Sato; J. Y. Shimizu. Revista do Instituto Florestal 16(1):1-9. (2004)
http://www.iflorestsp.br/revista/revista_anterior/v16/variacao-genetica.pdf

RESUMO: Relative susceptibility of northern and southern provenances of Pinus greggii to infection by Sphaeropsis sapinea. H. Smith; T. A. Coutinho; F. W. Wolfaardt; M. J. Wingfield. Forest Ecology and Management166(1-3):331-336. (2002)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=13763142

Chemical root pruning of conifer seedlings in Mexico. A. Aldrete; J. Mexal. Forest Nursery Proceedings. HI:160-164. (2002)
http://www.rngr.net/Publications/proceedings/2000/aldrete%2Cmexal.pdf/view

Produção de chapas de madeira compensada de cinco espécies de Pinus tropicais. S. Iwakiri; D. P. Olandoski; G. Leonhardt; M. A. Brand. Ciência Florestal 11(2): 71-77. (2001)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v11n2/art6v11n2.pdf

Variación en el patrón de crecimiento en altura de cuatro especies de Pinus en edades tempranas. J. G. S. García; J. J. V. Hernández; J. J. Mata; J. D. M. Galán; C. R. Herrera; J. L. Upton. Madera y Bosques 5(2): 19-34. (1999)
http://www.ecologia.edu.mx/publicaciones/resumenes/5.2/pdf/Salazar%20et%20al%201999.PDF

Seed production of Pinus greggii Engelm in natural stands in Mexico. J. Lopez-Upton, J.K. Donahue. Tree Planters' Notes 46(3): 86-92. (1995)
http://www.rngr.net/Publications/tpn/46/46_3_86_92.PDF/view

RESUMO: Development of a tree improvement program with Pinus maximinoi in Colombia. J. A. Wright; L. F. Osório; C. C. Lambeth. Forest Ecology and Management 62(1-4):313-322. (1993)
http://md1.csa.com/partners/viewrecord.php?requester=gs&collection=
ENV&recid=3615729&q=Pinus+maximinoi&uid=793033261&setcookie=yes

Laboratory scale pulping of Pinus pseudostrobus, P. maximinoi and P. patula. J. A. Wright; A. Wessels. IPEF Internacional (2):39-44. (1992)
http://www.ipef.br/publicacoes/international/nr02/cap06.pdf


Pinus na silvicultura brasileira. J. Y. Shimizu. Ambientebrasil. (s/d = sem referência de data)
http://www.ufsm.br/cepef/artigos/Pinus%20na%20silvicultura%20brasileira.pdf

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Na PinusLetter N° 11, continuamos a dar destaque às produções relacionadas com Pinus oriundas de entidades de pesquisas, trazendo como destaque os artigos publicados pelo “Council for Scientific and Industrial Research” (CSIR), uma organização do mais alto renome tecnológico e localizada na África do Sul.

Nessa seção, como sempre, procuraremos valorizar as instituições e autores que se têm mostrado dedicados a estudar e a avaliar técnica e cientificamente os Pinus. As publicações referenciadas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras, celulose e papel, enfim, todas as áreas que se relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações florestais e utilizações de seus produtos.

Essa edição e nessa seção estamos a homenagear o CSIR, conheçam mais sobre ele e suas publicações com os Pinus a seguir:


Council for Scientific and Industrial Research (CSIR) - África do Sul

Localizado na África do Sul, o Conselho de Pesquisa Científica e Industrial, ou melhor "Council for Scientific and Industrial Research", é considerado um dos melhores do segmento tecnológico, de desenvolvimento e de extensão do continente africano. Criado em 1945 por uma ata do governo desenvolvendo um conselho científico, hoje desempenha funções multidisciplinares, sempre com o intuito de gerar melhoria da qualidade de vida do povo sul-africano. Para tanto, o CSIR se compromete em realizar melhorias econômicas no país, provendo ao mesmo melhores condições competitivas e tecnológicas, principalmente frente ao mercado externo. Serviços e soluções econômicas são oferecidos aos investidores e novas oportunidades são constantemente identificadas pelo conselho junto às novas tecnologias desenvolvidas para os setores comerciais, industriais e também sociais.

Como principal apoiador, o CSIR conta com o próprio parlamento sul-africano. Desde sua criação, dá suporte às pesquisas junto ao Ministério de Ciências e Tecnologia do país, o que indica a grande relevância do centro e sua enorme contribuição com as questões econômicas, sociais e também ambientais de todas as comunidades abrangidas. Para a melhoria da qualidade de vida do povo, esse conselho possui uma série de medidas de apoio à indústria e mercados no país, levando aos empresários as tecnologias de ponta produzidas e estendidas aos interessados. O CSIR ajuda em negociações e estimula parcerias no setor público, privado e internacional através de suas pesquisas inovadoras em engenharia e tecnologia. Também se denominando de organização, o CSIR possui grande abrangência de clientes que vão desde micro-empresas a grandes multinacionais, atendendo também o setor informal existente no país e os próprios governos nacional, estadual e municipal, esforçando ao máximo para atender a todas as partes interessadas.


A organização possui importantes programas sociais e de difusão de cultura, tecnologia e educação para várias comunidades africanas. Pelo seu tempo de atuação, já criou profundas raízes e identificação em muitas localidades. Logo, um dos objetivos do CSIR é contribuir com o programa nacional de desenvolvimento do governo, produzindo pesquisas e conhecimento tecnológico para atender aos interesses do setor público e privado. Através da extensão e da transferência dos conhecimentos e das tecnologias criadas, o CSIR visa contribuir com melhorias econômicas com o máximo de retorno e benefícios aos seus públicos-alvo: as indústrias e o povo sul-africano.

O conselho possui uma série de laboratórios que prestam serviços em tecnologia para a comunidade como os laboratórios de análises de solo, água e de composição de plantas. Também possui ampla abrangência de áreas de pesquisas, atuando na sustentabilidade de áreas rurais, em recursos florestais como mercado da madeira de exóticas como Pinus e Eucalyptus. Estudos de papel e celulose também são conduzidos para esses gêneros de árvores, assim como melhoramento genético para melhor produtividade. Há atualmente quatro grupos de pesquisas em recursos florestais na organização: Processamento de Fibras (estudos em papel e celulose e outros compostos sólidos da madeira), Planejamento Florestal (planejamento de recursos florestais com uso de novas tecnologias como o sensoriamento remoto), Melhoria de Árvores (pesquisas que visam ao melhoramento genético, propagação de plantas, biologia e fisiologia vegetal) e Ciência da Madeira (estudos com propriedades químicas, físicas e anatômicas da madeira).

As principais pesquisas desenvolvidas pelo conselho com relação ao meio-ambiente visam à conservação da água, bem como à diminuição de resíduos, remediação de áreas contaminadas e à sustentabilidade.

Aos interessados, há ainda pesquisas objetivando novas tecnologias energéticas, mudanças climáticas e aquecimento global, qualidade do ar, entre tantos outros temas que envolvem o meio-ambiente. Há pesquisas em outras áreas como a nanotecnologia, tecnologia de "laser", construção civil, logística, alimentos, entre outros.

Para acessar tais pesquisas e resultados, basta entrar no site da instituição e navegar por ele: http://www.csir.co.za/index.html (Home)


A seguir disponibilizamos 19 artigos apresentados e disponibilizados pelo CSIR que envolvem os Pinus, Pináceas, coníferas, entre outros recursos florestais, sobre características da madeira e técnicas de conservação:


Alien conifer invasions in South America: short fuse burning? D.M. Richardson; B.W.Van Wilgen; M.A. Nunez. Biological Invasions, 1-5 pp. (2007)

http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1825/1/Richardson_2007.pdf

Examining pine spectral separability using hyperspectral data from an airborne sensor: an extension of field-based results. J. A. N. Van Aardt; R. H.Wynne. Journal of Remote Sensing 28(1-2):431-436. (2007)

http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/835/1/Van%20Aardt_2007.pdf

Application of near-infrared spectroscopy to predict microfibril angle of 14-year-old Pinus patula. A. Zbonak; T. Bush. IUFRO Symposium on Wood Structure and Properties 06. 175-181 p. (2006)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/965/1/Zbonak_2006.pdf

Northern European trees show a progressively diminishing response to increasing atmospheric carbon dioxide concentrations
. J. S. Waterhouse; V. R. Switsur; A. C. Barker; A. H. C. Carter; D. L. Hemming,; N. J. Loader; I. Robertson. Quaternary Science Reviews 23:803-810. (2004)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1642
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1642/3/waterhouse_2004.pdf


Assessment of wood-inhabiting basidiomycetes for biokraft pulping of softwood chips.
F. Wolfaardt; J. L. Taljaard; A. Jacobs; J. R. Male; C. J. Rabie; Bioresource Technology 95(1):25-30. (2004)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1564
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1564/3/wolfaardt_2004.pdf


Comparison of stable carbon isotope ratios in the whole wood, cellulose and lignin of oak tree-rings. N. J. Loader; I. Robertson; D. McCaroll. Palaeogeography Pallaeoclimatology Palaeoecology 196: 395- 407. (2003)

http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1511
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1511/3/loader_2003.pdf


Oxygen and hydrogen isotope ratios in tree rings: how well do models predict observed values? J. S. Waterhouse,; V. R. Switsur,; A. C. Barker; A. H. C. Carter; I. Robertson. Earth and Planetary Science Letters 201(2):421-430. (2002)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1641
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1641/3/waterhouse_2002.pdf

Invasive alien trees and water resources in South Africa: case studies of the costs and benefits of management. D. C. Le Maitre; B.W. Van Wilgen; C. M. Gelderblom; C. Bailey; R. A. Chapman; J. Á. Nel. Forest Ecology and Management 160:143-159. (2002)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1630
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1630/3/le%20maitre%201_2002.pdf


Soil wettability in forested catchments in South Africa; as measured by different methods and as affected by vegetation cover and soil characteristics.
D. F. Scott. Journal of Hydrology 231:87-104. (2000)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1529
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1529/3/scott%201_2000.pdf


Forestry and streamflow reductions in South Africa: a reference system for assessing extent and distribution. Scott, DF; Le Maitre, DC; Fairbanks, DHK. Water SA, vol. 24(3), pp 187-199. (1998)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/2111


Treatment of timber products with gaseous borate esters. Part 2: Process improvement. P. Turner; R. J. Murphy. Wood Science and Technology 32(1):25-37. (1998)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1907/3/turner_1998.pdf


Streamflow responses to afforestation with Eucalyptus grandis and Pinus patula and to felling in the Mokobulaan experimental catchments, South Africa. D.F. Scott; W. Lesch. Journal of Hydrology 199:360-377. (1997)

http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1485

Native forest generation in pine and eucalypt plantation in Northern Province, South Africa.
C.J. Geldenhuys. Forest Ecology and Management 99:101-115. (1997)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1626
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1626/3/geldenhuys_1997.pdf


Response in water yield to the thinning of Pinus radiata, Pinus patula and Eucalyptus grandis plantations. W. Lesch; D.F Scott. Forest Ecology and Management 99(3):295-307. (1997)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1633
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1633/3/lesch_1997.pdf

The impact of commercial afforestation on bird populations in Mpumalanga Province, South Africa - Insights from bird-atlas data. D. G. Allan; J. A. Harrison; R. A. Navarro; B. W. Van Wilgen; M. W. Thompson, Biological Conservation 79(13):173-185. (1997)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1378
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1378/3/allan_1997.pdf


Evaluation of the heat pulse velocity method for measuring sap flow in Pinus patula.
P. J. Dye; S. Soko; A. G.Poulter. Journal of Experimental Botany 47(300):975-981. (1996)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/722/1/Dye1_1996.pdf

Treatment of timber products with gaseous borate esters. Part 1: Factors influencing the treatment process. P. Turner; P. R. Murphy. Wood Science and Technology 29(5):385-395. (1995)

http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1906
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1906/3/turner_1995.pdf

Carbon storage in Eucalyptus and pine plantations in South Africa. S. I. Christie; R. J. Scholes. Environmental Monitoring and Assessment 38:231-241. (1995)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/749
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/749/1/Christie_1995.pdf


Hydrological effects of fire in South-African mountain catchments. D.F. Scott. Journal of Hydrology 150:409-432. (1993)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1530
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1530/3/scott_1993.pdf

Referências de Eventos e de Cursos

Nessa seção, trazemos referências de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam diretamente ou indiretamente aos Pinus. A característica marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos, os quais já ajudam a saber das novidades no ramo e dos assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços de URLs, vocês podem obter todo o material do evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar do próximo.

Palestras do VI Simpósio ACEF. (Português)
O VI Simpósio da Associação Catarinense de Engenheiros Florestais (ACEF) ocorreu no mês de outubro de 2007. A webpage da ACEF disponibiliza para download algumas das apresentações realizadas durante o evento. Os principais temas tratados foram: áreas de produção de sementes, polinização massal controlada, pomar clonal de sementes, clonagem de Pinus taeda por embriogênese somática, planejamento e produção de mudas, entre outros de igual relevância.
http://www.acef.org.br/boletim02ifsc.pdf
http://www.acef.org.br/?pagina=visimposio (Palestras)


BNDES - Seminário - A Questão Florestal e o Desenvolvimento. (Português)
O seminário promovido pelo BNDES nos dias 8 a 9 de julho de 2003 teve como tema principal "A Questão Florestal e o Desenvolvimento". Há disponível na webpage do banco algumas das apresentações realizadas durante o evento que objetivou a transferência de conhecimento sobre a cadeia da madeira e também trazer os principais aspectos sociais, econômicos e ambientais que a englobam. Há palestras abordando temas como: o setor florestal e a demanda da madeira para o futuro no Brasil, a indústria do papel, manejo sustentável de florestas nativas, reciclagem de papel, fomento florestal, entre outras. Não deixem de conferir as apresentações que lhes agradem.
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/publicacoes/catalogo/s_florestal.asp


Aquecimento Global. R. C. D. Garlipp; C. A. Bantel. (2007).
(Português)
Apresentação feita por Garlipp & Bantel na Semana do Meio Ambiente da Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP), ocorrida em 2007. O tema apresentado aborda o aquecimento global: são ao todo 56 slides que mencionam desde as principais modificações climáticas que estão afetando florestas, até os principais poluidores e emissores de gás carbônico no ambiente. Há também as vantagens e desvantagens do aquecimento global e oportunidades para reverter e se adaptar a essas novas condições. O papel das florestas plantadas é destacado.

http://www.sbs.org.br/secure/g2/Aquecimento%20Global%20-%20A%20
Import%c3%a2ncoa%20da%20Silvicultura%20na%20Mitiga%c3%a
7%c3%a3o%20desse%20Problema%20-%20Carlos%20A.%20Bantel.pdf


Certificação Florestal. R. Garlipp; C. A. Bantel. XIª Semana Acadêmica da Engenharia Florestal. (2007).
(Português)
A apresentação realizada por Rubens Garlipp e por Carlos Bantel na décima primeira Semana Acadêmica da Engenharia Florestal da Universidade Federal de Santa Maria, ocorreu em dezembro de 2007. Tal palestra abordou os principais critérios da certificação, o processo da certificação em si, as expectativas da certificação para o Brasil, os principais órgãos de certificação, entre tantos outros assuntos ligados a esse tema, em 80 slides.

http://www.sbs.org.br/secure/g2/Certifica%c3%a7%c3%a
3o%20Florestal%20-%20Carlos%20Adolfo%20Bantel.pdf


Crescimento do Setor Florestal no Brasil. R. Garlipp. (2007). (Português)
Palestra ministrada por nosso amigo Rubens Garlipp da Sociedade Brasileira de Silvicultura (SBS) no evento "Workshop on Forest Plantations" realizado pela ESALQ e IPEF em Piracicaba, em maio de 2007. O assunto abordado foi o crescimento do setor florestal no nosso país, havendo um histórico de como eram as florestas plantadas desde antes dos anos 70 até a atualidade, enfatizando as principais evoluções do setor. Destaca-se o crescimento dos principais produtos madeireiros e não madeireiros e parte da legislação ambiental vigente a respeito das plantações florestais.

http://www.sbs.org.br/secure/g2/Crescimento%20do%20Setor%20
Florestal%20no%20Brasil%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf


Desenvolvimento Sustentável e Indústria Florestal do Brasil. C. A. F. Funcia. II Fórum Internacional de Meio Ambiente Brasil-Japão (2007). (Português)
O Segundo Fórum Internacional de Meio Ambiente Brasil-Japão ocorreu em setembro de 2007 e contou com a apresentação de Carlos Funcia, da Sociedade Brasileira de Silvicultura. O tema da palestra foi: “Desenvolvimento sustentável e indústria florestal do Brasil", discorrido em 27 slides, abordando os principais parâmetros da sustentabilidade nas visões ambientais, econômicas e sociais, além das oportunidades que a sustentabilidade pode proporcionar.
http://www.sbs.org.br/secure/g2/Desenvolvimento%20Sustent%c3%a1vel%20e%20Ind%c3%bastria%20
Florestal%20do%20Brasil%20-%20Carlos%20Alberto%20da%20Fonseca%20Funcia.pdf


Fomento Florestal no Brasil. Visão geral e perspectivas. R. Garlipp. 2º Encontro de Produtores Florestais da Veracel.
(Português)
A apresentação "Fomento florestal no Brasil - Visão geral e perspectivas" (com 62 slides) foi ministrada por Rubens Garlipp, da SBS, e ocorreu em novembro de 2007 em Eunápolis - Bahia, durante o Segundo Encontro de Produtores Florestais da Veracel. Abordou-se o histórico do fomento florestal no país, as suas principais modalidades, os fatores que impulsionaram a sua evolução, áreas fomentadas existentes, entre outros. Confiram:
http://www.sbs.org.br/secure/g2/Fomento%20Florestal%20no%20Brasil%20-%20
Vis%c3%a3o%20Geral%20e%20Perspectivas%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf


O Profissional de Meio Ambiente do Século 21: oportunidade e desafio. A empresa e o profissional do século 21. R. Garlipp (2007). (Português)
A palestra "O profissional de meio ambiente do século 21" foi apresentada por Rubens Garlipp durante evento da Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR) em junho de 2007. Em 30 slides, a apresentação aborda a importância das plantações florestais, conceitos de sustentabilidade, algumas das principais cadeias produtivas da madeira, oportunidades para o profissional e muito mais.

http://www.sbs.org.br/secure/g2/O%20Profissional%20de%20Meio%20
Ambiente%20do%20S%c3%a9culo%20XXI%20-%20Oportunidades%20
e%20Desafios%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf


Sustentabilidade do Setor Florestal. R. Garlipp. Reunião BRACELPA/ MMA. (2007). (Português)
O nosso estimado engenheiro florestal Rubens Garlipp, representando a SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura, apresentou o tema "Sustentabilidade do setor florestal" durante a reunião da BRACELPA com o Ministério do Meio Ambiente no dia 23 de novembro de 2007. São 42 slides comentando sobre as florestas plantadas no Brasil e no mundo, os avanços da sustentabilidade no setor, a sustentabilidade na visão econômica e social, etc.

http://www.sbs.org.br/secure/g2/Sustentabilidade%20do%20Setor%20
Florestal%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf


Sustentabilidade no Setor Florestal. Indicadores / parâmetros. R. Garlipp. Reunião Técnica sobre Madeira e seus Produtos Florestais. (2007). (Português)
Durante a reunião técnica sobre madeira e seus produtos florestais organizada pelo IPT - Instituo de Pesquisas Tecnológicas em São Paulo em 16 de abril de 2007, o engenheiro florestal Rubens Garlipp apresentou a palestra "Sustentabilidade no setor florestal - Indicadores e parâmetros". Confiram os 55 slides que abordam o tema, destacando principalmente a pressão pela sustentabilidade florestal, como esta é vista em diferentes países do mundo, interesses no manejo sustentável de florestas e seus princípios.

http://www.sbs.org.br/secure/g2/Sustentabilidade%20no%20Setor%20
Florestal%20-%20Indicadores%20e%20Par%c3%a2metros%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf


Reciclagem - Zero Resíduos Portugal. (Português)
O setor de apresentações da webpage Zero Resíduos Portugal disponibiliza ao todo oito documentos abordando o tema da reciclagem todos disponíveis para downloading. Encontram-se documentos a respeito de resíduos sólidos, apresentações sobre higiene pública e sobre coleta seletiva de lixo. Inclusive há seis palestras ministradas durante o evento "Seminário sobre Recolha Selectiva Porta-a-Porta" que ocorreu dia 23 de novembro em Coimbra, Portugal, no ano de 2005.

http://www.zeroresiduos.info/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=228&Itemid=164

Proceso de Co-Compostaje y Aplicación de sus Productos em Paisajismo, Reforestación y Cultivos Forestales y Agrícolas em Andalucía. (2003).
(Espanhol)
No evento Jornada sobre Projetos Life-Meio Ambiente, a senhora Engracia Madejón Rodríguez do Instituto de Recursos Naturales y Agrobiología de Sevilla (CSIC) apresentou palestra sobre o composto de qualidade e seus benefícios. Observem os 15 slides por ela apresentados, aprendendo um pouco mais sobre a problemática dos resíduos, os pontos positivos da matéria orgânica na agricultura, dificuldades em aplicar a matéria orgânica no solo, qualidade de compostos e suas utilizações.

http://www.juntadeandalucia.es/medioambiente/web/Bloques_Tematicos/
Cooperacion_Internacional_En_Materia_De_Medio_Ambiente/Iniciativas_Comunitarias/
Programa_LIFE/LIFE_Medio_Ambiente/Proyectos_aprobados_enejecucion/pdf_compost/IRNAS_1_Mijas_11_03.pdf

Pinus-Links

A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos, ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção, estamos ainda colocando Pinus-Links com algumas empresas ou organizações técnicas importantes no uso dos produtos dos Pinus, ou então na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Muitas destas empresas possuem importantes programas ambientais e sociais que vale a pena destacar. Para a leitura, basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir nossas indicações ou salvá-las como favoritas em seu computador.

Sistema de Información y Documentación Agropecuario de las Américas. Agricultural Information and Documentation System of Latin America and the Caribbean (SIDALC) (Michigan State University). (Estados Unidos)
Como o próprio nome já diz, o "Sistema de Informação e Documentação Agropecuário das Américas e Caribe" (SIDALC) existe desde 1999 com o intuito do intercâmbio de tecnologias agrícolas entre as instituições e órgãos de pesquisas que envolvem as regiões. Tal medida promove o desenvolvimento das comunidades rurais e de sua qualidade de vida através da disseminação do conhecimento e da extensão.

Hoje, um dos produtos mais relevantes do SIDALC é uma biblioteca virtual que possui inúmeros documentos que envolvem pesquisa de âmbito agrícola, conhecido como Agri 2000. Tal sistema de informação virtual têm parceria com várias bibliotecas do continente e possui por objetivo: possuir e disponibilizar as informações necessárias para suprir as diferentes necessidades informativas dos usuários do SIDALC; ajudar na melhoria de pesquisas, através da disponibilização de conhecimentos pela educação e treinamento; possibilitar que todas as pessoas interessadas possam acessar a web page, possibilitando a elas a troca de experiências e conhecimentos. Logo, isso nos engloba também. Acessem o site da SIDALC e observem não apenas a quantidade de informações ligadas à agricultura, mas também ao setor florestal. Há disponíveis inúmeros registros de pesquisas sobre os Pinus em órgãos institucionais e de pesquisa de toda a América e Caribe que podem ser acessados através do Agri 2000. Confiram:
http://orton.catie.ac.cr/ (Espanhol)
http://orton.catie.ac.cr/defaulten.htm (Inglês)
http://orton.catie.ac.cr/cgi-bin/wxis.exe/ (Registros de entidades de pesquisa para Pinus)


CONAFOR. Comisión Nacional Forestal. (México)
A CONAFOR é um órgão público mexicano que funciona desde 2001 com o intuito de incentivar as atividades de produção, conservação e restauração florestal do país. Essa entidade também está envolvida no planejamento e na elaboração de programas de desenvolvimento de florestas sustentáveis, preocupando com a melhoria da qualidade de vida de comunidades que retiram seu sustento basicamente desse setor, através de benefícios econômicos, tecnológicos e ambientais. Assim, a CONAFOR desempenha importante papel junto ao governo implementando políticas florestais, levando aos necessitados serviços técnicos e informação através da extensão e de sua web page. Entrem na mesma e confiram as notícias e algumas publicações disponíveis para download como o "Manual de viveiros para a produção de espécies florestais em bandejas" na seção de Conservação e Restauração Florestal listada logo abaixo. Na parte de florestas comerciais, aprendam um pouco mais sobre as plantações de pinheiros de Natal no México.

http://www.conafor.gob.mx (Home)
http://www.conafor.gob.mx/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=20&Itemid=39
(Conservação e restauração florestal)
http://www.conafor.gob.mx/index.php?option=com_content
& task=blogcategory&id=45&Itemid=145
(Florestas comerciais)


México Forestal. (México)
Criada pela CONAFOR, a revista virtual "México Forestal" objetiva publicar também os trabalhos realizados pela instituição do setor florestal, ambiental e de recursos naturais. É destinada a todos os interessados, levando conhecimento acadêmico às universidades, comunidades, ao governo e às cooperativas e promovendo o desenvolvimento de forma sustentável a todos os interessados, o que inclui principalmente o povo mexicano. Através das publicações disponibilizadas, a México Florestal quer incentivar os leitores sobre os benefícios e vantagens do bom manejo de suas florestas mexicanas e de seus recursos naturais. Não deixem de acessar em:

http://www.mexicoforestal.gob.mx/index.php (Home)
http://www.mexicoforestal.gob.mx/nuestros_arboles.php?id=101 (Pinus patula)


Resina de Pinus. (Brasil)
Blog brasileiro sobre resinagem de autoria de Thannar Bubna. Há todos os tipos de informação sobre o setor, como artigos, informativos eletrônicos, fotos, preços da resina, e dos seus produtos (breu e terebintina) e experiências já vivenciadas sobre o assunto.

http://resinadepinus.blogspot.com/2008/06/resinagem-resinagem-uma-atividade-que.html (Home)
http://www.blogger.com/profile/00391782240995374033 (Sobre o autor do blog)


Associação Catarinense de Engenheiros Florestais. (Brasil)
A Associação Catarinense de Engenheiros Florestais completou 30 anos no mês passado e desde sua criação objetiva a melhoria das condições das ciências florestal e ambiental no Estado, ajudando os profissionais do ramo na conquista de seus interesses e direitos. Logo, a associação representa os engenheiros florestais, atuando na união do setor e também em assessoria, disseminando conhecimentos sobre as principais novidades da área, através da elaboração de boletins de notícias e de eventos no estado. Tais informações estão acessíveis a todos que se interessam sobre florestas na webpage da associação. Há vasta quantidade de informações, documentos e apresentações sobre os Pinus em Santa Catarina, já que atualmente este estado é um dos grandes produtores de madeira dessa espécie.

http://www.acef.org.br/ (Home)
http://www.acef.org.br/boletim02ifsc.pdf (Boletins)
http://www.acef.org.br/?pagina=eventos (Eventos)


Forest Landowners.
(Estados Unidos)
A "Forest Landownwes" é uma associação sem fins lucrativos que luta pelos direitos dos reflorestadores e proprietários de florestas nos Estados Unidos da América. Para tanto, fornece suporte jurídico, assistência técnica, educação e informação necessária sobre a administração de áreas florestais e os principais manejos de florestas. Criada desde 1941, a organização atualmente possui como seus principais membros: companhias de investimentos florestais, consultores da área, agentes de extensão, florestadores, profissionais e indústrias do setor. Sua ação abrange 47 estados. O seu website disponibiliza grande conteúdo informativo sobre as florestas americanas, bem como artigos científicos de instituições de pesquisa do país. Acessem em "Publications". Há muitas informações sobre Pinus e outras Pináceas, visto que muitas dessas árvores são endêmicas da região.

http://www.forestlandowners.com/ (Home)
http://www.forestlandowners.com/publications (Publicações)
http://www.forestlandowners.com/Publications/fla_magazines/2008-july-
august-vol-67/uneven-versus-even-aged-management-of-southern-pines/file
(Artigo)

IUFRO. Internacional Union of Forest Research Organizations. (Internacional)
A IUFRO é uma organização internacional sem fins lucrativos que se orgulha em contribuir para o desenvolvimento de florestas e ciências correlacionadas, promovendo cooperação global em pesquisas. Isso possibilita a melhoria no entendimento sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais de plantações de florestas e no manejo de florestas naturais. A IUFRO procura disseminar o conhecimento científico florestal aos associados e partes interessadas e também contribuir para a criação de novas políticas florestais e tecnologias de manejo. Atuante desde 1892, a IUFRO está aberta a todos que se interessem e se dediquem às pesquisas ligadas às florestas. A instituição se baseia em idéias de conservação ambiental e desenvolvimento sustentável para todas as florestas e reflorestamentos mundiais, garantindo assim sua conservação, sustentabilidade e benefícios para as futuras gerações. Observem as publicações disponíveis na web page da IUFRO.

http://www.iufro.org/ (Home)
http://www.iufro.org/publications/ (Publicações)
http://www.iufro.org/events/calendar/ (Eventos)


Glossário de Termos em Inglês Utilizados em Colheita e Engenharia Florestal. B. J. Stokes; C. Ashmore; C. L. Rawlins; D. L. Sirois. USDA Forest Service. 37 pp. (2008).(Brasil)
O Glossário de termos em inglês utilizados na colheita e engenharia florestal é um documento de relevância a todos os profissionais e interessados na área. Atualmente, com a globalização, o domínio da língua inglesa está cada vez sendo mais requisitado para empresas e técnicos florestais. Aproveito para agradecer aos autores desse documento e ao tradutor professor Fernando Seixas por não só me auxiliar na tradução de termos específicos da área na língua, mas também ajudar na ampliação do vocabulário em inglês de vários outros profissionais. Aos que ainda não iniciaram o aprendizado na língua fica aqui a mensagem: "nunca é tarde demais para começar". Aos que querem se aperfeiçoar ainda mais, é também um documento precioso. Confiram:
http://www.colheitademadeira.com.br/imagens/publicacoes/glossario/glossario_
de_termos_em_ingles_utilizados_em_colheita_e_engenharia_florestal.pdf

MAF - Ministry of Agriculture and Forestry. (Nova Zelândia)
A principal missão do MAF é fortalecer as medidas existentes sobre proteção ambiental e sustentabilidade do meio agrícola e florestal da Nova Zelândia. O MAF possui três objetivos principais que envolvem: a economia - trabalhando para que ela se torne cada vez mais lucrativa e desenvolvida; a sociedade - atuando para a melhoria contínua da qualidade de vida e da saúde de comunidades rurais neozelandesas; o meio-ambiente - promovendo o desenvolvimento social, cultural e econômico de forma sustentável, utilizando os recursos ambientais de forma correta e racional. Para conseguir cumprir todos esses objetivos, o MAF colocou à disposição uma série de publicações, inclusive sobre o setor florestal. Observem os principais trabalhos que o MAF nos oportuniza conhecer:

http://www.maf.govt.nz/mafnet/index.htm(Home)
http://www.maf.govt.nz/mafnet/profile/ (Acerca do MAF))
http://www.maf.govt.nz/mafnet/publications/ (Publicações)
http://www.maf.govt.nz/forestry/ (Florestas)

Produção e Uso do Composto de Casca de Pinus

Troncos de Pinus possuem em média 12 a 20% de seu volume ocupado pela casca, percentagem que varia muito em função do diâmetro das árvores, da espécie e das condições de crescimento. A casca é retirada do restante da tora durante seu processamento, tornando-se um resíduo volumoso da indústria madeireira. Dentre as formas de aproveitamento desse resíduo destacamos aqui a compostagem para produção de substratos e fertilizantes orgânicos. Existe outra muito usual que é a queima como biomassa em caldeiras de froça, mas isso será tema de alguma PinusLetter futura.

A casca de Pinus pode ser utilizada como substrato recebendo apenas moagem rápida. Porém, esse material não estabilizado diminui a disponibilidade de nitrogênio para as plantas cultivadas nele, além de conter compostos tóxicos. Em geral, as cascas possuem toxinas para evitar o ataque de fungos, outros microrganismos, roedores e demais predadores.

Compostagem é um processo de estabilização de um material orgânico pela ação de microorganismos aeróbicos, preferencialmente. Durante o processo, fungos e bactérias utilizam cadeias carbonadas do material (celuloses, hemiceluloses, ligninas, entre outros compostos, inclusive alguns tóxicos) como fonte de energia, bem como outros compostos como as proteínas (que fornecem também aminoácidos e nitrogênio). Dessa ação sobre cadeias carbonadas são produzidos dióxido de carbono pela oxidação das cadeias carbonadas, cuja energia é em parte utilizada pelos microorganismos e em parte liberada para o ambiente, provocando aquecimento do material em decomposição. O interior de uma pilha de compostagem pode atingir temperaturas de cerca de 70ºC, sendo este um indicativo da qualidade e evolução da compostagem. Atingir altas temperaturas é importante quando se deseja a eliminação ou redução de pragas, doenças e sementes presentes no material a ser compostado. Entretanto, pode ser perigoso, pois a temperatura pode esterilizar os próprios microrganismos degradadores e estabilizadores.

A compostagem acelera o processo de estabilização que ocorreria naturalmente. A duração de uma compostagem depende do material a ser compostado. Materiais com alta relação C:N (carbono:nitrogênio), como a madeira, demoram para se decompor pela limitada disponibilidade de nitrogênio, que é necessário para compor as células dos microrganismos. Se adicionarmos nitrogênio em material de relação C:N maior que 10, teremos uma aceleração do processo. Isso pode ser feito com fertilizantes nitrogenados ou materiais orgânicos com baixa relação C:N , tais como estercos, lodo de esgoto, tortas vegetais, palhas de adubos verdes etc.

A casca de Pinus tem relação C:N de 80:1 ou mais. Bouchardet et al. (1999) observaram que o melhor desenvolvimento de mudas de eucalipto se dava em substratos com relação C:N de 11-12, o que foi conseguido misturando cerca de 26 kg de uréia por m³ de casca de Pinus na compostagem.

Outro fatores que afetam a compostagem são a umidade e a aeração. Umidade excessiva pode provocar fermentação (processo anaeróbico, em ausência de O2), enquanto pouca umidade limita o desenvolvimento dos microorganismos decompositores.

O processo de compostagem pode ser monitorado através da temperatura do interior da pilha. Se nos primeiros dias não se atingir mais de 50ºC, pode estar faltando umidade ou a mistura de ingredientes não está boa, com pouco nitrogênio, por exemplo. Se e temperatura ultrapassar 70ºC, é necessário revolver a pilha para reduzir a temperatura e evitar auto-esterilização.

A compostagem de casca de Pinus é demorada, levando de três até sete meses para que o material estabilize. Como adição de nitrogênio pode-se conseguir boa estabilização em 45 dias, apesar de que a estabilização completa costuma levar dois a três meses nessas condições.

As etapas básicas de um processo de compostagem de casca de Pinus são:

A) Preparo do material – moagem, umedecimento e mistura com aditivos (calcário, outros materiais orgânicos, fertilizantes, principalmente nitrogenados, etc.);
B) Acondicionamento em pilhas e umedecimento;
C) Revolvimento periódico para oxigenar a pilha.

As pilhas podem ser grandes quando se usa revolvimento. Uma pilha estática, aerada com tubos, por exemplo, deve ter largura de 1,5 a 3,0 m e altura de 1,5 m, para facilitar a aeração, podendo ter comprimento ilimitado.

Existem métodos mais complexos que aceleram a decomposição da casca de Pinus. Um deles é a montagem das pilhas sobre tubos perfurados pelos quais se injeta ar. Outro envolve tambores rotatórios que revolvem o material nos primeiros quatro dias, para depois se montar as pilhas. A condição aeróbica do processo, ou seja, presença de oxigênio no interior da pilha, evita que sejam formadas substâncias indesejáveis, como ácido acético, alcalóides e fenóis (Campos, 2007).

Um composto é considerado pronto quando não tem mau odor e está frio (não segue se decompondo, mesmo em condições de boa umidade e aeração, adquirindo a temperatura ambiente - em resumo, está estabilizado). No caso da casca de Pinus, a compostagem, além de estabilizar o material orgânico, reduz ou elimina pragas, patógenos, plantas daninhas e compostos tóxicos aos vegetais, como taninos e compostos polifenólicos.
Malheiros & Paula Junior (1997) testaram várias misturas de casca de Pinus com outros materiais no processo de compostagem, encontrando temperaturas baixas nas pilhas, o que indica que o processo é lento.

Alves (2007) observou experimentalmente que a compostagem da casca de Pinus durante apenas 30 dias foi eficiente na eliminação de alguns propágulos de plantas daninhas. Porém, sabe-se que a temperatura não é uniforme na pilha de compostagem. Então, para que o composto de casca de Pinus possa ser usado como substrato para produção de mudas sem riscos biológicos, é recomendável que seja esterilizado ou pasteurizado, para eliminar possíveis inóculos de doenças. Isso se faz pelo aquecimento, a 60-65ºC durante aproximadamente 12 horas injetando-se vapor d'água nas pilhas, ou ainda através de uso de agrotóxicos. A Instrução Normativa Nº 27, de 05 de junho de 2006, limita as concentrações de agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas, metais pesados tóxicos, pragas e ervas daninhas presentes em substratos produzidos ou importados.

No Estado de São Paulo a casca de Pinus compostada está entre os principais componentes dos substratos para produção de mudas de citros (Zanetti et al., 2003).

Para ser usado como substrato para produção de mudas, um material, que pode ser um composto, deve apresentar ausência de patógenos, baixa densidade, aeração (macroporosidade), estabilidade e uniformidade, além dos aspectos ambientais (renovabilidade e ecotoxicidade baixa) (Campos, 2007).

Castañeda-Alvarez et al. (2008) citam trabalho de Abad & Martinez, que determinaram algumas características importantes de um composto de casca de Pinus: 41% de umidade, teor de matéria orgânica de 32%, 64% de porosidade e pH igual a 5,3. Evidentemente, os valores podem mudar dependendo do processo de compostagem e mesmo da espécie e procedência da casca de Pinus utilizada.

A mistura de esterco à casca de Pinus confere menor acidez e maior quantidade de nutrientes, inclusive N, ao composto, além de reduzir o teor de taninos, que pode prejudicar as plantas cultivadas com o composto (Mupondi, 2006).

A utilidade da casca de Pinus compostada já foi comprovada cientificamente. João et al. (s/d) observaram bom desenvolvimento de mudas de Pinus pinea em substrato contendo composto de casca de Pinus. Plantas ornamentais também se beneficiam da aplicação de composto de casca de Pinus (Shelton et al., s/d). Porém, é interessante misturar o produto com outros ingredientes, como fertilizantes, corretivos de acidez, entre outros, para se obter melhor desenvolvimento das plantas. Num teste realizado com vários substratos para produção de mudas de quatro espécies florestais, (Oliveira et al., 2004) no composto puro de casca de Pinus as mudas se desenvolveram menos. Então, para um bom uso desse material, é necessária a mistura com outros ingredientes, devendo ser estudada a receita ideal para cada viveiro e condições.

Vê-se que a compostagem da casca de Pinus tem duas grandes virtudes: resolve o problema de um resíduo industrial e produz um bom ingrediente para produção vegetal em recipientes. Acesse os websites gerais abaixo para obter maiores informações sobre compostagem de casca de Pinu
s.

Cascas compostadas. VIDA/RIGESA. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.vida-e.com.br/vida_rigesa.asp

Substratos. Rohrbacher Florestal Ltda. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.rohrbacher.com.br/PROD_substratos.asp

O que é substrato. Nova Era. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.nerasubstratos.com.br/v1/substrato.htm

Processo produtivo do substrato de casca de Pinus. Nova Era Substratos.
Acesso 07/10/2008
http://www.nerasubstratos.com.br/v1/produtivo.htm

Substrato florestal. Agrofior. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.agrofior.com/index.php?pag=conteudo&id_conteudo=313&idmenu=95

Substratos para hortas.
Biomix. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.biomix.com.br/garden4a.php

Compostagem orgânica.
C. P.Gibson. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://comunidades.mda.gov.br/o/900147

Normiska Corporation. Acesso 07/10/2008. (Inglês)
http://www.normiska.com/OurProducts/BarkProducts/bpcb.html (Produtos)
http://www.normiska.com/AboutNormiska/abmain.html (Home)
http://www.normiska.com/AboutNormiska/abot.html (Compostagem)
http://www.normiska.com/ProductTipsUses/BWPineBarkInfo.html (Dicas de uso)


Basaplant. Base Soluções em substratos. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.basesubstratos.com.br/produtos/basaplant/citrus/sacola.php

Compostagem orgânica. C. P. Gibson. EMATER. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://comunidades.mda.gov.br/o/900147
http://74.125.45.104/search?q=cache:AoSkvz71GbEJ:
www.nead.gov.br/o/900147+Compostagem+org%C3%A2nica+Gibson.
+EMATER&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br

Substratos à base de casca de Pinus para produção de mudas. S. L. Campos; C.R.R. Silva. II Seminário Técnico-Científico Sobre Viveiros Florestais. Apresentação em PowerPoint: 32 slides. (2007)
http://www.asbraer.org.br/portal.cgi?flagweb=tpl_conteudo&id=355
http://www.ipef.br/eventos/2007/viveiros.asp

Instrução Normativa Nº 27
, de 05 de junho de 2006. Dispõe sobre fertilizantes, corretivos, inoculantes e biofertilizantes, para serem produzidos, importados ou comercializados, deverão atender aos limites estabelecidos nos Anexos I, II, III, IV e V desta Instrução Normativa no que se refere às concentrações máximas admitidas para agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem, animais e plantas, metais pesados tóxicos, pragas e ervas daninhas.
http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=16951


Artigos sobre compostos de casca de Pinus


Production and characterization of class “A” compost elaborated from biosolids and green waste. A. P. Castañeda-Alvarez; F. Gómez-Tovar; C. V.H. R. Carrera; J. D. F. Rivas; F. Alatriste-Mondragón. 1st IWA Mexico National Young Water Professionals Conference. (2008).
http://www.femisca.org.mx/IWA/docs/YWP-056.pdf

Características biológicas, competição e suscetibilidade a herbicidas de plantas daninhas presentes em substratos utilizados para a produção de mudas cítricas. A. S. Alves. 63 pp. Dissertação de Mestrado. USP. (2007)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-30112007-104726/

Avaliação de substratos na produção de mudas de Eucalyptus saligna em cultivo hidropônico e em laminados. C.G. Cavalheiro; O.S. Santos; J.C.V. Machado; P.S. Nascimento; B. Schwartz; A. Loreto. Informe Técnico CCR/UFSM. 8 pp. (2007)
http://coralx.ufsm.br/ccr/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=9&Itemid=84

Caracterização de substratos para produção de mudas de espécies florestais elaborados a partir de resíduos orgânicos. S. Maeda; R. A. Dedecek; R. B. Agostini; G.C. Andrade; H. D.Silva. Pesq. Flor. Bras. 54: 97-104. (2007)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/pesqflorest/pfb_54/PFB54_p97-104.pdf

Efeito de níveis de irrigação em substratos para a produção de mudas de ipê-roxo. D. Z. Sabonaro; J. A. Galbiatti. Scientia Forestalis 74:95-102. (2007)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr74/cap10.pdf

RESUMO: The effects of goat manure, sewage sludge and effective microorganisms on the composting of pine bark. L.T. Mupondi, P. N. S. Mnkeni; M.O. Brutsch. Compost Science & Utilization. 14(3):01-210. (2006)
http://www.jgpress.com/compostscience/archives/_free/001074.html

Terra vegetal e adubos orgânicos. SBRT/IBICT/CETEC. 5 pp. (2006)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt4103.pdf?PHPSESSID=df1748e2270c4c26c3a0579f49fe0d03

Substratos alternativos para produção de mudas de Eucalyptus badjensis, obtidos a partir de resíduos das indústrias madeireira e cervejeira e da caprinocultura. S. Maeda; G.C. Andrade; C.A. Ferreira; H.D. Silva; R.B. Agostini. Comunicado Técnico Embrapa Florestas nº 157. 5 pp. (2006)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/ComTec157.pdf

Casca de Pinus: avaliação da capacidade de retenção de água e fitotoxicidade. N.B. Machado Neto; C.C. Custódio; P.R. Carvalho; N.L. Yamamoto; C. Cacciolari. Colloquium agrariae 1(1): 19 - 24. (2005)
http://revistas.unoeste.br/revistas/ca/include/getdoc.php?id=110&article=47&mode=pdf

Processo de compostagem, partindo da matéria-prima: cascas de Pinus. G. L. Santos. Resposta Técnica CETEC. SENAI/IBICT. 3 pp. (2005)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt840.pdf?PHPSESSID=
43bb5e2c6861657c352b84f3acc12775


Caracterização física de substratos para a produção de mudas e porta-enxertos cítricos sob telado. M. Zanetti; C. Fernandes; J. O. Cazetta; J. E. Corá; D. Mattos Junior. Revista Laranja 24(2): 519-539. (2003)
http://revistalaranja.centrodecitricultura.br/2003/v24_n2/v24_n2_p519.pdf

Crescimento inicial de mudas de Eucalyptus grandis em função da relação C/N do substrato
. J. A. Bouchardet; R. L. V. A. Silveira; E. N. Higashi; F. Sgarbi; F. A. Ribeiro. Simpósio sobre Fertilização e Nutrição Florestal, IPEF. (1999)
http://www.rragroflorestal.com.br/divulgacao/pdf/simposio1.pdf

Utilização de resíduos agroindustriais no processo de compostagem. S. M. P. Malheiros; D. R. Paula Junior. 19º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. p. 1897-1905. (1997)
http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/abes97/agro.pdf

Compostagem de casca de pinho e sua utilização na produção de plantas florestais
. C. João; F. Gomes; C. C. Cameira; R. L. Pato. ESAC- CERNAS. Apresentação em PowerPoint:15 slides. (s/d)
http://www.esac.pt/Jornadas/Sessão%204/Compostagem%20
de%20Residuos%20Florestais.pdf


Growing media for container production in a greenhouse or nursery. Part I (Components and Mixes). J. A. Robbins; M. R. Evans. University of Arkansas. 4 pp. (s/d)
http://www.uaex.edu/Other_Areas/publications/PDF/FSA-6097.pdf

Disease suppression. Apresentação em PowerPoint: 14 slides. (Anônimo). (s/d)
http://www.ncsu.edu/project/hortsublab/pdf/Disease_Suppression.pdf

Composted biosolids for agronomic and horticultural crop production. J. E. Shelton; J. R. Joshi; P.D. Tate. North Carolina Division of Pollution Prevention and Environmental Assistance. 8 pp. (s/d)
http://www.p2pays.org/ref/12/11520.pdf

 

Cogumelos Comestíveis Associados aos Pinus

Já se conhece há bastante tempo a associação simbiótica entre os fungos ectomicorrízicos e os Pinus e outras árvores da família Pinaceae. Tal interação pode trazer inúmeros benefícios, principalmente no desenvolvimento das mudas e no estabelecimento de povoamentos em áreas novas e em locais onde os pinheiros são exóticos. Em muitas regiões de origem dos Pinus, essas vantagens que as micorrizas trazem às plantações florestais são consideradas pequenas frente ao produto de origem não madeireira que florestas de Pináceas podem proporcionar: os cogumelos comestíveis.

Os cogumelos comestíveis associados aos Pinus mais conhecidos e comercializados no mundo são os basidiomicetos conhecidos como “Pine mushrooms”, ou "cogumelos dos pinheiros". Pertencentes ao gênero Tricholoma, os “Pine mushrooms” de maior mercado são produzidos principalmente nas florestas de coníferas montanhosas do hemisfério norte e apresentam relação intrínseca com várias espécies de pinheiros. Essa associação é tão forte que caso o povoamento seja colhido, os cogumelos também desaparecem, retornando gradualmente com o retorno do reflorestamento.

De todos os cogumelos comestíveis associados aos Pinus, o que possui maior valor comercial e conseqüentemente é o mais conhecido é Tricholoma matsutake também chamado de “matsutake” ou “songi” em razão de sua origem asiática. A espécie comestível endêmica da América do Norte é T. magnivelare e é comumente chamada de “Matsutake americana”. Outras espécies comestíveis relacionadas são: T. bakamatsutake, T. quercicola, T. fulvocastaneum e T. robustum. Também existem alguns cogumelos comestíveis associados às Pináceas européias, pertencentes ao mesmo gênero, e conhecidos como espécies mediterrâneas, ou também a outros gêneros como os Boletus (B. edulis e B. aereus) e o Lactarius (L. deliciosus). Apesar das espécies americanas e européias se assemelharem em aroma e sabor à asiática, há diferenças na forma e tamanho, sendo, portanto, menos valorizadas no oriente.

O principal mercado dos matsutakes é o Japão, onde somente na década passada gerou faturamento de US$ 300 milhões, fazendo parte da cultura gastronômica daquele povo. Hoje, grande parte dos cogumelos que se consomem naquele país é importada da China, Coréia, Marrocos, Taiwan, Estados Unidos e Canadá. Os cogumelos matsutakes comercializados no Japão são classificados de acordo com seu tamanho, forma e cor. Os de maior qualidade são os totalmente brancos, grandes (maiores que 8 cm) e com o carpelo ainda bem fechado. Os cogumelos chineses provenientes da província de Gilli são considerados de maior qualidade e conseguem os melhores preços. Os matsutakes sul-coreanos são divididos em três classes, ao passo que os importados americanos chegam a ter até sete classificações. Isso em função do tamanho, cor, pureza, e é claro, do sabor.

De acordo com as condições das florestas de pinheiros, os corpos de frutificação aparecem anualmente nas estações de verão ao outono. Os cogumelos ficam acondicionados abaixo da camada de acículas e de matéria orgânica, sendo necessário treinamento para achá-los e coleta-los devidamente sem lhes causar danos.

Atualmente estão ocorrendo inúmeras pesquisas visando melhores tecnologias de armazenamento e conservação dos matsutakes a fim de que os produtos exportados cheguem a seu destino final no mesmo estado que embarcaram: frescos e sem danos. Estudos demonstraram que ambientes com atmosfera controlada e refrigerada são bastante eficientes na conservação, sendo as condições de armazenamento ideais as de baixas concentrações de oxigênio (2,5%), com gás carbônico não superior a 10%, umidade quase ao ponto de saturação (100%) e temperatura de 1°C. Na Coréia do Sul, logo após a colheita, os matsutakes já são refrigerados, e após limpeza e classificação, são acondicionados em canos PVC e já embarcam para o Japão para serem consumidos em menos de três dias. Em British Columbia, no Canadá, os cogumelos são coletados diariamente pelos povos indígenas de reservas nacionais e depois da retirada de impurezas, são exportados no mesmo dia. No México e Chile, já são comercializados e consumidos cogumelos ectomicorrízicos oriundos de povoamentos de Pinus tanto para o mercado interno como externo. No Chile, já existem inclusive projetos de micorrização com espécies de fungos comestíveis B. edulis e B. pinophilus em plantações de Pinus radiata, realizados pela INFOR (2005). O cogumelo exportado do gênero Boletus em 2005 podia conseguir até 4,80 euros/kg. Tanto as exportações como o consumo interno incrementam a renda das comunidades, ajudando na preservação dos povoamentos florestais e também no desenvolvimento da região através da geração de empregos diretos e indiretos no beneficiamento, na colheita e no transporte dos cogumelos.

Há outras duas formas de conservação desses fungos: uma é através do congelamento e a outra pela secagem. Nessa última os cogumelos são utilizados apenas para fins medicinais.

Nutricionalmente, os cogumelos do gênero Tricholoma são ricos em carboidratos, que representam 8,5% do corpo de frutificação. Destes carboidratos, a grande maioria está como fibras. São grandes fontes de proteínas e de vitaminas B1 e B2, assim como de ergosterol e outros compostos ditos bioativos como octen-3-ol e methyl cinamato.

Dentre as propriedades desses cogumelos, as medicinais também são muito importantes, já havendo pesquisas que as comprovam: ação anti-oxidante, anti-inflamatória, e anti-carcinogênica, ajudando a combater radicais livres na prevenção de doenças como o câncer. Também atuam contra inflamações urinárias, contra diabetes e pressão alta. São considerados alimentos sem gorduras, podendo ser largamente utilizados em dietas de emagrecimento. De todos os cogumelos associados às plantações de Pinus, não são muitos aqueles considerados comestíveis. Portanto, muito cuidado com os tóxicos. Um exemplo foi um levantamento de cogumelos realizado em povoamentos de Pinus pinaster em Portugal em 2004, onde 34% das espécies colhidas eram comestíveis, 21,3 % não comestíveis e 44,7% eram de comestibilidade (edibilidade) desconhecida. Nesse mesmo estudo Diaz e colaboradores observaram que a grande maioria dos cogumelos coletados eram ectomicorrízicos.

No Brasil, apesar da existência de fungos ectomicorrízicos associados às plantações de Pinus já ter sido comprovada, ainda faltam estudos de classificação e inventário das espécies existentes, bem como se esses podem ser consumidos na dieta alimentar. Mais uma vez, fica a recomendação de se ter muito cuidado. Em geral as pessoas práticas comentam, que quanto mais bonitos são os corpos de frutificação, mais perigosos são eles. Talvez por já terem comprovado por experiência própria.

Portanto, um dos grandes problemas existentes nos países onde os cogumelos comestíveis são encontrados em plantações ou povoamentos naturais de Pinus é o consumo de espécies tóxicas, confundidas com as comestíveis. Geralmente, os cogumelos de colorações muito vibrantes, ou os pretos ou mal cheirosos podem fazer mal a saúde humana. Um exemplo é a espécie Amanita muscaria, já presente no Brasil. Este cogumelo de belíssima aparência, possuindo coloração vermelha com pintas brancas é tóxico e não deve ser consumido.

As pessoas que se interessam por cogumelos e gostariam de saber mais sobre a associação deles com os pinheiros, assim como as características nutricionais e medicinais, conservação, colheita de espécies comestíveis e até mesmo fotos e receitas, acessem os sites indicados logo abaixo. Há inclusive algumas pesquisas e inventários sobre os cogumelos comestíveis associados às Pináceas no mundo, assim como as vantagens e benefícios que podem trazer para comunidades que os cultivam e consomem.


MushroomExpert.com. (Inglês)
Este website especializado na classificação e identificação taxonômica de cogumelos possui ainda algo muito interessante: há uma seção que relaciona todos os cogumelos associados existentes em florestas de árvores nativas norte-americanas. Isso inclui algumas espécies de Pinus, entre outras Pináceas. A webpage possui disponíveis alguns testes que podem ser feitos para a identificação da toxicidade de cogumelos, fotos e dicas. Acessem em:

http://www.mushroomexpert.com
http://www.mushroomexpert.com/trees (Fungos associados a espécies florestais)


Tricholoma matsutake. R. Sasata, Healing-mushrooms.net. (Inglês)
Essa página da internet possui descrição morfológica e de características históricas dos cogumelos dos Pinheiros. Ainda possui os seus sinônimos, nomes comuns, compostos bioquímicos e as principais propriedades medicinais já comprovadas em estudos científicos. Observem: Wikipedia. (Inglês)

http://healing-mushrooms.net/archives/tricholoma-matsutake.html

Tricholoma magnivelare. Wikipédia. (Inglês)
A enciclopédia gratuita Wikipédia possui as principais espécies do conhecido "Pine mushroom". Há a descrição e diferenciação de T. magnivelare, conhecido em seu local de origem (América do Norte) como "Ponderosa Mushroom" ou "American Matsutake". Já a espécie T. matsutake, é também chamado popularmente como "matsutake" ou "songi" de origem do leste asiático. Há uma breve descrição de sua rota de comercialização, que começa em British Columbia e segue de avião para a Ásia, onde são vendidos a preços extraordinários. Observem algumas características e regiões de origem do gênero Tricholoma, incluindo-se as principais espécies comestíveis e venenosa existentes.
http://en.wikipedia.org/wiki/Tricholoma_magnivelare (Tricholoma magnivelare)
http://en.wikipedia.org/wiki/Matsutake (Matsutake)
http://en.wikipedia.org/wiki/Pine_mushroom (Pine mushroom)
http://en.wikipedia.org/wiki/Tricholoma (Tricholoma sp.)


Matsiman.com. (Inglês)
Website informativo sobre "Pine mushrooms", abrangendo desde as informações básicas desses cogumelos até as principais técnicas de colheita eas características dos mercados mundiais para esse produto não madeireiro. O site proclama que todas as pessoas destinadas a levar conhecimento, educação, respeito e proteção aos cogumelos "matsutake" são consideradas "matsiman". Caso você tenha se identificado, percorra as publicações do site que abordam todos os tipos de temas ligados ao gênero desses cogumelos.

http://www.matsiman.com/(Home)
http://www.matsiman.com/formal_publications.htm(Publicações)
http://www.matsiman.com/matsiman.htm(Colheita)
http://www.matsiman.com/canadainfo/canadian_studies.htm (Artigos canadenses)

Pine-mushrooms.
(Inglês)
Website especializado em cogumelos que se desenvolvem sob as florestas de Pináceas em todo o mundo. A maior parte dos dados se referem ao cogumelo de pinheiros coreanos, mostrando o seu principal mercado no Japão; contudo, existem dados sobre os outros cogumelos produzidos na China, Canadá e Estados Unidos e que igualmente são exportados para o Japão. Vejam as principais formas de coleta e de armazenagem e também as principais características que esses cogumelos possuem.

http://www.koreanforest.com/pine/eng/story/geograph.html (Distribuição geográfica)
http://www.koreanforest.com/pine/eng/story/types.html (Tipos)
http://www.koreanforest.com/pine/eng/story/features.html (Características)
http://www.koreanforest.com/pine/eng/story/culti.html (Cultivo)

The Genus Tricholoma. M. Kuo. MushrommExpert.com. (Inglês)
Awebpage possui texto explicativo de algumas das principais características de espécies do gênero Tricholoma, havendo também as principais formas de diferenciação de algumas muito similares. O site possui a chave taxonômica do gênero para espécies americanas. Logo, pode-se diferenciá-los por algumas características morfológicas.

http://www.mushroomexpert.com/tricholoma.html

Cultivo de hongos comestibles micorrícicos. Actas de las Jornadas Life. Universitat de Lleida. Catalunya. Espanha. (1999)(Espanhol)
Excelente evento realizado na Espanha sobre o tema central de fungos comestíveis micorrízicos, com inúmeras apresentações.

http://labpatfor.udl.es/docs/jornadaslife.html


Artigos sobre cogumelos comestíveis em Pinus

Freno al saqueo de hongos. T.G. Crespo. Portal Forestal. (2008)
http://www.portalforestal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1893&Itemid=31

Mercado y comercialización de productos forestales no madereros en Chile. Caracterización comercial de los hongos. INFOR Chile. Acesso em 07/10/2008. (Espanhol)

http://www.infor.cl/webinfor/pw-sistemagestion/pfnm/mercado/txt/hongos.htm


Demonstração do papel dos macrofungos nas vertentes agronómica, económica e ambiental no nordeste transmontano. Aplicação à produção de plantas de castanheiro, pinheiro e carvalho. Resultados relativos a Pinus pinaster. M. Marrocos. Escola Superior Agrária de Bragança. Apresentação em Powerpoint: 43 slides. 4.75 MB. (2007)
http://www.centropinus.org/atecnicas2007/proj689.pdf

Demonstração do papel dos macrofungos na vertente agronómica,económica e ambiental no nordeste transmontano. Aplicação à produção de plantas de castanheiro (Castanea sativa), pinheiro (Pinus pinaster) e carvalho (Quercus pyrenaica). Resultados relativos a Pinus pinaster. R. Dias; M. Matos; D. Lopes; M. J. Sousa; P.Baptista; P. C. Rodrigues; A. Martins. 5 pp. (2007)
http://www.centropinus.org/atecnicas2007/anabelamartins.pdf

RESUMO: Difference in the volatile composition of pine-mushrooms (Tricholoma matsutake Sing.) according to their grades. I. H. Cho; C. Hyung-Kyoon; K. Young-Suk. Journal of Agricultural and Food Chemistry 54(13): 4820-4825. (2006)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=17885007

Principales hongos comestibles y no comestibles presentes em Chile. P. Chung. INFOR - Instituto Forestal. Bio Bio. (2005)
http://www.ctpf.cl/documentos/Guia_campo_hongos.pdf

Hongos micorrízicos comestibles em plantaciones forestales. J. Franco. INFOR Micorriza. Apresentação em PowerPoint: 24 slides. (2005)
http://www.infor.cl/centro_documentacion/documentos_digitales/hongos_micorricicos_comestibles.pdf

Short-term effects of seasonal prescribed burning on the ectomycorrhizal fungal community and fine root biomass in ponderosa pine stands in the Blue Mountains of Oregon. J.E. Smith; D. McKay; C.G. Niwa; W.G. Thies; G. Brenner; J.W. Spatafora. Can. J. For. Res. 34: 2477–2491. (2004)
http://www.matsiman.com/formalpubs/ectomycorrhizae_prescribed_fire.pdf

Productivity and diversity of morel mushrooms in healthy, burned, and insect-damaged forests of northeastern Oregon. D. Pilz; N. S. Weber; M. Carol Carter; C. G. Parks; R. Molina. Forest Ecology and Management 198: 367–386. (2004)

http://www.matsiman.com/formalpubs/Pilz%20et%20al%20Morels04.pdf

Ecological description and classification of some pine mushroom habitat in British Columbia
. A. M. Wiensczyk; S. M. Berch. B.C. Journal of Ecosystems and Management 1(2):1-7. (2001)
http://www.forrex.org/JEM/ISS14/vol1_no2_art5.pdf

Pine mushrooms and timber production in the cranberry timber supply area. G. Olivotto. Ovitto Timber. 16 pp. (1999)
http://www.for.gov.bc.ca/HFP/silstrat/pdffiles/prov-cranberry-pinemush.pdf

Pine mushroom habitat in Prince Rupert forest region
. Forest Service. British Columbia. Extention Note 34. 3 pp.(1999)
http://www.for.gov.bc.ca/rni/Research/Extension_notes/Enote34.pdf

An overview of pine mushrooms in the Skeena-Bulkley region. S. Gamiet; H. Ridenour; F. Philpot. 43 pp. (1998)
http://northwestinstitute.ca/downloads/mushroom_report_98.pdf

Management experiments for high-elevation agroforestry systems jointly producing matsutake mushrooms and high-quality timber in the Cascade Range of Southern Oregon. J. F. Weigand. United States Department of Agriculture. 48 pp. (1998)
http://www.fs.fed.us/pnw/pubs/gtr_424.pdf

RESUMO: Forest management of North American pine mushroom (Tricholoma magnivelare) in the Southern Cascade Range.
J. F. Weigand. (1997)
http://www.bio.net/bionet/mm/ag-forst/1998-September/011312.html

International trade in non-wood forest products: An overview. Mushrooms. FAO. (s/d)
http://www.fao.org/docrep/x5326e/x5326e05.htm#7.3.%20pine%20mushrooms


RESUMO: Effects of mushroom harvest technique on subsequent American matsutake production. D. L. Luoma; J. L. Eberhart; R. Abbott; A. Moore; M. P. Amaranthus; D. Pilz. (s/d)
http://www.matsiman.com/formalpubs/american_matsutake_production_ab.htm

Potencial de los productos forestales no madereros (PFNM) en los sistemas integrados de producción. G. Valdebenito. INFOR Chile. Apresentação enm PowerPoint: 32 slides. (s/d)

http://www.infor.cl/web_proyectos/web_seminario/documentos/presentaciones_sistemas_int/gerardo_valdebenito.pdf

Fotos do cogumelo Tricholoma matsutake
http://images.google.com.br/images?gbv=2&hl=pt-BR&q=
Tricholoma+matsutake&btnG=Pesquisar+imagens


Fotos do cogumelo Tricholoma magnivelare
http://images.google.com.br/images?gbv=2&hl=pt-BR&q=
Tricholoma+magnivelare&btnG=Pesquisar+imagens


Fotos do cogumelo Boletus edulis

http://images.google.com.br/images?gbv=2&hl=pt-BR&sa=X&oi=
spell&resnum=1&ct=result&cd=1&q=Boletus+edulis&spell=1

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

Produção de Sementes Geneticamente Melhoradas de Pinus


O emprego de tecnologias de melhoramento genético para pinheiros não é recente no Brasil. Segundo Tonello (s/d) é bem provável que Pinus elliottii e P. taeda tenham sido algumas das primeiras espécies florestais a serem melhoradas no país. Isso iniciou em meados dos anos 50, objetivando a melhor adaptação dos povoamentos às nossas condições edafo-climáticas e o aumento da produção de sementes para atender a crescente demanda de produção de mudas da época (Melhoramento..., s/d). Já no ano de 1967, iniciaram-se os primeiros projetos de melhoramento genético dessas essências florestais em larga escala, despertados pelo desenvolvimento das indústrias de papel e celulose, que necessitavam de matéria-prima de qualidade e viram a potencialidade dessas espécies exóticas. Isso tudo resultado principalmente pelo incentivo fiscal e tributário do governo federal para o reflorestamento. Tais medidas contribuíram para o avanço e concretização da silvicultura no Brasil, fazendo com que até hoje haja pesquisas visando a melhorar ainda mais as características da madeira e da árvore dos Pinus, de acordo com o seu uso e/ou produto final que deve ser gerado.

O objetivo geral do melhoramento genético é a modificação da herança genética de uma espécie de plantas a fim de que esta adquira as características buscadas pelo melhorista. Existem várias etapas que envolvem a produção de sementes e mudas de Pinus melhoradas geneticamente. Isso se consegue pela variabilidade genética existente em populações do gênero, permitindo cruzamentos controlados para a obtenção de novos genótipos melhorados (cruzamentos inter e intra-específicos). O melhoramento é obtido pela recombinação da variabilidade genética existente em e entre populações do gênero, através de cruzamentos ou biotecnologia, obtendo-se novas variedades ou "genomas melhorados". Existem várias etapas que envolvem a produção de sementes e mudas de Pinus melhoradas geneticamente. As mais básicas se relacionam à produtividade florestal, resistência a pragas e doenças, forma das árvores, uso de nutrientes, adaptação ao clima, etc. Para os Pinus, nativos do hemisfério norte, as principais melhorias atualmente buscadas nos programas de melhoramento genético no Brasil são: melhor qualidade da madeira para a indústrias de papel e celulose e para serraria e movelaria; na quantidade e qualidade de resina gerada no processo de resinagem e nos rendimentos florestal e industrial (Tonello, s/d). A mesma autora aponta que em P. elliottii se priorizam melhorias para serraria, celulose, papel e resina e em P. taeda para serraria e indústrias de celulose e papel. Ambas espécies continuam sendo as mais utilizadas no melhoramento, acrescentado-se mais uma espécie de pinheiro tropical, P. caribaea e suas três variedades (hondurensis, caribaea e bahamensis), visando à melhor adaptabilidade e produção para reflorestamentos nas regiões mais quentes (Tonello, s/d).

Segundo Ambiente Brasil (2008), das oito espécies florestais do mundo mais visadas para o melhoramento genético, três são pinheiros: P. taeda, P. caribaea var. hondurensis e Pinus radiata.

Atualmente, a escolha e conservação do material genético na produção de mudas de espécies florestais já faz parte dos processos de produção ("know how") do viveiro (Zani Filho, 2007). Assim, esse artigo técnico visa mostrar ao público interessado as principais tecnologias utilizadas atualmente na busca de sementes de Pinus melhoradas geneticamente. Algumas vantagens e desvantagens dessas técnicas também são abordadas, assim como algumas pesquisas que foram realizadas com espécies de pinheiros no Brasil e em outras partes do mundo.

Vantagens do Melhoramento Genético

Os avanços genéticos adquiridos nos povoamentos brasileiros de Pinus ao longo de 30 anos de pesquisa praticamente dobraram seu rendimento, quando comparado com as primeiras árvores aqui plantadas. Hoje, é possível produzir madeira de Pinus em regiões onde antes não era possível, superando-se adversidades ambientais como altas ou baixas temperaturas, falta de água, solos inférteis, geadas, sem falar na superação de fatores bióticos desfavoráveis como pragas e doenças. Tudo isso contribuiu para que hoje os Pinus sejam um dos gêneros mais reflorestados no Brasil e no mundo, ajudando a aumentar a quantidade de madeira de qualidade no mercado. Hoje a demanda de madeira de Pinus é maior do que a oferta. Com certeza, o melhoramento genético será uma forma de ajudar a suprir essa necessidade (ABRAF, 2005). doble space (tirar no texto acima)

Técnicas de Melhoramento de Pinus

Existem vários métodos de obtenção de populações ou plantas de Pinus melhoradas geneticamente. Através dessas técnicas se consegue obter povoamentos com características mais próximas ao ideal, sendo as sementes melhoradas fatores de alta relevância para a função desejada na silvicultura. Assim, as técnicas de melhoramento, além do aumento da qualidade das sementes, agregam maior valor a esse produto, trazendo vantagens também para quem as produz. A seguir serão apresentados alguns desses métodos de melhoramento, bem como exemplos de pesquisas já realizadas.

1. Seleção Massal

Este método de melhoramento se baseia nas características observadas em umapopulação base disponível, na qual se objetiva a escolha dos melhores indivíduos, com as características desejadas. Desses indivíduos são coletadas as sementes para compor novos povoamentos. As árvores selecionadas para a produção de sementes são no máximo 10 a 20% da população que se dispõe. É bastante empregado para o melhoramento de Pinus, justamente por ser considerado de fácil utilização, rapidez, baixo custo e praticidade; contudo, pode mascarar algumas características indesejadas devido à influência do ambiente que não é controlada. O método é bastante utilizado para fases iniciais de projetos de melhoramento, estabelecendo-se as áreas de coletas de sementes (ACS) ou áreas de produção de sementes (APS) (IPEF, s/d).

Em 1980, Shimizu selecionou, na proporção de uma muda selecionada entre 3500 mudas, de P. elliottii var. elliottii com características superiores (altura e rigidez do caule). O autor visou à observação do crescimento das mudas precocemente selecionadas, comparando-as às outras. Após cinco anos, os principais resultados encontrados foram: a seleção precoce acrescentou ganhos de 17,5 % no DAP, de 8,7% em altura e de 49,9% em volume das mudas superiores, quando comparadas com as testemunhas. Logo, concluiu que a seleção fenotípica já nos estádios iniciais de desenvolvimento da espécie permite ganhos no estabelecimento de populações para futuros programas de melhoramento florestal.

Como esse nosso mini-artigo não tem a pretensão de ser um tratado científico sobre melhoramento florestal de pinheiros, vamos ser práticos, começando por definições importantes para a produção de sementes melhoradas dessas árvores. Começaremos introduzindo-os sobre os conceitos de: Área de Coleta de Sementes (ACS); Área de Produção de Sementes (APS); Pomar de Sementes por Muda (PSM) e Pomar de Sementes Clonal (PSC).

1.1 Área de Coleta (ou Colheita) de Sementes (ACS)

Para se criar uma área ACS, primeiramente a escolha das árvores matrizes deve ser efetuada, selecionando-se árvores ditas superiores com relação às outras do mesmo povoamento, o qual pode ser tanto natural como implantado. Não há a retirada das outras árvores do povoamento, permitindo que essas cruzem com as matrizes. Segundo Leonhardt (s/d), a árvore a ser escolhida deve apresentar bom desenvolvimento de copa a fim de proporcionar abundante florescimento e posterior produção de cones e sementes (IPEF, s/d).

Na área de coleta ou colheita de sementes são selecionadas matrizes apenas para a coleta de sementes, ou seja, a seleção é feita em apenas um dos sexos envolvidos na reprodução cruzada (quando for o caso), ou seja, o feminino, o qual fornece as sementes. Deve-se evitar a escolha de árvores isoladas devido ao alto índice de auto-fecundação que estarão sujeitas (Leonhardt, s/d). A pressão de seleção é considerada baixa, escolhendo-se uma árvore em 10 (REMADE, 2005). Isso faz com que os ganhos genéticos na progênie também sejam limitados. Esse método de obtenção de sementes melhoradas é mais indicado para características de alta herdabilidade, como retidão de tronco e volume de madeira (IPEF, s/d). Efetuar a colheita das sementes nas épocas de maturação dos cones: para P. elliottii nas regiões sul, isso ocorre geralmente em fevereiro; ao passo que para P. oocarpa e P. kesiya a maturação se dá de abril a outubro no estado de São Paulo (Leonhardt, s/d).

No final dos anos 70, a Rigesa, que havia importado sementes de P. taeda dos Estados Unidos, implantou áreas de coletas de sementes dessa espécie, iniciando assim o seu programa de melhoramento para essa espécie no sul do Brasil. Os ganhos médios em incremento nos povoamentos passaram de 32 ton/ha.ano naqueles de sementes importadas para 38 ton/ha.ano nas ACS próprias (Rigesa, 2006).

1.2 Área de Produção de Sementes (APS)

Nas APS, ao contrário das ACS, há seleção das melhores árvores visando ambos os sexos para o melhoramento da característica desejada. Esse método é mais empregado em reflorestamentos já estabelecidos com áreas superiores a 30 ha e onde não haja povoamentos próximos para evitar cruzamentos indesejados (Rigesa, 2006; Pires, 2008). Há a seleção de 10 a 20 % das melhores árvores, isto significa: com retidão de caule, boa copa, desenvolvimento superior, boa altura e disposição de ramos, entre outros. Após a escolha de 100 a 200 árvores por hectare, o restante do povoamento é eliminado de forma gradual para evitar que as árvores matrizes sejam danificadas pelos desbastes. Em APS com seleção de 1:10, os ganhos podem ser estimados em até 10% devido à seleção para ambos os sexos. Logo, as árvores matrizes cruzarão entre si dobrando o índice de ganho genético em relação às ACS (IPEF, s/d). Nas APS, após a seleção, métodos de manejos florestais como irrigação, adubação e combate a pragas e doenças podem ser empregados a fim de obter a melhor produção de sementes possível. Segundo Pires (2008), a colheita dessas sementes deve ser feita de forma administrada e organizada, garantido sua qualidade fisiológica e superioridade. Muitas empresas adotam essa forma de produção de sementes melhoradas geneticamente. Exemplos práticos conhecidos são os da Faber-Castell, Clontech e Rigesa que iniciaram seus programas de melhoramento através da escolha de suas melhores árvores de Pinus para produção de sementes. Segundo Correio Lageano (2008) as APS são ainda hoje as principais fornecedoras de sementes melhoradas de pinheiros no Brasil.

O inicio do programa de melhoramento da cooperativa industrial de melhoramento florestal da Universidade da Carolina do Norte (USA) com P. taeda se deu pela escolha de 3.000 árvores de povoamentos nativos com características superiores, através de avaliações fenotípicas (Clontech, 2008).

Tanto nas APS como nas ACS, as sementes coletadas são misturadas sem que ocorram testes de progênie para o estabelecimento da próxima geração (IPEF, s/d; Pires, 2008).

2. Seleção Genotípica

A seleção genotípica se baseia na escolha das matrizes através das características de sua progênie, ou seja, na capacidade do parental transmitir aos descendentes bons genes que resultam em bom fenótipo. Avalia a capacidade da planta de produzir uma boa progênie, excluindo-se os efeitos ambientais pelo uso deensaios repetidos em distintos locais. Tal medida confere maior exatidão e eficiência no melhoramento, havendo um ganho genético bem mais elevado, apesar de tomar também bem mais tempo. Isso porque a seleção aplicada nesse princípio é superior a 1:5.000 indivíduos. A seleção genotípica pode ser empregada tanto em Pomar de Sementes por Mudas (PSM) como em Pomar de Sementes Clonal (PSC). (IPEF, s/d, Pires, 2008).

Os primeiros testes de progênie para Pinus iniciados no país datam de 1970, havendo a reintrodução de germoplasmas de bases genéticas apropriadas para a produção de sementes melhoradas geneticamente (Melhoramento... s/d).

2.1 Pomar de Sementes por Mudas (PSM)

Os PSM possuem avaliações das famílias, onde as matrizes são testadas geneticamente de acordo com “testes de progênie” (Pires, 2008). São plantações superiores, onde se obtémas sementes através de polinizações controladas ou por polinizações livres.

As plantas são divididas de acordo com as famílias previamente conhecidas, estimando-se ganhos de parâmetros genéticos. Após os testes de progênie, as sementes das plantas superiores são manejadas, plantando suas mudasem delineamentos pré-desenhados, obtendo-se os pomares de sementes por mudas de polinização aberta, onde a disseminação do pólen dá-se de forma livre e ocorre a formação de meio-irmãos (IPEF, s/d; Rigesa, 2006). Os indivíduos de qualidade inferior nos testes de progênie são eliminados, havendo cruzamentos apenas entre as melhores árvores. Já no caso dos pomares de mudas de polinização controlada, há a seleção de ambos os sexos. A planta mãe é isolada efetuando-se a polinização desejada com o pólen da planta pai escolhida e gerando irmãos-germanos (Rigesa, 2006).

Os pomares de sementes por mudas podem ser mais facilmente obtidos a partir das próprias áreas dos testes de progênie. Basta o adequado planejamento da instalação do teste de progênie, para ao se terem os resultados, se proceder à eliminação das piores famílias e indivíduos, que foram mostrados como indesejáveis pelos próprios testes de progênie (Higa, 1978).

Para todos os tipos de PSM, a intensidade de seleção é bastante elevada (1:5.000) devido ao alto grau de seleção de progêncies (IPEF, s/d; Pires, 2008).

O pomar de sementes por mudas é empregado quando as características dos pomares são possíveis de serem observadas quando ainda jovem, havendo florescimento precoce e/ou pela dificuldade da propagação vegetativa (Pires, 2008; REMADE, 2005).


O principal problema dos PSM é o cruzamento entre plantas aparentadas na polinização aberta. Comparando-se com o método da enxertia dos PSC - Pomar Sementes Clonal, o período de início de floração do PSM é considerado demorado (REMADE, 2005).

Em 1999, Shimizu e Spir realizaram testes de progênie de P. elliottii instalados em Colombo, PR, no ano de 1983, selecionando famílias de meio irmãos para produção de resina. Objetivam obter os valores genéticos das respectivas famílias avaliadas para a devida função (resinagem). Com os critérios de herdabilidade das famílias em 55%, nas famílias (21%) e individual (25%), optou-se pela seleção de três indivíduos superiores por família de maior produção de resina. Logo, selecionaram-se 36 indivíduos, que resultou em ganhos genéticos de 61,23% na sua progênie com relação a média da população testada. Os autores relatam que tais dados podem estar superestimados devido à manipulação ambiental que não foi avaliada nos experimentos.

Mendes (1983) realizou teste de progênie com 18 plantas de 4 anos de Pinus taeda mais duas testemunhas cujas sementes eram originárias de matrizes dos Estados Unidos (estados da Carolina do Norte, Flórida e Louisiana). Os testes se sucederam em Telêmaco Borba, noParaná, e buscando-se a adaptabilidade das árvores às novas condições ambientais. Apesar de preliminares, os testes mostraram que as árvores provenientes das sementes geradas em latitudes baixas foram as que apresentaram melhor adaptação às condições brasileiras.

Missio et al., (2004) realizaram testes em 119 progênies para a seleção de indivíduos superiores de P. caribaea var. bahamensis em várias características simultâneas (diâmetro na altura do peito, altura, volume e forma do fuste). O experimento registrou variabilidade genética entre os indivíduos e também que a seleção de várias características (seleção dita indireta) apresentou maiores vantagens quando comparadaà seleção direta de apenas uma das características. Isso evidencia o potencial das progênies superiores para o estabelecimento de um pomar de sementes por mudas e posterior obtenção de pomar clonal de sementes através desse material.

Ettori et al., (2004) avaliaram as características de DAP, altura, retidão de fuste e número e diâmetro de ramos de procedências e progênies de P. maximinoi em Angatuba, SP. Os testes realizados aos 11 anos evidenciaram avariabilidade existente nas progênies em todos os caracteres avaliados, indicando a potencialidade para desenvolvimento de programas de melhoramento genético. Já as procedências apresentaram alta variação apenas na altura. Todas as árvores testadas possuíam características para serem recomendadas para plantios comerciais na região, pois se desenvolveram tão bem quanto a espécie testemunha (P. oocarpa). Os autores observaram que o DAP foi a característica que apresentou maior ganho genético entre as progênies, que foi de 8,4 % até a época dos testes.


2.2 Pomar de Sementes Clonal ou Pomar Clonal de Sementes (PSC/PCS)

Segundo IPEF (s/d) e Pires (2008) um pomar de sementes clonal é formado a partir da propagação vegetativa (estaquia, mini-estaquia ou enxertia) de plantas geneticamente superiores depois de ter a progênie devidamente avaliada. O pomar de sementes clonal possui manejo adequado como espaçamento, adubação e irrigação ideais para a maior produção de sementes possível. Os indivíduos a serem clonados sofrem alta pressão de seleção (acima de 1:5.000), conhecendo as suas principais características de madeira, sanidadee desenvolvimento (Pires, 2008). Da mesma forma que as APS e os PSM, os clones superiores são selecionados e os inferiores descartados. A densidade e disposição dos clones deve ser feita de forma a favorecer o cruzamento entre clones distintos. Programas de obtenção de pomares de sementes clonais de espécies de Pinus vêm sendo priorizados e realizados em várias regiões do mundo, inclusive o Brasil. Isso por apresentarem grandes vantagens tais como: precocidade - quando há a realização de clones por enxertia; alta intensidade de seleção, que permite melhoramento mais eficiente devido ao rigor de seleção; baixos índices de acasalamento entre clones parentes; clones com suas características anteriormente conhecidas, sabendo-se, portanto, o valor genético (IPEF, s/d; REMADE, 2005; Pires, 2008).

Para o estabelecimento de um pomar de sementes clonal são necessários de 100 a 200 ha de clones para posterior seleção de 100 a 200 indivíduos. Tal pomar é dito de primeira geração. Conforme vai-se cruzando e conhecendo as progênies, podem-se estabelecer pomares clonais de sementes de segunda e de terceira gerações, valendo-se das mesmas técnicas do PSC de primeira geração: testes de progênies, obtenção dos melhores indivíduos, obtenção de clones, testes, desbastes genéticos e cruzamentos entre indivíduos restantes.

Cabe lembrar que os clones de um mesmo pomar nunca devem ser aparentados, evitando assim cruzamentos indesejados (Cruz, 2006).


No Brasil, os primeiros relatos de implantação de PCS foram no final da década de 60 (Melhoramento...s/d). Conhece-se que a empresa Rigesa obteve seus primeiros ganhos com seus pomares de sementes clonais de P. taeda a partir de 1984, quando as áreas produzidas dessas sementes incrementaram em média 3,6 ton/ha.ano em relação à produção das áreas provenientes de melhoramentos em ACS (Rigesa, 2006). Geralmente, a obtenção de PCS é objetivo do melhoramento após as ACS, APS e PSM. Atualmente, já existem algumas empresas como a Klabin, a Rigesa, a Arborgen, a Faber-Castell, a Clontech, entre outras no Brasil, produzindo clones de suas melhores árvores para reflorestamentos ou também para produção e venda de sementes (IPEF, 2003; Cenibra, 2006; Clontech, 2008; Faber-Castell, 2008; Radar..., 2008; Correio Lageano, 2008).

Segundo Higashi e Silveira (2008) os clones de Pinus podem ser obtidos através da técnica da mini-estaquia (minicepas). Tal técnica retira o ápice caulinar das plantas matrizes. Após, as minicepas são cultivadas em camaleões com areia e espuma fenólica em ambiente protegido e controlado para o enraizamento através da aplicação de reguladores de crescimento, formando assim os chamados jardins clonais.

Outra técnica de obtenção de clones é através da embriogênese somática que ocorre pela multiplicação de embriões somáticos. O embrião é idêntico à planta mãe, ocorrendo a multiplicação desse em vários indivíduos, e, através de propagação vegetativa em meio de cultura adequado, se consegue a obtenção de plântulas. Essas são então aclimatadas às condições ambientais e assim passam para o campo (Rigesa, 2007). Outra forma de produzir clones dos Pinus é através da enxertia, que consiste na retirada do ápice do ramo de muda jovem com as características desejadas (enxerto) e implantação em um porta-enxerto de espécie e idade compatível (Cruz, 2006).

Cancela (2007) comparou a produção de sementes e cones dos clones de P. taeda de um PSC e das matrizes de uma APS. Os clones produziram maior quantidade de pinhas nos dois anos avaliados. O tamanho das sementes geradas pelo PSC também mostrou-se superior, assim como o número de sementes por 1000 gramas. Apesar disso, o tamanho dessas não afetou a germinação e o desenvolvimento da muda em casa de vegetação nem a campo. Testes entre famílias (clones e matrizes) foram realizados, mostrando distintas taxas de germinação e de vigor no desenvolvimento a campo de mudas.

Após a obtenção das primeiras mudas clonais feitas em P. taeda pela Cooperativa da Carolina do Norte (NCSU - Industry Cooperative Tree Improvement Program), estas foram estabelecidas em PSC e conforme o desenvolvimento, 20 genitores foram desbastados de cada 30 a 40 clones existentes na área. Dos indivíduos superiores restantes dos primeiros pomares clonais de P. taeda obtidos pela Cooperativa da Carolina do Norte, realizaram-se novos testes de progênie, selecionando no final 2000 árvores para compor o pomar clonal de segunda geração. A partir de 1980, esse já fornecia sementes em quantidade e qualidade para grande parte dos reflorestamentos dos Estados Unidos. As principais características visadas para o melhoramento da segunda geração do pomar clonal de sementes foram o aumento do DAP, da retidão do fuste e da resistência à ferrugem fusiforme. As sementes desse pomar clonal são obtidas através da polinização massal controlada (PMC) ou através dos cruzamentos controlados de plantas enxertadas. Estimam-se ganhos genéticos de 40 % na obtenção de sementes desses meio irmãos através da polinização controlada (Clontech, 2008).

Em 2003, a empresa Rigesa estabeleceu PSC de segunda geração de P. taeda para efetuar cruzamentos de polinização aberta ou através da polinização massal controlada. O pomar de sementes clonais de 1,5ª geração da mesma empresa possui sete hectares e as plantas foram obtidas através de enxertias de 39 genomas realizadas entre 1978 e 1981. Pomares clonais de 1,5ª geração são formados em conseqüência de um desbaste de pomares de sementes clonais de 1ª geração, após se terem os resultados dos testes de progênie, removendo-se os piores indivíduos e piores famílias. (Higa, 1978). O novo pomar de 2ª geração da Rigesa conduziu a incremento médio anual de 54 ton/ha.ano. As principais características em melhoramento dessas árvores foram: aumento do volume, diminuição de “fox tail” e de troncos deformados e/ou bifurcados, diminuição de quebra do topo da árvore, diâmetro de galhos reduzido e presença de desrama natural (Rigesa, 2006).

Em Portugal, projetos de melhoramento de Pinus pinaster (pinheiro bravo) desenvolvidos pelo Centro Pinus já vêm sendo realizados há bastante tempo, já entrando em testes os pomares de terceira geração de clones através do Projecto Agro 477 (Projecto...s/d). O estabelecimento dos primeiros pomares de sementes clonais desse pinheiro (primeira geração) tinha objetivo de ganhos genéticos de 21 % em volume e de 17% na retidão do tronco pela livre polinização de indivíduos geneticamente superiores (Centro Pinus, s/d).

Em um pomar clonal de primeira geração de P. oocarpa, 33 das 200 matrizes remanescentes apresentavam algumas características fenotípicas distintas, mostrando semelhanças com P. patula. Tal diferença levou à implantação de estudo avaliando fenotipicamente esses clones através da forma de suas acículas. A pesquisa mostrou-se relevante pelo fato da continuidade do programa de melhoramento da área. As observações mostraram que quatro representantes pertenciam a P. patula, nove eram típicos P. oocarpa e o restante eram variantes de P. oocarpa. Os dados permitiram a divisão do material para prosseguir nas etapas de melhoramento genético (UFLA, 1996).



Certificação e Legislações


Segundo Higa e Silva (2007), a produção de mudas e sementes de qualidade no Brasil é regida principalmente pela Lei 10.711 de 05/08/2003 e pelo Decreto 5.153 de 23/07/2004. Tanto a lei como o decreto abrangem as metodologias de produção de sementes, diferenciando mudas certificadas das não certificadas e também dividindo em categorias de sementes e mudas, assim como as principais normas e padrões de qualidade de mudas florestais a serem seguidos (Pires, 2008). Logo, a lei rege como as sementes de espécies exóticas, incluindo os Pinus, e nativas devem ser produzidas, comercializadas e utilizadas em todo o território nacional. Para cumprimento da lei e decreto criou-se a PORTARIA Nº 265 (24 de maio de 2005), onde estabeleceram-se comissões técnicas para propor normas sobre a produção e comercialização de sementes de qualidade, bem como a fiscalização.

Para a obtenção de qualidade genética das sementes em processo de certificação há a necessidade de seguir as quatro categorias estabelecidas pela legislação referente ao material reprodutivo utilizado (Higa, 2005; Embrapa, 2008):

Sementes identificadas: sementes e mudas contendo procedência e havendo o nome da espécie das sementes comercializadas (especialmente válido para ACS). Tal medida garante que a venda dessas sementes seja controlada, mas não leva à certificação;

Sementes selecionadas:
é a categoria das sementes também oriundas de ACS, mas que tiveram alguma característica genética melhorada a partir de árvores matrizes. As condições ecológicas da área e o critério de melhoramento devem ser informados para a venda. Esse processo é considerado o primeiro passo para a certificação das sementes;

Sementes qualificadas:
Categoria abrangendo APS, PSM e PSC, onde há cruzamentos controlados e a intensidade de seleção é superior quando comparado à categoria anterior. Para ser comercializado, o material pertencente a essa categoria deve ter seus critérios de seleção informados.

Sementes testadas:
A categoria abrange materiais de PSC e PSM submetidos a testes genéticos de sua progênie autorizados pelas certificadoras para a região microclimática em que serão destinadas antes de sua liberação (Higa e Silva, 2007).

De acordo com a legislação, não apenas o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) poderá fiscalizar e certificar a qualidade e categorias das sementes, mas também outras entidades certificadoras devidamente habilitadas e registradas para tal função (Higa, 2005). Esse mesmo autor aponta que muitas normas complementaresà lei que deveriam estar apontando medidas de produção, comercialização, beneficiamento e fiscalização de sementes nos estados; contudo, ainda não estão padronizadas, faltando critérios específicos para a produção e comercialização.

Segundo Leonhardt (s/d), em São Paulo, as normas para fiscalização de sementes comercializadas recomendam a clara definição da procedência das sementes (controle de origem) que são divididas em quatro categorias: ACS, APS, PSC e PSM. O CESM/SP (Comissões Estaduais de Sementes e Mudas) é o órgão governamental responsável pela aprovação e homologação das normas nesse estado e onde os produtores de sementes e mudas da região devem ser registrados. Cabe ainda lembrar que as normas diferem de uma região para a outra, devendo-se estar ciente das de seu estado e município.

Segundo Pires (2008) há instituições normativas sendo publicadas a partir de agora no Diário Oficial da União para a inscrição de novas cultivares e proteção de cultivares através de relatórios e de formulários técnicos devidamente preenchidos para espécies florestais. O mesmo autor aponta a Lei 9.456de 25/04/1997 e o Decreto 2.366 de 5/11/1997 para a proteção de cultivares. A lei que rege os assuntos ligados a biossegurança e a liberação de pesquisas para organismos geneticamente modificados (OGM) é Lei 11.105 de 24/03/2005, juntamente com o Decreto 5.591 de 22/11/2005.


Considerações Finais

O melhoramento genético é considerando uma importante alternativa para a solução de problemas e para a otimização na produção de Pinus em todas as partes do mundo onde é cultivado, havendo uma forte tendência para o aumento de pesquisas sobre o assunto para o futuro.

O Pinus, por ser uma árvore de versátil utilização e de grande importância econômica, tem seus programas de melhoramento genético incentivados pelos órgãos públicos e privados que possuem interesses na melhoria das características das espécies do gênero (Pires, 2008). O melhoramento genético de sementes de Pinus, assim como o avanço nas tecnologias de sua produção, trazem grandes vantagens para a silvicultura, gerando produtos finais de melhor qualidade e em maior quantidade, e com menores custos de produção. A produção de sementes de Pinus melhoradas também gera lucros aos produtores por agregar maior valor ao produto comercializado, como é o caso das sementes certificadas. Essas são garantia de qualidade desse produto, dando mais segurança ao comprador (Higa, 2005).

O avanço das tecnologias de melhoramento florestal está cada vez mais alavancado às altas produtividade alcançadas pelos clones, bem como na aceleração dos ganhos genéticos que podem ser obtidos. Contudo, devem-se adotar cuidados ambientais nessas plantações, assim como avançar nas pesquisas relacionadas à esse assunto (Ambientebrasil, 2008).

Novas técnicas de melhoramento, conciliadas com o uso da biotecnologia, estão diminuindo o tempo para a obtenção de resultados, tornado a seleção cada vez mais precoce eeficiente e minimizando o fator tempo através do uso de marcadores moleculares enzimáticos (Pires, 2008). Tais tecnologias ainda são considerados de alto custo; contudo, já estão acessíveis em universidades e órgãos de pesquisa públicos e privados no Brasil.

Enfim, há definitivamente muita movimentação em pesquisas e inovações frente às inúmeras novas oportunidades para o melhoramento genético, inclusive envolvendo engenharia genética para espécies florestais. Essa atividade toda com certeza resultará em novos ganhos para as florestas plantadas, novas legislações e maiores chances de se ter uma silvicultura de ainda maiores produtividades e qualidades. Resta ainda não esquecer os aspectos ambientais e sociais, nesse contexto.


Referências Bibliográficas


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