Caso não esteja visualizando este e-mail corretamente clique AQUI


Editorial

Caros amigos interessados pelos Pinus,

Estamos lhes trazendo a Vigésima Edição da nossa PinusLetter. Mais uma vez, nos esforçamos para lhes oferecer temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para leitura. Nessa edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e de outras Coníferas, sobre os benefícios que essas árvores e florestas geram à Sociedade, bem como relacionar isso tudo à preservação dos recursos naturais, à ecoeficiência e à sustentabilidade das plantações florestais. Esperamos que os assuntos escolhidos sejam de seu interesse e agrado.

Em "As Coníferas Ibero-Americanas", destacamos agora as principais características da espécie Pinus pinaster, conífera nativa do Hemisfério Norte, mais precisamente da região mediterrânea da Europa e norte da África. Também conhecido como pinheiro bravo ou pinheiro marítimo, esse Pinus apresenta elevada importância nos países onde é endêmico, tendo sua madeira como principal matéria-prima para diversos fins. No Brasil, Pinus pinaster não apresenta relevância econômica, apesar de já terem sido desenvolvidos alguns estudos experimentais com a espécie no passado. Entretanto, em Portugal e Espanha é de excepcional importância econômica, ambiental e social.

Nessa edição, estamos iniciando uma série de artigos sobre o "papelão ondulado". Devido à vasta quantidade de informações que esse tema oportuniza, o texto informativo dessa edição aborda: definições dos papelões ondulados, tipos, reciclagem, benefícios, histórico e mercados. Haverá outras edições da PinusLetter trazendo mais conhecimentos sobre esse importante produto de base florestal que se fundamenta no uso das fibras longas (virgens ou recicladas) das celuloses kraft de Pinus para sua fabricação.

Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados e materiais dos cursos e eventos referenciados. Especificamente nessa edição, os Pinus-Links que lhes trazemos são os de websites de algumas empresas brasileiras produtoras de papelão ondulado. Com isso, lhes oferecemos mais um pouco de conhecimentos sobre a fabricação e o mercado do papelão ondulado e vocês ainda podem encontrar figuras, artigos e outras informações sobre esse produto de vital importância para a nossa sociedade.

A seção "Referências Técnicas da Literatura Virtual" destaca novamente "Teses e Dissertações de Universidades". A Universidade homenageada nesta edição é a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Essa tradicional instituição de ensino e pesquisa tem tido papel muito importante por colaborar com o desenvolvimento do setor florestal brasileiro através da formação de profissionais de qualidade ligados à área e também pela elaboração de pesquisas buscando a solução de problemas do setor e visando a desenvolver novas tecnologias florestais.

Como tema do "Mini-Artigo Técnico" dessa edição trazemos um relato sobre briquetes e péletes de madeira para a produção de energia. Confiram o que são, como produzir, as principais propriedades, matérias-primas, benefícios e artigos que abordam o tema e que são relacionados aos Pinus.

Aos Patrocinadores e aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento pela oportunidade, incentivo e ajuda para que possamos levar ao público alvo, que cada vez é maior, muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas que são as dos Pinus e também de algumas outras coníferas de importância para as regiões que pretendemos abranger com essa nossa publicação digital.

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias qualidades do gênero Pinus para as plantações florestais no Brasil, América Latina e Península Ibérica, levando sempre mais conhecimentos também sobre os produtos derivados dos mesmos para a Sociedade e sobre a preservação dos recursos naturais e a Sustentabilidade.


Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:

ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

KSH - CRA Engenharia Ltda (http://www.ksh.ca/en/)

e a todos os muitos Apoiadores da PinusLetter, que voluntariamente colaboram para que esse informativo possa chegar a vocês mensalmente ao longo desse ano de 2009:
http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter_apoio.html

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

As Coníferas Ibero-Americanas: Pinheiro Bravo (Pinus pinaster)

Papelão Ondulado. Parte 1 - Definições, histórico, benefícios, reciclagem e mercados

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) - Instituto de Florestas (IF)

Referências de Eventos e de Cursos

Pinus-Links

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
Briquetes e Péletes de Madeira de Pinus para Geração de Energia

As Coníferas Ibero-Americanas

Pinheiro Bravo (Pinus pinaster)

O pinheiro bravo ou pinheiro marítimo (Pinus pinaster) é endêmico do Sudeste da Europa e Norte da África. Essa Pinácea possui ampla distribuição, sendo comumente encontrada nas regiões que margeiam o Mar Mediterrâneo e em regiões litorâneas da Península Ibérica banhadas pelo Oceano Atlântico. Os principais países de abrangência de P. pinaster são Portugal, França, Itália, Espanha, Marrocos, Argélia e Tunísia. A distribuição geográfica do pinheiro também o divide em duas sub-espécies: a atlântica - pinheiros oriundos do norte de Portugal, nordeste espanhol e sudoeste francês; e a mediterrânea - englobando os pinheiros de todas outras regiões (Wikipédia, 2009; Agrobyte, 1997).

Em sua região de origem, P. pinaster tem como seu principal produto florestal a utilização da sua madeira para diversos fins como serraria, carpintaria, marcenaria, construção auxiliar e naval, confecção de mobiliários, chapas, embalagens, combustível e fibras de celulose (Wikipédia, 2009). Sua madeira é considerada semi-leve, sendo indicada para trabalhos manuais como carpintaria; no entanto, é uma matéria-prima bastante resinosa, podendo possuir defeitos como bolsas de resina. Outra inconformidade comum que prejudica seu uso é a presença de nós (sadios ou mortos). Possui secagem fácil, apresentando poucos problemas de empenamento e fendilhamento. De acordo com REMADE (2009), a madeira de P. pinaster é considerada estável (0,45 % de coeficiente de contração volumétrico) e suas principais propriedades mecânicas são:

- Flexão estática: 795 kg/cm²;
- Módulo de elasticidade: 74.000 kg/cm²;
- Resistência à compressão: 400 kg/cm².

As árvores de P. pinaster produzem quantidades de resina consideráveis, que podem ser extraídas e utilizadas como matéria-prima para fabricação de tintas, vernizes e colas. O tanino das cascas de seu tronco são usados com freqüência em curtumes (Wikipédia, 2009).

Como descrição morfológica geral do pinheiro-bravo (Wikipédia, 2009; Abrobyte, 1997) temos:

Árvore: A árvore adulta possui porte médio variando de 20 a 30 m de altura e apresentando copa arredondada.

Tronco: O tronco de P. pinaster possui como principal característica a presença de casca de coloração castanha avermelhada bastante espessa e rugosa, inclusive tendendo ao fendilhamento. A casca da sub-espécie mediterrânea apresenta maior espessura, quando comparada com a atlântica, sendo essa uma das formas de diferenciá-las. A quantidade de casca de P. pinaster é bastante elevada, podendo prejudicar o beneficiamento da madeira.

Sistema radicular: Considerado bastante desenvolvido e profundo, conferindo à árvore elevada resistência aos ventos.

Folhas:
Com formas de acículas, largas, grossas e pontudas, as folhas da espécie são agrupadas em duplas, apresentando cor verde escura e contendo 10 a 25 cm de comprimento. Essa morfologia possibilita uma penetração parcial de luz para as partes inferiores da árvore, fazendo com que haja vegetação nos sub-bosques de cultivos de P. pinaster. Árvores mais jovens possuem uma distribuição mais esparsa de folhagem nos ramos e com espaçamento entre acículas mais amplo do que as adultas.

Estruturas reprodutivas: As inflorescências masculinas têm forma de espiga (1 - 2 cm de largura) e coloração amarela dourada. Elas se posicionam com regularidade e lateralmente, no terço superior de ramos jovens. Já os cones femininos são pequenos, com coloração avermelhada a violeta e se encontram agrupados em trios nas partes terminais dos ramos. Após a fecundação (fevereiro a março em Portugal), há o desenvolvimento das pinhas que se tornam grandes, demorando dois anos para a maturação. Nessa época, as pinhas apresentam dimensões de 8 a 22 cm de comprimento e 5 a 8 cm de largura, com coloração castanha clara. Quando maduras, as pinhas liberam as sementes aladas ao vento , geralmente no final do verão.

Sementes: As sementes contidas pelas pinhas de P. pinaster são bastante numerosas, possuindo cor parda escura, tamanho diminuto e possuindo asas para melhor disseminação ao vento.

O pinheiro-bravo é uma das espécies de Pinus mais cultivadas em Portugal, havendo mais de 812 mil hectares de área plantada, o que corresponde a 62,5 % da área total de pinheiros no país e a 40 % do total das essências florestais. O mesmo ocorre em relação à Ilha da Madeira, onde P. pinaster representa 70% dos cultivos de Pinus. A espécie é amplamente cultivada, pois, além de suas características florestais adequadas para comércio e mercado de madeiras e resinas, oferece vantagens ambientais por diminuir a erosão eólica, servindo de quebra-ventos, e por ajudar na recuperação de solos degradados, através da fixação de dunas. Entretanto, na Espanha, as áreas cultivadas com essa espécie vêm diminuindo, principalmente pela elevada concorrência com o eucalipto, que tem sido mais plantado nos reflorestamentos.

No Brasil, a espécie foi introduzida em áreas experimentais no estado de São Paulo em 1936 (Suassuna, 1936), junto com outras do mesmo gênero, com o objetivo de avaliar a adaptabilidade e para posterior utilização econômica. Porém, seu cultivo para fins comerciais ainda não obteve progressos desde então, principalmente devido aos melhores resultados de outras espécies de Pinus. Há poucos trabalhos de pesquisa no Brasil desenvolvidos com P. pinaster, sendo a espécie destinada mais para fins ornamentais e para a elaboração de bonsais. Apesar de ser amplamente utilizado em cultivos comerciais em outras partes do mundo, necessita de alguns cuidados especiais de manejo para obter elevada produtividade.

Confiram a seguir algumas bibliografias que possuem as descrições morfológica e taxonômica da espécie, suas finalidades, formas de manejo silvicultural e produtos obtidos de seu cultivo. Não deixem de observar as figuras e fotos sobre essa árvore, que além de elevada utilidade econômica na Europa, também possui uso ornamental pela beleza de sua forma e cores.

Pinheiro-bravo. Wikipédia. Acesso em 21.09.2009:
A enciclopédia virtual Wikipédia apresenta muitas informações sobre Pinus pinaster em diversos idiomas, incluindo versão em português (onde há descrição morfológica detalhada, taxonomia, distribuição geográfica e principais usos em Portugal), em Inglês (contendo taxonomia, regiões de origem e funções) e em espanhol (incluindo descrição morfológica e taxonômica, zonas de distribuição e locais onde podem ser encontrados na Espanha).
Confiram, pois além dos assuntos referenciados, também há à disposição fotos das principais estruturas morfológicas dessa árvore.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinheiro-bravo (Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Pinus_pinaster (Espanhol)
http://en.wikipedia.org/wiki/Maritime_Pine (Inglês)


Ficha do pinheiro bravo.
Naturlink. Acesso em 21.09.2009:
Excelente ficha descritiva da espécie Pinus pinaster oferecida pela Naturlink de Portugal.
http://naturlink.sapo.pt/article.aspx?menuid=55&cid=3631&bl=1

Pinheiro bravo.
Árvores e Arbustos de Portugal. Acesso em 25.09.2009:
O website Árvores e Arbustos de Portugal proporciona aos interessados conhecimento a respeito de P. pinaster, árvore nativa do país. Há dados sobre características gerais da casca, do tronco, flores, frutos, entre outras partes. O website também apresenta a utilização, distribuição, ecologia e algumas curiosidades da espécie. Observem também as fotos disponíveis.
http://arvoresdeportugal.free.fr/IndexArborium/Ficha%20pinuspinaster.htm

Manual técnico de selvicultura del pino pinaster. Abrobyte (1997). Acesso em 20.09.2009:
A Agrobyte possui um manual técnico de silvicultura para Pinus pinaster. Nele, podem-se encontrar distintas informações que vão desde a descrição botânica da espécie, até os principais tratos culturais, rentabilidade, produção, doenças e pragas de importância fitossanitária, etc. Obtenham sugestões referentes às principais formas de manejo dessa árvore navegando nesse manual.
http://www.agrobyte.com/agrobyte/publicaciones/pino/indice.html

Madeiras - Espécies - Madeiras espanholas e exóticas. REMADE. Acesso em 30.09.2009:
A REMADE apresenta texto técnico contendo as principais características da madeira do pinheiro-bravo. Dentre essas, estão inclusas as suas propriedades físicas, mecânicas, empregabilidade, descrição e aplicações.
http://www.remade.com.br/br/madeira_especies.php?num=1422&
title=Madeiras%20espanholas%20e%20ex%C3%B3ticas&especie=Pino%20Pinaster


Amostras de madeiras: pinho bravo. UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. Acesso em 30.09.2009:
http://home.utad.pt/~floresta/LPF/pinus_pinaster.htm

Manual de estacaria do pinheiro bravo. L. Fernandes. Centro Pinus. 18 pp. (2007)
http://www.centropinus.org/download/manual_de_estacaria.pdf

Manual de boas práticas florestais para o pinheiro bravo. A. Oliveira; P. Moura; M. Pinto. Centro Pinus. 18 pp. (1999)
http://www.centropinus.org/download/manual01.pdf

Manual de silvicultura do pinheiro bravo. A.C. Oliveira; P. Moura. Centro Pinus. 12 pp. (1999)
http://www.centropinus.org/download/manual02.pdf


Artigos científicos sobre o Pinus pinaster:


Contributions to the study of the Pinus pinaster-Botrytis cinerea interaction. H. A. Q. P. Azevedo. Dissertação de Mestrado. Escola de Ciências da Universidade do Minho. 249 pp. (2005)
http://bath.eprints.org/2134/1/HAzevedo%20BiologiaMar__o2005.pdf

Variabilidade do crescimento e da forma de proveniências de Pinus pinaster Aiton aos 8 anos, na Mata Nacional do Escaroupim. I. Correia, H. Almeida, A. Aguiar. Silva Lusitana 12(2): 151 – 182. (2004)
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/slu/v12n2/12n2a02.pdf

Perfil da árvore de pinheiro bravo do litoral português. M. Tavares; J. Campos. Silva Lusitana 12(1): 15 - 23. (2004)
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/slu/v12n1/12n1a02.pdf

Equação de volume local para a Pinus pinaster Aiton na serra da Lousa. J. Freire; M. Tomé; M. Tavares. Silva Lusitana 11(2): 207 – 215. (2003)
http://www.scielo.oces.mctes.pt/pdf/slu/v11n2/v11n2a07.pdf

Estudo por elementos finitos dum novo método para a determinação das propriedades mecânicas da madeira de Pinus pinaster Ait. nas direções perpendiculares ao grão. J. L. Pereira; J. Xavier; José Morais. 10 pp. UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. (2003)
http://home.utad.pt/~jmcx/pdf/Pereira2003.pdf

Desenvolvimento de relações preditivas para uso no planejamento de fogo controlado em povoamentos de Pinus pinaster Ait. P. A. M. Fernandes. UTAD - Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro Vila Real. 285 pp. (2002)
http://home.utad.pt/~floresta/GFF/Fernandes_PhD_Final.pdf

Distribution of N, rubisco and photosynthesis in Pinus pinaster and acclimation to light. C. R. Warren; M. A. Adams. Plant, Cell and Environment 24:597–609. (2001)
http://www.bio.usyd.edu.au/c_warren/warrenadams2001_pce.pdf

Modelos de previsão de ataque de escolitídeos em povoamentos de Pinus pinaster Aiton. M. A. Pinto. Bol. San. Veg. Plagas 24: 429-434. (1998)
http://www.mapa.es/ministerio/pags/biblioteca/plagas/BSVP-24-02-Adenda-429-434.pdf

The composition of wood extract from Spanish Pinus pinaster and Brazilian Pinus caribaea. E. A. Nascimento; A. L. Morais; F. I. Fernandez-Vega; P. N. Varela. J. Bras. Chem. Soc. 6 (4): 331-336. (1995)
http://jbcs.sbq.org.br/jbcs/JBCS%201995/Volume6/V6n4/v6n4-02.pdf

Utilização de Pinus pinaster para fabricação de chapas de partículas. S. Keinert Jr.; J. L. M. Matos. Revista Floresta 17(1 / 2): 113-120. (1987)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/viewFile/6373/4570

Micorrização “in vitro” de germinantes de Pinus pinaster
. A. Costa; P. Baptista; A. Martins. Escola Superior Agrária Quinta de Santa Apolônia. 09 pp. (s/d = Sem referência de data)
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T3-03.pdf

Pinus pinaster - Impacto da desfolha causada por Thaumetopoea pityocampa. M. J. Barrento; H. M. Santos; M. S. Santos; M. R. Branco; M. R. Paiva. ESAC - Escola Superior Agrária de Coimbra. 07 pp. (s/d)
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T5-34.pdf

A cultura do Pinus: uma perspectiva e uma preocupação
. J. Suassuna. (s/d)
http://www.fundaj.gov.br/geral/textos%20online/estudos%20avancados/pinus.pdf


Imagens sobre o Pinus pinaster:


Imagens Google:

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&q=%22Pinus+
pinaster%22&um=1&ie=UTF-8&ei=SqKOSqjpAs6ttgfnwfDOBA&sa=X&oi=
image_result_group&ct=title&resnum=1
(Pinus pinaster)

Plants of Hawaii:

http://www.hear.org/starr/plants/images/species/?q=pinus+pinaster

Wikimedia.Commons:
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pinus_pinaster_semillas.jpg

Papelão Ondulado

Parte 1 - Definições, histórico, benefícios, reciclagem e mercados

O papelão ondulado é um produto do setor de base florestal que é produzido a partir de pastas celulósicas kraft de fibras longas, oriundas tanto de fibras virgens (obtidas de cavacos de madeira de florestas plantadas) como de fibras recicladas, sua principal matéria-prima. As principais fibras usadas no hemisfério sul para a produção desses papelões são aquelas individualizadas (e posteriormente recicladas) a partir das madeiras de Pinus através do processo kraft de produção de celulose. O papelão ondulado também é comumente chamado de corrugado, principalmente por possuir em seu miolo camadas de papel em ondas corrugadas, razão essa que também define sua denominação. O papelão ondulado já existe como embalagem há bastante tempo, sendo utilizado por mais de 100 anos para esse fim. Justamente por sua constituição simples, alta versatilidade e enorme reciclabilidade e sustentabilidade, esse produto é um dos mais empregados na fabricação de embalagens no mundo atual. Suas inúmeras vantagens fazem do papelão ondulado uma embalagem extremamente competitiva para a função de proteção de produtos sensíveis, tais como os alimentos. O papelão ondulado também garante às caixas de transporte a resistência necessária para a proteção interna, manuseio, estocagem e todo o tipo de situações que um produto embalado enfrenta desde sua origem até chegar ao consumidor final.

Essas vantagens podem ser explicadas principalmente pela maneira de disposição das camadas de papel. O papelão ondulado é basicamente formado por uma placa composta por duas folhas de papel lisas denominadas forros, capas ou "liners" - partes externas da placa (papelão). Por dentro, entre as capas, há um meio interno ondulado (o miolo do papelão), podendo ser constituído de uma ou mais camadas de papéis em onda colados aos forros externos ou mesmo a forros interiores (no caso de papelão multi-camadas). O miolo tem quase sempre uma cor marrom escura por se tratar de fibras não branqueadas de celulose. Na maior parte das vezes o miolo é constituído de fibras recicladas. Esse miolo garante a presença de ar na parte interna da placa, o que confere maior resistência aos choques, menores variações térmicas e evita problemas com compressões. Além disso, as ondulações, número de ondas, larguras e espessura dessas ondas são padronizadas e variam de acordo com o produto que se deseja proteger. Os forros geralmente possuem coloração marrom; porém, existem mosqueados em branco na parte externa ou totalmente brancos (pintados ou então com uma camada de celulose mais clara), podendo também ter 100% de fibras recicladas em sua constituição. A reciclagem é outro ponto positivo importante na escolha dessa embalagem. As embalagens de corrugados são biodegradáveis e permitem o total reaproveitamento após o descarte. No Brasil, 79% das embalagens de papelão ondulado já são recicladas (Peres, 2006). Esse é um dos maiores índices de reciclagem do mundo. A coleta e a comercialização desses papéis reciclados geram uma enorme quantidade de postos de trabalho. Embora seja um trabalho simples e sem muitos requisitos, oferece às pessoas uma oportunidade honesta de obter um ganho para o sustento de suas famílias em tempos onde são reduzidas as oportunidades de emprego a pessoas com escassa qualificação profissional .

A crescente preocupação com o meio ambiente faz com que as caixas de papelão sejam vistas com muito bons olhos por muitos consumidores, havendo preferência cada vez maior por produtos ecologicamente corretos como os papelões. As caixas de embalagem de papelão ondulado descartadas juntamente com sobras e restos de outros tipos de papéis são devidamente amassadas, cortadas, prensadas e enfardadas, sendo esse material chamado de aparas. Essas aparas são comercializadas para as fábricas de papel para a sua reciclagem. A partir delas, novo papel será produzido para se fabricar nova placa de papelão ondulado. Com a reciclagem, pode-se produzir tanto o papel capa como o papel miolo.

Nas fábricas de papel, as aparas são alimentadas a um grande e poderoso liquidificador ("hydrapulper") onde as fibras de celulose são individualizadas em uma suspensão aquosa. A seguir, essas fibras são limpas das impurezas que carregam (grampos de metal, terra, fitas, plásticos, restos de alimentos, colas, etc.). Quando as fibras estão em condições de limpeza e qualidade adequadas, elas seguem à máquina de papel para a fabricação do produto final reciclado, diminuindo em muito o desperdício de matéria-prima (Peres, 2006; Razzolini, 2002). Outra vantagem da reciclagem é que, além do reaproveitamento das fibras, reduzindo a geração de lixo pela sociedade e diminuindo a necessidade de se plantar e colher árvores, há também economia de água e de energia ao longo da cadeia produtiva desse tipo de papel.

Apesar do incentivo às maiores taxas de reciclagem do papel, a legislação brasileira e a internacional são rigorosas quanto à utilização de papelões reciclados que contenham contaminações (o que é comum pela forma como o papel é descartado, coletado e manuseado) para embalagem e transporte de alguns tipos de alimentos. Há, por essa razão, casos onde a exigência do mercado é pelas fibras virgens, mais limpas e menos contaminadas pelo uso e manuseio. Assim, árvores de Pinus vêm sendo muito empregadas para a elaboração de corrugados também ecologicamente corretos, pois grande parte dessas plantações possuem selos verdes e certificações (garantia do bom manejo florestal) e sua madeira é considerada recurso natural renovável. As madeiras de Pinus também apresentam boa qualidade de fibras kraft, que por serem longas, garantem maior resistência ao papelão. Como não existe taxa de reciclagem de 100% e frente às perdas de qualidade que ocorrem a cada etapa da reciclagem do papel, sempre deveremos necessitar de papel oriundo de fibras virgens nessa cadeia produtiva. Por essa razão, a necessária e fundamental exigência para que sejam produzidos os papéis do tipo capa a partir das florestas plantadas e ecologicamente manejadas de Pinus no Brasil, Argentina, Chile, Espanha, Portugal e muitos outros países.

O papelão ondulado é atualmente um produto de grande versatilidade, podendo ser usado na confecção de embalagens de praticamente todos os tipos e dimensões, de acordo com a necessidade de cada produto. Há uso de embalagens dessa matéria-prima para produtos quebráveis como vidros, cerâmicas e eletrodomésticos, para transporte de produtos perecíveis como alimentos (frutas, verduras, congelados, pizzas e carnes), para transporte de flores e bens ornamentais e inclusive para transportar animais vivos. Existe também produção de móveis (cadeiras e mesas descartáveis) e produção de páletes para transporte de cargas a partir do papelão ondulado. A inovação é uma constante nesse mercado, dispondo-se de um produto tão versátil.

Segunda a norma NBR 5985 (ABPO, 2009), o papelão ondulado pode ser dividido em cinco tipos:
- Face simples: papelão formado por miolo corrugado colado apenas a uma capa lisa;
- Parede simples: onde o miolo corrugado é colado em seus dois lados a duas capas lisas (capa-miolo-capa);
- Parede dupla: há a colagem intercalada de três capas lisas a dois corrugados (capa-miolo-capa-miolo-capa);
- Parede tripla: onde quatro capas lisas são coladas intercaladamente aos três corrugados (capa-miolo-capa-miolo-capa-miolo-capa);
- Parede múltipla: quando existem cinco ou mais capas lisas coladas de forma intercalada a quatro ou mais corrugados.

A embalagem de papelão ondulado pode ser pintada (em geral pela técnica da flexografia) tornando o pacote muito atrativo aos olhos do consumidor (ABFLEXO/FTA-BRASIL, 2007). Grande parte das tintas, colas e materiais auxiliares de empacotamento são atóxicos para permitir-se uma reciclagem mais sadia, sendo isso outra vantagem ambiental dos papelões (Peres, 2002). Muitos dos produtos embalados pelo papelão ondulado possuem nas suas caixas de embalagem a única mídia de propaganda impressa que dispõem. A vantagem que o papelão ondulado impresso em forma criativa e atrativa oferece para que esses produtos sejam notados pelos consumidores é absolutamente fantástica e única.

O uso de embalagens de papelão ondulado também é muito vantajosa em processos logísticos, existindo páletes de corrugados. Os páletes de corrugados gastam menos espaço que os de outros produtos, não havendo, muitas vezes, a necessidade de devolução das embalagens e ainda podem garantir a otimização do carregamento das cargas (Wikipédia, 2009; Peres, 2006). Podem igualmente abastecer o processo de reciclagem do papel após seu uso. Com isso, não geram lixo ou necessidades de áreas de descarte.

A reciclagem do papelão diminui a entrada de organismos exóticos nocivos (pragas quarentenárias A1) em países, pois as embalagens de papelão ondulado são esterilizadas pelo processo de fabricação do papel e não necessitam de diversos tratamentos fitossanitários (muitos deles tóxicos) como ocorrem com os páletes de madeira. Logo, as embalagens de corrugados apresentam menos riscos à saúde humana, reduzindo-se as chances de contaminação dos alimentos. Além disso, reduzem-se diversas formas de poluição, como a geração de lixo a ser enviado a aterros sanitários, poluição hídrica e do ar. O papelão ondulado descartado após uso está cada vez mais sendo reciclado no Brasil e no mundo, praticamente desaparecendo sua presença nos lixões.

Os corrugados são atualmente as embalagens mais utilizadas no mundo e, apesar da tecnologia já ser antiga, ainda há muitas inovações tecnológicas fazendo que esse produto continue sendo moderno e largamente utilizado. De acordo com Paulispell (2009), Peres (2002) e EERP/USP (s/d), os principais fatos históricos que envolvem o papelão ondulado no Brasil são os seguintes, em uma linha de tempo construída a partir desses autores:

- 1856 - Surgimento das primeiras máquinas onduladeiras na Inglaterra - o processo era bastante simples existindo apenas o miolo do papelão ondulado, utilizado para proteger produtos frágeis como vidros.
- 1871 - Ano em que o papelão ondulado foi primeiramente usado como embalagem propriamente dita, envolvendo garrafas e outros produtos frágeis nos Estados Unidos.
- 1874/1881 – A colagem de capa simples ao ondulado foi criada nessa época, surgindo as primeiras máquinas onduladeiras motorizadas “single facers” (parede simples).
- 1895 – Primeira máquina onduladeira com a atual concepção foi criada a nível empresarial por Jefferson T. Ferres.
- 1903 - Fretes contendo caixas de papel ondulado (capa-miolo-capa) foram autorizados para transportes de alimentos. Isso ocorreu pela primeira vez com um produtor de cereais para transporte de seus produtos.
- 1935 – No Brasil, a primeira fábrica de papelão ondulado de parede simples foi implantada por João Costa e Ribeiro.
- 1952 – Criou-se a primeira associação de papelão ondulado no mundo: a European Federation of Corrugated Board Manufacturers (FEFCO).
- 1967 – Criação da Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (ABCP, atualmente ABTCP).
- 1974 - Foi fundada a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO) que representa o setor de papelão ondulado brasileiro, levando auxílio e informações aos seus associados a fim de fortalecer e desenvolver o setor.
- 1982 – Foi criado o primeiro centro em tecnologia de embalagens no Brasil - CETEA -tendo como objetivo principal atender às necessidades dos produtores do setor, gerando aprimoramento contínuo das embalagens, que incluem tanto as feitas de papelão ondulado como de outros derivados da celulose (embalagens celulósicas).

O papelão ondulado, desde sua chegada e produção industrial no Brasil, tem apresentado crescimentos significativos, acompanhando as modificações do mercado através de inovações tecnológicas que proporcionaram evolução contínua. Com os avanços da informática e criação de máquinas onduladeiras cada vez mais sofisticadas, hoje é possível se desenvolverem embalagens para cada tipo de produto com rapidez, eficiência, qualidade e versatilidade. Os microondulados também ajudaram a desenvolver novas tecnologias de impressão e novas utilizações, promovendo os produtos que embalam através da aparência de suas embalagens, cada vez melhor acabadas.

Em muitos casos, a embalagem primária de papelão é levada ao local de produção e o produto vai sendo embalado conforme colhido ou produzido, uma tendência contínua principalmente para horti-fruti-granjeiros. As embalagens de papelão são tão versáteis, que ao chegarem ao supermercado ou locais de venda, são abertas e se convertem em prateleiras provisórias. Ou seja, o papelão ondulado está acompanhando os produtos que embala desde sua produção até eles serem comprados pelo consumidor final, desempenhando novos e interessantes papéis.

Segundo Soares (s/d), define-se embalagem como a ciência, arte e tecnologia do acondicionamento de produtos para o mercado e venda, de forma a garantir a entrega desse em boas condições e a baixos custos. Assim, os vários tipos de papelão ondulado possuem diversas características que proporcionam elevada competitividade como embalagens, se “encaixando” com perfeição na definição de embalagem acima. Com certeza, devido aos elevados benefícios que o corrugado traz, aliados às premissas ambientais e aos avanços tecnológicos, essas embalagens ainda serão muito utilizadas pela sociedade humana. Bom para todos - seres humanos, florestas de Pinus e meio ambiente.

As embalagens foram responsáveis por 70,9% do consumo total do papelão ondulado produzido em 2006 no Brasil. No mesmo ano, 35,4% das embalagens de papelão ondulado foram destinadas ao setor alimentício; 9,7% para a avicultura e fruticultura; 3,1% para produtos farmacêuticos e para perfumaria; 2% para a metalurgia e 1,8% para eletrodomésticos (ABFLEXO/FTA, 2007).

Peres (2009) relata que um dos principais clientes dos fabricantes de papelão ondulado são as cartonagens, que compram as chapas de papelão para fabricar e comercializar caixas de embalagem. Elas representaram em 2008 um consumo de 14,5% da produção brasileira de papelão. Nesse mesmo ano, Peres (2009) reporta que os demais grandes consumidores foram: produtos alimentícios (35,3%), produtos químicos e derivados (8,5%), frutas e flores (6,6%), aves e derivados (5,8%) e bebidas (3,1%). A realidade dos fatos é que a embalagem segue diretamente a economia: em anos de crise de algum setor, especialmente na área de exportação, teremos menos produtos a serem embalados nesse setor em questão.

Há anos, o Brasil tem sido o maior produtor de papelão ondulado da América Latina, apresentado cerca de 2,5 - 2,6% da produção mundial (que está em cerca de 90 milhões de toneladas). Em 2005, nosso país possuía 79 empresas de papelão ondulado que juntas ofereciam 13.962 empregos diretos em 101 unidades fabris (Peres, 2006).

A elevada versatilidade e potencialidade de concorrência do papelão ondulado, principalmente como embalagem, faz com que suas vendas venham aumentado, fazendo que o papelão ondulado se adapte de acordo com o exigido pelo mercado consumidor. Segundo ABPO (2009), no mês de agosto de 2009 computaram-se 193,97 mil toneladas do produto vendido no Brasil. Tal valor foi inferior ao do mês anterior (194,47 mil ton); porém, foi superior a agosto de 2008 (193,12 mil toneladas), obtendo-se um crescimento de 0,44%, mostrando que a crise financeira mundial deve estar terminando. O papelão ondulado, por ser uma embalagem, é muito sensível à saúde da economia, como podemos imaginar. O total acumulado de papelão ondulado vendido no Brasil até agosto de 2008 foi de 1,53 milhões de toneladas, ao passo que o acúmulo de vendas do ano de 2009 até agosto foi de 1,44 - diferença a menor devido aos meses difíceis da crise financeira a partir de outubro de 2008.

O setor de papelão ondulado já se encontra consolidado no país, podendo superar crises internacionais com criatividade e versatilidade. A maior parte das embalagens de papelão é consumida pelo mercado interno, porém muitas delas são exportadas embalando produtos brasileiros exportados.

Apesar de tudo o que lhes mostramos, muitos consumidores de embalagens ainda não estão conscientes dos benefícios que o papelão ondulado apresenta, levando em conta apenas fatores econômicos em curto prazo para a escolha de suas embalagens. Logo, é muito importante que as informações sobre esse setor e produto sejam melhor difundidas, ajudando a promover ainda mais os produtos que possuam essas embalagens.

Ainda há muito que comentar e informar sobre os papelões ondulados. Tais informações servirão de assuntos para serem abordados nas próximas edições da PinusLetter.

Seguem algumas bibliografias e websites que tratam das principais definições, tipos, benefícios econômicos, sociais e ambientais desse importante produto do setor florestal e do Pinus. Confiram os websites das principais associações relacionadas aos papelões ondulados no Brasil, assim como os artigos e informações que disponibilizam. Observem também alguns estudos selecionados por nós sobre os papelões ondulados. Esperamos que eles possam lhes ser úteis e que ajudem a entender melhor esse maravilhoso produto fabricado a partir de fibras dos Pinus em inúmeros países.

ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel.
(Brasil)
O website da ABTCP possui diversas informações interessantes não apenas sobre os papelões ondulados, mas de todos os produtos da rede produtiva da celulose e do papel.
http://www.abtcp.com.br/Pagina.aspx?IdSecao=118 (Home)
http://www.abtcp.com.br/Pagina.aspx?IdSecao=137 (Publicações)

ABPO - Associação Brasileira do Papelão Ondulado. (Brasil)
Associação brasileira especializada no papelão ondulado, apresenta em seu website notícias, cursos, artigos, legislações, estatísticas, enfim, conhecimento a todos interessados nos ondulados. Consultem:
http://www.abpo.org.br/ (Home)
http://www.abpo.org.br/artigos_diversos.php (Artigos)
http://www.abpo.org.br/infor_tec_faq.php (Dúvidas freqüentes)
http://www.abpo.org.br/estatisticas_anuario.php (Anuário estatístico)

CETEA - Centro de Tecnologia de Embalagem. (Brasil)
Além de realizar análises e de atuar em desenvolver tecnologias de diversos tipos de embalagens, o CETEA também se preocupa com difusão do conhecimento sobre o assunto. Assim, há no seu website diversas publicações, também envolvendo embalagens celulósicas.
http://www.cetea.ital.org.br/ (Home)
http://www.cetea.ital.org.br/publicacoes.htm (Publicações)
http://www.cetea.ital.org.br/lab_celulosicas.htm (Embalagens celulósicas)

TAPPI - Technical Association of the Pulp and Paper Industry. (USA)
A TAPPI possui um dos maiores eventos mundiais sobre os papelões ondulados e que é organizado pela sua divisão de embalagens corrugadas.
http://www.tappi.org/s_tappi/sec_branded_home.asp?CID=27&DID=28

História do papelão ondulado. Paulispell. Acesso em 01.09.2009:
Confiram neste website da empresa Paulispell o histórico do papelão ondulado no Brasil e no mundo.
http://www.paulispell.com.br/conteudo/empresa/historia_po.html

O que é papelão ondulado? Laboratório de Saúde Ambiental - EERP/USP. Acesso em 01.09.2009:
O texto explica de forma simples a história do papelão ondulado, seus benefícios e definições.
http://www.portofelizsa.com.br/papelao_01.htm

Papelão. Wikipédia. Acesso em 01.09.2009:
A enciclopédia virtual Wikipédia possui informações sobre o papelão ondulado em inglês, espanhol e português, porém a versão na língua inglesa apresenta-se mais completa, abordando itens que vão desde a definição, reciclagem, histórico, dentre outros.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Papel%C3%A3o (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Corrugated_fiberboard (Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Cart%C3%B3n_ondulado (Espanhol)


Artigos técnicos sobre o papelão ondulado:

Reflexo da crise na indústria brasileira de embalagem. P.S. Peres. 42º Congresso ABTCP - PI 2009. Apresentação em PowerPoint: 23 slides. (2009)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
ABTCP%20-%20PI%202009%20Paulo%20Peres.pdf

Development of corrugated fiber board cartons for long distance transport of tomatoes in India. G. Sharan; S. Srivastav; K. P. Rawale; U. Dave. International Journal for Service Learning in Engineering 4 (1): 31-43. (2009)
http://www.engr.psu.edu/ijsle/Vol%204%20No%201%20April%202009/CFB_Cartons.pdf

The history of corrugated fiberboard shipping containers. D. Twede. CHARM. 06 pp. (2007)
http://faculty.quinnipiac.edu/charm/CHARM%20proceedings/CHARM%20article%20
archive%20pdf%20format/Volume%2013%202007/249-254-twede.pdf

Na melhor onda. Revista Inforflexo 87. ABFLEXO/FTA-BRASIL. (2007)
http://www.abpo.org.br/artigos_diversos.php#Revista

A embalagem de papelão ondulado no Brasil.
P.S. Peres. Expocelpa Sul 2006. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação em PowerPoint: 15 slides. (2006)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/A%20Embalagem%20de%20Papel
%A6o%20Ondulado%20no%20Brasil-Autor%20Paulo%20Sergio.pdf


Three-dimensional engineered fiberboard: opportunities for the use of low valued timber and recycled material.
J. F. Hunt; D. P. Harper; K. A. Friedrich. 38th International Wood Composites Symposium. 12 pp. (2004)
http://www.fpl.fs.fed.us/documnts/pdf2004/fpl_2004_hunt003.pdf

Microondulado: novas oportunidades para o papelão ondulado. A. L. Mourad. Informativo CETEA 14 (1). 6 pp. (2002)
http://cetea.ital.org.br/cetea/informativo/v14n1/v14n1_artigo1.pdf

Histórico do papelão ondulado
. P.S. Peres. 35º Congresso Anual ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação em PowerPoint: 24 slides. (2002)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Palestra%20ABPO%20Paulo%20Peres%20ABTCP%202002.pdf

A reciclagem e a produção de papéis para embalagens.
F.C. Razzolini. Fórum ANAVE 2002. Apresentação em PowerPoint: 37 slides. (2002)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Reciclagem%20papel%20e%20
a%20Prod%20Papeis%20Embalagens%20ANAVE%202002.pdf


Imagens sobre o papelão ondulado:

Google:
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&um=1&sa=
1&q=%22Papel%C3%A3o+ondulado%22+&aq=f&oq=&start=0
(Papelão ondulado)
e
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&um=1&sa=
1&q=%22cart%C3%B3n+ondulado%22%22&aq=f&oq=&start=0
("Cartón ondulado")
e
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-BR&um=1&sa=
1&q=%22corrugated+container%22&aq=f&oq=&start=0
("Corrugated containers")

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Teses e Dissertações: Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) - Instituto de Florestas (IF)


Nessa PinusLetter 20 estamos voltando a dar destaque às produções técnicas e científicas relacionadas com Pinus oriundas das universidades dos países em que temos nossos leitores mais concentrados (Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru, Portugal, Espanha, etc.). Retornamos portanto, nessa edição, com a seção "Teses e Dissertações". Fazendo isso, estamos procurando valorizar as instituições educacionais e seus autores que têm-se mostrado dedicados a estudar e a avaliar técnica e cientificamente os Pinus. As publicações referenciadas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras, móveis, celulose e papel, enfim, todas as áreas que se relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações florestais e utilizações de seus produtos.

Ainda existem muitos "Grandes Autores dos Pinus", assim como importantes entidades de ensino e pesquisa com muitos trabalhos orientados para os Pinus para serem apresentados a vocês. Em nossas próximas edições continuaremos a homenageá-los, tendo suas principais publicações disponibilizadas como Pinus-Links. Aguardem.


Acerca da
Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e do seu Instituto de Florestas (IF)

Essa instituição educacional brasileira atua desde 1911 na formação de profissionais, inicialmente engenheiros agrônomos e médicos veterinários. Em sua origem possuia outro nome (foi muito conhecida como ENA - Escola Nacional de Agronomia), passando posteriormente (em 1965) para a denominação atual - Universidade Federal Rural do Rio do Janeiro. O curso de engenharia florestal foi implantado nessa Universidade no ano de 1967, criando-se o Instituto de Florestas, o qual, além de formar engenheiros florestais, desenvolve pesquisas no setor, contribuindo com a criação de novas tecnologias e conhecimento, não apenas para o estado do Rio de Janeiro, mas para todo o Brasil.

O curso de graduação em engenharia florestal é o terceiro mais antigo do país e os de pós-graduação iniciaram-se no ano de 1993, havendo hoje duas áreas principais de concentração na pós-graduação: conservação da natureza, englobando projetos de ecologia e conservação da flora e fauna nativa, recuperação de áreas degradadas, impactos ambientais entre outros; e a área de tecnologias e utilização de produtos florestais, a qual abrange temas relacionados com a madeira e seus subprodutos como qualidade, propriedades, tecnologias de preservação, aproveitamento de resíduos e tecnologia de adesivos para madeira e derivados. De acordo com o website do IF, hoje o programa de mestrado já é bastante conhecido e bem conceituado no Brasil, havendo cada vez mais mestres inseridos no mercado de trabalho em todo o país. Em seus três departamentos (silvicultura, meio ambiente e produtos florestais), o IF possui hoje mais de 120 dissertações defendidas, contando com corpo docente bastante preparado e especializado para a colaboração da formação de mestres e também doutores. Um dos requisitos para a formação de engenheiros florestais da UFRRJ é a elaboração de um trabalho de monografia de conclusão de curso, onde as versões finais de 2005 a 2008 podem ser acessadas através do website do IF. Há grande quantidade de trabalhos, envolvendo as mais diferentes áreas do setor florestal, onde se incluem diversos trabalhos com Pinus. Foram encontradas mais de 20 monografias relacionadas com esse gênero de árvores, as quais podem ser acessadas logo abaixo. Há também grande variedade de assuntos envolvendo outras árvores exóticas e nativas, além de outros ligados ao meio ambiente.

Confiram o acervo de monografias em: (http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia.html). As dissertações defendidas entre 2006 e 2007 também podem ser acessadas no website do IF em: (http://www.if.ufrrj.br/pgcaf/dissertacoes.html).

Outra grande realização do Instituto de Florestas é a Revista Floresta e Ambiente, que tem seus números todos disponibilizados na web, desde o primeiro em 1994. Visitem e naveguem, há preciosidades nela publicadas: http://www.if.ufrrj.br/revista/volumes.html

Conheçam mais sobre a UFRRJ e seu Instituto de Florestas em:
http://www.ufrrj.br/portal/modulo/home/index.php (Home UFRRJ)
http://www.ufrrj.br/portal/modulo/deg/getFolder.php?arquivo=35.pdf (Curso de Engenharia Florestal)
http://www.if.ufrrj.br/ (Instituto de Florestas)



Seleção de monografias e dissertações de mestrado defendidas na UFRRJ e relacionadas aos Pinus:


Balanço de carbono das indústrias de celulose e papel do Brasil.
K. S. Ueoka. Monografia. UFRRJ. 29 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007II/Katia%20de%20Souza%20Ueoka.pdf

Avaliação das propriedades de colagem de taninos de Pinus oocarpa e de suas misturas com taninos de acácia negra e uréia-formaldeído. M. M. Gurgel. Monografia. UFRRJ. 29 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monique.pdf

Formação de mudas micorrizadas de espécies florestais: revisão sobre tipo e tamanho de recipientes. R. A. M. Teixeira. Monografia. UFRRJ. 26 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Raphael_Anthero.pdf

Resistência de chapas de madeira aglomerada fabricadas com diferentes adesivos à ação de Coptotermes gestroi (Wasmann, 1896) (Isoptera: Rhinotermitidae). K. E. D. Silva. Monografia. UFRRJ. 27 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2008II/Monografia_Kleber.pdf

Avaliação de equipamento medidor elétrico resistivo de umidade da madeira utilizando amostras de eucalipto e Pinus. J. T. M. Pereira. Monografia. UFRRJ. 24 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2008II/Monografia_Jorge.pdf

Impactos ambientais decorrentes dos resíduos gerados na produção de papel e celulose. R. E. S. Miranda. Monografia. UFRRJ. 37 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2008II/Monografia_Roselane.pdf

Análise de custo e receita de povoamento de Eucalyptus grandis Hill ex Maiden submetidos a dois regimes de manejo: estudo de caso em propriedade rural na zona da mata mineira. L. A. Bianquini. Monografia. UFRRJ. 49 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007II/Luana%20Almeida%20Bianquini.pdf

Utilização de materiais alternativos à base de madeira na construção civil. R. M. Rêgo. Monografia. UFRRJ. 56 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007II/Rafael%20Mendes%20Rego.pdf

Utilização de painéis colados lateralmente de eucalipto na confecção de móvel valorizado pelo design. R. D. Mayer. Monografia. UFRRJ. 28 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007II/Rafael%20Dias%20Mayer.pdf

Produção de painéis compensados de Pinus taeda com resina uréia-formaldeído utilizando diferentes extensores. T. S. Ribeiro. Monografia. UFRRJ. 31 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Tharcia.pdf

Resistência natural da madeira de Eucalyptus urophylla e Corymbia citriodora a Coptotermes gestroi (Isoptera: Rhinotermitidae). R. Bastos. Monografia. UFRRJ. 25 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2008II/Monografia_RodrigoBastos.pdf

História e evolução da colheita florestal no Brasil. F. E. Altoé. Monografia. UFRRJ. 51 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Fabio_Esposito_Altoe.pdf

Análise da produção de celulose do Brasil e do comércio internacional no período de 1970 a 2005. I. L. Valentim. Monografia. UFRRJ. 41 pp. (2007)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2006II/Monografia%20Ivan%20Leal%20Valentim.pdf

Resistência de painéis OSB fabricados com diferentes resinas à ação de Coptotermes gestroi (Wasmann, 1896) (Isoptera: Rhinotermitidae). E. M. Corrêa. Monografia. UFRRJ. 27 pp. (2007)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007I/Monografia_Eduardo_de_Mattos_Correa.pdf

Caracterização da cadeia produtiva de sementes florestais – Estudo de caso de uma comunidade extrativista do Estado do Acre. L. R. Pereira. Monografia. UFRRJ. 30 pp. (2007)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007I/Monografia_Luciana_Rodrigues_Pereira.pdf

Pesquisa florestal no Brasil: contextualização e análise. E. M. B. Assis. Monografia. UFRRJ. 43 pp. (2007)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monografia%20Erica.pdf

Resistência natural de nove espécies de madeiras ao ataque de Coptotermes gestroi (Wasmann, 1896) (Isoptera: Rhinotermitidae). M. R. A. Pêgas. Monografia. UFRRJ. 24 pp. (2007)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2007I/Monografia_Mario_Ricardo_Alves_Pegas.pdf

Avaliação do desempenho operacional de uma serraria através de estudo do tempo, rendimento e eficiência: estudo de caso em Piraí-RJ. D. C. Batista. Monografia. UFRRJ. 64 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monografia%20Djeison%20Cesar%20Batista.pdf

Variação da densidade básica no sentido medula-casca e ao longo da circunferência do tronco, em secções transversais de Pinus caribaea com lenho de reação. L. D. S. Rosa. Monografia. UFRRJ. 49 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monografia%20Luciana%20Diniz%20de%20Santa%20Rosa.pdf

Efeito de desbastes no diâmetro das árvores de um reflorestamento de Pinus taeda L. no municipio de Bom Retiro – SC. D. R. Fernandes. Monografia. UFRRJ. 43 pp.(2006)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monografia%20Diego%20Rodrigues%20Fernandes.pdf

Extração dos taninos da casca de Pinus caribaea var. caribaea através da utilização de diferentes solventes. V. C. Almeida. Monografia. UFRRJ. 40 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monografia%20Vanessa%20Coelho%20Almeida.pdf

Renda de um produtor rural proveniente de fomento florestal no estado do Espírito Santo: estudo de caso. G. M. Junqueira. Monografia. UFRRJ. 34 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2005II/Monografia%20Gabriel%20Junqueira.pdf

Caracterização química da madeira de Eucalyptus pellita e Pinus taeda com extratos e sem extratos por infravermelho. K. F. Amparado. Monografia. UFRRJ. 32 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2005III/Monografia%20Kelysson%20de%20Freitas%20Amparado.pdf

Aproveitamento de resíduos de madeira para confecção de briquetes. J. C. M. Paula. Monografia. UFRRJ. 48 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monografia%20Julio%20Marchiori.pdf

Levantamento populacional e manejo da espécie exótica invasora Dracaena fragrans Ker-gawl (Angiospermae – Liliaceae), em um trecho de Floresta Atlântica sob efeitos de borda no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro, Brasil. M. O. Ribeiro. Monografia. UFRRJ. 87 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/2005II/Monografia%20%20Michelle%20Ribeiro.pdf

Degradação natural de toras e sua influência nas propriedades físicas e mecânicas da madeira de cinco espécies florestais. H. Trevisan. Dissertação de Mestrado. UFRRJ. 69 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/pgcaf/pdfdt/Dissertacao%20Henrique%20Trevisan.pdf

Qualidade da adesão de juntas coladas expostas a condições de serviço externo e interno. D. L. C. Tienne. Dissertação de Mestrado. UFRRJ. 68 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/pgcaf/pdfdt/Dissertacao%20Delanie%20L.Costa%20Tienne.pdf

Novas formulações para a síntese de dispersões aquosas de poliuretano. T. L. Alves. Dissertação de Mestrado. UFRRJ. 105 pp. (2002)
http://servicos.capes.gov.br/capesdw/resumo.html?idtese=200231331001017008P9

Referências de Eventos e de Cursos

Nessa seção, trazemos referências de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam diretamente ou indiretamente aos Pinus. A característica marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos, os quais já ajudam a saber das novidades no ramo e dos assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços de URLs, vocês podem obter o material do evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar do próximo. Também estaremos sempre procurando trazer a vocês os materiais didáticos disponibilizados por muitos docentes universitários que estão colocando suas aulas e publicações à disposição das comunidades.

MADEN 2008.
Primeiro Seminário Madeira Energética. (Brasil)
O MADEN 2008 foi um dos bons seminários a tratar sobre a produção de madeira energética no Brasil. O evento ocorreu em setembro, no Rio de Janeiro, reunindo diversos profissionais da área para a discussão de tecnologias e otimização do uso do carvão vegetal e madeira energética, além de problemas ambientais que envolvem o tema. Através do programa do evento, pode-se conseguir diversas informações que foram tratadas durante o encontro. Isso inclui as apresentações que foram ministradas durante o evento. Logo abaixo, há algumas dessas selecionadas para vocês e disponíveis para downloading.
http://www.inee.org.br/MADEN2008/programa.html (Programa do evento)
http://www.inee.org.br/MADEN2008/index.html (Seminário geral)

Uso da madeira para fins fins energéticos.
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/Apresentação
%20Helton%20Rio%20de%20Janeiro%20v2.pdf

Densificação da madeira.
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/
Carlos%20Fraza%20Maden%202008.pdf

Madeira energética. Organizando o mercado.
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/Apresent%20
JBHb.ppt#256,1,Madeira Energética Organizando o mercado

Carvoejamento, carbonização e pirólise.
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/
Carvoejamento%20e%20Pirólise-JDRocha.pdf

Carvão vegetal. Aspectos sociais e econômicos.
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/
MADEN2008PauloPinheiro.pdf

Créditos de carbono. Floresta plantada e carbonização.
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/
Apresentação%20Evento%20INEE.pdf


Scientific Forum on Ecosystem Goods an Services from Planted Forests.
(Espanha)
O Fórum Científico de Bens e Serviços obtidos de Florestas Plantadas ocorreu em Bilbao na Espanha durante o mês de outubro de 2006. O objetivo principal do encontro foi o de discutir como realizar o bom manejo das florestas cultivadas afim de, além de fornecer madeira e outros produtos florestais, também ajudar a manter ecossistemas sustentáveis, preservando os recursos naturais para o futuro. Abaixo estamos disponibilizando algumas apresentações que se relacionam aos Pinus e outras coníferas, porém, há muitas outras no website do evento, envolvendo em particular ecossistemas sustentáveis.
Acessem:
http://www.waldbau.uni-freiburg.de/Bilbao_Tagung/bilbao_programm.html (Apresentações)

Butterfly diversity in pine plantation landscapes.

http://www.waldbau.uni-freiburg.de/Download/pdf/
pdf_bil_vortrag/Biodiversity/I.%20van%20Haldern.pdf

Understory management effects on C and N dynamics in a Sierra Nevada ponderosa pine plantation.
http://www.waldbau.uni-freiburg.de/Download/pdf/
pdf_bil_vortrag/Carbon/W.%20Horwath.pdf

The unsustainability of some Pinus radiata plantations in the Basque country.
http://www.waldbau.uni-freiburg.de/Download/pdf/
pdf_bil_vortrag/Soils/J.R.%20Olarieta.pdf

Yield decline and sustainability in Chinese Fir plantations – A simulation investigation to analyze the possible causes.
http://www.waldbau.uni-freiburg.de/Download/pdf/
pdf_bil_vortrag/Soils/J.%20Blanco.pdf

Use of wood ash as a fertilizer in forest plantations destined for wood and fuel production.
http://www.waldbau.uni-freiburg.de/Download/pdf/
pdf_bil_vortrag/Management/A.%20Merino.pdf


How can fast-growing plantations help promote forest ecosystem protection and social acceptance of forestry in Canada: An exemple from a large public forest in Québec.
http://www.waldbau.uni-freiburg.de/Download/pdf/
pdf_bil_vortrag/Interactions/H.%20Rheault.pdf


X International Conference on Wood & Biofiber Plastic Composites and Cellulose Nanocomposites Symposium.
(Estados Unidos)
A Décima Conferência Internacional de Madeira, Compósitos de Biofibra e Plástico e o Simpósio de Nanocompósitos Celulósicos ocorreu de 11 a 13 de maio em Madison, Wisconsin nos Estados Unidos. Ambos os encontros tratam de tecnologias e pesquisas inovadoras desenvolvidas com resíduos vegetais e restos de indústrias como plásticos para a elaboração de novos compostos ambientalmente mais corretos. Observem e façam download das apresentações realizadas durante os eventos acessando:
http://www.forestprod.org/composites09powerpoints.html (Apresentações)


Workshop "Qualidade da Madeira em Pinus".
(Brasil)
Excelente evento organizado pelo IPEF - Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais sobre a qualidade da madeira de Pinus e seu efeito em diversos tipos de utilizações. Apesar de ser um evento mais antigo (1992), o conteúdo das apresentações é de extrema importância e atualidade. Acessem e naveguem, vocês serão recompensados.
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr27.asp (Palestras)

Pinus-Links

A seguir, trazemos a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus nos aspectos econômicos, técnicos, científicos, ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção estamos também colocando Pinus-Links com empresas e entidades importantes na sua relação com os Pinus e na divulgação tecnológica sobre os mesmos.

Especificamente nessa edição 20 da PinusLetter, estamos dando destaque aos websites de algumas empresas brasileiras produtoras de papelão ondulado, principalmente algumas que produzem o mesmo a partir de papéis que fabricam com fibras celulósicas virgens e/ou recicladas. Em números posteriores de nossa PinusLetter, faremos Pinus-Links com outras empresas brasileiras e ibero-americanas que também produzem papelão ondulado, ou mesmo outras empresas que só possuam onduladeiras ou ainda que comprem as chapas e as cortem em caixas (cartonagens). Existem ainda muitas empresas mais com excelentes websites apresentando o papelão ondulado. Esperamos que apreciem essas seleções que estaremos mostrando para vocês.

Adami e Cia. (Brasil)
Fundada em 1942, a Adami inicialmente atuava apenas no ramo de comercialização de madeiras. Hoje, possui mais de 1800 funcionários em empresa sediada em Caçador, SC, imprimindo forte diversificação em sua linha de produtos. Possui fabricação de papéis, de embalagens de papelão ondulado e continua a fabricar diversos produtos da madeira provenientes de sua divisão florestal. Confiram os tipos de embalagens de papelão ondulado que confeccionam. São produtos destinados à indústria alimentícia, ajudando na conservação e transporte de alimentos frescos como frutas, verduras, aves, alimentos resfriados, congelados, dentre outros.
http://www.adami.com.br/Produtos.aspx (Produtos)
http://www.adami.com.br/AreasNegocio.aspx (Áreas de negócio)
http://www.adami.com.br/Embalagem.aspx (Divisão de embalagens)
http://www.adami.com.br/Papel.aspx (Divisão de papel)
http://www.adami.com.br/Florestal.aspx (Divisão florestal)


Cibrapel. (Brasil)
Empresa que produz papelão ondulado a partir do próprio papel que fabrica com fibras recicladas. Localizada no estado do Rio de Janeiro, possui duas unidades fabris, uma que fabrica o papel reciclado e outra que produz o papelão.
http://www.cibrapel.com.br/bem_Vindo/quem_somos.html (Sobre a Cibrapel)
http://www.cibrapel.com.br/bem_Vindo/meio_ambiente.html (Aspectos ambientais)

INPA Embalagens. (Brasil)
A INPA Embalagens está localizada no interior do estado de Minas Gerais. A empresa fabrica cerca de 9.000 toneladas mensais de vários tipos de papéis para embalagens como papel miolo, capa e papel branco ("white top liner"). Como matéria-prima utiliza 90% de aparas de papelão ondulado e 10% de celulose. Os cuidados ambientais são relevantes e a empresa possui a certificação FSC para seus produtos, obedecendo a avaliação da cadeia de custódia.
http://www.inpa-embalagens.com.br/corporativo2/cms/ (Home page)
http://www.inpa-embalagens.com.br/corporativo2/cms/noticias_certificadofsc (Certificação FSC)

Irani. (Brasil)
A Celulose Irani é uma tradicional empresa do setor de celulose e papel no Brasil, localizada nos estados de Santa Catarina (fábrica de celulose, papel e embalagens) e São Paulo (fábrica de embalagens). Em Santa Catarina e Rio Grande do Sul dispõe de importante base florestal de Pinus; fabrica celulose e papel kraft e também produz o papelão ondulado (SC). Tem mostrado forte ênfase ambiental na gestão de suas atividades, possuindo já comercializados créditos de carbono em função de uma caldeira de biomassa que instalou na fábrica de Vargem Bonita/SC. A produção de celulose kraft de Pinus tem atingido 220 toneladas por dia e a de papel 15.000 toneladas mensais. Recentemente a empresa vem elaborado anualmente o estudo de seu balanço de carbono ao longo de suas atividades produtivas. Além disso, a empresa também possui a certificação FSC para cadeia de custódia de seus produtos de Santa Catarina.
http://www.irani.com.br/estrutura.php (Website geral)
http://www.irani.com.br/estrutura.php?id=83&idp=83 (Setor florestal)
http://www.irani.com.br/midia/pdf/manejo_Florestal_Aberto24072009.pdf (Plano de manejo florestal)
http://www.irani.com.br/casos/caso.php?id=36&caso_id=16&ver=corporativo (Créditos de carbono)
http://www.irani.com.br/estrutura.php?id=16&idp=11&idf=16 (Linha de produtos)
http://www.irani.com.br/estrutura.php?id=93&idp=11&idf=93 (História da embalagem)
http://www.irani.com.br/estrutura.php?id=11&idp=11 (Embalagens)
http://www.irani.com.br/estrutura.php?id=104 (Páletes de papelão ondulado)
http://www.irani.com.br/estrutura.php?id=25 (Extração de resinas de Pinus no estado do Rio Grande do Sul)
http://webcast4.isat.com.br/Player/Player.asp?Palestra_ID=1453 (Apresentação ambiental da Irani em recente evento sobre Inovação e Sustentabilidade da ANPEI)
http://www.irani.com.br/casos/caso.php?id=36&caso_id=27&ver=corporativo (Relatório de sustentabilidade 2007)

Klabin. (Brasil)
O website da Klabin possui bastante informações sobre papelão ondulado, florestas de eucaliptos e de Pinus, produtos de base florestal, sustentabilidade, aspectos de responsabilidade social corporativa, etc. Por ser a maior produtora brasileira de papéis de embalagens em diversas de suas fábricas e a maior fabricante de papelão ondulado do Brasil, existe disponível no website informações muito úteis para quem quer aprender mais sobre o papelão ondulado. Visitem e naveguem com muita atenção e disposição. Observem também o programa de sustentabilidade da empresa, um dos mais conceituados no país. Até dezembro de 2008, a Klabin relata que possuía 224 mil hectares de florestas plantadas e 187 mil hectares de florestas nativas preservadas.
http://www.klabin.com.br/pt-br/home/Default.aspx (Home)
http://www.klabin.com.br/pt-br/produtos/linha.aspx?id=5 (Embalagens papelão ondulado)
http://www.klabin.com.br/pt-br/sustentabilidade/default.aspx (Sustentabilidade)
http://www.klabin.com.br/rs2008/pdf/relatorio_sustentabilidade.zip (Relatório de sustentabilidade)
http://www.klabin.com.br/pt-br/produtos/linha.aspx?id=9 (Negócios florestais)
http://www.klabin.com.br/pt-br/responsabilidadeAmbiental/florestasKlabin.aspx (Certificação FSC das florestas do Paraná e Santa Catarina)

Orsa Embalagens. (Brasil)
A Orsa Embalagens possui unidades fabris nos estados de São Paulo, Pará, Amazonas e Goiás, apresentando em seu website informações, tanto sobre embalagens de papelões ondulados que produzem, como comentários referentes às técnicas de impressões adotadas. O grupo Orsa também produz celulose de mercado kraft branqueada de eucaliptos em sua famosa fábrica no Jari/Pará.
http://www.orsaembalagens.com.br/port/index.htm (Home page)
http://www.orsaembalagens.com.br/port/prod_chapas.htm (Embalagens e chapas de papelão ondulado)
http://www.orsaembalagens.com.br/port/prod_chapas_quali.htm (Qualidade de impressão)
http://www.orsaembalagens.com.br/port/perfil_panorama.htm (Panorama)
http://www.orsaembalagens.com.br/port/quali_ambiente.htm (Meio ambiente)
http://www.orsaembalagens.com.br/shared/ORSA_PORT_2008.pdf (Relatório anual 2008)

Primo Tedesco. (Brasil)
Empresa brasileira que teve suas atividades iniciadas nos anos 30 em Caçador, SC. Hoje, além de fábrica de papel e celulose na mesma região, a Primo Tedesco também possui unidades fabris em Santo Antônio do Planalto (RS) e Canoas (RS), com a fabricação de papel reciclado e papelão ondulado. Observem alguns dos produtos de papelão ondulado disponíveis a venda pela empresa nos websites selecionados logo abaixo.
http://www.primotedesco.com.br/por/ (Home page)
http://www.primotedesco.com.br/por/empresa_quem_somos.php (Sobre a empresa)
http://www.primotedesco.com.br/por/responsabilidades_florestas.php (Florestas)
http://www.primotedesco.com.br/por/produtos_embalagens.php (Produtos embalagens)
http://www.primotedesco.com.br/por/produtos_embalagens.php#papel_6 (Chapas de papelão ondulado)


Rigesa. (Brasil)
De origem norte-americana e atuando no Brasil desde 1942, a empresa de produtos florestais Rigesa, hoje possui duas fábricas de papel, cinco fábricas de papelão ondulado e duas fábricas de embalagens para papel cartão. Além disso, a Rigesa possui cultivos florestais em seus 54 mil hectares de florestas próprias. A empresa contribui muito com o desenvolvimento sócio-econômico nas regiões de sua atuação, tendo mais de 2.300 funcionários. Atualmente é considerada a segunda maior produtora de papelão ondulado no Brasil. Pertence a multinacional MeadWestvaco, empresa líder em embalagens atuando em mais de 29 países, preocupando com a sustentabilidade de todos seus processos fabris e com a certificação florestal, a qual a Rigesa também possui. Confiram nas páginas a seguir alguns dos principais produtos e embalagens de papelão ondulado produzidos pela Rigesa como as embalagens para frutas, para produtos logísticos, entre outras. Há ainda dicas sobre empilhamento de embalagens de papelão ondulado, e impressão dessas. Observem e aprendam com o que a empresa Rigesa nos apresenta. Há diversas páginas dedicadas a esclarecer o público infantil, interessantíssimas e muito criativas.
http://www.rigesa.com.br/ (Home page)
http://www.rigesa.com.br/empresa/index.jsp (Empresa)
http://www.rigesa.com.br/ambiental/pdf/edicao_resumo_publico_2_edicao_03.pdf (Plano de manejo florestal)
http://www.rigesa.com.br/produtos/florestais.jsp (Produtos florestais, incluindo-se sementes melhoradas de Pinus)
http://www.rigesa.com.br/produtos/frutas.jsp (Embalagens frutas)
http://www.rigesa.com.br/produtos/logistica.jsp (Produtos para logística)
http://www.rigesa.com.br/dicas/index.jsp (Dicas)
http://www.rigesa.com.br/infantil/pdf/papel.pdf (Informativo para crianças: O papel do papel)
http://www.rigesa.com.br/infantil/pdf/amataatlantica.pdf (Informativo para crianças: A Mata Atlântica)


Trombini Industrial.
(Brasil)
A Trombini é uma empresa brasileira do ramo de embalagens e papel fundada no Paraná em 1941. Atuava inicialmente em revenda comercial para depois passar à atividade industrial produtiva, iniciando sua primeira fábrica de sacos de papel em 1962. Hoje, a Trombini atua na fabricação de papel, celulose, papel reciclado e papelão ondulado. A empresa possui unidades industriais nos três estados do sul do país (PR, SC, RS), também colaborando com o desenvolvimento dessas regiões. Confiram seus principais produtos e embalagens de papelão ondulado, assim como suas capacidades produtivas e parques industriais a seguir.
http://www.trombini.com.br/pgempresa.htm (Empresa)
http://www.trombini.com.br/Resumo%20do%20plano%20de%20manejo%20
florestal%20-%20Campo%20Alto.pdf
(Plano de manejo florestal Campo Alto/SC)
http://www.trombini.com.br/textcaixas.htm (Produtos de papelão ondulado)
http://www.trombini.com.br/textsacos.htm (Produtos sacos multifolhados)
http://www.trombini.com.br/pgestrutura.htm (Estrutura da empresa)

Valpasa. (Brasil)
Empresa brasileira criada em 1998 e sediada em Tangará, SC, a Valpasa produz papel a partir de 100% de fibras recicladas e diversos tipos de papelão ondulado e microondulado, atuando em São Paulo, em todo o sul do Brasil e também no Mercosul. O website da empresa possui muita informação sobre a fabricação do papelão ondulado. Observem os textos disponíveis, além das fotos e figuras de seus principais produtos de papelão ondulado.
http://www.valpasa.com.br/website/pt/index.php?id_animacao=topo_principal.swf (Webpage principal)
http://www.valpasa.com.br/website/pt/index.php?abrir=empresa
& id_animacao=topo_empresa.swf&PHPSESSID=
(Empresa)
http://www.valpasa.com.br/website/pt/index.php?abrir=processo_produtivo_papel&
id_animacao=topo_processo_produtivo_papel.swf&PHPSESSID=

(Fabricação do papel ondulado)
http://www.valpasa.com.br/website/pt/index.php?abrir=processo_produtivo_papel_ondulado&
id_animacao=topo_processo_produtivo_papel_ondulado.swf&
PHPSESSID=6ps8kv4vl4oc4ifllm81tht6l
(Papelão microondulado)
http://www.valpasa.com.br/website/pt/arquivos_popup/fabricacao_papel_ondulado/index.php (Descrição do processo produtivo)

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

Briquetes e Péletes de Madeira de Pinus para Geração de Energia

Introdução

Os péletes e os briquetes de madeira são produtos lignocelulósicos sólidos, secos e prensados em forma de grânulos, que servem como biomassa para a geração de energia (Lázzaro, 2006; Paula, 2006; Heating Techique, s/d). Em sua forma comercial assemelham-se muito a ração de cachorro (péletes), ou então a toretes secos (briquetes). Tanto os péletes como os briquetes podem ser produzidos a partir de diversos resíduos, como da palha do milho e da plantações de cana-de-açúcar, casca de arroz, dentre outras sobras de vegetais; porém, os derivados de restos de madeira e florestais como galhos, cascas, folhas, serragens e frutos são mais comuns (Martín, s/d).

Apesar da grande variabilidade de composição, todos os briquetes apresentam a alta densidade como característica em comum, possuindo formato geralmente cilíndrico, exceto os derivados de carvão vegetal, que são mais arredondados. Há briquetes que possuem formato prismático (quadrados e hexagonais). O processo de fabricação e o tipo de matéria-prima usada ditam as formas e principalmente as dimensões dos pequenos cilindros, definindo também se é mais conveniente a produção dos péletes ou dos briquetes.

Os briquetes usualmente apresentam diâmetro de 10 cm, com 31,5 cm de perímetro e 78,53 cm² de área. Já os péletes são menores, apresentando 6 mm de diâmetro; 0,28 cm² de área e 1,9 cm de perímetro (Fraza, 2008).

Dias citado por Gentil (2008) explicou que as principais diferenças existentes entre os péletes e os briquetes estão na forma de fabricação e no dimensionamento. Os briquetes necessariamente têm que possuir um comprimento de até cinco vezes o seu diâmetro. Nos péletes, esse (diâmetro) varia de 6 a no máximo 10 mm. O comprimento dos briquetes pode chegar a até 120 mm. Bezzon apud Gentil (2008) caracterizou briquetes como cilindros com 4 a 10 cm de diâmetro e 10 a 40 cm de comprimento; enquanto o pélete possuiria 0,5 a 1,8 cm de diâmetro e comprimento de até 4 cm. Nota-se portanto que existem algumas controvérsias no ponto de separação entre um tipo ou outro dessas biomassas energéticas quanto às suas dimensões. O que é certo é que os péletes são os produtos de menores dimensões, enquanto os briquetes são os de maiores.


Segundo Arsal Ambiente (s/d), na Espanha há a preocupação de que as formas dos briquetes se assemelhem às da lenha, para que a fumaça expelida pelas chaminés sejam semelhantes. Isso explicaria o seu formato cilíndrico e o maior comprimento. O tamanho inferior dos péletes nos proporciona otimização de manipulação promovendo as operações de carga e descarga; no entanto, existe maior atrito entre as partículas o que pode causar desgaste dos mesmos (Fraza, 2008). Também as densidades a granel dos produtos podem variar conforme variam essas dimensões.

Preocupações com questões ambientais se tornam a cada dia mais importantes para a sociedade. Dessa forma, o uso de alternativas energéticas aos recursos não renováveis como os derivados do petróleo são tendências que já estão virando realidade (Polychem; s/d). Isso vale também para a utilização de péletes e/ou briquetes como combustíveis, pois, além de serem produzidos a partir de resíduos e desperdícios da madeira de indústrias moveleiras, serrarias, dentre outras, também são considerados recursos renováveis, agregando valor a um produto antes desprezado e muitas vezes descartado de forma ambientalmente incorreta. Questões ambientais também fazem com que, na atualidade, boa parte da madeira utilizada nos briquetes seja oriunda de florestas plantadas de rápido crescimento como as de Eucalyptus e Pinus, podendo inclusive possuírem selos verdes e certificações garantindo adoção de boas práticas de manejo e sustentabilidade.

A diversidade de matérias-primas que podem ser usadas como componentes de péletes e briquetes também é observada na sua utilização, como combustível para inúmeras finalidades, como fornos de padarias, de pizzarias e de utensílios cerâmicos, para aquecer estufas, casas de vegetação e animais, para aquecer pinturas de carros e moradias humanas, etc. (Pellets...s/d). Arsal Ambiente (s/d), na Espanha, relata que os briquetes são projetados para uso doméstico em caldeiras individuais. Já os péletes, para uso em caldeiras comunitárias, fornos e lareiras. A utilização do briquete no mercado brasileiro também é bastante semelhante à do pélete, sendo usado em: abatedouros, cerâmicas, cerealistas, cervejarias, fecularias, hospitais, hotéis, indústrias de bala, de óleo, de papel, de refrigerantes, laticínios, lavanderias, metalúrgicas, panificadoras e pizzarias, além de tinturarias e de residências domésticas (Utilização apud Gentil, 2008).


De acordo com Gentil (2008), ainda existem poucos estudos sobre a disponibilidade de biomassa existente para o uso como matéria-prima em briquetes e péletes no Brasil. Também, há limitado conhecimento pela sociedade das propriedades desses biocombustíveis, suas vantagens e desvantagens. O mesmo autor também afirmou existir grande potencial da existência de matéria-prima para a fabricação de briquetes de madeira no Brasil, visto que boa parte dessa ainda é pouco aproveitada.

Histórico

Os processos de briquetagem para fins energéticos iniciaram-se em 1848 nos Estados Unidos, quando William Easby patenteou uma forma de conservação de carvão miúdo em torrões através de pressão. O inventor afirmou que a utilização desse carvão, desprezado pela maioria, podia ser convertido em objeto de grande valor econômico e elevado poder calorífico. A palavra briquete surgiu 14 anos depois em Paris, originária de um produto com misturas de turfa argila e carvão. Nas décadas seguintes, inúmeras tecnologias foram desenvolvidas para a compressão do carvão mineral para combustível sólidos, utilizando-se também de temperaturas adequadas para tanto. Foi nessa época que a palavra “pérats” surgiu distinguindo-os dos briquetes pela adição de aglomerantes (Gentil, 2008).

Após, tecnologias de briquetagem de resíduos da madeira para fins energéticos também foram aos poucos se desenvolvendo. Estudos sobre a densidade, poder calorífico e outras propriedades desses produtos relacionados com outros combustíveis sólidos como a lenha passaram a ser realizados (Gentil, 2008).

Nas últimas décadas, as pressões cada vez maiores para o correto descarte de resíduos alavancaram o crescimento dessa produção, convertendo o que era resíduo em valiosos produtos para a sociedade.

Vantagens

Comparando péletes e briquetes, como combustíveis, a outros utilizados com o mesmo propósito, Pelletslar (2009), Gentil (2008) e Pellets...(s/d), ressaltaram existir uma série de vantagens, as quais podem ser assim enumeradas:

- As caldeiras atuais para geração de energia calorífica possuem elevada tecnologia, capazes de reduzir a emissão de compostos poluentes como óxido de nitrogênio, dióxido e monóxido de carbono e outros compostos voláteis. Assim, Pelletslar (2009) afirmou que os péletes são considerados os combustíveis sólidos para aquecimento menos poluentes atualmente existentes no mercado. A baixa umidade do produto também contribui para uma combustão extremamente eficiente, diminuindo a quantidade de fumaça emitida e quase não existindo cheiro (Pellets...s/d).

- No caso dos péletes de madeira, seu tamanho reduzido e a uniforme densidade a granel auxiliam na dosagem exata a ser queimada para gerar a quantidade de energia necessária para cada finalidade (Pellets...s/d).

- Os péletes e briquetes de madeira são produzidos a partir de subprodutos das indústrias florestais (serragem, pós, maravalhas...) e também das próprias florestas (galhos, cascas, raízes, folhas...), não havendo a necessidade de corte de árvores para tanto. Valem-se de resíduos que anteriormente eram descartados ou "simplesmente queimados para desaparecer".

- Outra vantagem dos péletes e dos briquetes é o preço. Por serem feitos de resíduos de outras indústrias, o valor é inferior a grande parte dos outros combustíveis, sendo então economicamente atrativo. Segundo Gentil (2008), a instabilidade e a tendência crescente do preço do barril de petróleo também vêm contribuindo para a utilização de energias alternativas como as dos briquetes e péletes. Inclusive, o preço dos péletes é menos influenciado por acontecimentos mundiais como guerras, crises econômicas, dentre outros conflitos. Logo, além de mais baratos, seu valor no mercado é considerado estável e previsível. Dessa maneira, os péletes são considerados como sendo combustível alternativo sustentável e com potencialidade para substituição de outros mais usados como o gás natural e o petróleo, diminuindo assim a dependência deles (Pelletslar, 2009).

- Em cultivos florestais com elevado acúmulo de serrapilheira, como ocorre com os Pinus e outras coníferas, a produção de péletes auxilia na limpeza das florestas, diminuindo a espessura da manta orgânica existente no solo. Tal medida diminuiria os riscos de incêndios florestais, comuns principalmente em locais frios e regiões de clima temperado. Entretanto, essa retirada de manta orgânica deve ser compensada pela reposição dos nutrientes exportados da área florestal. Uma das formas de se fazer isso seria retornar as cinzas das caldeiras de biomassa ao solo florestal. Mesmo assim, há a necessidade de adequados balanços nutricionais para evitar a exaustão dos solos pela exportação desses nutrientes.

- Os péletes de madeira produzem energia renovável e facilmente armazenável (sempre disponível), sobressaindo inclusive em relação a outras energias limpas como a energia solar que em muitas regiões distantes dos trópicos não possuem intensidade suficiente para aquecimento, principalmente no inverno (Pelletslar, 2009). Também possuem vantagens sobre a energia eólica, que pode ter picos de produção para cima e para baixo, a critério dos ventos.


- O tamanho reduzido dos péletes diminui muito o volume necessário para seu armazenamento, sendo esse outro grande ponto positivo. De acordo com Pelletslar (2009), a mesma energia calorífica é produzida por 1 tonelada de péletes e por 1,5 toneladas de madeira (que em geral é mais úmida). Os péletes e briquetes são mais secos e ocupam bem menos espaço que toras de madeira, principalmente devido ao adensamento das partículas. Apesar de algumas madeiras possuírem resistência mecânica, poder calorífico superior e umidade inferior aos briquetes, esses últimos apresentam propriedades consideradas bastante propícias à combustão energética, devido à elevada densidade e baixa umidade que possuem (5 -15%). Segundo Ramírez (2007) a umidade média dos briquetes se encontra a 6 %, ao passo que em madeiras para lenha essa pode variar de 20 a 25% (em situações de ótimo), prejudicando a geração de energia. Os péletes e briquetes são constituídos de serragens e maravalhas comprimidas em 6 a 8 tf e sobre tensão de 90 a 145 kg/cm².

O poder calorífico varia de acordo com o tipo de madeira e umidade dos briquetes. No caso de briquetes produzidos com Pinus, esses apresentam PCS (poder calorífico superior) próximos a 4500 a 5000 kcal/kg. Já briquetes de outras matérias-primas geram 4200 a 4600 kcal/kg de PCS. Esses valores dependem muito do teor de lignina e resinas da madeira (que possuem mais carbono que os carboidratos). Segundo Pellets... (s/d) a energia calorífica média potencialmente existente em péletes de madeira é de 4,8 MWh por tonelada. Polychem (s/d) também relatou que a densidade média dos resíduos de madeira (matéria-prima dos briquetes) é de no máximo 200 kg/m³. Já a dos briquetes é de 1200 kg/m³, conferindo poder calorífico de pelo menos 6 vezes maior por unidade de volume por causa de sua elevada densidade (muito mais massa seca por volume). As densidades das madeiras energéticas variam entre 450 a 700 kg secos por metro cúbico.

- A armazenagem de péletes de madeira, segundo Pelletslar (2009), não apresenta riscos de explosão, como ocorre com alguns combustíveis, sendo considerado mais seguro (Arsal Ambiente, s/d). Entretanto, por ser um material combustível, essa armazenagem precisa seguir regras de segurança muito criteriosas.

- Da mesma forma que para a armazenagem, o tamanho reduzido dos péletes também facilita no seu transporte, tornando esse mais econômico pela redução do volume, além de favorecer na descarga (Arsal Ambiente, s/d).

- Os briquetes são de mais fácil combustão inicial que a lenha por possuírem alta densidade e baixas umidades. Também permitem uma melhor aeração na fornalha das caldeiras, por se distribuírem melhor. Em 10 minutos já há a geração de calor e suas chamas não são tão elevadas como a da madeira comum (Ramírez, 2007).

- Os péletes e briquetes são considerados combustíveis renováveis, limpos e naturais. Logo, o governo de alguns países já apresenta incentivos fiscais para as empresas que fizerem de seu uso uma realidade (Pelletslar, 2009; Lázzaro, 2008).

- A substituição de caldeiras alimentadas por combustíveis fósseis por caldeiras consumindo péletes e briquetes é factível de merecer benefícios de créditos de carbono, assegurados pelos processos de MDL - Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.



Desvantagens

Um dos principais pontos negativos que tanto os péletes como os briquetes podem apresentar é a mescla de seus componentes. Tal desuniformidade pode se refletir na cor (misturas de diversos tipos de madeiras) ou também a granulometria desigual da matéria-prima, gerando diferenças e desuniformidades de poder calorífico (Arsal Ambiente, s/d).

No caso do uso de diferentes tipos de madeiras, misturas de cores podem ser observadas visualmente. Quando a matéria-prima são os Pinus, os péletes apresentam coloração amarela clara, o que não ocorre com os oriundos da maçaranduba (madeira usada em movelaria) por exemplo, com cor marrom escura.

O uso de diferentes partes da árvore como maravalhas, pós e cascas pode também diminuir o poder calorífico tanto dos péletes como dos briquetes, sendo o ideal, a utilização de granulometrias e matérias-primas semelhantes para a maior uniformidade possível do produto final (Gentil, 2008; Ramírez, 2007; Arsal Ambiente, s/d).

Outro fator depreciante comum dos péletes e briquetes é a higroscopicidade. Por serem derivados de madeira, apresentam capacidade de reabsorção de umidade do ambiente. Caso sejam armazenados em locais inapropriados (úmidos, ao tempo), ou estejam em embalagens inadequadas, poderão inclusive sofrer descompressão da massa sólida em serragem (estado original), perdendo assim a sua utilidade (Buhler, 2009; Gentil, 2008).



Mercado atual

A Europa consumiu em 2008 mais de 8 milhões de toneladas de péletes de madeira, sendo a Suécia a principal consumidora. Também importantes consumos fora registrados na Dinamarca, Holanda, Bélgica e Itália como maiores consumidores do continente. Em 2008, a produção total sueca de péletes de madeira foi de 1,7 milhões de toneladas, importando no ano anterior 400 mil toneladas para atender às necessidades domésticas da população. Muitos consumidores preferem os péletes por serem mais fácil de manusear, além de queimarem por mais tempo quando comparados aos seus concorrentes, principalmente a lenha. Na Europa, há mais de 450 unidades de produção de péletes para fins energéticos, havendo diversos projetos para novas instalações. O preço dos péletes de madeira foi mais elevado no país onde há sua maior demanda (na Suécia chegou a níveis recordes de € 250 / t), considerado muito superior ao resto da Europa. Porém, especialistas apontam que há tendência ao equilíbrio do preço dos péletes de madeira entre os países da comunidade européia para o futuro (International Forest apud Painel Florestal, 2009).

Nas Américas, o Canadá é um dos países que mais se utilizam da tecnologia de péletes e briquetes para a geração de calor (Ramírez, 2007). Na Argentina, de acordo com Lázzaro (2008) e Maslatón et al. (s/d), há potencial de produção de péletes de resíduos de indústrias e de restos de galhadas de florestas de Pinus. No Brasil, apesar do consumo estar aumentando, a utilização de péletes para finalidades domésticas ainda é considerada recente, assim como na Argentina. Apesar da elevada procura do produto, principalmente por indústrias alimentícias de São Paulo, ainda não há produção suficiente para atender esse mercado em sua totalidade (Polychem, s/d). O mesmo autor relatou que na cidade de São Paulo 70% de todas as pizzarias e padarias utilizam fornos à lenha, havendo a necessidade de 36.400 ton de briquetes/mês para suprir essa demanda.

Processo de briquetagem e peletização

Os principais equipamentos utilizados para a briquetagem e a peletização são a briquetadeira e a peletizadora, respectivamente. De acordo com Briquetes no Brasil (2009) e Polychem (s/d) há dois tipos de briquetadeiras:

- briquetadeira em pistão - após a devida moagem para equalização das dimensões da matéria-prima, secagem e armazenamento adequado, o resíduo da madeira é levado a esse equipamento através de um dosador, onde é submetido a golpes de pistão por dois volantes. Isso permite que haja a compressão, gerando os briquetes cilíndricos;

- briquetadeira por extrusão - o resíduo é conduzido à parte central desse equipamento (matriz) passando a sofrer atritos e fortes pressões que promovem a elevação da temperatura a mais de 250°C. As elevadas pressões e temperaturas permitem a melhor compactação desse resíduo, fazendo com que haja a formação de um briquete sólido com alta resistência mecânica. O processo causa a plastificação e depois a solidificação da lignina da superfície do briquete, tornando-o mais resistente à umidade natural.

Gentil (2008) relatou as etapas do processo de fabricação de briquetes, onde 2.754 kg de serragem de Pinus contendo 43,8% de umidade são secados por hora, chegando a 11 % de umidade e diminuindo o peso a 1.739 kg. Após, segue-se para armazenagem em silos que depois alimentam uma briquetadeira que recebe 1.926 kg/hora de serragem para compactação numa tensão de 14,1 a 24,7 MPa. As dimensões dos 1.926 kg briquetes produzidos por hora são: 85 mm e 95 mm de diâmetro e 300 mm de comprimento. Esses possuem em média 12,9% de umidade e 10,03 GJ/m³ de densidade energética.


No caso da peletização, Buhler (2009), indicou os principais processos envolvidos. Após recepção dos resíduos de madeira e devida armazenagem, esses passam por um processo de limpeza, onde máquinas de peneiramento com sensores magnéticos separam impurezas como pedras e partículas de metais. Depois disso, há o processo da moagem, reduzindo o tamanho das lascas de madeira. Algumas vezes, os resíduos são moídos ao ponto de se transformarem em pó, comumente chamado de “serrim ou serragem” (Arsal Ambiente, s/d). Na etapa posterior (condicionamento), as partículas de madeira são submetidas ao calor para a liberação da umidade e da resina. Essa última ajuda na agregação dos péletes. Em seguir, vem a peletização, onde o material é levado às peletizadoras que fabricam os péletes por intensa pressão que garante a solidificação. Após, os péletes passam por sistemas de arrefecimento e novas limpezas já estando prontos para serem ensacados e comercializados (Embar, s/d).


Cuidados com péletes e briquetes

Existem cuidados que devem ser tomados, tanto para a escolha do local ideal de unidades fabris, para a produção dos péletes e briquetes, como para o consumo desses produtos, garantindo a otimização de todas as vantagens econômicas e ambientais que eles possuem.

Segundo Lippel citado por Paula (2006), a aglomeração eficiente de briquetes necessita que a umidade do resíduo de madeira esteja na faixa de 8 a 15% e que as partículas sejam pequenas (entre 5 a 10 mm). Isso implica muitas vezes na secagem e moagem anterior à briquetagem.

A escolha do local de instalação de uma unidade produtora de briquetes deve ser o mais próximo possível da fonte de matéria-prima. A distância entre a fábrica de péletes/ briquetes e o mercado consumidor também é de alta relevância nessa escolha. Tal medida diminuiria gastos com transportes (Polychem, s/d).

Depois de produzidos, tanto os péletes como os briquetes devem ser embalados em sacos plásticos e armazenados em locais secos. São medidas a serem seguidas até o uso dos mesmos, para evitar a perda de eficiência do produto por reabsorção de água.

O local de instalação dos queimadores domésticos e industriais também é relevante. Esses não devem ser acondicionados em ambientes mal ventilados, sem proteção ou com umidade excessiva. Um técnico especializado para instalação e manutenção dos queimadores também deve sempre monitorar o processo, assim como deve-se seguir corretamente o manual de utilização do equipamento. O uso de briquetes e péletes de boa qualidade são fundamentais para o bom funcionamento dos queimadores. Tudo isso aumentaria a vida útil do equipamento, além de promover a combustão dos péletes de forma econômica e ambientalmente adequada (Pelletslar, 2009).


Resumo de alguns artigos selecionados sobre briquetes e péletes de madeira de Pinus

Soto e Núñez (2008) estudaram a possibilidade da fabricação de péletes através da mescla de serragem de Pinus radiata e pó de carvão vegetal. Foram fabricados 1.180 péletes contendo 15 composições distintas, os quais foram avaliados através de ensaios de friabilidade e de poder calorífico, seguindo-se a norma alemã DIN 51900 e também um protocolo de medição. Os autores afirmaram que foi possível utilizar Pinus radiata como aglomerante ao pó de carvão já na proporção de 50 % de cada uma das matérias-primas. A combinação ótima foi de 47,5% de carvão, possuindo friabilidade de 0,9 e ganho energético de 24,2 % quando comparado a um pélete fabricado com madeira em sua totalidade.

Gentil (2008) realizou um levantamento contábil e gerencial das etapas de briquetagem de serragem de Pinus, onde registrou um consumo energético de 435 Wh/t de briquetes produzidos. O processo de secagem foi o que apresentou maior demanda de energia, chegando a ser 78,6% do total gasto. O mesmo autor abordou que o custo de produção de briquetes foi de R$ 265,00 por tonelada de produto final. Os maiores gastos foram com frete de matéria-prima e com entrega de briquetes, totalizando 31,7 % do valor da produção. O preço da lenha por tonelada é inferior; contudo, o valor direto da energia produzida pelos briquetes é superior. O resultado final é que os briquetes mostram-se mais econômicos. Infelizmente, muitos consumidores ainda compram os produtos por preço, sem ver a eficiência energética, e nem os benefícios ambientais dos mesmos.

Silva et al. (2006) realizaram um estudo de caso de uma empresa produtora de briquetes no estado de São Paulo, avaliando os custos envolvidos de todos os seus investimentos. Os autores observaram que sem a isenção de impostos os investimentos da fábrica foram inviáveis obtendo um valor presente líquido negativo. Por outro lado, caso houvesse algumas isenções de impostos os investimentos se tornariam economicamente viáveis possuindo um valor presente líquido positivo, com uma taxa interna de retorno de 16,9%.

Considerações finais

Os péletes e briquetes são considerados bicombustíveis, proporcionando energia alternativa à energia provinda de combustíveis fósseis não renováveis como o petróleo, carvão mineral e gás natural. Frente às dimensões do parque industrial madeireiro no Brasil, a geração de resíduos somente nessa indústria é enorme. Também são grandes as disponibilidades de restos agrícolas e florestais, que são excelentes matérias-primas para produção de péletes e briquetes. Esses descartes ou resíduos poderiam ser utilizados na fabricação de péletes ou briquetes proporcionando agregação de valor e melhoria ambiental (Gentil, 2008). Devido às grandes vantagens econômicas e ambientais que os péletes/briquetes possuem, sua utilização tende a crescer no Brasil. Nosso país possui grandes áreas de cultivo com espécies florestais de rápido crescimento como os Pinus e os eucaliptos, das quais boa parte possui selos verdes que garantem o manejo sustentável dos recursos naturais ali existentes. Dessa forma, tende a crescer a produção de péletes e briquetes a partir dos resíduos florestais dessas áreas e das fábricas que se utilizam dessas madeiras. Há conseqüentemente enorme potencial no Brasil para a produção desses produtos para a geração de energia limpa.

A utilização dos péletes/briquetes de madeiras de Pinus poderia promover a diminuição da utilização da madeira de nativas como lenha, ajudando assim na conservação de florestas remanescentes nativas. Os péletes e briquetes de florestas de Pinus com certificação são vistos com bons olhos pelos países europeus, podendo a exportação desses produtos ser mais uma alternativa para geração de divisas e receitas.

Apesar de todos os benefícios do uso de péletes e briquetes como fonte energética alternativa, ainda há poucos trabalhos científicos brasileiros para melhorias tecnológicas e caracterização de novos compostos residuais de madeira para esse fim. Os governos federais e estaduais também poderiam proporcionar mais incentivos às empresas para a produção de tais produtos ambientalmente corretos, bem como estimular seu consumo industrial e doméstico, ajudando na divulgação de todas suas vantagens.

Enfim o caminho existe para ser trilhado, cabe agora apenas definir as maneiras para se fazê-lo com maior intensidade e o melhor possível.



Websites de alguns produtores de péletes e briquetes de madeira para fins energéticos
(são apenas sugestões para conhecimento das tecnologias e não devem ser entendidas como recomendações comerciais)
http://www.banfoldy.com/ (Áustria)
http://www.barroman.com/briquetas-pino.htm (Argentina)
http://www.zeni.com.ar/ (Argentina)
http://flogis.net/peletesFLOG.htm (Brasil)
http://www.vulcaobriquetes.com.br/ (Brasil)
http://www.nasabriquetes.com.br/?gclid=CK7TrLbd1Z0CFSBN5QodqlDIqw (Brasil)
http://www.briqueteslage.com.br/ (Brasil)
http://www.nacbriquetes.com.br/?gclid=CLzrgc3d1Z0CFU1M5QodyEsZyw (Brasil)


Imagens de péletes e briquetes de madeira:


Imagens Google:

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&um=1&sa=1&q=
%22p%C3%A9letes+de+madeira%22&aq=f&oq=&start=0
(Péletes)
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&source=hp&q=
briquetes%20de%20madeira&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wi
(Briquetes)


Referências bibliográficas e sugestões para leitura:


Briqueta - Briquette.
Wikipédia. Acesso em 23.10.2009:
http://es.wikipedia.org/wiki/Bloque_sólido_combustible (Espanhol)
http://en.wikipedia.org/wiki/Briquette (Inglês)


Pelletslar. Acesso em 09.10.2009:
http://www.pelletslar.com/?pID=31&selID=31|42

Sistemas de peletização para portadores de energia renovável. Buhler. Acesso em 10.10.2009:
http://www.buhlergroup.com/33794PT.htm?grp=60_30_02

Aproveitamento energético de resíduos de madeira e florestais na forma de briquetes. Briquetes no Brasil. Acesso em 15.10.2009:
http://infoener.iee.usp.br/scripts/biomassa/br_briquete.asp

Sweden consumes more than 20% of the world’s wood pellets and demand is growing. Wood Resource Quarterly. 02 pp. (2009)
http://www.wri-ltd.com/wrquarterly.html

Pellets de madeira na Europa. Painel Florestal. (2009)
http://painelflorestal.com.br/exibeNews.php?id=4167&
cod_editorial=&url=news.php&pag=0&busca=

O que são pellets? Prestenergia. 02 pp. (2009)
http://www.prestenergia.com/ficheiros/conteudos/files/pellets(1).pdf

Densificação da madeira. C. Fraza. MADEN. Apresentação em PowerPoint: 23 slides. (2008)
http://www.inee.org.br/down_loads/biomassa/Carlos%
20Fraza%20Maden%202008.pdf

Fabricacion de pellets de carbonilla, usando aserrin de Pinus radiata (D. Don), como material aglomerante. G. Soto; M. Núñez. Maderas Ciencia y Tecnología 10(2):128-138. (2008)
http://www.scielo.cl/pdf/maderas/v10n2/art_05.pdf

Tecnologia e economia do briquete de madeira. L. V. B. Gentil. Tese de Doutorado. Universidade de Brasília. 215 pp. (2008)
http://efl.unb.br/arq_pdf/tese/Luiz_Vicente_Gentil.pdf

Eco-pellets en Argentina: oportunidades de proyectos sustentables para un producto exportable. M. Lázzaro. BWA. Apresentação em PowerPoint: 47 slides. (2006)
http://www.bioenergy-world.com/americas/2006/IMG/pdf/WEINER_&_
ASOCIADOS-Martin_Lazzaro-Bioenergy_World_Americas_2006.pdf

Briquetas. Usa residuos de aserraderos. H. Ramízez. El País. (2007)
http://www.forestalweb.com/Noticias-nacionales/qbriquetasq-usa-residuos-de-aserraderos/

Estudo da viabilidade técnico – econômica de uma fábrica de briquetes para fins de geração energética. C. A. Silva; F. F. Felfli; J. M. M. Pérez; J. D. Rocha; A. F. Simões. 10 pp. (2006)
http://www.nipeunicamp.org.br/agrener/anais/2006/78.pdf

Aproveitamento de resíduos de madeira para confecção de briquetes. J. C. M. Paula. Monografia. UFRRJ. 48 pp. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Monografia%20Julio%20Marchiori.pdf

Aquecimento por pellets. Heating Technique. 02 pp. (s/d = Sem referência de data)
http://www.hiperclima.pt/userfiles/File/FolhetosCentrometal_PDF/EKO-CK_Pellets.pdf

Que são os pellets de madeira? Embar Conteúdos. 02 pp. (s/d)
http://www.embar.pt/conteudos/File/Noticias/094%20Pellets%20de%20madeira.pdf

Sistema de produção de pellets de madeira. Arsal Ambiente. 07 pp. (s/d)
http://www.arsalambiente.pt/docs/Sistema%20de%20Pellets.pdf

Ensaio sobre briquetagem. Polychem. 10 pp. (s/d)
http://www.polychem.com.br/briquetagem.pdf

Pélets y briquetas. F. M. Martín. Ecologia: 54-62 (s/d)
http://www.infomadera.net/uploads/articulos/archivo_2293_
9990.pdf?PHPSESSID=20e46e8474fa7837f5bc31a16b90e340

Pellets de madera para usos energéticos. C. Maslatón; A. L. González; A. Miño.
Primeira Nota. 06 pp. (s/d)
http://www.inti.gov.ar/maderas/pdf/pellets_madera.pdf

PinusLetter é um informativo técnico, com artigos e informações acerca de tecnologias florestais e industriais e sobre a Sustentabilidade das atividades relacionadas aos Pinus
Coordenação e Redação Técnica - Ester Foelkel e Celso Foelkel
Editoração - Alessandra Foelkel
GRAU CELSIUS: Tel.(51) 3338-4809
Copyrights © 2007-2010 - celso@celso-foelkel.com.br
ester.foelkel@via-rs.net

Essa PinusLetter é uma realização da Grau Celsius com apoio financeiro da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel e da empresa KSH- CRA Engenharia Ltda.
A PinusLetter também é apoiada por uma rede de empresas, organizações e pessoas físicas conhecida como Apoiadores da PinusLetter.

As opiniões expressas nos artigos redigidos por Ester Foelkel e Celso Foelkel e o conteúdo dos websites recomendados para leitura não expressam necessariamente as opiniões dos patrocinadores e dos apoiadores.

Caso você queira conhecer mais sobre a PinusLetter, visite o endereço http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter.html



Descadastramento
: Caso você não queira continuar recebendo a PinusLetter, envie um e-mail de cancelamento para
foelkel@via-rs.net

Caso esteja interessado em apoiar ou patrocinar a PinusLetter, envie uma mensagem de e-mail demonstrando sua intenção para foelkel@via-rs.net

Caso queira se cadastrar para passar a receber as próximas edições da PinusLetter bem como do Eucalyptus Online Book & Newsletter, clique em Registrar-se