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Editorial

Caros amigos interessados pelos Pinus,

Estamos lhes trazendo a 25ª Edição da nossa PinusLetter. Mais uma vez, estamos nos esforçando para lhes oferecer temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para sua leitura. Nessa edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e de outras coníferas, bem como à preservação de nossos recursos naturais e à sustentabilidade das plantações florestais. Também nessa edição, continuamos a dar o merecido destaque a pessoas de nossa comunidade técnica-científica e Universidades, as quais trazem, com seus trabalhos, esforços e talentos, contribuições muito relevantes na agregação de conhecimentos sobre os Pinus. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse e agrado.

A seção "As Coníferas Ibero-Americanas" traz como destaque algumas das principais características de "Araucaria araucana", uma conífera nativa da América Latina que ocorre naturalmente nas montanhas andinas do Chile e da Argentina. Conhecida popularmente como araucária chilena, apresenta sementes comestíveis - “pinhões” - apreciados na culinária local e mundial. Observem algumas de suas principais características e necessidades edafo-climáticas para seu melhor desenvolvimento.

A PinusLetter enfatiza nessa edição "as caixas de madeira para transporte de frutas e hortaliças como mais um produto do Pinus". Atualmente, esse tipo de embalagem é tema de diversas discussões entre os especialistas no assunto. Conheçam algumas das principais vantagens e desvantagens do produto para o transporte de alimentos, sua história no Brasil, tipos, entre outros assuntos relacionados.

A seção "Referências Técnicas da Literatura Virtual" destaca novamente "Teses e Dissertações de Universidades". A Universidade homenageada nesta edição é a UACH - Universidad Austral de Chile, localizada nas cidades de Valdívia e Puerto Montt. Essa importante instituição de ensino e pesquisa chilena atua também na pesquisa do setor florestal, desenvolvendo e divulgando conhecimentos sobre os Pinus e seus produtos através da “Faculdade de Ciências Florestais e Recursos Naturais”. Além de estar situada e atuar intensamente em Valdívia e Puerto Montt, realiza importantes programas de extensão em toda a região sul do Chile, ministrando cursos e ajudando na melhoria da qualidade de vida da sociedade.

Nessa edição, retornamos com as "Referências sobre Eventos e Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados e os materiais dos cursos e eventos referenciados. Visitem ainda os "Pinus-Links", que oferecem boas chances para a obtenção de novos conhecimentos sobre os Pinus, consultando os websites sugeridos da internet.

Em edição anterior desse informativo digital (PinusLetter Nº 3 - http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_03.html#quatorze), discutimos para vocês as técnicas de resinagem de árvores de Pinus. Nessa edição atual, trouxemos alguns dos principais “estudos realizados com a resina do Pinus”. A resina é um composto produzido pela planta que é extraído e utilizado pelo homem para diversos fins. Saibam quais são esses, além das principais vantagens que podem conferir à planta e ao ser humano.

Através do nosso "Mini-artigo técnico" dessa edição, trazemos informações sobre "fabricação de fraldas e absorventes íntimos descartáveis com fibras celulósicas de Pinus". Confiram a evolução tecnológica desse produto, desde sua criação nos anos 70, seus principais componentes e onde e como o Pinus participa como uma das matérias-primas desses produtos.

Aos Patrocinadores e aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento pela oportunidade, incentivo e ajuda para que possamos levar ao público alvo, que cada vez é maior, muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas que são as dos Pinus, e também as de outras coníferas comercialmente e ecologicamente importantes para nossa sociedade.

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias oportunidades que as plantações florestais do gênero Pinus oferecem ao Brasil, América Latina e Península Ibérica, levando sempre mais conhecimentos também sobre os produtos derivados dos Pinus para a sociedade e sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.

Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:

ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

KSH - CRA Engenharia Ltda (http://www.ksh.ca/en/)

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

As Coníferas Ibero-Americanas: Araucaria araucana

Caixas de Madeira de Pinus para o Transporte de Frutas e de Hortaliças

Referências Técnicas da Literatura Virtual - UACH - Universidad Austral de Chile

Referências sobre Eventos e Cursos

Pinus-Links

Estudos sobre a Resina do Pinus

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
Fraldas e Absorventes Íntimos Descartáveis Produzidos com Fibras Celulósicas do Pinus

As Coníferas Ibero-Americanas

Araucaria araucana


Araucaria araucana é uma conífera pertencente à família Araucariaceae, nativa da América do Sul, ocupando mais precisamente a região andina do Chile e Argentina. Devido à sua beleza e imponência, é uma árvore que possui vários nomes populares, tais como: araucária chilena (é uma árvore símbolo do país), pinheiro de braços, “piñoneiro” (em espanhol) e “monkey puzzle“ (em inglês).

A. araucana é tão importante culturalmente que até originou o nome de um povo indígena da sua região de abrangência: a etnia Pehuenche da tribo Mapuche. Em sua língua Pehuenche significa “gente de Pehuén” (nome dado à Araucaria araucana). É muito comum se referir aos indígenas mapuches como araucanos, sendo essa também o nome espanhol de uma região do Chile (região Araucana). A árvore proporciona alimento, energia, moradia e fonte de renda aos Pehuenches que habitam reservas nacionais florestais do Chile.

A madeira da árvore é considerada macia, de coloração amarelo clara e foi muito apreciada no passado para a construção civil, para a carpintaria e marcenaria. Hoje, a árvore está ameaçada de extinção, existindo menos de 64% de sua área original. Logo, seus países de abrangência natural possuem leis que impedem seu corte e restringem a comercialização de suas sementes (Gymnosperm Database, 2010). Apenas os índios residentes nas áreas de reservas podem utilizar a madeira de árvores mortas caídas de forma natural nas florestas. Algumas famílias indígenas sobrevivem da comercialização das sementes (pinhões) que são altamente nutritivas e saborosas, sendo uma das bases da alimentação desses povos; contudo, também são apreciadas em pratos culinários do mundo inteiro.

Apesar do agradável sabor e preço elevado que alcançam, o crescimento lento da árvore, que demora de 30-40 anos para iniciar a produção, desestimula o seu plantio em regiões exóticas para essa finalidade. Porém, muitos especialistas garantem que a espera seria compensada pela elevada produtividade e longevidade da espécie que sobrevive mais de 1000 anos. A árvore atualmente é plantada como exótica em diversas regiões urbanas de muitos países, enfeitando parques e jardins de locais de clima frio (Wikipédia, 2010). Povoamentos experimentais e comerciais da espécie já foram testados e implantados em diversas regiões do mundo, principalmente pela potencialidade na produção dos pinhões.

A. araucana se desenvolve em regiões altas, acima de 800 metros de altitude, preferindo terrenos rochosos e arenosos com boa drenagem. Consegue se associar com outras espécies nativas formando florestas mistas em seu local de origem; todavia, há tendência de formarem também bosques puros. A planta se desenvolve bem em climas oceânicos, podendo suportar solos salinos. Tem preferência por elevadas precipitações e resiste a temperaturas de até menos 20ºC, sendo considerada a espécie mais resistente ao frio do seu gênero. Assim, seu desenvolvimento foi considerado bom em muitas das regiões de clima temperado da Europa e América do Norte. Também já foi plantada com sucesso na Nova Zelândia e Austrália (Gymnosperm Database, 2010).

Mesmo possuindo porte elevado, alcançando até 50 metros de altura, suas pinhas (cones femininos que contém os pinhões) caem ao solo quando maduros, facilitando a colheita das sementes. A espécie é dióica, ou seja, existem árvores do sexo feminino e árvores do sexo masculino, diferenciando-se visualmente pelas suas inflorescências na época reprodutiva. Os cones masculinos são menores, podendo se apresentar em grupos ou solitariamente nos ramos da árvore. Possuem forma ereta, coloração castanho-amarelado e suas dimensões médias são 7-15 cm de comprimento por cinco centímetros de largura. Já o cone feminino apresenta aspecto globular com coloração predominante marrom na maturação, o que leva dois a três anos. Também chamados de pinhas, apresentam 10-18 cm de comprimento e até 15 cm de largura. Dentro estão dispostas as sementes (pinhões), as quais são triangulares, têm aspecto brilhante em sua casca de cor marrom ao alaranjado. Podem medir de 2,5 a 4 cm de comprimento com diâmetro de 0,7 a 1,5 cm.

Como principais características morfológicas está o aspecto da árvore adulta: tronco ereto, grosso, cilíndrico e anelado (cicatrizes de antigas ramificações), ramificando-se apenas no topo. Seus ramos são praticamente perpendiculares ao tronco da árvore se inclinando para cima na parte distal. Isso confere aspecto de “guarda chuva”, semelhante às outras espécies do gênero. Em função desse comportamento, a grande maioria das folhas está contida nas extremidades dos ramos. A folhagem é persistente e flexível; porém, de aspecto coriáceo e resistente. As folhas têm coloração verde e estão agrupadas de forma imbricada sobre raminhos, onde persistem por diversos anos consecutivos (10-15 anos de persistência). No geral, essas apresentam 8-25 mm de largura e 30-50 mm de comprimento também contendo um espinho na extremidade (Wikipédia, 2010; Gilman e Watson, s/d).

Confiram a seguir algumas fotos e figuras das principais partes morfológicas da árvore, que ajudam a classificá-la e diferenciá-la das outras espécies do gênero. Há ainda à disposição diversos textos técnicos e artigos científicos que abordam a biologia da árvore e manejo principalmente em seu local de origem. Observem resultados de estudos que visam à preservação de A. araucana em seu habitat natural, além da importância sócio-econômico-ambiental que apresenta nas localidades onde são endêmicas.

Araucaria araucana. Wikipédia. Acesso em 22.02.2010:
A enciclopédia virtual Wikipédia possui muita informação técnica sobre a araucária chilena. Dentre essas destacam-se os principais nomes comuns, taxonomia, descrição morfológica, ecologia, manejo, usos e importância, distribuição geográfica, entre outros. Os textos de língua inglesa e espanhola estão mais completos, possuindo inclusive uma galeria de fotos de A. araucana. Confiram:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Araucaria_araucana (em Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Araucaria_araucana (em Espanhol)
http://en.wikipedia.org/wiki/Araucaria_araucana (em Inglês)

Araucaria araucana. Gymnosperm Database. Acesso em 22.02.2010:
A webpage “Gymnosperm Database” apresenta descrição detalhada da morfologia de A. araucana. Além disso, há muitos outros temas de relevância abordados no texto técnico do site tais como: taxonomia, importância ambiental e cultural, abrangência, condições favoráveis para o desenvolvimento, principais usos, ecologia, preservação e também algumas curiosidades (sobre a árvore mais velha e a mais alta). Fotos e figuras da árvore também podem ser observadas no website www.conifer.org do "Gymnosperm Database".
http://www.conifers.org/arar/araucana.html

Araucaria araucana. ChileBosques. Acesso em 22.02.2010:
O website chileno “ChileBosques” possui muitas informações sobre as espécies arbóreas nativas do país, incluindo-se Araucaria araucana. Há inúmeras fotos da árvore, além de textos informativos que tratam da descrição morfológica da espécie, sua abrangência e hábitat, as principais funções, biologia, ecologia e preservação. Observem também alguns vídeos que podem ser acessados sobre alguns exemplares de A. araucana.
http://www.chilebosque.cl/tree/aarau.html

Araucaria araucana - (Molina.) K. Koch. Plant for a Future Database. Acesso em 22.02.2010:
Observem algumas das principais características de Araucaria araucana descritas no website “Plant for a future database”. Há uma tabela contendo dados básicos da árvore como o primeiro identificador, taxonomia, habitat, distribuição e sinonímias. Depois, existem informações mais detalhadas a respeito do uso econômico e medicinal da espécie. Confiram também formas de propagação e características físicas da araucária chilena.
http://www.pfaf.org/database/plants.php?Araucaria+araucana


Uma seleção de artigos e trabalhos técnicos e científicos sobre a Araucaria araucana

Networking sampling of Araucaria araucana (Mol.) K. Koch in Chile and the bordering zone of Argentina: implications for the genetic resources and the sustainable management. F. Drake; M.A. Martín; M.A. Herrera; J.R. Molina; F. Drake-Martin; L.M. Martín. Journal of Biogeosciences and Forestry - SISEF. p. 207-212 pp. (2009)
http://www.sisef.it/iforest/show.php?id=524

Efectos de la producción de semillas y la heterogeneidad vegetal sobre la supervivencia de semillas y el patrón espacio-temporal de establecimiento de plántulas en Araucaria araucana. J. Sanguinetti; T. Kitzberger. Revista Chilena de Historia Natural 82: 319-335. (2009)
http://www.scielo.cl/pdf/rchnat/v82n3/art01.pdf

Comparación de algunas propiedades físicas y composición química del almidón de piñón (Araucaria araucana (Mol) K.Koch), papa (Solanum tuberosum L. ssp. tuberosum Hawkes) y maíz (Zea mays L.). M.J. Ocheda Maechel. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 79 pp. (2008)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2008/fao.39c/doc/fao.39c.pdf

Incendios en bosques de Araucaria araucana y consideraciones ecológicas al madereo de aprovechamiento en áreas recientemente quemadas.
Revista Chilena de Historia Natural 80: 243-253. (2007)
http://www.scielo.cl/pdf/rchnat/v80n2/art09.pdf

Primera cita de las tres especies de Oxycraspedus Kuschel (Coleoptera: Belidae) en Argentina y uso de un modelo predictivo para comparar su distribución potencial con el rango de su planta huésped, la Araucaria araucana. M.S. Ferrer; A.E. Marvaldi; M.F. Tognelli. Revista Chilena de Historia Natural 80: 327-333. (2007)
http://www.scielo.cl/pdf/rchnat/v80n3/art06.pdf

Human use and small mammal communities of Araucaria forests in Neuquén, Argentina. Mastozoología Neotropical, 12(2):217-226. (2005)
http://www.scielo.org.ar/scielo.php?pid=S0327-93832005000200008&script=sci_arttext

Conservation and restoration of monkey puzzle (Araucaria araucana) forests in Chile. C. Echeverría; C. Zamorano; M. Cortés. 17 pp. (2004)
http://www.globaltrees.org/downloads/ChileReportS.pdf

Elaboración de una mezcla de miel crema de abeja (Apis mellifera L.) con harina de piñones de Araucaria araucana [(Mol) K. Koch]. A.O. Haro Pérez. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2004)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2004/fah292e/html/index-frames.html

Insectos que se desarrollan en conos de Araucaria araucana en la Reserva Nacional Malalcahuello (IX Región). R.J. Thienel Carrasco. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2004)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2004/fift434i/html/index-frames.html

Araucaria araucana (J. I. Molina) K. Koch. M. A. Arnold. Landscape Plants For Texas And Environs. Third Edition. 03 pp. (2004)
http://aggie-horticulture.tamu.edu/syllabi/308/Old/Lists/second%20ed/Araucariaaraucana.pdf

Araucaria araucana: Monkey-Puzzle tree. E. F. Gilman; D. G. Watson. University of Florida. 03 pp. (s/d = sem referência de data)
http://edis.ifas.ufl.edu/pdffiles/ST/ST08100.pdf

Imagens e fotos de Araucaria araucana

Araucaria araucana
fotos e imagens
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/araucaria-araucana.html

Imagens Google
http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22Araucaria+araucana%22&aq=f&oq=&start=0
(Araucaria araucana)

http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&source=hp&q=%22monkey+puzzle+tree%22&
gbv=2&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=
("Monkey puzzle tree")

Fotopedia
http://www.fotopedia.com/en/Araucaria_araucana

Imagens Flickr
http://www.flickr.com/search/?q=araucaria+araucana

Caixas de Madeira de Pinus para o Transporte de Frutas e de Hortaliças

As caixas de madeira de Pinus já são utilizadas para o transporte de frutas e verduras há bastante tempo no Brasil. Dentre essas embalagens, as caixas do tipo “K” são as mais conhecidas, sendo que elas ganharam essa denominação ainda na época da segunda guerra mundial, quando o sistema de iluminação das residências era realizado em parte com o querosene. Na época, o Brasil importava o produto que vinha em latas acondicionadas dentro de caixas de madeira. Essas caixas não retornavam ao seu país de origem, fazendo com que fossem reutilizadas para o transporte de frutas e verduras. Essas embalagens rapidamente passaram a ser chamadas de caixas “K” originadas de “kerosene” na língua inglesa (PUC/ s/d).

Apesar de outros países da América Latina também terem importado o querosene, apenas o Brasil utilizou suas caixas para o transporte de alimentos, havendo hoje legislações vigentes sobre as dimensões e formas de armazenamento para as caixas do tipo “K” e outras embalagens de madeira, tornando-se padrão na logística de muitas hortaliças e frutas. De acordo com PUC (s/d), no Chile, a principal forma de transporte de frutas e verduras é através de grandes caixas de madeira ou de plásticos chamadas de “binas” ou pelo transporte a granel. Já na Argentina, há predomínio de caixas de papelão ondulado, de plástico ou de madeira mais trabalhadas, sendo as últimas em grande parte descartáveis (Gutierrez e Andrade; 2010; PUC, s/d).

Apesar de atualmente as caixas tipo "K" terem perdido muito espaço nesse transporte para caixas de papelão ondulado e de plástico, muitos alimentos mais rústicos e artesanais continuam sendo transportados pelas caixas “K” no Brasil. Alguns especialistas em logística acham que o transporte nesse tipo de embalagem não é muito recomendável, pois apesar de serem bem mais baratas em relação aos outros tipos e poderem ser reutilizadas sucessivamente, apresentam algumas desvantagens bastante importantes, tais como: elevados índices de danos mecânicos e fisiológicos às frutas e verduras por apresentarem cantos vivos, presença de pregos e superfície áspera que pode machucar facilmente o produto; a aspereza da superfície também evita limpeza (higienização) adequada à caixa para uso posterior, tornando-a fonte de contaminação e disseminação de fitopatógenos para alimentos sadios e inclusive para a lavoura, uma vez que as caixas retornam à área agrícola para a colheita; os frutos e verduras acondicionados em sua base estão mais propensos a danos, pois a altura elevada em relação à base permite que várias camadas de alimentos possam ser empilhadas dentro da mesma caixa; essa possui arestas podendo causar ferimentos aos produtos que entram em contato direto com os espaços entre madeiras; por serem fabricadas com madeiras muitas vezes impróprias, as caixas possuem defeitos, os quais podem ajudar a danificar ainda mais o produto; a madeira é um material poroso e higroscópico, fazendo com que o transporte seja prejudicado devido ao seu aumento de peso provocado pela umidade; essa higroscopicidade também favorece o crescimento de fungos e microrganismos na própria madeira, deixando-a com cor de bolor; as caixas de madeira são consideradas resistentes, permitindo que sejam empilhadas umas em cima das outras, mas esse empilhamento provoca a maior compressão dos alimentos dispostos nas caixas mais inferiores podendo provocar danos mecânicos; no caso das caixas “K”, essas não possuem encaixes com páletes, aumentando a instabilidade do empilhamento das mesmas para o transporte, o que pode provocar perdas de alimentos e prejudicar no transporte.

Apesar de todas essas desvantagens, o preço unitário da caixa muitas vezes fala mais alto ao produtor rural fazendo com que esse tipo de embalagem seja o escolhido. A madeira também é um material reciclável e é fácil de encontrar no mercado, podendo se construir caixas de madeira de diferentes tamanhos, utilizando-se pouca tecnologia para tanto. Além disso, as caixas de madeira podem ser reutilizadas por até 10 vezes, dependendo do produto que transportam (Gutierrez e Andrade, 2010). No caso das caixas do tipo “K”, geralmente as de primeiro uso transportam alimentos mais sensíveis como o tomate e a cenoura. Já no segundo uso, seu preço já cai consideravelmente, recebendo novos pregos que a depreciam. Isso faz com que essa seja destinada ao transporte de alimentos cada vez mais rústicos e baratos até a sua última utilização (PUC, s/d). De acordo com Ruggiero (2005) as caixas podem ser estocadas ao ar livre e são resistentes a impactos violentos.

Um fator para garantir maior sucesso para essas caixas é a qualidade da madeira que é utilizada para essa confecção, que deve ser preferencialmente de Pinus, pois é uma madeira mais flexível a impactos (uma madeira considerada “mole”). Deve ser livre de nós e secada de forma adequada. O tratamento da madeira com impermeabilizantes também ajuda, tanto no aumento de vida útil como também na diminuição da absorção de água pela caixa (Andrade, 2003; Castro et al., 2001).

Hens e Cardoso (2007) avaliaram a proliferação de fungos e a absorção de água de madeiras novas de Pinus em caixas do tipo "K" em medidas externas de (1 X 1,2 m). As madeiras foram submetidas a três diferentes umidades relativas do ar, sendo que em todas houve absorção de água. Os autores sugerem que a madeira seja tratada com impermeabilizantes ou que as hortaliças estejam secas antes de serem acondicionadas nas caixas. Os principais fungos encontrados nas caixas foram Trichoderma harzianum e Rhizopus stolonifer; porém, eles não apresentaram perigos fitossanitários aos alimentos transportados, prejudicando mais o aspecto da embalagem em si.

Manica apud Ruggiero (2005) comenta que a embalagem mais comum para o mamão é a caixa dupla (duas caixas "K" de madeira unidas entre si). Tal embalagem é muito pesada e difícil de ser transportada, pois suas dimensões não se encaixam nos páletes (1 X 1,2 m), havendo sobras. A norma (Portaria nº 127 de 04/10/91) que legisla sobre embalagens desse produto apenas restringe dimensões internas, não cobrando qualidade, nem tamanhos externos para as caixas de transporte do mamão. Novas caixas entraram no mercado para o transporte de mamões. Essas são menores com dimensões externas de 40 x 31,5 x 16,5 cm e internas de 37,4 x 30 x 15 cm (comprimento, largura e altura), sendo utilizadas apenas uma vez.


Ruggiero (2005) relatou que no passado a grande maioria das caixas de madeira usadas para transporte de frutos de mamão eram fabricadas de Araucaria angustifolia; contudo, restrições ambientais e a ameaça de extinção da espécie fizeram com que hoje, uma parte das caixas seja fabricada com madeira de eucalipto. As principais espécies usadas como matéria-prima são: Eucalyptus globulus, E. saligna, E. rostrata e E. resinífera; todavia, nenhuma dessas espécies possui a flexibilidade necessária para o suporte de tensões mecânicas. Assim, as caixas fabricadas com essas madeiras racham com bastante freqüência.

Andrade (2003) observou que no sul da Bahia e norte do Espírito Santo, praticamente não há mais plantações de Pinus, sendo que por essa razão as caixas estão sendo substituídas pelas de eucalipto. Isso fez com que a grande maioria das caixas de madeira para transporte de produtos hortícolas passassem a ser fabricadas a partir dessa matéria-prima disponível na região. Porém, o eucalipto, por ser uma folhosa, apresenta a madeira mais difícil de ser trabalhada, o que pode gerar defeitos adicionais nas embalagens, principalmente se a madeira não for devidamente seca. Os defeitos mais comuns nas caixas de madeira do eucalipto, como o empenamento, encanoamento e rachaduras, diminuem a resistência da embalagem.

Castro et al. (2001) avaliaram cinco tipos de embalagens para transporte de tomates Santa Clara, dentre elas a de madeira do tipo “K”. Essa foi a que apresentou maiores injúrias ao produto, principalmente por apresentar ripas distantes entre si, aspereza e possuir pregos.

Atualmente, os produtos hortícolas vêm ganhando cada vez mais importância no mercado nacional e internacional. Há também a exigência dos consumidores em escolher alimentos de qualidade, evitando-se os desperdícios. Logo, muitos consumidores conscientes já exigem a rotulagem do alimento que estão comprando. No exterior a certificação e a rastreabilidade de frutas brasileiras são exigências para a importação. Segundo Gutierrez e Andrade (2010) já existem leis que normalizam a mudança das embalagens nacionais, exigindo a sua rotulagem. Os mesmos autores apontam que grande parte das embalagens ainda está fora do que pede a legislação. A lei atual exige que as embalagens sejam paletizáveis, podendo ser reutilizáveis ou não. Caso seja descartável, o material deve ser reciclável. Já na reutilização, deve permitir a higienização correta por cada uso, impedindo a disseminação de fitopatógenos. A madeira continua a ser permitida como embalagem das caixas para transporte de hortigranjeiros, junto com o papelão ondulado, plástico, entre outros. Os mesmos autores apontam que a rotulagem trará melhorias na qualidade dos produtos, trazendo menores desperdícios dos mesmos e aumento da sua vida de prateleira.

Apesar de possuírem diversas desvantagens para transporte de olerícolas e de frutas, as caixas de madeira poderão ser utilizadas no futuro, bastando algumas adequações necessárias perante as leis brasileiras. No Chile e na Europa há a fabricação de caixas de madeira laminadas, as quais são mais leves, lisas e impermeáveis permitindo a reutilização e higienização adequada.

Mais estudos poderiam ser desenvolvidos para que as embalagens de madeira causassem menos danos aos produtos sem perder as enormes vantagens ambientais e econômicas que possuem. Ou seja, com matérias-primas e tecnologias de fabricação adequadas, as caixas de madeira poderão superar suas desvantagens e terem maior difusão ainda nesse tipo de utilização.

Observem a seguir alguns textos técnicos e artigos científicos que abordam algumas dessas discussões sobre as caixas de madeira para transporte de frutas e hortaliças.

A cadeia de produção de hortícolas frescos e a embalagem de madeira.
A. S. D. Gutierrez; F. A. F. Andrade. SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura. Acesso em 28.02.2010:
http://www.sbs.org.br/atualidades_single.php?id=4

Avaliação de perdas na cadeia comercial de banana nanica, banana prata e tomate longa vida
. G. C. Almeida; T. Silva. Estudo Técnico Ceasa Minas, FAEMG, Sebrae/MG, AMIS e UFLA. 54 pp. (2008)
http://www.ceasa.gov.br/dados/publicacao/pub44.pdf

RESUMO: Absorção de água e proliferação de fungos em madeira de Pinus usada como embalagem para hortaliças. SHVOONG. Resumos e Revisões Curtas. (2007)
http://pt.shvoong.com/exact-sciences/engineering/796361-absor%C3%A7
%C3%A3o-%C3%A1gua-prolifera%C3%A7%C3%A3o-fungos-em/

Análise das caixas de madeira tipo K e caixas de papelão ondulado como embalagens de transporte de tomates de mesa no Brasil. L.F. Lima. Trabalho de Conclusão de Curso. UFV. 27 pp. (2005)
http://www.ufv.br/dep/engprod/TRABALHOS%20DE%20GRADUACAO/LUCIANA%20
FRANCO%20DE%20LIMA/Trabalho%20Graduação%20Luciana.PDF

Absorção de água e proliferação de fungos em madeira de Pinus usada como embalagem para hortaliças. G. P. Henz; F. B. Cardoso. Horticultura Brasileira 23(1): 138-142. (2005)
http://www.scielo.br/pdf/hb/v23n1/a29v23n1.pdf

Pós-colheita de mamão. Manuseio dos frutos do mamoeiro na casa de embalagem e transporte. C. Ruggiero; J. A. Giannoni; R. F. S. Meneguci. Toda Fruta. (2005)
http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=8511

Madeiras em embalagens de hortaliças pode ser prejudicial. Agência Notisa. Associação Brasileira de Horticultura. (2005)
http://www.abhorticultura.com.br/News/Default.asp?id=4230

Qualidade do figo "roxo de Valinhos" após o transporte. L. Y. R. Yokoyama. Dissertação de Mestrado. UNICAMP. 88 pp. (2004)
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000434675

Crescimento de fungos na superfície de madeira de caixas do tipo ‘K’ usadas para hortaliças. G. P. Henz; F. B. Cardoso; A. Gimenez Calbo. Embrapa Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento 05. 24 pp. (2004)
http://bbeletronica.cnph.embrapa.br/2004/bpd/bpd_5.pdf

Em vez de Pinus, eucalipto. Novidades no Mercado. HortBrasil. (2003)
http://www.hortibrasil.org.br/nov270303.htm#3

Qualidade do tomate de mesa, cv. "débora" em diferentes etapas na pós-colheita em sistema tradicional utilizando-se a caixa k1. M. D. Ferreira; A. T. O. Franco; A. C. O. Ferraz; L. A. B. Cortez; G. G. T. Carmargo; A. T. Shu. Workshop "Tomate na UNICAMP". 04 pp. (2003)
http://www.feagri.unicamp.br/tomates/pdfs/wrktom024.pdf

Participação do custo da embalagem na composição do custo de produção e do preço de atacado do tomate de mesa. R. F. A. Luengo; W. Camargo Filho; Â. P. Jacomino. Horticultura Brasileira 21(4):719-721. (2003)
http://www.scielo.br/pdf/hb/v21n4/19446.pdf

Influência da embalagem no desenvolvimento de injúrias mecânicas em tomates. L. R. Castro; l. A. B. Cortez; J. T. Jorge. Ciência e Tecnologia de Alimentos 21(1): 26-33. (2001)
http://www.scielo.br/pdf/cta/v21n1/5359.pdf

Redução de perdas pós-colheita em tomate de mesa acondicionado em três tipos de caixas. R. F. A. Luengo; A. W. Moita; E. F. Nascimento; M. F. Melo. Horticultura Brasileira 19(2): 151-154. (2001)
http://www.scielo.br/pdf/hb/v19n2/v19n2a12.pdf

Influência de aspectos da classificação, embalagem e refrigeração na conservação pós-colheita do tomate "Santa Clara" e "Carmen". L. R. Castro. Dissertação de Mestrado. UNICAMP. 172 pp. (2000)
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000197942

Crescimento de fungos em madeira de Pinus utilizada na montagem de caixas do tipo “K”. G. P. Henz; F. B. Cardoso. Biblioteca Associação Brasileira de Horticultura. 04 pp. (s/d = sem referência de data)
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/olpc4094c.pdf

Absorção e perda progressiva de água por madeira de Pinus novas utilizadas na montagem de caixas do tipo “K”. G. P. Henz; F. B. Cardoso. Biblioteca Associação Brasileira de Horticultura. 04 pp. (s/d)
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/olpc4078c.pdf

A escolha do tema: As embalagens para tomates in natura. PUC Rio. Capítulo 6. Estudo de caso. 34 pp. (s/d)
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0610419_08_%20cap_06.pdf

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Teses e Dissertações
UACH - Universidad Austral de Chile

Nessa PinusLetter 25 continuamos a dar destaque às produções técnicas e científicas relacionadas com Pinus oriundas das universidades dos países em que temos nossos leitores mais concentrados (Brasil, Chile, Argentina, Uruguai, Colômbia, Peru, Portugal, Espanha, etc.). Teremos, nessa edição, a seção "Teses e Dissertações". Fazendo isso, procuramos valorizar as instituições de ensino e seus autores que têm-se mostrado dedicados a estudar e a avaliar técnica e cientificamente os Pinus. As publicações referenciadas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras, móveis, celulose e papel, enfim, todas as áreas que se relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações florestais e utilizações de seus produtos.

Ainda existem muitos "Grandes Autores dos Pinus", assim como importantes entidades de ensino e pesquisa com muitos trabalhos orientados para os Pinus para serem apresentados a vocês. Em nossas próximas edições continuaremos a homenageá-los, tendo suas principais publicações disponibilizadas como Pinus-Links. Aguardem.


Acerca da UACH - Universidad Austral de Chile

A Universidad Austral de Chile (UACH) atua há mais de 55 anos no ensino superior do país, formando profissionais nas mais distintas áreas, através de seus dois campi centrais localizados nas cidades de Valdívia e Puerto Montt. Dentre as diversas faculdades que a compõem, a UACH possui a “Facultad de Ciencias Forestales y Recursos Naturales”, fundada em Valdívia no mesmo período da universidade (1954), sendo assim um dos cursos pioneiros no setor florestal do país. A UACH contribui com a formação de profissionais de excelência, tendo como seu objetivo principal o desenvolvimento de iniciativas de docência e de pesquisa para torná-la líder em sua área de atuação, sem esquecer das responsabilidades social e ambiental. Outro compromisso da universidade é com o ecossistema florestal e natural da região austral do Chile. A faculdade florestal tem ainda a missão de estudar as florestas temperadas do país através de pesquisas de sua flora e fauna, assim como pesquisar medidas de manejo sustentável e conservação.

A UACH também investiga tecnologias sustentáveis e utilização racional de diversas espécies arbóreas de importância econômica na região. Dessa maneira, a faculdade florestal não poderia deixar de estudar os Pinus. Existem diversos trabalhos de conclusão de cursos que tratam dos mais diversos temas, relacionando tecnologia de produtos derivados de sua madeira, manejo e tratos silviculturais, estudos de inventários de florestas nativas e plantações comerciais, pragas e moléstias, morfologia, dendrometria, anatomia da madeira, entre outros não menos relevantes. Foram encontrados mais de 40 estudos, somente tratando sobre Pinus, elaborados por estudantes dessa instituição de ensino. Os principais trabalhos expostos abaixo tratam principalmente sobre as espécies Pinus radiata e P. ponderosa; contudo, ainda há muitas outras espécies e gêneros de importância florestal, tais como os gêneros Eucalyptus e Araucaria, estudados pela UACH e que podem ser ter seus estudos acessados através do website virtual de busca de teses, dissertações e trabalhos de titulação da universidade (http://cybertesis.uach.cl).

A Faculdade de Ciências Florestais e Recursos Naturais da UACH está comprometida com o bem-estar da sociedade, realizando diversos programas de extensão e cursos para a melhoria da qualidade de vida das comunidades onde atuam. Também divulga com eficiência os resultados dos trabalhos acadêmicos e pesquisas que desenvolve, levando conhecimento a todos os interessados. Uma das formas de se observar isso é através do website da biblioteca da universidade, que possui links com publicações da UACH das mais diversas áreas. Ainda como parte do processo de divulgação de seus estudos e pesquisas, a faculdade de ciências florestais da UACH publica uma importante revista científica florestal de renome internacional, a revista Bosque (http://mingaonline.uach.cl/revistas/bosque/eaboutj.htm). Outras duas revistas editadas na UACH e a merecer destaque em nossa área de atuação são: Agro Sur (http://mingaonline.uach.cl/revistas/agrosur/eaboutj.htm ) e Revista de Ciencia del Suelo y Nutrición Vegetal ( http://mingaonline.uach.cl/revistas/rcsuelo/eaboutj.htm)

Além de atuar na graduação de engenheiros florestais, a UACH também possui cursos de pós-graduação na área de ciências florestas de relevância, tais como o doutorado inter-universitário em ciência florestais e os programas de mestrado em ciências com ênfase em recursos florestais e em gestão ambiental em projetos florestais.

É por todos esses motivos que a PinusLetter homenageia nessa edição a Universidad Austral de Chile como amiga dos Pinus, ajudando a difundir informações, conhecimentos e tecnologias sobre um gênero florestal tão importante. Observem a seguir alguns trabalhos realizados pela UACH. Há também para se visitar: o website oficial da Universidade, o da Faculdade de Ciências Florestais e Recursos Naturais e suas publicações logo abaixo.
http://www.uach.cl/ (Home)
http://www.forestal.uach.cl/ (Faculdade de Ciências Florestais)
http://www.forestal.uach.cl/?mod=publicaciones (Publicações Ciências Florestais)
http://www.forestal.uach.cl/?mod=quienessomos (Identificação da faculdade)
http://www.forestal.uach.cl/?mod=extension (Projetos de extensão acadêmica)
http://mingaonline.uach.cl/scielo.php (Revistas eletrônicas publicadas pela UACH)
http://cybertesis.uach.cl/ (Teses e dissertaçãoes digitais)


Trabalhos publicados na forma de monografias de titulação pela UACH

Aislamiento y taxonomía de bacterias del género Bacillus recolectadas en suelos de un bosque de Pinus radiata y una pradera permanente en distintas épocas de muestreo. F. J. M. Torres. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 74 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fcm357a/doc/fcm357a.pdf

Producción de plantas de Pinus ponderosa 1:1 en viveros de Valdivia y Cochrane. F. R. K. Solis. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 67 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifk.94p/doc/fifk.94p.pdf

Evaluación de la patogenicidad de Sphaeropsis sapines (Fr.) Dyko and Sutton colectado en material de Pinus radiata D. Don, en Valdivia y la Costa de Arauco. R. A. M. Ramírez. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 38 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifm828e/doc/fifm828e.pdf

Calidad superficial de molduras de Pinus radiata D. Don y su relación con las condiciones óptimas para el maquinado. P. S. M. Soto. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 77 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifm971c/doc/fifm971c.pdf

Efecto del lijado sobre madera de Pinus radiata D. Don en los niveles de consumo de barnices. T. E. N. Carrasco. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 82 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifn322e/doc/fifn322e.pdf

Análisis de crecimiento de dos familias clonales de Pinus radiata (D. Don) en un ensayo establecido a diferentes espaciamientos. F. A. N. Contreras. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 51 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifn973a/doc/fifn973a.pdf

Evaluación técnica y económica de un plan de cosecha en una faena de Pinus radiata D. (Don) a tala rasa, mediante torres de madereo en la Décima Región. S. R. R. Barria. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 69 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifr6211e/doc/fifr6211e.pdf

Comportamiento del largo de internudos en plantaciones de Pinus radiata D. Don en sitios ex - agrícolas de la VIII Región. M. F. T. Badilla. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 46 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fift649c/doc/fift649c.pdf

Determinación del límite entre la madera juvenil y madura en Pinus taeda L. C. E. N. Lópes. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 42 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifn154d/doc/fifn154d.pdf

Resistencia mecánica en uniones larguero - travesaño, en puertas de Pinus radiata D.Don y de Pseudotsuga menziessi (Mirb) Franco. R. J. A. A. Benavides. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 53 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifa639r/doc/fifa639r.pdf

Calidad superfical y resistencia mecánica de línea de cola en blanks laminados de Pinus radiata D. Don. R. R. B. Mella. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 64 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifb894c/doc/fifb894c.pdf

Evaluación del crecimiento de Pinus radiata en suelos compactados, Valdivia. V. G. C. Jackson. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 70 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifc265e/doc/fifc265e.pdf

Comparación de dos software de simulación para la industria del aserrío de Pinus radiata D. Don. R. C. L. Román. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 136 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifl177c/doc/fifl177c.pdf

Heredabilidad del largo de internudo en un ensayo de progenie de polinización abierta de uninodales de Pinus radiata. Y. A. L. Fuentealba. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 78 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifl754h/doc/fifl754h.pdf

Comportamiento del módulo de elasticidad en madera juvenil de Pinus radiata D. Don en tres condiciones de sitio. F. J. N. Santana. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 58 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifn325c/doc/fifn325c.pdf

Variación dimensional de madera aserrada lateral em Pinus radiata D. Don. y su importancia económica. J. A. R. Jará. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 53 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifr696v/doc/fifr696v.pdf

Efecto del almacenamiento prolongado en la madera de Pinus radiata D.Don sobre el proceso Kraft. J. A. T. Santíbañez. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 56 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fift649e/doc/fift649e.pdf

Efecto de la rugosidad en madera de Pinus radiata D. Don en las propiedades finales de un barniz nitrocelulósico. M. I. Y. Martínez. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 29 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fify.22e/doc/fify.22e.pdf

Evaluación de un programa de secado de Pinus radiata D.Don impregnado con sales de CCA. J. A. Z. Bertoglio. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 63 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifz.36e/doc/fifz.36e.pdf

Flujo del nitrógeno y bases en un bosque de Nothofagus obliqua (Mirb.) Blume y una plantación de Pinus radiata (D.) Don en la depresión intermedia del centro sur de Chile. J. C. P. Toledo. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 113 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fap966f/doc/fap966f.pdf

Evaluación técnica y modelamiento de procesador en cosecha de Pinus radiata en la X Región. C. P. A. Martínez. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 49 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifa779e/doc/fifa779e.pdf

Análisis de diferentes tipos de materia prima (madera aserrada) de Pinus radiata para producir largueros de puerta. M. F. B. Lengerich. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 43 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifb426a/doc/fifb426a.pdf

Evaluación económica de esquemas de manejo intensivos em Pinus radiata D. Don, en dos calidades de sitio en la VIII Región. L. A. R. Alexis. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 62 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifl664e/doc/fifl664e.pdf

Evaluación económica de cuatro regímenes silviculturales intensivos en plantaciones experimentales de Pinus radiata D. Don Fundo Jauja, comuna de Collipulli (IX Región). R. E. N. Ansorena. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 65 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifn945e/doc/fifn945e.pdf

Evaluación mecánica y física de separadores en el proceso de secado de Pinus radiata D.Don. A. J. B. O. Ovando. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 46 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifo.13e/doc/fifo.13e.pdf

Evaluación del efecto de la clasificación dimensional de madera aserrada, sobre la calidad del secado em Pinus radiata. A. J. V. Cossio. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 37 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifv335e/doc/fifv335e.pdf

Evaluación de dos modelos silvopastorales efectuados con dos tratamientos de preparación de sitio y dos tipos de plantas de Pinus radiata en el predio Huape Tres Esteros. M. G. V. Bollmann. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 71 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifv494e/doc/fifv494e.pdf

Evaluación de defectos y determinación del aprovechamiento a nivel de remanufactura em Pinus radiata D. Don. P. I. V. Zurita. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 65 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifv699e/doc/fifv699e.pdf

Evalución del efecto combinado de altura y frecuencia de podas sobre la magnitud del DOS, en un ensayo de Pinus radiata D. Don., ubicado en la VIII Región. L. P. V. Santos. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 53 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifv714e/doc/fifv714e.pdf

Efecto de la mezcla de Pinus radiata y especies nativas sobre la expansión lineal en tableros OSB. C. A. Z. Norambuena. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 44 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifz.35e/doc/fifz.35e.pdf

Características que determinan el valor residual de trozas no podadas de Pinus radiata D. Don. E. L. V. Volpi. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifv714c/html/index-frames.html

Alteración de los componentes del balance hídrico producto del raleo en una plantación joven de Pinus radiata D. Don, en el secano interior de San Javier, VII Región. R. I. P. Casanelli. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 56 pp. (2004)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2004/fifp258a/doc/fifp258a.pdf

Evaluación del manejo de dos plantaciones de Pinus radiata D.Don sobre el balance hídrico en la zona de secano interior de la VII Región. F. J. S. J. Iturriaga. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 45 pp. (2004)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2004/fifs227e/doc/fifs227e.pdf

Efecto del vaporizado final en las tensiones de la madera aserrada, en Pinus radiata. D. A. C. Barrientos. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 44 pp.
(2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifc675e/doc/fifc675e.pdf

Comparación del aprovechamiento y calidad de madera aserrada de Pinus radiata D. Don, entre dos tipos de trozas podadas. J. P. E. Leal. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl:8080/sdx/uach/notice.xsp?id=uach.2003.fife.64c-principal&qid=pcd-
q&base=documents&id_doc=uach.2003.fife.64c&num=&query=&isid=uach.2003.fife.64c&dn=1
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fife.64c/html/index-frames.html

Inclinación de las fibras y resistencia a flexión en uniones dentadas, en Pinus radiata D. Don. L. A. F. Ibacache. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fiff475i/html/index-frames.html
http://cybertesis.uach.cl:8080/sdx/uach/notice.xsp?id=uach.2003.fiff475i-principal&qid=pcd-
q&base=documents&id_doc=uach.2003.fiff475i&num=&query=&isid=uach.2003.fiff475i&dn=1

Evaluación del largo de internudos en dos ensayos de progenie de polinización controlada de Pinus radiata D. Don en la provincia del Bío-Bio, VIII Región. W. R. G. Cuevas. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifg163e/html/index-frames.html

Evaluación del impacto en el suelo de un equipo de madereo en un rodal de Pinus radiata D. Don. P. C. S. G. Morelli. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 48 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifg288e/doc/fifg288e.pdf

Comparación de la eficiencia del uso del agua entre una plantación de Pinus radiata y una de Eucalyptus globulus en la zona del secano interior de la VII Región de Chile. A. R. G. Loyola. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 52 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifg643c/doc/fifg643c.pdf

Efecto de las plantaciones de Pinus radiata D. Don sobre el recurso agua en la localidad de Gualleco, zona de secano costero, VII región. M. E. M. Burgos. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 63 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifm299e/doc/fifm299e.pdf

Análisis del crecimiento diametral de ramas de Pinus radiata D. Don en distintos sitios, entre las Regiones VII y IX. J. A. M. Ortiz. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 77 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifm645a/doc/fifm645a.pdf

Comparación del aprovechamiento y calidad de madera aserrada de Pinus radiata D. Don, entre dos tipos de trozas podadas. J. P. E. Leal. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fife.64c/html/index-frames.html

Determinación de la pérdida de peso y las mejoras en la estabilidad dimensional para Pinus radiata D. Don en un tratamiento térmico con oxigeno. G. P. U. Vidal. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 60 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifu.26d/doc/fifu.26d.pdf

Pérdidas de agua por intercepción en plantaciones de Pinus radiata D. Don en la zona del secano interior de la VII Región de Chile. P. A. V. Cavieres. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 92 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifv161p/doc/fifv161p.pdf

Determinación de la eficacia en laboratorio de una pintura en mezcla con preservante antimancha, para madera aserrada de Pinus radiata
. C. A. A. Gallardo. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 66 pp. (2002)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2002/fifa553d/doc/fifa553d.pdf

Estudio comparativo del diámetro de ramas en Pinus radiata D. Don con y sin mejoramiento genético. R. A. R. Ângulo. Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile. 82 pp. (2002)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2002/fifr759e/doc/fifr759e.pdf

Referências sobre Eventos e Cursos

Essa seção tem como meta principal apresentar a vocês todos a possibilidade de se navegar em eventos passados dos quais os organizadores disponibilizaram o material para abertura, leitura e downloading em seus websites. Trata-se de uma atitude bastante amigável e de alta responsabilidade social e científica dessas entidades, para as quais direcionamos os nossos sinceros agradecimentos. Gostaríamos de enfatizar a importância de se visitar o material desses eventos. A maioria deles possui excepcionais palestras, ricas em dados, fotos, imagens e referências para que você possa aprender mais sobre os temas abordados. Outras, disponibilizam todo o livro de artigos técnicos, verdadeiras fontes de conhecimento para nossos leitores. Deveremos ainda destacar nessa seção a crescente disponibilidade de materiais acadêmicos colocados de forma pública por inúmeros professores universitários, que oferecem suas aulas e materiais didáticos para uso pelas partes interessadas da Sociedade através da internet. Em algumas edições lhes forneceremos referências desses tipos de cursos também.

Esperamos que gostem da seleção dessa edição:

VI Encontro Nacional sobre Substratos para Plantas. Materiais Regionais como Substrato. (Brasil)
O Sexto Encontro Nacional sobre Substrato para Plantas ocorreu de 9 a 12 de setembro de 2008 em Fortaleza, CE. O encontro foi uma realização da Embrapa Agroindústria Tropical, em parceria como o SEBRAE/CE e com a UFC - Universidade Federal do Ceará. A primeira dessas instituições disponibilizou o resumo expandido dos estudos apresentados durante o encontro. Observem todos os trabalhos na página a seguir. Logo abaixo selecionamos nove estudos que utilizaram casca e acículas de Pinus como substratos de plantas. Confiram:

http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/ (Totalidade de trabalhos apresentados)

Resumos expandidos contendo Pinus:


Caracterização química de substratos formulados com casca de Pinus e terra vermelha.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_3.pdf

Caracterização física de substratos formulados a partir de casca de Pinus e terra vermelha.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_2.pdf

Produção de mudas de angico-vermelho (Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan) em substrato a base de casca de Pinus compostada, variando as soluções de fertirrigação.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_1.pdf

Uso de diferentes substratos no cultivo da bromélia Vriesea 'Charlotte’.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_17.pdf

Evaluación de las acículas de pino utilizadas en mezclas de crecimiento para el cultivo de plantas ornamentales en maceta.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_22.pdf

Determinação da densidade úmida do substrato: efeito da correção do teor de umidade inicial.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_32.pdf

Obtenção da curva de retenção de água pelo método da pressão positiva.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_34.pdf

Avaliação da emergência de plântulas da cactácea Mammilaria prolifera em diferentes substratos.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_53.pdf

Relação entre a umidade na amostra e a determinação da densidade seca em substratos.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_60.pdf


XXII Jornadas Forestales de Entre Rios.
(Argentina)

A Décima Segunda Jornadas Forestales de Entre Rios ocorreu na cidade de Concórdia - AR, em outubro de 2007. Durante o evento diversas apresentações foram realizadas, sendo que algumas foram disponibilizadas pelo INTA (Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária). Confiram todas as apresentações disponíveis na página desse instituto.
(http://www.inta.gov.ar/concordia/presentaciones_XXIII_jornadas_forestales.htm)

Logo abaixo, disponibilizam-se as que abordam os Pinus entre outros temas relevantes para o setor florestal.

Importancia de la calidad del plantín forestal.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/Forestales/contenido/pdf/2007/312.II.GARCIA.pdf

Mercado de exportación de eucaliptos y pinos certificados FSC.

http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/IX.Mercado_euc_pinos_certificados_FSC_Meza.zip

Biofábrica: Tecnología clonal al alcance del productor.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/VIII.Biofabrica_Imbrogno.zip

Sistema nacional argentino de vigilancia y monitoreo (SINAVIMO) y su interrelación con sistemas de información geográfica.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/III.SINAVIMO_Cortese.zip

Estudios sobre cuencas y microcuencas.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/IV.Estudios_cuencas_Uruguay_Chescheir.zip

Utilización de los residuos de cosecha en la generación de Bioenergía.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/V.Utilizacion_residuos_bioenergia_Seixas.zip

Greenoxx global environmental program (GGEP).
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/X.GGEP_Cheirasco.zip


Jornada Forestal de Difusión. II Jornada Forestal. (Argentina)
A Segunda Jornada Forestal de Difusión foi um evento que ocorreu em dezembro de 2009 em Concórdia na Argentina. Confiram as apresentações disponíveis para download presentes na webpage da Estação Experimental do INTA de Concórdia (http://www.inta.gov.ar/concordia/Novedades/presentaciones_jornada_forestal.htm).

A seguir, estão referenciadas cinco palestras realizadas durante o evento. Confiram:

Diagnostico del sector maderero del río Uruguay.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/
Diagnostico%20aserraderos%20Vergara-Mastrandrea.pdf

Avances en reforestación 2005-2009.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/
Avances%20en%20Reforestación%202005-2009.pdf

Tratamientos para la degradación de tocones de Eucalyptus grandis en el Noreste de Entre Ríos.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/
Degradacion%20de%20tocones%20Mastrandrea%20.pdf

Cadena foresto-industrial del NE de Entre Ríos. Caracterización inicial.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/Presentación%20PR%20Forestal%20(Cadena)%20Vera-Bonnin.pdf

Diagnóstico de aserraderos del NE de Entre Ríos.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/
Diagnostico%20aserraderos%20Vergara-Mastrandrea.pdf


43º Congresso Brasileiro de Olericultura. (43º CBO). (Brasil)
O 43° Congresso Brasileiro de Olericultura foi sediado em Recife - Pernambuco na última semana de julho de 2003. Apesar de tratar de produção de alimentos, diversas das tecnologias têm produtos florestais como matéria-prima. Dessa forma, os Pinus podem ser utilizados para a produção de embalagens de hortaliças, como substrato para crescimento de mudas, entre outros fins. Confiram os resumos expandidos contendo Pinus a seguir:
http://www.abhorticultura.com.br/Galeria/Default.asp?id=08 (Fotos do evento)
http://www.abhorticultura.com.br/Biblioteca/Default.asp?tipo=ANA43
& mostrar=TUDO&bus_chave=Pinus
(Busca por Pinus nos anais 43º CBO)

Resumos:

Crescimento de fungos em madeira de Pinus utilizada na montagem de caixas do tipo “K”.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/olpc4094c.pdf

Absorção e perda progressiva de água por madeira de Pinus novas utilizadas na montagem de caixas do tipo “K”.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/olpc4078c.pdf

Efeitos da adubação orgânica e da cobertura morta na produtividade, no teor e na composição do óleo essencial de gengibre
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/pmna5000c.pdf

Caracterização química de substratos para produção de hortaliças.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/cpna2002c.pdf

Aclimatação da bromélia Aechmea nudicaulis em diferentes substratos.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/flbt3001c.pdf

Caracterização física de substratos para a produção de hortaliças.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/cpir2004c.pdf

Efeito de fatores ambientais sobre a produção de fitomassa aérea, rendimento e composição do óleo essencial do alecrim.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/pmfg5008c.pdf


17º Simpósio Internacional de Iniciação Científica da Universidade de São Paulo (SIICUSP). (Brasil)
O Décimo Sétimo Simpósio Internacional de Iniciação Científica da USP ocorreu em dezembro de 2009 nas próprias dependências da universidade. O evento contou com a participação de alunos de outros países como Estados Unidos e Portugal, os quais apresentaram resultados de pesquisas que desenvolveram. Há resumos disponíveis nas mais diversas áreas de atuação da universidade, onde na de agropecuária existem resultados de diversos trabalhos envolvendo Pinus e outros temas de relevância no setor florestal.

Observem a seguir a página inicial do evento, os diversos resumos da sub-área agropecuária e alguns resumos que apresentam os Pinus e os Eucalyptus como tema central:
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/index.htm (Home)
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/index_AG.htm (Sub-área agropecuária)

Efeito da disponibilidade hídrica no crescimento do Pinus caribaea var. hondurensis com um ano de idade no município de Nova Ponte, Minas Gerais.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4058.pdf

Efeito do espaçamento no crescimento de espécies de Pinus no estado de SP, utilizando o delineamento sistemático tipo leque.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4854.pdf

Efeito do replantio tardio na uniformidade do Pinus taeda aos dois anos em Telêmaco Borba, Paraná.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/index_AG.htm

Estimativa do Índice de Área Foliar (IAF) e o efeito do desbaste no dossel de plantios de Pinus no sul do Brasil.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4321.pdf

Influência da resinagem no Pinus elliotti elliottii e Pinus caribaea hondurensis na resistência da madeira ao fungo Lentinula edodes.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4766.pdf

Resistência ao fendilhamento da madeira de Pinus elliottii var elliotti e Pinus caribaea var hondurensis resinados e não resinados.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/5551.pdf

Teor de resina e poder calorífico da madeira oriunda de árvores resinadas e não resinadas de Pinus elliottii elliottii e Pinus caribaea hondurensis.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/965.pdf

Efeito do extrato pirolenhoso de Eucalyptus spp. no desenvolvimento de Arthobotrys musiforme in vitro.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4001.pdf

Avaliação da sobrevivência e produtividade de clones de Eucalyptus no Oeste da Bahia.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/3425.pdf

Comprimentos de onda na fotomorfogênese de Eucalyptus grandis x Eucalyptus resinifera.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/3571.pdf

Análise das indústrias de briquetes do estado de São Paulo.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/855.pdf

Análise do desempenho financeiro de empresas do setor florestal do Brasil entre 2002 e 2007.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/index_AG.htm

Pinus-Links

A seguir, trazemos para vocês nossa indicação para visitas a diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômico, técnico, científico, ambiental, social e educacional. Acreditamos que eles poderão significar novas janelas de oportunidades e que alguns deles poderão passar a ser parte de suas vidas profissionais em função do bom material técnico que disponibilizam. Esperamos que apreciem nossa seleção de Pinus-Links para essa edição.

iForest. (em Inglês). Acesso em 28.02.2010:
O “iForest” é um jornal online publicado pela Sociedade Italiana de Silvicultura e Ecologia Florestal com acesso aberto a todos os interessados. Logo, é um interessante meio de se adquirir conhecimento, visto que as publicações do iForest abrangem resultados de pesquisas nos mais variados temas do setor florestal e ecológico, tais como: biodiversidade, genética, ecofisiologia, manejo, planejamento e inventário florestal, proteção e monitoramento florestal, colheita, tecnologia da madeira, entre outros assuntos ligados a sustentabilidade.
Observem as publicações dos dois anos anteriores (2008 e 2009) e mais deste ano de 2010 disponíveis para downloading a seguir. Há muitas que, além de possuírem abrangência florestal, também abordam várias espécies de Pinus e de outras Pináceas.
http://www.sisef.it/iforest/index.php?action=start (Home)
http://www.sisef.it/iforest/index.php?action=main&vol=2 (Publicações 2009)
http://www.sisef.it/iforest/index.php?action=main&vol=1 (Publicações 2008)
http://www.sisef.it/iforest/index.php?action=main&vol=3 (Publicações 2010)

Papeloteca "Otavio Roth". (em Português). Acesso em 28.02.2010:
Com a finalidade de conscientizar as pessoas sobre o valor do papel, sua utilização de forma racional, bem como a difusão de tecnologias sobre o papel artesanal, o website da Papeloteca Otavio Roth possui à disposição de interessados diversos textos técnicos e informações, inclusive sobre os Pinus. Também, não deixem de observar as imagens de arte no papel e a vasta literatura que possuem sobre papel feito a mão.
http://www.papeloteca.org.br/index.htm (Home)
http://www.papeloteca.org.br/otavio_roth.htm (Sobre Otavio Roth)
http://www.papeloteca.org.br/pinus.htm (Pesquisa com Pinus)
http://www.papeloteca.org.br/papel_brasil.htm (Papel feito a mão no Brasil)
http://www.papeloteca.org.br/arte_papel.htm (Arte em papel)
http://www.papeloteca.org.br/textos.htm (Textos)

Escuela Universitária de Ingenieria Técnica Forestal. Universidad Politécnica de Madrid. (em Espanhol). Acesso em 03.03.2010:
A Escola Universitária de Engenharia Técnica Florestal pertence à Universidade de Madrid desde 1974; porém, é considerada uma das mais antigas da Espanha, ajudando a difundir o conhecimento florestal através da formação de profissionais do setor desde meados de 1840. Apesar da data distante de fundação, o principal objetivo da instituição não se modificou. Isso pode ser comprovado através da sua webpage. Nela, há informações diversas a respeito das principais pesquisas que estão sendo desencadeadas na universidade. Dessa forma, continua contribuindo com a geração de conhecimento não só para seus alunos, mas para todas as pessoas interessadas. Confiram os resultados encontrados para os Pinus a seguir, e não deixem de observar as publicações, as quais apresentam resumos de estudos desenvolvidos nas mais diversas áreas da instituição.
http://www.forestales.upm.es/contenido.aspx?id=1 (Informações gerais)
http://www.forestales.upm.es/contenido.aspx?id=3 (História da escola)
http://www.forestales.upm.es/Seccion_Noticias.aspx (Notícias florestais)
http://www.forestales.upm.es/galeria.aspx (Galeria de imagens)
http://www.forestales.upm.es/buscador.aspx?texto=Pinus (Busca por Pinus)
http://www.forestales.upm.es/investigacion_publicaciones.aspx (Publicações)

DFC - Desarrollo Forestal Comunitario. (em Espanhol). Acesso em 03.03.2010:
Desenvolvimento Florestal Comunitário é um projeto realizado pelo Centro Boliviano de Estudos Multidisciplinares (CEBEM) em parceria com a Universidade Maior de São Simão (CESU-UMSS). O objetivo do projeto é levar desenvolvimento, melhor qualidade de vida e sustentabilidade às comunidades carentes através do conhecimento na área florestal. O DFC ministra cursos atuais de curta duração para técnicos, agentes sociais, estudantes e profissionais que atuam na área para que consigam recuperar e preservar os recursos naturais, utilizando-os de forma mais sustentável. Para tanto, o grupo possui uma revista virtual, que pode ser acessada gratuitamente. Confiram também as notícias e publicações sugeridas pela CEBEM.
http://desarrolloforestal.cebem.org/index.php (Home)
http://desarrolloforestal.cebem.org/noticias.php (Notícias)
http://desarrolloforestal.cebem.org/publicaciones.php (Publicações)
http://revistavirtual.redesma.org/vol8/publicaciones.php (Revista virtual - publicações)
http://revistavirtual.redesma.org/vol8/index.php (Revista virtual V. 3. 2010)

Oficina Regional para la América Latina y el Caribe. FAO - Food and Agriculture Organization. (em Espanhol, Português e Inglês). Acesso em 03.03.2010:
O escritório regional para a América Latina e Caribe (RLC) é uma das diversas unidades da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação) ao longo do mundo. Sediado em Santiago do Chile desde 1955, o escritório é responsável por levar conhecimento e tecnologia a todos os países em desenvolvimento da região através da difusão e modernização de suas atividades agrícolas, florestais e pesqueiras. No website desse escritório é possível ter acesso a publicações, textos técnicos, dados estatísticos e também notícias de todas as localidades onde desenvolvem projetos em busca de diminuir problemas como a desnutrição e promover melhorias na qualidade de vida de diversos povos.
http://www.rlc.fao.org/default.htm (Home)
http://www.rlc.fao.org/es/pubs/ (Publicações)
http://www.rlc.fao.org/es/prensa/ (Notícias)
http://www.rlc.fao.org/pr/temas/ (Temas florestais)
http://www.rlc.fao.org/pr/bases/ (Base de dados)

Laboratório de Produtos Florestais. (em Português). Acesso em 03.03.2010:
Criado em 1973, o Laboratório de Produtos Florestais (LPF) é um setor de pesquisas e avaliações pertencente ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) prestando serviços na área para a entidade através do desenvolvimento de projetos de pesquisa e divulgação de seus resultados. Observem na sua página virtual, no menu a esquerda todos os projetos concluídos desde 2000. Há também alguns dos principais produtos do LPF, os quais incluem publicações. Porém, a grande maioria delas não estão disponíveis a download no formato digital, necessitando a compra pela internet.
http://www.ibama.gov.br/lpf/indexhome.php?Pagina=produto.php (Home)

Estudos sobre a Resina do Pinus

A resina é uma substância orgânica rica em carbono e secretada por muitas árvores de coníferas, sendo bastante viscosa, escoando lentamente de seus canais resiníferos e ferimentos, endurecendo logo após o contato com o ar (Wikipédia, 2010).

A extração comercial da resina (resinagem) é uma prática florestal realizada há bastante tempo, sendo conhecidas muitas das propriedades medicinais e usos da resina desde os tempos da Grécia clássica. Atualmente, a resina continua a ser considerada um produto de elevado valor do Pinus, sendo importante para a economia de muitas regiões do mundo, inclusive no Brasil, gerando renda e empregos.

Em edição anterior da nossa PinusLetter (PinusLetter Nº 3 - http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_03.html#quatorze), discutimos para vocês as técnicas de resinagem de árvores de Pinus. Nessa edição atual, estamos trazendo alguns estudos complementares sobre resinagem e sobre as próprias resinas dos Pinus.

A produção brasileira de resina de Pinus está muito próxima de 100 mil toneladas anuais. Nossa produtividade por hectare é uma das melhores do mundo, atingindo em média 4,85 toneladas de resina bruta por hectare por ano. Isso significa que devem existir no Brasil no mínimo 20 mil hectares de florestas de Pinus elliottii e P.caribaea var. hondurensis sendo resinados, sendo a espécie predominante o P.elliottii. O Brasil está entre os países líderes em produção de resina de Pinus e existe enorme potencial de crescimento. Os mercados de resina bruta e de terebintina estão muito aquecidos, em função do aumento da demanda em países como China e Índia. A China é o maior produtor mundial, mas também o maior consumidor.

Em geral, no Brasil resinam-se cerca de 800 árvores por hectare, em povoamentos após o primeiro desbaste. A extração começa aos 7 a 8 anos e se prolonga por cerca de 10 anos. A parte da árvore que é resinada é a base, até uma altura máxima de 6 metros. Ao término da resinagem, essa madeira da base em geral é destinada para fabricação de celulose kraft, que não tem restrições a essa matéria-prima. Também as unidades de fabricação industrial de páletes de madeira e até mesmo de painéis tipo MDF a aceitam bem.

A resina bruta, substância obtida logo após a extração, pode ser fracionada em dois diferentes compostos: terebintina (fração volátil) e breu (fração sólida), os quais são utilizados para a produção de inúmeros produtos como vernizes, colas, tintas, esmaltes, solventes, fragrâncias e outros produtos comumente utilizados como matéria-prima da industrialização da química fina.

Por ser formada de compostos secundários (não essenciais para a sobrevivência da planta), muitos cientistas pareciam não entender por que plantas como Pinus secretavam a resina. Isso foi explicado com a comprovação de que muitas substâncias existentes tanto no breu como na terebintina estão associados à repelência de insetos e de microorganismos, ajudando também na cicatrização de ferimentos associados a fatores bióticos. Desde então, muitos estudos já foram desenvolvidos sobre esse tema, a fim de identificar quais os princípios ativos naturais relacionados ao combate de pragas (Ferreira, 2009). Outra função importante da exsudação de resina de troncos de coníferas é a eliminação de substâncias desnecessárias à planta, como é o caso dos acetatos (Wikipédia, 2010).

Muitos dos compostos secundários voláteis encontrados na resina são terpenos (misturas de mono, sesqui e diterpenos) e de seus derivados (Rodrigues, 2008), sendo formados basicamente por oxidações. Os principais terpenos encontrados na resinas são alfa-pineno, beta-pineno, delta-3-careno, sabineno, limoneno e terpinoleno, entre outros, já em menores quantidades. Muitos terpenos apresentam atividades tóxicas e repelentes a muitas pragas. Assim que um inseto inicia a sua alimentação, perfurando a casca ou danificando as folhas do Pinus, as substâncias voláteis são primeiramente expelidas no ar pela planta, tornando o substrato não mais atraente como alimento. Além disso, é comum que muitos dos compostos voláteis existentes na resina também atraiam inimigos naturais de suas pragas como parasitóides (Rodrigues, 2008).

Outras pesquisas envolvendo o conhecimento da anatomia interna das árvores resinadas, buscando maior compreensão da liberação da resina, estão sendo desenvolvidas no Brasil e no mundo. Isso ajudaria no entendimento de como os sistemas vitais da planta se relacionariam com fatores bióticos e abióticos que podem potencializar a produção dessa substância. Os fatores que influenciam a quantidade de resina que pode ser extraída de uma árvore, bem como sua qualidade são: diâmetro do tronco, idade da planta, espécie, potencial genético, manejo florestal, condições ambientais, entre outros (Ferreira, 2009). Muitos trabalhos também buscam incrementar a quantidade e a qualidade da resina produzida pelos principais pinheiros resiníferos, através da otimização desses fatores.

O manejo que se tem durante a resinagem, assim como a tecnologia e equipamentos usados para a extração da resina também são constantemente testados, objetivando uma atividade cada vez mais rentável e ao mesmo tempo sustentável.

Dessa forma, a resina extraída dos Pinus é um produto extremamente importante na economia de muitas regiões do mundo, também apresentando relevância sócio-ambiental nas localidades onde se mantém presente. Apesar de já haver diversos resultados de pesquisas que visam à melhoria contínua de seus processos, ainda há muito a ser feito e descoberto sobre o assunto, necessitando-se de mais incentivos, pesquisas e extensão de seus resultados aos produtores. Por essa razão, estamos retornando ao tema, buscando oferecer mais literaturas aos interessados

Confiram a seguir alguns artigos, textos técnicos, apresentações, vídeos e figuras que abordam os Pinus e sua resina. Há resultados de estudos sobre anatomia da madeira de Pinus resiníferos, fatores que interferem na produção de resina, tecnologias de extração, combate a pragas, entre outros envolvendo economia, ambiente e sociedade.

Resina. Wikipédia. Acesso em 24.02.2010:
O texto técnico pertencente à enciclopédia virtual Wikipédia caracteriza e define muito bem o que é resina. Dentre os assuntos abordados destacam-se as principais composições químicas, tipos, usos e derivados. O texto em inglês é bem mais completo e rico.
http://en.wikipedia.org/wiki/Resin (em Inglês)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resina (em Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Resina (em Espanhol)

A site about pine tapping. Ar Eldorado Ltda. Acesso em 16.04.2010:
Excelente website de nosso estimado amigo argentino Alejandro Cunningham, um dos maiores experts mundiais em resinagem de coníferas, que para nossa sorte, vive em Itapetininga, Brasil. O website do Alex é rico em dados estatísticos, fotos maravilhosas, notícias, links e muitas de suas palestras. Pela paixão que ele coloca nesse tema resinagem, pode-se muito bem dizer que ele é também um grande amigo do Pinus.
http://www.areldorado.com.ar/ (em Inglês)
http://br.linkedin.com/in/alexcunn/pt (Sobre Alex Cunningham - em Inglês)
http://www.iisd.ca/YMB/FOREST/WFC13/pictures/
2009-10-23%2023oct/23octfull/23oct%20038full.jpg
(A.P. Cunningham)


Blog Resinagem do Pinus.
Acesso em 16.04.2010:
http://www.blogger.com/feeds/7489867237974888255/posts/default

Colophony (Pine Resin). Scents of Earth. Acesso em 24.02.2010:
Observem no website “Scents of the Earth” uma descrição muito elucidativa sobre a resina de Pinus.
http://www.scents-of-earth.com/colophony.html

Gum resin - Extraction. Extração de resina de Pinus. Youtube. Acesso em 24.02.2010:
Vídeo curto que mostra trabalhador realizando a resinagem em plantios de Pinus.
http://www.youtube.com/watch?v=oIsm_zt3edQ

Pinus resinífero. Youtube. Acesso em 24.02.2010:
Vídeo desenvolvido pela indústria Resineves que mostra, desde a produção das mudas de Pinus, o processo da extração de resina, até o seu processamento.
http://www.youtube.com/watch?v=ToKWDSsqv6o&NR=1 (Resineves)

La rentabilidad del sector resinero pasa por la innovación tecnológica. CESEFOR. Acesso em 24.02.2010:
http://www.portalforestal.com/informacion/noticias/4106--la-
rentabilidad-del-sector-resinero-pasa-por-la-innovacion-tecnologica-.pdf


La resinación. El Blog de Forestman. Vídeos. (2006). Acesso em 24.02.2010:
http://forestman.espacioblog.com/post/2006/02/23/la-resinacion-primera-parte (em Espanhol)
http://forestman.espacioblog.com/post/2006/02/26/la-resinacion-segunda-parte (em Espanhol)

Russos investem em resinagem no MS. Painel Florestal. Vídeo. Acesso em 24.02.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=6


Artigos e textos técnicos sobre resinas e resinagem de Pinus


Estado actual de la resinación en el mundo. A.P. Cunningham. XIII Congreso Forestal Mundial. Argentina. 07 pp. (2009)
http://www.cfm2009.org/es/programapost/trabajos/Estado_actual_FD.pdf

Estado actual de la resinación en el mundo. A.P. Cunningham. XIII Congreso Forestal Mundial. Argentina. Apresentação em PowerPoint: 19 slides. (2009)
http://www.cfm2009.org/es/programapost/trabajos/Alejandro-Cunningham.pdf

Caracterização da estrutura anatômica do lenho, dos anéis de crescimento e dos canais de resina de árvores de Pinus caribaea var. hondurensis Barr. et Golf. A. T. B. Ferreira. Dissertação de Mestrado. ESALQ. 84 pp. (2009)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-18052009-151531/

RESUMO: Produção de resina em plantas jovens de Pinus elliottii sob estresse. A. G. Ferreira; S. C. J. G. A. Perez. XII Congresso Brasileiro de Fisiologia Vegetal. (2009)
http://www.sbfv.org.br/congresso2009/trabalhos/autor/ecofisiologia/406.pdf

RESUMO: Teor de resina e poder calorífico da madeira oriunda de árvores resinadas e não resinadas de Pinus elliottii var. elliottii e Pinus caribaea var. hondurensis. P. O. Antonelli; J. N. Garcia; J. O. Brito; U. L. Ceribelli. 17° SIICUSP. (2009)
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/965.pdf

RESUMO: Resin ducts of Pinus halepensis Mill. Their structure, development and pattern of arrangement. E. Werker; F. L. S. A. Fahn. Botanical Journal of the Linnean Society 62 (4): 379-411. (2008)
http://www3.interscience.wiley.com/journal/119866073/abstract

A resinagem do Pinus no contexto mundial.
A. Cunningham. Apresentação em PowerPoint: 61 slides. (2008)
http://www.slideboom.com/presentations/20247/Resinagem
-de-Pinus-no-Contexto-Mundial

A resinagem de Pinus. Um novo paradigma. Oleoresina de Pinus e a sua biossíntese. A. Cunningham. Apresentação em PowerPoint: 28 slides. (2008)
http://www.slideboom.com/presentations/20261/A-Resinagem
-de-Pinus---Un-Novo-Paradigma


A resinagem de Pinus. Um novo paradigma. Aspectos da madeira resinada. A. Cunningham. Apresentação em PowerPoint: 10 slides. (2008)
http://www.slideboom.com/presentations/20273/
A-RESINAGEM-DE-PINUS---Um-novo-paradigma

Caracterização e otimização da produção de resina em Pinus elliottii Engelm. Papel de moduladores bioquímicos. K. C. S. Rodrigues. Tese de Doutorado. UFRGS. 30 pp. (2006)
http://biblioteca.universia.net/ficha.do?id=38074530
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/13703/000624750.pdf?sequence=1 (Parcial)

Oleoresina de Pinus. A. Cunningham. Apresentação em PowerPoint: 31 slides. (2005)
http://www.slideshare.net/alexcunn/20050913-os-pinos-para-anipin

Resinagem. E. Lacerda. DETF/SCA/UFPR. 2a Edição. 39 pp. (2003)
http://www.madeira.ufpr.br/portal12/downloads/lacerda/11.doc

RESUMO: Environmental effects on constitutive and inducible resin defences of Pinus taeda. M. J. Lombardero; M. P. Ayres; P. L. Lorio Jr; J. J. Ruel. Ecology Letters 3(4): 329 – 339. (2002)
http://www3.interscience.wiley.com/journal/119051268/
abstract?CRETRY=1&SRETRY=0


Selecão de Pinus elliottii pelo valor genético para alta produção de resina. J. Y. Shimizu; I. H. Z. Spi. Boletim de Pesquisa Florestal 38: 103-117. (1999)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim38/jshimizu2.pdf

Effects of terpenoid compounds on growth of symbiotic fungi associated with the southern pine beetle. J. Robert Bridges. Ecology and Epidemiology Phytopathology 77(1): 83-85. (1987)
http://www.apsnet.org/phyto/PDFS/1987/Phyto77n01_83.PDF

Evidence of competition for photosynthates between growth processes and oleoresin synthesis in Pinus taeda L. P. L. Lorio Jr.; R. A. Sommers. Tree Physiology 2: 301-306. (1986).
http://treephys.oxfordjournals.org/cgi/reprint/2/1-2-3/301.pdf

Resinagem de Pinus implantados no Brasil. Resinagem em escala comercial. Cia Agro Florestal. Circular Técnica IPEF nº 34. 17 pp. (1978)
http://www.ipef.br/publicacoes/ctecnica/nr034.pdf

Pine resin terpene analysis by GC-MS. B. Doss. Northen Arizona University. 02 pp. (s/d)
http://mothdevelopments.com/Portfolio%20Documents/AppNote_GC-MS_Terpenes.pdf

Efeitos da resinagem no crescimento de Pinus elliottii var. elliottii. A. Figueiredo Filho; C. A. Schreiner; C. N. F. Pinheiro; M. Mores. Revista Floresta: 50-54. (s/d)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/viewFile/6408/4601


Imagens sobre resinas e resinagem de Pinus

Alex Pine Tapping Public Gallery. Google Picasa. 19 álbuns. Acesso em 24.02.2010:
http://picasaweb.google.com/ar.eldorado.ltda

Imagens Google:

http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=resinagem&btnG=Pesquisar&aq=f&aqi=
& aql=&oq=&gs_rfai=&start=0
(Resinagem)

http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22Pine+resin%22&aq=f&aqi
=&aql=&oq=&gs_rfai=&start=0
("Pine resin")


http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22Pine+tapping%22&aq=
f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=&start=0
("Pine tapping")

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

Fraldas e Absorventes Íntimos Descartáveis Produzidos com Fibras Celulósicas do Pinus

Introdução:

Fraldas e absorventes íntimos descartáveis se tornaram bastante populares a partir da década dos 70's, quando materiais absorventes de menor custo e melhor qualidade passaram a ser utilizados para a retenção de fluidos corporais, não sendo permitido o seu reuso. Tais tecnologias, aliadas a preços mais acessíveis e praticidade no uso, estimularam a substituição das antigas fraldas laváveis de tecidos de algodão e os “paninhos” utilizados durante o período menstrual feminino (Disposable Diapers, 2010; Mazgaj et al., 2006; Valença e Mattos, 2001). O sucesso foi tão grande que as fraldas descartáveis passaram ainda o ocupar espaço na vida de pessoas idosas, com problemas de incontinência urinária, resgatando para muitas delas a dignidade como cidadão vivendo em coletividade.

De acordo com a ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (2008), as fraldas são classificadas como produtos de higiene íntima destinados a absorver fezes e urinas de bebês, crianças ou adultos que tenham problemas em controlar tais atividades fisiológicas. Logo, a grande maioria das fraldas produzidas na atualidade é dividida em dois tipos: infantis e geriátricas. Ambas possuem basicamente as mesmas funções: a proteção do usuário contra possíveis vazamentos, oferecendo a ele conforto, higiene e saúde (SEBRAE, 2010; Disposable Diapers, 2010). Os usuários desses produtos esperam que as fraldas descartáveis e também os absorventes íntimos sejam seguros a ponto de que eles possam exercer suas atividades diárias normais sem restrições, fazendo inclusive com que se esqueçam de que estão utilizando os mesmos (SEBRAE, 2010; Disposable Diapers, 2010).


Para auxiliar no cumprimento desses importantes requisitos, a celulose de fibras longas proveniente do Pinus é utilizada com bastante intensidade na manufatura desses produtos. Essa celulose é também chamada de "Celulose Fluff" ou "Celulose Fofa". Ela não é uma celulose qualquer, precisa ter propriedades especiais para manter a fralda ou o absorvente em condições de ótima performance. Entre suas missões está a de manter um colchão ou manta fibrosa bem porosa, absorvente e resistente, sem sofrer ruptura com a movimentação do usuário. Ainda, esse painel fibroso deve manter as partículas do gel absorvente ("polímero superabsorvente") bem dispersas em seu interior, o que aumenta a sua capacidade de retenção de líquidos (Schueller, 2010). Segundo o mesmo autor, tal celulose pode corresponder a até 80 % do peso de uma fralda. As fraldas variam em peso conforme o tamanho das crianças ou das pessoas adultas que as utilizam. De maneira geral, a quantidade de fibras celulósicas varia entre 15 a 50 gramas por unidade de fralda. As fraldas podem ainda conter uma certa quantidade de papel "tissue". Dessa forma, as fraldas e absorventes íntimos constituem-se em importantes produtos de base florestal nos dias de hoje. No Brasil, grande parte das fraldas e absorventes higiênicos utilizam fibras de celulose kraft branqueada produzidas a partir de madeiras de Pinus. Na próxima edição da PinusLetter, dedicaremos o mini-artigo para discutir e apresentar as características principais que deve ter uma celulose do tipo "fluff". Esperamos que possa ser de seu interesse.

Na presente edição, o objetivo principal deste texto técnico foi o de agregar informações sobre as inovações tecnológicas das fraldas descartáveis, sua forma de fabricação, principais matérias-primas, cuidados, características e perspectivas futuras. Conhecendo melhor o produto, poderemos entender melhor em como as fibras celulósicas do Pinus podem ajudar a fazê-lo de melhor qualidade e performanc
e.


Histórico das fraldas descartáveis:

De acordo com Disposable Diapers (2010) e com Papelnet.cl (2010), a segurança na boa retenção de fluidos corporais eliminados sempre foi um problema para o ser humano. Dessa forma, para garantir sempre melhor qualidade e desempenho aos usuários, as fraldas descartáveis passaram a manter constantes avanços tecnológicos ao longo das últimas décadas.

As fraldas descartáveis propriamente ditas foram inventadas por Vic Mills, um engenheiro que ao cuidar de seus netos observou que a maneira mais saudável de cuidar da pele dos bebês seria descartando o produto fralda após o seu uso (SEBRAE, 2010). Entretanto, essa preocupação vem desde as antiguidades, existindo relatos do assunto em diversas partes do mundo (Disposable Diapers, 2010).

As primeiras fraldas descartáveis foram feitas com papel "tissue" (papel sanitário). Elas foram desenvolvidas durante a segunda guerra mundial na Suécia, devido principalmente ao elevado preço e a escassez da principal matéria-prima das fraldas até o momento: o algodão (Papelnet.cl, 2010). Por essa razão, as fraldas descartáveis são até hoje conhecidas como fraldas de papel, apesar de que atualmente as fibras de celulose não estão mais dispostas nas fraldas na forma de folhas de papel, mas sim de um colchão fibroso bem macio e fofo.

As fraldas descartáveis utilizadas nos anos 40's a 50's tinham formato retangular e constavam de 15 a 25 folhas de papel "tissue", havendo uma camada plástica impermeável envolvendo esse conjunto na parte exterior. Durante esse período, as fraldas descartáveis eram muito caras e não retinham grandes quantidades de líquidos, necessitando de trocas muito freqüentes. Havia muita dificuldade em se manter esse conjunto bastante poroso, pois são exatamente os vazios das fibras e entre as fibras que absorvem e retêm os líquidos. Esse conjunto ao longo de sua história sempre precisou ter três finalidades básicas: capacidade de absorver rapidamente o líquido, capacidade de reter o líquido absorvido e capacidade de evitar que o líquido vaze antes de ser absorvido pelo colchão de fibras, gel ou papel. Já nos anos 60, novos adesivos para ajustes e novos plásticos não permeáveis foram introduzidos ao produto, bem como se substituiu o papel "tissue" por fibras de celulose na forma de um colchão ou almofada, com maior poder de absorção e retenção. Após, a tecnologia para a fabricação de fraldas descartáveis disparou: novas empresas passaram a disputar o mercado diminuindo o custo e tornando o produto mais acessível a grande parte da população, primeiro de países desenvolvidos e depois também nos países em desenvolvimento (Papelnet.cl., 2010).

Durante toda a década de 70, houve avanços no formato da fralda e no emprego de não-tecidos ("non-wovens") mais absorventes, macios e confortáveis à pele do bebê. As cintas adesivas (fitas frontais ou faixas de ajuste) também foram desenvolvidas durante esse período. Porém, o que mais chamou a atenção foi a explosão no uso do produto em diversas regiões do mundo.

As fraldas dos anos 80's foram inovadoras em seus formatos, mais anatômicos ao corpo do bebê, assim como o desenvolvimento de elásticos nas bordas do produto para evitar a fuga de líquidos. A fita frontal (tipo cinta ou faixa) foi desenvolvida primeiramente na Europa, permitindo que as mães conseguissem abrir e fechar várias vezes a mesma fralda sem que essa perdesse segurança e funcionalidade. Todavia, a tecnologia mais inovadora foi desenvolvida no final dessa década com a adição de polímeros superabsorventes (SAP) em sua composição. Isso primeiramente foi realizado em absorventes íntimos no Japão e depois introduzido para a fabricação de fraldas. Tal invento gerou toda uma nova geração de fraldas, sendo essas mais finas e flexíveis, com menor quantidade de fibras celulósicas, mais confortáveis, secas e seguras. Imaginem que as fibras de celulose conseguem absorver entre 8 a 12 vezes o seu peso com líquidos aquosos. Já as fraldas atuais com superabsorventes conseguem absorver e reter até 50 vezes o peso de seu colchão composto de fibras de celulose e gel SAP. Algo que foi de significativo avanço para o sucesso desses produtos.

Os anos 90's e 2000's foram marcados pelo desenvolvimento de produtos cada vez mais absorventes, confortáveis (ajustados ao corpo do usuário) e secos, diminuindo-se problemas de irritação cutânea provocados pela umidade excessiva da fralda (Rocha e Selores, 2004). Isso também ocorreu pela adição de compostos hidratantes e desodorizantes que previnem assaduras como cremes, talcos e extratos naturais de aloe-vera. A década de 90 foi repleta de inovações na velocidade de fabricação desses produtos de higiene íntima, também para conseguir atender a demanda de países emergentes e em desenvolvimento (Elzinga e Mills, 1996). Novas marcas e modelos surgiram para atender aos mais variados gostos e capacidades de pagar por eles, tornando as fraldas mais atrativas a diversos tipos de consumidores. Além disso, o início da década de 90 foi marcado por apelos ambientais devido à difícil e lenta decomposição desses produtos na natureza. As fraldas de papel, pelo fato de serem recobertas por plástico, formam um objeto compacto e de difícil biodegradabilidade nos lixões. Para piorar ainda mais a situação, é impossível se reciclá-las. Fraldas biodegradáveis já foram desenvolvidas; porém, ainda sem muito sucesso. Dessa forma, isso continua sendo o principal objetivo na evolução das fraldas descartáveis: o desenvolvimento de um produto mais amigo do ambiente. Outro importante objetivo de muitas indústrias é fazer um produto cada vez mais barato, tornando-o acessível em países de menor poder aquisitivo das suas populações, principalmente na África, América Latina e Ásia (Papelnet.cl, 2010).

Composição das fraldas descartáveis:

Segundo Schueller (2010), as fraldas descartáveis têm como principal matéria-prima a "celulose fluff" (70 a 80 % do seu peso), seguida por 5 a 10 % de gel seco (SAP). A combinação de ambos serve para aumentar a velocidade e a capacidade de retenção, sendo revestidos por um filme de não-tecido que impede o refluxo do líquido absorvido. Outra camada macia de não-tecido hidrofílico é adicionada à camada externa interior da fralda, entrando em contato com a pele e fluidos corporais. Na outra extremidade da fralda (parte exterior) há a adição de uma malha impermeável de polietileno dobrada e costurada a quente. Há ainda a adição de adesivos e loções, entre outros componentes acessórios.

Qualquer fralda descartável deve ser suficientemente bem montada e resistente de forma que os bebês não tenham acesso algum ao manto fibroso contendo o gel superabsorvente. Apesar desse conjunto não ser necessariamente tóxico, ele é muito problemático se ingerido pela criança. Caso os bebês consigam abrir a fralda e comer dele, pensando tratar-se de algum alimento, o gel vai aumentar muito de volume no estômago da criança, deixando-a sem apetite algum por um bom tempo.

De acordo com Disposable Diapers (2010), SEBRAE (2010), Schueller (2010) e ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (2008), as típicas fraldas geriátricas e pediátricas possuem diversos tipos de matérias-primas, os quais foram listados a seguir, juntamente com cada uma de suas funções.

- Manta de polietileno (PE): presente na camada externa da fralda, evita vazamento devido à sua impermeabilidade. Essa camada é aderida ao restante da fralda através da colagem de fixação.

- Manta filtrante: Uma cobertura porosa sintética formada por camada de não-tecido hidrofílica. Um não-tecido nada mais é do que uma manta de fibras com ou sem orientação unida em uma estrutura plana. Um não-tecido é geralmente sintético formado a partir de processos mecânicos, químicos e/ou térmicos, ou seja, fricção, adesão e coesão respectivamente (Wikipédia, 2010; Schueller, 2010). A manta filtrante possui a função de filtrar o líquido e de diminuir a umidade na pele através da rápida absorção, além de impedir o contato da manta fibrosa propriamente dita com o usuário (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, 2008). A umidade filtrada pela manta filtrante é conduzida até o núcleo absorvente da fralda, onde é retida (Papelnet.cl, 2010).

- Adesivo "hot-melt": é adesivo colado a quente (180°C), utilizado para dar sustentação aos elásticos e à manta das fraldas. É usado em porções pequenas.

- Algodão hidrófilo: ajuda na estruturação da fralda (SEBRAE, 2010), compondo parte do seu “recheio”.

- Polpa de celulose "fluff" desfibrada: ajuda a segurar o gel seco e a distribuí-lo de forma homogênea dentro da fralda. Atua na estruturação da fralda e, caso seja utilizado erroneamente, poderá promover o bloqueio da infiltração, enrolamento de fibras e até mesmo rompimento da peça. A polpa de celulose usada para garantir a estrutura e integridade da fralda é do tipo "fluff", como já vimos antes. Em geral ela é usada na forma de bobinas de folhas bem volumosas (de baixa densidade). Tais características permitem que sejam desfibradas a seco por equipamentos desintegradores os quais vão raspando a celulose fazendo com que suas fibras fiquem suspensas na forma de uma espécie de “colchão fibroso”. Segundo Disposable Diapers (2010), a capacidade de absorção da polpa de celulose é de aproximadamente 10 centímetros cúbicos de água por grama de celulose da fralda, valor considerado pequeno quando comparado ao dos géis superabsorventes. Porém, os últimos são incapazes de serem acondicionados sozinhos nas fraldas. As fibras longas existentes na polpa promovem uma tensão superficial necessária para o aumento da retenção e absorção de líquidos. Isso porque distribuem a umidade dentro da fralda, evitando o bloqueio de absorção do gel quando as moléculas dos seus polímeros ficarem saturadas. O mesmo autor afirma a celulose "fluff" provém de plantios de Pinus, os quais, na grande maioria, já possuem certificação florestal.

- Polímero superabsorvente (SAP):
também chamado de floc-gel, é um composto que apresenta elevada afinidade com água, retendo-a ao entrar em contato com ela. O floc-gel incha em presença da urina, fazendo com que uma só fralda consiga absorver 15 a 20 vezes o seu peso em umidade (Schueller, 2010). O polímero superabsorvente é composto por partículas pequenas parecidas com areia fina e branca, contendo ácido acrílico que agem como esponjas poliméricas. São partículas minúsculas que quando entram em contato com a água, aumentam seu tamanho através de ligações cruzadas com as moléculas de água. Essas ligações ajudam a dar um aspecto gelatinoso ao gel hidratado. Rocha e Selores (2004) afirmaram que a utilização de polímeros superabsorventes diminuiu em até 50 % o peso das fraldas atuais, quando comparadas às produzidas na década de 70. Os polímeros mais utilizados em fraldas descartáveis têm sido: a poliacrilamida (PA), a qual retém moléculas de água através da formação de pontes de hidrogênio; e o poliacrilato de sódio (PAS), que realiza regulagem osmótica de sódio através da absorção de água. O primeiro desses polímeros, apesar de menos sensível às impurezas, foi abandonado para a finalidade porque possuía um aumento de massa excessivo. Logo o PAS tem sido mais usado com eficiência como floc-gel de fraldas desde o início dos anos 80 (Marconato e Franchetti, 2002; Pell et al., 1999). A capacidade de absorção e retenção varia com a qualidade e quantidade dos componentes da fralda assim como com a polaridade dos líquidos e fluidos absorvidos (Disposable Diapers, 2010).

- Papel "tissue": muito utilizado no passado, hoje apenas envolve a polpa (núcleo absorvente) de algumas fraldas para facilitar sua manufatura, estruturação e manuseio nas máquinas.

- Manta:
considerada o corpo da fralda já pronto, contendo todos os componentes internos acima listados (algodão, polpa, gel, e papel "tissue") em suas quantidades e locais indicados.

- Elástico: usados com o intuito de evitar fugas de líquidos pelas extremidades da fralda (laterais e superiores), ajudam a ajustá-la ao corpo do usuário. Os principais tipos de elásticos usados são os revestidos com borracha e também os de lycra.

- Fita reposicional: utilizadas na lateral da fralda e na frente, são reguláveis na cintura e podem conter adereços decorativos. É utilizada para ajustar a fralda ao corpo.

- Colônia: substância utilizada para padronizar o cheiro da fralda. É geralmente aplicada em sprays e também ajuda a diminuir os maus odores dos fluidos corporais. As colônias usadas para essa finalidade não devem possuir caráter alergênico.

- Outras matérias-primas: além dos componentes existentes nas fraldas ainda há outras matérias-primas que estão relacionadas com a fabricação das fraldas tais como: solvente para limpeza das máquinas, tesouras picotadoras, estiletes, dosadores de gel, luvas, máscaras, toucas de cabelo, plástico de polietileno para embalagem final, selador de embalagens, entre outros, incluindo-se também os adornos decorativos das fraldas e embalagens.


Produção das fraldas descartáveis:


De acordo com SEBRAE (2010), levando-se em conta que a manta fibrosa pode ser adquirida separadamente, a fabricação semi-industrial de fraldas descartáveis pode seguir duas linhas básicas produtivas: o processo manual e o semi-automático. O autor não aconselha a compra e união dos componentes da manta (algodão, polpa, gel, e papel "tissue") de forma manual principalmente porque há a necessidade de maior tecnologia para a dispersão e união do gel com as fibras de celulose "fluff". Caso as fibras fiquem mal acondicionadas e as partículas de gel seco se tornarem mal distribuídas, poderá ocorrer o rompimento da fralda. A etapa de produção da manta será descrita separadamente:

1 - Produção da manta:
Este processo pode ser dividido em duas fases: a de desfibramento e a de formação do núcleo absorvente.

Desfibramento: ocorre com a alimentação da folha de polpa de celulose em um moinho rotativo, onde há a separação das fibras a seco. Essas são transportadas a vácuo para um tambor. Durante esse transporte há a separação das fibras do pó (fragmentos de fibras e fibras muito pequenas). Após, ocorre a mistura delas com o superabsorvente através de uma câmara a vácuo que injeta o SAP nas fibras de forma homogênea. O tambor forma uma almofada ou "pad” de dimensões variadas, dependendo do tamanho do cilindro (tambor) e do tamanho da fralda. A manta de fibras "fluff" mais o pó de gel é chamada de núcleo absorvente. Esse pode ser contínuo ou individual, dependendo da tecnologia utilizada. Schueller (2010) apontou que o pó SAP pode ser adicionado na camada superior da almofada de fibras depois dela ser formada. Porém, fraldas submetidas a esse método podem apresentar problemas de bloqueio do gel, uma vez que esse não se encontra misturado às fibras. O ideal e que as fibras fiquem envolvendo os polímeros como se fosse um sanduíche ou mesmo uma rede. Existem máquinas dosadoras que fazem a pulverização múltipla do polímero para misturá-los da melhor forma possível, distribuindo o pó do gel apenas onde é necessário.

Formação do núcleo absorvente: as fibras "fluff" mais o SAP são forrados com camadas de não-tecidos (produzidos separadamente em outras etapas e locais ou comprados de outras empresas), seguindo para um rolo compressor (também chamado de rolo de nivelamento) onde são compactados fazendo com que o núcleo absorvente fique com espessura uniforme.

2- Montagem da fralda em linha industrial de produção
A seguir encontram-se as principais etapas dos processos de montagem de fraldas descartáveis (Disposable Diapers, 2010; SEBRAE, 2010; Schueller, 2010; Papelnet.cl, 2010; Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, 2008):
Segundo Disposable Diapers (2010) e Papelnet.cl (2010) a produção de fraldas descartáveis está inserida em um processo contínuo, que depende muito da complexidade do produto, de sua verticalização, assim como do comprimento da máquina produtora. Tudo vai influenciar na velocidade da última. Há algumas fábricas que dispõe de tecnologia de ponta, conseguindo gerar mais de 1.000 fraldas/minuto. Porém, outras máquinas mais comuns conseguem produzir em média 200 a 600 fraldas/minuto (Sanitary..., 2010; Papelnet.cl, 2010)

Após a formação da manta, faixas elásticas são anexadas com cola para permitir melhor ajuste ao corpo do usuário. Depois disso ocorre a montagem da fralda em si.

A - Montagem: durante essa etapa, a camada impermeável de polietileno é aderida ao núcleo absorvente na sua parte exterior. No interior, a manta filtrante de não-tecido também é acondicionada assim como a fita frontal. Todos esses elementos são unidos através da cola "hot-melt".
B – Aplicação de fitas e adesivos: as fitas laterais adesivas ou do tipo conector velcro são aplicadas à fralda através de dispositivos especiais.
C – Dobras e cortes: no sistema de fabricação contínuo, as fraldas estão unidas, pois foram fabricadas em camadas. Logo, há o corte individual a vácuo de cada peça, ajustando as extremidades onde estarão as pernas aos elásticos e às fitas adesivas já colocadas. Tudo para melhor ajuste da fralda ao corpo do usuário. Depois as fraldas são individualmente dobradas na transversal e longitudinal, recebendo corte final e estando prontas para serem embaladas.

De acordo com Disposable Diapers (2010), após os cortes de ajustes das fraldas, há a limpeza das mesmas. Algumas são esterilizadas em estufas de ar logo depois de fabricadas (SEBRAE, 210).
Esse processo pode gerar perdas e resíduos, e precisa ter um controle de qualidade muito eficiente para evitar fraldas defeituosas, pois já vimos que isso pode ser problemático aos bebês.

3 – Contagem e embalagem
Após, cada fralda passa por máquina contadora e empilhadora automática que também acondiciona o produto em sua devida embalagem plástica. Antes do transporte, essa é então selada e encaixotada, estando pronta para a venda.

Processos semi-automáticos e manuais:


De acordo com SEBRAE (2010), o processo semi-automático envolve três etapas. Na primeira, a manta é colocada sobre uma mesa motorizada que a une com a manta de polietileno, com os elásticos e com os não-tecidos através da colagem quente ("hot-melt"). É nessa etapa que ajustes dos tamanhos das fraldas (P, M e G) são realizados pela mudança de regulagem da máquina. Na segunda etapa há o corte das fraldas, feita por uma guilhotina acoplada à mesa motorizada, fixando-se fitas adesivas logo em seguida. A terceira etapa consiste na embalagem das fraldas feita por uma máquina seladora.

Já no processo de produção manual é o operador que realiza todas as três etapas anteriores. Primeiramente, há a colagem do núcleo absorvente com as mantas impermeável e permeável (filtrante). Em seguida corta-se a fralda de acordo com moldes pré-estabelecidos. Depois disso, colam-se fitas e adesivos seguindo para a realização das dobras e das embalagens. No processo semi-automático há a fabricação de 1000 fraldas/dia. Já o manual, esse número cai para 300 a 400 fraldas/dia.

Resíduos:

A produção de fraldas descartáveis gera diversos tipos de resíduos, mas permite reciclagem e reutilização de alguns deles, como o caso de polímeros e fibras de celulose desperdiçadas. Durante o corte e a montagem da fralda há grande preocupação com diminuição de perdas no processo (Disposable Diapers, 2010).

A conservação das matérias-primas e dos produtos prontos também deve ser realizada de maneira adequada, evitando-se a perda de produtos por armazenagem imprópria (SEBRAE, 2010).

Papelnet.cl (2010) relatou que em países com alto consumo de fraldas, os resíduos referentes à fraldas descartadas não chegam a ser 2 % do total de lixo doméstico gerado. Os mesmos autores também ressaltaram que mais de 65% da matéria-prima das fraldas descartáveis é biodegradável, como a celulose "fluff" e o papel "tissue".


Principais cuidados:

Os cuidados com a higiene durante a fabricação das fraldas são vitais. Logo o ambiente de trabalho deve ser o mais limpo possível, realizando regularmente a esterilização dos equipamentos com álcool. As trocas de toucas, máscaras e aventais de produção também devem ser realizadas com freqüência. Cabe lembrar que as fraldas e absorventes são produtos de higiene íntima, estando em contato direto com a pele ou mucosas do usuário. Logo, a portaria n.º 1480 do Ministério da Saúde do Brasil possui normas para a realização de testes de qualidade em laboratórios credenciados (SEBRAE, 2010).

Os produtores de fraldas devem realizar testes para avaliar se as proporções de polímeros com relação as fibras de celulose estão atendendo às especificações exigidas. Geralmente as proporções fibra: polímero devem variar de 75:25 a 90:10, segundo Schueller (2010).

Outros testes bastante comuns empregados nas fraldas são os de real absorção e os de conforto para o usuário (Disposable Diapers, 2010).

Em 1997, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) realizou avaliações de qualidade em 15 marcas de fraldas que circulavam no mercado brasileiro na época. Foram feitos ensaios de citotoxicidade, onde constataram-se irregularidades em duas marcas brasileiras e duas importadas. O ensaio de citotoxicidade define o potencial de degeneração ou morte celular pelo material constituinte da fralda. Tais resultados indicaram a potencialidade de algumas marcas causarem irritações cutâneas nos seus usuários. O INMETRO relatou que as associações de produtores e outros órgãos responsáveis pela categoria deveriam se reunir em busca de melhorias nas regulamentações e normas para avaliação da qualidade das fraldas descartáveis no Brasil, principalmente no que diz respeito ao desempenho. Tudo para que os produtos se tornassem ainda mais confiáveis. Entretanto, já se passaram mais de dez anos dessa publicação do INMETRO e a evolução tecnológica dos principais fabricantes de fraldas do setor foi notável. Por outro lado, surgiram muitos fabricantes semi-artesanais de fraldas e por essa razão, os controles devem ser redobrados para muitas marcas desconhecidas. A Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, através de seu website Pró Teste tem colaborado em muito com isso, apresentando continuados estudos comparativos das principais marcas de fraldas vendidas no país
(http://www.proteste.org.br/?show=186351&q=fraldas%20descart%C3%A1veis&output=xml_no_dtd&ie=UTF-8&oe=UTF-8&client=brasilian_frontend&site=GSA_ProtesteBrasil).


Mercado, perspectivas futuras e considerações ambientais:

As fraldas descartáveis são consideradas ainda um produto relativamente novo no mercado; todavia, já conquistaram grande parte dos consumidores nos países desenvolvidos e emergentes, evidenciando sua importância para a sociedade. Em estudos citados por Schueller (2010), as fraldas descartáveis infantis possuíam índices de penetração de produto (razão entre o n° de usuários e o n° de consumidores) extremamente elevados (acima de 95 % nos EUA e Japão). Valença e Mattos (2000) asseguraram que esses são mercados já maduros e que devido ao baixo índice de natalidade já estão praticamente estabilizados. Logo, o crescimento de consumo desse produto está ocorrendo muito mais nos países em desenvolvimento, como no Brasil, principalmente quando há a produção de fraldas descartáveis econômicas. Os mesmos autores apontavamm que quase toda a celulose "fluff" utilizada no país no ano 2000 (mais de 120 mil toneladas anuais) era importada. Ainda hoje, a taxa de importação é significativa, principalmente da Argentina, cujo principal fornecedor é a Celulose Alto Paraná, com suas fibras kraft branqueadas de Pinus taeda. Discutiremos um pouco mais sobre isso na próxima PinusLetter.

A preocupação com os resíduos das fraldas no ambiente também cresce assim como o seu consumo. Logo, as perspectivas futuras para o produto é que tecnologias sejam desenvolvidas para a criação de um produto totalmente biodegradável. Enquanto isso não acontece, muitas mães ambientalmente conscientes já voltaram a utilizar fraldas de algodão em seus filhos, mesmo perdendo em praticidade (Neves, 2010). Muitas argumentam que as fraldas descartáveis requerem 10 a 20 vezes mais matéria-prima para a fabricação do que as de pano, além de demorarem dezenas de anos para se decompor. Por outro lado, as adeptas às fraldas descartáveis também afirmam que há maior consumo de água para a lavagem das fraldas de algodão, havendo a necessidade da utilização de outros produtos químicos para limpeza e branqueamento das mesmas. Enfim, esse debate ajudará a que as inovações surjam mais rapidamente nesse sentido.


Considerações finais:

Ainda há muito a ser pesquisado para a melhoria das fraldas descartáveis, principalmente no que tange às questões ambientais. Novas pesquisas deveriam ser incentivadas a fim da descoberta de um produto fácil de ser produzido, seguro, confortável, econômico e ao mesmo tempo amigo do ambiente.

No caso de nosso país, os Pinus são considerados como sendo a principal matéria-prima das fraldas descartáveis através da utilização da polpa de celulose "fluff" e do papel "tissue". Ambos produtos (fibras e papel) são facilmente biodegradáveis. Logo, os produtos do Pinus poderão continuar desempenhando papel importante nas fraldas descartáveis do futuro.

A seguir, estão listados os artigos e textos técnicos pesquisados para a redação desse mini-artigo. Há alguns websites que possuem fotos e vídeos das máquinas de produção de fraldas descartáveis, figuras das principais etapas de fabricação, e também outras informações sobre testes de qualidade do produto. Confiram também algumas webpages de fabricantes de fraldas descartáveis, em especial do Brasil.


Referências da literatura e sugestões para leitura:

Disposable Diaper. How Products are Made.
R. Schueller. Volume 3. (1995). Acesso em 13.03.2010:
http://findarticles.com/p/articles/mi_gx5205/is_1995/ai_n19124616/pg_3/

Swan labelled baby diapers. SF Ecolabelling. Acesso em 13.03.2010:
http://www.ftp-delipap.com/muumi/muumi/DelipapDiapers_pohjakuvaversio.pdf

Sanitary napkins and baby diapers production line. CN Non-food Import Export Corp. Acesso em 13.03.2010:
http://www.ch-non-food.com/diaper.htm

RESUMO: Processo de fabricação de fraldas descartáveis. Patentesonline.com. Acesso em 12.03.2010.
http://www.patentesonline.com.br/processo-de-fabricacao
-de-fraldas-descartaveis-120534.html


Disposable Diapers. The Diaper Industry Source. Richer Investments & Consulting Services. (em Inglês). Acesso em 12.03.2010.
http://www.disposablediaper.net/content.asp?3 (Home)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?44 (Mercado das fraldas descartáveis)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?2 (História das fraldas descartáveis)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?6 (Perguntas mais freqüentes)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?30 (Fotos de máquinas de produção de fraldas)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?29 (Testes mais frequentes para fraldas e colchões fibrosos)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?37 (Testes de algumas marcas famosas e populares de fraldas)
http://www.disposablediaper.net/Insight2006CRicher.doc (Absorbência- afinal o que é isso? por Carlos Richer)
http://www.disposablediaper.net/files/degradable.pdf (Fraldas degradáveis)

Pañales. Papelnet.cl. Empresas CMPC. (em Espanhol). Acesso em 02.03.2010:
http://www.papelnet.cl/panales/index.html (Características)
http://www.papelnet.cl/panales/2.html (Breve história)
http://www.papelnet.cl/panales/3.html (Processo de produção com animação)

RESUMO: Sistema de aplicação homogênea de mistura de superabsorvente em celulose para fraldas descartáveis e outros em geral.
PatentesOnline.com.br. Acesso em 02.03.2010:
http://www.patentesonline.com.br/sistema-de-aplicacao-homogenea-
de-mistura-de-super-absorvente-em-celulose-para-fraldas-137542.html


Fábrica de fraldas descartáveis. SEBRAE. Banco de Idéias de Negócios. Acesso em 02.03.2010:
http://www.sebrae-sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=3853&%5E%5E

Fraldas descartáveis
. Ebah Eu Compartilho. Acesso em 02.03.2010:
http://www.ebah.com.br/fraldas-doc-doc-a7109.html

Não-Tecido. Wikipédia. Acesso em 02.03.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A3o_tecido


Artigos técnicos e notícias sobre fraldas descartáveis e absorventes higiênlcos

Costumes antigos para bebês modernos. D. Neves. Gazeta do Povo. (2010)
http://www.gazetadopovo.com.br/viverbem/conteudo.phtml?tl=1&id=
986142&tit=Costumes-antigos-para-bebes-modernos

Relatório da pesquisa de preços de fraldas descartáveis e produtos infantis na cidade de Goiânia. Publicação PROCON Goiás. (2010)
http://www.procon.go.gov.br/procon/detalhe.php?textoId=000639

Fralda descartável. ABIMAC - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos Solução Técnica. Sistema ABIMAC. (2008)
http://www.datamaq.org.br/sebrae/Article.aspx?entityId
=dbe3a2e0-098b-dd11-9c09-0003ffd062a1

Comparative life cycle assessment of sanitary pads and tampons. M. Mazgaj; K. Yaramenka; O. Malovana. Royal Institute of Technology Stockholm. 26 pp. (2006)
http://www.infra.kth.se/fms/utbildning/lca/projects%202006/Group%2006
%20(Sanitary%20pads%20vs%20tampons).pdf

Dermatite das fraldas. N. Rocha; M. Selores. Nascer e Crescer XIII (3): 207-214. (2004)
http://www.hmariapia.min-saude.pt/revista/vol1303/
Dermatite%20das%20fraldas.pdf

Polímeros superabsorventes e as fraldas descartáveis. J. C. Marconato; S. M. M. Franchetti. Química Nova na Escola nº 15. 03 pp. (2002)
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a09.pdf

Fraldas descartáveis. A. C. V. Valença; R. L. G. Mattos. Produtos Florestais. Área de Operações Industriais 2 . BNDES. 07 pp (2001)
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/
Galerias/Arquivos/conhecimento/setorial/is_g1_26.pdf

RESUMO: Investigation of the nature of water in hydrogels and in fluff-pulp with NMR. G.S. Pell, M. Landeryou, A. Cottender, R.J. Ordidge. 01 pp. (1999)
http://cds.ismrm.org/ismrm-1999/PDF8/2157.pdf

Fraldas descartáveis. INMETRO. Divulgação no Programa "Fantástico" - Rede Globo de Televisão. (1997)
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/fraldas.asp

Innovation and entry in the US disposable diaper industry. K. G. Elzinga; D. E. Mills. Oxford Journals 5(3): 791-812. (1996)
http://icc.oxfordjournals.org/cgi/content/abstract/5/3/791


Sugestão para visitas a websites de alguns produtores de fraldas descartáveis (Apenas como referências técnicas, não devendo ser interpretados como sugestões comerciais):

http://www.aloes.com.br/sn/index.htm (Aloés)
http://www.biofral.com.br/home.htm (BioFral)
http://www.blessbrasil.com.br/empresa.php (Bless Cosméticos)
http://www.fraldascapricho.com.br/home.asp (Capricho)
http://www.delipap.com/ (Delipap - Finlândia)
http://www.evergreen.com.br/index.htm (Ever Green)
http://www.fanalpade.com/ (Fanalpade - Espanha)
http://www.jnjbrasil.com.br/ (Johnson & Johnson)
http://www.kimberly-clark.com.br/cat_cuidadosfemininos.asp (Kimberly Clark - Absorventes)
http://www.kimberly-clark.com.br/linha_turmamonica.asp (Kimberly Clark- Fraldas)
http://www.kimberly-clark.com.br/linha_dependplenitud2.asp (Kimberly Clark - Fraldas)
http://www.annualreport.pg.com/pt_BR/index.html (Procter and Gamble)
http://www.gruposapeka.com.br/fraldas_sapeka.html (Sapeka)
http://www.yorksa.com.br/infantil.asp (York)

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Essa PinusLetter é uma realização da Grau Celsius e da ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel, contando com o patrocínio também da empresa KSH- CRA Engenharia Ltda.
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As opiniões expressas nos artigos redigidos por Ester Foelkel e Celso Foelkel e o conteúdo dos websites recomendados para leitura não expressam necessariamente as opiniões dos patrocinadores e dos apoiadores.

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