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Editorial

Caros amigos interessados pelos Pinus,

Estamos lhes trazendo a 32ª Edição do nosso informativo digital PinusLetter. Mais uma vez nos esforçamos para lhes oferecer temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para sua informação e conhecimento. Vocês poderão obter isso tudo através da leitura dos tópicos que redigimos e pela navegação nos inúmeros Pinus-Links por nós recomendados.

Nessa edição, continuamos a enfatizar os produtos oriundos dos Pinus e de outras coníferas que trazem conforto e outros benefícios à sociedade. Também nos dedicamos muito, como parte de nossas metas estratégicas, a fortalecer e recomendar ações e atitudes para a preservação de nossos recursos naturais e para a necessária sustentabilidade das plantações florestais de Pinus e de outras espécies florestais de valor para a produção de bens e serviços de base florestal para o bem-estar e conforto das pessoas. Ainda nessa edição, procuramos dar o merecido destaque a pessoas de nossa comunidade técnico-científica que trazem, com seu trabalho, esforço e talento, contribuições muito relevantes na agregação de conhecimentos sobre o Pinus. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse e agrado.

A seção "As Coníferas Ibero-Americanas" retorna trazendo dados de pesquisas e características do Cupressus sempervirens, também conhecido popularmente como “cipreste italiano”. Árvore muito utilizada no Brasil e em outras partes do mundo como espécie ornamental, também apresenta outras funções. Sua madeira pode ser empregada na carpintaria e para a fabricação de celulose e papel (confiram alguns estudos que apontam a potencialidade da espécie para esses fins), além do seu óleo essencial e resinas apresentarem compostos utilizados em diversas áreas da indústria da química fina. Conheçam também formas de manejo, de desenvolvimento e características morfológicas de C. sempervirens.

Os múltiplos usos das costaneiras de toras de Pinus é outro tema presente nessa edição. As costaneiras até recentemente eram resíduos comuns de serrarias, os quais na maior parte das vezes eram descartados de forma indevida. Hoje, existem várias formas de utilização da madeira proveniente das costaneiras originadas do desdobramento de toras de maiores diâmetros. O uso da costaneira como fonte de energia ou para produtos de maior valor agregado pode proporcionar renda extra, além de ser uma medida ambientalmente correta.

A PinusLetter 32 volta a dar destaque às principais "Pragas e Doenças dos Pinus", seção onde descrevemos a armilariose, podridão radicular causada pelo fungo Armillaria spp. Conheçam os sintomas no hospedeiro, ambiente favorável, principais medidas de controle e características observadas a olho nu do patógeno (sinais da doença).

Em "Referências Técnicas da Literatura Virtual" continuamos a destacar os nossos "Grandes Autores sobre os Pinus". Dessa vez o homenageado é o Dr. Francides Gomes da Silva Jr., docente e pesquisador da USP (Universidade de São Paulo), na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, em Piracicaba. O professor desenvolve estudos na área de produção de celulose e papel de diversos gêneros arbóreos, incluindo-se os Pinus. Dessa forma, contribuiu e continua a contribuir para o desenvolvimento da sociedade brasileira tanto por auxiliar na resolução de problemas do setor florestal através das suas pesquisas como por ajudar na formação de diversos profissionais de qualidade, os quais atuam por todo o Brasil e alguns inclusive no exterior.

Outro assunto abordado foi o uso de polpas e serragem de Pinus como matéria-prima para produtos conhecidos como fibrocimento. Grande parte desse produto no Brasil e em outros países em desenvolvimento ainda é produzido com inclusão de fibras do amianto (ou asbesto - http://pt.wikipedia.org/wiki/Asbesto). O amianto é um mineral que comprovadamente causa sérios danos à saúde humana, necessitando de alternativas economicamente viáveis, não tóxicas e ambientalmente corretas para sua gradual e segura substituição. Vejam protótipos e produtos comerciais, bem como resultados de pesquisas que ajudaram a desenvolver compósitos com fibras de Pinus capazes de tornar os produtos de fibrocimento usados na construção civil mais sustentáveis.

Por fim, temos a apresentar mais um de nossos Artigos Técnicos, que dessa vez relata acerca da “laminação e faqueamento da madeira de Pinus. Conheçam os principais usos dos laminados, suas vantagens e desvantagens, fatores que influenciam na sua qualidade, processamentos e alguns resultados de pesquisas para promover a melhoria contínua desse importante produto dos Pinus.

Agradecemos em especial nosso contínuo, dedicado e, no momento, único Patrocinador:

ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel - (http://www.abtcp.org.br)

e também à única empresa que continua a nos apoiar como Apoiadora Empresarial (Norske Skog Pisa) e aos nossos apoiadores pessoas físicas que acreditam e estimulam esse nosso serviço de agregação e difusão de conhecimentos acerca dos Pinus para a sociedade. Obrigado a todos pela oportunidade, incentivo e ajuda para que possamos levar ao público alvo, que cada vez é maior, muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas que são as dos Pinus e também de outras coníferas e espécies florestais comercialmente e ecologicamente importantes para nossa sociedade.

Esperamos e acreditamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias oportunidades que as plantações florestais do gênero Pinus oferecem ao Brasil, América Latina e Península Ibérica, disseminando assim mais conhecimentos sobre os produtos derivados dos Pinus para a sociedade e incentivando a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

As Coníferas Ibero-Americanas - Cupressus sempervirens

Costaneiras de Pinus

Pragas e Doenças dos Pinus: Armillaria spp. - Armilariose em Pinus

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores sobre os Pinus - Professor Dr. Francides Gomes da Silva Jr.

Produtos de Fibrocimento Derivados de Fibras de Pinus

Pinus-Links

Artigo Técnico por Ester Foelkel
Laminação / Faqueamento da Madeira de Pinus

As Coníferas Ibero-Americanas

Cupressus sempervirens

Cupressus sempervirens
é conhecido popularmente por cipreste-comum, cipreste-mediterrânico, cipreste-piramidal, cipreste-da-Itália ou cipreste-italiano. O último termo é o mais comum, inclusive apresentando esse nome coloquial no Brasil e em Portugal. Na língua inglesa, pode ser chamado de diversos nomes, como: “Italian cypress, Tuscan cypress ou pencil cypress” (Óleo essencial..., 2009). Essa conífera resinosa é nativa principalmente do sul da Europa, mais precisamente nas zonas mediterrânicas orientais tais como o sudeste grego (Creta e Rodes). Também é endêmica do sudoeste da Ásia e norte da África, principalmente norte da Líbia, Chipre, Síria, Líbano e sul da Turquia (Wikipédia, 2011; Silva, 2003; Ramos e Caetano, s/d). Apesar de não ser endêmico da Itália, esse tipo de árvore é extremamente popular naquele país, sendo comumente cultivado e recebendo o nome comum de cipreste-italiano no Brasil e em várias partes do mundo (Wikipédia, 2011).

Sua madeira leve, homogênea e duradoura é apreciada e utilizada pelo homem desde a antigüidade, podendo ser encontrada em sarcófagos egípcios, em arcas, em barcos fenícios e em móveis e estátuas grego-romanas.

O próprio nome da espécie desse cipreste (“sempervirens”) já indica a característica longeva não apenas dos produtos madeireiros, mas essencialmente da árvore em si. Essa consegue sobreviver por mais de mil anos (Wikipédia, 2011). O termo “sempervirens” também apresenta o significado no Latim de “sempre verde”, evidenciando ainda mais a longevidade dessa árvore. Dessa maneira, o nome da espécie ressalta a presença de folhas persistentes e de coloração verde contínua ao longo do ano.

O adulto apresenta dimensões consideradas médias, atingindo no máximo 35 m de altura. A copa é bastante cônica, de coloração verde escura e hábito de crescimento rápido, assemelhando-se em forma a uma coluna piramidal principalmente por ter diâmetro reduzido, que dificilmente ultrapassa os 3 metros (USDA, 1993). O tronco do cipreste-italiano é bastante resistente e reto, contendo uma casca de cor castanha acinzentada com presença de fissuras. Seus ramos são pedunculados e com formas variadas; contudo, geralmente são eretos e divergentes. A folhagem se distribui densamente sobre os mesmos. As folhas são opostas, decussadas e com formato de escamas contendo de 2 a 5 mm. Os cones femininos têm formato ovóide ou oblongo com no máximo 40 mm de comprimento. Essas pinhas contêm de 10 a 14 escamas inicialmente verdes, passando após a maturação, que leva de 20 a 24 meses, para a coloração marrom. Já os estróbilos (órgãos de reprodução masculinos) são amarelados, liberando pólen no ar (geralmente em março em Portugal) e possuem de 3-5 mm de comprimento (Wikipédia, 2011; Silva, 2003; USDA, 1993).

O tipo de folhas, ramos, cor e principalmente o formato do cipreste-italiano faz com que essa árvore seja cultivada e apreciada para fins ornamentais não apenas na região do Mediterrâneo, onde é nativa, mas em todas as regiões do mundo com inverno ameno e uma estação do ano relativamente seca. Dessa maneira, essa espécie pode ser encontrada em boa parte da região sul dos Estados Unidos, em algumas áreas de clima ameno do Canadá, ao sul da Austrália, na África do Sul, na Itália e inclusive em algumas regiões frias e temperadas do Brasil. Essa espécie também se mostra comum em cemitérios de distintas regiões, principalmente por dar a “idéia” de eternidade devido à sua longevidade e forma de uma coluna apontando para o céu (Ramos e Caetano, s/d).

Taxonomicamente, já existiram duas variedades do cipreste-italiano, as quais foram classificadas como: C. sempervirens var. sempervirens e C. sempervivens var. pyramidalis; todavia, as diferenças morfológicas existentes atualmente apenas compõem grupos de cultivares.

Não existem muitos dados e informações sobre a adaptabilidade da espécie para as condições brasileiras, apesar de esse cipreste ser extremamente encontrado nas regiões frias do Brasil para o embelezamento paisagístico principalmente de praças, cemitérios e jardins.

C. sempervirens não é exigente em fertilidade do solo, pode se desenvolver em solos rasos, rochosos, pobres e inclusive compactados. Também é considerada uma espécie termófila e xerófita, apesar de ser tolerante a alagamentos. Ela se adapta facilmente a regiões com precipitações anuais de 800-1.000 mm/ano. Assim, esse cipreste é uma árvore de pleno sol e deve ser plantado em solos bem drenados. A muda deve ser irrigada com freqüência até o seu estabelecimento. A poda não é indicada e sua propagação pode ser feita tanto via sementes como por estacas ou alporquia (USDA, 1993; Ramos e Caetano, s/d). Os principais problemas fitossanitários da espécie são ataques de ácaros, podridões radiculares e cancro causado pelo fungo Seiridium cardinale. Esse último é capaz de dizimar grandes plantações quando encontram hospedeiros suscetíveis e condições ambientais adequadas. (Wikipédia, 2011; USDA, 1993).

Além dos fins paisagísticos, C. sempervirens também pode ser utilizado para fins florestais e de proteção / barreiras. É utilizado com freqüência para a elaboração de quebra-ventos. Para tanto, barreiras físicas podem ser formadas com o espaçamento de 3 metros entre árvores, diminuindo a força dos ventos em lavouras, pomares, viveiros, habitações e outras construções rurais (Ramos e Caetano, s/d).

Na indústria química fina, o óleo essencial do cipreste-italiano possui diversos compostos que podem ser usados para inúmeros fins que vão desde a perfumaria até à produção de remédios (Wikipédia, 2011). O óleo essencial da espécie apresenta aroma amadeirado, levemente picante; porém, ao mesmo tempo refrescante. Por isso é muito utilizado na aromaterapia. Apresenta propriedades anti-reumáticas, anti-sépticas, anti-sudorais, cicatrizantes, desodorantes, diuréticas, vaso constritivas, inseticidas, entre outras (Óleo essencial..., 2009). Produtos extrativos do cipreste podem ser obtidos tanto das resinas da madeira como das suas folhas.

A madeira clara, homogênea e perfumada do cipreste também é apreciada até os dias de hoje para a carpintaria e para a elaboração de móveis. Já existem várias pesquisas que destacam o potencial dessa madeira também para a fabricação de celulose e papel. Estudos desenvolvidos por Almeida e colaboradores (2003) testaram o comportamento das fibras de Cupressus arizonica e de Cupressus sempervirens de plantações de 16 anos em Portugal para a fabricação de celulose. Os resultados indicaram rendimentos de polpa kraft de ambos os ciprestes como sendo inferiores aos de outras espécies que possuem madeira “mole” (coníferas). Tal resultado foi explicado pela maior concentração de lignina existente nas madeiras do gênero Cupressus. O valor de comprimento de fibras de C. sempervirens foi considerado inferior ao de Pinus sylvestris; porém não evidenciada significância estatística.

Silva et al. (2007) investigaram a potencialidade de três espécies de ciprestes, dentre elas C. sempervirens, para a fabricação de papel. As polpas produzidas apresentaram comprimentos de fibras inferiores tanto às de Pinus pinaster como de P. sylvestris. Apesar das amostras de ciprestes terem indicado melhores resultados para C. sempervirens, todas exibiram performance inferior às de Pinus. Os autores ressaltaram que C. sempervirens poderia ser uma alternativa para a mistura de polpas de fibra longa na confecção de papel de impressão.

Mais estudos poderiam ser realizados com a espécie em busca de alternativas para produção de florestas plantadas já que sua madeira apresenta propriedades apreciadas principalmente para a carpintaria, e também oferece resinas para produção de óleos aromáticos, etc.

Observem a seguir algumas bibliografias selecionadas que tratam das principais características morfológicas dessa espécie de ciprestes, assim como estudos já desenvolvidos que versam sobre as propriedades da madeira como matéria-prima para a confecção de óleos, de papel e de celulose. Há também artigos que apresentam as principais condições edafo-climáticas para o desenvolvimento, assim como técnicas de manejo e cuidados a serem adotados para o sucesso dos plantios de Cupressus sempervirens.

Cipreste-italiano. Wikipédia. Acesso em 28.02.2011:
Textos que caracterizam o cipreste-italiano podem ser encontrados na enciclopédia virtual Wikipédia. Informações sobre a taxonomia, morfologia, usos, curiosidades, mitos e culturas estão disponibilizadas, além de cuidados que devem ser tomados para o bom desenvolvimento da espécie.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cipreste-italiano (em Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Cupressus_sempervirens (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Cupressus_sempervirens (em Espanhol)

Cold tolerance in cypress (Cupressus sempervirens L.): a physiological and molecular study. P. Baldi; L. Pedron; A. M. Hietala; N. La Porta. Tree Genetics and Genomes 7:79–90. (2011)
http://www.springerlink.com/content/7134852682611n43/fulltext.pdf

Óleo essencial de cipreste. Óleos Essenciais. (2009). Acesso em 28.02.2011:
http://oleosessenciais.org/oleo-essencial-de-cipreste/

Potential of cypress wood for pulp production. F. Silva; A. Santos; O. Anjos; R. Simões. Escola Superior Agrária de Castelo Branco. XX Encontro Tecnicelpa. p. 257-260 (2007)
http://www.tecnicelpa.com/eventos_zoom.php?identif=215&lang=PT

Chemical constituents of Cupressus sempervirens L. cv. cereiformis Rehd. S.A. Emami; M.H. Khayyat; M. Rahimizadeh; B.S. Fazly-Bazzaz; J. Assili. Iranian Journal of Pharmaceutical Sciences 1(1): 39-42. (2004)
http://ijps.sums.ac.ir/files/PDFfiles/7.pdf

Cupressus sempervirens. M. Silva. Jornal dos Clubes da Floresta do Projecto Prosepe. Floresta com Vida. FolhaViva 23(6). p.12. (2003)
http://www.nicif.pt/Publicacoes/Folha_Viva/downloads/JFV23.pdf

The potential of Cupressus arizonica and Cupressus sempervirens for pulp production.
M. Almeida; A. Santos; C. Morais; H. Pereira; O. Anjos; R. Simões. Repositório do Instituto Politénico de Castelo Branco. 06 pp. (2003)
http://biblioteca.universia.net/html_bura/ficha/params/id/49515417.html
http://repositorio.ipcb.pt/bitstream/10400.11/160/1/Almeida%20et%20al%202003.pdf


Cupressus sempervirens "Glauca": Italian cypress. E. F. Gilman; D. G. Watson. University of Florida. 03 pp. (1993)
http://edis.ifas.ufl.edu/pdffiles/ST/ST22600.pdf
http://hort.ufl.edu/database/documents/pdf/tree_fact_sheets/cupsema.pdf


Cupressus sempervirens L. Plants Profile. USDA. 02 pp. (1993)
http://plants.usda.gov/java/profile?symbol=CUSE2


Variation of wood structure and properties of Cupressus sempervirens var. horizontaus in natural populations in Greece. A. D. Paraskevopoulou. Iawa Bulletin 12(2): 195-206. (1991)
http://bio.kuleuven.be/sys/iawa/IAWA%20J%20pdf's/12.no.1-4.1992/12.2.195_206.pdf

Variation in resin composition of the italian cypress (Cupressus sepervirens L.) grown in Israel. G. Schiller. Silvae Genetica 39: 3-4. (1990)
http://www.bfafh.de/inst2/sg-pdf/39_3-4_89.pdf

O cipreste em Portugal. P. Ramos; F. Caetano. Cypmed-Asia. (s/d = sem referência de data)
http://www.arsia.toscana.it/filfor/cypmed-arsia/download/
algarve%20brochure%20pdf/5-distribut-5-7.pdf



Imagens acerca do Cupressus sempervirens:

http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&biw=1276&bih=519&q=%22Cupressus
+sempervirens%22&wrapid=tlif129893203806811&um=1&ie=UTF-
8&source=univ&sa=X&ei=RiFsTcuiMoL7lwfYxoD_AQ&ved=0CDoQsAQ
(Cupressus sempervirens. Imagens Google)


http://www.arborium.net/final/html/ficha_28.html (Imagens: Arborium.net)

http://pt.photaki.com/pictures-cupressus-sempervirens-p1 (Fotos Photaki: Cupressus sempervirens)

Costaneiras de Pinus

A madeira proveniente de florestas plantadas está ocupando cada vez mais o espaço das madeiras de espécies nativas nas serrarias brasileiras. Isso ocorre, tanto devido à escassez de algumas espécies arbóreas próprias do Brasil e que se tornaram raras, como também pela proibição e proteção governamental para algumas que já se encontram em perigo de extinção. A escassez de madeira de florestas nativas fez com que as serrarias tivessem que adaptar seus maquinários para florestas plantadas de rápido crescimento como é o caso dos Pinus. Atualmente, a madeira é matéria-prima cada vez mais requisitada, tendo o seu valor sempre atrativo nos mercados. Aliado aos aspectos econômicos, ainda estão outros de cunho ambiental, que conduzem os usuários de madeira a utilizar esse recurso renovável de forma a mais racional possível, gerando o mínimo de resíduos em cada um de seus processos (Rocha, 2002; Furtado e Polese, 2005). Os restos madeireiros também são reaproveitados podendo agregar valor e gerar renda extra às indústrias e serrarias (Dutra et al., 2010).

Costaneiras podem ser definidas como as sobras laterais da tora quando essas são desdobradas em peças de seções quadradas ou retangulares. As costaneiras apresentam forma de meia-lua em sua seção transversal, sendo constituídas tanto de madeira como de cascas quando essas não foram removidas. Dessa forma, as costaneiras nada mais são do que tábuas de seção irregular originadas das extremidades exteriores do tronco de uma árvore (Dutra et al., 2010; Giacomet, 2008).

Essa madeira das costaneiras, obtidas da posição externa do tronco, corresponde em geral ao alburno da árvore, tendo as maiores densidades básicas e comprimentos de fibras em relação às demais posições no sentido medula/casca ou radial do tronco.

As costaneiras dos Pinus, por serem irregulares em formato e composição (com ou sem casca), não são fáceis de serem trabalhadas. Assim, são vendidas com freqüência por grande parte das serrarias como lenha para a produção de calor através da queima dessa biomassa. As costaneiras também podem ser utilizadas como biomassa combustível em usinas termo-elétricas ou para a geração de energia em processos industriais. Outra finalidade bastante comum da costaneira é o uso em processos industriais para a produção de carvão vegetal e gás combustível (por gaseificação da madeira). A queima de forma inadequada da madeira da costaneira e de outros resíduos vegetais pode gerar fumaça, que caso sejam liberadas na atmosfera de forma indevida, podem causar poluição do ar (Dutra et al., 2010).

Toras de grande bitola e de formatos irregulares possuem bastante madeira removida como costaneira. Essa pode ser aproveitada, gerando lâminas e tábuas para a matéria-prima de produtos que apresentam valores mais representativos e interessantes no mercado. Costaneiras são ainda usadas em pequenas construções rústicas como galpões, quiosques, estábulos e cercas. Em geral, para essas finalidades buscam-se as costaneiras mais grossas e resistentes.

Tábuas de costaneiras da madeira de Pinus também são constantemente empregadas para a fabricação de caixas para acondicionamento e transporte de frutas e hortaliças, além de servirem de matéria-prima na elaboração de páletes muito utilizados atualmente na logística de materiais.

Uma opção economicamente mais interessante para a utilização das costaneiras seria o seu aproveitamento como matéria-prima de novos produtos de maior valor agregado. Tal medida seria ideal, principalmente para diminuir os custos de produção na serraria, tornando-as mais competitivas no mercado. Já existem muitas indústrias moveleiras utilizando as costaneiras para a fabricação de mobiliário rústico, tais como baús, mesas, cadeiras, porta revistas e bares. Também podem ser empregadas na construção-civil, para a elaboração de cercas rústicas, vedações tipo tapumes, quiosques e galpões. Existem artistas que utilizam a madeira de costaneiras como matéria-prima de esculturas e de pinturas. A madeira da costaneira também já é comumente empregada para a elaboração de peças pequenas de artesanato e para a elaboração de utensílios domésticos.

Molduras em portas, caixas de janela, rodapés, cornijas, sancas, entre outros podem ser produzidos a partir de resíduos de madeira como as costaneiras, podendo alcançar rendimentos bastante interessantes (Hernandez e Wiemann, 2006).

Para todos os casos onde o mercado focado é o de produtos de maior valor, exige-se uma seleção das peças melhores e em condições de melhor desempenho. Já existem diversas tecnologias de desdobro e melhoria da qualidade das costaneiras de toras de elevado diâmetro, sendo perfeitamente possível a utilização da sua madeira em produtos muito mais valiosos que sua simples queima como biocombustível.

A costaneira é um dos principais resíduos da madeira dos Pinus, sendo ainda, em muitos casos, descartada em aterros de forma inapropriada (Hilling et al., 2006). Pesquisando os resíduos de serrarias no município gaúcho de Corede-Serra, os mesmos autores anteriores encontraram quantidades de 647 m³ de costaneiras geradas mensalmente na região, perdendo apenas para a serragem que era gerada na razão de 951 m³ ao mês. Os autores constataram que 57% das costaneiras geradas em serrarias gaúchas do município de Corede-Serra eram destinadas para usos em aviários das proximidades e 42% eram utilizadas para a geração de energia e lenha. O estudo apontou que apenas 1 % das costaneiras foi usada para a confecção de caixarias.

Calegari et al. (2005) avaliaram as propriedades dos resíduos de madeira provenientes de serrarias para a combustão. Os autores apontaram a alta variabilidade dos resíduos, principalmente o de cavacos e de costaneiras, influenciando na energia calorífica gerada. Porém, o principal fator que influenciou nessa oferta variável de energia foi o teor de umidade que com seu aumento diminui o poder calorífico útil desses resíduos.

Em um estudo de caso em serraria no Paraná, Dutra e colaboradores (2010) observaram todo o sistema de aproveitamento de resíduos da empresa, a qual segue a política de resíduo zero. Após a entrada das toras na serra vertical, as laterais das mesmas são retiradas, surgindo então às costaneiras. As toras isentas das costaneiras seguem para refiladeira múltipla. Enquanto isso, as costaneiras retiradas vão para a serra circular múltipla, onde podem ser transformadas em tábuas irregulares. Na unidade pesquisada a capacidade da serra é de cortar 45 m/min, o que equivale à 15,5 costaneiras por minuto. Depois disso, as tábuas produzidas que apresentarem alguma não-conformidade são selecionadas seguindo para um dos dois tipos de refiladeiras menores: a primeira retira alguns tipos de imperfeições deixando as tábuas mais estreitas. Já para a segunda seguem as tábuas que não podem ser consertadas, onde são transformadas em cavacos para venda energética ou produção de celulose (para esse caso, não devem conter cascas). Segundo o autor, as refiladeiras podem beneficiar 28 costaneiras por minuto. Em seguida as tábuas produzidas são cortadas no comprimento requerido pelo cliente, passando pelo processo de secagem e armazenamento.

Furtado e Polese (2005) comentaram alguns processos existentes de refilamento de costaneiras para a formação de tábuas. Para tanto, elas podem ser conduzidas a uma serra fita vertical com mesa de rolos tracionadores. Seus refilos são conduzidos para uma despontadeira, eliminado os principais defeitos. Posteriormente, as tábuas seguem para o último refilamento em serra circular, onde são ajustadas nas dimensões adequadas. A quantidade de tábuas formadas vai depender da espessura e comprimento almejados.

Rocha (2002) apontou que serras circulares são utilizadas no processo, ganhando-se velocidade e reduzindo a espessura da serra e consequentemente a produção de serragem (consideradas desperdícios no desdobro). Muitas serrarias possuem picadores que após a retirada da costaneira das toras descascadas realizam a picagem simultânea da mesma destinando esses cavacos para a fabricação de chapas ou destinando os mesmos para empresas produtoras de celulose.

Mello e Portela (2007) comentaram que o elevado preço que a madeira de Pinus para a confecção de móveis e para a serraria vem alcançando fez com que indústrias de celulose estejam cada vez mais interessadas em utilizar madeira de resíduos como matéria-prima, como costaneiras e madeiras de desbaste.

Vermaak (2007) avaliou as características de papéis produzidos com cavacos da madeira de costaneiras de Pinus patula na África do Sul. O papel apresentou índices de tração inferiores; porém, elevada resistência ao rasgo. Aliado ao custo inferior de produção, o autor afirmou que “o papel feito de costaneira” pode ser utilizado para embalagens.

Harris (1993) comparou a madeira de costaneira de espécies de coníferas e madeira de lenho juvenil como matérias-primas para a produção de papel para impressão. Houve maiores gastos energéticos na produção de papel de madeira de Pinus radiata de lenho juvenil do que para a de costaneira da mesma espécie. A celulose da madeira juvenil apresentou menor resistência do que a provinda de costaneiras; contudo, o papel de impressão formado pela madeira juvenil apresentou melhores características óticas e superficiais (lisura).

Hernandez e Wiemann (2006) observaram processos e realizaram recomendações para serrarias em uma consultoria no México. Um dos maiores entraves encontrados pelos autores foi a alta quantidade de serragem, de costaneiras e de outros resíduos madeireiros gerados nos processos de desdobro da madeira. As serrarias pesquisadas já recuperavam parte da madeira das costaneiras de Pinus, transformando as tábuas finas usadas em caixaria de frutas, em cabos de vassoura e também em componentes de páletes de madeira. Os autores recomendaram a formação de cooperativas entre as serrarias para o melhor aproveitamento dos resíduos, obtendo assim produtos que possam gerar renda extra expressiva aos produtores.

Um dos grandes problemas de serrarias atuais é encontrar mercados economicamente viáveis e ambientalmente corretos para a costaneira. Muitas vezes o problema está relacionado à localização distante desses mercados. Eles existem, mas não estão disponíveis. Cabe muitas vezes ao poder público e às entidades de classe promover e estimular a formação de arranjos produtivos com base na integração de usuários da madeira para otimizar seu uso, reduzir desperdícios e agregar mais valor aos produtores e ao meio ambiente.

Apresentamos em seguida uma série de artigos técnicos e científicos que abordam estudos sobre as diversas utilizações das costaneiras de Pinus, as quais são: uso para energia e lenha, para a fabricação de caixas, de móveis rústicos, de papel e celulose, de utensílios domésticos, de molduras de uso arquitetônico, entre outros.

Geração e reaproveitamento de resíduos na indústria madeireira.
G. Dutra; A. L. Soares; M. R. Carletto. EPEGE. 09 pp. (2010)
http://www.pg.utfpr.edu.br/epege-010/artigos/Geracao_e_Reaproveitamento
_de_Residuos_na_Industria_Madereir.pdf

Estudo da madeira de Pinus taeda L. em diferentes cenários de variabilidade e seus reflexos nas propriedades da polpa e do papel Sack Kraft. A. G. S. O. Narciso; R. L. Simão. 43° Congresso e Exposição Internacional de Celulose e Papel. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação em PowerPoint: 34 slides. (2010)
http://www.abtcp.org.br/arquivos/File/ABTCP%202010/Congresso/06%20
de%20outubro/Estudo%20da%20madeira%20de%20Pinus%20taeda
%20L._Romullo%20Luiz_Klabin.pdf

Caracterização do consumo de lenha pela atividade cerâmica, nos municípios de Itabaiana, Itabaianinha e Umbaúba-SE. M. Aragão; L. J. Gomes; M. Nogueira; G. T. Ribeiro. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal (3)12. 16 pp. (2008)
http://www.revista.inf.br/florestal12/pages/artigos/REEF-ANOVII-VOL12-ART07.pdf

Avaliação do desempenho ambiental do processo produtivo de uma indústria madeireira. D. M. Giacomet. Dissertação de Mestrado. UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 102 pp.(2008)
http://www.producao.ufrgs.br/arquivos/publicacoes/
217_dissertacao%20debora%20giacomet.pdf


Influência da costaneira de Pinus na qualidade dos cavacos para produção de pastas.
C. A. Mello; O. Portela. Anais da III Semana Acadêmica da FAJAR. Faculdade Jaguariaíva. 85 pp. (2007)
http://www.fajar.edu.br/site/images/stories/file/
Anais_da_III_Semana_Academica_da_FAJAR.pdf


Genetic variation for growth, wood and fibre properties of Pinus patula families grown on six sites in South Africa.
J. A. Vermaak. Dissertação de Mestrado. Universidade de Stellenbosch. 159 pp. (2007)
https://scholar.sun.ac.za/bitstream/handle/10019.1/3102/
Vermaak,%20J%20A.pdf?sequence=1


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Características de algumas biomassas usadas na geração de energia no sul do Brasil. L. Calegari; C. E. B. Foelkel; C. R. Haselein; J. L. S. Andrade; P. Silveira; E. J. Santini. Biomassa e Energia 2(1):37-46. (2005)
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RESUMO: Caracterização dos resíduos de madeira de Pinus das serrarias da região de Itapeva/SP. C. J. V. Balloni; J. C. Caraschi. Trabalhos CICEM UNESP. 01 pp.(2005)
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Influência do tempo de armazenamento sobre a perda de umidade de resíduos madeiráveis. M. A. Brand; G. I. B. Muñiz; V. J. Costa; M. Amorin; E. Bittencourt. III Encontro de Ciência e Tecnologia. 10 pp. (2004)
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Desdobro. M. P. Rocha. Revista da Madeira nº 68. (2002)
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http://tappi.micronexx.com/JOURNALS/PDFS/93JUN055.pdf

Imagens acerca de costaneiras e produtos de costaneiras de Pinus (os websites de produtores e de vendas de mercadorias devem ser considerados apenas para visualização técnica dos produtos e não como referências comerciais):

http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&biw=779&bih=
350&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22slab+wood%22+pinewood&aq=f&aqi
=&aql=&oq
(Slab Wood. Imagens Google)

http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&imgtype=&imgar=
& safe=images&q=%22costaneira%20de%20pinus%22&ie=UTF-
8&source=og&sa=N&tab=wi&biw=779&bih=350
(Costaneira de Pinus. Imagens Google)

http://www.sansshop.com.br/loja/produto-163564-1272-bar_divisoria (Uso de costaneira de Pinus)

http://www.mesasparachurrasco.com.br/caixasdelenha.htm (Caixa de lenha)


http://www.sansshop.com.br/loja/produto.php?loja=163564&IdProd=1278&parceiro=4958 (Bar: tampo de angelim com costaneira de Pinus)

http://fran-arts.blogspot.com/ (Pinturas em costaneiras)

http://www.hamaridesign.com/WoodSlabs.htm (Wood slabs)

Pragas e Doenças dos Pinus

Nessa edição damos uma pausa à seção “Referências sobre Eventos e Cursos” e voltamos a abordar a seção "Pragas e Doenças dos Pinus". Esta seção destaca alguns dos principais problemas fitossanitários desse tipo de plantação florestal, desde o setor de viveiros até a madeira final. Com ela, pretendemos oferecer muitas informações e conhecimentos a respeito da biologia, sintomatologia, métodos de controle e pesquisas realizadas sobre insetos, nematóides, fungos, bactérias, roedores, etc., enfim todos os predadores que tenham relevância para o gênero Pinus no Brasil e no mundo.

Armillaria spp. - Armilariose em Pinus

Armilariose é uma doença que causa podridões radiculares em árvores de diversas partes do mundo. O principal agente causal é um fungo do gênero Armillaria, basidiomiceto popularmente conhecido na língua inglesa como “honey fungus” (Wikipédia, 2011; Alves e Del Ponte, 2011). Em 1961, esse fungo foi primeiramente registrado danificando os Pinus nos estados sulinos do Brasil. Na época, a espécie identificada foi Armillaria mellea; porém, os taxonomistas concluíram que mais estudos eram necessários para a identificação específica exata. A dificuldade do controle desse patógeno, aliada à falta de conhecimentos nos anos 60's promoveu o abandono do cultivo de pinheiros e de outras plantas hospedeiras do fungo nas áreas infestadas (Auer et al., 2004).

Atualmente, a doença se encontra com focos localizados, principalmente em áreas recém desmatadas e com altas quantidades de resíduos vegetais e de matéria orgânica no solo. No país, o fungo foi observado atacando principalmente plantações de Pinus elliottii, de Pinus taeda e Pinus patula com 1 a 18 anos das regiões sul e sudeste, não havendo na época ainda a ocorrência nos pinheiros tropicais dos locais mais quentes do Brasil (Auer, 2000). Isso tem sido explicado pelas exigências térmicas das espécies de Armillaria, que se desenvolvem entre 15 a 25°C, temperaturas comuns nas regiões sul e sudeste brasileiras (Fitoflorestal, 2011).


Plantios mais jovens, com plantas novas (próximas de um a dois anos) são suscetíveis ao ataque do agente causal da armilariose. Com o passar do tempo, as árvores envelhecem e adquirem maior resistência principalmente à penetração do fungo, havendo posteriormente a perda da viabilidade da sua fonte de inoculo no solo. Todavia, estudos já indicaram que árvores estressadas, submetidas a fatores ambientais adversos, apresentam maior pré-disposição a essa enfermidade. Plantas submetidas a períodos de déficit hídrico, ao desenvolvimento em solos compactados, ao ataque de insetos, à elevada densidade populacional e a descargas elétricas podem estar pré-dispostas à armilariose. Pesquisas realizadas no mundo apontam que além de P. patula, P. elliottii e P. taeda (a mais plantada no sul do Brasil), há outras espécies do gênero que possuem grandes áreas atacadas por esse fungo, tais como Pinus kesiya, Pinus radiata e Pinus caribaea (Auer et al., 2001).

Armillaria spp. apresenta uma ampla gama de hospedeiros. Dentre as coníferas se destacam os gêneros: Abies, Araucaria, Chamaecyparis, Cryptomeria, Cupressus, Juniperus, Larix, Libocedrus, Pinus, Pseudotsuga, Sequoia, Thuya, Tsuga. Existem também diversas folhosas de importância florestal que podem ser atacadas pelo fungo como: Acacia, Acer, Alnus, Betula, Castanea, Eucalyptus, Fagus, Juglans, Morus, Platanus, Populus, Robinia e Quercus (Auer et al.; 2001). Os mesmos autores apontaram diversos vegetais de interesse econômico que também podem ser afetados. Os principais são: citros, cerejeira, pereira, macieira, videira, oliveira, entre outras, incluindo algumas olerícolas e ornamentais.


Cerca de quarenta espécies de Armillaria já foram registradas pela ciência até o momento, mas apenas para poucas houve a confirmação da patogenicidade para os Pinus. Dessa forma, Armillaria mellea, Armillaria gallica, Armillaria obscura, Armillaria fuscipes, Armillaria luteobubalina e Armillaria novazelandiae são as mais comuns causadoras de podridões nas raízes de Pinus em várias partes do mundo, como em países da Europa, das Américas, na Austrália, na Nova Zelândia, Índia, Japão e Nova Guiné (Alves e Del Ponte; 2011; Auer et al. 2004).

Os principais sintomas observados na parte aérea dos Pinus são o amarelecimento das acículas, murchas, bronzeamentos e secamentos das mesmas. Os sintomas na copa são evidenciados apenas quando o sistema radicular da árvore já se encontra completamente colonizado pelo agente causal da doença. Dessa forma, a recuperação do indivíduo é quase impossível, não escapando da morte mesmo após a efetiva diagnose. Outro sintoma bastante evidente da doença é o enovelamento radicular e o anelamento da região do colo da árvore (Auer, 2000). Fitoflorestas (2011) ainda apontou que tanto na base do tronco como nas raízes mais grossas é possível observar a intensa exudação de resina, as quais podem formar crostas no solo. Além disso, placas miceliais de coloração branca podem ser observadas abaixo da casca em áreas de proximidade ao solo, causando o apodrecimento do lenho e casca (Alves e Del Ponte, 2011). As madeiras das árvores atacadas apresentam aspecto esponjoso justamente pela degradação da celulose e de outros polissacarídeos da parede celular causada pelo arsenal enzimático do patógeno. Além do característico micélio branco, outros sinais de Armillaria spp. podem ser observados a olho nu, tais como os rizomorfos. Eles são filamentos escuros de 1 a 2 mm de diâmetro, semelhantes a raízes, porém presentes nas cascas da árvore. Outro sinal que evidencia a armilariose são as estruturas de frutificação, cogumelos de 5 a 15 cm de diâmetro chamados de basidiocarpos e responsáveis pela reprodução do fungo. Essas estruturas surgem em tufos geralmente no final do verão e/ou início do outono, podendo ser encontradas na base do hospedeiro infectado em estágios já avançados da doença e também sobre as raízes acima do solo. O chapéu do basidiocarpo (ou píleo - http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%ADleo_(micologia) ) de grande parte das espécies de Armillaria possui coloração amarela, podendo ou não ter aspecto escamoso. Na parte de baixo do píleo há várias lamelas brancas onde são produzidos e liberados ao vento os esporos (basidiósporos) do fungo. Eles são hialinos, de formato reniforme ou esférico e tem dimensões extremamente pequenas: 6 a 9 µm (Auer et al.; 2004). Muitos povos se alimentam de algumas espécies desses cogumelos, tais como A. mellea, necessitando do seu cozimento para a retirada do gosto amargo (Wikipédia, 2011), porém a correta identificação desse tipo de alimento é fundamental.


As principais formas de disseminação da Armillaria são através dos esporos liberados ao vento, dos micélios e dos rizomorfos, que conseguem invadir a casca e infectar radículas de plantas sadias através de mecanismos químicos e físicos de penetração (Alves e Del Ponte, 2011; Auer, 2000).

A diagnose da doença (determinação do seu agente causal) é realizada através da observação dos sinais vistos a olho nu. As placas miceliais brancas são os sinais mais evidentes do fungo. Elas podem ser facilmente avistadas apenas com a retirada da casca do tronco, estendendo-se a até 1 m do solo. Uma das espécies mais freqüentemente encontradas causando podridões nas raízes dos Pinus no Brasil é A. mellea (Auer et al., 2001; Auer, 2000). Outros trabalhos mais recentes estudando as características morfológicas e filogênicas dos fungos causadores da armilariose em Pinus apontaram que o agente causal nos estados do Paraná e de Santa Catarina seria A. luteobubalina (Alves e Del Ponte, 2011). Fitoflorestal (2011), relatou a possibilidade de mais de uma espécie responsável pela armilariose estar atuando nos povoamentos brasileiros. Pesquisa desenvolvida por Silva em 2009 analisou as espécies de Armillaria presentes em povoamentos de Pinus do sul do país através de marcadores morfológicos e moleculares. Os resultados moleculares e filogenéticos, apesar de indicarem variabilidade genética, sugeriram apenas uma espécie, semelhante a linhagens de procedências Patagônicas. O autor indicou que os isolados pesquisados parecem pertencer à Armillaria montagnei, intimamente relacionados à A. luteobubalina.

Apesar de ainda haver dúvidas quanto à espécie que ataca os Pinus no Brasil, os danos causados pela armilariose são bastante significativos, acarretando a diminuição da qualidade e quantidade de madeira produzida nas áreas afetadas. Segundo Alves e Del Ponte (2011), as perdas de P. elliottii (um dos pinheiros mais sensíveis à doença) podem chegar a 50% em uma área que contenha solo infectado pela Armillaria. Fitoflorestal (2011) também apontou que se em uma plantação de Pinus o índice de mortalidade causado por armilariose chegar a 10% ou mais, o produtor poderá deixar de colher significativas quantidades de madeira de suas plantações.

O controle da doença continua sendo difícil, demandando monitoramento constante nos plantios, principalmente nas épocas em que as plantas são mais suscetíveis ao patógeno (1-10 anos de idade). Cuidados com o plantio de mudas de boa qualidade, idôneas, sem enovelamento de raízes e de espécies menos atacadas também devem ser tomados, assim como dar preferência a áreas anteriormente cultivadas por cultivos agrícolas e/ou espécies não hospedeiras de Armillaria spp. Trabalhar com manejo adequado para as plantas é recomendável para prevenir estresses. Recomendam-se: densidade e adubação adequados, podas, desramas, desbastes, controles de pragas, dentre outros tratos, todos apropriados e que diminuam as chances de estresse do povoamento (Auer et al., 2001). Recomenda-se também a retirada de restos de galhos, tocos, raízes e outros resíduos vegetais de áreas onde havia matas nativas no passado. Tal medida preventiva também envolve grandes gastos e mão-de-obra, mas é eficiente na diminuição de inóculo de Armillaria spp. (Auer et al., 2001). A abertura de valetas e a aplicação de lonas plásticas também são medidas que diminuem as chances de contaminação de plantas sadias próximas à contaminada (Fitoflorestal, 2011).


O controle químico não se mostrou economicamente viável, não sendo recomendado para o combate do patógeno (Alves e Del Ponte, 2011). Fumigações de solo e de plantas infestadas com produtos químicos esterilizantes promovem a mortalidade não apenas do fitopatógeno, mas de toda a microbiota presente na área fumigada, sendo isso ambientalmente incorreto (Wikipédia, 2011). Dessa forma, já existem estudos promissores utilizando agentes antagônicos para ajudar na supressão da doença através do controle biológico (Auer et al.; 2005).

Estudo conduzido em plantas de eucalipto inoculadas com outros fungos saprofíticos de solo reduziram a infecção de A. luteobubalina (Wikipédia, 2011). O desenvolvimento de variedades resistentes à doença através do melhoramento genético também é uma medida de controle em com grandes chances de sucesso (Auer, 2000).

Novos plantios de Pinus estão sendo observados em áreas quentes e úmidas do nordeste do país, podendo haver o alastramento da doença para essas regiões. Assim, medidas preventivas de controle tais como o plantio e manejo adequado de mudas de qualidade e idôneas são essenciais para evitar a disseminação de Armillaria spp. para outras regiões de nosso país. Os Pinus são árvores de extrema importância na economia de muitas regiões do Brasil. Dessa forma, mais estudos visando o conhecimento de enfermidades que diminuem sua produção deveriam ser incentivados em busca de formas mais econômicas e ambientalmente corretas de combate.

Observem a seguir algumas bibliografias nacionais e estrangeiras que relatam sobre os sintomas, etiologia, epidemiologia, disseminação, formas de controle e resultados de pesquisas conduzidas relacionadas à armilariose. Há também fotos e imagens do fungo causador da podridão das raízes dos Pinus, considerada uma das doenças mais comuns em regiões de clima temperado do mundo.

Podridão-radicular-de-Armillaria. R. C. Alves; E. M. Del Ponte. Fitopatologia.net. Acesso em 28.02.2011:
O website Fitopatologia.net, pertencente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul, possui fotos e descrições das principais doenças que acometem vegetais de importância agrícola e florestal no Brasil. Dentre as enfermidades, destaca-se a armilariose em Pinus. Há informações como disseminação, sintomatologia, diagnose, formas de controle, epidemiologia, entre outros.
http://www6.ufrgs.br/agronomia/fitossan/fitopatologia/ficha.php?id=271

List of Armillaria species. Wikipédia. Acesso em 28.02.2011:
A enciclopédia Wikipédia apresenta diversos textos técnicos que relatam sobre espécies de Armillaria spp. Há inclusive listas de hospedeiros resistentes e suscetíveis aos fungos do gênero. Observem também fotos, descrições taxonômicas e morfológicas, sintomas, formas de controle dentre outras informações pertinentes.
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_Armillaria_species (Lista das espécies do gênero)
http://en.wikipedia.org/wiki/Armillaria_gallica (Armillaria gallica)
http://en.wikipedia.org/wiki/Armillaria_luteobubalina (Armillaria luteobubalina)
http://en.wikipedia.org/wiki/Armillaria_mellea (Armillaria mellea)
http://en.wikipedia.org/wiki/Armillaria_montagnei (Armillaria montagnei)


Armillaria spp. Fitoflorestal. Laboratório de Fitopatologia Florestal. UFSM - Universidade Federal de Santa Maria. Acesso em 28.02.2011:
O texto técnico do site Fitoflorestal (UFSM) que versa sobre Armillaria spp. em Pinus apresenta muitas informações relevantes. É possível obter conhecimentos sobre sintomatologia, etiologia, epidemiologia, formas de controle, além de observar fotos e figuras de pinheiros atacados e do agente causal da armilariose.
http://w3.ufsm.br/fitoflorestal/antigos/mostrafoto.php?pat_nome_cientifico=Armillaria%20sp.


Artigos técnicos e científicos sobre a armilariose em Pinus:


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http://www.imafungus.org/Issue/2/17.pdf

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http://repository.up.ac.za/upspace/bitstream/2263/14133/1/Pildain_Taxonamy(2010).pdf

Armillaria - white rot/heart of trees. Wollongong. Fact Sheet. 01 pp. (2010)
http://www.wollongong.nsw.gov.au/factsheets/Armillaria
%20-%20White%20Rot%20Heart%20of%20Trees.pdf


Caracterização molecular de isolados de Armillaria da região sul do Brasil. F. B. Silva. Dissertação de Mestrado. UFPR - Universidade Federal do Paraná. 76 pp. (2009)
http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/bitstream/
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Actinobactérias da rizosfera de Araucaria angustifolia com potencial biotecnológico.
R. L. F. Vasconcellos. Dissertação de Mestrado. USP - Universidade de São Paulo. 73 pp. (2008)
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Crescimento in vitro de isolados de Armillaria spp. obtidos de Pinus elliottii var. elliottii sob várias temperaturas
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Imagens acerca da armilariose em Pinus:

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(Imagens Armillaria. Google)

http://www.arkive.org/search.html?q=armillaria&output=xml_
no_dtd&client=arkive-info&site=arkive-info&ie=utf8&oe=utf8&num=
20&proxystylesheet=tng-search&filter=0&getfields=*
(Armillaria. Arkive images)

http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Armillaria+mellea&
wrapid=tlif130013436132811&um=1&ie=UTF-8&source=
univ&sa=X&ei=23l-Tf7YHuOX0QGendjwAw&ved=
0CCgQsAQ&biw=1259&bih=519
(Armillaria mellea. Imagens Google)

http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&biw=1276&bih=519&q=
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1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi
(Honey fungus. Imagens Google)

Referências Técnicas da Literatura Virtual
Grandes Autores sobre os Pinus

Professor Dr. Francides Gomes da Silva Jr.

Francides Gomes da Silva Jr. nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 1967; porém, mudou-se para Brasília com apenas três meses de idade onde lá permaneceu durante praticamente toda infância e adolescência. É filho de um militar da aeronáutica e de uma bióloga (professora universitária). Dessa forma, teve o estímulo necessário para o estudo, terminando o ensino secundário aos 16 anos. Na mesma época iniciou curso superior em matemática; contudo, não se identificou com o mesmo mudando para outros de forma aleatória na busca de uma carreira profissional. Foram ao total seis mudanças de cursos até chegar à Engenharia Florestal na Universidade de Brasília. É por isso que Dr. Francides afirmou que a escolha pela profissão não foi nada fácil, mas que as tentativas valeram a pena para seu futuro desempenho e felicidade no trabalho. Ele mesmo acha que foi a Engenharia Florestal quem o escolheu. Quando iniciou a graduação, tinha cursado anteriormente disciplinas de Engenharia Mecânica e logo se interessou pela área de tecnologia da madeira. Então, procurou estagiar com o Prof. Dr. José Elias de Paula (http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4787022U3), reconhecido docente e pesquisador em morfologia e anatomia vegetal. Dessa forma, Dr. Francides passou a trabalhar com anatomia e morfologia da madeira, adquirindo conhecimentos básicos para todas as áreas de beneficiamento dessa matéria-prima. Destaca a rica convivência com o seu primeiro orientador de estágio durante seu período de graduação, que gerou não apenas conhecimentos técnicos de importância, mas também foi muito relevante em aspectos pessoais, fazendo com que o Prof. Elias seja considerado um grande mestre na sua formação acadêmica e profissional.

A área de produção de celulose e papel sempre despertara grande curiosidade ao acadêmico Francides Gomes tendo em visto os desafios que apresenta até mesmo nos dias de hoje. No final do curso de Engenharia Florestal passou a estagiar com o Prof. Dr. Joaquim Carlos Gonçalez (http://www.efl.unb.br/professor.php?tratamento=Prof.%20Dr.&nome=
Joaquim%20Carlos%20Gon%E7alez
), atuando nos segmentos de celulose e papel e em outros ligados à tecnologia de madeira. Foi quando realizou seu trabalho de conclusão de curso com três espécies florestais do cerrado objetivando a caracterização físico-mecânica das madeiras, produção de carvão e de celulose e papel. Para o último tema, realizou experimento em laboratório da ESALQ/USP (Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz") com o Prof. Dr. Luiz Ernesto George Barrichelo (http://www.eucalyptus.com.br/newspt_jan08.html#sete). Em seguida, foi convidado para ingressar no curso de mestrado daquela instituição (ESALQ/USP/IPT) pelo mesmo orientador. Desde então, Francides direciona grande parte de seus esforços e trabalhos ao setor de celulose e papel.


Francides Gomes, como gosta de ser chamado, formou-se Engenheiro Florestal pela UNB - Universidade de Brasília em 1990 e concluiu mestrado em Ciência e Tecnologia de Madeiras pela Universidade de São Paulo em 1994. Nesse mesmo ano iniciou atividades profissionais na empresa Votorantim Celulose e Papel (VCP), onde permaneceu até 1998, atuando na área de produção de polpa celulósica, desenvolvendo produtos e atuando no setor de suporte técnico da área comercial.

Em 1997, terminou seu curso de doutorado em Engenharia Química pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), sob a orientação da professora Dra. Lúcia Helena Innocentini Mei (http://www.feq.unicamp.br/index.php?option=com_
content&task=view&id=108&Itemid=126
).

Entre 2000 e 2001 realizou pós-doutorado no Georgia Tech Institute (Atlanta-EUA) sob a orientação do Dr. Thomas McDonough (http://www.paperstudies.org/aboutus/people/McDonough.htm), uma das grandes celebridades mundiais do setor de pesquisas em celulose. Durante o mesmo período, atuou como professor visitante do Institute of Paper Science and Technology na área de simulação de processos modificados de polpação e modelagem matemática.

Dr. Francides Gomes da Silva Jr. é casado com outra engenheira florestal também da área de tecnologia de celulose e papel - engª. Isabel Menezes de Bulhões Gomes, é pai de dois filhos e professor livre-docente do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP – Universidade de São Paulo. Desempenha diversas pesquisas e atividades educacionais na área de recursos florestais, enfatizando principalmente temas relacionados à tecnologia de celulose e papel, tais como: polpação, branqueamento, qualidade de madeira, celulose, papel e biorefinaria. Seu destaque em pesquisas ligadas a esse tema tão desafiador fez com que fosse um dos homenageados na presente edição da PinusLetter. Além da vasta experiência em pesquisas envolvendo tecnologias de produtos de madeiras de Pinus e Eucalyptus, o professor também ajuda na formação de diversos profissionais de qualidade do setor florestal brasileiro que vão desde técnicos, engenheiros e doutores. Muitos desses profissionais atuam em posições de destaque em empresas públicas e privadas tanto no Brasil como no exterior. Os experimentos do Doutor Francides também apresentam parcerias com muitas entidades públicas e privadas tais como outras universidades, institutos, associações e empresas industriais nacionais e estrangeiras.

Dr. Francides possui uma enorme produção acadêmica com inúmeros artigos técnicos e científicos publicados, contribuindo muito para desenvolver novas tecnologias e produtos no setor de celulose e papel. Dentre seus trabalhos, os que envolvem Pinus apresentam grande relevância. O autor explica sua dedicação ao gênero porque várias das espécies apresentam uso múltiplo. Os Pinus são matéria-prima empregada para diversas finalidades tais como painéis, madeira serrada, móveis, habitações, fabricação de produtos não madeireiros e para a produção de papel e celulose. Na última, é possível produzir polpas branqueadas e não-branqueadas em diferentes níveis de deslignificação a partir da madeira dos Pinus. Isso proporciona a produção de tipos de papéis bastante distintos. O Prof. Francides e seu grupo de pesquisas atualmente estão focados em estudos envolvendo materiais genéticos de Pinus, utilizando ainda outras espécies pouco usuais no Brasil para a produção de celulose e papel. Fazem isso nos bem montados e equipados Laboratórios Integrados de Química, Celulose e Energia da E.S.A. "Luiz de Queiroz" em Piracicaba/SP.
(http://www.lqce.esalq.usp.br/ ; http://lcf.esalq.usp.br/det_lab.php?id_lab=10).

Além dos Pinus, o pesquisador possui grande interesse em estudar outros gêneros florestais como a acácia e principalmente o eucalipto. Dr. Francides acredita que para a formação de um bom profissional em um mundo globalizado, é necessário o conhecimento de outros gêneros de importância florestal para efeitos comparativos e visando a identificar novas potencialidades ao Brasil. Por essa razão, possuem alguns trabalhos envolvendo produção celulósica de outras folhosas, como por exemplo Populus e Betula, já utilizadas por importantes países produtores.

O homenageado relatou em entrevista à PinusLetter que durante sua “caminhada profissional e institucional” foram duas as atividades de maior relevância. Francides teve a oportunidade de iniciar sua carreira de engenheiro florestal na área tecnológica industrial em uma importante empresa (VCP - Votorantim Celulose e Papel) como engenheiro de processos, onde trabalhou com profissionais muito capacitados. Esse período foi extremamente importante, pois adquiriu um enorme aprendizado e constatou que o relacionamento profissional é fundamental para a elaboração de um bom trabalho.


A segunda atividade de relevância em sua carreira foi a mudança para a USP assumindo a atividade de docência e pesquisa. Além dessa profissão ser constantemente inovadora e desafiadora, o professor teve que dar continuidade a trabalhos de pesquisadores renomeados em celulose e papel da instituição tais como Ronaldo Algodoal Guedes Pereira, Luiz Ernesto George Barrichelo e Celso E. B. Foelkel. Outro ponto importante de sua carreira na USP foi a ampliação do Laboratório de Química, Celulose e Energia (LQCE), colocando esse novamente em posição de destaque na área acadêmica da universidade e permitindo novas oportunidades de pesquisa e formação de novos profissionais competentes nas mais diversas áreas (florestal, química, gestão ambiental, engenharia química, química industrial, agronomia, biologia e outras).

Uma das suas principais conquistas profissionais foi quando teve a oportunidade de coordenar o Programa de Pós-Graduação em Recursos Florestais da USP, entre os anos de 2006 a 2009. Ao final de sua gestão o curso atingiu o patamar máximo de qualidade na avaliação da CAPES na área (nível 5, na época).

A pesquisa em que participou no setor de celulose sobre aditivos de polpação hoje é uma realidade para as empresas do setor brasileiro, sendo vista com grande satisfação, uma de suas grandes conquistas profissionais. Outra vitória importante foi a consolidação de conceitos referentes à qualidade da madeira para as empresas que produzem papel e celulose. Tal trabalho envolveu muito a conscientização de todos os níveis hierárquicos da empresa em que atuou (VCP). Em 1995, houve o reconhecimento desses conceitos, resultando em melhorias produtivas em toda a fábrica, graças à integração floresta/indústria.


Francides Gomes da Silva Jr. apontou que para o futuro, as empresas brasileiras de celulose e papel deveriam utilizar mais a madeira dos Pinus como matéria-prima. Sua madeira apresenta fibras longas diferentemente das encontradas em espécies de eucalipto. Atualmente, a maioria das celuloses e papéis brancos produzidos no Brasil são derivados do eucalipto; contudo, existem alguns tipos de papéis que são produzidos demandando fibras longas, como os de embalagem não branqueados. Uma das grandes atribuições de Francides como pesquisador e professor é de tentar modificar esse quadro. Observem as palavras do homenageado da PinusLetter sobre o assunto:

"O Brasil focou e tem focado na silvicultura e produção de polpa de eucalipto, deixando o Pinus em segundo plano sob o argumento que a produtividade florestal do eucalipto é maior que a do Pinus. Tal fato é verdade, mas não se faz com o eucalipto tudo o que se faz com o Pinus. A produtividade florestal do Pinus no Brasil é maior do que em outros países e essa é uma comparação relevante. Estamos perdendo um boa oportunidade no setor de celulose e papel. Vemos que o Chile, por exemplo, não abandonou o Pinus e hoje é um dos maiores produtores mundiais de polpa celulósica de Pinus. Adicionalmente naquele país, a produção de celulose se insere em um cluster onde da mesma matéria-prima se obtém madeira serrada, painéis e polpa celulósica sob um conceito de uso integral da árvore/madeira.

Outro ponto que temos trabalhado também é no conceito de mistura de espécies e materiais genéticos – muitas vezes se busca reunir em um único material genético todas as características desejáveis para uma matéria-prima destinada à produção de celulose e isso em alguns casos pode ser obtido com a mistura de materiais com características diferentes. Em uma dissertação recente trabalhamos com a mistura de cavacos de Pinus e de eucalipto visando a melhorar as propriedades da polpa e avaliamos os impactos nos processos de polpação e branqueamento. Por que não misturar Pinus e eucalipto? Por que o nosso papel tem que ser 100% eucalipto?

Temos em nosso trabalho, não só como pesquisador, mas também como formador de profissionais do setor florestal e de celulose e de papel mostrar que o Brasil não é apenas o país do eucalipto, mas pode ser também o do Pinus, o da Acacia e o do bambu."

Dr. Francides Gomes da Silva Jr. possui diversos trabalhos originais seus e de orientados na ESALQ/USP envolvendo os Pinus, eucalipto e outros gêneros de importância florestal. Dentre esses podem ser observados a seguir cerca de 20 estudos científicos que abordam principalmente a produção e tecnologia de papel e celulose com os Pinus. Os outros inúmeros trabalhos acerca dos eucaliptos, bétula, álamo e outros materiais didáticos serão motivo de uma seção especial na nossa outra publicação digital, a Eucalyptus Newsletter em futuro próximo.

Para maior conhecimento dos projetos de pesquisa, áreas de atuação acadêmica e administrativa, participações em eventos nacionais e internacionais, em orientações e bancas de defesa de teses e dissertações, em associações profissionais e de classe, e geração de patentes, observem o currículo Lattes e o currículo disponível na ESALQ do Dr. Francides Gomes da Silva Júnior.

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4785392A1 (Currículo plataforma Lattes - CNPq)
http://lcf.esalq.usp.br/prof/francides/doku.php?id=principal (Currículo ESALQ/LCF)

Tese de doutorado e dissertação de mestrado do Dr. Francides Gomes da Silva Júnior:


Polpação kraft do eucalipto com adição de antraquinona, polisulfetos e surfactante
. F.. G. Silva Jr. Tese de Doutorado. Orientação: Dra. L. H. I. Mei. UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas. 184 pp. (1997)
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000121332

Conversão do processo kraft em soda-DDA (sal di-sódico de 1,4-dihidro-9,10-dihidroxi antraceno) para madeira de eucalipto. F. G. Silva Júnior. Orientador: L. E. G. Barrichelo. Dissertação de Mestrado. USP - Universidade de São Paulo. 194 pp. (1994)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/silva%20junior,fg-m.pdf

Artigos técnicos e científicos do Dr. Francides Gomes da Silva Júnior e equipe sobre Pinus e assuntos diretamente correlatos:


Resumo: Avaliação do efeito dos extrativos da madeira na polpação kraft de folhosas e coníferas
. T. E. S. Segura; E. F. G. Silva Jr. SIICUSP. Resumos. 01 pp. (2010)
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/14Siicusp/1708.pdf

Avaliação dos processos kraft convencional e Lo-Solids® para madeira de Pinus taeda. F. A. Gomes. Orientador: F. G. Silva Junior. Dissertação de Mestrado. USP - Universidade de São Paulo. 99 pp. (2009)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-23062009-083702/pt-br.php
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/tde-
23062009-083702/publico/Fabiana_Gomes.pdf

Resumo: Chemical composition changes in Eucalyptus and Pinus woods submitted to heat treatment. J. O. Brito; F. G. Silva; M. M. Leão; G. Almeida. Bioresource Technology 99(18): 8545-8548. (2008)
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/18586488

Mixed Brazilian Eucalyptus and Pinus species - Bleaching evaluation. A. G. M. C. Bassa; M. R. Silva; A. Bassa; V. M. Sacon; F. Schmidt; F. G. Silva Jr. TAPPI Engineering, Pulping and Environmental Conference. 36 pp. (2008). Uma cortesia TAPPI
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/01_
mixed%20brazilian%20euca%20and%20pines.pdf

Wood quality from plantation forests. F. G. Silva Jr.; L. E. G. Barrichelo. WikiHome. ForestryEncyclopedia (2008)
http://sites.google.com/site/forestryencyclopedia/Home/Plantation%20Wood%20Quality

Mixtures of Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla and Pinus taeda woodchips for production of kraft pulping using the Lo-Solids process. A. G. M. C. Bassa; F. G. Silva Jr.; V. M. Sacon; E. Patelli. TAPPI Engineering, Pulping and Environmental Conference. 50 pp. (2007). Uma cortesia TAPPI
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/02_mixtures%20euca%20and%20pine.pdf

Evaluation of the SuperBatch™ pulping process for Pinus taeda. F. S. R. Vasconcelos; F. G. Silva Jr. TAPPI Engineering, Pulping and Environmental Conference. 34 pp. (2007). Uma cortesia TAPPI
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/04_Superbatch%20pines.pdf
http://www.tappi.org/content/events/07epe/papers/07EPE08.pdf

Evaluación del efecto de la carga alcalina y factor H en el pulpeo kraft de Pinus caribaea var. hondurensis de las plantaciones de CVG-PROFORCA Venezuela. C. Fuenmayor; M. V. Fernandez; F. G. Silva Júnior; S. W. Park; G. Mogollón. V Congreso Forestal Venezolano. 12 pp. (2007)
http://copernico.uneg.edu.ve/numeros/c07/c07_art01.pdf

Misturas de madeira de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla e Pinus taeda para produção de celulose kraft através do processo Lo-Solids. A. G. M. C. Bassa; F. G. Silva Júnior; V. M. Sacon. Scientia Forestalis 75: 19-30. (2007)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr75/cap02.pdf

Misturas de madeira de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, Eucalyptus globulus e Pinus taeda para produção de celulose kraft através do Processo Lo-Solids®. A. G. M. C. Bassa. Orientador: F. G. Silva Junior. Dissertação de Mestrado. USP - Universidade de São Paulo. 170 pp. (2007)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11150/
tde-08032007-162226/pt-br.php

Polpação SuperBatch™ para Pinus taeda. F. S. R. Vasconcelos; F. G. Silva Jr. 40º Congresso Anual ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação em PowerPoint: 25 slides. (2007)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Pinus%20Letter%20%20
Polpa%E7%E3o%20superbatch%20para%20Pinus.ppt


Avaliação do processo SuperBatch™ de polpação de Pinus taeda.
F. S. R. Vasconcelos. Orientador: F. G. Silva Júnior. Dissertação de Mestrado. USP - Universidade de São Paulo. 106 pp. (2005)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/vasconcelos,fsr.pdf

Potential for multiple use of Pinus caribaea var. hondurensis wood with emphasis on pulp production. F. G. Silva Júnior; L. E. G. Barrichelo; C. E. B. Foelkel. Forest Products Journal 54(6): 1-8. (2004)
http://www.highbeam.com/doc/1G1-121448418.html
http://www.entrepreneur.com/tradejournals/article/121448418_3.html

Aditivos para polpação alcalina: experiência industrial na produção de polpa não-branqueada de Pinus. F. G. Silva Jr.; O. Vieira; R. Urga; S. Zattoni. III CIADICYP. 07 p. (2004)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
12_francides%20ciadicyp%202004.pdf

Aditivos para pulpaje alcalino: experiencia industrial en la produccion de pulpa no blanqueada de pino. F. G. Silva Júnior; O. Vieira; R. Urga; S. Zattoni. Celulosa y Papel 20(4): 25-31. (2004)
http://www.atcp.cl/Revistas/Octubre2004AditivosAlcalino.pdf

Aspectos de qualidade da madeira relacionados à polpação alcalina. F. G. Silva Jr. Seminário sobre Produção de Papel de Fibra Longa. ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. Apresentação em PowerPoint: 90 slides. (2003)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/22_qualidade
%20madeira%20relacionada%20polpacao%20alcalina.pdf

Avaliação da polpação soda de Pinus taeda com adição de antraquinona. F. G. Silva Júnior; D. G. Fraga; J. C. Gonçalez. II CIADICYP - Congresso Ibero Americano de Investigação em Celulose e Papel. 09 pp. (2002)
http://www.riadicyp.org.ar/index.php?option=com_phocadownload&view=
category&download=135%3Aavaliacao-da-polpacao-soda-de-pinus-taeda-
com-adicao-de-antraquinona&id=8%3Apulpeo&Itemid=100033&lang=es

http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/13_francides%20ciadicyp%202002.pdf

Estratégia para aumento de rendimento na produção de polpa kraft de Pinus sp. - polpação e deslignificação com oxigênio. C. R. Miranda; F. G. Silva Jr.; S. Menochelli. 34º Congresso Anual ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 10 pp. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/27_estrategia
%20aumento%20rendimento%20polpacao%20pinus.pdf

Avaliação da qualidade da madeira de Pinus patula var. tecunumanii visando a produção de celulose kraft e pasta mecânica. F. G. Silva Jr.; L. E. G. Barrichelo; V. R. S. Shimoyama; M. S. S. Wiecheteck. O Papel (Julho): 32-35. (1994)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
40_pinus%20tecunumani.pdf

Análise das características de refino da celulose branqueada de resíduos de Pinus caribaea var. hondurensis. F. G. Silva Jr. Orientador: C. E. B. Foelkel. Relatório Técnico de Estágio. Riocell S/A. 55 pp. (1991)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/15_Francides%
20relatorio%20estagio%20Riocell.pdf



Notícias e artigos relacionadas ao Professor Dr. Francides Gomes da Silva Jr.:

Barato, eficiente e líder de mercado. Pesquisa FAPESP. Edição Impressa 62 – (2001)
http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=1237&bd=1&pg=1&lg=

Setor de tecnologia de celulose e papel do Departamento de Ciências Florestais da ESALQ/USP conta com novo professor.
Boletim informativo IPEF 4 (42). (1998)
http://www.ipef.br/publicacoes/binforma/bolinf42.pdf

Produtos de Fibrocimento Derivados de Fibras de Pinus

A crescente preocupação ambiental tem feito com que novos produtos ecológicos venham a ser pesquisados e lançados no mercado. Muitos deles visam não apenas às questões econômicas, mas também à reutilização de sobras, empregando-as em novos processos produtivos. Um dos setores que produzem grandes quantidades de resíduos é a construção civil, havendo a busca constante para soluções desse problema (Castilhos, 2011; Lessa, 2009). Outras vezes, as exigências de mudanças tecnológicas estão associadas à segurança e saúde das pessoas e do meio ambiente. Essas pressões sempre conduzem a inovações e ao desenvolvimento de novas tecnologias e produtos mais ecológicos ou ambientalmente mais corretos. É o que vem acontecendo com os produtos de fibrocimento. Dentre eles destacam-se telhas, caixas d'água, painéis, divisórias e tubulações.

As telhas a base de fibrocimento, em especial as de cimento-amianto, são ainda as mais utilizadas em moradias populares. A razão disso é o seu custo, o qual é inferior ao de outros tipos de telhas comuns como as de cerâmica, madeira ou concreto (Lessa, 2009). O fibrocimento é um material que apresenta como principal componente o cimento, geralmente do tipo Portland, havendo adições de minerais e de fibras que são distribuídas de forma homogênea e discreta sobre a matriz (Artigas, 2010). Isso pode acarretar em grande resistência ao produto, além de promover propriedades isolantes acústicas e térmicas (Diário de Saúde, 2010).

Entretanto, como o próprio nome já menciona, o cimento-amianto tem como uma de suas principais matérias-primas as fibras de amianto, também denominado de asbesto. Ele é um componente mineral fibroso existente na Natureza e que pode ser extremamente danoso à saúde humana quando inalado durante seu beneficiamento ou nas poeiras onde estiver presente. Em inúmeros estudos realizados em grandes cidades, têm-se comprovado a presença de fibras e pó de amianto nas poeiras das ruas. A razão é simples: com as chuvas e a natural degradação das telhas e caixas d'água expostas ao tempo, o amianto vai-se soltando aos poucos desses materiais e vai ao solo, fazendo assim parte das poeiras que o cidadão respira nas cidades.

Doenças como a asbestose, mesotelioma e outras formas de cânceres são comumente ligadas ao contato inalatório com pó e fibras de amianto durante a fabricação de telhas, isolantes, placas planas, canos, tubulações, caixas d’água, entre outros produtos de revestimento a prova de fogo (Diário de Saúde, 2010; Savastano Jr. e Santos, 2008; Redetec, 2004). Grande parte dos países desenvolvidos já proibiu qualquer tipo de asbesto em suas construções, mesmo os considerados menos problemáticos. Apesar dos danos à saúde animal, muitos outros países em desenvolvimento ainda permitem o uso, impondo porém algumas restrições e normas técnicas para o amianto e para os produtos fabricados. Os sérios problemas de toxicidade que o cimento-amianto pode causar aliados às legislações cada vez mais restritivas fizeram com que pesquisas sejam desenvolvidas em busca de produtos fibrosos alternativos no Brasil. Isso poderia tornar os fibrocimentos não tóxicos, ambientalmente corretos e ainda economicamente viáveis. Segundo Wikipédia (2011), alguns Estados brasileiros já proibiram o uso do amianto, havendo uma lei em espera da votação que o baniria de vez em todo o território nacional.

Assim, a substituição de fibras minerais do amianto por outras fibras de origem vegetal, em especial as oriundas de resíduos de outros processos industriais já estão sendo realizadas e inclusive, em alguns casos, já comercializadas (Savastano Jr. e Santos, 2008). Os mesmos autores apontaram que já existem normas (NBR 15210, partes 1, 2 e 3) para a confecção de placas corrugadas com fibras alternativas para cobertura, já em vigor no país. De acordo com Artigas (2010), os grandes problemas encontrados com fibras vegetais pesquisadas para fibrocimentos é a grande variabilidade que apresentam por serem naturais, influenciando na durabilidade das telhas e placas confeccionadas. Essas fibras são também menos resistentes que as fibras do amianto e se decompõem com maior rapidez em função das intempéries climáticas. A resistência e a longevidade são as principais razões para a incorporação de fibras na matriz frágil que é o cimento durante a fabricação do fibrocimento. As fibras aumentam a sua resistência aos impactos e à tração. Restos de polpa celulósica de fibra longa e de serragem de madeira residuais de indústrias de papel e celulose podem ser empregadas para a confecção de fibrocimentos. Campbell e Coutts (1980) reportaram que apesar das fibras vegetais serem mecanicamente inferiores às sintéticas, elas apresentam vantagens tais como a densidade baixa, custos inferiores, e menores necessidades energéticas para produção (Redetec, 2004). Além disso, os baixos custos dessas fibras provenientes de resíduos poderia ajudar a baratear o custo de habitações populares, visto que gastos com telhado podem alcançar até 20% do total de uma obra (Reis, 2001).

Em vários países desenvolvidos, as polpas kraft de fibras longas não-branqueadas ou recicladas de origem vegetal já são aceitas há mais de 20 anos como reforçadoras de matrizes de cimento em compósitos da construção civil, principalmente por serem recursos renováveis (Redetec, 2004). Estudos com fibras provenientes de resíduos como serragens de Pinus e de suas sobras de polpa celulósica também já foram feitos para a elaboração de fibrocimentos mais sustentáveis. Essas pesquisas tem sido feitas tanto por entidades de pesquisa como também pelas empresas produtoras de fibrocimento, que têm o maior interesse em resolver essa questão do uso do asbesto.


O Brasil apresenta abundância em diversas fibras vegetais arbóreas e não arbóreas, que são geralmente resíduos de outros processos industriais. Muitas dessas fibras já estão sendo estudadas e usadas na fabricação de produtos de fibrocimento, seja em substituição total ou parcial do amianto (Reis, 2001).

Alguns resultados de pesquisas que avaliaram esses compostos podem ser observados a seguir.

Erakhrumen et al. (2008) analisou diversas características de compósitos obtidos de diferentes misturas entre serragem de Pinus caribaea, cascas e fibras de coco e cimento Portland. Testes de absorção de umidade, de propriedades de inchamento, de módulo de resistência e de densidade foram realizados. Os compósitos que possuíram maiores quantidades de cimento tiveram melhores respostas para todos esses ensaios, diminuindo gradativamente com o aumento da proporção de fibras de coco. Os resultados apontaram que os compostos poderiam ser utilizados em locais onde não houvesse tanta variação de umidade, indicando que mais estudos deveriam ser realizados com misturas dos componentes lignocelulósicos a fim de diminuir a quantidade de cimento nas placas, reduzindo consequentemente seus custos e as tornando mais leves.

Senff (2004) avaliou o desempenho de compósitos cimentícios contendo adições de partículas vegetais tais como de madeira de Pinus taeda. Corpos de prova contendo diferentes percentagens de misturas foram avaliados quanto às propriedades físicas, mecânicas e mineralógicas. A adição de partículas de Pinus gerou mudanças nos compósitos quando comparados ao que apresentava apenas cimento Portland. A adição de partículas vegetais causou menor resistência máxima de ruptura e de densidade aparente; contudo, houve melhorias na porosidade e na absorção de água. Dessa forma, o autor apontou que o P. taeda poderia ser utilizado de forma cuidadosa em compostos para habitações populares principalmente devido à diminuição de custos que proporcionam.


Gatto et al. (2003) realizaram testes com placas onduladas e não onduladas sem clínquer produzidas com escória de alto-forno ativada com gipsita e cal e reforçadas com fibras vegetais. Compósitos de matriz de cimento contendo Pinus taeda foram utilizados como testemunha aos corpos de provas produzidos com misturas de polpa kraft de sisal e de polpa de bananeira. Os compósitos foram avaliados com relação à resistência à flexão e os resultados se mostraram positivos para as placas que apresentavam polpa de sisal como reforço. Elas absorveram o dobro de energia das de P. taeda, evidenciando adequação dessas fibras à matriz.

Em 2000, Pimentel avaliou propriedades de telhas moldadas por vibrações fabricadas com resíduos de Pinus caribaea oriundos da fabricação de lápis da empresa Faber Castell. Curvas de hidratação foram realizadas para verificar a compatibilidade química entre as fibras de P. caribaea e o cimento, onde foi constatado algum efeito inibitório. Placas contendo material vegetal parafinado e outras contendo serragem de madeira foram produzidas e avaliadas quanto aos seguintes fatores de qualidade: resistência mecânica, permeabilidade, capacidade de absorção, variação dimensional e capacidade de isolamento térmico e comparadas com placas de micro concreto. As telhas apresentaram resistência mecânica e permeabilidade dentro dos parâmetros permitidos por leis internacionais. Porém, a capacidade de isolamento térmico para as telhas de P. caribaea não foi comprovada. Mesmo assim, elas apresentaram vantagens às de concreto por serem mais leves, facilmente manuseadas, aliadas aos menores gastos com a estruturação do telhado.

Lee (1984) avaliou propriedades físicas e mecânicas de placas de cimento e partículas de madeira de Pinus. O autor apontou que os compósitos gerados foram bastante estáveis em termos de absorção de umidade, tendo uma capacidade absortiva inferior à da madeira compensada. As propriedades compressivas apresentadas pelas placas de fibrocimento sugeriram a utilização como painéis em paredes na construção civil.


Coutts e Ridikas (1982) ressaltaram que placas de fibrocimento podem ser confeccionadas livres do amianto, substituindo-o por fibras vegetais modificadas como fonte de reforço da matriz. A fibra utilizada no estudo foi oriunda de polpa kraft de Pinus radiata da Nova Zelândia. Os resultados apontaram que tanto a flexibilidade e as propriedades de ruptura do fibrocimento de fibra de madeira variaram com a concentração de fibras e o seu grau de refinação. Da mesma forma variava o desempenho mecânico, o qual também foi influenciado pelo grau de umidade existente. Os autores observaram que as fibras modificadas da madeira de P. radiata têm potencial para a substituição até mesmo completa do asbesto.

Lessa (2009) comentou sobre a produção de telhas ecológicas que possuem como matéria-prima resíduos de papel. Essa telha é constituída de fibras vegetais retiradas de papéis, água e emulsão de asfalto. Água e fibras formam uma espécie de manta sendo recobertos pela emulsão asfáltica que confere ao produto a impermeabilidade requerida.


Desde 1992 pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) vêm realizando pesquisas para o desenvolvimento de fibrocimentos alternativos sem a presença do amianto. Um produto já utilizado em caixas d’água e em telhas que atende como nome técnico de fibrocimento vegetal foi desenvolvido pelo grupo. O compósito é formado por uma mistura de cimento, restos de siderurgia (escórias de alto forno), diversas fibras vegetais como polpa de bananeira, sisal, coco, eucalipto, pinheiro, bambu, entre outras e também fibras sintéticas (Redetec, 2004; Reis, 2001). Vários ensaios físicos-mecânicos já foram realizados com o novo produto, comprovando algumas vantagens com relação às telhas de amianto principalmente em termos de isolamento térmico. O benefício do uso de fibras vegetais no fibrocimento também está na adequação na forma de produção pelo processo Hatschek (produção a partir de camadas e moldadas ainda no estado fresco), podendo promover economias energéticas e tornando o fibrocimento mais amigo da natureza (FINEP, 2007). Além disso, os resultados dos testes realizados, tais como resistência à flexão, absorção de energia, permeabilidade e não combustão, foram adequados aos estabelecidos por normas internacionais.

Savastano Jr. e Santos (2008) realizaram a produção de composto de fibrocimento com rejeitos de Eucalyptus grandis através de moldagem e adensamento por vibração (processo baseado ao de Parry Associates, Reino Unido). Depois de 48 horas nos moldes, as telhas já em formato tipo romano (triangular) são levadas à cura. Durante essa etapa, elas são imersas em água por 14 dias e após passam a secar ao ar livre em temperatura ambiente. Os autores ressaltaram que um dos grandes problemas das fibras do eucalipto é o reduzido comprimento que possuem - cerca de 1 mm. Porém, isso não influenciou nos resultados dos ensaios físicos-mecânicos das telhas formadas. Eles foram considerados satisfatórios, inclusive dispensando acabamento final como pinturas e principalmente comprovando a eficiência do produto.

Vários esforços já foram feitos em busca de produtos de fibrocimento mais sustentáveis e principalmente que dispensem o amianto, que vem causando mal à saúde humana. Pesquisas têm apontado as polpas celulósicas como as dos Pinus para a substituição parcial ou total do asbesto na construção civil. Em muitos países, isso já é uma realidade e somente foi possível devido aos constantes aprimoramentos e melhorias contínuas nos processos produtivos desenvolvidos (Savastano Jr. e Santos, 2008).


Ainda há muito a se estudar sobre os compósitos de cimento-vegetais, tornando-os mais econômicos, com menor uso de mão-de-obra especializada, baixos investimentos iniciais e principalmente com a qualidade e a durabilidade necessárias. Muitas das fibras vegetais utilizadas para a produção do fibrocimento são resíduos, o que facilita na diminuição dos custos de produção, aumentando a valor agregado dessas sobras, além de promover a sustentabilidade do produto final.

Observem a seguir trabalhos técnicos e científicos sobre o uso de fibras vegetais na fabricação de compósitos a base de cimento. Há também textos explicativos sobre os danos do amianto para a saúde humana e fotos selecionadas da internet relacionadas a alguns dos produtos ambientalmente corretos e livres do asbesto relatados para utilização na construção civil.

Asbesto. Wikipédia. Acesso em 22.03.2011:
Textos que trazem diversas informações sobre o amianto/asbesto são encontrados na enciclopédia Wikipédia. Há dados sobre usos, história na humanidade, patologias, legislações e até mesmo algumas pesquisas sobre produtos alternativos ao mineral. Observem também as fotos dos tipos de asbestos, das fibras e dos danos à saúde humana.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Asbesto (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Asbestos (Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Asbesto (Espanhol)

Mini-dicionário para coberturas de fibrocimento. Eternit. Acesso em 22.03.2011:
http://www.eternit.com.br/dicionario.php

Blog do fibrocimento. Eternit. Acesso em 22.03.2011:
http://blogdaeternit.com.br/assunto/fibrocimento/

Fibrocimento. Especificações técnicas. Sinaprocim - Sindicato Nacional da Indústria de Produtos de Cimento. Acesso em 22.03.2011:
http://www.sinaprocim.org.br/Upload/Esp_Tecn/fibrocimento.pdf

Amianto crisotila. O que é o amianto? Comunicado Técnico Imbralit. Acesso em 22.03.2011:
http://www.imbralit.com.br/index.php?content=23&op=1

Telha de fibrocimento vegetal. L.F.F. Castilhos. Resposta Técnica Tecpar. IBICT - Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas. 03 pp. (2011)
http://www.sbrt.ibict.br/resposta-tecnica/downloadsRT/MTc2Mzc=

Fibrocimento. L. V. Artigas. Materiais de Construção III. UFPR - Universidade Federal do Paraná. – TC 034. Apresentação em PowerPoint: 47 slides. (2010)
http://www.dcc.ufpr.br/wiki/images/0/0d/TC034_fibrocimento.pdf

Saiba quais são os riscos do amianto à saúde. BBC. Diário da Saúde. (2010)
http://www.diariodasaude.com.br/
news.php?article=riscos-amianto-saude&id=5489


Avaliação do impacto econômico da proibição do uso do amianto na construção civil.
A.L.G. Silva; C.R. Etulain. UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas. 36 pp. (2010)
http://inverde.files.wordpress.com/2010/10/
estudo-unicamp-impacto-economico-da-proibicao-do-amianto.pdf

USP cria fibrocimento sem amianto inspirado na natureza. Agência USP. (2010)
http://www.ie.org.br/site/noticia.php?
id_sessao=4&id_noticia=4169


Fibras curtas de eucalipto para novas tecnologias em fibrocimento. G. H. D. Tonoli. Tese de Doutorado. USP - Universidade de São Paulo. 150 pp. (2009)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/
88/88131/tde-18022010-142936/pt-br.php


Critérios de sustentabilidade para elementos construtivos – um estudo sobre telhas “ecológicas” empregadas na construção civil. M. L. S. Lessa. Dissertação de Mestrado UFBA - Universidade Federal da Bahia. 153 pp. (2009)
http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/
DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=172465

http://www.meau.ufba.br/site/system/files/2009_Mara_Lessa.pdf

Avaliação de desempenho térmico de protótipo de baixo custo em madeira de reflorestamento. E. L. Krüger; C. Laroca. Revista Escola de Minas 62(4): 447-454. (2009)
http://www.scielo.br/pdf/rem/v62n4/v62n4a06.pdf

Uso de resíduos de fibra vegetal em construção. H. Savastano Jr.; S. Santos. ComCiência. Revista Eletrônica de Jornalismo Científico. (2008)
http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=32&id=382

Selected physico-mechanical properties of cement-bonded particleboard made from pine (Pinus caribaea M.), sawdust-coir (Cocos nucifera L.) mixture. A. A. Erakhrumen; S. E. Areghan; M. B. Ogunleye; S. L. Larinde; O. O. Odeyale. Scientific Research and Essay 3(5):197-203. (2008)
http://www.academicjournals.org/sre/PDF/pdf2008/May/
Erakhrumen%20et%20al%20.pdf

Evaluation of the mechanical behaviour by measuring the energy of fracture and impact energy of fibre-cements. S. F. Santos; C. M. R. Dias; H. Savastano Jr.; V. M. John; G. H. D. Tonoli; W. S. Silva. 11th International Inorganic-Bonded Fiber Composites Conference. 08 pp. (2008)
http://www.iibcc.net/media/9808/
santos-evaluation-of-the-mechanical.pdf

USP pesquisa substituição do amianto. FINEP. Assessoria de Imprensa do Programa Habitare. (2007)
http://www.finep.gov.br/imprensa/
noticia.asp?cod_noticia=1215


Fibrocimento sem amianto, ecologicamente correto..., e brasileiro. A.C. Quinto. Inovação Tecnológica. (2007)
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/
noticia.php?artigo=010160070308


Production and properties of a medium density wood-cement boards produced with oriented strands and silica fume. C. H. S. Del Menezzi; V. G. Castro; M. R. Souza. Maderas. Ciencia y Tecnología 9(2): 105-115. (2007)
http://www.scielo.cl/pdf/maderas/v9n2/art_01.pdf


Efeito de aditivos minerais sobre as propriedades de chapas cimento-madeira. G. C. Silva; J. V. F. Latorraca; J. F. Carmo; É. S. Ferreira. Revista Árvore 30(3): 451-456. (2006)
http://www.scielo.br/pdf/rarv/v30n3/a15v30n3.pdf

Resumo: Caracterização de chapas de fibrocimento livres de amianto produzidas com fibras kraft refinadas de bambu (B. vulgaris). M.A. Costa; D.E. Teixeira. 52ª Reunião da SBPC - Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência. 01 pp. (2006)
http://www.sbpcnet.org.br/livro/58ra/JNIC/RESUMOS/resumo_1878.html

The influence of type and refinement of the cellulose pulp in the behavior of fiber cement with hybrid reinforcement– a regression analysis application. E. M. Bezerra; H. Savastano Jr. 17 th ASCE Engineering Mechanics Conference. 08 pp. (2004)
http://www.usp.br/constrambi/producao_arquivos/the_influence_of_type.pdf

Caracterização do compósito cimentício com adição de particulados de madeira – espécie de Pinus.
L. Senff. Dissertação de Mestrado. UDESC - Universidade do Estado de Santa Catarina. 123 pp. (2004)
http://www.tede.udesc.br/tde_arquivos/11/
TDE-2005-04-05T11:07:40Z-11/Publico/Luciano%20Senff.pdf


Telha de fibrocimento vegetal. Redetec - Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro. (2004)
http://www.redetec.org.br/inventabrasil/savasta.htm

Wood-cement compatibility of some Eastern Canadian woods by isothermal calorimetry
. Forest Products Journal. (2004)
http://goliath.ecnext.com/coms2/gi_0199-2613297/
Wood-cement-compatibility-of-some.html

Polpas kraft de Agave sisalana e de Musa cavendishii para reforço de fibrocimento alternativo. E. G. Gatto; C. Y. Kawabata; H. Savastano Júnior. Engenharia Agrícola 23(2): 211-220. (2003)
http://www.bv.fapesp.br/pt/producao-cientifica/2493/
polpas-kraft-agave-sisalana-musa/


Estudo da durabilidade de compósitos reforçados com fibras de celulose.
A.C. Silva. Dissertação de Mestrado. USP - Universidade de São Paulo. 145 pp. (2002)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/
3146/tde-05112002-172710/publico/Aluizio.pdf


Cobertura em fibrocimento vegetal. Clipping (Grupo de Construções Rurais e Ambiência). Ambiente Brasil. (2002)
http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2002/
11/19/8771-cobertura-em-fibrocimento-vegetal.html


Uma cobertura em fibrocimento vegetal. A. Reis. Revista Habitare 1. (2001)
http://habitare.infohab.org.br/ConteudoGet.aspx

Telhas onduladas a base de cimento Portland e residuos de Pinus caribaea.
L. L. Pimentel. Dissertação de Mestrado. UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas. 67 pp. (2000)
http://cutter.unicamp.br/document/?code=vtls000219675

Physical and mechanical properties of cement bonded southern pine excelsior board. A. W. C. Lee. Forest Products Journal 34(4):30-34. (1884)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=9567125 (resumo)

Refined wood fibre-cement products. R. S. P. Coutts; V. Ridikas. Appita (35)5: 395-400. (1982)

Resumo: Wood fibre-reinforcement cement composites. M. D. Campbell; R. S. P. Coutts. Journal of Materials Science 15: 1962-1970. (1980)
http://www.springerlink.com/content/p1066053p4431226/

Processo inovador para obtenção de telha de fibrocimento
. Inovação USP - Universidade de São Paulo. (s/d)
http://www.inovacao.usp.br/images/pdf/Fibrocimento.pdf

Telhas ecológicas e o caminho da sustentabilidade. G. Alves. Ruadireta. Materiais de Construção. (s/d)
http://www.ruadireita.com/materiais-construcao/info/
telhas-ecologicas-e-o-caminho-da-sustentabilidade/


Imagens acerca de produtos ecológicos de fibrocimento com utilização de fibras vegetais (os websites de produtores e de vendas de mercadorias devem ser considerados apenas para visualização técnica dos produtos e não como referências comerciais):

http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&biw=1276&bih=
519&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22wood+fiber%22+%22cement+
composite%22&aq=f&aqi=&aql=&oq=
(Imagens Google: "wood fiber" "cement composite")

http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&biw=1276&bih=
519&q=%22fibrocimento%20vegetal%22&wrapid=tlif129915832451531
& um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi
(Fibrocimento vegetal. Imagens Google)

http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&biw=779&bih=378&gbv=2&tbs=
isch%3A1&sa=1&q=produtos+fibrocimento+ecol%C3%B3gicos&btnG=
Pesquisar&aq=f&aqi=&aql=&oq
(Produtos ecológicos de fibrocimento. Imagens Google)

http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&biw=
1276&bih=519&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22telhas+
ecol%C3%B3gicas%22&aq=f&aqi=&aql=&oq=
(Telhas ecológicas. Imagens Google)

http://www.fazfacil.com.br/reforma_construcao/telhado_telhas_eco.html (Fazfacil. telhas ecológicas)

http://www.tigraoderamos.com.br/colchoes/
Telha-Onduline-de-Fibra-Vegetal-com-Betume_3693.html
(Telhas de fibrocimento vegetal Onduline)

http://www.telha-telhas.com.br/telhas_fibrocimento.asp (Telhas de fibrocimento)

Pinus-Links

A seguir, trazemos para vocês nossa indicação para visitas a diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômico, técnico, científico, ambiental, social e educacional. Acreditamos que eles poderão significar novas janelas de oportunidades e que alguns deles poderão passar a ser parte de suas vidas profissionais em função do bom material técnico que disponibilizam. Esperamos que apreciem nossa seleção de Pinus-Links para essa edição.

Bonsai4me. (em Inglês). Acesso em 10.03.2011:
Muitas espécies de Pinus podem ser utilizadas para se produzir bonsais sofisticados. Observem quais são elas, os cuidados que se deve ter com as plantas, além das principais técnicas de manejo para a elaboração e manutenção de cada indivíduo. Há ainda fotos lindíssimas de bonsais de Pinus e de outras espécies arbóreas propícias para as técnicas. Confiram os artigos e textos que o site “Bonsai4me” apresenta à disposição dos interessados.
http://www.bonsai4me.com/Basics.html (Bonsai básico)
http://www.bonsai4me.com/Advanced.html (Técnicas avançadas)
http://www.bonsai4me.com/Articles.html (Artigos e imagens)
http://www.bonsai4me.com/Gallery/GalleryIndex.html (Galeria do Bonsai)
http://www.bonsai4me.com/SpeciesGuide/Pinus.html (Pinus como bonsai)

SEMARNAT - Secretaría de Medio Ambiente y Recursos Naturales. México. (em Espanhol). Acesso em 10.03.2011:
A Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais é um órgão executivo e institucional do governo do México. Dentre suas funções incluem-se impulsionar a conservação, a proteção e a restauração dos ecossistemas mexicanos. Tudo para o desenvolvimento sustentável do país. Dessa forma, o website da SEMARNAT apresenta-se muito informativo. Há uma seção de publicações contendo artigos técnicos e científicos que abordam as florestas e os recursos naturais existentes naquele país. Estudos sobre pragas e doenças que acometem espécies florestais tais como os Pinus também podem ser acessados. Devemos lembrar que as florestas de diversas espécies de Pinus ocorrem de forma natural no México e em outros países da região do Caribe. Existe ainda uma seção dedicada exclusivamente à educação ambiental. Nela é possível fazer download de cartilhas educacionais e ilustrativas sobre a proteção e conservação do meio ambiente. Acessem em:
http://www.semarnat.gob.mx/Pages/inicio.aspx (Início)
http://www.semarnat.gob.mx/informacionambiental/
publicaciones/Pages/publicaciones.aspx
(Publicações)
http://www.semarnat.gob.mx/educacionambiental/
Paginas/educacion.aspx
(Educação ambiental)
http://www.semarnat.gob.mx/informacionambiental/
Pages/sniarn.aspx
(Sistema nacional de educação ambiental)

Diretório de Empresas, Portal e Blog Florestal da ForestalWeb - Uruguai. (em Espanhol). Acesso em 10.03.2011:
Nosso amigo Javier Barboza tem sido o criador e grande alavancador do crescimento desse portal de informações florestais no Uruguai, conseguindo tornar seus serviços de informação em fontes relevantes de conhecimentos e ajuda técnica aos setores de florestas plantadas no Uruguai, Paraguai, Brasil, Chile e Argentina. Através de parcerias e muito trabalho, a ForestalWeb possui atualmente um rico portal de informações técnicas, estatísticas, notícias, vídeos, fotos, links. Como outros serviços florestais associados estão o blog da ForestalWeb e o diretório de empresas, esse último se constituindo em um guia destinado a promover relacionamentos e soluções para as empresas que atuam nesse setor. Acessem e conheçam o que a ForestalWeb disponibiliza com seus diversos produtos florestais:
http://www.forestalweb.com/ (Portal florestal da ForestalWeb - Información Forestal del Uruguay)
http://www.directorioforestal.com/ (Directório Forestal Online)
http://forestalweb.blogspot.com/ (Blog ForestalWeb)
http://www.forestalweb.com/Diccionario/ (Dicionário de termos florestais)
http://www.forestalweb.com/Publicaciones-articulos-tecnicos-forestales-Uruguay-investigacion/ (Publicações)

Guia Forestal. El Portal Forestal del Uruguay. (em Espanhol). Acesso em 10.03.2011:
O portal “Guia Florestal” é um local bastante completo para a busca de serviços envolvendo a madeira e outros produtos florestais no Uruguai. Podem ser encontrados contatos e serviços existentes no país como produtores de mudas e viveiros, fabricantes de postes e vigas, vendedores de lenhas, empresas certificadoras, consultoras, produtoras de móveis e muito mais. O website também disponibiliza o download de artigos técnicos, científicos sobre os mais diversos assuntos relacionados à área. Observem alguns exemplos abaixo envolvendo os Pinus. Ainda é possível a leitura de diversas notícias nacionais e internacionais envolvendo o setor, além de encontrar textos técnicos a respeito de novidades, cursos, seminários e avanços tecnológicos na área florestal.
http://www.guiaforestal.com/ (Home)
http://www.google.com.uy/custom?domains=www.guiaforestal.com&q=
Pinus&sa=Buscar%21&sitesearch=www.guiaforestal.com&client=pub-
6758514740253319&forid=1&ie=ISO-8859-1&oe=ISO-8859-1&cof=
GALT%3A%23008000%3BGL%3A1%3BDIV%3A%23FFFFFF%3BVLC
%3A663399%3BAH%3Acenter%3BBGC%3AFFFFFF%3BLBGC%3AFFFFFF
%3BALC%3A0000FF%3BLC%3A0000FF%3BT%3A000000%3BGFNT%
3A0000FF%3BGIMP%3A0000FF%3BLH%3A100%3BLW%3A92%3BL%
3Ahttp%3A%2F%2Fwww.guiaforestal.com%2Fimg%2Flogodemo2.jpg%3BS%
3Ahttp%3A%2F%2F%3BLP%3A1%3BFORID%3A1&hl=es
(Busca de Pinus dentro do site)
http://www.guiaforestal.com/eventos_jornadas_1.htm (Eventos e jornadas)
http://www.guiaforestal.com/noticias/ (Notícias)


Mulheres Florestais.
(em Português). Acesso em 08.03.2011:
Para valorizar e divulgar o que as inúmeras mulheres que atuam no setor florestal brasileiro realizam, encontramos um blog dedicado exatamente a elas. O autor do criativo blog é nosso estimado amigo, o pesquisador Dr. Moacir Medrado. O blog “Mulheres Florestais” concentra inúmeras informações a respeito de trabalhos técnicos, científicos, entrevistas, notícias recentes e vídeos acerca das realizações de mulheres que atuam no setor florestal. Há inclusive uma seção de artigos técnicos e científicos onde podem ser acessados diversos trabalhos feitos com espécies de Pinus e também com a Araucaria angustifolia. Todos elaborados por mulheres. O blog possui temas ligados à agricultura familiar, preservação do meio ambiente, produtos florestais madeiráveis e não madeiráveis, entre outros. Observem:
http://mulheresflorestais.blogspot.com/ (Home)
http://mulheresflorestais.blogspot.com/p/artigos-tecnicos-e-cientificos.html (Artigos na área florestal tendo mulheres como primeiro autor)
http://www.blogger.com/profile/10963205169763464161 (acerca do Dr. Moacir Medrado)

Madeira Sustentável. (em Português). Acesso em 19.01.2011:
O blog Madeira Sustentável procurou relatar e documentar uma série de reportagens realizadas em 2010 pela TV TEM Itapetininga a respeito das diversas formas de se obter sustentabilidade para a madeira e seus produtos no Brasil. O esforço de suas idealizadoras Ana Flávia de Abreu e Graciela Andrade merece ser conhecido e divulgado. Há fotos e notícias sobre as vantagens da certificação da madeira, sobre a recuperação de áreas degradadas e acerca do seqüestro de carbono atmosférico pelas florestas. Os textos ainda apontaram formas de uso racional, de beneficiamento da madeira, os produtos gerados, entre outros. As criativas e determinadas autoras enfatizaram que é possível o uso dessa matéria-prima de forma sustentável e ambientalmente correta, observando e apontando o que pode ser feito para se dar maior sustentabilidade à cadeia produtiva da madeira.
http://www.temmais.com.br/blog/madeira/ (Início)
http://www.temmais.com/blog/madeira/Default.aspx?Pagina=2 (Florestas plantadas, produtos da madeira, entre outros)
http://www.temmais.com/blog/madeira/Default.aspx?Pagina=3 (Sobre a edição da série Madeira Sustentável)

Artigo Técnico por Ester Foelkel

Laminação / Faqueamento da Madeira de Pinus

Introdução:

A laminação da madeira consiste na usinagem de blocos e toras de madeira onde ocorre como resultado a formação de produtos laminados ou folhados e aparas residuais (CTBA, 1996). De acordo com FAO, (Food and Agriculture Organization of the United Nations...) as lâminas de madeira, ou “veneer sheets” (como são conhecidas em inglês), podem ser utilizadas para a fabricação de painéis, compensados, caixas, palitos de picolés e de dentes, espetinhos, caixas de fósforo, para revestimentos de móveis, etc., etc. Esse produto também é definido como finas camadas de madeira (menores de três mm de espessura) obtidas através do processo de laminação (“rotatory cut veneer” em inglês) ou do faqueamento (“slicing cut veneer” em inglês). (Wikipédia, 2011; Indi, s/d).

Vários laminados ou lâminas podem ser colados para a formação de painéis de madeira laminada e compensados, os quais posteriormente poderão ser transformados em produtos da madeira de alto valor agregado como móveis, pisos de madeira, embalagens, bancadas, esquadrias e outros objetos estruturais da construção civil (Mendes et al., 2004). Na marcenaria, as lâminas ajudam no revestimento de pequenas superfícies e no acabamento de bordas (Guia do Marceneiro, 2011). Folhados decorativos podem ser colados da mesma forma que um adesivo na superfície de objetos, levando à falsa impressão de ser todo o objeto confeccionado com a mesma madeira visualizada (Wikipédia, 2011). Dessa forma, muitos artesãos utilizam laminados nos seus trabalhos, agregando valor a muitas peças através da arte e da criatividade e tornando os objetos bem mais atrativos pela colagem de nova superfície (WiseGeek, 2010). Finas lâminas de madeira também podem ser transformadas em palitos de fósforos, de picolés e de caixas variadas (Mendes et al., 2004).

Os folhados de madeira já são bastante antigos, existindo registros do seu uso revestindo túmulos e móveis de faraós no Egito antigo, por volta de 3.000 anos a.C. (Gava, 2011). No passado, as camadas de madeira eram mais espessas (maiores de três mm), pois se necessitava de mais tempo para se cortar a madeira natural a partir de serras mecânicas. As tecnologias eram muito primitivas. Em resultado disso, havia grande desperdício da madeira, baixo índice de aproveitamento e elevação dos custos do produto final (Portal da Madeira, 2009). Com o passar do tempo, as técnicas de corte, de colagem e de aproveitamento foram sendo aprimoradas. Isso ocorreu principalmente com o surgimento de novas ferramentas e do patenteamento da primeira faqueadeira no início de 1.800, abrindo caminho para a mecanização da laminação e para criação dos tornos laminadores de alta velocidade existentes nos dias de hoje. Houve também a substituição da serra por facas de corte, diminuindo drasticamente a quantidade de serragem e pó gerados (Wood Veneer, 2011; Gava, 2011). Atualmente, a madeira bruta é bastante aproveitada em termos de rendimentos, sendo produzidas lâminas de 0,63 mm a 0,7 mm de espessura, com grandes ganhos em qualidade (Portal da Madeira, 2009). Dessa forma, a criação de novas tecnologias fez com que os produtos e chapas que contêm laminados como matérias-primas se tornassem cada vez mais apreciados e populares no mundo todo. De qualquer maneira, mesmo com a geração de resíduos, esses acabam sendo destinados a outras finalidades, a mais comum sendo a geração de energia dentro da própria indústria de laminação, em caldeiras a biomassa.

Os laminados podem ser feitos com a madeira de diversas espécies florestais nativas e exóticas, algumas já tradicionais em laminados como a cerejeira, o carvalho, o mogno, o pau-marfim, o jacarandá, o pinheiro-do-Paraná, entre outras madeiras nobres utilizadas atualmente para os laminados mais requintados (Wood Veneer, 2011; WiseGeek, 2010). Porém, com a escassez dessas matérias-primas de origem nativa e a proteção governamental para as espécies ameaçadas de extinção, os folhados estão sendo fabricados com a madeira de florestas plantadas de Pinus e de eucalipto (Jankowsky, 1978). Bonduelle et al. (2006) afirmaram que a partir dos anos 80's, os Pinus passaram a ser a principal matéria-prima para a fabricação de laminados para compensados de madeira nos estados do sul do Brasil. A diferença das propriedades de sua madeira fez com que experimentos e novas tecnologias fossem desenvolvidos para sua adequação no processo de laminação (Aguiar, 1984; Indi, s/d).

Além das tecnologias de processo, também a adequação da qualidade da madeira do Pinus evoluiu sobremaneira em recentes anos, com manejos adequados para produção de madeira uniforme, concêntrica e isenta de nós (madeira "clear", obtida pela poda de ramos laterais das árvores).

Dessa maneira, os objetivos do presente artigo técnico foram de abordar as principais vantagens e desvantagens dos laminados, descrever seus tipos, processos e beneficiamentos na madeira dos Pinus, além da importância e de alguns fatores relevantes que influenciam na qualidade desse produto.

Vantagens e desvantagens dos laminados:

Os laminados apresentam preços mais acessíveis, quando comparados aos da madeira sólida serrada. Isso se deve ao melhor aproveitamento da matéria-prima. No caso de compensados e outros materiais, apenas uma fina camada da madeira de melhor qualidade reveste o objeto, diminuindo seu custo quando confrontado ao de um item feito totalmente de madeira sólida (WiseGeek, 2010). Além disso, existem alguns utensílios que não podem ser fabricados com madeira sólida, tendo em vista a instabilidade dimensional e deformações apresentadas em função da variação das temperaturas e umidades (Wikipédia, 2011; Vacuum veneering..., 2011).

No caso de laminados de madeira provindas de florestas plantadas, há a vantagem ambiental de se estar utilizando uma matéria-prima de árvores de rápido crescimento, onde grande parte dos plantios já apresentam manejos sustentáveis e possuem certificações de boas práticas florestais. Isso, muitas vezes não ocorre com os laminados de madeira de nativas, que já são escassos no mercado e consequentemente mais caros (Bonduelle et al., 2006; Aguiar, 1984). Além disso, as áreas cultivadas com árvores melhoradas geneticamente e/ou clonadas são extremamente homogêneas e de qualidade adequada ao uso. Tal característica facilita o beneficiamento, aumentando o rendimento das toras e diminuindo os resíduos gerados (Aguiar, 1984).

Indi (s/d) apontou que o mercado de laminados de madeiras de Pinus e de eucalipto é bastante amplo e de promissor crescimento, principalmente pelo uso versátil de suas florestas aliados à aceitação dos produtos com apelos ambientais no exterior, onde atingem valores interessantes para venda.

Como desvantagens, destacam-se os defeitos existentes em lâminas que podem inclusive inviabilizar o seu uso. Há algumas não-conformidades que já vêm da própria madeira, que em alguns casos podem ser eliminadas ou atenuadas por alguns tratamentos específicos do beneficiamento, como é o caso do cozimento da toras e secagem controlada dos folhados. Outros defeitos podem ser evitados a partir de regulagens do maquinário de laminação, como são as casos das felpas, escamas, fendas e lâminas desbitoladas. Esses defeitos diminuem a qualidade do produto final, além de elevar seus custos pela maior geração de resíduos e pelo maior gasto com mão-de-obra, lixas, adesivos, entre outras matérias-primas secundárias usadas para resolver esses problemas (Umaña e Oliveira, 2004). Ademais, os laminados são mais frágeis do que a madeira maciça, principalmente pela fina espessura que possuem. Assim, alguns cuidados são necessários durante seu manuseio, transporte e armazenamento para que não ocorram danos mecânicos (Portal da Madeira, 2009).
Fatores relevantes na qualidade do laminado:

Hoje em dia, existem folhas de madeira com espessura que varia entre 0,13 a 6,35 mm (Gava, 2011). A mesmo autora ressaltou que características de uma boa lâmina são: uniformidade de espessura, textura de superfície similar, sem a presença de fendas nas duas faces, além de ter a coloração e figura da madeira nobre almejada. Da mesma forma, os defeitos mais indesejáveis observados em lâminas são: fendas nos topos, faces e bordas dos folhados, ondulações, diferenças de espessuras, manchas e furos, superfície áspera, etc. (Portal da Madeira, 2009).

Existem vários fatores que contribuem para a qualidade de um laminado e consequentemente para o surgimento de seus principais defeitos. Segundo Lutz (1971) e Aguiar, (s/d) as variáveis que influenciam a qualidade das lâminas estão relacionadas com as tensões geradas durante o processo, com as características da matéria-prima e com o processo em si de produção, obtenção e manuseio da lâmina.

Com relação à matéria-prima, a tora necessária para a obtenção de laminado ideal para um torno desenrolador seria aquela livre de defeitos, com crescimento mais lento e uniforme da árvore, anéis concêntricos e cilíndricos. Outras características importantes das toras para produção de lâminas por desenrolamento seriam: percentagem de umidade, peso específico, direção das fibras, conicidade e a existência de anéis de crescimento bem definidos. Para madeiras consideradas duras ou até de média densidade básica há a necessidade do cozimento das toras para amolecimento da madeira. O processo utilizado para o amolecimento, caso não seja realizado de maneira adequada, pode causar não-conformidades tais como fendas e rachaduras (Bonduelle et al., 2006; Gava, 2011; Aguiar, s/d). A forma do fuste da árvore, espécie e diâmetro do tronco são parâmetros relacionados tanto com a qualidade da lâmina como com o rendimento da produção (Bonduelle et al., 2006).

Aguiar (s/d) observou que as variáveis relacionadas ao processos mecânicos de produção são menos relevantes, visto que podem ser corrigidas a qualquer momento voltando à adequação. Os principais fatores ligados ao torno desenrolador são: ângulos da faca e de sua afiação e posicionamento da contra-faca (barra de compressão) com relação à faca. O ângulo de afiação da faca deve ser de 23° para madeiras de coníferas que contenham nós duros. Já o ângulo da faca no tronco é uma das regulagens mais importantes do torno, o que se explica por ter a capacidade de produzir lâminas onduladas (ou corrugadas) se estiver muito aberto ou laminados rachados caso muito fechado, provocando fricção excessiva na madeira (Jankowsky, 1978). Geralmente, o ângulo de faca mais indicado para os Pinus é o de 89° para lâminas grossas e de 89°30' para folhados de fina espessura. A faca e a contra-faca formam uma abertura entre si por onde passa o laminado. Dessa forma, o posicionamento da contra-faca é importante para determinar a abertura vertical e horizontal da lâmina atuando na sua compressão e, por conseguinte, na sua espessura (Aguiar, s/d).

Bortoletto Júnior (2008) avaliou o rendimento do processo de laminação de toras de Pinus merkusii de árvores abatidas aos 26 anos de idade. Esse rendimento em lâminas úteis foi de 54,4%, considerado superior ao de outras espécies. Houve também a avaliação da qualidade das lâminas através de métodos visuais e de aplicação de ondas acústicas. Os resultados também foram positivos, apontando o potencial da espécie para a produção de laminados e de seus derivados para uso na construção civil.

Carneiro (2008) analisou a qualidade de lâminas de madeira de Pinus através da medidas espectroscópicas. O autor observou que alguns dos materiais testados apresentavam manchas azuis, características de fungos depreciadores presentes nas lâminas devido à alta umidade. Através da espectroscopia foi possível capturar a assinatura desse tipo de defeito de lâmina na faixa de leituras entre 400 a 1000 nm, sendo possível separar o laminado em dois grupos: folhados sadios e folhados com manchas. O estudo apontou a potencialidade do método em avaliar a qualidade de laminados de madeira.

Dalavali (2008) observou a regulagem do torno laminador na qualidade de lâminas verdes avaliando a uniformidade em espessura, a suavidade da superfície e o grau de fendilhamento. Os resultados indicaram que além da regulagem do torno, a avaliação contínua dos parâmetros de qualidade, aliados ao cozimento das toras podem diminuir a quantidade de lâminas descartadas como resíduos no processamento.

Bonduelle et al. (2006) estudaram alguns fatores no rendimento da laminação de Pinus. As toras com casca apresentaram rendimento médio de 48%, ao passo de que quando eram arredondadas e sem casca, o rendimento subiu para cerca de 73%. A autora também encontrou correlações positivas entre diâmetro de tora e volume das lâminas e correlação negativa entre a conicidade da tora e diâmetro da mesma.

Jankowsky (1978) observou a qualidade de lâminas de três milímetros de espessura provenientes de Pinus strobus var. chiapensis através de três regulagens distintas do torno desenrolador. Os fatores avaliados foram: a espessura das lâminas, rugosidade e quantidade de fendas provocadas. A espessura desuniforme da folha causa dificuldades para sua colagem, assim como a rugosidade em excesso. A última aumenta o consumo de adesivos necessários para o revestimento de uma superfície pelo laminado. O ângulo da faca a partir do centro das garras que gerou laminado de melhor qualidade foi o de 89°11’ com porcentagem de compressão de 10%. O autor apontou que a regulagem do torno influenciou tanto na qualidade da lâmina quanto na sua resistência.

Hayashida (1974) estudou o comportamento de troncos de Pinus elliottii de 17 anos para a produção de lâminas. O autor concluiu que as lâminas acima de 1,70 m da base tiveram grandes quantidades de nós com maior aspereza, necessitando de um tratamento térmico antes do corte. Já a base da árvore, segundo o autor, não precisou de pré-tratamento à laminação, pois as lâminas produzidas foram de boa qualidade. A velocidade de corte de 45 rpm provocou maiores quantidades de fendilhamento quando comparados a velocidade de 35 rpm.

Sanchetta et al. (1998) pesquisaram a influência do espaçamento do povoamento florestal de Pinus taeda, em relação aos regimes de desbastes florestais e ao volume de laminado conseguido na produção. Fora o espaçamento de 2,5 X 1,2 m (o menor testado), os outros não demonstraram diferenças estatísticas para o rendimento de laminação. O regime sem desbaste e corte final das árvores aos 20 anos apresentou rendimentos volumétricos de lâminas semelhantes ao regime de manejo com desbastes.

Processamento da laminação:

A produção de laminados exige que as toras previamente classificadas com diâmetro adequado e isentas de defeitos passem por algumas fases até a fabricação do laminado. Segundo Mendes et al. (2004) e Gava (2011), as principais fases são: descascamento, aquecimento ou cozimento, desenrolamento ou faqueamento, transporte e guilhotinagem e secagem. Seguem algumas das principais características desses passos operacionais de produção do laminado.

1- Descascamento

O descascamento é a retirada da casca da tora. Esse processo se faz necessário porque a casca diminui o rendimento do processo de laminação e a qualidade das lâminas. O tempo de cozimento também é reduzido pela ausência da casca que geralmente apresenta sílica e carbonato de cálcio em sua composição. O descascamento pode ser feito de forma manual com o uso do machado, pela aplicação de água com pressão ou de forma mecânica existindo já diversos equipamentos especialmente desenvolvidos para remover a casca das toras, seja na fábrica ou na floresta. Nas fábricas os mais comuns são os descascadores com sistema de tambor rotativo e os descascadores em anel ou do tipo cilindro cortante.

2- Conversão e seccionamento das toras

Depois de descascadas, as toras podem receber alguns ajustes como arredondamento ou cortes de seccionamento no comprimento para melhor se ajustarem aos equipamentos de laminação, adequando-se também ao dimensionamento da lâmina que será produzida. No caso do faqueamento, há a necessidade de desdobrar as toras em blocos de acordo com a direção de corte para a obtenção das figuras em lâminas para decoração. Devem-se eliminar topos fendilhados, defeitos nas toras, nós, rugosidades e realizar o corte em ângulo de 90º em relação ao eixo da tora para que os toretes se fixem apropriadamente no torno.

3 – Cozimento/ aquecimento dos toretes

O cozimento ou aquecimento com vapor dos toretes antes do faqueamento ou da laminação é um processo que diminui a incidência de fendas e defeitos, por tornar a madeira mais plástica e flexível, além de reduzir a quantidade de resina. É um processo indicado para toras de espécies duras a mediamente duras. Para tanto, acondicionam-se os toretes da mesma espécie e peso específico semelhantes em ambiente padronizado, onde vapor ou água quente são aplicados. O tempo de aquecimento vai depender da densidade da madeira, do diâmetro da tora, da temperatura e do método de cozimento aplicado (Umaña e Oliveira, 2004). O aquecimento em excesso também pode provocar a desnaturação das fibras e o surgimento de lâminas contendo felpas excessivas. Os tanques utilizados para o aquecimento ou cozimento tem eficiência distinta e também podem ter ou não movimentação de toras em seu interior (Gava, 2011). O processo de cozimento que utiliza a imersão em água quente é considerado em muitos casos o mais indicado, pois evita o super amolecimento da madeira (Umaña e Oliveira, 2004). Entretanto, o uso do vapor também é muito comum para essa finalidade, especialmente para as madeiras leves do Pinus. Segundo Umaña e Oliveira, 2004, toras de árvores de baixo peso específico (400 kg/m³) podem ser desenroladas em temperatura ambiente. Já espécies com peso específico médio (460 kg/m³) requerem temperaturas de 60°C. No caso de folhosas com peso específico elevados, há a necessidade da laminação com a madeira próxima a 93°C.

4- Processo de corte das lâminas

Troncos de árvores da mesma espécie podem gerar lâminas de distintos efeitos visuais de acordo com o processo de laminação a que forem submetidos. Existem cerca de seis métodos de corte de laminados, os quais são: rotativo (“rotatory cut” em inglês), faqueado quarteado (“quarter slicing”), faqueado horizontal (“plain slicing”), faqueado em ligeiro ângulo em relação ao raio do tronco (“fit cut”), faqueamento semi-redondo (“half-round slicing”) e faqueamento longitudinal (“lengthwise slicing”). No faqueamento, os fatiadores realizam o corte de lâminas, as quais podem ser extremamente finas (Forest Products Laboratory, 1962).

Seguem descrições de cada um deles de acordo com Wood Veneer (2011), Lutz, (1974) e Indi (s/d):

Desenrolamento ou laminação rotativa: é quando o torete se mantém centralizado em um torno mecânico, onde é girado em contato com uma faca larga e afiada que penetra na madeira em ângulo e retira-se a lâmina por desenrolamento. Ao final, sobra um torete central que não serve mais para ser laminado. Esse torete por ser muito regular em diâmetro e comprimento poder servir para outros tipos de usos, e muitas vezes, como biomassa combustível. É um dos tipos de laminação mais comuns e econômicos, responsável pela produção da maioria das lâminas para os compensados atuais. A grã do laminado é irregular, dando um aspecto multivariado ao mesmo. Alguns apresentam os anéis de crescimento anuais em formato semelhante ao de “bolhas” (Wood Veneer, 2011; Wikipédia, 2011; Lutz, 1974; Indi, s/d). Dessa forma, são obtidos lenços contínuos de madeira (Kollmann, 1979). O movimento do torno defoliador gera uma peça inteira muito utilizada como “capa” de compensados. Assim, esse tipo de corte de lâminas é bastante empregado para coníferas tais como os Pinus (Aguiar, s/d).


Faqueado quarteado: A faca realiza cortes no sentido perpendicular (contrário) aos anéis de crescimento da tora, havendo a formação de lâminas com uma textura ou grã plena. No faqueamento do tipo quarteado, há o corte de lâminas em quadrante, onde o ângulo de corte é aproximadamente reto surgindo figuras como listras (Wood Veneer, 2011).

Faqueado horizontal:
Nesse tipo de faqueamento ocorre o corte no sentido paralelo ao centro do tronco, podendo ser a madeira fatiada longitudinalmente e dando formato de “catedrais” aos anéis de crescimento (Indi, s/d; Wood Veneer, s/d).

Faqueado em ligeiro ângulo em relação ao tronco: O corte, como o próprio nome já diz, insere em ângulo um pouco fora do padrão sobre o raio medular da madeira. É o principal tipo de laminação para espécies de carvalhos que possuem medula radial irradiados no centro do tronco. O faqueamento com esse tipo de ângulo ajuda a diminuir problemas de formações de lascas na lâmina. Para a aplicação das folhas, elas devem ser seqüenciadas e combinadas.


Laminação semi-redonda: é uma variação da laminação rotativa, produzindo cortes lisos e planos. O fatiamento ocorre na forma de arcos leves que são paralelos ao eixo do tronco. Os folhados cortados também na longitudinal apresentam o desenho de “catedrais” mais arredondadas do que no corte horizontal. Isso ocorre porque a grã dos anéis de crescimento são mais internas.

Faqueado longitudinal: Ocorre o faqueamento de blocos de madeira em forma de retângulos, onde a faca incide em movimentos estacionários, ou seja, há o surgimento do laminado quando o bloco se movimenta sobre a faca que é fixa. O faqueamento longitudinal faz com que vários tipos de desenhos possam ser formados, visto que o bloco pode deslizar sobre a faca em diferentes ângulos, de acordo com o desenho almejado (Wikipédia, 2011, Indi, s/d).


Para fins ilustrativos e melhor visualização dos conceitos do faqueamento da madeira, vejam as interessantes animações que a empresa Madesil disponibiliza em seu website: http://www.madesil.com.br/faqtg.htm e http://www.madesil.com.br/faqrad.htm.

Os processos de faqueamento, segundo Gava (2011) são descontínuos, provocando menos defeitos de fendilhamentos; porém, a produtividade pode ser menor que a alcançada pelo processo de laminação rotativa com o torno desenrolador. As espessuras obtidas no processo de faqueamento também são menores (0,6-1,5 mm), havendo a possibilidade de figuras e desenhos mais atrativos. Grande parte das lâminas oriundas do faqueamento é utilizada exclusivamente para a decoração e revestimento de superfícies (Gava, 2011).

Mendes et al. (2004), relataram que o rendimento do faqueamento vai depender muito do método empregado e também do diâmetro e qualidade da tora. A tábua residual do processo em geral apresenta 15 mm; porém, já existem tecnologias modernas que diminuem esse valor para quatro milímetros através de garras e processos a vácuo.

Tanto na operação de serra de tábuas como na laminação, é comum que ocorra uma deformação (distorção) nas fibras e grã devido à compressão que a faca ou serra impõe nas células da madeira (Wikipédia, 2011). Isso deve ser levado em conta na escolha da madeira para cada corte e sua função. Lutz (1971) comentou que apesar de quase todas as espécies de árvores poderem passar pela laminação e faqueamento com sucesso; as provenientes de folhosas geralmente são mais fáceis de serem processadas do que as resinosas. Isso se explica pela melhor capacidade de dobramento que possuem. Outra razão comentada pelo autor seria a maior quantidade de lignina termoplástica presente nas folhosas. Dessa forma, grande parte da madeira de resinosas como as de Pinus é utilizada para a confecção de chapas para compensados; enquanto, que as de folhosas podem ser empregadas na confecção de lâminas decorativas.

5 - Transporte e guilhotinagem

Depois da produção da lâmina, há a necessidade de transportá-la até o local para a secagem, ocorrendo, em alguns casos, a guilhotinagem também nessa etapa. Para os tornos mecânicos, o deslocamento dos folhados é feito por esteiras ou bobinas contínuas que recolhem as lâminas em função da velocidade do torno desenrolador. Nesse sistema, as lâminas também podem ser seccionadas na largura desejada. Isso se dá através das guilhotinas que possuem tracionamento mecânico ou pneumático.

Há também o transporte na forma descontínua, onde uma esteira realiza o recolhimento das folhas; porém, essas apenas são empilhadas para serem posteriormente selecionadas e ter o ajuste das larguras. No processo de faqueamento, logo após o corte, as lâminas são posicionadas nas esteiras com a face tracionada para cima. (Gava, 2011).

6 – Secagem das lâminas

A lâmina verde e úmida recém obtida possui um teor de umidade considerado bastante elevado, pois isso facilita as operações de corte. Dessa forma, a secagem artificial é muitas vezes realizada através de secadores e estufas contendo alimentação a vapor para aquecimento do ar. No início da secagem há baixa temperatura e alta concentração de vapor no secador. Conforme o tempo vai passando essas condições vão-se invertendo, aumentando a temperatura e diminuindo o grau higrométrico. Isso ocorre até a lâmina atingir o teor de umidade adequado sem se deformar. A secagem artificial é muito mais rápida do que a ao natural, adequando-se às necessidades industriais, além de diminuir a quantidade de alguns defeitos (Umaña e Oliveira, 2004). Os mesmos autores observaram que a umidade é extremamente importante para os folhados que servirão como matéria-prima para compensados. As lâminas muito úmidas poderão formar bolhas de vapor no interior dos compensados e diminuir a absorção e adesão da cola. Já folhados extremamente secos também prejudicam a colagem, pois absorvem cola em excesso. Gava (2011) ressaltou que a secagem deve ser feita assim que a lâmina se formar, para proporcionar um teor de umidade uniforme, para a diminuição de ondulações, de depressões, de fendas e de rachaduras. Ademais, a secagem deve adequar a superfície da lâmina para uma boa colagem, não havendo alterações de cor, proporcionando o mínimo endurecimento superficial e contração. Deve-se também evitar o colapso da lâmina durante essa etapa.

7 – Armazenamento

As lâminas devem ser devidamente armazenadas em locais abrigados de luz, secos, arejados e livres de pó. O ideal é sempre cobrir as lâminas com lonas plásticas até a hora do uso. Os retalhos de lâmina não devem ser desprezados, podendo servir para o artesanato ou para o revestimento de outras superfícies (Portal da Madeira, 2009).

8 – Manuseio

Por serem finas, existem alguns cuidados que devem ser levados em conta durante o manuseio e também aplicação desse material. Para retirar uma lâmina de uma pilha, deve-se evitar puxá-la bruscamente. Sempre retirar as que estão em cima antes. Não tentar curvar ou dobrar as lâminas. Lembrar-se sempre de que se trata de um produto frágil. Assim, na hora de lixá-la, é importante procurar acomodar a lâmina em cima de uma superfície rígida e homogênea. Para transportar uma lâmina, quando sozinho, o indivíduo deve unir ambas as extremidades da mesma, segurando com as duas mãos para o alto. Outro cuidado seria com folhados ondulados. Esses devem passar por uma prensa adequada para tentar corrigir o defeito (Portal da Madeira, 2009).

Considerações finais:


Os laminados fabricados a partir de florestas plantadas como as de Pinus e do eucalipto estão cada vez sendo mais aceitos e requisitados no mercado. Isso de deve principalmente a: custos; qualidade conferida aos painéis, móveis e outros produtos que levam o seu revestimento; boas práticas de manejo ambiental que muitas dessas florestas apresentam. Em adição, a madeira de florestas plantadas apresentam boa e estável oferta no mercado, ao contrário daquelas de muitas nativas, que estão escassas, apresentam muitas vezes origem duvidosa e são cada vez mais protegidas por legislações, pelo poder público e também pelas normas de certificação florestal que impedem o uso de madeira de origem duvidosa. Assim, a laminação de madeira de Pinus pode ser definida como ambientalmente correta, economicamente viável e socialmente justa, pois gera também muitos empregos ao longo da cadeia produtiva.

Ainda há a necessidade de conscientizar, e muito, a população sobre as vantagens dos laminados dos Pinus. Seus benefícios vão desde a elevada qualidade e quantidade de seus produtos até o preços, os quais, muitas vezes, são mais acessíveis que os de madeira serrada bruta.

Já existem tecnologias que diminuem os resíduos do processo da laminação. Porém, mais estudos deveriam continuar sendo incentivados, promovendo melhorias contínuas e buscando a compreensão dos fatores que influenciam na qualidade dos folhados dos Pinus. Isso diminuiria problemas com os defeitos, além de reduzir o desperdício e descartes de lâminas. A maior integração com os engenheiros florestais que produzem as florestas também deveria ser incentivada, adequando as matérias-primas ao processo e produtos em sua origem, na sua formação.

Referências bibliográficas e sugestões para leitura:


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Produtos e derivados de madeira. Produção de lâminas e compensados. M. Gava. Disciplina EIM 04 – PDM. UNESP Itapeva. Apresentação em PowerPoint: 33 slides. Acesso em 22.01.2011:
http://www.itapeva.unesp.br/docentes/mgava/%5b111010161107%5daula6_PDM.pdf

Vacuum veneering. Veneer characteristics. Acesso em 22.01.2011:
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20de%20l%C3%A2minas%20decorativas%20produzidas%20por%20faqueamento

Produção de madeira para laminação em povoamentos de Pinus taeda submentidos a diferentes densidades e regimes de desbaste: uma abordagem experimental. C. R. Sanchetta; A. V. Rezende; D. Galad; L. B. Shaaf; A. C. Zampier. Floresta (1/2): 83-99. (1998)
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Tecnologia de laminação de madeiras. CTBA (1979). Tradução: L. S. Pereira; N. H. B. Perdigão. Optima Editora. 82 pp. (1996)

Utilização de Pinus na produção de laminados e compensados. O. J. R. Aguiar. Silvicultura, São Paulo, 9(34):37-43. (1984)

Desfolhamento rotativo
. F. F. P. Kollmann. Madeira e Mobiliário. CIT. Brasil Madeira. 35-42. (1979)
http://orton.catie.ac.cr/cgi-bin/wxis.exe/?IsisScript=
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Qualidade das lâminas de Pinus strobus (Martinez) var. chiapensis obtidas por desenrolamento. I. P. Jankowsky. IPEF (16): 50-59. (1978)
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Usos de florestas plantadas em Minas Gerais: estudo de pré-viabilidade de uma fábrica de lâminas decorativas de madeira. Indi, Sebrae; Sindmóveis; IEF. 38 pp. (s/d)


Vídeos sobre laminação e faqueamento da madeira:

Laminação de madeira. Vídeo Youtube 0,19 min. Canal cibelifenf. (2010). Acesso em 05.01.2011:
http://www.youtube.com/watch?v=kJ1dy_1rnEw

UFLA - DCF/CTM: aula prática de laminação
. Vídeo Youtube 2,17 min. Canal paulohein.(2010). Acesso em 05.01.2011:
http://www.youtube.com/watch?v=pOqtpFqofFc&NR=1

Laminadora de madeira no RS. Vídeo Youtube 5,19 min. Canal calegaripb2010. (2010). Acesso em 05.01.2011.
http://www.youtube.com/watch?v=ye944IdH1Gk

Estruturas de madeira laminada colada. Engarcons. Acesso em 05.01.2011.
http://www.engarcons.com/caract.htm

Videoteca Lyptus. Lyptus. Acesso em 05.01.2011:
http://www.lyptusflorestas.com.br/site/index.php


Empresas laminadoras (os websites de produtores e de vendas de mercadorias devem ser considerados apenas para visualização técnica dos produtos e tecnologias e não como referências comerciais):

http://oak.arch.utas.edu.au/tbia/article_srch_topic.asp?area=tech&topic=17 (Laminados e construção civil na Austrália)
http://w3.upm-kymmene.com/upm/internet/cms/upmcms.nsf/
$all/8D2A8D026DC4252FC225715E0023DADB?OpenDocument&qm=menu,4,0,0
(UPM-Kymmene. Finlândia)
http://w3.upm-kymmene.com/upm/internet/cms/upmcms.nsf/$all/
378CFC366A357821C22571220039D3B3?Open&qm=menu,0,0,0
(UPM-Kymmene. Pellos. Fábrica de Laminados)
http://www.raute.com/index2.php?m=3&id=12&sm=8 (Compensados e laminados. Raute)
http://www.laminobre.com.br/ (Laminados Laminobre)
http://www.madesil.com.br/laminas.htm (Produtos Madesil)
http://www.certainlywood.com/ (Certainly Wood)
http://www.woodveneeruk.co.uk/ (Woodveneer. Reino Unido)
http://wood-veneer.com/ (Laminados Wood River)
http://www.eulide.com.br/laminas.php (Lâminas Eulide)
http://www.cedrex.com.br/atac_lam.htm (Lâminas Cedrex)

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