Editorial
Caros
leitores e público interessado pelos Pinus
Esta é a Décima Primeira Edição da
nossa PinusLetter, que procura lhes trazer temas relevantes e assuntos
interessantes
e atuais para leitura. Nessa edição, continuamos a dar ênfase
aos produtos originados dos Pinus e Pináceas, bem como à preservação
de recursos naturais e à sustentabilidade das plantações
florestais, entre outros.
A
seção "Os Pinus no
Brasil" destaca as principais
características do "Pinus
greggii". Este pinheiro
tropical de origem mexicana apresenta duas variedades de acordo com
as características de suas regiões de origem. A variedade
endêmica da zona central do México vem apresentando boa
qualidade de madeira, possuindo interessantes ganhos volumétricos
em plantações experimentais implantadas em estados do
Sul do Brasil, indicando sua potencialidade principalmente como ferramenta
para o melhoramento genético de pinheiros através do
cruzamento com outras espécies. Acessem os links indicados e
saibam mais sobre sua descrição e importância e
as vantagens que possui frente aos outros povoamentos comerciais de
pinheiros.
A PinusLetter 11 traz um interessante
tema de destaque para vocês,
mais um importante produto do Pinus: o composto orgânico
fabricado a partir de suas cascas. Muitas vezes, a casca do Pinus é considerada
resíduo, sendo descartada, como em muitas serrarias e na elaboração
de painéis de madeira ou celulose, por exemplo. Essa edição
aponta como produzir o composto, que serve de matéria-prima
para a elaboração de substratos de alta qualidade físico-química
para o plantio de mudas florestais e agrícolas. Esse composto
tem sido utilizado hoje em grande parte do mundo. Conheçam maiores
detalhes sobre a elaboração e alguns resultados da sua
utilização como substrato em: "Produção
e Uso do Composto de Casca de Pinus".
A nossa seção “Referências Técnicas
da Literatura Virtual” continua destinando espaço
para as literaturas internacionais sobre os Pinus em “Artigos de Instituições
de Pesquisa”. Dessa vez, será destacado o “Council
for Scientific and Industrial Research" (CSIR), entidade
de pesquisa sul-africana que elabora e incentiva pesquisas em diversas áreas,
inclusive nas áreas florestal e industrial madeireira, para
a promoção do desenvolvimento sustentável do país.
A PinusLetter 11 ainda traz em destaque um outro produto de origem
não madeireira do Pinus e que serve de alimentação
e fonte de renda para muitas comunidades do mundo. Conheçam
os cogumelos comestíveis e suas relações com os Pinus, as
principais espécies e tipos de cogumelos, formas de
cultivos, colheita, mercado, benefícios econômicos e nutricionais
que podem trazer, entre outros em "Cogumelos Comestíveis
Associados aos Pinus".
O mini-artigo técnico dessa edição volta a tratar
do tema sementes, tendo como título: "Produção
de Sementes Geneticamente Melhoradas de Pinus". O
texto que trazemos a vocês apresenta de forma resumida as principais
tecnologias utilizadas no melhoramento de Pinus, abordando
também algumas
pesquisas e estudos efetuados com espécies do gênero,
tanto no Brasil como em outras partes do mundo. Conheçam as
principais vantagens das técnicas de melhoramento dos Pinus e
a legislação vigente acerca de sementes melhoradas
no nosso país.
Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências
de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender
mais sobre os Pinus e assuntos correlacionados, consultando
os websites indicados disponíveis na internet.
Aos patrocinadores, reforçamos o nosso "muito obrigado(a)" pelo
grande apoio, incentivo e ajuda em levar ao público alvo, que
cada vez é maior, conhecimento e respeito às árvores
fantásticas que são as dos Pinus.
Agradecemos
nossos dois patrocinadores:
ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose
e Papel (http://www.abtcp.org.br)
CRA
- KSH - Conestoga-Rovers & Associates
(http://www.craworld.com/en/corporate/southamerica.asp)
Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização
das várias qualidades desse gênero para as plantações
florestais no Brasil e na América Latina, levando sempre mais
conhecimento e saber sobre o Pinus e também sobre a preservação
dos recursos naturais e a sustentabilidade.
Um
forte abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
Os
Pinus no Brasil: Pinus greggii
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Council for Scientific
and Industrial Research - África do Sul
Referências
de Eventos e de Cursos
Pinus-Links
Produção
e Uso do Composto de Casca de Pinus
Cogumelos
Comestíveis Associados aos Pinus
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Produção
de Sementes Geneticamente Melhoradas de Pinus
Os
Pinus no Brasil: Pinus greggii
Pinus
greggii ("Gregg's
Pine") é um pinheiro tropical que possui
uma distribuição geográfica que abrange apenas o
México. É conhecido por apresentar boa adaptação
em solos pobres e degradados, apresentando crescimento rápido,
inclusive nessas condições. Seus povoamentos também
apresentam tolerância à seca e, além disso, podem
também ajudar na recuperação de áreas erodidas
e/ou diminuir a erosão por servirem de cobertura ao solo. Além
de possuir todas essas vantagens, sua madeira é bastante apreciada,
podendo ser utilizada na serraria, para a construção de
postes, cercas e também para a construção civil.
Contudo, estudos observaram capacidade limitada de produção
de resina, não sendo essa espécie adequada para a resinagem.
A coloração da madeira de P. greggii é amarelo-pálida,
possuindo boas qualidades para uso como madeira sólida (densidade
de 450 a 550 kg/m³). Apesar disso, por possuir quantidades significativas
de ramos laterais, sua madeira apresenta número elevado de nós,
sendo depreciada para alguns fins industriais como a construção
de móveis torneados.
Quando testada como matéria-prima
para celulose e papel, também mostrou resultados bastante positivos
e promissores.
Já existem povoamentos de P. greggii na Argentina, África
do Sul e Zimbábue e estudos mostram o potencial dessa espécie
como alternativa a reflorestamentos com P. elliottii, P. taeda e P.
patula na Itália, Índia e Venezuela, havendo hoje povoamentos
dessa espécie cobrindo áreas maiores que a de sua originária
no México.
As árvores adultas podem atingir de 25 a 30 metros de altura,
apresentando um fuste arredondado, geralmente irregular e, caso não
se efetuem podas e haja espaçamento largo, seus ramos são
numerosos, posicionando-se em sentido horizontal e/ou apontando para
o solo. Ao atingir a maturidade, a casca de P. greggii é fina
na base apresentando coloração cinza-amarronzada e grande
quantidade de fissuras verticais. No topo, sua casca, apesar de possuir
a mesma coloração, é mais suave. Suas acículas
têm 10-15 cm de comprimento, agrupadas em três, possuindo
coloração verde claro, e são consideradas grossas
e retas (não se curvam). Há presença de estômatos,
tanto na parte adaxial como abaxial das folhas e essas apresentam extremidade
levemente afiadas. Os cones imaturos geralmente se posicionam nos ramos
laterais da árvore, sendo agrupados em grupos de três, podendo
chegar a seis. Por essa característica de agrupamento dos cones,
esse pinheiro é chamado na língua inglesa de "close-cones
pines", em português - "pinheiro dos cones juntos".
Os cones femininos, quando maduros, possuem forma oblíqua em posição
e coloração marrom. São considerados fortes por
serem difíceis de desconectar do pedúnculo. As sementes
têm coloração marrom escura e possuem comprimento
de cerca de 5 mm quando desaladas e de até 15 mm com a presença
das asas. De acordo com sua região de origem, há duas variedades
de P. greggii: a primeira oriunda de Coahulia e de Nuevo León,
estados localizados no semi-árido do norte do México, cujas árvores
se desenvolvem em solos neutros e secos, em altitudes que variam entre
2.300 a 2.700 m e onde a precipitação média anual
não ultrapassa os 600 mm. A segunda variedade da espécie
se originou no centro do México (Estados de San Luís Potosí,
Hidalgo e Puebla), local mais baixo (1.200-1.800 m de altura). As condições
edafo-climáticas da região também são distintas
do norte do país, pois os solos são ácidos, havendo
precipitações médias anuais que variam de 700 a
1.600 mm. Segundo Shimizu (s/d) é esta segunda variedade a que
possui melhores condições de adaptabilidade ao clima e
solos dos estados do Sul do Brasil. A variedade do norte mexicano apresentou
baixa adaptabilidade em povoamentos experimentais brasileiros, por possuir
baixo vigor, além de várias deformações de
acículas, de fuste e ramos. O mesmo autor abordou outra grande
vantagem de P. greggii introduzido no Brasil: há tolerância
a geadas e também precocidade de florescimento, indicando seu
potencial para o melhoramento genético com seu cruzamento com
outras espécies de Pinus, assegurando híbridos de possivelmente
melhor qualidade e adaptabilidade.
Em sua região de origem P. greggii também é considerada
espécie precoce, já ocorrendo o florescimento no terceiro
até o quinto ano de plantio. Em algumas plantações
deste pinheiro como exótico, houveram relatos de florescimento
após o primeiro ano de idade. Logo, essa espécie é considerada
bastante fértil. No México, a maturação e
polinização dos cones femininos ocorre de abril a maio
(meses mais quentes) para a variedade da região norte. A maturação é considerada
lenta, havendo demorada abertura das pinhas que se inicia em dezembro,
podendo se estender até final de maio. Assim, a coleta de sementes é bastante
prolongada (Lopez e Donahue, 1995). As pinhas podem conter de 96 a 128
sementes sendo a percentagem germinativa superior a 80 % (Lopez e Cabrera,
2008).
Aos interessados em conhecer mais sobre
as características morfológicas
das árvores e da madeira do P. greggii, a PinusLetter
disponibiliza boa quantidade de pesquisas, websites e artigos técnicos de qualidade
que envolvem essa espécie de Pinus. Conheçam mais
sobre o potencial desse pinheiro tropical acessando as URLs indicadas:
Wikipédia
- Pinus greggii
A enciclopédia virtual Wikipédia possui descrições
de Pinus greggii em Inglês e em Português. A da língua
inglesa é um pouco mais completa, apresentando algumas das condições
edafo-climáticas de desenvolvimento das árvores em sua
região de origem e também possui alguns dos países
onde P. greggii já foi introduzido e é plantado para fins
comerciais como no Brasil. Essa versão também diferencia
os pinheiros da região norte e da região sul do México.
A versão disponível de descrição de P.
greggii em português apenas aponta sua distribuição geográfica
e classificação taxonômica.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_greggii (Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Pinus_greggii (Inglês)
Gymnosperm Database - Pinus greggii. (Inglês)
O presente website, que objetiva a descrição das espécies
de coníferas do mundo, ainda não traz grande quantidade
de características morfológicas e taxonômicas para
Pinus greggii, quando comparado a outras espécies de pinheiros.
Contudo, há boa quantidade de informações para se
conhecer mais sobre esse pinheiro. Há à disposição
do leitor vários resumos relevantes de pesquisas já realizadas
com P. greggii, que diferenciam as populações dessas árvores
morfologicamente. Além disso, a Gymnosperm Database possui boas
fotos das estruturas reprodutivas dessa espécie, bem como algumas
de viveiros, acículas, cascas e algumas outras estruturas morfológicas
típicas. Confiram:
http://conifers.org/pi/pin/greggii.htm
USDA Plants Profile - Pinus greggii Engelm.
ex Parl. (Inglês)
Apesar de Pinus greggii estar presente no sul do Arizona e em
regiões
do estado do Novo México, a webpage USDA Plant Profile possui
ainda poucas características desse pinheiro que ocorre nessas
regiões dos USA. Há a descrição taxonômica
e uma foto caracterizando suas cascas e acículas.
http://plants.usda.gov/java/profile?symbol=PIGR8
Pinus
greggii. Carlos Velazco / no Flickr (Inglês)
O Flickr é um serviço grátis de álbuns de
fotografias compartilhadas do Yahoo. Carlos Velazco (biólogo do
México) possui uma bela foto dos cones de P. greggii verdes, muito
interessante. Observem:
http://www.flickr.com/photos/aztekium/308144282/
Atenção:
Essa foto possui os direitos autorais reservados. Para ver mais fotos
desse autor, além do album no Flickr; ele
possui um site: http://nlnatural.com/ “Nuevo León Natural" -
especializado em eco-turismo, dicas e informações para
a observação da natureza: aves, mariposas, cactáceas
e fronteiras naturais de Nova León. Além disso, também é autor
de um BLOG: http://floradenuevoleon.blogspot.com (ambos
em espanhol).
Conifer Database: Pinus greggii Engelm.
ex Parl. (Inglês)
O site "Conifer Database" proporciona aos interessados a descrição
taxonômica de P. greggii, dividindo essa espécie em duas
infraespécies: P. greggii var. australis Donahue & Lopez
e P.
greggii var. greggii.
http://test.sp2000.org/show_species_details.php?record_id=3429158
Pinus greggii. Y.
P. S. Bajaj. Livros Google. (Inglês). Acesso
em 08/10/2008
Documento muito completo disponibilizado por Y. Bajaj e escrito pelos
autores Peralta & Cabrera sobre Pinus greggii e Pinus
durangensis, havendo as principais características morfológicas de ambas,
assim como a distribuição geográfica. O texto é um
dos capítulo do livro "Biotecnology in Agriculture and Forestry",
possuindo uma seção de pesquisas com cultura de tecidos
realizada com essas duas espécies de pinheiros, técnica
de biotecnologia bastante empregada em melhoramento florestal.
http://books.google.com/books?id=ZF2B2rce0EEC&pg=PR13&dq=%22Pinus+greggii%22+bajaj
Pinus greggii Engelm.
ex Parl. W.S. DVORAK. Part II—Species Descriptions.
(Inglês)
O site "Forest, Nurseries and Genetic Resources" possui algumas
publicações sobre P. greggii. Observem esse nosso pinheiro
em "Tropical Tree Seed Manual".
http://www.rngr.net/Publications/ttsm/Folder.2003-07-11.4726/PDF.2004-03-15.5136/view
Pinus greggii - Jeff
Bisbee Gallery. (Inglês)
A webpage "Arboretum de Villardebelle" possui poucas descrições
taxonômicas e características morfológicas de Pinus
greggii. O site apresenta fotos interessantes de autoria de Jeff
Bisbee sobre as principais estruturas desse pinheiro: há imagens da árvore
adulta, de sua casca, ramos, galhos e cones em sua região originária
no México.
http://www.pinetum.org/JeffPNgreggii.htm
The
pines of Mexico and Central America. J.P. Perry. Timber
Press. 231 pp. (1991). (Inglês)
Obra-prima de Perry que descreve sua experiência de mais de 40
anos com estudos de Pinus dessas regiões. Imperdível.
http://books.google.com/books?id=u8BgAAAAMAAJ&q=Pinus+greggii&dq=Pinus+greggii&lr=&pgis=1
Artigos
de pesquisa sobre P. greggii
Introdução de pinos mexicanos na região de Poços
de Caldas. M. Ferreira; H.T.Z. Couto; J. M. Sobral. IPEF 4:95-109.
(1972)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr04/cap06.pdf
Pine Brazilian forestry. REMADE nº 99. (2006)
http://www.remade.com.br/en/revista_materia.php?edicao=99&id=443 (Inglês)
Método de análise matemática de espectros do infravermelho
próximo para predição de propriedades anatômicas
da madeira de Pinus greggii Engelm. F. Scorsin; W. L. E. Magalhães;
G. I. B. Muniz. 14º EVINCI, 100. 52 pp. (2006)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/14evinci/agrarias.pdf
RESUMO:
Caracterização química da madeira de Pinus
sp. B. A. G. Farias; U. Klock; R. L. Simão. 13º EVINCI, 011.
8pp. (2005)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/13Evinci/AG%20-%20PL.pdf
RESUMO:
Uso da espectroscopia de infravermelho próximo na predição
das dimensões de fibras da madeira de Pinus greggii Engelm. F. Scorsin; W. L. E. Magalhães; G. I. B. Muniz; R. L. Simão.
13º EVINCI, 094. 49 p. (2005)
http://www.prppg.ufpr.br/documentos/iniciacao/13Evinci/AG%20-%20PL.pdf
RESUMO:
Tree growth and d13C among populations of Pinus greggii Engelm.
at two contrasting sites in central Mexico. R. G. Garcia; A. Gomez; J.
U. Lopez; J. H. Vargas; W. R. Horwath. Forest Ecology and Management
198(1-3): 237-247.(2004)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=15987783
Variação genética em procedências e progênies
mexicanas de Pinus maximinoi. L. C. Ettori; A. S. Sato; J. Y. Shimizu.
Revista do Instituto Florestal 16(1):1-9. (2004)
http://www.iflorestsp.br/revista/revista_anterior/v16/variacao-genetica.pdf
RESUMO:
Relative susceptibility of northern and southern provenances of Pinus
greggii to infection by Sphaeropsis sapinea. H. Smith; T. A.
Coutinho; F. W. Wolfaardt; M. J. Wingfield. Forest Ecology and Management166(1-3):331-336.
(2002)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=13763142
Chemical
root pruning of conifer seedlings in Mexico. A. Aldrete; J. Mexal. Forest
Nursery Proceedings. HI:160-164. (2002)
http://www.rngr.net/Publications/proceedings/2000/aldrete%2Cmexal.pdf/view
Produção de chapas de madeira compensada de cinco espécies
de Pinus tropicais. S. Iwakiri; D. P. Olandoski; G. Leonhardt; M. A.
Brand. Ciência Florestal 11(2): 71-77. (2001)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v11n2/art6v11n2.pdf
Variación en el patrón
de crecimiento en altura de cuatro especies de Pinus en edades
tempranas. J. G. S. García; J. J.
V. Hernández; J. J. Mata; J. D. M. Galán; C. R. Herrera;
J. L. Upton. Madera y Bosques 5(2): 19-34. (1999)
http://www.ecologia.edu.mx/publicaciones/resumenes/5.2/pdf/Salazar%20et%20al%201999.PDF
Seed
production of Pinus greggii Engelm in natural stands in Mexico. J.
Lopez-Upton, J.K. Donahue. Tree Planters' Notes 46(3): 86-92. (1995)
http://www.rngr.net/Publications/tpn/46/46_3_86_92.PDF/view
RESUMO: Development of a tree improvement program with Pinus maximinoi in
Colombia. J. A. Wright; L. F. Osório; C. C. Lambeth. Forest
Ecology and Management 62(1-4):313-322. (1993)
http://md1.csa.com/partners/viewrecord.php?requester=gs&collection=
ENV&recid=3615729&q=Pinus+maximinoi&uid=793033261&setcookie=yes
Laboratory scale pulping of Pinus pseudostrobus, P. maximinoi and P.
patula. J. A. Wright; A. Wessels. IPEF Internacional (2):39-44. (1992)
http://www.ipef.br/publicacoes/international/nr02/cap06.pdf
Pinus na
silvicultura brasileira. J. Y. Shimizu. Ambientebrasil. (s/d = sem referência de data)
http://www.ufsm.br/cepef/artigos/Pinus%20na%20silvicultura%20brasileira.pdf
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Na
PinusLetter N° 11, continuamos a dar destaque às
produções relacionadas com Pinus oriundas de
entidades de pesquisas, trazendo como destaque os artigos publicados
pelo “Council
for Scientific and Industrial Research” (CSIR), uma
organização
do mais alto renome tecnológico e localizada na África
do Sul.
Nessa seção, como sempre, procuraremos valorizar as instituições
e autores que se têm mostrado dedicados a estudar e a avaliar
técnica e cientificamente os Pinus. As publicações
referenciadas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial
das madeiras, celulose e papel, enfim, todas as áreas que se
relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações
florestais e utilizações de seus produtos.
Essa edição e nessa seção estamos a homenagear
o CSIR, conheçam mais sobre ele e suas publicações
com os Pinus a seguir:
Council
for Scientific and Industrial Research (CSIR) - África do Sul
Localizado na África do Sul, o Conselho de Pesquisa Científica
e Industrial, ou melhor "Council for Scientific and Industrial
Research", é considerado um dos melhores do segmento tecnológico,
de desenvolvimento e de extensão do continente africano. Criado
em 1945 por uma ata do governo desenvolvendo um conselho científico,
hoje desempenha funções multidisciplinares, sempre com
o intuito de gerar melhoria da qualidade de vida do povo sul-africano.
Para tanto, o CSIR se compromete em realizar melhorias econômicas
no país, provendo ao mesmo melhores condições
competitivas e tecnológicas, principalmente frente ao mercado
externo. Serviços e soluções econômicas
são oferecidos aos investidores e novas oportunidades são
constantemente identificadas pelo conselho junto às novas tecnologias
desenvolvidas para os setores comerciais, industriais e também
sociais.
Como principal apoiador, o CSIR conta com o próprio parlamento
sul-africano. Desde sua criação, dá suporte às
pesquisas junto ao Ministério de Ciências e Tecnologia
do país, o que indica a grande relevância do centro e
sua enorme contribuição com as questões econômicas,
sociais e também ambientais de todas as comunidades abrangidas.
Para a melhoria da qualidade de vida do povo, esse conselho possui
uma série de medidas de apoio à indústria e mercados
no país, levando aos empresários as tecnologias de ponta
produzidas e estendidas aos interessados. O CSIR ajuda em negociações
e estimula parcerias no setor público, privado e internacional
através de suas pesquisas inovadoras em engenharia e tecnologia.
Também se denominando de organização, o CSIR possui
grande abrangência de clientes que vão desde micro-empresas
a grandes multinacionais, atendendo também o setor informal
existente no país e os próprios governos nacional, estadual
e municipal, esforçando ao máximo para atender a todas
as partes interessadas.
A organização possui importantes programas sociais e
de difusão de cultura, tecnologia e educação para
várias comunidades africanas. Pelo seu tempo de atuação,
já criou profundas raízes e identificação
em muitas localidades. Logo, um dos objetivos do CSIR é contribuir
com o programa nacional de desenvolvimento do governo, produzindo pesquisas
e conhecimento tecnológico para atender aos interesses do setor
público e privado. Através da extensão e da transferência
dos conhecimentos e das tecnologias criadas, o CSIR visa contribuir
com melhorias econômicas com o máximo de retorno e benefícios
aos seus públicos-alvo: as indústrias e o povo sul-africano.
O conselho possui uma série de laboratórios que prestam
serviços em tecnologia para a comunidade como os laboratórios
de análises de solo, água e de composição
de plantas. Também possui ampla abrangência de áreas
de pesquisas, atuando na sustentabilidade de áreas rurais, em
recursos florestais como mercado da madeira de exóticas como Pinus
e Eucalyptus. Estudos de papel e celulose também são
conduzidos para esses gêneros de árvores, assim como melhoramento
genético para melhor produtividade. Há atualmente quatro
grupos de pesquisas em recursos florestais na organização:
Processamento de Fibras (estudos em papel e celulose e outros compostos
sólidos da madeira), Planejamento Florestal (planejamento de
recursos florestais com uso de novas tecnologias como o sensoriamento
remoto), Melhoria de Árvores (pesquisas que visam ao melhoramento
genético, propagação de plantas, biologia e fisiologia
vegetal) e Ciência da Madeira (estudos com propriedades químicas,
físicas e anatômicas da madeira).
As principais pesquisas desenvolvidas pelo conselho com relação
ao meio-ambiente visam à conservação da água,
bem como à diminuição de resíduos, remediação
de áreas contaminadas e à sustentabilidade.
Aos interessados, há ainda pesquisas objetivando novas tecnologias
energéticas, mudanças climáticas e aquecimento
global, qualidade do ar, entre tantos outros temas que envolvem o meio-ambiente.
Há pesquisas em outras áreas como a nanotecnologia, tecnologia
de "laser", construção civil, logística,
alimentos, entre outros.
Para acessar tais pesquisas e resultados, basta entrar no site da instituição
e navegar por ele: http://www.csir.co.za/index.html (Home)
A seguir disponibilizamos 19 artigos apresentados e disponibilizados
pelo CSIR que envolvem os Pinus, Pináceas, coníferas,
entre outros recursos florestais, sobre características da madeira
e técnicas de conservação:
Alien conifer invasions in South America: short fuse burning? D.M.
Richardson; B.W.Van Wilgen; M.A. Nunez. Biological Invasions, 1-5 pp.
(2007)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1825/1/Richardson_2007.pdf
Examining pine spectral separability using hyperspectral data
from an airborne sensor: an extension of field-based results. J. A. N. Van
Aardt; R. H.Wynne. Journal of Remote Sensing 28(1-2):431-436. (2007)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/835/1/Van%20Aardt_2007.pdf
Application of near-infrared spectroscopy to predict microfibril angle
of 14-year-old Pinus patula. A. Zbonak; T. Bush. IUFRO Symposium on
Wood Structure and Properties 06. 175-181 p. (2006)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/965/1/Zbonak_2006.pdf
Northern
European trees show a progressively diminishing response to increasing
atmospheric carbon dioxide concentrations. J. S. Waterhouse;
V. R. Switsur; A. C. Barker; A. H. C. Carter; D. L. Hemming,; N. J.
Loader; I. Robertson. Quaternary Science Reviews 23:803-810. (2004)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1642
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1642/3/waterhouse_2004.pdf
Assessment
of wood-inhabiting basidiomycetes for biokraft pulping of softwood
chips. F. Wolfaardt; J. L. Taljaard; A. Jacobs; J. R. Male;
C. J. Rabie; Bioresource Technology 95(1):25-30. (2004)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1564
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1564/3/wolfaardt_2004.pdf
Comparison of stable carbon isotope ratios in the whole wood,
cellulose and lignin of oak tree-rings. N. J. Loader; I. Robertson; D. McCaroll.
Palaeogeography Pallaeoclimatology Palaeoecology 196: 395- 407. (2003)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1511
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1511/3/loader_2003.pdf
Oxygen
and hydrogen isotope ratios in tree rings: how well do models predict
observed values? J. S. Waterhouse,; V. R. Switsur,; A. C. Barker;
A. H. C. Carter; I. Robertson. Earth and Planetary Science Letters
201(2):421-430. (2002)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1641
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1641/3/waterhouse_2002.pdf
Invasive
alien trees and water resources in South Africa: case studies of
the costs and benefits of management. D. C.
Le Maitre; B.W. Van
Wilgen; C. M. Gelderblom; C. Bailey; R. A. Chapman; J. Á. Nel.
Forest Ecology and Management 160:143-159. (2002)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1630
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1630/3/le%20maitre%201_2002.pdf
Soil wettability in forested catchments in South Africa;
as measured by different methods and as affected by vegetation cover
and soil characteristics. D. F. Scott. Journal of Hydrology 231:87-104. (2000)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1529
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1529/3/scott%201_2000.pdf
Forestry and streamflow reductions in South
Africa: a reference system for assessing extent and distribution. Scott, DF; Le Maitre, DC; Fairbanks,
DHK. Water SA, vol. 24(3), pp 187-199. (1998)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/2111
Treatment of timber products with gaseous borate
esters. Part 2: Process improvement. P. Turner; R. J. Murphy. Wood Science and Technology 32(1):25-37.
(1998)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1907/3/turner_1998.pdf
Streamflow responses to afforestation with Eucalyptus grandis and Pinus
patula and to felling in the Mokobulaan experimental catchments,
South Africa. D.F. Scott; W. Lesch. Journal of Hydrology 199:360-377. (1997)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1485
Native
forest generation in pine and eucalypt plantation in Northern Province,
South Africa. C.J. Geldenhuys. Forest Ecology and Management
99:101-115. (1997)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1626
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1626/3/geldenhuys_1997.pdf
Response in water yield to the thinning of Pinus radiata, Pinus
patula and Eucalyptus grandis plantations. W. Lesch; D.F Scott. Forest Ecology
and Management 99(3):295-307. (1997)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1633
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1633/3/lesch_1997.pdf
The
impact of commercial afforestation on bird populations in Mpumalanga
Province, South Africa - Insights from bird-atlas data. D. G. Allan;
J. A. Harrison; R. A. Navarro; B. W. Van Wilgen; M. W. Thompson,
Biological Conservation 79(13):173-185. (1997)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1378
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1378/3/allan_1997.pdf
Evaluation of the heat pulse velocity method for measuring sap flow
in Pinus patula. P. J. Dye; S. Soko; A. G.Poulter. Journal of Experimental
Botany 47(300):975-981. (1996)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/722/1/Dye1_1996.pdf
Treatment of timber products with gaseous borate esters. Part
1: Factors influencing the treatment process. P. Turner; P. R. Murphy. Wood Science
and Technology 29(5):385-395. (1995)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1906
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1906/3/turner_1995.pdf
Carbon storage in Eucalyptus and
pine plantations in South Africa. S. I. Christie; R. J. Scholes. Environmental Monitoring and Assessment
38:231-241. (1995)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/749
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/749/1/Christie_1995.pdf
Hydrological
effects of fire in South-African mountain catchments. D.F. Scott. Journal of Hydrology 150:409-432. (1993)
http://researchspace.csir.co.za/dspace/handle/10204/1530
http://researchspace.csir.co.za/dspace/bitstream/10204/1530/3/scott_1993.pdf
Referências
de Eventos e de Cursos
Nessa seção, trazemos referências
de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional
e que se relacionam diretamente ou indiretamente aos Pinus. A característica
marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material
bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros
técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos,
os quais já ajudam a saber das novidades no ramo e dos assuntos
abordados durante o encontro. Através dos endereços de
URLs, vocês podem obter todo o material do evento e conhecer
mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem
para participar do próximo.
Palestras do VI Simpósio ACEF. (Português)
O VI Simpósio da Associação Catarinense de Engenheiros
Florestais (ACEF) ocorreu no mês de outubro de 2007. A webpage
da ACEF disponibiliza para download algumas das apresentações
realizadas durante o evento. Os principais temas tratados foram: áreas
de produção de sementes, polinização massal
controlada, pomar clonal de sementes, clonagem de Pinus taeda por embriogênese
somática, planejamento e produção de mudas, entre
outros de igual relevância.
http://www.acef.org.br/boletim02ifsc.pdf
http://www.acef.org.br/?pagina=visimposio (Palestras)
BNDES - Seminário - A Questão Florestal e o Desenvolvimento. (Português)
O
seminário promovido pelo BNDES nos dias 8 a 9 de julho de
2003 teve como tema principal "A Questão Florestal e o
Desenvolvimento". Há disponível na webpage do banco
algumas das apresentações realizadas durante o evento
que objetivou a transferência de conhecimento sobre a cadeia
da madeira e também trazer os principais aspectos sociais, econômicos
e ambientais que a englobam. Há palestras abordando temas como:
o setor florestal e a demanda da madeira para o futuro no Brasil, a
indústria do papel, manejo sustentável de florestas nativas,
reciclagem de papel, fomento florestal, entre outras. Não deixem
de conferir as apresentações que lhes agradem.
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/publicacoes/catalogo/s_florestal.asp
Aquecimento
Global. R. C. D. Garlipp; C. A. Bantel. (2007). (Português)
Apresentação feita por Garlipp & Bantel na Semana
do Meio Ambiente da Associação de Engenharia, Arquitetura
e Agronomia de Ribeirão Preto (AEAARP), ocorrida em 2007. O
tema apresentado aborda o aquecimento global: são ao todo 56
slides que mencionam desde as principais modificações
climáticas que estão afetando florestas, até os
principais poluidores e emissores de gás carbônico no
ambiente. Há também as vantagens e desvantagens do aquecimento
global e oportunidades para reverter e se adaptar a essas novas condições.
O papel das florestas plantadas é destacado.
http://www.sbs.org.br/secure/g2/Aquecimento%20Global%20-%20A%20
Import%c3%a2ncoa%20da%20Silvicultura%20na%20Mitiga%c3%a
7%c3%a3o%20desse%20Problema%20-%20Carlos%20A.%20Bantel.pdf
Certificação Florestal. R. Garlipp; C. A. Bantel. XIª Semana
Acadêmica da Engenharia Florestal. (2007). (Português)
A apresentação realizada por Rubens Garlipp e por Carlos
Bantel na décima primeira Semana Acadêmica da Engenharia
Florestal da Universidade Federal de Santa Maria, ocorreu em dezembro
de 2007. Tal palestra abordou os principais critérios da certificação,
o processo da certificação em si, as expectativas da
certificação para o Brasil, os principais órgãos
de certificação, entre tantos outros assuntos ligados
a esse tema, em 80 slides.
http://www.sbs.org.br/secure/g2/Certifica%c3%a7%c3%a
3o%20Florestal%20-%20Carlos%20Adolfo%20Bantel.pdf
Crescimento
do Setor Florestal no Brasil. R. Garlipp. (2007). (Português)
Palestra
ministrada por nosso amigo Rubens Garlipp da Sociedade Brasileira de
Silvicultura (SBS) no evento "Workshop on Forest Plantations" realizado
pela ESALQ e IPEF em Piracicaba, em maio de 2007. O assunto abordado
foi o crescimento do setor florestal no nosso país, havendo
um histórico de como eram as florestas plantadas desde antes
dos anos 70 até a atualidade, enfatizando as principais evoluções
do setor. Destaca-se o crescimento dos principais produtos madeireiros
e não madeireiros e parte da legislação ambiental
vigente a respeito das plantações florestais.
http://www.sbs.org.br/secure/g2/Crescimento%20do%20Setor%20
Florestal%20no%20Brasil%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf
Desenvolvimento
Sustentável e Indústria Florestal do
Brasil. C. A. F. Funcia. II Fórum Internacional de Meio Ambiente
Brasil-Japão (2007). (Português)
O
Segundo Fórum Internacional de Meio Ambiente Brasil-Japão
ocorreu em setembro de 2007 e contou com a apresentação
de Carlos Funcia, da Sociedade Brasileira de Silvicultura. O tema da
palestra foi: “Desenvolvimento sustentável e indústria
florestal do Brasil", discorrido em 27 slides, abordando os principais
parâmetros da sustentabilidade nas visões ambientais,
econômicas e sociais, além das oportunidades que a sustentabilidade
pode proporcionar.
http://www.sbs.org.br/secure/g2/Desenvolvimento%20Sustent%c3%a1vel%20e%20Ind%c3%bastria%20
Florestal%20do%20Brasil%20-%20Carlos%20Alberto%20da%20Fonseca%20Funcia.pdf
Fomento Florestal no Brasil. Visão geral e perspectivas. R.
Garlipp. 2º Encontro de Produtores Florestais da Veracel. (Português)
A
apresentação "Fomento florestal no Brasil - Visão
geral e perspectivas" (com 62 slides) foi ministrada por Rubens
Garlipp, da SBS, e ocorreu em novembro de 2007 em Eunápolis
- Bahia, durante o Segundo Encontro de Produtores Florestais da Veracel.
Abordou-se o histórico do fomento florestal no país,
as suas principais modalidades, os fatores que impulsionaram a sua
evolução, áreas fomentadas existentes, entre outros.
Confiram:
http://www.sbs.org.br/secure/g2/Fomento%20Florestal%20no%20Brasil%20-%20
Vis%c3%a3o%20Geral%20e%20Perspectivas%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf
O
Profissional de Meio Ambiente do Século 21: oportunidade e
desafio. A empresa e o profissional do século 21. R. Garlipp
(2007). (Português)
A
palestra "O profissional de meio ambiente do século
21" foi apresentada por Rubens Garlipp durante evento da Universidade
Federal de São Carlos (UFSCAR) em junho de 2007. Em 30 slides,
a apresentação aborda a importância das plantações
florestais, conceitos de sustentabilidade, algumas das principais cadeias
produtivas da madeira, oportunidades para o profissional e muito mais.
http://www.sbs.org.br/secure/g2/O%20Profissional%20de%20Meio%20
Ambiente%20do%20S%c3%a9culo%20XXI%20-%20Oportunidades%20
e%20Desafios%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf
Sustentabilidade
do Setor Florestal. R. Garlipp. Reunião BRACELPA/
MMA. (2007). (Português)
O nosso estimado engenheiro florestal Rubens
Garlipp, representando a SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura,
apresentou o tema "Sustentabilidade
do setor florestal" durante a reunião da BRACELPA com o
Ministério do Meio Ambiente no dia 23 de novembro de 2007. São
42 slides comentando sobre as florestas plantadas no Brasil e no mundo,
os avanços da sustentabilidade no setor, a sustentabilidade
na visão econômica e social, etc.
http://www.sbs.org.br/secure/g2/Sustentabilidade%20do%20Setor%20
Florestal%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf
Sustentabilidade
no Setor Florestal. Indicadores / parâmetros.
R. Garlipp. Reunião Técnica sobre Madeira e seus Produtos
Florestais. (2007). (Português)
Durante a reunião técnica sobre madeira e seus produtos
florestais organizada pelo IPT - Instituo de Pesquisas Tecnológicas
em São Paulo em 16 de abril de 2007, o engenheiro florestal
Rubens Garlipp apresentou a palestra "Sustentabilidade no setor
florestal - Indicadores e parâmetros". Confiram os 55 slides
que abordam o tema, destacando principalmente a pressão pela
sustentabilidade florestal, como esta é vista em diferentes
países do mundo, interesses no manejo sustentável de
florestas e seus princípios.
http://www.sbs.org.br/secure/g2/Sustentabilidade%20no%20Setor%20
Florestal%20-%20Indicadores%20e%20Par%c3%a2metros%20-%20Rubens%20Garlipp.pdf
Reciclagem
- Zero Resíduos Portugal. (Português)
O setor de apresentações da webpage Zero Resíduos
Portugal disponibiliza ao todo oito documentos abordando o tema da
reciclagem todos disponíveis para downloading. Encontram-se
documentos a respeito de resíduos sólidos, apresentações
sobre higiene pública e sobre coleta seletiva de lixo. Inclusive
há seis palestras ministradas durante o evento "Seminário
sobre Recolha Selectiva Porta-a-Porta" que ocorreu dia 23 de novembro
em Coimbra, Portugal, no ano de 2005.
http://www.zeroresiduos.info/index.php?option=com_docman&task=cat_view&gid=228&Itemid=164
Proceso
de Co-Compostaje y Aplicación de sus Productos em Paisajismo,
Reforestación y Cultivos Forestales y Agrícolas em Andalucía.
(2003). (Espanhol)
No evento Jornada sobre Projetos Life-Meio Ambiente, a senhora Engracia
Madejón Rodríguez do Instituto de Recursos Naturales
y Agrobiología de Sevilla (CSIC) apresentou palestra sobre o
composto de qualidade e seus benefícios. Observem os 15 slides
por ela apresentados, aprendendo um pouco mais sobre a problemática
dos resíduos, os pontos positivos da matéria orgânica
na agricultura, dificuldades em aplicar a matéria orgânica
no solo, qualidade de compostos e suas utilizações.
http://www.juntadeandalucia.es/medioambiente/web/Bloques_Tematicos/
Cooperacion_Internacional_En_Materia_De_Medio_Ambiente/Iniciativas_Comunitarias/
Programa_LIFE/LIFE_Medio_Ambiente/Proyectos_aprobados_enejecucion/pdf_compost/IRNAS_1_Mijas_11_03.pdf
Pinus-Links
A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação
para visitarem diversos websites que mostram direta relação
com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos,
ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção, estamos
ainda colocando Pinus-Links com algumas empresas ou organizações
técnicas importantes no uso dos produtos dos Pinus, ou
então
na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Muitas
destas empresas possuem importantes programas ambientais e sociais
que vale a pena destacar. Para a leitura, basta você clicar
sobre os endereços de URLs para abrir nossas indicações
ou salvá-las como favoritas em seu computador.
Sistema
de Información y Documentación Agropecuario
de las Américas. Agricultural Information and Documentation
System of Latin America and the Caribbean (SIDALC) (Michigan State
University). (Estados Unidos)
Como o próprio nome já diz, o "Sistema
de Informação
e Documentação Agropecuário das Américas
e Caribe" (SIDALC) existe desde 1999 com o intuito do intercâmbio
de tecnologias agrícolas entre as instituições
e órgãos de pesquisas que envolvem as regiões.
Tal medida promove o desenvolvimento das comunidades rurais e de
sua qualidade de vida através da disseminação
do conhecimento e da extensão.
Hoje, um dos produtos mais relevantes do SIDALC é uma biblioteca
virtual que possui inúmeros documentos que envolvem pesquisa
de âmbito agrícola, conhecido como Agri 2000. Tal sistema
de informação virtual têm parceria com várias
bibliotecas do continente e possui por objetivo: possuir e disponibilizar
as informações necessárias para suprir as diferentes
necessidades informativas dos usuários do SIDALC; ajudar na
melhoria de pesquisas, através da disponibilização
de conhecimentos pela educação e treinamento; possibilitar
que todas as pessoas interessadas possam acessar a web page, possibilitando
a elas a troca de experiências e conhecimentos. Logo, isso
nos engloba também. Acessem o site da SIDALC e observem não
apenas a quantidade de informações ligadas à agricultura,
mas também ao setor florestal. Há disponíveis
inúmeros registros de pesquisas sobre os Pinus em órgãos
institucionais e de pesquisa de toda a América e Caribe que
podem ser acessados através do Agri 2000. Confiram:
http://orton.catie.ac.cr/ (Espanhol)
http://orton.catie.ac.cr/defaulten.htm (Inglês)
http://orton.catie.ac.cr/cgi-bin/wxis.exe/ (Registros de entidades
de pesquisa para Pinus)
CONAFOR.
Comisión Nacional Forestal. (México)
A CONAFOR é um órgão público mexicano
que funciona desde 2001 com o intuito de incentivar as atividades
de produção, conservação e restauração
florestal do país. Essa entidade também está envolvida
no planejamento e na elaboração de programas de desenvolvimento
de florestas sustentáveis, preocupando com a melhoria da qualidade
de vida de comunidades que retiram seu sustento basicamente desse
setor, através de benefícios econômicos, tecnológicos
e ambientais. Assim, a CONAFOR desempenha importante papel junto
ao governo implementando políticas florestais, levando aos
necessitados serviços técnicos e informação
através da extensão e de sua web page. Entrem na mesma
e confiram as notícias e algumas publicações
disponíveis para download como o "Manual de viveiros
para a produção de espécies florestais em bandejas" na
seção de Conservação e Restauração
Florestal listada logo abaixo. Na parte de florestas comerciais,
aprendam um pouco mais sobre as plantações de pinheiros
de Natal no México.
http://www.conafor.gob.mx (Home)
http://www.conafor.gob.mx/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=20&Itemid=39
(Conservação e restauração florestal)
http://www.conafor.gob.mx/index.php?option=com_content
& task=blogcategory&id=45&Itemid=145 (Florestas
comerciais)
México
Forestal. (México)
Criada pela CONAFOR,
a revista virtual "México Forestal" objetiva
publicar também os trabalhos realizados pela instituição
do setor florestal, ambiental e de recursos naturais. É destinada
a todos os interessados, levando conhecimento acadêmico às
universidades, comunidades, ao governo e às cooperativas e
promovendo o desenvolvimento de forma sustentável a todos
os interessados, o que inclui principalmente o povo mexicano. Através
das publicações disponibilizadas, a México Florestal
quer incentivar os leitores sobre os benefícios e vantagens
do bom manejo de suas florestas mexicanas e de seus recursos naturais.
Não deixem de acessar em:
http://www.mexicoforestal.gob.mx/index.php (Home)
http://www.mexicoforestal.gob.mx/nuestros_arboles.php?id=101 (Pinus
patula)
Resina de Pinus. (Brasil)
Blog brasileiro sobre resinagem de autoria
de Thannar Bubna. Há todos
os tipos de informação sobre o setor, como artigos,
informativos eletrônicos, fotos, preços da resina, e
dos seus produtos (breu e terebintina) e experiências já vivenciadas
sobre o assunto.
http://resinadepinus.blogspot.com/2008/06/resinagem-resinagem-uma-atividade-que.html (Home)
http://www.blogger.com/profile/00391782240995374033 (Sobre o autor
do blog)
Associação Catarinense de Engenheiros
Florestais. (Brasil)
A
Associação Catarinense de Engenheiros Florestais
completou 30 anos no mês passado e desde sua criação
objetiva a melhoria das condições das ciências
florestal e ambiental no Estado, ajudando os profissionais do ramo
na conquista de seus interesses e direitos. Logo, a associação
representa os engenheiros florestais, atuando na união do
setor e também em assessoria, disseminando conhecimentos sobre
as principais novidades da área, através da elaboração
de boletins de notícias e de eventos no estado. Tais informações
estão acessíveis a todos que se interessam sobre florestas
na webpage da associação. Há vasta quantidade
de informações, documentos e apresentações
sobre os Pinus em Santa Catarina, já que atualmente este estado é um
dos grandes produtores de madeira dessa espécie.
http://www.acef.org.br/ (Home)
http://www.acef.org.br/boletim02ifsc.pdf (Boletins)
http://www.acef.org.br/?pagina=eventos (Eventos)
Forest Landowners. (Estados
Unidos)
A "Forest Landownwes" é uma associação
sem fins lucrativos que luta pelos direitos dos reflorestadores e
proprietários de florestas nos Estados Unidos da América.
Para tanto, fornece suporte jurídico, assistência técnica,
educação e informação necessária
sobre a administração de áreas florestais e
os principais manejos de florestas. Criada desde 1941, a organização
atualmente possui como seus principais membros: companhias de investimentos
florestais, consultores da área, agentes de extensão,
florestadores, profissionais e indústrias do setor. Sua ação
abrange 47 estados. O seu website disponibiliza grande conteúdo
informativo sobre as florestas americanas, bem como artigos científicos
de instituições de pesquisa do país. Acessem
em "Publications". Há muitas informações
sobre Pinus e outras Pináceas, visto que muitas dessas árvores
são endêmicas da região.
http://www.forestlandowners.com/ (Home)
http://www.forestlandowners.com/publications (Publicações)
http://www.forestlandowners.com/Publications/fla_magazines/2008-july-
august-vol-67/uneven-versus-even-aged-management-of-southern-pines/file (Artigo)
IUFRO. Internacional Union of Forest Research Organizations. (Internacional)
A
IUFRO é uma organização internacional sem
fins lucrativos que se orgulha em contribuir para o desenvolvimento
de florestas e ciências correlacionadas, promovendo cooperação
global em pesquisas. Isso possibilita a melhoria no entendimento
sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais de plantações
de florestas e no manejo de florestas naturais. A IUFRO procura disseminar
o conhecimento científico florestal aos associados e partes
interessadas e também contribuir para a criação
de novas políticas florestais e tecnologias de manejo. Atuante
desde 1892, a IUFRO está aberta a todos que se interessem
e se dediquem às pesquisas ligadas às florestas. A
instituição se baseia em idéias de conservação
ambiental e desenvolvimento sustentável para todas as florestas
e reflorestamentos mundiais, garantindo assim sua conservação,
sustentabilidade e benefícios para as futuras gerações.
Observem as publicações disponíveis na web page
da IUFRO.
http://www.iufro.org/ (Home)
http://www.iufro.org/publications/ (Publicações)
http://www.iufro.org/events/calendar/ (Eventos)
Glossário de Termos em Inglês
Utilizados em Colheita e Engenharia Florestal. B. J. Stokes; C. Ashmore;
C.
L. Rawlins;
D. L. Sirois. USDA Forest Service. 37 pp. (2008).(Brasil)
O
Glossário de termos em inglês utilizados na colheita
e engenharia florestal é um documento de relevância
a todos os profissionais e interessados na área. Atualmente,
com a globalização, o domínio da língua
inglesa está cada vez sendo mais requisitado para empresas
e técnicos florestais. Aproveito para agradecer aos autores
desse documento e ao tradutor professor Fernando Seixas
por não só me auxiliar na tradução de
termos específicos da área na língua, mas também
ajudar na ampliação do vocabulário em inglês
de vários outros profissionais. Aos que ainda não iniciaram
o aprendizado na língua fica aqui a mensagem: "nunca é tarde
demais para começar". Aos que querem se aperfeiçoar
ainda mais, é também um documento precioso. Confiram:
http://www.colheitademadeira.com.br/imagens/publicacoes/glossario/glossario_
de_termos_em_ingles_utilizados_em_colheita_e_engenharia_florestal.pdf
MAF - Ministry of Agriculture and Forestry. (Nova
Zelândia)
A
principal missão do MAF é fortalecer as medidas
existentes sobre proteção ambiental e sustentabilidade
do meio agrícola e florestal da Nova Zelândia. O MAF
possui três objetivos principais que envolvem: a economia -
trabalhando para que ela se torne cada vez mais lucrativa e desenvolvida;
a sociedade - atuando para a melhoria contínua da qualidade
de vida e da saúde de comunidades rurais neozelandesas; o
meio-ambiente - promovendo o desenvolvimento social, cultural e econômico
de forma sustentável, utilizando os recursos ambientais de
forma correta e racional. Para conseguir cumprir todos esses objetivos,
o MAF colocou à disposição uma série
de publicações, inclusive sobre o setor florestal.
Observem os principais trabalhos que o MAF nos oportuniza conhecer:
http://www.maf.govt.nz/mafnet/index.htm(Home)
http://www.maf.govt.nz/mafnet/profile/ (Acerca do MAF))
http://www.maf.govt.nz/mafnet/publications/ (Publicações)
http://www.maf.govt.nz/forestry/ (Florestas)
Produção
e Uso do Composto de Casca de Pinus
Troncos de Pinus possuem
em média 12
a 20% de seu volume ocupado pela casca, percentagem que varia
muito em função do diâmetro das árvores,
da espécie e das condições de crescimento.
A casca é retirada do restante da tora durante seu processamento,
tornando-se um resíduo volumoso da indústria
madeireira. Dentre as formas de aproveitamento desse resíduo
destacamos aqui a compostagem para produção de
substratos e fertilizantes orgânicos. Existe outra muito
usual que é a queima como biomassa em caldeiras de froça,
mas isso será tema de alguma PinusLetter futura.
A casca de Pinus pode ser utilizada como substrato
recebendo apenas moagem rápida. Porém, esse material não
estabilizado diminui a disponibilidade de nitrogênio
para as plantas cultivadas nele, além de conter compostos
tóxicos. Em geral, as cascas possuem toxinas para evitar
o ataque de fungos, outros microrganismos, roedores e demais
predadores.
Compostagem é um processo de estabilização
de um material orgânico pela ação de microorganismos
aeróbicos, preferencialmente. Durante o processo, fungos
e bactérias utilizam cadeias carbonadas do material
(celuloses, hemiceluloses, ligninas, entre outros compostos,
inclusive alguns tóxicos) como fonte de energia, bem
como outros compostos como as proteínas (que fornecem
também aminoácidos e nitrogênio). Dessa
ação sobre cadeias carbonadas são produzidos
dióxido de carbono pela oxidação das cadeias
carbonadas, cuja energia é em parte utilizada pelos
microorganismos e em parte liberada para o ambiente, provocando
aquecimento do material em decomposição. O interior
de uma pilha de compostagem pode atingir temperaturas de cerca
de 70ºC, sendo este um indicativo da qualidade e evolução
da compostagem. Atingir altas temperaturas é importante
quando se deseja a eliminação ou redução
de pragas, doenças e sementes presentes no material
a ser compostado. Entretanto, pode ser perigoso, pois a temperatura
pode esterilizar os próprios microrganismos degradadores
e estabilizadores.
A compostagem acelera o processo de estabilização
que ocorreria naturalmente. A duração de uma
compostagem depende do material a ser compostado. Materiais
com alta relação C:N (carbono:nitrogênio),
como a madeira, demoram para se decompor pela limitada disponibilidade
de nitrogênio, que é necessário para compor
as células dos microrganismos. Se adicionarmos nitrogênio
em material de relação C:N maior que 10, teremos
uma aceleração do processo. Isso pode ser feito
com fertilizantes nitrogenados ou materiais orgânicos
com baixa relação C:N , tais como estercos, lodo
de esgoto, tortas vegetais, palhas de adubos verdes etc.
A casca de Pinus tem relação C:N de 80:1 ou mais. Bouchardet
et al. (1999) observaram que o melhor desenvolvimento de mudas
de eucalipto se dava em substratos com relação
C:N de 11-12, o que foi conseguido misturando cerca de 26 kg
de uréia por m³ de casca de Pinus na compostagem.
Outro fatores que afetam a compostagem são a umidade
e a aeração. Umidade excessiva pode provocar
fermentação (processo anaeróbico, em ausência
de O2), enquanto pouca umidade limita o desenvolvimento dos
microorganismos decompositores.
O processo de compostagem pode ser monitorado através
da temperatura do interior da pilha. Se nos primeiros dias
não se atingir mais de 50ºC, pode estar faltando
umidade ou a mistura de ingredientes não está boa,
com pouco nitrogênio, por exemplo. Se e temperatura ultrapassar
70ºC, é necessário revolver a pilha para
reduzir a temperatura e evitar auto-esterilização.
A compostagem de casca de Pinus é demorada, levando
de três até sete meses para que o material estabilize.
Como adição de nitrogênio pode-se conseguir
boa estabilização em 45 dias, apesar de que a
estabilização completa costuma levar dois a três
meses nessas condições.
As etapas básicas de um processo de compostagem de casca
de Pinus são:
A) Preparo do material – moagem, umedecimento e mistura
com aditivos (calcário, outros materiais orgânicos,
fertilizantes, principalmente nitrogenados, etc.);
B) Acondicionamento em pilhas e umedecimento;
C) Revolvimento periódico para oxigenar a pilha.
As pilhas podem ser grandes quando se usa revolvimento. Uma
pilha estática, aerada com tubos, por exemplo, deve
ter largura de 1,5 a 3,0 m e altura de 1,5 m, para facilitar
a aeração, podendo ter comprimento ilimitado.
Existem métodos mais complexos que aceleram a decomposição
da casca de Pinus. Um deles é a montagem das pilhas
sobre tubos perfurados pelos quais se injeta ar. Outro envolve
tambores rotatórios que revolvem o material nos primeiros
quatro dias, para depois se montar as pilhas. A condição
aeróbica do processo, ou seja, presença de oxigênio
no interior da pilha, evita que sejam formadas substâncias
indesejáveis, como ácido acético, alcalóides
e fenóis (Campos, 2007).
Um composto é considerado pronto quando não tem
mau odor e está frio (não segue se decompondo,
mesmo em condições de boa umidade e aeração,
adquirindo a temperatura ambiente - em resumo, está estabilizado).
No caso da casca de Pinus, a compostagem, além de estabilizar
o material orgânico, reduz ou elimina pragas, patógenos,
plantas daninhas e compostos tóxicos aos vegetais, como
taninos e compostos polifenólicos.
Malheiros & Paula Junior (1997) testaram várias
misturas de casca de Pinus com outros materiais no
processo de compostagem, encontrando temperaturas baixas nas
pilhas,
o que indica que o processo é lento.
Alves (2007) observou experimentalmente que a compostagem da
casca de Pinus durante apenas 30 dias foi eficiente
na eliminação
de alguns propágulos de plantas daninhas. Porém,
sabe-se que a temperatura não é uniforme na pilha
de compostagem. Então, para que o composto de casca
de Pinus possa ser usado como substrato para produção
de mudas sem riscos biológicos, é recomendável
que seja esterilizado ou pasteurizado, para eliminar possíveis
inóculos de doenças. Isso se faz pelo aquecimento,
a 60-65ºC durante aproximadamente 12 horas injetando-se
vapor d'água nas pilhas, ou ainda através de
uso de agrotóxicos. A Instrução Normativa
Nº 27, de 05 de junho de 2006, limita as concentrações
de agentes fitotóxicos, patogênicos ao homem,
animais e plantas, metais pesados tóxicos, pragas e
ervas daninhas presentes em substratos produzidos ou importados.
No Estado de São Paulo a casca de Pinus compostada está entre
os principais componentes dos substratos para produção
de mudas de citros (Zanetti et al., 2003).
Para ser usado como substrato para produção de
mudas, um material, que pode ser um composto, deve apresentar
ausência de patógenos, baixa densidade, aeração
(macroporosidade), estabilidade e uniformidade, além
dos aspectos ambientais (renovabilidade e ecotoxicidade baixa)
(Campos, 2007).
Castañeda-Alvarez et al. (2008) citam trabalho de Abad & Martinez,
que determinaram algumas características importantes
de um composto de casca de Pinus: 41% de umidade,
teor de matéria
orgânica de 32%, 64% de porosidade e pH igual a 5,3.
Evidentemente, os valores podem mudar dependendo do processo
de compostagem e mesmo da espécie e procedência
da casca de Pinus utilizada.
A mistura de esterco à casca de Pinus confere
menor acidez e maior quantidade de nutrientes, inclusive N,
ao composto,
além de reduzir o teor de taninos, que pode prejudicar
as plantas cultivadas com o composto (Mupondi, 2006).
A utilidade da casca de Pinus compostada já foi comprovada
cientificamente. João et al. (s/d) observaram bom desenvolvimento
de mudas de Pinus pinea em substrato contendo composto de casca
de Pinus. Plantas ornamentais também se beneficiam da
aplicação de composto de casca de Pinus (Shelton
et al., s/d). Porém, é interessante misturar
o produto com outros ingredientes, como fertilizantes, corretivos
de acidez, entre outros, para se obter melhor desenvolvimento
das plantas. Num teste realizado com vários substratos
para produção de mudas de quatro espécies
florestais, (Oliveira et al., 2004) no composto puro de casca
de Pinus as mudas se desenvolveram menos. Então, para
um bom uso desse material, é necessária a mistura
com outros ingredientes, devendo ser estudada a receita ideal
para cada viveiro e condições.
Vê-se que a compostagem da casca de Pinus tem
duas grandes virtudes: resolve o problema de um resíduo industrial
e produz um bom ingrediente para produção vegetal
em recipientes. Acesse os websites gerais abaixo para obter
maiores informações sobre compostagem de casca
de Pinus.
Cascas
compostadas. VIDA/RIGESA. Acesso 07/10/2008.
(Português)
http://www.vida-e.com.br/vida_rigesa.asp
Substratos. Rohrbacher Florestal Ltda. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.rohrbacher.com.br/PROD_substratos.asp
O
que é substrato. Nova Era. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.nerasubstratos.com.br/v1/substrato.htm
Processo produtivo do substrato de casca de Pinus. Nova
Era Substratos. Acesso 07/10/2008
http://www.nerasubstratos.com.br/v1/produtivo.htm
Substrato florestal. Agrofior. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.agrofior.com/index.php?pag=conteudo&id_conteudo=313&idmenu=95
Substratos para hortas. Biomix. Acesso 07/10/2008. (Português)
http://www.biomix.com.br/garden4a.php
Compostagem orgânica. C. P.Gibson. Acesso 07/10/2008.
(Português)
http://comunidades.mda.gov.br/o/900147
Normiska
Corporation. Acesso 07/10/2008. (Inglês)
http://www.normiska.com/OurProducts/BarkProducts/bpcb.html (Produtos)
http://www.normiska.com/AboutNormiska/abmain.html (Home)
http://www.normiska.com/AboutNormiska/abot.html (Compostagem)
http://www.normiska.com/ProductTipsUses/BWPineBarkInfo.html (Dicas de uso)
Basaplant. Base Soluções em substratos. Acesso
07/10/2008. (Português)
http://www.basesubstratos.com.br/produtos/basaplant/citrus/sacola.php
Compostagem orgânica. C. P. Gibson. EMATER. Acesso 07/10/2008.
(Português)
http://comunidades.mda.gov.br/o/900147
http://74.125.45.104/search?q=cache:AoSkvz71GbEJ:
www.nead.gov.br/o/900147+Compostagem+org%C3%A2nica+Gibson.
+EMATER&hl=pt-BR&ct=clnk&cd=1&gl=br
Substratos à base de casca de Pinus para
produção
de mudas. S. L. Campos; C.R.R. Silva. II Seminário Técnico-Científico
Sobre Viveiros Florestais. Apresentação em PowerPoint:
32 slides. (2007)
http://www.asbraer.org.br/portal.cgi?flagweb=tpl_conteudo&id=355
http://www.ipef.br/eventos/2007/viveiros.asp
Instrução Normativa Nº 27, de 05 de junho
de 2006. Dispõe sobre fertilizantes, corretivos, inoculantes
e biofertilizantes, para serem produzidos, importados ou comercializados,
deverão atender aos limites estabelecidos nos Anexos
I, II, III, IV e V desta Instrução Normativa
no que se refere às concentrações máximas
admitidas para agentes fitotóxicos, patogênicos
ao homem, animais e plantas, metais pesados tóxicos,
pragas e ervas daninhas.
http://extranet.agricultura.gov.br/sislegis-consulta/consultarLegislacao.do?operacao=visualizar&id=16951
Artigos sobre compostos de casca de Pinus
Production
and characterization of class “A” compost
elaborated from biosolids and green waste. A. P. Castañeda-Alvarez;
F. Gómez-Tovar; C. V.H. R. Carrera; J. D. F. Rivas;
F. Alatriste-Mondragón. 1st IWA Mexico National Young
Water Professionals Conference. (2008).
http://www.femisca.org.mx/IWA/docs/YWP-056.pdf
Características biológicas, competição
e suscetibilidade a herbicidas de plantas daninhas presentes
em substratos utilizados para a produção de mudas
cítricas. A. S. Alves. 63 pp. Dissertação
de Mestrado. USP. (2007)
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-30112007-104726/
Avaliação de substratos na produção
de mudas de Eucalyptus saligna em cultivo hidropônico
e em laminados. C.G. Cavalheiro; O.S. Santos; J.C.V. Machado;
P.S. Nascimento; B. Schwartz; A. Loreto. Informe Técnico
CCR/UFSM. 8 pp. (2007)
http://coralx.ufsm.br/ccr/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=9&Itemid=84
Caracterização de substratos para produção
de mudas de espécies florestais elaborados a partir
de resíduos orgânicos. S. Maeda; R. A. Dedecek;
R. B. Agostini; G.C. Andrade; H. D.Silva. Pesq. Flor. Bras.
54: 97-104. (2007)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/pesqflorest/pfb_54/PFB54_p97-104.pdf
Efeito de níveis de irrigação em substratos
para a produção de mudas de ipê-roxo. D.
Z. Sabonaro; J. A. Galbiatti. Scientia Forestalis 74:95-102.
(2007)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr74/cap10.pdf
RESUMO: The effects of goat manure, sewage sludge and
effective microorganisms on the composting of pine bark. L.T. Mupondi,
P. N. S. Mnkeni; M.O. Brutsch. Compost Science & Utilization.
14(3):01-210. (2006)
http://www.jgpress.com/compostscience/archives/_free/001074.html
Terra vegetal e adubos orgânicos. SBRT/IBICT/CETEC. 5
pp. (2006)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt4103.pdf?PHPSESSID=df1748e2270c4c26c3a0579f49fe0d03
Substratos alternativos para produção
de mudas de Eucalyptus badjensis, obtidos a partir
de resíduos
das indústrias madeireira e cervejeira e da caprinocultura. S.
Maeda; G.C. Andrade; C.A. Ferreira; H.D. Silva; R.B. Agostini.
Comunicado Técnico Embrapa Florestas nº 157.
5 pp. (2006)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/ComTec157.pdf
Casca de Pinus: avaliação da capacidade de retenção
de água e fitotoxicidade. N.B. Machado Neto;
C.C. Custódio;
P.R. Carvalho; N.L. Yamamoto; C. Cacciolari. Colloquium agrariae
1(1): 19 - 24. (2005)
http://revistas.unoeste.br/revistas/ca/include/getdoc.php?id=110&article=47&mode=pdf
Processo de compostagem, partindo da matéria-prima:
cascas de Pinus. G. L. Santos. Resposta
Técnica
CETEC. SENAI/IBICT. 3 pp. (2005)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt840.pdf?PHPSESSID=
43bb5e2c6861657c352b84f3acc12775
Caracterização física de substratos para
a produção de mudas e porta-enxertos cítricos
sob telado. M. Zanetti; C. Fernandes; J. O. Cazetta;
J. E. Corá; D. Mattos Junior. Revista Laranja 24(2):
519-539. (2003)
http://revistalaranja.centrodecitricultura.br/2003/v24_n2/v24_n2_p519.pdf
Crescimento inicial de mudas de Eucalyptus grandis em função
da relação C/N do substrato. J. A.
Bouchardet; R. L. V. A. Silveira; E. N. Higashi; F. Sgarbi;
F. A. Ribeiro.
Simpósio sobre Fertilização e Nutrição
Florestal, IPEF. (1999)
http://www.rragroflorestal.com.br/divulgacao/pdf/simposio1.pdf
Utilização de resíduos agroindustriais
no processo de compostagem. S. M. P. Malheiros;
D. R. Paula Junior. 19º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária
e Ambiental. p. 1897-1905. (1997)
http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/abes97/agro.pdf
Compostagem de casca de pinho e sua utilização
na produção de plantas florestais.
C. João;
F. Gomes; C. C. Cameira; R. L. Pato. ESAC- CERNAS. Apresentação
em PowerPoint:15 slides. (s/d)
http://www.esac.pt/Jornadas/Sessão%204/Compostagem%20
de%20Residuos%20Florestais.pdf
Growing media for container production in a greenhouse
or nursery. Part I (Components and Mixes). J. A. Robbins; M. R. Evans.
University of Arkansas. 4 pp. (s/d)
http://www.uaex.edu/Other_Areas/publications/PDF/FSA-6097.pdf
Disease suppression. Apresentação em PowerPoint:
14 slides. (Anônimo). (s/d)
http://www.ncsu.edu/project/hortsublab/pdf/Disease_Suppression.pdf
Composted
biosolids for agronomic and horticultural crop production. J. E. Shelton; J. R. Joshi; P.D. Tate. North Carolina Division
of Pollution Prevention and Environmental Assistance. 8 pp.
(s/d)
http://www.p2pays.org/ref/12/11520.pdf
Cogumelos
Comestíveis Associados aos Pinus
Já se conhece há bastante tempo a associação
simbiótica entre os fungos ectomicorrízicos
e os Pinus e outras árvores da família Pinaceae.
Tal interação pode trazer inúmeros
benefícios, principalmente no desenvolvimento das
mudas e no estabelecimento de povoamentos em áreas
novas e em locais onde os pinheiros são exóticos.
Em muitas regiões de origem dos Pinus, essas
vantagens que as micorrizas trazem às plantações
florestais são consideradas pequenas frente ao produto
de origem não madeireira que florestas de Pináceas
podem proporcionar: os cogumelos comestíveis.
Os cogumelos comestíveis associados aos Pinus mais
conhecidos e comercializados no mundo são os basidiomicetos
conhecidos como “Pine mushrooms”, ou "cogumelos
dos pinheiros". Pertencentes ao gênero Tricholoma, os “Pine mushrooms” de maior mercado são
produzidos principalmente nas florestas de coníferas
montanhosas do hemisfério norte e apresentam relação
intrínseca com várias espécies de
pinheiros. Essa associação é tão
forte que caso o povoamento seja colhido, os cogumelos
também desaparecem, retornando gradualmente com
o retorno do reflorestamento.
De todos os cogumelos comestíveis associados aos Pinus,
o que possui maior valor comercial e conseqüentemente é o
mais conhecido é Tricholoma matsutake também
chamado de “matsutake” ou “songi” em
razão de sua origem asiática. A espécie
comestível endêmica da América do Norte é T.
magnivelare e é comumente chamada de “Matsutake
americana”. Outras espécies comestíveis
relacionadas são: T. bakamatsutake, T. quercicola,
T. fulvocastaneum e T. robustum. Também
existem alguns cogumelos comestíveis associados às
Pináceas européias, pertencentes ao mesmo
gênero, e conhecidos como espécies mediterrâneas,
ou também a outros gêneros como os Boletus
(B. edulis e B. aereus) e o Lactarius
(L. deliciosus). Apesar das espécies americanas
e européias
se assemelharem em aroma e sabor à asiática,
há diferenças na forma e tamanho, sendo,
portanto, menos valorizadas no oriente.
O principal mercado dos matsutakes é o Japão,
onde somente na década passada gerou faturamento
de US$ 300 milhões, fazendo parte da cultura gastronômica
daquele povo. Hoje, grande parte dos cogumelos que se consomem
naquele país é importada da China, Coréia,
Marrocos, Taiwan, Estados Unidos e Canadá. Os cogumelos
matsutakes comercializados no Japão são classificados
de acordo com seu tamanho, forma e cor. Os de maior qualidade
são os totalmente brancos, grandes (maiores que
8 cm) e com o carpelo ainda bem fechado. Os cogumelos chineses
provenientes da província de Gilli são considerados
de maior qualidade e conseguem os melhores preços.
Os matsutakes sul-coreanos são divididos em três
classes, ao passo que os importados americanos chegam a
ter até sete classificações. Isso
em função do tamanho, cor, pureza, e é claro,
do sabor.
De acordo com as condições das florestas
de pinheiros, os corpos de frutificação aparecem
anualmente nas estações de verão ao
outono. Os cogumelos ficam acondicionados abaixo da camada
de acículas e de matéria orgânica,
sendo necessário treinamento para achá-los
e coleta-los devidamente sem lhes causar danos.
Atualmente estão ocorrendo inúmeras pesquisas
visando melhores tecnologias de armazenamento e conservação
dos matsutakes a fim de que os produtos exportados cheguem
a seu destino final no mesmo estado que embarcaram: frescos
e sem danos. Estudos demonstraram que ambientes com atmosfera
controlada e refrigerada são bastante eficientes
na conservação, sendo as condições
de armazenamento ideais as de baixas concentrações
de oxigênio (2,5%), com gás carbônico
não superior a 10%, umidade quase ao ponto de saturação
(100%) e temperatura de 1°C. Na Coréia do Sul,
logo após a colheita, os matsutakes já são
refrigerados, e após limpeza e classificação,
são acondicionados em canos PVC e já embarcam
para o Japão para serem consumidos em menos de três
dias. Em British Columbia, no Canadá, os cogumelos
são coletados diariamente pelos povos indígenas
de reservas nacionais e depois da retirada de impurezas,
são exportados no mesmo dia. No México e
Chile, já são comercializados e consumidos
cogumelos ectomicorrízicos oriundos de povoamentos
de Pinus tanto para o mercado interno como externo.
No Chile, já existem inclusive projetos de micorrização
com espécies de fungos comestíveis B.
edulis e B. pinophilus em plantações
de Pinus
radiata,
realizados pela INFOR (2005). O cogumelo exportado do gênero Boletus em
2005 podia conseguir até 4,80 euros/kg.
Tanto as exportações como o consumo interno
incrementam a renda das comunidades, ajudando na preservação
dos povoamentos florestais e também no desenvolvimento
da região através da geração
de empregos diretos e indiretos no beneficiamento, na colheita
e no transporte dos cogumelos.
Há outras duas formas de conservação
desses fungos: uma é através do congelamento
e a outra pela secagem. Nessa última os cogumelos
são utilizados apenas para fins medicinais.
Nutricionalmente, os cogumelos do gênero Tricholoma são ricos em carboidratos, que representam 8,5%
do corpo de frutificação. Destes carboidratos,
a grande maioria está como fibras. São grandes
fontes de proteínas e de vitaminas B1 e B2, assim
como de ergosterol e outros compostos ditos bioativos como
octen-3-ol e methyl cinamato.
Dentre as propriedades desses cogumelos, as medicinais
também são muito importantes, já havendo
pesquisas que as comprovam: ação anti-oxidante,
anti-inflamatória, e anti-carcinogênica, ajudando
a combater radicais livres na prevenção de
doenças como o câncer. Também atuam
contra inflamações urinárias, contra
diabetes e pressão alta. São considerados
alimentos sem gorduras, podendo ser largamente utilizados
em dietas de emagrecimento. De todos os cogumelos associados às
plantações
de Pinus, não são muitos aqueles
considerados comestíveis. Portanto,
muito cuidado com os tóxicos. Um exemplo foi um levantamento de cogumelos realizado em
povoamentos de Pinus pinaster em Portugal em 2004,
onde 34% das espécies colhidas eram comestíveis,
21,3 % não comestíveis e 44,7% eram de comestibilidade
(edibilidade) desconhecida. Nesse mesmo estudo Diaz e colaboradores
observaram que a grande maioria dos cogumelos coletados
eram ectomicorrízicos.
No Brasil, apesar da existência de fungos ectomicorrízicos
associados às plantações de Pinus já ter sido comprovada, ainda faltam estudos de
classificação e inventário das espécies
existentes, bem como se esses podem ser consumidos na dieta
alimentar. Mais uma vez, fica a recomendação
de se ter muito cuidado. Em geral as pessoas práticas
comentam, que quanto mais bonitos são os corpos
de frutificação, mais perigosos são
eles. Talvez por já terem comprovado por experiência
própria.
Portanto, um dos grandes problemas existentes nos países
onde os cogumelos comestíveis são encontrados
em plantações ou povoamentos naturais de Pinus é o consumo de espécies tóxicas,
confundidas com as comestíveis. Geralmente, os cogumelos
de colorações muito vibrantes, ou os pretos
ou mal cheirosos podem fazer mal a saúde humana.
Um exemplo é a espécie Amanita muscaria, já presente no Brasil. Este cogumelo de belíssima
aparência, possuindo coloração vermelha
com pintas brancas é tóxico e não
deve ser consumido.
As pessoas que se interessam por cogumelos e gostariam
de saber mais sobre a associação deles com
os pinheiros, assim como as características nutricionais
e medicinais, conservação, colheita de espécies
comestíveis e até mesmo fotos e receitas,
acessem os sites indicados logo abaixo. Há inclusive
algumas pesquisas e inventários sobre os cogumelos
comestíveis associados às Pináceas
no mundo, assim como as vantagens e benefícios que
podem trazer para comunidades que os cultivam e consomem.
MushroomExpert.com. (Inglês)
Este website especializado na classificação
e identificação taxonômica de cogumelos
possui ainda algo muito interessante: há uma seção
que relaciona todos os cogumelos associados existentes
em florestas de árvores nativas norte-americanas.
Isso inclui algumas espécies de Pinus, entre
outras Pináceas. A webpage possui disponíveis alguns
testes que podem ser feitos para a identificação
da toxicidade de cogumelos, fotos e dicas. Acessem em:
http://www.mushroomexpert.com
http://www.mushroomexpert.com/trees (Fungos associados
a espécies florestais)
Tricholoma
matsutake. R. Sasata, Healing-mushrooms.net.
(Inglês)
Essa página da internet possui descrição
morfológica e de características históricas
dos cogumelos dos Pinheiros. Ainda possui os seus sinônimos,
nomes comuns, compostos bioquímicos e as principais
propriedades medicinais já comprovadas em estudos
científicos. Observem: Wikipedia. (Inglês)
http://healing-mushrooms.net/archives/tricholoma-matsutake.html
Tricholoma magnivelare. Wikipédia.
(Inglês)
A enciclopédia gratuita Wikipédia possui
as principais espécies do conhecido "Pine mushroom".
Há a descrição e diferenciação
de T. magnivelare, conhecido em seu local de origem
(América
do Norte) como "Ponderosa Mushroom" ou "American
Matsutake". Já a espécie T. matsutake, é também
chamado popularmente como "matsutake" ou "songi" de
origem do leste asiático. Há uma breve descrição
de sua rota de comercialização, que começa
em British Columbia e segue de avião para a Ásia,
onde são vendidos a preços extraordinários.
Observem algumas características e regiões
de origem do gênero Tricholoma, incluindo-se
as principais espécies comestíveis e venenosa
existentes.
http://en.wikipedia.org/wiki/Tricholoma_magnivelare (Tricholoma
magnivelare)
http://en.wikipedia.org/wiki/Matsutake (Matsutake)
http://en.wikipedia.org/wiki/Pine_mushroom (Pine mushroom)
http://en.wikipedia.org/wiki/Tricholoma (Tricholoma
sp.)
Matsiman.com. (Inglês)
Website informativo sobre "Pine mushrooms", abrangendo
desde as informações básicas desses
cogumelos até as principais técnicas de colheita
eas características dos mercados mundiais para esse
produto não madeireiro. O site proclama que todas
as pessoas destinadas a levar conhecimento, educação,
respeito e proteção aos cogumelos "matsutake" são
consideradas "matsiman". Caso você tenha
se identificado, percorra as publicações
do site que abordam todos os tipos de temas ligados ao
gênero desses cogumelos.
http://www.matsiman.com/(Home)
http://www.matsiman.com/formal_publications.htm(Publicações)
http://www.matsiman.com/matsiman.htm(Colheita)
http://www.matsiman.com/canadainfo/canadian_studies.htm (Artigos canadenses)
Pine-mushrooms. (Inglês)
Website especializado em cogumelos que se desenvolvem sob
as florestas de Pináceas em todo o mundo. A maior
parte dos dados se referem ao cogumelo de pinheiros coreanos,
mostrando o seu principal mercado no Japão; contudo,
existem dados sobre os outros cogumelos produzidos na China,
Canadá e Estados Unidos e que igualmente são
exportados para o Japão. Vejam as principais formas
de coleta e de armazenagem e também as principais
características que esses cogumelos possuem.
http://www.koreanforest.com/pine/eng/story/geograph.html (Distribuição geográfica)
http://www.koreanforest.com/pine/eng/story/types.html (Tipos)
http://www.koreanforest.com/pine/eng/story/features.html (Características)
http://www.koreanforest.com/pine/eng/story/culti.html (Cultivo)
The
Genus Tricholoma. M. Kuo. MushrommExpert.com.
(Inglês)
Awebpage possui texto explicativo de algumas das principais
características de espécies do gênero Tricholoma, havendo
também as principais formas
de diferenciação de algumas muito similares.
O site possui a chave taxonômica do gênero
para espécies americanas. Logo, pode-se diferenciá-los
por algumas características morfológicas.
http://www.mushroomexpert.com/tricholoma.html
Cultivo
de hongos comestibles micorrícicos. Actas
de las Jornadas Life. Universitat de Lleida. Catalunya.
Espanha. (1999)(Espanhol)
Excelente evento realizado na Espanha sobre o tema central
de fungos comestíveis micorrízicos, com inúmeras
apresentações.
http://labpatfor.udl.es/docs/jornadaslife.html
Artigos
sobre cogumelos comestíveis
em Pinus
Freno
al saqueo de hongos. T.G. Crespo. Portal Forestal.
(2008)
http://www.portalforestal.com/index.php?option=com_content&task=view&id=1893&Itemid=31
Mercado y comercialización de productos forestales
no madereros en Chile. Caracterización comercial
de los hongos. INFOR Chile. Acesso em 07/10/2008. (Espanhol)
http://www.infor.cl/webinfor/pw-sistemagestion/pfnm/mercado/txt/hongos.htm
Demonstração do papel dos macrofungos nas
vertentes agronómica, económica e ambiental
no nordeste transmontano. Aplicação à produção
de plantas de castanheiro, pinheiro e carvalho. Resultados
relativos a Pinus pinaster. M. Marrocos. Escola Superior
Agrária de Bragança. Apresentação
em Powerpoint: 43 slides. 4.75 MB. (2007)
http://www.centropinus.org/atecnicas2007/proj689.pdf
Demonstração do papel dos macrofungos na
vertente agronómica,económica e ambiental
no nordeste transmontano. Aplicação à produção
de plantas de castanheiro (Castanea sativa), pinheiro (Pinus
pinaster) e carvalho (Quercus pyrenaica). Resultados relativos
a Pinus pinaster. R. Dias; M. Matos; D. Lopes; M. J. Sousa;
P.Baptista; P. C. Rodrigues; A. Martins. 5 pp. (2007)
http://www.centropinus.org/atecnicas2007/anabelamartins.pdf
RESUMO: Difference in the volatile composition of pine-mushrooms
(Tricholoma matsutake Sing.) according to their
grades. I. H. Cho; C. Hyung-Kyoon; K. Young-Suk. Journal of Agricultural
and Food Chemistry 54(13): 4820-4825. (2006)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=17885007
Principales
hongos comestibles y no comestibles presentes em Chile. P. Chung. INFOR - Instituto Forestal. Bio Bio.
(2005)
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Hongos
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RESUMO:
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R. Abbott; A. Moore; M. P. Amaranthus; D. Pilz. (s/d)
http://www.matsiman.com/formalpubs/american_matsutake_production_ab.htm
Potencial de los productos forestales no madereros
(PFNM) en los sistemas integrados de producción. G. Valdebenito.
INFOR Chile. Apresentação enm PowerPoint:
32 slides. (s/d)
http://www.infor.cl/web_proyectos/web_seminario/documentos/presentaciones_sistemas_int/gerardo_valdebenito.pdf
Fotos do cogumelo Tricholoma matsutake
http://images.google.com.br/images?gbv=2&hl=pt-BR&q=
Tricholoma+matsutake&btnG=Pesquisar+imagens
Fotos do cogumelo Tricholoma magnivelare
http://images.google.com.br/images?gbv=2&hl=pt-BR&q=
Tricholoma+magnivelare&btnG=Pesquisar+imagens
Fotos do cogumelo Boletus edulis
http://images.google.com.br/images?gbv=2&hl=pt-BR&sa=X&oi=
spell&resnum=1&ct=result&cd=1&q=Boletus+edulis&spell=1
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Produção
de Sementes Geneticamente Melhoradas de Pinus
O emprego de tecnologias
de melhoramento genético
para pinheiros não é recente no Brasil.
Segundo Tonello (s/d) é bem provável que Pinus elliottii e P. taeda tenham
sido algumas das primeiras espécies florestais a serem melhoradas no país.
Isso iniciou em meados dos anos 50, objetivando a melhor
adaptação dos povoamentos às nossas
condições edafo-climáticas e o aumento
da produção de sementes para atender a
crescente demanda de produção de mudas
da época (Melhoramento..., s/d). Já no
ano de 1967, iniciaram-se os primeiros projetos de melhoramento
genético dessas essências florestais em
larga escala, despertados pelo desenvolvimento das indústrias
de papel e celulose, que necessitavam de matéria-prima
de qualidade e viram a potencialidade dessas espécies
exóticas. Isso tudo resultado principalmente pelo
incentivo fiscal e tributário do governo federal
para o reflorestamento. Tais medidas contribuíram
para o avanço e concretização da
silvicultura no Brasil, fazendo com que até hoje
haja pesquisas visando a melhorar ainda mais as características
da madeira e da árvore dos Pinus, de acordo com
o seu uso e/ou produto final que deve ser gerado.
O objetivo geral do melhoramento genético é a
modificação da herança genética
de uma espécie de plantas a fim de que esta adquira
as características buscadas pelo melhorista. Existem
várias etapas que envolvem a produção
de sementes e mudas de Pinus melhoradas geneticamente.
Isso se consegue pela variabilidade genética existente
em populações do gênero, permitindo
cruzamentos controlados para a obtenção
de novos genótipos melhorados (cruzamentos inter
e intra-específicos). O melhoramento é obtido
pela recombinação da variabilidade genética
existente em e entre populações do gênero,
através de cruzamentos ou biotecnologia, obtendo-se
novas variedades ou "genomas melhorados". Existem
várias etapas que envolvem a produção
de sementes e mudas de Pinus melhoradas geneticamente.
As mais básicas se relacionam à produtividade
florestal, resistência a pragas e doenças,
forma das árvores, uso de nutrientes, adaptação
ao clima, etc. Para os Pinus, nativos do hemisfério
norte, as principais melhorias atualmente buscadas nos
programas de melhoramento genético no Brasil são:
melhor qualidade da madeira para a indústrias
de papel e celulose e para serraria e movelaria; na quantidade
e qualidade de resina gerada no processo de resinagem
e nos rendimentos florestal e industrial (Tonello, s/d).
A mesma autora aponta que em P. elliottii se priorizam
melhorias para serraria, celulose, papel e resina e em P.
taeda para serraria e indústrias de celulose
e papel. Ambas espécies continuam sendo as mais
utilizadas no melhoramento, acrescentado-se mais uma
espécie de pinheiro tropical, P. caribaea e suas
três variedades (hondurensis, caribaea e bahamensis),
visando à melhor adaptabilidade e produção
para reflorestamentos nas regiões mais quentes
(Tonello, s/d).
Segundo Ambiente Brasil (2008), das oito espécies
florestais do mundo mais visadas para o melhoramento
genético, três são pinheiros: P.
taeda, P. caribaea var. hondurensis e Pinus
radiata.
Atualmente, a escolha e conservação do
material genético na produção de
mudas de espécies florestais já faz parte
dos processos de produção ("know how")
do viveiro (Zani Filho, 2007). Assim, esse artigo técnico
visa mostrar ao público interessado as principais
tecnologias utilizadas atualmente na busca de sementes
de Pinus melhoradas geneticamente. Algumas vantagens
e desvantagens dessas técnicas também são
abordadas, assim como algumas pesquisas que foram realizadas
com espécies de pinheiros no Brasil e em outras
partes do mundo.
Vantagens do Melhoramento Genético
Os avanços genéticos adquiridos
nos povoamentos brasileiros de Pinus ao longo
de 30 anos de pesquisa praticamente dobraram seu rendimento,
quando comparado
com as primeiras árvores aqui plantadas. Hoje, é possível
produzir madeira de Pinus em regiões onde antes
não era possível, superando-se adversidades
ambientais como altas ou baixas temperaturas, falta de água,
solos inférteis, geadas, sem falar na superação
de fatores bióticos desfavoráveis como
pragas e doenças. Tudo isso contribuiu para que
hoje os Pinus sejam um dos gêneros mais
reflorestados no Brasil e no mundo, ajudando a aumentar
a quantidade
de madeira de qualidade no mercado. Hoje a demanda de
madeira de Pinus é maior do que a oferta. Com
certeza, o melhoramento genético será uma
forma de ajudar a suprir essa necessidade (ABRAF, 2005).
doble space (tirar no texto acima)
Técnicas de Melhoramento de Pinus
Existem vários métodos de obtenção
de populações ou plantas de Pinus melhoradas
geneticamente. Através dessas técnicas
se consegue obter povoamentos com características
mais próximas ao ideal, sendo as sementes melhoradas
fatores de alta relevância para a função
desejada na silvicultura. Assim, as técnicas de
melhoramento, além do aumento da qualidade das
sementes, agregam maior valor a esse produto, trazendo
vantagens também para quem as produz. A seguir
serão apresentados alguns desses métodos
de melhoramento, bem como exemplos de pesquisas já realizadas.
1. Seleção Massal
Este método de melhoramento se baseia nas características
observadas em umapopulação base disponível,
na qual se objetiva a escolha dos melhores indivíduos,
com as características desejadas. Desses indivíduos
são coletadas as sementes para compor novos povoamentos.
As árvores selecionadas para a produção
de sementes são no máximo 10 a 20% da população
que se dispõe. É bastante empregado para
o melhoramento de Pinus, justamente por ser considerado
de fácil utilização, rapidez, baixo
custo e praticidade; contudo, pode mascarar algumas características
indesejadas devido à influência do ambiente
que não é controlada. O método é bastante
utilizado para fases iniciais de projetos de melhoramento,
estabelecendo-se as áreas de coletas de sementes
(ACS) ou áreas de produção de sementes
(APS) (IPEF, s/d).
Em 1980, Shimizu selecionou, na proporção
de uma muda selecionada entre 3500 mudas, de P. elliottii var. elliottii
com características superiores (altura
e rigidez do caule). O autor visou à observação
do crescimento das mudas precocemente selecionadas, comparando-as às
outras. Após cinco anos, os principais resultados
encontrados foram: a seleção precoce acrescentou
ganhos de 17,5 % no DAP, de 8,7% em altura e de 49,9%
em volume das mudas superiores, quando comparadas com
as testemunhas. Logo, concluiu que a seleção
fenotípica já nos estádios iniciais
de desenvolvimento da espécie permite ganhos no
estabelecimento de populações para futuros
programas de melhoramento florestal.
Como esse nosso mini-artigo não tem a pretensão
de ser um tratado científico sobre melhoramento
florestal de pinheiros, vamos ser práticos, começando
por definições importantes para a produção
de sementes melhoradas dessas árvores. Começaremos
introduzindo-os sobre os conceitos de: Área de
Coleta de Sementes (ACS); Área de Produção
de Sementes (APS); Pomar de Sementes por Muda (PSM) e
Pomar de Sementes Clonal (PSC).
1.1 Área de Coleta (ou Colheita) de Sementes (ACS)
Para se criar uma área ACS, primeiramente a escolha
das árvores matrizes deve ser efetuada, selecionando-se árvores
ditas superiores com relação às
outras do mesmo povoamento, o qual pode ser tanto natural
como implantado. Não há a retirada das
outras árvores do povoamento, permitindo que essas
cruzem com as matrizes. Segundo Leonhardt (s/d), a árvore
a ser escolhida deve apresentar bom desenvolvimento de
copa a fim de proporcionar abundante florescimento e
posterior produção de cones e sementes
(IPEF, s/d).
Na área de coleta ou colheita de sementes são
selecionadas matrizes apenas para a coleta de sementes,
ou seja, a seleção é feita em apenas
um dos sexos envolvidos na reprodução cruzada
(quando for o caso), ou seja, o feminino, o qual fornece
as sementes. Deve-se evitar a escolha de árvores
isoladas devido ao alto índice de auto-fecundação
que estarão sujeitas (Leonhardt, s/d). A pressão
de seleção é considerada baixa,
escolhendo-se uma árvore em 10 (REMADE, 2005).
Isso faz com que os ganhos genéticos na progênie
também sejam limitados. Esse método de
obtenção de sementes melhoradas é mais
indicado para características de alta herdabilidade,
como retidão de tronco e volume de madeira (IPEF,
s/d). Efetuar a colheita das sementes nas épocas
de maturação dos cones: para P. elliottii nas
regiões sul, isso ocorre geralmente em fevereiro;
ao passo que para P. oocarpa e P. kesiya a
maturação
se dá de abril a outubro no estado de São
Paulo (Leonhardt, s/d).
No final dos anos 70, a Rigesa, que havia importado sementes
de P. taeda dos Estados Unidos, implantou áreas
de coletas de sementes dessa espécie, iniciando
assim o seu programa de melhoramento para essa espécie
no sul do Brasil. Os ganhos médios em incremento
nos povoamentos passaram de 32 ton/ha.ano naqueles de
sementes importadas para 38 ton/ha.ano nas ACS próprias
(Rigesa, 2006).
1.2 Área de Produção de Sementes
(APS)
Nas APS, ao contrário das ACS, há seleção
das melhores árvores visando ambos os sexos para
o melhoramento da característica desejada. Esse
método é mais empregado em reflorestamentos
já estabelecidos com áreas superiores a
30 ha e onde não haja povoamentos próximos
para evitar cruzamentos indesejados (Rigesa, 2006; Pires,
2008). Há a seleção de 10 a 20 %
das melhores árvores, isto significa: com retidão
de caule, boa copa, desenvolvimento superior, boa altura
e disposição de ramos, entre outros. Após
a escolha de 100 a 200 árvores por hectare, o
restante do povoamento é eliminado de forma gradual
para evitar que as árvores matrizes sejam danificadas
pelos desbastes. Em APS com seleção de
1:10, os ganhos podem ser estimados em até 10%
devido à seleção para ambos os sexos.
Logo, as árvores matrizes cruzarão entre
si dobrando o índice de ganho genético
em relação às ACS (IPEF, s/d). Nas
APS, após a seleção, métodos
de manejos florestais como irrigação, adubação
e combate a pragas e doenças podem ser empregados
a fim de obter a melhor produção de sementes
possível. Segundo Pires (2008), a colheita dessas
sementes deve ser feita de forma administrada e organizada,
garantido sua qualidade fisiológica e superioridade.
Muitas empresas adotam essa forma de produção
de sementes melhoradas geneticamente. Exemplos práticos
conhecidos são os da Faber-Castell, Clontech e
Rigesa que iniciaram seus programas de melhoramento através
da escolha de suas melhores árvores de Pinus para
produção de sementes. Segundo Correio Lageano
(2008) as APS são ainda hoje as principais fornecedoras
de sementes melhoradas de pinheiros no Brasil.
O inicio do programa de melhoramento da cooperativa
industrial de melhoramento florestal da Universidade
da Carolina
do Norte (USA) com P. taeda se deu pela escolha de 3.000 árvores
de povoamentos nativos com características superiores,
através de avaliações fenotípicas
(Clontech, 2008).
Tanto nas APS como nas ACS, as sementes coletadas são
misturadas sem que ocorram testes de progênie para
o estabelecimento da próxima geração
(IPEF, s/d; Pires, 2008).
2. Seleção Genotípica
A seleção genotípica se baseia na
escolha das matrizes através das características
de sua progênie, ou seja, na capacidade do parental
transmitir aos descendentes bons genes que resultam em
bom fenótipo. Avalia a capacidade da planta de
produzir uma boa progênie, excluindo-se os efeitos
ambientais pelo uso deensaios repetidos em distintos
locais. Tal medida confere maior exatidão e eficiência
no melhoramento, havendo um ganho genético bem
mais elevado, apesar de tomar também bem mais
tempo. Isso porque a seleção aplicada nesse
princípio é superior a 1:5.000 indivíduos.
A seleção genotípica pode ser empregada
tanto em Pomar de Sementes por Mudas (PSM) como em Pomar
de Sementes Clonal (PSC). (IPEF, s/d, Pires, 2008).
Os primeiros testes de progênie para Pinus iniciados
no país datam de 1970, havendo a reintrodução
de germoplasmas de bases genéticas apropriadas
para a produção de sementes melhoradas
geneticamente (Melhoramento... s/d).
2.1 Pomar de Sementes por Mudas (PSM)
Os
PSM possuem avaliações das famílias,
onde as matrizes são testadas geneticamente de acordo
com “testes de progênie” (Pires, 2008).
São plantações superiores, onde se obtémas
sementes através de polinizações controladas
ou por polinizações livres.
As plantas são divididas de acordo com as famílias
previamente conhecidas, estimando-se ganhos de parâmetros
genéticos. Após os testes de progênie,
as sementes das plantas superiores são manejadas,
plantando suas mudasem delineamentos pré-desenhados,
obtendo-se os pomares de sementes por mudas de polinização
aberta, onde a disseminação do pólen
dá-se de forma livre e ocorre a formação
de meio-irmãos (IPEF, s/d; Rigesa, 2006). Os indivíduos
de qualidade inferior nos testes de progênie são
eliminados, havendo cruzamentos apenas entre as melhores árvores.
Já no caso dos pomares de mudas de polinização
controlada, há a seleção de ambos
os sexos. A planta mãe é isolada efetuando-se
a polinização desejada com o pólen
da planta pai escolhida e gerando irmãos-germanos
(Rigesa, 2006).
Os pomares de sementes por mudas podem ser mais facilmente
obtidos a partir das próprias áreas dos testes
de progênie. Basta o adequado planejamento da instalação
do teste de progênie, para ao se terem os resultados,
se proceder à eliminação das piores
famílias e indivíduos, que foram mostrados
como indesejáveis pelos próprios testes de
progênie (Higa, 1978).
Para todos os tipos de PSM, a intensidade de seleção é bastante
elevada (1:5.000) devido ao alto grau de seleção
de progêncies (IPEF, s/d; Pires, 2008).
O pomar de sementes por mudas é empregado quando
as características dos pomares são possíveis
de serem observadas quando ainda jovem, havendo florescimento
precoce e/ou pela dificuldade da propagação
vegetativa (Pires, 2008; REMADE, 2005).
O principal problema dos PSM é o cruzamento entre
plantas aparentadas na polinização aberta.
Comparando-se com o método da enxertia dos PSC -
Pomar Sementes Clonal, o período de início
de floração do PSM é considerado demorado
(REMADE, 2005).
Em 1999, Shimizu e Spir realizaram testes de progênie
de P. elliottii instalados em Colombo, PR, no
ano de 1983, selecionando famílias de meio irmãos para
produção de resina. Objetivam obter os valores
genéticos das respectivas famílias avaliadas
para a devida função (resinagem). Com os
critérios de herdabilidade das famílias em
55%, nas famílias (21%) e individual (25%), optou-se
pela seleção de três indivíduos
superiores por família de maior produção
de resina. Logo, selecionaram-se 36 indivíduos,
que resultou em ganhos genéticos de 61,23% na sua
progênie com relação a média
da população testada. Os autores relatam
que tais dados podem estar superestimados devido à manipulação
ambiental que não foi avaliada nos experimentos.
Mendes (1983) realizou teste de progênie com 18 plantas
de 4 anos de Pinus taeda mais duas testemunhas
cujas sementes eram originárias de matrizes dos Estados Unidos
(estados da Carolina do Norte, Flórida e Louisiana).
Os testes se sucederam em Telêmaco Borba, noParaná,
e buscando-se a adaptabilidade das árvores às
novas condições ambientais. Apesar de preliminares,
os testes mostraram que as árvores provenientes
das sementes geradas em latitudes baixas foram as que apresentaram
melhor adaptação às condições
brasileiras.
Missio et al., (2004) realizaram testes em 119 progênies
para a seleção de indivíduos superiores
de P. caribaea var. bahamensis em várias características
simultâneas (diâmetro na altura do peito, altura,
volume e forma do fuste). O experimento registrou variabilidade
genética entre os indivíduos e também
que a seleção de várias características
(seleção dita indireta) apresentou maiores
vantagens quando comparadaà seleção
direta de apenas uma das características. Isso evidencia
o potencial das progênies superiores para o estabelecimento
de um pomar de sementes por mudas e posterior obtenção
de pomar clonal de sementes através desse material.
Ettori et al., (2004) avaliaram as características
de DAP, altura, retidão de fuste e número
e diâmetro de ramos de procedências e progênies
de P. maximinoi em Angatuba, SP. Os testes realizados
aos 11 anos evidenciaram avariabilidade existente nas progênies
em todos os caracteres avaliados, indicando a potencialidade
para desenvolvimento de programas de melhoramento genético.
Já as procedências apresentaram alta variação
apenas na altura. Todas as árvores testadas possuíam
características para serem recomendadas para plantios
comerciais na região, pois se desenvolveram tão
bem quanto a espécie testemunha (P. oocarpa).
Os autores observaram que o DAP foi a característica
que apresentou maior ganho genético entre as progênies,
que foi de 8,4 % até a época dos testes.
2.2 Pomar de Sementes Clonal ou Pomar Clonal de Sementes
(PSC/PCS)
Segundo IPEF (s/d) e Pires (2008) um pomar
de sementes clonal é formado a partir da propagação
vegetativa (estaquia, mini-estaquia ou enxertia) de plantas
geneticamente superiores depois de ter a progênie
devidamente avaliada. O pomar de sementes clonal possui
manejo adequado como espaçamento, adubação
e irrigação ideais para a maior produção
de sementes possível. Os indivíduos a serem
clonados sofrem alta pressão de seleção
(acima de 1:5.000), conhecendo as suas principais características
de madeira, sanidadee desenvolvimento (Pires, 2008). Da
mesma forma que as APS e os PSM, os clones superiores são
selecionados e os inferiores descartados. A densidade e
disposição dos clones deve ser feita de forma
a favorecer o cruzamento entre clones distintos. Programas
de obtenção de pomares de sementes clonais
de espécies de Pinus vêm sendo priorizados
e realizados em várias regiões do mundo,
inclusive o Brasil. Isso por apresentarem grandes vantagens
tais como: precocidade - quando há a realização
de clones por enxertia; alta intensidade de seleção,
que permite melhoramento mais eficiente devido ao rigor
de seleção; baixos índices de acasalamento
entre clones parentes; clones com suas características
anteriormente conhecidas, sabendo-se, portanto, o valor
genético (IPEF, s/d; REMADE, 2005; Pires, 2008).
Para o estabelecimento de um pomar de sementes clonal são
necessários de 100 a 200 ha de clones para posterior
seleção de 100 a 200 indivíduos. Tal
pomar é dito de primeira geração.
Conforme vai-se cruzando e conhecendo as progênies,
podem-se estabelecer pomares clonais de sementes de segunda
e de terceira gerações, valendo-se das mesmas
técnicas do PSC de primeira geração:
testes de progênies, obtenção dos melhores
indivíduos, obtenção de clones, testes,
desbastes genéticos e cruzamentos entre indivíduos
restantes.
Cabe lembrar que os clones de um mesmo pomar nunca devem
ser aparentados, evitando assim cruzamentos indesejados
(Cruz, 2006).
No Brasil, os primeiros relatos de implantação
de PCS foram no final da década de 60 (Melhoramento...s/d).
Conhece-se que a empresa Rigesa obteve seus primeiros ganhos
com seus
pomares de sementes clonais de P. taeda a partir
de 1984, quando as áreas produzidas dessas sementes
incrementaram em média 3,6 ton/ha.ano em relação à produção
das áreas provenientes de melhoramentos em ACS (Rigesa,
2006). Geralmente, a obtenção de PCS é objetivo
do melhoramento após as ACS, APS e PSM. Atualmente,
já existem algumas empresas como a Klabin, a Rigesa,
a Arborgen, a Faber-Castell, a Clontech, entre outras no
Brasil, produzindo clones de suas melhores árvores
para reflorestamentos ou também para produção
e venda de sementes (IPEF, 2003; Cenibra, 2006; Clontech,
2008; Faber-Castell, 2008; Radar..., 2008; Correio Lageano,
2008).
Segundo Higashi e Silveira (2008) os clones de Pinus podem
ser obtidos através da técnica da mini-estaquia
(minicepas). Tal técnica retira o ápice caulinar
das plantas matrizes. Após, as minicepas são
cultivadas em camaleões com areia e espuma fenólica
em ambiente protegido e controlado para o enraizamento
através da aplicação de reguladores
de crescimento, formando assim os chamados jardins clonais.
Outra técnica de obtenção de clones é através
da embriogênese somática que ocorre pela multiplicação
de embriões somáticos. O embrião é idêntico à planta
mãe, ocorrendo a multiplicação desse
em vários indivíduos, e, através de
propagação vegetativa em meio de cultura
adequado, se consegue a obtenção de plântulas.
Essas são então aclimatadas às condições
ambientais e assim passam para o campo (Rigesa, 2007).
Outra forma de produzir clones dos Pinus é através
da enxertia, que consiste na retirada do ápice do
ramo de muda jovem com as características desejadas
(enxerto) e implantação em um porta-enxerto
de espécie e idade compatível (Cruz, 2006).
Cancela
(2007) comparou a produção de sementes
e cones dos clones de P. taeda de um PSC e das
matrizes de uma APS. Os clones produziram maior quantidade
de pinhas
nos dois anos avaliados. O tamanho das sementes geradas
pelo PSC também mostrou-se superior, assim como
o número de sementes por 1000 gramas. Apesar disso,
o tamanho dessas não afetou a germinação
e o desenvolvimento da muda em casa de vegetação
nem a campo. Testes entre famílias (clones e matrizes)
foram realizados, mostrando distintas taxas de germinação
e de vigor no desenvolvimento a campo de mudas.
Após a obtenção das primeiras mudas
clonais feitas em P. taeda pela Cooperativa da
Carolina do Norte (NCSU - Industry Cooperative Tree Improvement
Program), estas foram estabelecidas em PSC e conforme o
desenvolvimento, 20 genitores foram desbastados de cada
30 a 40 clones existentes na área. Dos indivíduos
superiores restantes dos primeiros pomares clonais de P.
taeda obtidos pela Cooperativa da Carolina do Norte,
realizaram-se novos testes de progênie, selecionando no final 2000 árvores
para compor o pomar clonal de segunda geração.
A partir de 1980, esse já fornecia sementes em quantidade
e qualidade para grande parte dos reflorestamentos dos
Estados Unidos. As principais características visadas
para o melhoramento da segunda geração do
pomar clonal de sementes foram o aumento do DAP, da retidão
do fuste e da resistência à ferrugem fusiforme.
As sementes desse pomar clonal são obtidas através
da polinização massal controlada (PMC) ou
através dos cruzamentos controlados de plantas enxertadas.
Estimam-se ganhos genéticos de 40 % na obtenção
de sementes desses meio irmãos através da
polinização controlada (Clontech, 2008).
Em 2003, a empresa Rigesa estabeleceu PSC de segunda geração
de P. taeda para efetuar cruzamentos de polinização
aberta ou através da polinização massal
controlada. O pomar de sementes clonais de 1,5ª geração
da mesma empresa possui sete hectares e as plantas foram
obtidas através de enxertias de 39 genomas realizadas
entre 1978 e 1981. Pomares clonais de 1,5ª geração
são formados em conseqüência de um desbaste
de pomares de sementes clonais de 1ª geração,
após se terem os resultados dos testes de progênie,
removendo-se os piores indivíduos e piores famílias.
(Higa, 1978). O novo pomar de 2ª geração
da Rigesa conduziu a incremento médio anual de 54
ton/ha.ano. As principais características em melhoramento
dessas árvores foram: aumento do volume, diminuição
de “fox tail” e de troncos deformados e/ou
bifurcados, diminuição de quebra do topo
da árvore, diâmetro de galhos reduzido e presença
de desrama natural (Rigesa, 2006).
Em Portugal, projetos de melhoramento de Pinus pinaster (pinheiro
bravo) desenvolvidos pelo Centro Pinus já vêm
sendo realizados há bastante tempo, já entrando
em testes os pomares de terceira geração
de clones através do Projecto Agro 477 (Projecto...s/d).
O estabelecimento dos primeiros pomares de sementes clonais
desse pinheiro (primeira geração) tinha objetivo
de ganhos genéticos de 21 % em volume e de 17% na
retidão do tronco pela livre polinização
de indivíduos geneticamente superiores (Centro Pinus,
s/d).
Em um pomar clonal de primeira geração de P.
oocarpa, 33 das 200 matrizes remanescentes apresentavam
algumas características fenotípicas distintas,
mostrando semelhanças com P. patula. Tal
diferença
levou à implantação de estudo avaliando
fenotipicamente esses clones através da forma de
suas acículas. A pesquisa mostrou-se relevante pelo
fato da continuidade do programa de melhoramento da área.
As observações mostraram que quatro representantes
pertenciam a P. patula, nove eram típicos P.
oocarpa e o restante eram variantes de P. oocarpa. Os
dados permitiram a divisão do material para prosseguir nas etapas
de melhoramento genético (UFLA, 1996).
Certificação e Legislações
Segundo Higa e Silva (2007), a produção de
mudas e sementes de qualidade no Brasil é regida
principalmente pela Lei 10.711 de 05/08/2003 e pelo Decreto
5.153 de 23/07/2004. Tanto a lei como o decreto abrangem
as metodologias de produção de sementes,
diferenciando mudas certificadas das não certificadas
e também dividindo em categorias de sementes e mudas,
assim como as principais normas e padrões de qualidade
de mudas florestais a serem seguidos (Pires, 2008). Logo,
a lei rege como as sementes de espécies exóticas,
incluindo os Pinus, e nativas devem ser produzidas,
comercializadas e utilizadas em todo o território nacional. Para
cumprimento da lei e decreto criou-se a PORTARIA Nº 265
(24 de maio de 2005), onde estabeleceram-se comissões
técnicas para propor normas sobre a produção
e comercialização de sementes de qualidade,
bem como a fiscalização.
Para a obtenção de qualidade genética
das sementes em processo de certificação
há a necessidade de seguir as quatro categorias
estabelecidas pela legislação referente ao
material reprodutivo utilizado (Higa, 2005; Embrapa, 2008):
Sementes identificadas: sementes e mudas contendo
procedência
e havendo o nome da espécie das sementes comercializadas
(especialmente válido para ACS). Tal medida garante
que a venda dessas sementes seja controlada, mas não
leva à certificação;
Sementes selecionadas: é a categoria das sementes
também oriundas de ACS, mas que tiveram alguma característica
genética melhorada a partir de árvores matrizes.
As condições ecológicas da área
e o critério de melhoramento devem ser informados
para a venda. Esse processo é considerado o primeiro
passo para a certificação das sementes;
Sementes qualificadas: Categoria abrangendo APS, PSM
e PSC, onde há cruzamentos controlados e a intensidade
de seleção é superior quando comparado à categoria
anterior. Para ser comercializado, o material pertencente
a essa categoria deve ter seus critérios de seleção
informados.
Sementes testadas: A categoria abrange materiais de
PSC e PSM submetidos a testes genéticos de sua progênie
autorizados pelas certificadoras para a região microclimática
em que serão destinadas antes de sua liberação
(Higa e Silva, 2007).
De acordo com a legislação, não apenas
o MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária
e Abastecimento) poderá fiscalizar e certificar
a qualidade e categorias das sementes, mas também
outras entidades certificadoras devidamente habilitadas
e registradas para tal função (Higa, 2005).
Esse mesmo autor aponta que muitas normas complementaresà lei
que deveriam estar apontando medidas de produção,
comercialização, beneficiamento e fiscalização
de sementes nos estados; contudo, ainda não estão
padronizadas, faltando critérios específicos
para a produção e comercialização.
Segundo Leonhardt (s/d), em São Paulo, as normas
para fiscalização de sementes comercializadas
recomendam a clara definição da procedência
das sementes (controle de origem) que são divididas
em quatro categorias: ACS, APS, PSC e PSM. O CESM/SP (Comissões
Estaduais de Sementes e Mudas) é o órgão
governamental responsável pela aprovação
e homologação das normas nesse estado e onde
os produtores de sementes e mudas da região devem
ser registrados. Cabe ainda lembrar que as normas diferem
de uma região para a outra, devendo-se estar ciente
das de seu estado e município.
Segundo Pires (2008) há instituições
normativas sendo publicadas a partir de agora no Diário
Oficial da União para a inscrição
de novas cultivares e proteção de cultivares
através de relatórios e de formulários
técnicos devidamente preenchidos para espécies
florestais. O mesmo autor aponta a Lei 9.456de 25/04/1997
e o Decreto 2.366 de 5/11/1997 para a proteção
de cultivares. A lei que rege os assuntos ligados a biossegurança
e a liberação de pesquisas para organismos
geneticamente modificados (OGM) é Lei 11.105 de
24/03/2005, juntamente com o Decreto 5.591 de 22/11/2005.
Considerações Finais
O melhoramento genético é considerando uma
importante alternativa para a solução de
problemas e para a otimização na produção
de Pinus em todas as partes do mundo onde é cultivado,
havendo uma forte tendência para o aumento de pesquisas
sobre o assunto para o futuro.
O Pinus, por ser uma árvore de versátil utilização
e de grande importância econômica, tem seus
programas de melhoramento genético incentivados
pelos órgãos públicos e privados que
possuem interesses na melhoria das características
das espécies do gênero (Pires, 2008). O melhoramento
genético de sementes de Pinus, assim como
o avanço
nas tecnologias de sua produção, trazem grandes
vantagens para a silvicultura, gerando produtos finais
de melhor qualidade e em maior quantidade, e com menores
custos de produção. A produção
de sementes de Pinus melhoradas também gera lucros
aos produtores por agregar maior valor ao produto comercializado,
como é o caso das sementes certificadas. Essas são
garantia de qualidade desse produto, dando mais segurança
ao comprador (Higa, 2005).
O avanço das tecnologias de melhoramento florestal
está cada vez mais alavancado às altas produtividade
alcançadas pelos clones, bem como na aceleração
dos ganhos genéticos que podem ser obtidos. Contudo,
devem-se adotar cuidados ambientais nessas plantações,
assim como avançar nas pesquisas relacionadas à esse
assunto (Ambientebrasil, 2008).
Novas técnicas de melhoramento, conciliadas com
o uso da biotecnologia, estão diminuindo o tempo
para a obtenção de resultados, tornado a
seleção cada vez mais precoce eeficiente
e minimizando o fator tempo através do uso de marcadores
moleculares enzimáticos (Pires, 2008). Tais tecnologias
ainda são considerados de alto custo; contudo, já estão
acessíveis em universidades e órgãos
de pesquisa públicos e privados no Brasil.
Enfim, há definitivamente muita movimentação
em pesquisas e inovações frente às
inúmeras novas oportunidades para o melhoramento
genético, inclusive envolvendo engenharia genética
para espécies florestais. Essa atividade toda com
certeza resultará em novos ganhos para as florestas
plantadas, novas legislações e maiores chances
de se ter uma silvicultura de ainda maiores produtividades
e qualidades. Resta ainda não esquecer os aspectos
ambientais e sociais, nesse contexto.
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