Editorial
Caros
leitores e público interessado
pelos Pinus,
Estamos
lhes trazendo a Décima Quinta Edição da
nossa PinusLetter. Mais uma vez, nos esforçamos para lhes oferecer
temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para leitura. Nessa
edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos
dos Pinus e Pináceas, bem como à preservação
de recursos florestais e à sustentabilidade das plantações
florestais, dentre outros. Esperamos que os temas escolhidos sejam
de seu interesse e agrado.
A
seção "Os Pinus no
Brasil" destaca as principais
características do "Pinus
patula", originário
das terras altas do México. Esse é um pinheiro muito
curioso devido à forma de suas acículas pendentes, por
essa razão comumente chamado de “Mexican
weeping pine” ou "pinheiro
chorão do México". Possui boa qualidade da madeira,
podendo ser utilizado para diversos fins. P. patula já é plantado
em diversas regiões do mundo, inclusive no Brasil. Porém,
a sensibilidade de mudas à geada ainda é um dos principais
entraves à sua produção em locais de inverno rigoroso.
Conheçam sobre outras características dessa espécie,
assim como resultados de pesquisas sobre ele no Brasil e em outros
países.
"Fitonematóides nos Pinus" é outro
assunto integrante da PinusLetter 15. Adquiram informações
sobre o que são
fitonematóides, os principais danos que causam nos pinheiros
suscetíveis, as principais regiões do mundo afetadas
e técnicas de controle. O principal nematóide prejudicial
aos Pinus é "Bursaphelenchus
xylophilis",
felizmente ainda ausente no Brasil. Conheçam mais sobre seu
ciclo de vida e seu vetor, bem como as principais medidas quarentenárias
para prevenção à entrada da praga no país
e em outras partes do globo. Além disso, como sempre fazemos,
estamos oferecendo uma revisão de artigos disponíveis
online para complementação dos conhecimentos acerca desse
assunto, que tange problemáticas fitossanitárias relativas
aos Pinus.
Outro
texto que escrevemos nessa edição
versa sobre "Aplicações
medicinais dos Pinus". Obtenham informações sobre
as principais propriedades medicinais que podem ser utilizadas em benefício
da saúde humana e sobre as reações tóxicas
desencadeadas em caso de uso indiscriminado e/ou hipersensibilidade
a essas substâncias. Desde a antiguidade os óleos de Pinus e
a terebintina já eram utilizados na cura de doenças,
principalmente as que envolvem problemas respiratórios. Nos
dias de hoje, diversas propriedades medicinais dos Pinus já foram
cientificamente comprovadas e há ainda muitos estudos sendo
realizados com compostos derivados de algumas de suas espécies.
Da mesma forma que em PinusLetters anteriores, nessa edição
temos uma tripla homenagem a três grandes autores dos Pinus: "Francisco
J. N. Kronka, Francisco Bertolani e Reinaldo H. Ponce" . Além
de terem publicado grande quantidade de artigos e contribuído
muito para o desenvolvimento do setor florestal brasileiro, também
são os autores de um dos mais importantes e recentes livros
sobre os Pinus do Brasil chamado "A
cultura do Pinus no
Brasil". Conheçam um pouco mais sobre cada um dos homenageados dessa
edição e pelos depoimentos disponibilizados pelos autores
e editores do livro, assim como alguns de seus trabalhos de suas autorias
disponíveis na internet.
Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências
de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender
mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados
e os materiais dos cursos e eventos referenciados.
Nessa edição da PinusLetter destacamos em "Pinus-Links" as
empresas Apoiadoras da PinusLetter, que além de alta relevância
no setor florestal, também contribuem para a difusão
da pesquisa, tecnologia e informações a respeito dos Pinus. Mais
uma vez o nosso sincero agradecimento a todos nossos apoiadores que
estão acreditando nesse trabalho de divulgação
dos Pinus para a Sociedade.
Como
tema do "Mini-artigo Técnico" dessa edição
trazemos um relato sobre "defeitos intrínsecos
das toras e madeiras brutas dos Pinus" , discutindo, definindo e caracterizando
os principais tipos de inconformidades mais comuns que depreciam e
diminuem o valor das toras de madeira de Pinus comercializadas no Brasil
e no mundo.
Aos Patrocinadores e aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento
pela oportunidade, incentivo e ajuda em levar ao público alvo,
que cada vez é maior, muito conhecimento a respeito dessas árvores
fantásticas que são as dos Pinus.
Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização
das várias qualidades desse gênero para as plantações
florestais no Brasil, América Latina e península Ibérica,
levando sempre mais conhecimento também sobre os produtos derivados
dos Pinus para a Sociedade e sobre a preservação
dos recursos naturais e a sustentabilidade.
Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:
ABTCP -
Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)
KSH
- CRA Engenharia Ltda
(http://www.ksh.ca/en/)
e a todos os muitos Apoiadores:
http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter_apoio.html
Um
forte abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
Os
Pinus no Brasil: Pinus patula
Fitonematóides
nos Pinus
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores
sobre os Pinus: Francisco J. N. Kronka; Francisco
Bertolani; Reinaldo H. Ponce
Referências
de Eventos e de Cursos
Pinus-Links
Aplicações
Medicinais dos Pinus
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Defeitos
Intrínsecos mais Comuns nas Toras e Madeiras sem
Beneficiamento de Pinus
Os
Pinus no Brasil: Pinus patula
Essa espécie de pinheiro é naturalmente encontrada em
terras altas do México, cuja altitude é superior a 1600
metros, situadas entre os paralelos 18 e 24º N. Seu nome comum
nos EUA é “Mexican weeping pine” ou "Pinus chorão mexicano", devido à disposição
das acículas verticalmente com o ápice para baixo, em
forma de "tristeza". São oriundos de áreas
de clima temperado quente, com geadas esporádicas, pluviosidade
de 700 a 2000 mm por ano e estação seca definida de 4
meses. Duas variedades são descritas: P. patula var. patula,
encontrada mais ao norte e mais resistente ao frio, e P. patula var.
longipeduculata. As plantas, principalmente quando jovens, são
sensíveis a danos causados por frio. Na Grã-Bretanha,
relata-se que os indivíduos lá plantados ramificam excessivamente
em virtude desse efeito por frio. Essa espécie é mais
tolerante à seca que P. taeda, e prefere solos de textura arenosa
a média e bem drenados, podendo crescer em solos pobres.
É
plantado em regiões de grande altitude no Equador (3500 m),
Bolívia, Colômbia (3300m), Kênia, Tanzânia,
Angola, Zimbabwe, Papua-Nova Guiné e Havaí, (3000 m),
mas também em altitudes menores que a original, no sul do Brasil, África
do Sul, onde é uma das principais espécies cultivadas
de Pinus, Índia, e até próximo ao nível
do mar na Argentina.
P. patula pode ser facilmente identificado por suas acículas
verde-pálidas, finas e pendentes, casca da base grossa, com
fissuras e acinzentada, casca do ápice fina e marrom-avermelhada
que se desprende em escamas. Os cones são sésseis, cônicos,
ligeiramente curvos, medindo 7 a 10 cm de comprimento, com coloração
marrom a marrom-amarelada e lustrosos. Os cones dessa espécie
são muito persistentes. As sementes medem 5 mm de comprimento
com asas de 17 mm. Um quilograma de sementes possui mais de 100.000
unidades. Cada cone contém de 22 a 90 sementes com alto poder
germinativo, sendo que o rendimento de sementes por cone é maior
em áreas onde a planta é exótica, como Austrália
e Colômbia, provavelmente influenciado pela altitude e latitude.
Apesar da boa e rápida germinação natural, a estratificação
por frio e a pré-embebição em água podem
aumentar a porcentagem de germinação.
Plantas de dois anos já podem iniciar a reprodução,
emitindo flores masculinas. As femininas aparecem um ano mais tarde.
Há também segregação das flores na planta:
as femininas na porção superior e as masculinas na parte
inferior da copa. No local de origem, o florescimento ocorre em uma
estação bem definida, de janeiro a abril. Em outras áreas
pode haver florescimento durante todo o ano. Os cones levam cerca de
22 meses para amadurecer. A plantas, apesar de apresentarem flores
dos dois sexos, não são autoférteis. A espécie
parece cruzar naturalmente com P. greggii, enquanto hibridações
controladas com P. greggii, P. oocarpa, P. tecunumanii e P.
radiata já tiveram sucesso.
As plantas de P. patula podem atingir 40 m de altura e 100 cm de DAP.
A sua madeira apresenta densidade básica de pouco menos de 0,4
g/cm³, semelhante a P. elliottii, portanto leve, de baixa durabilidade
natural, fácil de trabalhar, secar e impregnar, e se adequa
ao processamento mecânico (móveis, painéis, compensados
e aglomerados) e à fabricação de papel e celulose.
Apresenta produtividades superiores a P. taeda em alguns locais do
Brasil, especialmente nos mais elevados, como a Serra da Mantiqueira,
o Sudeste de Minas Gerais e Nordeste de São Paulo, oeste de
Santa Catarina e na Região das Serras do Rio Grande do Sul.
Porém, a susceptibilidade a geadas na fase de muda é um
limitante ao seu cultivo no nosso país, dada a combinação
de frio e alta pluviosidade. Ataque de fungos também é um
fator limitante relacionado às chuvas.
Em áreas de baixa altitude e temperaturas mais elevadas, a árvore
apresenta menor altura, com ramos grossos e baixa qualidade da madeira,
além de apresentar problemas com doenças fúngicas
e ataque de lagartas desfoliadoras do gênero Glena. Ainda em
relação a doenças, as mudas desse pinheiro são
bastante sensíveis ao ataque de algumas espécies de Fusarium.
P. patula pode se tornar planta invasora, dado que suas sementes são
facilmente carregadas pelo vento e apresentam rápida e alta
porcentagem de germinação.
Para maiores informações sobre essa espécie de
pinheiro acessem os sites logo abaixo e os artigos selecionados na
web.
Pinus patula. Cultivo do Pinus. Embrapa Florestas. Disponível
em 02.04.2009:
A Embrapa Florestas possui em sua webpage texto técnico a respeito
de Pinus patula, abordando as principais características morfológicas
de suas árvores, regiões de origem e adaptação
da espécie às condições edafo-climáticas
do nosso país. Observem:
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/
Pinus/CultivodoPinus/03_7_pinus_patula.htm
Pinus patula. Wikipédia. Disponível em 02.04.2009:
Ainda não há muitos detalhes nas descrições
de Pinus patula na conhecida enciclopédia virtual Wikipédia.
A descrição em inglês possui apenas a região
de origem, taxonomia, alguns nomes comuns e regiões de abrangência.
Devido à origem mexicana, a versão em espanhol apresenta-se
um pouco mais completa, havendo, além do já descrito anteriormente,
o principal uso da madeira e onde há no mundo plantios comerciais
da espécie como exótica. Já em português,
existe apenas a descrição taxonômica e uma sucinta
descrição da abrangência de P. patula.
http://en.wikipedia.org/wiki/Pinus_patula (em
Inglês)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_patula (em
Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Pinus_patula (em Espanhol)
Pinus
patula. Gymnosperm Database. Disponível
em 02.04.2009:
A caracterização morfológica de Pinus patula elaborada
pelo site “Gymnosperm Database” é uma das mais completas.
Além das principais características dos cones, acículas,
cascas, galhos, sementes e forma da árvore adulta, com o auxílio
de fotos e figuras, ainda se encontram: principais usos, abrangência,
taxonomia e problemas fitossanitários que prejudicam a espécie.
http://www.conifers.org/pi/pin/patula.htm (em Inglês)
Plants for a Future: Pinus
patula. Database Search Results.
Disponível
em 02.04.2009:
Observem em “Plants for a Future” dados sobre plantio e manejo
de plantações de P. patula e sobre suas principais características
morfológicas, usos, interações com a natureza, propriedades
medicinais, aspectos fitossanitários, entre outros.
http://www.ibiblio.org/pfaf/cgi-bin/arr_html?Pinus+patula (em Inglês)
Pinus
patula. TROPIX - CIRAD. Disponível
em 02.04.2009:
Confiram no website do CD Tropix - "Technological characteristics
of 245 tropical species" as propriedades físicas da madeira
de Pinus patula e os tratamentos necessários para sua maior durabilidade.
Há também os principais nomes comuns da espécie
e suas funções.
http://tropix.cirad.fr/america/PINUSPATULA.pdf (Pinus patula, em
Inglês)
http://tropix.cirad.fr/index_gb.htm (Arquivos
com 245 espécies
florestais tropicais)
Artigos
técnicos e científicos
Biotechnology developments for the clonal propagation of Pinus
patula. C. Ford. Southern African Plant Breeders' Association. 04 pp. (2005)
http://www.sapba.co.za/downloads/news_jun_05.pdf
Caracterização, classificação e comparação
da madeira de Pinus patula , P. elliottii, e P. taeda através
de suas propriedades físicas e mecânicas. D. Melchioretto;
J. R. Eleotério. XVIII Congresso Regional de Iniciação
Científica e Tecnológica. 05 pp. (2003)
http://200.169.53.89/download/CD%20congressos/
2003/CRICTE/trabalhos/Engenharia%20Civil%20PDF/4060.pdf
Pinus
patula Schiede & Schltdl. & Cham. The RGNR
Team. W.S. Dvorak. 04 pp. (2003)
http://www.rngr.net/Publications/ttsm/Folder.2003-07-11.4726/PDF.2004-03-15.5759/file
Pinus
patula. P. Binggeli. Wood Plant Ecology Website. (1997). Disponível
em 02.04.2009:
http://members.lycos.co.uk/WoodyPlantEcology/docs/web-sp14.htm
Características da madeira e da pasta termomecânica
de Pinus
patula var. tecunumanii para produção de papel imprensa. V. R. S. Shimoyama; M. S. S. Wiecheteck. Série Técnica
IPEF 9(27):63 – 80. (1993)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr27/cap06.pdf
Variação genética entre e dentro de progênies
de Pinus patula na região de Telêmanco Borba - PR. P.
Y. Kageyama; R. M. Speltz; A. P. Silva; M. Ferreira. IPEF n.15, p.21-39.
(1977)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr15/cap02.pdf
A note on dwarfing of Pinus
patula grafts. W. G. Dyson. Silvae Genetica
24: 2-3. (1975)
http://www.bfafh.de/inst2/sg-pdf/24_2-3_60.pdf
Imagens sobre o Pinus patula
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&q=Pinus+patula&um=1&ie=UTF-
8&ei=QvXZSejXB6mxtgfriIjhDw&sa=X&oi=image_result_group&resnum=1&ct=title
http://www.flickr.com/search/?q=pinus%20patula&w=all
http://www.hear.org/starr/plants/images/species/?q=pinus+patula
Nossos sinceros agradecimentos ao engenheiro florestal Fernando
Cassimiro da Silva da Melhoramentos Florestal por ter-nos cedido a
imagem de
Pinus patula que abre essa seção.
Fitonematóides
dos Pinus
Os fitonematóides são vermes geralmente de corpo
cilíndrico e afinado e tamanho diminuto que podem estar associados
a plantas em relação de parasitismo. A retirada de energia
da planta infestada pelos nematóides pode gerar sérios
danos e prejuízos às culturas agrícolas e florestais.
Uma das espécies de fitonematóides mais conhecidas por
prejudicar a cultura dos Pinus e outras pináceas é Bursaphelenchus
xylophilis, também conhecido com nematóide-dos-pinheiros.
Há relatos de danos em pinheiros provocados por esse nematóide
desde 1900, no Japão, e até hoje gera problemas na região,
sendo por isso muito pesquisado naquele país. Atualmente, já se
disseminou por boa parte da Ásia, porém foi primeiramente
descrito na América do Norte, onde se acredita ser sua região
de origem. Nos EUA, já foi observada essa espécie de fitonematóides
atacando não apenas o gênero Pinus, mas também Picea, Abies e Pseudotsuga. Pesquisas recentes relataram o nematóide
em novas espécies de árvores: em Pinus serotina, em Picea
glauca e também em Cedrus deodara e em C. atlantica.
Bursaphelenchus xylophilis é considerada praga em diversos países como:
Estados Unidos, já encontrado em 36 estados, China, Canadá,
Taiwan, Coréia, México e mais recentemente em Portugal.
Inclusive, os países europeus estão preocupados com sua
disseminação para novos territórios, criando barreiras
fitossanitárias e novas legislações para produtos
de Pinus nas fronteiras com Portugal. Logo, o nematóide-dos-pinheiros é considerado
uma praga quarentenária para toda a União Européia,
que tenta prevenir a sua disseminação para outras regiões.
Para isso, a circulação da madeira exige que ela seja tratada
e as mudas de coníferas que migram de regiões devem conter
passaporte fitossanitário.
Os primeiros sintomas visíveis em árvores sensíveis
com ataque inicial do nematóide-dos-pinheiros é o murchamento
e amarelamento das acículas jovens. Tais sintomas vão progredindo
junto com a diminuição da produção de resina,
até que todas as folhas se encontrem marrons e secas, o que evidencia
fases finais do ataque, levando o vegetal à morte. O nematóide
infecta o sistema vascular de árvores geralmente já adultas,
alimentando-se de suas células epiteliais e de parênquima.
Colônias do nematóide vão-se desenvolvendo nos canais
de condução da planta o que posteriormente bloqueia a passagem
da seiva pelo xilema em direção à parte superior
da árvore. De acordo com a suscetibilidade da espécie de
pinheiro, o nematóide pode levar a árvore à morte
em curto espaço de tempo, pois também predispõem
o organismo ao ataque de outras pragas e microorganismos. Os pinheiros
considerados mais sensíveis à B.xylophilis são Pinus
sylvestris, P. pinaster, P. thunbergii e P. nigra. Após a morte
da árvore, que para essas últimas espécies ocorre
entre 30 a 90 dias desde o aparecimento dos primeiros sintomas, o nematóide
ainda consegue sobreviver por longo período se alimentando de
fungos saprofíticos (gênero Ceratocytis).
Existe uma intima relação entre os nematóides-dos-pinheiros
e algumas espécies de besouros chamados de serradores - da família
Cerambicidae (gênero Monochamus) - os quais são considerados
seus vetores, ajudando assim a disseminar os nematóides para as árvores
antes sadias. Formas imaturas de B.xylophilis ocupam as traquéias
do inseto adulto, o qual, ao se alimentar de ramos e brotos das árvores,
transmite o nematóide para a árvore através desses
ferimentos. O pinheiro enfraquecido pelos ataques do nematóide
também atrai as fêmeas do besouro, as quais preferem essas árvores
para a deposição de seus ovos. Os insetos que ali se desenvolvem
já emergem com nematóides em seus corpos, levando-os a
novas árvores e ocasionando novas infestações da
praga. Em Portugal, o principal vetor do nematóide é o
serrador da espécie Monochamus galloprovincialis, disseminando
o nematóide principalmente durante os períodos mais quentes
do ano (primavera e verão). Outras espécies de serradores
que disseminam esse nematóide são: M. titillato, nos EUA
e M. alternatus, tanto na China como no Japão. Porém, há outras
espécies do gênero já relatadas atuando como vetores
alternativos.
O nematóide dos pinheiros não pode ser visto a olho nu,
sendo necessário o envio do material sob suspeita para diagnose
em laboratórios especializados.
A principal forma de controlar B. xylophilis em áreas já atacadas é através
do plantio de pinheiros resistentes. Outra alternativa seria controlar
o inseto vetor e o nematóide com o auxílio de árvores
armadilhas. Nos EUA, assim que há a confirmação
do ataque da praga, as árvores contaminadas devem ser extraídas
e sua madeira queimada, ou submetida a tratamentos térmicos. Esses
tratamentos também são impostos em legislações
para a entrada de madeira de coníferas oriundos de regiões
já contaminadas, impedindo assim a entrada e disseminação
da praga. Essa é uma importante medida preventiva, contudo, há custos
adicionais ao produto comercializado. No Japão já houve
a perda anual de 2,4 milhões de metros cúbicos de madeira
em meados dos anos 70 (Ferris, 2008). Nos Estados Unidos, apesar de já bastante
disseminado, não há relatos de danos sérios causados
em pinheiros nativos, havendo o ataque principalmente nas árvores
já estressadas e enfraquecidas, inclusive de plantações
florestais.
No Brasil, ainda não foi observado o nematóide-dos-pinheiros
do gênero Bursaphelenchus. Porém, o país possui medidas
quarentenárias aplicadas à madeira importada de Portugal,
Estados Unidos, Canadá, Japão, China e Coréia do
Sul, exigindo tratamentos fitossanitários e prevenção à disseminação
do nematóide e também de seus vetores.
Estudos já foram realizados no Brasil observando alguns gêneros
de fitonematóides conhecidos por causarem danos em diversas culturas
agrícolas, infestando também o solo e raízes de
espécies de Pinus e Eucalyptus. Um exemplo disso foi o levantamento
de fitonematóides em P. caribaea conduzido por Cruz et al. (2003)
em São Paulo: observaram-se os gêneros Mesocriconema,
Meloidogyne, Pratylenchus e Tylenchus infestando os solos florestais durante o verão.
Aos leitores que tenham interesse em obter maiores informações
sobre os fitonematóides que atacam os Pinus no Brasil e sobre
o nematóide mais relevante dentre os patógenos de pinheiros
(B. xylophilis), sugere-se a leitura dos websites e artigos selecionados
e disponíveis na web e listados logo a seguir. Há inclusive
fotos e imagens de aspectos morfológicos do nematóide e
dos seus principais vetores. Observem também as principais formas
de controle e outros estudos que vêm sendo realizados sobre a praga:
SBN - Sociedade Brasileira de Nematologia. (em Português e Inglês)
A SBN é uma iniciativa científica que visa privilegiar
os estudos e pesquisas acadêmicas sobre os nematóides agrícolas
no Brasil. Fundada em 1974, tem dezenas de contribuições
ao setor, entre as quais muitas teses universitárias, congressos
e a revista digital Nematologia Brasileira.
http://docentes.esalq.usp.br/sbn/bteses.htm (Teses e dissertações
digitais sobre nematóides agrícolas no Brasil)
http://docentes.esalq.usp.br/sbn/nb_p.htm (Revista Nematologia Brasileira)
Bursaphelenchus xylophilus. H. Ferris. Nemaplex Taxadata. Universidade
da Califórnia. Disponível em 15.03.2009:
Texto acadêmico da Universidade da Califórnia (EUA) pertencente
a webpage “Nemaplex”, aborda aspectos morfológicos
de Bursaphelenchus xylophilus, ciclo de vida, associação
com insetos vetores, os danos e controle adotados na região. Observem
as fotos em:
http://plpnemweb.ucdavis.edu/NEMAPLEX/Taxadata/G145S1.HTM (em Inglês)
http://plpnemweb.ucdavis.edu/ (Nemaplex database - enciclopédia
de nematóides
agrícolas)
Nemátodo da madeira do pinheiro
(Bursaphelenchus xylophilus) S. Pereira; A. Heitor. CONFAGRI Portugal. Disponível
em 09.03.2009.
O site da CONFAGRI - Mundo Rural - de Portugal apresenta dados referentes
sobre o nematóide do Pinus, praga quarentenária da União
Européia e que já existe em algumas províncias de
Portugal. Conheça os principais sintomas das árvores (principalmente
dos pinheiros bravo e silvestre), ciclo de vida do nematóide e
formas de controle, bem como o Programa Nacional de Luta Contra o Nematóide
do Pinheiro existente naquele país.
http://www.confagri.pt/Floresta/pragas/praga11.htm
Bursaphelenchus xylophilus. Wikipédia. Disponível em
10.03.2009:
A enciclopédia virtual gratuita Wikipédia possui ainda
informação sucinta a respeito do nematóide do pinheiro.
Além de sua descrição taxonômica, há sua
origem e disseminação, sendo considerada uma das mais importantes
pragas do Pinus na Europa e do leste asiático, afirmando que a
doença está também prejudicando a produção
de cogumelos comestíveis associados aos Pinus (Tricholoma
matsutake).
http://en.wikipedia.org/wiki/Bursaphelenchus_xylophilus (em Inglês)
Pine wilt disease - Bursaphelenchus xylophilus (pinewood
nematode). Kansas State Research and Extention. (2005). Disponível em
03.03.2009.
Webpage pertencente à Universidade do Kansas (EUA), possui as
descrições dos sintomas observados no Pinus strobus e P.
sylvestris no estado. Há o histórico da introdução
do nematóide-do-Pinus no país e sua disseminação.
Observem os dados sobre biologia e também algumas recomendações
de controle disponíveis.
http://www.oznet.ksu.edu/hfrr/extensn/problems/pinewilt.htm (em Inglês)
España: La plaga del nematodo del pino obliga a declarar la cuarentena
en el país vecino. Xornal Galicia. Noticias Internacionales.
Forestal Web Uruguai. (2009)
A notícia destaca as principias medidas quarentenárias
impostas pelos países vizinhos de Portugal ao tranporte de madeira
e mudas. Conheça as principais restrições mostradas
pelo artigo para controlar o nematóide dos Pinus na Europa.
http://www.forestalweb.com.uy/Noticias-internacionales/
espana-la-plaga-del-nematodo-del-pino-obliga-a-declarar-la-cuarentena-en-el-pais-vecino/
Sobre os nematóides. L.C.C.B. Ferraz. ESALQ/USP
(s/d = sem referência de data)
http://docentes.esalq.usp.br/lccbferr/nemata.htm (Nematóides -
em Português)
http://docentes.esalq.usp.br/lccbferr/Nemaflor09.pdf (Nematóides
de plantas florestais e seu manejo - em Português)
http://docentes.esalq.usp.br/lccbferr/aulaszoo.htm (Aulas de Zoologia
- em Português)
Artigos técnicos e científicos:
Ocorrência
de nematóides em genótipos de Eucalyptus e Pinus caribaea. M. C. Cruz; C. E. M. Otoboni; R. V. Ferreira; S.
L. Goulart. Revista Científica Eletrônica Agronomia
4. 03 pp. (2003)
http://www.revista.inf.br/agro04/artigos/artigo10.pdf
RESUMO: Realized genetic gains observed in progeny tolerance of selected
red pine (Pinus densiflora) and black pine (P. thunbergii) to pine
wilt disease. T. Toda; S. Kurinobu. Silvae Genetica 51: 1. (2002)
http://bfafh.de/inst2/sg-pdf/51_1_42.pdf (em Inglês)
Fungal and nematode threats to Australian forests and amenity trees
from importation of wood and wood products. E. Mireku; J. A. Simpson.
Canadian Journal of Plant Pathology. 24:117–124. (2002)
http://pubs.nrc-cnrc.gc.ca/tcjpp/plant24/k02-007.pdf (em Inglês)
Pinewood nematode. Bruce R. Fraedrich. Technical Report. Bartlett Research
Laboratories. 02 pp. (1999)
http://www.onlinegardener.com/disease/Pinewood%20nematode.pdf (em Inglês)
Nematode pine ban by EC (NEMATODE). Trade and Environment Database.
(1999)
http://www.american.edu/ted/nematode.htm (em Inglês)
http://www1.american.edu/ted/nematode.htm (em Inglês)
Pine wood nematode. R. K. Jones; J.R. Baker. Ornamental Disease Information
Note 6. (1996)
http://www.ces.ncsu.edu/depts/pp/notes/Ornamental/odin006/odin006.htm (em Inglês)
RESUMO: Pinewood nematode species complex: interbreeding potential
and chromosome number. R. I. Bolla; M. Boschert. Journal of Nematology
25(2):227-238. (1993)
http://www.pubmedcentral.nih.gov/articlerender.fcgi?artid=2619356 (em Inglês)
Spatial pattern of pine wilt disease caused by Bursaphelenchus
xylophilus (Nematoda: Aphelenchoididae) within a Pinus thunbergii stand. K. Togashi.
Res. Popul. Ecol. 33: 245-256. (1991)
http://meme.biology.tohoku.ac.jp/POPECOL/RP%20PDF/33(2)/pp.245.pdf (em Inglês)
Terpenoids causing tracheid-cavitation in Pinus thunbergii infected by the pine wood nematode (Bursaphelenchus
xylophilus). K. Kuroda.
Ann. Phytopath. Soc. Japan 55:170-178. (1989)
http://cse.ffpri.affrc.go.jp/keiko/hp/1989.04-1.pdf (em Inglês)
Biological control of the pine-wood nematode by spraying a
nematode-trapping fungus. H. Saiki; T. Saito; K. Yoneda; M. Kaijo; K. Uchida; K. Yamanaka.
Journal of Japan Forestry Society 66 (1):30-32. (1984)
http://rms1.agsearch.agropedia.affrc.go.jp/contents/JASI/pdf/society/28-2358.pdf (em Inglês)
Transmission of the pinewood nematode, Bursaphelenchus
xylophilus, to slash pine trees and log bolts by a cerambycid beetle, Monochamus
titillator, in Florida. M. A. Luzzi, R. C. Wilkinson; A. C. Tarjan.
Journal of Nematology 16(1):37-40. (1984)
http://fulltextt10.fcla.edu/DLData/SN/SN0022300X/0016_001/84_07.pdf (em Inglês)
Cytological study of pathological chalanges in Japanese black pine
(Pinus thunbergii) seedlings after inoculation with pine-wood nematode
(Bursaphelenchus xylophilus). T. Nobuchi; T. Tominaga; K. Futai; H.
Harada. 224-233 0. (s/d)
http://rms2.agsearch.agropedia.affrc.go.jp/contents/JASI/pdf/academy/30-2259.pdf (em Inglês)
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Grandes Autores sobre os Pinus
Francisco J. N. Kronka; Francisco Bertolani; Reinaldo H. Ponce
Nesta PinusLetter, em “referências técnicas da
literatura virtual”, voltamos a homenagear grandes autores sobre
os Pinus, seção que destaca os pesquisadores que se dedicaram
aos estudos das espécies dos Pinus, características,
manejos e principais produtos. Trazemos teses, dissertações,
livros e artigos de diversas revistas em que estas pessoas publicaram.
Nessa edição, estamos a homenagear os autores do livro "A
cultura do Pinus no Brasil", que foi editado pela SBS - Sociedade
Brasileira de Silvicultura em março de 2005. São eles:
Francisco José do Nascimento Kronka,
Francisco Bertolani, Reinaldo Herrero Ponce. Lançado em 2005, o livro se tornou uma das mais
importantes fontes de conhecimento e referência de estudos com
o cultivo do Pinus no Brasil. Nas suas 160 páginas, "A
cultura do Pinus no Brasil" aborda temas como a sustentabilidade,
propriedades físicas e anatômicas da madeira e a influência
do manejo na sua qualidade. Mostra ainda as diversas oportunidades
que os Pinus oferecem à sociedade, como a resinagem, madeira
serrada, móveis, construções, celulose e papel,
etc. Inclui também as principais técnicas de cultivo,
manejo, planejamento e colheita, assim como dados sociais e econômicos.
Enfim, uma obra completa e ricamente ilustrada e a cores.
Ouvimos os comentários sobre o livro "A
cultura do Pinus no Brasil" feitos pelo superintendente da Sociedade Brasileira
de Silvicultura (SBS), engenheiro florestal Rubens Cristiano Garlipp:
"
Foram várias as razões que motivaram a SBS a produzir
o livro "A Cultura do Pinus no Brasil". No ano de 2005, a
SBS completou 50 anos e uma das formas de registrar o cinqüentenário
da entidade foi por meio da publicação desse livro. Foram
editorados 2000 exemplares. Uma das missões da SBS é mostrar à sociedade
o real valor das plantações florestais, divulgando seus
benefícios e suas funções de produção
e de proteção, pois o desconhecimento sobre os produtos
e serviços oferecidos pelas florestas plantadas pode-se transformar
em entrave à evolução de empreendimentos responsáveis.
O espaço conquistado pelo Pinus no Brasil, como matéria
prima para os mais variados produtos - da celulose e papel às
serrarias, indústrias de embalagens, painéis reconstituídos
e compensados utilizados na construção civil, aos móveis
e produtos com alto valor agregado, além das resinas, que conquistam
o mercado externo - as plantações de Pinus alimentam
atividades essenciais da economia brasileira, gerando empregos, rendas
e divisas.
Ao publicar o livro, a SBS procurou disponibilizar informações,
não só para aqueles que estão-se inserindo no
campo da silvicultura, como estudiosos ou empreendedores, mas também àqueles
que já atuam na área e que queiram aprender um pouco
mais sobre a atividade.
O livro possibilita ao leitor inteirar-se de todo o processo de aprimoramento
da tecnologia de manejo e dos processos de industrialização
do Pinus, com abordagem ampla e precisa. Ao resgatar e documentar a
evolução da cultura do Pinus no Brasil, desde a sua introdução
até os dias de hoje, o livro evidencia que tal evolução
resultou de inúmeros estudos e da dedicação de
profissionais, entidades, instituições de pesquisa e
empresas comprometidas com o desenvolvimento sustentável de
empreendimentos brasileiros de base florestal.
Para registrar esta história, a SBS contou com a colaboração
prestimosa dos autores Francisco Kronka, Francisco Bertolani e Reinaldo
Ponce, todos engenheiros devotados às florestas plantadas e
seus produtos, profundos conhecedores e importantes atores da consolidação
da cultura do Pinus no Brasil.”
O livro "A cultura do Pinus no
Brasil" pode ser adquirido
diretamente pelo website da SBS, pelo preço singelo de vinte
reais, uma grande barganha técnica e social oferecida pela SBS.
Veja como fazê-lo em: http://www.sbs.org.br/atualidades_single.php?id=4467
Pela importante realização, esses três autores
merecem destaque não apenas pela valiosa contribuição
que deixam com a publicação desse livro, mas também
pela experiência e disseminação de seus conhecimentos,
levando informação à sociedade e partes interessadas
através de seus cursos, seminários, consultorias e outras
diversas publicações que possuem referentes ao setor
florestal. Observem um resumo sobre a carreira de cada autor e alguns
de seus trabalhos disponíveis na web.
Francisco José do Nascimento Kronka
Curriculum CNPq Plataforma Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=P815886
Francisco J. N. Kronka é engenheiro agrônomo formado em
1965 pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP).
No ano seguinte, iniciou trabalho no Instituto Florestal tornando-se
pesquisador em 1977, onde logo depois assumiu a posição
de diretor geral até 1980. A partir desse ano foi o coordenador
da pesquisa de recursos naturais (1980-1983) e também coordenou
projeto de conservação da Mata Atlântica (PPMA)
durante o ano de 2002. Possui vários cursos de especialização
no setor florestal com destaque aos realizados nos Estados Unidos (Virginia
Polytechnic Institute) e no Japão (através da JICA -
Japan International Cooperation Agency).
Grande estudioso na área da pesquisa florestal, atualmente
dedica-se a trabalhos envolvendo o Inventário Florestal do Estado de São
Paulo, monitorando a vegetação natural e os reflorestamentos
de Pinus, Eucaliptos e Seringueira. Também pesquisa a qualidade
da madeira da última para diferentes funções.
Para tanto, já visitou institutos de pesquisas e associações
industriais na Ásia como China, Malásia, Tailândia
e Vietnã. Voltando a assumir o posto de Diretor Geral do Instituto
Florestal, Francisco J. N. Kronka continua contribuindo muito com a
difusão da pesquisa e conhecimento no Brasil e no mundo, publicando
como autor e co-autor vários trabalhos referentes ao manejo
florestal, incluindo sete livros, dentre eles “A Cultura do Pinus no Brasil” em 2005, sobre o qual deixa seu valioso depoimento,
abaixo:
"O
livro A Cultura do Pinus no Brasil foi produzido com muito carinho,
envolvimento e dedicação visando disponibilizar
informações sobre essa cultura tão importante,
tanto para os profissionais da área como para a sociedade em
geral. Esperamos ter contribuído com conhecimentos sobre a importância
econômica e social do cultivo do Pinus para os leitores que buscam
informações nesta área."
Há também alguns trabalhos disponíveis na internet
de autoria de Francisco J. N. Kronka, sendo que alguns abordam espécies
de Pinus. Observem:
Historical
land-cover/use in different slope and riparian buffer zones in
watersheds of the state of Sao Paulo, Brazil. Scientia Agricola
64(4):325-335. (2007)
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-90162007000400003&script=sci_arttext&tlng=en
Monitoramento da vegetação natural e do reflorestamento
no Estado de Sao Paulo. F. J. N. Kronka; M. A. Nalon; C. K. Matsukuma;
M. M. Kanashiro; M. S. S. Ywane; L. M. P. Lima; J. R. Guillaumon; A.
M. F.Barradas; M. Pavão; L. A. Manetti; S. C. Borgo. XIISBSR.
08 pp. (2005)
http://www.obt.inpe.br/cbers/cbers_XIISBSR/40_Simp2004-Goiania_Invent.pdf
Disponibilidade
de matéria-prima fibrosa florestal para a indústria
celulósico-papeleira do estado de São Paulo. F. J. N.
Kronka; M. A. Nalon; C. K. Matsukuma; M. Pavão; M. S. S. Ywane;
L. M. P. R. Lima; M. M. Kanashiro; C. N. Shida; A. S. Pires; C. H.
B. Monteiro; A. A. S. Pontinhas; A. Maria F. Barradas; S. C. Borgo;
F. E. S. P. Vilela. 34º Congresso Anual de Celulose e Papel. ABTCP.
18 pp. (2001)
http://www.celuloseonline.com.br/imagembank/Docs/DocBank/dc/dc005.pdf
Land
classification for industrial aforestation in the state of Sao
Paulo. M. A. M. Victor; F. J. N. Kronka; J. L. Timoli; J. Gamazoi.
In: Forest Site and Productivity. S. P. Gessel. IUFRO (1886)
http://books.google.com/books?hl=pt-BR&lr=&id=m1I4Xmw_
D4sC&oi=fnd&pg=PA69&dq=kronka+pinus+autor:f-kronka&ots=
kmNyM7lQTo&sig=ojwvssf3YJC_zfA2P8534ObnhNA (Artigo)
http://books.google.com/books?id=m1I4Xmw_D4sC&hl=pt-BR (Livro integral)
Francisco Bertolani
Formado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná (1966)
e em Engenharia de Segurança do Trabalho (1975) pela Faculdade
de Engenharia da Fundação Educacional de Bauru, Francisco
Bertolani iniciou sua vida profissional em 1966, realizando projetos
de reflorestamentos. No ano seguinte, passou a fazer parte do grupo
Freudenberg, atuando com Engenheiro Florestal e posteriormente assumindo
o cargo de Diretor até 1988. Nesse ano, assumiu a diretoria
da área florestal e de produtos florestais da Duratex S.A.,
onde permaneceu até 1995. Devido à sua grande experiência
em empresas do setor, Francisco Bertolani possui vários trabalhos
publicados, incluindo viagens de estudos onde participou e palestrou
em inúmeros congressos e seminários por vários
países do mundo. Muitos dos principais trabalhos publicados
por Francisco Bertolani têm como tema principal os Pinus, abrangendo
técnicas de manejo e melhoramento de algumas espécies. É por
essa e outras razões que ele é um dos homenageados da
PinusLetter. Já foi presidente e membro de diversos conselhos
- do IPEF (Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais), diretor e
vice-diretor da SBS, etc. Atualmente, exerce atividades de consultoria
para diversas empresas do setor florestal de âmbito nacional
e internacional, através da empresa Chabana Comércio
e Consultoria Florestal. É também Sócio Proprietário
da COMPOMADE Componentes de Madeira Ltda. Para Bertolani, o livro ao
qual co-autorou sobre os Pinus foi por ele definido como: "Esse
livro é uma contribuição da história do
Pinus no Brasil". Além do livro “A
cultura do Pinus no Brasil”, Francisco Bertolani é autor e co-autor de
mais de uma dezena de trabalhos que envolvem espécies de Pinus; contudo, apenas uma pequena amostra está acessível na
web. Confiram:
Reflorestamento sob a ótica do real. F. Bertolani. SBS - Sociedade
Brasileira de Silvicultura. Disponível em 09.04.2009:
http://www.sbs.org.br/secure/download/reflorestamento.htm
Manejo de Eucalyptus
sp para serraria: a experiência da Duratex
S. A. F. Bertolani; N. Nicolielo; R. Chaves. . Seminário Internacional
de Utilização da Madeira de Eucalipto para Serraria.(1995)
http://www.ipef.br/publicacoes/seminario_serraria/cap03.pdf
O
seqüestro de CO2 e o custo de reflorestamento
com Eucalyptus spp. e Pinus spp. no Brasil. 13 pp. (1994)
http://www.fbds.org.br/IMG/doc-11.rtf
Influência dos recipientes e dos métodos de semeadura
na formação de mudas de Pinus caribaea Morelet var. hondurensis. F. Bertolani; A. Villela Filho; N. Nicolielo; J. W. Simões;
U. M. Brasil. IPEF 11: 71-77. (1975)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr11/cap05.pdf
Reinaldo Herrero Ponce
Reinaldo Herrero Ponce possui ampla experiência na área
florestal, o que pode ser comprovado através de seu vasto currículo.
Graduado em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná em
1969, obteve a titulação de Master of Science pelo Virginia
Polytechnic Institute & State University nos Estados Unidos, em
1979. Em período entre esses estudos (1969-70) foi pesquisador
na Divisão de Madeiras do IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas
do Estado de São Paulo. Já entre 1975-1995 se tornou
chefe do agrupamento de base florestal desse instituto, efetuando diversos
estudos com Pinus e eucaliptos para o governo de São Paulo e
para outras indústrias privadas do setor. Reinaldo H. Ponce
terminou seu doutorado pela USP em Arquitetura e Urbanismo em 1997;
porém, permaneceu atuando fortemente no setor florestal, principalmente
como consultor e pesquisador para a indústria da madeira, realizando
diagnósticos do setor para a UNIDO (do sistema das Nações
Unidas) em diversos países da América Latina. Também
já atuou na Secretaria do Meio Ambiente como Diretor Adjunto
de Assistência Técnica da Fundação para
a Conservação e a Produção Florestal do
Estado de São Paulo. Atualmente permanece atuando como consultor,
já tendo seus serviços prestados para indústrias
de diversos ramos que utilizam produtos de origem florestal em diversas
partes do mundo. Quando lhe pedimos uma frase sobre o livro em questão,
nos disse o seguinte: "Esse livro é uma pequena colaboração
para uma grande causa". Apesar de possuir também vasta
experiência na apresentação de cursos e seminários
referentes à madeira e o setor florestal existem poucos de seus
trabalhos disponíveis na internet. Confiram alguns:
Madeira serrada de eucalipto: desafios e perspectivas. R. H. Ponce.
Seminário Internacional de Utilização da Madeira
de Eucalipto para Serraria. 9 pp.(1995)
http://www.ipef.br/publicacoes/seminario_serraria/cap06.pdfReinaldo
Plantações florestais. Produtos e benefícios. R. H. Ponce; F. S. França. Artigo Técnico. Florestar
Estatístico 6(15):3-11. (2003)
http://www.sisflor.org.br/download/fe15_1.pdf
Madeira
de floresta plantada na construção civil. R.
H. Ponce. Apresentação em PowerPoint: 50 slides. I Ciclo
de Debates – CPLEA. (2007)
http://homologa.ambiente.sp.gov.br/EA/cursos/ciclo_palestras/151007/ReinaldoPonce.pdf
Referências de Eventos e de Cursos
Nessa seção, trazemos referências
de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional
e que se relacionam diretamente ou indiretamente aos Pinus. A
característica
marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material
bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros
técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos,
os quais já ajudam a saber das novidades no ramo e dos assuntos
abordados durante o encontro. Através dos endereços
de URLs, vocês podem obter o material do evento e conhecer
mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem
para participar do próximo.
XVIII
Congresso Regional de Iniciação Científica
e Tecnológica em Engenharia. (Português)
O XVIII CRICTE ocorreu na cidade de Itajaí, SC, em 2003 durante
os dias 09,10 e 11 de outubro. Confiram os resumos dos trabalhos
apresentados durante o evento no link disponível a download
logo abaixo. Há uma série de estudos realizados com
serragem de madeira de Pinus, sobre propriedades fisico-químicas
da madeira de algumas de suas espécies, bem como novas tecnologias
de seu processamento. Observem:
http://200.169.53.89/download/CD%20congressos/2003/CRICTE/trabalhos/
I
Ciclo de Debates - CPLEA 2007 (Português)
Foram disponibilizadas as apresentaçõesdo "I Ciclo
de Debates" sobre educação ambiental (Construção
Civil Sustentável) no site do governo do estado de São
Paulo. Foram ao todo três dias de palestras durante o ano de
2007 versando os temas: Projeto e Desempenho - Conforto Ambiental
em Edificações (02/10/07); Insumos e Resíduos
(15/10/07), havendo sub-temas sobre madeira como resíduo e
matéria-prima em construções; e Desenvolvimento
Urbano (06/11/07), destacando a sustentabilidade nas moradias. Confiram
as 22 apresentações em:
http://homologa.ambiente.sp.gov.br/EA/cursos/1_cilco_debates_2007_contrucao.htm
1º Congresso Nacional das Ciências do Solo. (Português)
O 1º Congresso Nacional das Ciências do Solo foi o primeiro
evento anual desenvolvido pela Sociedade Portuguesa da Ciência
do Solo em Portugal e ocorreu durante o mês de junho de 2001
no Instituto Superior de Agronomia. Na página do evento, há a
disposição muitas informações sobre o
que ocorreu no congresso, conseguindo-se baixar os resumos das apresentações
realizadas. Dessas, nove abordaram temas de relevância no setor
florestal, havendo algumas envolvendo Pinus e Eucalyptus. Observem
abaixo:
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html (Home page do evento)
Fertilidade
dos solos florestais afetados por práticas de
silvicultura intensiva. 1.
Dinâmica do Nitrogênio.
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html/Resumos/2Fertilidade/2-01-A.Azevedo%20et%20al.htm
Simulação lisimétrica da gestão
da folhada de Castanea sativa e Pinus pinaster.
Efeito na lixiviação
de nutrientes e nas características químicas do solo.
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html/Resumos/2Fertilidade/2-05-F.Raimundo%20.htm
Padrões de variação da queda de folhada e da
devolução de nutrientes ao solo em povoamentos de Eucalyptus
globulus e de Pinus pinaster.
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html/Resumos/5Transformacao/5-15-N.Cortez%20.htm
Compostagem
de casca de pinho para utilização na produção
de plantas florestais.
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html/Resumos/5Transformacao/5-16-RaulSalas.htm
Efeito
da aplicação de cinza de biomassa florestal
no crescimento de plantas de E.globulus e nas características
do solo.
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html/Resumos/5Transformacao/5-11-M.C.Araujo.htm
A
acumulação de carbono no solo de sistemas florestais
intensivos. Influência da disponibilidade hídrica e
de nutrientes e das técnicas de instalação.
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html/Resumos/6Tecnologia/6-12-M.Madeira.htm
A
natureza da folhada nas modificações do solo em
sistemas florestais: caso de um jovem povoamento de Robinia pseudoacacia
L. em Trás-os-Montes.
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html/Resumos/6Tecnologia/6-14-S.Fonseca%20.htm
As
florestas como sumidouros para o carbono das emissões
antropogênicas.
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html/Resumos/7Conservacao/7-04-JSPereira.htm
Técnicas de preparação do terreno em sistemas
florestais e implicações no solo e nas relações
solo-planta: aplicação a dois jovens povoamentos em
Trás-os-Montes.
http://www.isa.utl.pt/dca/easpcs.html/Resumos/6Tecnologia/6-07-G.%20Pinto.htm
Pinus-Links
A seguir, estamos trazendo
a vocês nossa
indicação para visitarem diversos websites que
mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos
econômicos, técnicos, científicos, ambientais,
sociais e educacionais. Nessa seção especificamente,
estamos ainda colocando Pinus-Links com nove empresas e entidades
importantes na sua relação com os Pinus e na
divulgação tecnológica sobre os mesmos.
Isso se fortaleceu ainda mais com o apoio dessas entidades
para que a PinusLetter passasse de novo a ter periodicidade
mensal em 2009. São elas todas entidades Apoiadoras
da PinusLetter para o ano de 2009. Além dessas nove
organizações, outras duas estão também
apoiando a PinusLetter. Sobre elas escreveremos em outra oportunidade,
quando tivermos mais informações com Pinus-Links
das mesmas para vocês: Suprilenho e Florestal
Vale do Corisco.
Norske Skog PISA. (Brasil)
A Norske Skog é uma empresa norueguesa de celulose e
papel das mais importantes no mundo, utilizando matéria-prima
florestal para sua produção em doze países.
No Brasil, a Norske Skog Pisa se localiza no Paraná,
onde é a única que produz papel do tipo imprensa
("newsprint") para impressão de jornais. A
Norske Skog Pisa também comercializa outros tipos de
produtos (outros tipos de papéis e celuloses) trazidos
do exterior, de outras empresas do grupo. Além de aspectos
econômicos, a empresa se preocupa com o meio ambiente
e bem-estar de seus funcionários, possuindo projetos
sociais e ambientais e também possuindo gestão
ambiental e de segurança do trabalho (ISO 14001 e OSHAS
18001). Observem o website internacional da empresa em:
http://www.norskeskog.com/ (Inglês)
http://www.norskeskog.com/Sales/South-America/Brazil.aspx (Inglês)
Confiram a história da empresa na enciclopédia
gratuita Wikipédia em:
http://en.wikipedia.org/wiki/Norske_Skog (Inglês)
Ramires
Reflorestamentos. (Brasil)
Empresa
brasileira que iniciou suas atividades no começo
dos anos 70 em São Paulo, aproveitando os incentivos
governamentais da época. Hoje possui mais de 90 mil
hectares de reflorestamentos também nos estados do Maranhão,
Minas Gerais e Mato Grosso do Sul, em áreas arrendadas,
em parcerias ou próprias. A empresa produz madeira de Pinus e
eucalipto para diversos fins, utilizando-se de altas tecnologias
de plantio, manejo (desbaste e desrama) e apoiando-se
em resultados de pesquisas com melhoramento genético
para a qualidade final da madeira. As principais espécies
de pinheiros utilizadas pela empresa são os tropicais
como Pinus oocarpa e as variedades de P. caribaea. Os
principais produtos da Ramires Reflorestamentos são: a produção
de toras, madeira para serraria, madeira para energia, comercialização
e produção de resinas e a Ecomade (madeira de
alta qualidade com certificado de origem). Observem seus principais
produtos e tecnologias no website da Ramires Reflorestamentos:
http://www.ramires.com.br/reflorestamentos/site/ (Home)
http://www.ramires.com.br/reflorestamentos/site/pinus.php (Pinus)
http://www.ramires.com.br/reflorestamentos/site/tecnologia.php (Tecnologia)
BRACELPA
- Associação Brasileira
de Celulose e Papel. (Brasil)
Fundada em 1932, inicialmente com o nome Associação
Nacional dos Fabricantes de Papel e Celulose, a BRACELPA é uma
entidade que representa o setor de papel e celulose no país,
ajudando a promover a competitividade e a sustentabilidade
nas empresas do setor. A entidade também atua em parceria
com o governo, ajudando a desenvolver projetos ambientais e
sócio-econômicos, tais como o fomento florestal,
incluindo médios e pequenos produtores nas indústrias
do setor e aumentando a área de reflorestamentos do
país, principalmente em áreas anteriormente degradadas
pela agricultura, promovendo assim a conservação
das florestas e ecossistemas naturais.
Sediada em São Paulo, os associados da BRACELPA já correspondem
a praticamente 100% da produção de celulose e
a 80% da de papel no Brasil. O website da entidade é rico
em informações do setor, atualizando constantemente
dados referentes a pesquisas, estatísticas, novas tecnologias
e gestão, o que contribui para aumento da qualidade
dos produtos gerados e das empresas representadas. A BRACELPA
também atua internacionalmente, garantindo boas relações
empresariais e institucionais e fortalecendo o interesse das
indústrias brasileiras. Observem no website as várias
informações disponíveis, entre elas textos
sobre reciclagem, florestas plantadas de Pinus, dados do setor,
tipos de papel, entre tantos outros.
http://www.bracelpa.org.br/bra/index.html (Home)
http://www.bracelpa.org.br/bra/estatisticas/index.html (Números
do setor)
http://www.bracelpa.org.br/bra/saibamais/florestas/index.html (Florestas plantadas de Pinus e Eucalyptus)
http://www.bracelpa.org.br/bra/saibamais/matprima/index.html (Matéria-prima para o papel)
http://www.bracelpa.org.br/bra/saibamais/reciclagem/index.html (Reciclagem)
http://www.bracelpa.org.br/bra/saibamais/tipos/index.html (Tipos
de papel)
Caxuana Reflorestamento. (Brasil)
Empresa
brasileira de reflorestamento e produtos de madeira como blanks,
molduras, painéis, flat jambs e eucalipto
tratado e autoclavado. Localizada no município de Nova
Ponte, MG, a empresa possui um parque industrial moderno capaz
de beneficiar a madeira e agregar valor ao produto final. Também
possui importantes programas sócio-ambientais na comunidade
onde atua. Suas áreas de reflorestamento englobam as
espécies Pinus oocarpa e P. caribaea var. hondurensis, possui
viveiro próprio e realiza reflorestamento anual
de cerca de 1400 ha. Entrem no website da empresa e conheçam
mais sobre os programas ambientais da empresa assim como seus
produtos.
http://www.caxuana.com.br/ (Home)
Poyry Tecnologia. (Brasil)
Empresa
de prestação de serviços de engenharia
e consultoria, a Poyry Tecnologia efetua projetos de novas
plantas industriais, de reconstrução, modernização
e reformas e realiza serviços na área ambiental,
principalmente para indústrias de celulose e papel.
Também possui como clientes outras indústrias
de processos, como indústrias químicas e de metais.
A Poyry também presta consultoria em gestão,
sendo uma empresa com escritórios em 19 países
e possuindo mais de 2100 colaboradores na divisão de
indústrias de base florestal. Além disso, dispõe
de um dos melhores bancos de dados setoriais a nível
global. Por essa razão, é bastante atuante nas
principais áreas de engenharia e consultoria para a
produção de papel e celulose no mundo. Confiram
o website da empresa especializada em consultoria tecnológica
no setor florestal a seguir:
http://www.poyry.com.br/Poyry_Brasil/POYRY.htm (Home)
http://www.poyry.com.br/Poyry_Brasil/INDUSTRIA.HTM (Indústria
de base florestal)
Eko Energética. (Brasil)
Empresa
brasileira criada em 2004 e especializada na produção
e comercialização de biomassa advinda de produtos
e sub-produtos florestais, a Eko Energética também
realiza transporte de produtos florestais. Tem como seus principais
produtos: cavacos gerados de subprodutos de processos florestais
e utilizados para geração de energia em indústria,
para secagem e geração de vapor; toras, usadas
principalmente nas serrarias; lenha, para a geração
de biomassa para energia em indústrias. Localizada em
região estratégica no estado de Minas Gerais,
está próxima a parques industriais e também
a grandes áreas de reflorestamentos de Pinus e de eucaliptos.
Oferece também prestação de serviços
envolvendo logística integrada, administração
de florestas e de parques industriais, sempre valorizando o
meio ambiente e a sociedade local.
http://www.ekoenergetica.com.br/ (Home)
http://www.ekoenergetica.com.br/index.php?pid=inc/inc_conteudo_all.php&id_grupo=77 (Produtos)
http://www.ekoenergetica.com.br/index.php?pid=inc/inc_conteudo_all.php&id_grupo=76 (Serviços)
Valor Florestal. (Brasil)
Empresa
prestadora de serviços na área florestal,
foi criada a partir da venda dos ativos florestais da Norske
Skog unidade Pisa. A empresa passou a gerenciar florestas,
possuindo hoje mais de 50 colaboradores e parceiros, atuando
no gerenciamento florestal de seus clientes. Os principais
serviços oferecidos pela empresa são: manejo
florestal, com o planejamento de plantio, produção
de mudas, tratos culturais, monitoramento, poda, desbaste,
proteção florestal, entre outros; comercialização
da floresta contando com a colheita e transporte; gestão
florestal, via análise de fluxo de caixa, inventário
florestal e prestação de contas; transferência
de know-how, com o auxílio de softwares de gestão
florestal; avaliação econômica da atividades
e da empresa, investimentos, etc. Cuida enfim da administração
de toda a produção florestal desde a compra de
terras até a comercialização do produto
final. Confiram as responsabilidades sociais e ambientais em
que a Valor Florestal está comprometida e obtenham maiores
informações sobre os principais produtos da empresa.
http://www.valorflorestal.com.br/main.htm (Home)
John Deere. (Brasil)
Empresa
multinacional, especializada na produção
de maquinários agrícolas e em sistemas de mecanização,
investe também no setor florestal. Seus principais produtos
são tratores, pulverizadores, utilitários, plantadeiras,
colheitadeiras, tecnologia de agricultura de precisão
entre outros. No Brasil, a John Deere está localizada
em Horizontina, RS; contudo, possui inúmeras concessionárias
espalhadas por todo o país e oferecendo diversos serviços
de suporte técnico, manutenção, crédito,
entre outros. Dentre as preocupações da empresa,
estão a conservação do meio ambiente e
a segurança dos usuários dos seus produtos já tendo
diversas conquistas como prêmios de segurança
e certificação ambiental (ISO14001) em quatro
de suas unidades. Confiram no website a política ambiental
da empresa, histórico, produtos, tecnologia e serviços
no Brasil e no mundo:
http://www.deere.com.br/pt_BR/index.html (Índice)
http://www.deere.com.br/pt_BR/ag/homepages/ag_home/index.html?link=brazil_homepage&location=ag_image
(Home)
http://www.deere.com/en_US/deerecom/ (Mundial)
http://www.deere.com.br/pt_BR/ag/landingpages/support.html?link=ag_a_level&location=service_support
(Produtos)
http://www.deere.com.br/pt_BR/ag/infocenter/meioambiente.html (Meio ambiente)
Satipel. (Brasil)
Empresa do Grupo Ligna, atuando na produção de
painéis de madeira desde 1971, possui atualmente duas
fábricas instaladas em Taquari (RS) e em Uberaba (MG),
atendendo as necessidades de inúmeros clientes em todo
o Brasil e exterior. Além de parques industriais em
plena expansão, a Satipel possui suas próprias áreas
de reflorestamento presentes nos dois estados (86,5 mil hectares
de florestas de Pinus e Eucalyptus), de forma
a garantir a boa qualidade da matéria-prima aliando boas práticas
de manejo sustentável. Observem os principais produtos
gerados pela empresa em seu website, que também disponibiliza
a todos os interessados o programa de fomento florestal e os
planos de manejo das florestas certificadas pelo FSC - Forest
Stewardship Council.
http://www.satipel.com.br/site/home/ (Home)
http://www.satipel.com.br/site/produtos/ (Produtos)
http://www.satipel.com.br/site/sustentabilidade/fomento.asp (Programa de fomento florestal)
http://www.satipel.com.br/pdf/manejo.pdf (Resumo público
do plano de manejo florestal para as atividades florestais
da empresa em Minas Gerais)
http://www.satipel.com.br/pdf/Plano_de_Manejo.pdf (Idem para
Minas Gerais)
http://www.satipel.com.br/site/downloads/tratados.pdf (Certificações
florestais e ambientais - FSC dentre outras)
http://www.satipel.com.br/site/downloads/apresentacao4T08_pt.ppt (Apresentação
da empresa em PowerPoint)
Aplicações Medicinais dos Pinus
As propriedades medicinais de muitas
espécies
de pinheiros já são conhecidas desde tempos remotos
da história. Por volta dos anos 1800's, as essências
de acículas e óleos já eram utilizadas em tônicos
e misturas. Chás já eram feitos com folhas de pinheiros
para combater o escorbuto (falta de vitamina C) no organismo. Nos
tempos antigos, acículas de Pinus eram utilizadas como enchimento
de camas para auxiliar no combate ao reumatismo e artrite, acalmando
as dores do corpo (Plant Profile Home, 2009). Muitas das propriedades
medicinais dos Pinus que se relatavam no passado já foram
comprovadas.
As principais partes dos pinheiros utilizadas para a extração
das substâncias ativas usadas para finalidades medicinais são
brotos e acículas e as resinas. Das folhas e brotações
são extraídos óleos através da hidrodestilação.
As principais espécies que possuem propriedades medicinais
em seus óleos são: Pinus sylvestris, P. pinaster
e P. strobus. Os seus óleos possuem comprovado
poder anti-séptico,
sendo utilizados como desinfetantes de ambientes, de ar (aromaterapia)
e até mesmo de feridas cutâneas. O óleo essencial
de Pinus é muito utilizado também para combate
e prevenção
de gripes e resfriados, devido a essas mesmas propriedades. O óleo
de folhas de Pinus também já foi muito utilizado
no passado para o tratamento de dores de reumatismo, artrite e dores
musculares, estimulando a circulação sangüínea
na área dolorida. Para sua utilização na aromaterapia,
o óleo de Pinus deve ser cuidadosamente diluído
em água,
pois em elevadas doses ou concentrações é extremamente
irritante à pele ou às mucosas. Um dos principais usos
do óleo de Pinus atualmente é como desinfetante.
Logo, muitos estudos das essências de várias espécies
vêm sendo conduzidos. Um exemplo disso foi o realizado por
Sonibare e Olakunle (2008) que avaliaram a composição
química e propriedade anti-séptica do óleo de
P. caribaea. Os principais componentes observados foram
phellandreno (67,9%), caryophylleno (10,2 %) e pineno (5,4%). O óleo
possuiu moderada atividade contra Pseudomonas aeruginosa na concentração
mínima testada, porém não apresentou controle
de outras bactérias como Candida albicans, Bacillus subtilis,
Staphylococcus typhi e Bacillus aureus.
Motiejunaite e Peciulyte (2004) avaliaram a capacidade anti-fúngica
do óleo essencial de P. sylvestris. Os resultados comprovaram
que o óleo possui maior ação sobre bactérias
e leveduras do que sobre espécies de fungos em meios de cultura.
Porém, os compostos voláteis do óleo possuem
ação fungistática em espécies como Penicillium
funiculosum e Trichoderma viride.
Recentemente, estudos vêm mostrando o potencial do composto “stanol” encontrado
em P. strobus no combate de doenças circulatórias,
por diminuir níveis de colesterol (Plant Profile Home, 2009).
Atividades biológicas do organismo humano foram avaliadas
sob extrato da casca de P. marítima por Packer et al. (1999).
Os autores constataram que o ingrediente ativo pycnogenol possui
elevada propriedade anti-oxidante podendo ser no futuro indicado
para tratamento de doenças circulatórias, tratamento
de câncer, entre outras doenças.
Das resinas dos Pinus extrai-se a terebintina, parte líquida
da resina obtida através da destilação. Os principais
componentes da terebintina são terpenos como o alfa-pineno
e o beta-pineno. Nos tempos antigos, a terebintina já era
comumente utilizada para auxílio da cura de doenças
pulmonares devido ao seu forte cheiro de pinho, sendo misturada à gordura
animal e esfregada no peito ou também ingerida em pequenas
doses. No passado foi muito usada como vermífugo pelo seu
poder anti-séptico e diurético. Na mesma época,
também era utilizada como uso tópico para o tratamento
de combate a piolhos. Hoje, apesar de seu reconhecido poder medicinal,
sabe-se que esse produto deve ser utilizado com bastante moderação
e cuidado, pois se usado em altas doses pode ser tóxico ao
organismo. A terebintina ainda hoje é utilizada como anestésico
local, ativando a circulação sangüínea
junto com massagens. Logo, é bastante utilizada em formulações
de remédios como pomadas, bálsamos e géis para
tratamento anti-reumáticos, contra artrite, bursite, dores
musculares e contusões. Bálsamos descongestionantes
nasais tipo Vick Vaporub (que contem terebintina e ainda óleo
essencial de eucalipto) também possuem esse fármaco
pináceo em suas composições. Pessoas com sensibilidade
cutânea e alergias devem realizar testes de sensibilidade antes
de utilizar tais produtos contendo terebintina, pois alguns de seus
efeitos colaterais são dermatites cutâneas como erupções
e urticária. A utilização interna desse produto
não é comum nos dias de hoje, pois já se comprovou
que em elevadas doses a terebintina pode causar irritações
no sistema nervoso central (Cook, 1859; Pinheiro marítimo,
2009; Wikipédia, 2009). Segundo Cook (1859) qualquer dose
em excesso desse medicamento se ingerida regularmente pode causar
queimações estomacais, irritação do fígado
e bexiga entre outros problemas gastrointestinais. A terebintina
ainda hoje é utilizada para espurgos e inalação
contra doenças respiratórias em remédios caseiros.
A terebintina pode ser extraída da resina de praticamente
todas as espécies de pinheiros, porém as resiníferas
como P. pinaster, P. halepensis, P. massoniana, P. merkusii,
P. palustris, P. taeda, P. elliottii, P. oocarpa e P. ponderosa, são as
mais indicadas (Wikipédia, 2009).
Apesar do comprovado grande poder medicinal que tanto a terebintina
como os óleos essenciais de Pinus possuem, seus efeitos colaterais
e tóxicos são da mesma forma potencialmente perigosos,
caso se pratiquem excessos. Logo, sua utilização para
remédios caseiros deve ser realizada com cautela segundo orientação
médica.
Aos interessados pelas propriedades medicinais de óleos e
da resina de espécies de Pinus sugere-se a leitura e observação
dos artigos e websites listados logo abaixo. Há inclusive
receitas de aromaterapia disponíveis. Há também
dados referentes à toxicologia da terebintina e do óleo
dos Pinus. Observem e aprendam a entender melhor esses remédios:
Pinheiro marítimo. Canto Verde. Disponível em 09.04.2009:
Conheçam algumas receitas de uso da aromaterapia com óleos
de Pinus no website Canto Verde. Além disso, ainda apresentam-se
disponíveis as principais propriedades medicinais de Pinus
pinaster e de P. sylvestris e algumas de suas principais partes morfológicas
das árvores utilizadas para fins terapêuticos.
http://www.cantoverde.org/150plantas/p.html
Pine
- Pinus sylvestris. Annie’s Remedy. Essencial Oils and
Herbs. Disponível em 09.04.2009:
Este website apresenta os principais ingredientes ativos e usos na
medicina do óleo essencial extraído das acículas
de P. sylvestris. Há relatos de usos desse pinheiro na história
antiga, dicas para a diluição do óleo, utilização
na aromaterapia, entre outros assuntos envolvendo os Pinus medicinais.
http://www.anniesremedy.com/herb_detail49.php
Eastern
White Pine (Pinus strobus). The Healing Power
of Plants. Plant Profile Home. Disponível em 13.04.2009:
A seção “The Healing Power of Plants” possui
uma reportagem especial das propriedades medicinais de Pinus
strobus,
indicando a utilização da resina para fins anti-sépticos
e das acículas para combater anemia e escorbuto. Ainda possui
algumas recentes descobertas da medicina sobre usos medicinais desse
pinheiro.
http://www.virtualmuseum.ca/Exhibitions/Healingplants/plant_dir/easternwhitepine.php
Artigos técnicos e científicos
Chemical composition and antibacterial activity of the essential
oil of Pinus caribaea from Nigeria. O. O. Sonibare; K. Olakunle.
African Journal of Biotechnology 7(14):2462-2464.(2008)
http://www.academicjournals.org/AJB/PDF/pdf2008/18Jul/Sonibare%20and%20Olakunle.pdf
RESUMO: Potential biomedical properties of Pinus
massoniana bark extract. Y. Cui; H. Xie; J. Wang. Phytotherapy
Research 19(1): 34 – 38.
(2005)
http://www3.interscience.wiley.com/journal/110433793/abstract?CRETRY=1&SRETRY=0
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=16633122
Fungicidal properties of Pinus
sylvestris L. for improvement of
air quality. O. Motiejunaite; D. Peciulyte. Medicina (Kaunas) 40(8):787-794.
(2004)
http://medicina.kmu.lt/0408/0408-17e.pdf
RESUMO:
Antioxidant activity and biologic properties of a procyanidin-rich
extract from pine (Pinus maritima) bark,
pycnogenol. L. Packer; G.
Rimbach; F. Virgili. Free Radical Biology & Medicine 27(5-6):
704-24. (1999)
http://www.mdconsult.com/das/citation/body/129173313-
2/jorg=journal&source=MI&sp=11046855&sid=0/N/11046855/1.html?issn=
Resina,
resin, colophony. Terebinthina, turpentine. Oil of turpentine. WM. H. Cook. The Physio-medical Dispensatory. 538 pp. (1869)
http://medherb.com/cook/cook.pdf
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Defeitos Intrínsecos
mais Comuns nas Toras e Madeiras de Pinus sem Beneficiamento
Introdução
A madeira é um compósito natural formado por arranjos
de células (a maioria fibrosas) contendo diversos polímeros
e outras substâncias não-poliméricas, destacando-se
celulose, lignina, hemiceluloses, resinas, extrativos, cinzas minerais,
amidos, taninos e açúcares solúveis em água,
dispostos em tecidos os quais se desenvolvem em árvores de formato
quase cilíndrico (Construção Civil, 2007; CEP,
s/d). É um produto de origem vegetal bastante versátil,
podendo ser utilizado para diversas finalidades como a fabricação
de papel, de celulose, na construção civil e também
nas serrarias, ou ainda como biomassa energética, dentre tantos
e muitos usos. A madeira é uma matéria orgânica
que está sujeita aos fatores climáticos, antrópicos
e às ações de microorganismos e insetos (agentes
bióticos) durante o seu crescimento e formação,
os quais podem, ao final de seu ciclo, trazer irregularidades em sua
forma, composição e estética. Tais não
conformidades podem ser notadas já no tronco e também
na aparência visual da madeira (Martin et al., 2002).
A madeira de Pinus está sendo cada vez mais utilizada
para a produção de madeira serrada no Brasil.
Isso ocorre pelo aumento grande na demanda, por se tratar
de um produto bem aceito para exportações,
principalmente devido aos reflorestamentos com bom manejo
florestal e selos verdes, pelo seu rápido crescimento
e também pela diminuição de oferta de
madeira pelas florestas nativas (Carreira e Dias, 2005; Rocha,
s/d). Apesar disso, e como em outros casos de matérias-primas
vegetais, a madeira das espécies de pinheiros possuem
defeitos que podem depreciar a sua qualidade (Carreira e
Dias, 2005). Esses defeitos precisam ser bem avaliados e
conhecidos, para serem controlados e com isso, valorizar-se
a madeira. A elevada procura pela madeira de reflorestamentos
fez com que normas de classificação fossem
criadas, tais como: NBR 7190, “Projeto de estruturas
de madeira”, da ABNT - Associação Brasileira
de Normas Técnicas, 1997 (Carreira e Dias, 2005) e
também NBR 11700, “Madeira serrada de coníferas
provenientes de reflorestamento para uso geral” (Manual
da Madeira, 2007).
A madeira serrada é amplamente utilizada na construção
civil, para fabricação de móveis, dormentes,
vigas, molduras, pisos, usos estruturais, entre outros (Martin
et al., 2002). Os defeitos da madeira são definidos
como qualquer não conformidade observada no seu aspecto
exterior capaz de comprometer sua qualidade e limitar seu
uso, depreciando seu valor e podendo diminuir a longevidade,
a resistência e a estética (Deck, 2009; Rodríguez,
2009; Martin et al., 2002).
São muitos os defeitos que podem ser encontrados
na madeira dos Pinus. Eles podem ser classificados visualmente
ou estruturalmente, podendo ter várias origens. Neste
artigo técnico, serão abordados os principais
defeitos originários do crescimento diferenciado da árvore
(defeitos naturais de origem intrínseca do Pinus),
os defeitos do tronco (e por extensão, das toras)
e os provenientes da conservação, enfermidades
e outros problemas bióticos que afetam a madeira ainda
não beneficiada. Outros defeitos estruturais da madeira
e os originados pela produção (desdobro, beneficiamento,
entre outros) e secagem serão abordados na segunda
parte do artigo, em outra edição desse nosso
informativo eletrônico.
Uma das principais formas de classificação
da madeira dos Pinus é através de sua aparência,
mais conhecida como a classificação visual,
ou seja, por seus defeitos e qualidades visuais. No Brasil,
segundo o “Manual da Madeira” (2007), esse tipo
de classificação é ainda pouco utilizado,
sendo mais empregado para a madeira exportada, ou para alguns
mercados especiais. Nesse sistema, realiza-se a observação
visual nas quatro faces da madeira serrada e as peças
com defeitos semelhantes são agrupadas em classes
(Molina, 2009). O mesmo autor aponta que no Brasil existem
quatro classificações estruturais da madeira:
madeira de primeira categoria SS (quase sem defeitos) e madeiras
das classes n° 1, n° 2 e n°3, sendo que a última é a
que possui maiores irregularidades.
Conforme a proposta desse mini-artigo, descreveremos
abaixo alguns dos principais defeitos de origem natural
das toras
de Pinus e os da conservação da madeira.
Defeitos de toras de Pinus
Os defeitos das toras nada mais são do que irregularidades
na forma do tronco da árvore dos Pinus, geralmente
observando-se diminuições demasiadas e abruptas
de seu diâmetro. A diminuição paulatina
de diâmetro do tronco faz com que a madeira serrada
não possua forma transversal quadrada em todo o seu
comprimento. A diminuição demasiada de grossura
do tronco também aumenta a quantidade de rejeitos
durante a serragem (Rodríguez, 2009; CEP, s/d).
As
ramificações, tortuosidades e curvaturas
também são outros defeitos de formação
dos troncos que depreciam a homogeneidade das toras, complicando
o desdobro da madeira (CEP, s/d).
De acordo com Rocha (s/d) as madeiras provindas
de reflorestamentos possuem toras muito mais homogêneas, quando comparadas às
da maioria das árvores nativas. Logo, tal homogeneidade
apresenta um padrão da madeira que oferece um benefício,
principalmente em termos de produtividade de desdobro. O
autor também afirma que há maior aproveitamento
da matéria-prima quando há classificação
prévia das toras, que pode ser feita tanto a campo
como no pátio da serraria. A aquisição
de um sistema de classificação eletrônica
e automático de toras possui um custo elevado, principalmente
para empresas de pequeno porte; porém, suas vantagens
de desdobro geralmente compensam o investimento.
A madeira padronizada é classificada pelos produtores
de acordo com o seu diâmetro e forma de tronco, otimizando
a utilização das máquinas, havendo ganhos
principalmente em rendimentos de produção.
Murara Júnior e colaboradores (2005) realizaram dois
tipos de desdobro em toras de Pinus taeda: um em que as toras
foram agrupadas de acordo com a semelhança de diâmetro
(sistema dito otimizado) e o outro um desdobro convencional,
sem tal premissa. Os rendimentos atribuídos ao desdobro
otimizado (41,6 e 63 %) foram significativamente superiores
aos do convencional (35,2 e 43,9 %).
Práticas adequadas de poda e desbaste melhoraram
o diâmetro e a uniformidade do mesmo nas toras para
a serraria, havendo também diâmetros mínimos
do chamado núcleo nodoso (parte central da tora onde
se nota maior presença de nós). Tais medidas
permitiram maiores ganhos com aumento do valor agregado de
madeiras chamadas “madeiras clean” (livres de
nós, que são um dos principais defeitos da
madeira dos Pinus) e também com maior aproveitamento
da madeira das costaneiras (Rocha, s/d).
Muitas empresas possuem leitores óticos que através
da medição do diâmetro e comprimento,
permitem um programa de desdobro para uma melhor organização
da produção e rendimento, gerando diagramas
de cortes pré-estabelecidos para cada classe de tora
(Rocha, s/d). Além do melhor rendimento da madeira,
a máquina possibilita a obtenção de
peças serradas de melhor qualidade.
Defeitos devido à formação da madeira
e ao crescimento diferenciado
As árvores (troncos e galhos) de Pinus podem possuir
crescimento diferenciado de acordo com as condições
ambientais e manejo a que foram submetidas durante o desenvolvimento,
que podem gerar algumas irregularidades na madeira (Rodríguez,
2009). Os principais defeitos visuais de origem intrínseca,
também chamados de origem própria, da madeira
de Pinus são:
-
Nós: São definidos como interseções
de ramos (bases) no tronco, influenciando na resistência
da madeira e também no seu desdobro, pois possuem
coloração distinta e um sistema independente
de anéis concêntricos de crescimento (Rodríguez,
2009). Há vários tipos de nós comuns
na madeira dos Pinus: vivos (aderidos) e mortos (soltos).
Eles possuem várias formas e estados sanitários
e são classificados de acordo com sua disposição
em: dispersos, agrupados e ramificados. Qualquer tipo de
nó que se encontre em distâncias superiores à sua
largura de outros caracteriza o que se define de nós
dispersos. Já o contrário ocorre com os nós
agrupados que se encontram juntos em uma mesma região.
Os nós que se originam de um mesmo verticilo, ou que
se encontram em combinação com outros nós
ovalados são chamados de ramificados. Os nós
mortos (provenientes de ramos mortos) são mais problemáticos
na madeira dos Pinus, pois esses ficam soltos, podendo se
desprender com facilidade e prejudicar inclusive a densidade
e resistência da madeira (Calidad...2009; CEP, s/d;
Normas Espanholas..., s/d). Os nós também podem
ser classificados de acordo com seu posicionamento nas peças
serradas como nós de centro de face e nós de
canto da face ou de lado, podendo ser avaliados de acordo
com o seu tamanho em relação ao da peça
(Molina, 2009). Peças pertencentes a classe SS, podem
apresentar no máximo 20 % de nós na face estreita
ou de canto da face larga, aumentando para 25%, 33% e 50%
para as classes n° 1, n°2 e n° 3 respectivamente.
As percentagens para nós de centro da face larga sobem
para 35% na classe SS, podendo chegar até a 75% para
a n° 3 (Molina, 2009).
Os nós possuem coloração e densidade
diferentes do resto da madeira, sendo que as fibras normais
circundam os nós presentes, enfraquecendo a peça
(Normas Espanholas..., s/d). As Normas Espanholas de classificação
da madeira serrada (s/d) também apontam classificação
de nós de acordo com seu formato, podendo haver nós
em folha ou alargados (aparece completo na peça e
de forma ovalada; porém, alargada ou espalhada); nó ovalado,
redondo e nó em espiga (alargado, no canto da face
sendo também observado na extremidade da outra face
da peça). As mesmas normas apontam classificação
visual de acordo com a coloração dos nós
(claros, escuros e avermelhados) e também segundo
o seu estado patológico (sadio, resinoso, podre, entre
outros).
A madeira dita trançada é aquela que possui
grande quantidade de nós de todos os tipos. É apta
para o artesanato e decoração; todavia, não
se recomenda o uso para trabalhos onde se exige resistência,
devido à sua baixa elasticidade (CEP, s/d).
Southern Pine Inspection Bureau (SPIB) possui
também
classificações próprias para os nós
de coníferas para os Estados Unidos, os quais são
classificados conforme a posição, conjunto
e tamanho em relação às quatro faces
da peça (Carreira e Dias, 2006; Carreira e Dias, 2003;
Carreira, 2003).
-
Gretas: São aberturas que a peça
apresenta em diferentes magnitudes e orientações,
comprometendo a resistência da madeira. As gretas
são produzidas
por mudanças abruptas de temperatura e por excessos
de calor ou de frio na estocagem das toras, que provocam
a degradação da resina e desidratação
da madeira. Essas alterações provocam a formação
das gretas, que se desenvolvem de dentro para fora da madeira
do tronco devido a uma mudança de crescimento lateral
e também por pressões internas (Limeira, 2003;
CEP, s/d). Podem também ocorrer pela ação
de ventos que provocam a flexão da árvore (Limeira,
2003).
-
Inclinação de fibras (grã): São
os ângulos de inclinação das fibras em
relação à extremidade das quatro faces
da peça (ou então, em relação
ao eixo da tora). Para avaliação, deve-se medir
o maior ângulo, desconsiderando o entorno dos nós.
O ângulo das fibras pode ser visto através da
disposição dos anéis concêntricos,
quanto mais inclinados nas extremidades das chapas, maior
será o ângulo (Molina, 2009; Carreira e Dias,
2003). A inclinação das fibras é um
defeito comum especialmente em toras de árvores que
sofrem com ação de ventos, que crescem em terrenos
muito declivosos ou que possuem muito rápido desenvolvimento.
-
Bolsas de resina: Essas
são definidas como cavidades
entre os componentes dos anéis de crescimento
onde se depositam resinas. Possuem efeitos sobre a
resistência
da madeira, uma vez que são descontinuidades
da madeira, podendo causar desvios locais na direção
da fibra. Isso diminui a resistência dessa madeira
a tensões
e esforços. As bolsas de resinas podem ter várias
formas e tamanhos e são comuns principalmente
em madeiras de coníferas. Para o caso dos Pinus muito resiníferos,
há grande impregnação de resina,
o que pode manchar a madeira, principalmente com o
excesso de calor,
ou também dificultar sua pintura. Para minimizar
esse problema, recomenda-se a secagem da madeira em
estufas permitindo
a cristalização da resina (Martin et
al.; 2002).
-
Madeira contraída e desvio de veio: Gerada pela
mudança do sentido das fibras da madeira, sendo quase
impossível a correta serragem nessa região,
gerando irregularidades (Deck, 2009; CEP, s/d). O desvio
de veio ou fibras torcidas ocorre quando há crescimento
das fibras periféricas ao longo do eixo longitudinal
da árvore, enquanto que as fibras internas não
acompanham esse desenvolvimento (Limeira, 2003).
-
Madeira juvenil: Trata-se de um cilindro
de madeira central no tronco da árvore, que tem como centro a medula.
Seu diâmetro é variável e depende muito
do ritmo de crescimento da árvore e de fatores genéticos.
Em função da altíssima proporção
de lenho inicial e pouco lenho tardio, essa madeira tem baixa
densidade básica e muito baixas resistências
mecânicas (Foelkel et al., 1976)
- Madeira de compressão: Consiste em um defeito
da madeira de coníferas que se deve ao crescimento
não concêntrico dos anéis de crescimento.
Isso se deve a efeitos mecânicos sobre as árvores
ou efeito da gravidade. A madeira de compressão,
que surge em um dos lados do tronco, é mais irregular,
tem maior teor de lignina e fibras com espessura de parede
variadas e com disposição irregular de fibrilas.
Isso conduz a pioras nas propriedades de resistências
das peças que contenham esse tipo de madeira (Tomazello
et al., 1985)
Outros defeitos naturais encontrados em madeiras são:
coração oco (defeito da madeira próximo à medula
da árvore, havendo desintegração de
alguns de seus anéis); tumores (resultantes de algum
golpe na madeira em pé, ocasionando diferenciações
celulares); madeira de fibra revirada ou espiralada (crescimento
da madeira é em seu redor, em espiral, ao invés
de ser paralelo à medula); madeira borne ou de alburno
(referente à madeira da região mais externa
do tronco na direção de seu raio, sendo mais
quebradiça e mais rica em substâncias que
atraem xilófagos); madeira recalcitrada (madeira
com manchas vermelhas, causadas pela má circulação
da seiva); anéis lanulados (anéis de madeira
morta circundados por outros vivos) (CEP, s/d).
Técnicas para minimização dos defeitos
intrínsecos devido à formação
da madeira
É muito difícil minimizar esses tipos de defeitos
já intrínsecos na madeira pronta dos Pinus, depois dela formada. Nesses casos, o que se pode fazer é a
classificação visual da madeira de forma correta
a fim de agrupar as peças de acordo com seus defeitos,
destinando-as às funções mais adequadas,
obedecendo às limitações de resistência
e flexibilidade que cada tipo de defeito proporciona (Martin
te al., 2002).
Entretanto, conhecendo bem o processo de formação
da madeira em função do tipo de manejo florestal,
os defeitos podem ser minimizados em sua origem, ou seja
no próprio processo de crescimento da árvore.
Por essa razão, o técnico florestal não
deve se preocupar apenas em fazer crescer volume de tronco,
mas árvores volumosas e com alta qualidade em sua
madeira.
Defeitos de conservação (doenças e ataque
por organismos vivos)
De acordo com Rodríguez (2009), a madeira não
beneficiada possui limitações de conservação,
estando sujeita ao ataque de outros organismos vivos, levando
assim à sua depreciação. O mesmo artigo
ressalta que devemos ter sempre em mente de que a madeira é formada
pelo desenvolvimento da árvore, um ser vivo, e não é um
produto sintético desenvolvido pelo homem. Logo, a
madeira está propensa a sofrer doenças e transformações
de acordo com o ambiente onde se encontra. Tais transformações
influenciam na conservação e na longevidade.
Esses defeitos causados por agentes bióticos são
principalmente devidos a:
-
Insetos: A madeira não beneficiada possui teores
de umidade favoráveis para o desenvolvimento de alguns
insetos broqueadores como larvas de besouros, e também
se tornam mais propícias ao ataque de térmites
(Rodríguez, 2009; CEP, s/d). Os insetos abrem canais
nas peças da madeira alimentando-se de xilema, tornando-a
imprópria para o comércio, principalmente devido à depreciação
das propriedades elásticas, de resistência e
também por causarem problemas estéticos com
a presença de furos (Limeira, 2003; CEP, s/d). Nas
condições de temperatura (20-30°C) e umidade
adequadas, alguns insetos decompositores da madeira podem
terminar rapidamente com a qualidade da peça e inclusive
com construções. Isso ocorre com alguma freqüência,
logo após o corte da madeira (toras ou tábuas),
quando a umidade ainda é elevada (CEP, s/d).
No caso dos cupins e térmites, existem espécies
que são xilófagas, alimentando-se de madeira
já seca através de relações mutualísticas
com microorganismos capazes de quebrar a celulose e lignina
no interior dos seus tratos digestivos (Gallo et al., 2002).
Madeiras de menor densidade, como é o caso dos Pinus estão mais sujeitas ao ataque desses organismos; assim,
a secagem e tratamentos com agentes preservativos são
recomendados, de acordo com o destino que se pretende dar
a madeira (CEP, s/d).
-
Mofos: Os mofos são grandes causadores de doenças
na madeira dos Pinus e geram problemas fitossanitários
em árvores e plantas vivas, na conservação
da madeira não beneficiada e até mesmo na de
madeira tratada, imposta a elevados teores de umidade. Os
agentes causais são espécies de fungos, os
quais, através da liberação de substâncias
químicas degradantes, retiram da madeira a energia
que necessitam para seu desenvolvimento, destruindo totalmente
as fibras e gerando as podridões que depreciam o valor
da madeira (Rodríguez, 2009). A podridão da
madeira é definida como a decomposição
por fungos dos elementos químicos que compõem
os elementos anatômicos da árvore (Rodríguez,
2009).
Os mofos são comumente observados em madeiras armazenadas
e que crescem devido às condições ambientais
propícias encontradas em alguns locais de depósito,
como galpões e armazéns (temperaturas amenas,
sem presença de luz e pouco arejadas). Muitas podridões
têm seus nomes comuns de acordo com a coloração
que as espécies de fungos desenvolvem nas madeiras.
Os principais sintomas observados por madeiras mofadas são:
mudança de coloração, com a presença
de hifas, crestamento e odor desagradável (CEP, s/d).
Os mofos geram podridões nas madeiras que possuem
vários tipos; algumas mais freqüentes são:
-
Podridão azul: pode ocorrer em árvores já colhidas
onde se demorou demasiadamente para a retirada de suas cascas.
A doença possui esse nome pela coloração
do alburno do tronco, o qual fica azul devido à colonização
da madeira pelo fungo. O controle preventivo se dá pela
secagem adequada da madeira (Rodríguez, 2009). Há casos
em que a umidade da madeira volta a se elevar, provocando
o retorno do desenvolvimento desse fungo. Isso pode inclusive
levantar a pintura das peças de madeira pela ação
do fungo (CEP, s/d). Rodríguez (2009) reforça
que nos casos onde essa podridão ainda não
esteja em estado avançado, a madeira ainda pode ser
utilizada, após devidamente tratada com fungicidas
para o controle do fungo. A mancha azul na madeira serrada
tem sido relatada como um dos principais problemas na comercialização
da madeira dos Pinus gerando grandes prejuízos aos
produtores (Mesquita et al., 1994).
-
Podridão branca ou seca: originada a partir da
degradação da seiva e polímeros da madeira
devido ao ataque de fungos (CEP, s/d). De acordo com Rodríguez
(2009), o fungo se desenvolve em uma massa de hifas de coloração
clara.
-
Podridão vermelha ou úmida: ação
direta dos fungos na decomposição da seiva
da madeira proporcionando coloração avermelhada
a essa (CEP, s/d).
Em estudo desenvolvido com caixas do tipo “K” de
madeira de Pinus sp. utilizadas para embalagem de hortaliças,
objetivou-se a análise da absorção de água
pela madeira e a posterior proliferação de
fungos. A madeira de Pinus retém água por muitos
dias depois de imersa e a umidade relativa do ar também
influencia na taxa de perda diária de água
pelas caixas. As principais espécies de fungos encontradas
foram: Trichoderma harzianum e Rhizopus stolonifer. Como
sugestão para maior durabilidade das caixas, os autores
indicam a impermeabilização e também
a secagem das hortaliças antes do acondicionamento
nas embalagens (Henz e Cardoso, 2005).
Técnicas para minimização dos defeitos
de conservação
Existem várias formas de evitar o ataque de organismos
vivos na madeira dos Pinus tais como: armazenagem em locais
ventilados, limpos e claros (presença de luz), secagem
da madeira e tratamentos com produtos de impregnação,
pintura com óleos quentes, inseticidas, fungicidas
entre outros produtos químicos (Rodríguez,
2009; CEP, s/d) registrados e liberados para uso pelo Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Mesquita e colaboradores (1994) testaram
diversos fungicidas para a eficiência no controle da mancha azul causada
por fungos decompositores. Os resultados indicaram que os
tratamentos um dia após o corte foram mais efetivos
no controle do que os realizados nos dias subsequentes do
corte da madeira. Logo, quanto mais cedo o tratamento, mais
efetivo o resultado.
Considerações
finais
Apesar
do crescimento na utilização da madeira
de plantações florestais de Pinus no
Brasil devido ao seu rápido crescimento, práticas
de manejos corretas e alta versatilidade de uso, essa madeira
apresenta algumas limitações naturais e de
conservação que podem afetar a qualidade e
o desempenho nas suas diversas funções (Rodríguez,
2009; Zenid, s/d). No Brasil, embora já existam normas
de classificação da madeira, essas ainda
não são devidamente empregadas por todos os
produtores, sendo necessário o conhecimento e exigência
do consumidor, além de esforços governamentais,
para que se consiga agrupar as madeiras de acordo com as
necessidades. Defeitos provocados por organismos vivos podem
ser evitados com tratamento correto da madeira e armazenagem
em locais com condições ambientais adequadas.
Por outro lado, peças de madeira sem presença
de defeitos não são devidamente valorizadas
em alguns mercados de madeira serrada no Brasil, desestimulando
muitos produtores e vendedores em sua classificação
e produção (Zenid, s/d). Isso também
precisa e deve ser modificado, adequando os preços
de acordo com os seus defeitos e suas finalidades. Tal medida
promoveria um uso ambientalmente mais correto da madeira,
pois essa seria melhor empregada obedecendo às suas
propriedades e finalidades apropriadas, evitando assim substituições
prematuras de peças e promovendo o aumentando a vida útil
de muitas construções.
A padronização e classificação
de toras antes do desdobro também deve ser estimulada
gerando aos produtores melhores rendimentos e menos desperdício
de madeira, gerando ganhos na qualidade na produção
da madeira e mais expressivos ganhos econômicos.
A todos os interessados nesse tema, verifiquem
os artigos e textos técnicos utilizados para a elaboração
desse mini-artigo. Em muitos deles, podem-se encontrar figuras
e fotos dos principais defeitos encontrados não apenas
na madeira natural dos Pinus, mais de várias outras
espécies de valor comercial.
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