
Editorial
Caros
amigos interessados pelos Pinus,
Estamos lhes trazendo a 25ª Edição da nossa PinusLetter. Mais
uma vez, estamos nos esforçando para lhes oferecer temas relevantes
e assuntos interessantes e atuais para sua leitura. Nessa edição,
continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e de
outras coníferas, bem como à preservação
de nossos recursos naturais e à sustentabilidade das plantações
florestais. Também nessa edição, continuamos a
dar o merecido destaque a pessoas de nossa comunidade técnica-científica
e Universidades, as quais trazem, com seus trabalhos, esforços
e talentos, contribuições muito relevantes na agregação
de conhecimentos sobre os Pinus. Esperamos que os temas escolhidos
sejam de seu interesse e agrado.
A seção "As Coníferas
Ibero-Americanas" traz
como destaque algumas das principais características de "Araucaria
araucana", uma conífera nativa da América Latina
que ocorre naturalmente nas montanhas andinas do Chile e da Argentina.
Conhecida popularmente como araucária chilena, apresenta sementes
comestíveis - “pinhões” - apreciados na culinária
local e mundial. Observem algumas de suas principais características
e necessidades edafo-climáticas para seu melhor desenvolvimento.
A PinusLetter enfatiza nessa edição "as caixas de
madeira para transporte de frutas e hortaliças como mais um
produto do Pinus". Atualmente, esse tipo de embalagem é tema
de diversas discussões entre os especialistas no assunto. Conheçam
algumas das principais vantagens e desvantagens do produto para o transporte
de alimentos, sua história no Brasil, tipos, entre outros assuntos
relacionados.
A seção "Referências Técnicas
da Literatura Virtual" destaca novamente "Teses e Dissertações
de Universidades". A Universidade homenageada nesta edição é a
UACH - Universidad Austral de Chile, localizada nas cidades de Valdívia
e Puerto Montt. Essa importante instituição de ensino
e pesquisa chilena atua também na pesquisa do setor florestal,
desenvolvendo e divulgando conhecimentos sobre os Pinus e seus produtos
através da “Faculdade de Ciências
Florestais e Recursos Naturais”. Além de estar situada e atuar intensamente
em Valdívia e Puerto Montt, realiza importantes programas de
extensão em toda a região sul do Chile, ministrando cursos
e ajudando na melhoria da qualidade de vida da sociedade.
Nessa edição, retornamos com as "Referências
sobre Eventos e Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender
mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados
e os materiais dos cursos e eventos referenciados. Visitem ainda os "Pinus-Links",
que oferecem boas chances para a obtenção de novos conhecimentos
sobre os Pinus, consultando os websites sugeridos da internet.
Em edição anterior desse informativo digital (PinusLetter
Nº 3 - http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_03.html#quatorze),
discutimos para vocês as técnicas de resinagem de árvores
de Pinus. Nessa edição atual, trouxemos alguns dos principais “estudos
realizados com a resina do Pinus”. A resina é um composto
produzido pela planta que é extraído e utilizado pelo
homem para diversos fins. Saibam quais são esses, além
das principais vantagens que podem conferir à planta e ao ser
humano.
Através do nosso "Mini-artigo técnico" dessa
edição, trazemos informações sobre "fabricação
de fraldas e absorventes íntimos descartáveis com fibras
celulósicas de Pinus". Confiram a evolução
tecnológica desse produto, desde sua criação nos
anos 70, seus principais componentes e onde e como o Pinus participa
como uma das matérias-primas desses produtos.
Aos
Patrocinadores e
aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento
pela oportunidade, incentivo e ajuda para que
possamos levar ao público alvo, que cada vez é maior,
muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas
que são as dos Pinus, e também as de outras coníferas
comercialmente e ecologicamente importantes para nossa sociedade.
Esperamos
estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias oportunidades que as plantações florestais do gênero Pinus oferecem ao Brasil, América Latina e Península Ibérica, levando sempre mais conhecimentos também sobre os produtos derivados dos Pinus para a sociedade e sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.
Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:
ABTCP -
Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)
KSH
- CRA Engenharia Ltda
(http://www.ksh.ca/en/)
Um
forte abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
As
Coníferas Ibero-Americanas: Araucaria araucana
Caixas
de Madeira de Pinus para o Transporte de Frutas e de
Hortaliças
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - UACH - Universidad
Austral de Chile
Referências
sobre Eventos e Cursos
Pinus-Links
Estudos
sobre a Resina do Pinus
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Fraldas
e Absorventes Íntimos Descartáveis Produzidos
com Fibras Celulósicas do Pinus

As
Coníferas Ibero-Americanas
Araucaria araucana
Araucaria araucana é uma conífera pertencente à família
Araucariaceae, nativa da América do Sul, ocupando mais
precisamente a região andina do Chile e Argentina. Devido à sua
beleza e imponência, é uma árvore que possui vários
nomes populares, tais como: araucária chilena (é uma árvore
símbolo do país), pinheiro de braços, “piñoneiro” (em
espanhol) e “monkey puzzle“ (em inglês).
A. araucana é tão importante culturalmente que até originou
o nome de um povo indígena da sua região de abrangência:
a etnia Pehuenche da tribo Mapuche. Em sua língua Pehuenche significa “gente
de Pehuén” (nome dado à Araucaria araucana). É muito
comum se referir aos indígenas mapuches como araucanos, sendo
essa também o nome espanhol de uma região do Chile (região
Araucana). A árvore proporciona alimento, energia, moradia e fonte
de renda aos Pehuenches que habitam reservas nacionais florestais do
Chile.
A madeira da árvore é considerada macia, de coloração
amarelo clara e foi muito apreciada no passado para a construção
civil, para a carpintaria e marcenaria. Hoje, a árvore está ameaçada
de extinção, existindo menos de 64% de sua área
original. Logo, seus países de abrangência natural possuem
leis que impedem seu corte e restringem a comercialização
de suas sementes (Gymnosperm Database, 2010). Apenas os índios
residentes nas áreas de reservas podem utilizar a madeira de árvores
mortas caídas de forma natural nas florestas. Algumas famílias
indígenas sobrevivem da comercialização das sementes
(pinhões) que são altamente nutritivas e saborosas, sendo
uma das bases da alimentação desses povos; contudo, também
são apreciadas em pratos culinários do mundo inteiro.
Apesar do agradável sabor e preço elevado que alcançam,
o crescimento lento da árvore, que demora de 30-40 anos para iniciar
a produção, desestimula o seu plantio em regiões
exóticas para essa finalidade. Porém, muitos especialistas
garantem que a espera seria compensada pela elevada produtividade e longevidade
da espécie que sobrevive mais de 1000 anos. A árvore atualmente é plantada
como exótica em diversas regiões urbanas de muitos países,
enfeitando parques e jardins de locais de clima frio (Wikipédia,
2010). Povoamentos experimentais e comerciais da espécie já foram
testados e implantados em diversas regiões do mundo, principalmente
pela potencialidade na produção dos pinhões.
A. araucana se desenvolve em regiões altas, acima de 800 metros
de altitude, preferindo terrenos rochosos e arenosos com boa drenagem.
Consegue se associar com outras espécies nativas formando florestas
mistas em seu local de origem; todavia, há tendência de
formarem também bosques puros. A planta se desenvolve bem em climas
oceânicos, podendo suportar solos salinos. Tem preferência
por elevadas precipitações e resiste a temperaturas de
até menos 20ºC, sendo considerada a espécie mais resistente
ao frio do seu gênero. Assim, seu desenvolvimento foi considerado
bom em muitas das regiões de clima temperado da Europa e América
do Norte. Também já foi plantada com sucesso na Nova Zelândia
e Austrália (Gymnosperm Database, 2010).
Mesmo possuindo porte elevado, alcançando até 50 metros
de altura, suas pinhas (cones femininos que contém os pinhões)
caem ao solo quando maduros, facilitando a colheita das sementes. A espécie é dióica,
ou seja, existem árvores do sexo feminino e árvores do
sexo masculino, diferenciando-se visualmente pelas suas inflorescências
na época reprodutiva. Os cones masculinos são menores,
podendo se apresentar em grupos ou solitariamente nos ramos da árvore.
Possuem forma ereta, coloração castanho-amarelado e suas
dimensões médias são 7-15 cm de comprimento por
cinco centímetros de largura. Já o cone feminino apresenta
aspecto globular com coloração predominante marrom na maturação,
o que leva dois a três anos. Também chamados de pinhas,
apresentam 10-18 cm de comprimento e até 15 cm de largura. Dentro
estão dispostas as sementes (pinhões), as quais são
triangulares, têm aspecto brilhante em sua casca de cor marrom
ao alaranjado. Podem medir de 2,5 a 4 cm de comprimento com diâmetro
de 0,7 a 1,5 cm.
Como principais características morfológicas está o
aspecto da árvore adulta: tronco ereto, grosso, cilíndrico
e anelado (cicatrizes de antigas ramificações), ramificando-se
apenas no topo. Seus ramos são praticamente perpendiculares ao
tronco da árvore se inclinando para cima na parte distal. Isso
confere aspecto de “guarda chuva”, semelhante às outras
espécies do gênero. Em função desse comportamento,
a grande maioria das folhas está contida nas extremidades dos
ramos. A folhagem é persistente e flexível; porém,
de aspecto coriáceo e resistente. As folhas têm coloração
verde e estão agrupadas de forma imbricada sobre raminhos, onde
persistem por diversos anos consecutivos (10-15 anos de persistência).
No geral, essas apresentam 8-25 mm de largura e 30-50 mm de comprimento
também contendo um espinho na extremidade (Wikipédia, 2010;
Gilman e Watson, s/d).
Confiram a seguir algumas fotos e figuras das principais partes morfológicas
da árvore, que ajudam a classificá-la e diferenciá-la
das outras espécies do gênero. Há ainda à disposição
diversos textos técnicos e artigos científicos que abordam
a biologia da árvore e manejo principalmente em seu local de origem.
Observem resultados de estudos que visam à preservação
de A. araucana em seu habitat natural, além da importância
sócio-econômico-ambiental que apresenta nas localidades
onde são endêmicas.
Araucaria
araucana. Wikipédia. Acesso em 22.02.2010:
A enciclopédia virtual Wikipédia possui muita informação
técnica sobre a araucária chilena. Dentre essas destacam-se
os principais nomes comuns, taxonomia, descrição morfológica,
ecologia, manejo, usos e importância, distribuição
geográfica, entre outros. Os textos de língua inglesa e
espanhola estão mais completos, possuindo inclusive uma galeria
de fotos de A. araucana. Confiram:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Araucaria_araucana (em Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Araucaria_araucana (em Espanhol)
http://en.wikipedia.org/wiki/Araucaria_araucana (em Inglês)
Araucaria
araucana. Gymnosperm Database. Acesso em 22.02.2010:
A webpage “Gymnosperm Database” apresenta descrição
detalhada da morfologia de A. araucana. Além disso, há muitos
outros temas de relevância abordados no texto técnico do
site tais como: taxonomia, importância ambiental e cultural, abrangência,
condições favoráveis para o desenvolvimento, principais
usos, ecologia, preservação e também algumas curiosidades
(sobre a árvore mais velha e a mais alta). Fotos e figuras da árvore
também podem ser observadas no website www.conifer.org do "Gymnosperm
Database".
http://www.conifers.org/arar/araucana.html
Araucaria
araucana. ChileBosques. Acesso em 22.02.2010:
O website chileno “ChileBosques” possui muitas informações
sobre as espécies arbóreas nativas do país, incluindo-se
Araucaria araucana. Há inúmeras fotos da árvore,
além de textos informativos que tratam da descrição
morfológica da espécie, sua abrangência e hábitat,
as principais funções, biologia, ecologia e preservação.
Observem também alguns vídeos que podem ser acessados sobre
alguns exemplares de A. araucana.
http://www.chilebosque.cl/tree/aarau.html
Araucaria
araucana - (Molina.) K. Koch. Plant for a Future Database.
Acesso em 22.02.2010:
Observem algumas das principais características de Araucaria
araucana descritas no website “Plant for a future database”. Há uma
tabela contendo dados básicos da árvore como o primeiro
identificador, taxonomia, habitat, distribuição e sinonímias.
Depois, existem informações mais detalhadas a respeito
do uso econômico e medicinal da espécie. Confiram também
formas de propagação e características físicas
da araucária chilena.
http://www.pfaf.org/database/plants.php?Araucaria+araucana
Uma
seleção de artigos e trabalhos técnicos e científicos
sobre a Araucaria araucana
Networking sampling of Araucaria
araucana (Mol.) K. Koch
in Chile and the bordering zone of Argentina: implications for the
genetic resources
and the sustainable management. F. Drake; M.A. Martín; M.A. Herrera;
J.R. Molina; F. Drake-Martin; L.M. Martín. Journal of Biogeosciences
and Forestry - SISEF. p. 207-212 pp. (2009)
http://www.sisef.it/iforest/show.php?id=524
Efectos
de la producción de semillas y la heterogeneidad vegetal
sobre la supervivencia de semillas y el patrón espacio-temporal
de establecimiento de plántulas en Araucaria araucana. J. Sanguinetti;
T. Kitzberger. Revista Chilena de Historia Natural 82: 319-335. (2009)
http://www.scielo.cl/pdf/rchnat/v82n3/art01.pdf
Comparación de algunas propiedades físicas y composición
química del almidón de piñón (Araucaria
araucana (Mol) K.Koch), papa (Solanum tuberosum L. ssp. tuberosum
Hawkes) y maíz
(Zea mays L.). M.J. Ocheda Maechel. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 79 pp. (2008)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2008/fao.39c/doc/fao.39c.pdf
Incendios en bosques de Araucaria araucana y consideraciones ecológicas
al madereo de aprovechamiento en áreas recientemente quemadas.
Revista Chilena de Historia Natural 80: 243-253. (2007)
http://www.scielo.cl/pdf/rchnat/v80n2/art09.pdf
Primera
cita de las tres especies de Oxycraspedus Kuschel (Coleoptera:
Belidae)
en Argentina y uso de un modelo predictivo para
comparar su
distribución potencial con el rango de su planta huésped,
la Araucaria araucana. M.S. Ferrer; A.E. Marvaldi; M.F. Tognelli. Revista
Chilena de Historia Natural 80: 327-333. (2007)
http://www.scielo.cl/pdf/rchnat/v80n3/art06.pdf
Human
use and small mammal communities of Araucaria forests in Neuquén,
Argentina. Mastozoología Neotropical, 12(2):217-226. (2005)
http://www.scielo.org.ar/scielo.php?pid=S0327-93832005000200008&script=sci_arttext
Conservation
and restoration of monkey puzzle (Araucaria araucana) forests
in Chile. C. Echeverría; C. Zamorano; M. Cortés.
17 pp. (2004)
http://www.globaltrees.org/downloads/ChileReportS.pdf
Elaboración de una mezcla de miel crema de abeja (Apis mellifera L.)
con harina de piñones de Araucaria
araucana [(Mol) K. Koch]. A.O. Haro Pérez. Monografia de Titulação. Universidad
Austral de Chile. (2004)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2004/fah292e/html/index-frames.html
Insectos que se desarrollan en conos de Araucaria araucana en
la Reserva Nacional Malalcahuello (IX Región). R.J. Thienel Carrasco. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2004)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2004/fift434i/html/index-frames.html
Araucaria araucana (J. I. Molina) K.
Koch. M. A. Arnold. Landscape Plants
For Texas And Environs. Third Edition. 03 pp. (2004)
http://aggie-horticulture.tamu.edu/syllabi/308/Old/Lists/second%20ed/Araucariaaraucana.pdf
Araucaria araucana: Monkey-Puzzle tree. E. F. Gilman; D. G. Watson. University
of Florida. 03 pp. (s/d = sem referência de data)
http://edis.ifas.ufl.edu/pdffiles/ST/ST08100.pdf
Imagens e fotos de Araucaria araucana
Araucaria araucana fotos e imagens
http://www.fotosearch.com.br/fotos-imagens/araucaria-araucana.html
Imagens Google
http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22Araucaria+araucana%22&aq=f&oq=&start=0 (Araucaria
araucana)
http://images.google.com.br/images?hl=pt-BR&source=hp&q=%22monkey+puzzle+tree%22&
gbv=2&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai= ("Monkey puzzle tree")
Fotopedia
http://www.fotopedia.com/en/Araucaria_araucana
Imagens Flickr
http://www.flickr.com/search/?q=araucaria+araucana

Caixas
de Madeira de Pinus para o Transporte de Frutas e de Hortaliças
As caixas de madeira de Pinus já são
utilizadas para o transporte de frutas e verduras há bastante
tempo no Brasil. Dentre essas embalagens, as caixas do tipo “K” são
as mais conhecidas, sendo que elas ganharam essa denominação
ainda na época da segunda guerra mundial, quando o sistema de
iluminação das residências era realizado em parte
com o querosene. Na época, o Brasil importava o produto que
vinha em latas acondicionadas dentro de caixas de madeira. Essas caixas
não retornavam ao seu país de origem, fazendo com que
fossem reutilizadas para o transporte de frutas e verduras. Essas embalagens
rapidamente passaram a ser chamadas de caixas “K” originadas
de “kerosene” na língua inglesa (PUC/ s/d).
Apesar de outros países da América Latina também
terem importado o querosene, apenas o Brasil utilizou suas caixas para
o transporte de alimentos, havendo hoje legislações vigentes
sobre as dimensões e formas de armazenamento para as caixas
do tipo “K” e outras embalagens de madeira, tornando-se
padrão na logística de muitas hortaliças e frutas.
De acordo com PUC (s/d), no Chile, a principal forma de transporte
de frutas e verduras é através de grandes caixas de madeira
ou de plásticos chamadas de “binas” ou pelo transporte
a granel. Já na Argentina, há predomínio de caixas
de papelão ondulado, de plástico ou de madeira mais trabalhadas,
sendo as últimas em grande parte descartáveis (Gutierrez
e Andrade; 2010; PUC, s/d).
Apesar de atualmente as caixas tipo "K" terem perdido muito
espaço nesse transporte para caixas de papelão ondulado
e de plástico, muitos alimentos mais rústicos e artesanais
continuam sendo transportados pelas caixas “K” no Brasil.
Alguns especialistas em logística acham que o transporte nesse
tipo de embalagem não é muito recomendável, pois
apesar de serem bem mais baratas em relação aos outros
tipos e poderem ser reutilizadas sucessivamente, apresentam algumas
desvantagens bastante importantes, tais como: elevados índices
de danos mecânicos e fisiológicos às frutas e verduras
por apresentarem cantos vivos, presença de pregos e superfície áspera
que pode machucar facilmente o produto; a aspereza da superfície
também evita limpeza (higienização) adequada à caixa
para uso posterior, tornando-a fonte de contaminação
e disseminação de fitopatógenos para alimentos
sadios e inclusive para a lavoura, uma vez que as caixas retornam à área
agrícola para a colheita; os frutos e verduras acondicionados
em sua base estão mais propensos a danos, pois a altura elevada
em relação à base permite que várias camadas
de alimentos possam ser empilhadas dentro da mesma caixa; essa possui
arestas podendo causar ferimentos aos produtos que entram em contato
direto com os espaços entre madeiras; por serem fabricadas com
madeiras muitas vezes impróprias, as caixas possuem defeitos,
os quais podem ajudar a danificar ainda mais o produto; a madeira é um
material poroso e higroscópico, fazendo com que o transporte
seja prejudicado devido ao seu aumento de peso provocado pela umidade;
essa higroscopicidade também favorece o crescimento de fungos
e microrganismos na própria madeira, deixando-a com cor de bolor;
as caixas de madeira são consideradas resistentes, permitindo
que sejam empilhadas umas em cima das outras, mas esse empilhamento
provoca a maior compressão dos alimentos dispostos nas caixas
mais inferiores podendo provocar danos mecânicos; no caso das
caixas “K”, essas não possuem encaixes com páletes,
aumentando a instabilidade do empilhamento das mesmas para o transporte,
o que pode provocar perdas de alimentos e prejudicar no transporte.
Apesar de todas essas desvantagens, o preço unitário
da caixa muitas vezes fala mais alto ao produtor rural fazendo com
que esse tipo de embalagem seja o escolhido. A madeira também é um
material reciclável e é fácil de encontrar no
mercado, podendo se construir caixas de madeira de diferentes tamanhos,
utilizando-se pouca tecnologia para tanto. Além disso, as caixas
de madeira podem ser reutilizadas por até 10 vezes, dependendo
do produto que transportam (Gutierrez e Andrade, 2010). No caso das
caixas do tipo “K”, geralmente as de primeiro uso transportam
alimentos mais sensíveis como o tomate e a cenoura. Já no
segundo uso, seu preço já cai consideravelmente, recebendo
novos pregos que a depreciam. Isso faz com que essa seja destinada
ao transporte de alimentos cada vez mais rústicos e baratos
até a sua última utilização (PUC, s/d).
De acordo com Ruggiero (2005) as caixas podem ser estocadas ao ar livre
e são resistentes a impactos violentos.
Um fator para garantir maior sucesso para essas caixas é a qualidade
da madeira que é utilizada para essa confecção,
que deve ser preferencialmente de Pinus, pois é uma madeira
mais flexível a impactos (uma madeira considerada “mole”).
Deve ser livre de nós e secada de forma adequada. O tratamento
da madeira com impermeabilizantes também ajuda, tanto no aumento
de vida útil como também na diminuição
da absorção de água pela caixa (Andrade, 2003;
Castro et al., 2001).
Hens e Cardoso (2007) avaliaram a proliferação de fungos
e a absorção de água de madeiras novas de Pinus em caixas do tipo "K" em medidas externas de (1 X 1,2 m).
As madeiras foram submetidas a três diferentes umidades relativas
do ar, sendo que em todas houve absorção de água.
Os autores sugerem que a madeira seja tratada com impermeabilizantes
ou que as hortaliças estejam secas antes de serem acondicionadas
nas caixas. Os principais fungos encontrados nas caixas foram Trichoderma
harzianum e Rhizopus stolonifer; porém, eles não apresentaram
perigos fitossanitários aos alimentos transportados, prejudicando
mais o aspecto da embalagem em si.
Manica apud Ruggiero (2005) comenta que a embalagem mais comum para
o mamão é a caixa dupla (duas caixas "K" de
madeira unidas entre si). Tal embalagem é muito pesada e difícil
de ser transportada, pois suas dimensões não se encaixam
nos páletes (1 X 1,2 m), havendo sobras. A norma (Portaria nº 127
de 04/10/91) que legisla sobre embalagens desse produto apenas restringe
dimensões internas, não cobrando qualidade, nem tamanhos
externos para as caixas de transporte do mamão. Novas caixas
entraram no mercado para o transporte de mamões. Essas são
menores com dimensões externas de 40 x 31,5 x 16,5 cm e internas
de 37,4 x 30 x 15 cm (comprimento, largura e altura), sendo utilizadas
apenas uma vez.
Ruggiero (2005) relatou que no passado a grande maioria
das caixas de madeira usadas para transporte de frutos de mamão eram fabricadas
de Araucaria angustifolia; contudo, restrições ambientais
e a ameaça de extinção da espécie fizeram
com que hoje, uma parte das caixas seja fabricada com madeira de eucalipto.
As principais espécies usadas como matéria-prima são: Eucalyptus
globulus, E. saligna, E. rostrata e E. resinífera; todavia, nenhuma dessas espécies possui a flexibilidade necessária
para o suporte de tensões mecânicas. Assim, as caixas
fabricadas com essas madeiras racham com bastante freqüência.
Andrade (2003) observou que no sul da Bahia e norte do Espírito
Santo, praticamente não há mais plantações
de Pinus, sendo que por essa razão as caixas estão sendo
substituídas pelas de eucalipto. Isso fez com que a grande maioria
das caixas de madeira para transporte de produtos hortícolas
passassem a ser fabricadas a partir dessa matéria-prima disponível
na região. Porém, o eucalipto, por ser uma folhosa, apresenta
a madeira mais difícil de ser trabalhada, o que pode gerar defeitos
adicionais nas embalagens, principalmente se a madeira não for
devidamente seca. Os defeitos mais comuns nas caixas de madeira do
eucalipto, como o empenamento, encanoamento e rachaduras, diminuem
a resistência da embalagem.
Castro et al. (2001) avaliaram cinco tipos de embalagens para transporte
de tomates Santa Clara, dentre elas a de madeira do tipo “K”.
Essa foi a que apresentou maiores injúrias ao produto, principalmente
por apresentar ripas distantes entre si, aspereza e possuir pregos.
Atualmente, os produtos hortícolas vêm ganhando cada vez
mais importância no mercado nacional e internacional. Há também
a exigência dos consumidores em escolher alimentos de qualidade,
evitando-se os desperdícios. Logo, muitos consumidores conscientes
já exigem a rotulagem do alimento que estão comprando.
No exterior a certificação e a rastreabilidade de frutas
brasileiras são exigências para a importação.
Segundo Gutierrez e Andrade (2010) já existem leis que normalizam
a mudança das embalagens nacionais, exigindo a sua rotulagem.
Os mesmos autores apontam que grande parte das embalagens ainda está fora
do que pede a legislação. A lei atual exige que as embalagens
sejam paletizáveis, podendo ser reutilizáveis ou não.
Caso seja descartável, o material deve ser reciclável.
Já na reutilização, deve permitir a higienização
correta por cada uso, impedindo a disseminação de fitopatógenos.
A madeira continua a ser permitida como embalagem das caixas para transporte
de hortigranjeiros, junto com o papelão ondulado, plástico,
entre outros. Os mesmos autores apontam que a rotulagem trará melhorias
na qualidade dos produtos, trazendo menores desperdícios dos
mesmos e aumento da sua vida de prateleira.
Apesar de possuírem diversas desvantagens para transporte de
olerícolas e de frutas, as caixas de madeira poderão
ser utilizadas no futuro, bastando algumas adequações
necessárias perante as leis brasileiras. No Chile e na Europa
há a fabricação de caixas de madeira laminadas,
as quais são mais leves, lisas e impermeáveis permitindo
a reutilização e higienização adequada.
Mais estudos poderiam ser desenvolvidos para que as embalagens de madeira
causassem menos danos aos produtos sem perder as enormes vantagens
ambientais e econômicas que possuem. Ou seja, com matérias-primas
e tecnologias de fabricação adequadas, as caixas de madeira
poderão superar suas desvantagens e terem maior difusão
ainda nesse tipo de utilização.
Observem
a seguir alguns textos técnicos e artigos científicos
que abordam algumas dessas discussões sobre as caixas de madeira
para transporte de frutas e hortaliças.
A cadeia de produção de hortícolas frescos e a
embalagem de madeira. A. S. D. Gutierrez; F. A. F. Andrade. SBS - Sociedade
Brasileira de Silvicultura. Acesso em 28.02.2010:
http://www.sbs.org.br/atualidades_single.php?id=4
Avaliação de perdas na cadeia comercial de banana nanica,
banana prata e tomate longa vida. G. C. Almeida; T. Silva. Estudo Técnico
Ceasa Minas, FAEMG, Sebrae/MG, AMIS e UFLA. 54 pp. (2008)
http://www.ceasa.gov.br/dados/publicacao/pub44.pdf
RESUMO: Absorção de água e proliferação
de fungos em madeira de Pinus usada como embalagem para hortaliças.
SHVOONG. Resumos e Revisões Curtas. (2007)
http://pt.shvoong.com/exact-sciences/engineering/796361-absor%C3%A7
%C3%A3o-%C3%A1gua-prolifera%C3%A7%C3%A3o-fungos-em/
Análise das caixas de madeira tipo K e caixas de papelão
ondulado como embalagens de transporte de tomates de mesa no Brasil.
L.F. Lima. Trabalho de Conclusão de Curso. UFV. 27 pp. (2005)
http://www.ufv.br/dep/engprod/TRABALHOS%20DE%20GRADUACAO/LUCIANA%20
FRANCO%20DE%20LIMA/Trabalho%20Graduação%20Luciana.PDF
Absorção de água e proliferação
de fungos em madeira de Pinus usada como embalagem para hortaliças. G. P. Henz; F. B. Cardoso. Horticultura Brasileira 23(1): 138-142.
(2005)
http://www.scielo.br/pdf/hb/v23n1/a29v23n1.pdf
Pós-colheita de mamão.
Manuseio dos frutos do mamoeiro na casa de embalagem e transporte. C. Ruggiero; J. A.
Giannoni; R.
F. S. Meneguci. Toda Fruta. (2005)
http://www.todafruta.com.br/todafruta/mostra_conteudo.asp?conteudo=8511
Madeiras
em embalagens de hortaliças pode ser prejudicial. Agência Notisa. Associação Brasileira de Horticultura.
(2005)
http://www.abhorticultura.com.br/News/Default.asp?id=4230
Qualidade
do figo "roxo de Valinhos" após o transporte. L. Y. R. Yokoyama. Dissertação de Mestrado. UNICAMP.
88 pp. (2004)
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=000434675
Crescimento
de fungos na superfície de madeira de caixas do
tipo ‘K’ usadas para hortaliças. G. P. Henz; F.
B. Cardoso; A. Gimenez Calbo. Embrapa Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento
05. 24 pp. (2004)
http://bbeletronica.cnph.embrapa.br/2004/bpd/bpd_5.pdf
Em
vez de Pinus, eucalipto. Novidades no Mercado. HortBrasil. (2003)
http://www.hortibrasil.org.br/nov270303.htm#3
Qualidade
do tomate de mesa, cv. "débora" em diferentes
etapas na pós-colheita em sistema tradicional utilizando-se
a caixa k1. M. D. Ferreira; A. T. O. Franco; A. C. O. Ferraz; L. A.
B. Cortez; G. G. T. Carmargo; A. T. Shu. Workshop "Tomate na UNICAMP".
04 pp. (2003)
http://www.feagri.unicamp.br/tomates/pdfs/wrktom024.pdf
Participação do custo da embalagem na composição
do custo de produção e do preço de atacado do
tomate de mesa. R. F. A. Luengo; W. Camargo Filho; Â. P. Jacomino.
Horticultura Brasileira 21(4):719-721. (2003)
http://www.scielo.br/pdf/hb/v21n4/19446.pdf
Influência
da embalagem no desenvolvimento de injúrias
mecânicas em tomates. L. R. Castro; l. A. B. Cortez; J. T. Jorge.
Ciência e Tecnologia de Alimentos 21(1): 26-33. (2001)
http://www.scielo.br/pdf/cta/v21n1/5359.pdf
Redução de perdas pós-colheita em tomate de mesa
acondicionado em três tipos de caixas. R. F. A. Luengo; A. W.
Moita; E. F. Nascimento; M. F. Melo. Horticultura Brasileira 19(2):
151-154. (2001)
http://www.scielo.br/pdf/hb/v19n2/v19n2a12.pdf
Influência de aspectos da classificação, embalagem
e refrigeração na conservação pós-colheita
do tomate "Santa Clara" e "Carmen". L. R. Castro.
Dissertação de Mestrado. UNICAMP. 172 pp. (2000)
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000197942
Crescimento de fungos em madeira de Pinus utilizada
na montagem de caixas do tipo “K”. G. P. Henz; F. B. Cardoso. Biblioteca
Associação Brasileira de Horticultura. 04 pp. (s/d =
sem referência de data)
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/olpc4094c.pdf
Absorção e perda progressiva de água
por madeira de Pinus novas utilizadas na montagem de caixas
do tipo “K”. G. P. Henz; F. B. Cardoso. Biblioteca Associação Brasileira
de Horticultura. 04 pp. (s/d)
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/olpc4078c.pdf
A
escolha do tema: As embalagens para tomates in natura. PUC Rio. Capítulo
6. Estudo de caso. 34 pp. (s/d)
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0610419_08_%20cap_06.pdf

Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Teses e Dissertações
UACH - Universidad Austral de Chile
Nessa PinusLetter 25 continuamos a
dar destaque às
produções técnicas e científicas relacionadas
com Pinus oriundas das universidades dos países em que temos
nossos leitores mais concentrados (Brasil, Chile, Argentina, Uruguai,
Colômbia, Peru, Portugal, Espanha, etc.). Teremos, nessa edição,
a seção "Teses e Dissertações". Fazendo isso, procuramos valorizar as instituições de
ensino e seus autores que têm-se mostrado dedicados a estudar
e a avaliar técnica e cientificamente os Pinus. As publicações
referenciadas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial
das madeiras, móveis, celulose e papel, enfim, todas as áreas
que se relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações
florestais e utilizações de seus produtos.
Ainda existem muitos "Grandes Autores
dos Pinus", assim como
importantes entidades de ensino e pesquisa com muitos trabalhos orientados
para os Pinus para serem apresentados a vocês. Em nossas próximas
edições continuaremos a homenageá-los, tendo suas
principais publicações disponibilizadas como Pinus-Links.
Aguardem.
Acerca da UACH - Universidad Austral de Chile
A Universidad Austral de Chile (UACH) atua há mais de 55 anos
no ensino superior do país, formando profissionais nas mais
distintas áreas, através de seus dois campi centrais
localizados nas cidades de Valdívia e Puerto Montt. Dentre as
diversas faculdades que a compõem, a UACH possui a “Facultad
de Ciencias Forestales y Recursos Naturales”, fundada em Valdívia
no mesmo período da universidade (1954), sendo assim um dos
cursos pioneiros no setor florestal do país. A UACH contribui
com a formação de profissionais de excelência,
tendo como seu objetivo principal o desenvolvimento de iniciativas
de docência e de pesquisa para torná-la líder em
sua área de atuação, sem esquecer das responsabilidades
social e ambiental. Outro compromisso da universidade é com
o ecossistema florestal e natural da região austral do Chile.
A faculdade florestal tem ainda a missão de estudar as florestas
temperadas do país através de pesquisas de sua flora
e fauna, assim como pesquisar medidas de manejo sustentável
e conservação.
A UACH também investiga tecnologias sustentáveis e utilização
racional de diversas espécies arbóreas de importância
econômica na região. Dessa maneira, a faculdade florestal
não poderia deixar de estudar os Pinus. Existem diversos
trabalhos de conclusão de cursos que tratam dos mais diversos
temas, relacionando tecnologia de produtos derivados de sua madeira,
manejo e tratos silviculturais,
estudos de inventários de florestas nativas e plantações
comerciais, pragas e moléstias, morfologia, dendrometria, anatomia
da madeira, entre outros não menos relevantes. Foram encontrados
mais de 40 estudos, somente tratando sobre Pinus, elaborados por estudantes
dessa instituição de ensino. Os principais trabalhos
expostos abaixo tratam principalmente sobre as espécies Pinus
radiata e P. ponderosa; contudo, ainda há muitas outras espécies
e gêneros de importância florestal, tais como os gêneros
Eucalyptus e Araucaria, estudados pela UACH e que podem ser ter seus
estudos acessados através do website virtual de busca de teses,
dissertações e trabalhos de titulação da
universidade (http://cybertesis.uach.cl).
A Faculdade de Ciências Florestais e Recursos Naturais da UACH
está comprometida com o bem-estar da sociedade, realizando diversos
programas de extensão e cursos para a melhoria da qualidade
de vida das comunidades onde atuam. Também divulga com eficiência
os resultados dos trabalhos acadêmicos e pesquisas que desenvolve,
levando conhecimento a todos os interessados. Uma das formas de se
observar isso é através do website da biblioteca da universidade,
que possui links com publicações da UACH das mais diversas áreas.
Ainda como parte do processo de divulgação de seus estudos
e pesquisas, a faculdade de ciências florestais da UACH publica
uma importante revista científica florestal de renome internacional,
a revista Bosque (http://mingaonline.uach.cl/revistas/bosque/eaboutj.htm).
Outras duas revistas editadas na UACH e a merecer destaque em nossa área
de atuação são: Agro Sur (http://mingaonline.uach.cl/revistas/agrosur/eaboutj.htm ) e Revista de Ciencia del Suelo y Nutrición Vegetal ( http://mingaonline.uach.cl/revistas/rcsuelo/eaboutj.htm)
Além de atuar na graduação de engenheiros florestais,
a UACH também possui cursos de pós-graduação
na área de ciências florestas de relevância, tais
como o doutorado inter-universitário em ciência florestais
e os programas de mestrado em ciências com ênfase em recursos
florestais e em gestão ambiental em projetos florestais.
É
por todos esses motivos que a PinusLetter homenageia nessa edição
a Universidad Austral de Chile como amiga dos Pinus, ajudando a difundir
informações, conhecimentos e tecnologias sobre um gênero
florestal tão importante. Observem a seguir alguns trabalhos
realizados pela UACH. Há também para se visitar: o website
oficial da Universidade, o da Faculdade de Ciências Florestais
e Recursos Naturais e suas publicações logo abaixo.
http://www.uach.cl/ (Home)
http://www.forestal.uach.cl/ (Faculdade de Ciências Florestais)
http://www.forestal.uach.cl/?mod=publicaciones (Publicações
Ciências Florestais)
http://www.forestal.uach.cl/?mod=quienessomos (Identificação
da faculdade)
http://www.forestal.uach.cl/?mod=extension (Projetos de extensão
acadêmica)
http://mingaonline.uach.cl/scielo.php (Revistas eletrônicas publicadas
pela UACH)
http://cybertesis.uach.cl/ (Teses e dissertaçãoes digitais)
Trabalhos publicados na forma de monografias
de titulação
pela UACH
Aislamiento y taxonomía de bacterias del género Bacillus recolectadas en suelos de un bosque de Pinus
radiata y una pradera
permanente en distintas épocas de muestreo. F. J. M. Torres.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
74 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fcm357a/doc/fcm357a.pdf
Producción
de plantas de Pinus
ponderosa 1:1 en viveros de
Valdivia y Cochrane. F. R. K. Solis. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 67 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifk.94p/doc/fifk.94p.pdf
Evaluación de la patogenicidad de Sphaeropsis
sapines (Fr.)
Dyko and Sutton colectado en material de Pinus radiata D. Don, en Valdivia
y la Costa de Arauco. R. A. M. Ramírez. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 38 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifm828e/doc/fifm828e.pdf
Calidad
superficial de molduras de Pinus radiata D. Don y su relación
con las condiciones óptimas para el maquinado. P. S. M. Soto.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
77 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifm971c/doc/fifm971c.pdf
Efecto del lijado sobre madera de Pinus
radiata D. Don en los niveles de consumo de barnices. T. E. N. Carrasco.
Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 82 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifn322e/doc/fifn322e.pdf
Análisis de crecimiento de dos familias clonales de Pinus
radiata (D. Don) en un ensayo establecido a diferentes espaciamientos. F. A.
N. Contreras. Monografia de Titulação. Universidad Austral
de Chile. 51 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifn973a/doc/fifn973a.pdf
Evaluación técnica y económica
de un plan de cosecha en una faena de Pinus radiata D.
(Don) a tala rasa, mediante torres de madereo en la Décima Región. S. R. R. Barria.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
69 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifr6211e/doc/fifr6211e.pdf
Comportamiento
del largo de internudos en plantaciones de Pinus radiata D. Don
en sitios ex - agrícolas de la VIII Región. M.
F. T. Badilla. Monografia de Titulação. Universidad Austral
de Chile. 46 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fift649c/doc/fift649c.pdf
Determinación del límite
entre la madera juvenil y madura en Pinus taeda L. C. E. N. Lópes. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 42 pp. (2007)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2007/fifn154d/doc/fifn154d.pdf
Resistencia
mecánica en uniones larguero - travesaño,
en puertas de Pinus radiata D.Don y de Pseudotsuga menziessi (Mirb)
Franco. R. J. A. A. Benavides. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 53 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifa639r/doc/fifa639r.pdf
Calidad superfical y resistencia mecánica de línea
de cola en blanks laminados de Pinus radiata D. Don. R. R. B. Mella. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. 64 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifb894c/doc/fifb894c.pdf
Evaluación
del crecimiento de Pinus
radiata en suelos compactados,
Valdivia. V. G. C. Jackson. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 70 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifc265e/doc/fifc265e.pdf
Comparación de dos software de simulación para la industria
del aserrío de Pinus radiata D. Don. R. C. L. Román.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
136 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifl177c/doc/fifl177c.pdf
Heredabilidad
del largo de internudo en un ensayo de progenie de polinización
abierta de uninodales de Pinus radiata. Y. A. L. Fuentealba. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. 78 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifl754h/doc/fifl754h.pdf
Comportamiento
del módulo de elasticidad en madera juvenil
de Pinus radiata D. Don en tres condiciones de sitio. F. J. N. Santana.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
58 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifn325c/doc/fifn325c.pdf
Variación
dimensional de madera aserrada lateral em Pinus
radiata D. Don. y su importancia económica. J. A. R. Jará. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. 53 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifr696v/doc/fifr696v.pdf
Efecto del almacenamiento prolongado
en la madera de Pinus radiata D.Don sobre el proceso Kraft. J. A.
T. Santíbañez. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. 56 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fift649e/doc/fift649e.pdf
Efecto de la rugosidad en madera de
Pinus radiata D. Don en las propiedades finales de un
barniz nitrocelulósico. M. I. Y. Martínez.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
29 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fify.22e/doc/fify.22e.pdf
Evaluación
de un programa de secado de Pinus
radiata D.Don
impregnado con sales de CCA. J. A. Z. Bertoglio. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 63 pp. (2006)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2006/fifz.36e/doc/fifz.36e.pdf
Flujo
del nitrógeno y bases en un bosque de Nothofagus
obliqua (Mirb.) Blume y una plantación de Pinus
radiata (D.) Don en
la depresión intermedia del centro sur de Chile. J. C. P. Toledo.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
113 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fap966f/doc/fap966f.pdf
Evaluación técnica
y modelamiento de procesador en cosecha de Pinus radiata en
la X Región. C. P. A. Martínez. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. 49 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifa779e/doc/fifa779e.pdf
Análisis
de diferentes tipos de materia prima (madera aserrada) de Pinus radiata para
producir largueros de puerta. M. F. B. Lengerich.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
43 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifb426a/doc/fifb426a.pdf
Evaluación económica
de esquemas de manejo intensivos em Pinus radiata D. Don,
en dos calidades de sitio en la VIII Región. L. A. R. Alexis. Monografia de Titulação. Universidad
Austral de Chile. 62 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifl664e/doc/fifl664e.pdf
Evaluación económica de cuatro regímenes
silviculturales intensivos en plantaciones experimentales de Pinus radiata D.
Don Fundo Jauja, comuna de Collipulli (IX Región). R. E. N. Ansorena.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
65 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifn945e/doc/fifn945e.pdf
Evaluación mecánica y física
de separadores en el proceso de secado de Pinus radiata D.Don. A. J. B. O. Ovando. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. 46 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifo.13e/doc/fifo.13e.pdf
Evaluación del efecto de la clasificación
dimensional de madera aserrada, sobre la calidad del secado em Pinus
radiata. A.
J. V. Cossio. Monografia de Titulação. Universidad Austral
de Chile. 37 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifv335e/doc/fifv335e.pdf
Evaluación de dos modelos silvopastorales efectuados con dos
tratamientos de preparación de sitio y dos tipos de plantas
de Pinus radiata en el predio Huape Tres Esteros. M. G. V. Bollmann.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
71 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifv494e/doc/fifv494e.pdf
Evaluación de defectos y determinación
del aprovechamiento a nivel de remanufactura em Pinus radiata D.
Don. P. I. V. Zurita.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
65 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifv699e/doc/fifv699e.pdf
Evalución
del efecto combinado de altura y frecuencia de podas sobre la magnitud
del DOS, en un ensayo de Pinus radiata D. Don., ubicado
en la VIII Región. L. P. V. Santos. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 53 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifv714e/doc/fifv714e.pdf
Efecto de la mezcla de Pinus
radiata y especies nativas sobre la expansión
lineal en tableros OSB. C. A. Z. Norambuena. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 44 pp. (2005)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2005/fifz.35e/doc/fifz.35e.pdf
Características
que determinan el valor residual de trozas no podadas de Pinus radiata D.
Don. E. L. V. Volpi. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifv714c/html/index-frames.html
Alteración de los componentes del balance hídrico producto
del raleo en una plantación joven de Pinus radiata D.
Don, en el secano interior de San Javier, VII Región. R. I. P. Casanelli.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
56 pp. (2004)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2004/fifp258a/doc/fifp258a.pdf
Evaluación
del manejo de dos plantaciones de Pinus
radiata D.Don sobre el balance hídrico en la zona de secano interior
de la VII Región. F. J. S. J. Iturriaga. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 45 pp. (2004)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2004/fifs227e/doc/fifs227e.pdf
Efecto del vaporizado final en las
tensiones de la madera aserrada, en Pinus radiata. D. A. C. Barrientos.
Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 44 pp.
(2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifc675e/doc/fifc675e.pdf
Comparación
del aprovechamiento y calidad de madera aserrada de Pinus radiata D.
Don, entre dos tipos de trozas podadas. J. P. E.
Leal. Monografia de Titulação. Universidad Austral de
Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl:8080/sdx/uach/notice.xsp?id=uach.2003.fife.64c-principal&qid=pcd-
q&base=documents&id_doc=uach.2003.fife.64c&num=&query=&isid=uach.2003.fife.64c&dn=1
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fife.64c/html/index-frames.html
Inclinación de las fibras y resistencia a flexión
en uniones dentadas, en Pinus radiata D. Don. L. A. F. Ibacache. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fiff475i/html/index-frames.html
http://cybertesis.uach.cl:8080/sdx/uach/notice.xsp?id=uach.2003.fiff475i-principal&qid=pcd-
q&base=documents&id_doc=uach.2003.fiff475i&num=&query=&isid=uach.2003.fiff475i&dn=1
Evaluación del largo de internudos en dos ensayos de progenie
de polinización controlada de Pinus radiata D. Don
en la provincia del Bío-Bio, VIII Región. W. R. G. Cuevas. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifg163e/html/index-frames.html
Evaluación
del impacto en el suelo de un equipo de madereo en un rodal de Pinus radiata D.
Don. P. C. S. G. Morelli. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. 48 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifg288e/doc/fifg288e.pdf
Comparación de la eficiencia del uso del agua entre una plantación
de Pinus radiata y una de Eucalyptus globulus en la zona del secano
interior de la VII Región de Chile. A. R. G. Loyola. Monografia
de Titulação. Universidad Austral de Chile. 52 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifg643c/doc/fifg643c.pdf
Efecto de las plantaciones de Pinus
radiata D. Don sobre el recurso agua en la localidad de Gualleco,
zona de secano costero, VII región.
M. E. M. Burgos. Monografia de Titulação. Universidad
Austral de Chile. 63 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifm299e/doc/fifm299e.pdf
Análisis
del crecimiento diametral de ramas de Pinus
radiata D. Don en distintos sitios, entre las Regiones VII
y IX. J. A. M. Ortiz.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
77 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifm645a/doc/fifm645a.pdf
Comparación
del aprovechamiento y calidad de madera aserrada de Pinus radiata D.
Don, entre dos tipos de trozas podadas. J. P. E.
Leal. Monografia de Titulação. Universidad Austral de
Chile. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fife.64c/html/index-frames.html
Determinación de la pérdida
de peso y las mejoras en la estabilidad dimensional para Pinus radiata D.
Don en un tratamiento térmico con oxigeno. G. P. U. Vidal. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 60 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifu.26d/doc/fifu.26d.pdf
Pérdidas de agua por intercepción
en plantaciones de Pinus
radiata D. Don en la zona del secano interior de la VII Región
de Chile. P. A. V. Cavieres. Monografia de Titulação.
Universidad Austral de Chile. 92 pp. (2003)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2003/fifv161p/doc/fifv161p.pdf
Determinación de la eficacia en laboratorio de una pintura en
mezcla con preservante antimancha, para madera aserrada de Pinus
radiata. C. A. A. Gallardo. Monografia de Titulação. Universidad
Austral de Chile. 66 pp. (2002)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2002/fifa553d/doc/fifa553d.pdf
Estudio
comparativo del diámetro de ramas en Pinus
radiata D. Don con y sin mejoramiento genético. R. A. R. Ângulo.
Monografia de Titulação. Universidad Austral de Chile.
82 pp. (2002)
http://cybertesis.uach.cl/tesis/uach/2002/fifr759e/doc/fifr759e.pdf

Referências sobre Eventos e Cursos
Essa seção tem como meta principal
apresentar a vocês todos a possibilidade de se navegar em eventos
passados dos quais os organizadores disponibilizaram o material para
abertura, leitura e downloading em seus websites. Trata-se de uma
atitude bastante amigável e de alta responsabilidade social
e científica dessas entidades, para as quais direcionamos
os nossos sinceros agradecimentos. Gostaríamos de enfatizar
a importância de se visitar o material desses eventos. A maioria
deles possui excepcionais palestras, ricas em dados, fotos, imagens
e referências para que você possa aprender mais sobre
os temas abordados. Outras, disponibilizam todo o livro de artigos
técnicos, verdadeiras fontes de conhecimento para nossos leitores.
Deveremos ainda destacar nessa seção a crescente disponibilidade
de materiais acadêmicos colocados de forma pública por
inúmeros professores universitários, que oferecem suas
aulas e materiais didáticos para uso pelas partes interessadas
da Sociedade através da internet. Em algumas edições
lhes forneceremos referências desses tipos de cursos também.
Esperamos que
gostem da seleção dessa edição:
VI Encontro Nacional sobre Substratos para Plantas. Materiais
Regionais como Substrato. (Brasil)
O Sexto Encontro Nacional sobre Substrato para Plantas ocorreu de
9 a 12 de setembro de 2008 em Fortaleza, CE. O encontro foi uma realização
da Embrapa Agroindústria Tropical, em parceria como o SEBRAE/CE
e com a UFC - Universidade Federal do Ceará. A primeira dessas
instituições disponibilizou o resumo expandido dos
estudos apresentados durante o encontro. Observem todos os trabalhos
na página a seguir. Logo abaixo selecionamos nove estudos
que utilizaram casca e acículas de Pinus como substratos de
plantas. Confiram:
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/ (Totalidade de trabalhos
apresentados)
Resumos expandidos contendo Pinus:
Caracterização química de substratos
formulados com casca de Pinus e terra vermelha.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_3.pdf
Caracterização física
de substratos formulados a partir de casca de Pinus e terra vermelha.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_2.pdf
Produção
de mudas de angico-vermelho (Anadenanthera
macrocarpa (Benth.) Brenan) em substrato a base de casca de Pinus compostada,
variando as soluções de fertirrigação.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_1.pdf
Uso
de diferentes substratos no cultivo da bromélia Vriesea
'Charlotte’.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_17.pdf
Evaluación de las acículas
de pino utilizadas en mezclas de crecimiento para el cultivo
de plantas
ornamentales en maceta.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_22.pdf
Determinação da densidade úmida do substrato:
efeito da correção do teor de umidade inicial.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_32.pdf
Obtenção da curva de retenção de água
pelo método da pressão positiva.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_34.pdf
Avaliação da emergência de plântulas da
cactácea Mammilaria prolifera em diferentes substratos.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_53.pdf
Relação entre a umidade na amostra e a determinação
da densidade seca em substratos.
http://www.cnpat.embrapa.br/viensub/Trab_PDF/sub_60.pdf
XXII Jornadas Forestales de Entre Rios. (Argentina)
A Décima Segunda Jornadas Forestales de Entre Rios
ocorreu na cidade de Concórdia - AR, em outubro de 2007. Durante
o evento diversas apresentações foram realizadas, sendo
que algumas foram disponibilizadas pelo INTA (Instituto Nacional
de Tecnologia Agropecuária). Confiram todas as apresentações
disponíveis na página desse instituto.
(http://www.inta.gov.ar/concordia/presentaciones_XXIII_jornadas_forestales.htm)
Logo abaixo, disponibilizam-se as que abordam os Pinus entre outros
temas relevantes para o setor florestal.
Importancia
de la calidad del plantín forestal.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/Forestales/contenido/pdf/2007/312.II.GARCIA.pdf
Mercado de exportación de eucaliptos y pinos certificados
FSC.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/IX.Mercado_euc_pinos_certificados_FSC_Meza.zip
Biofábrica: Tecnología
clonal al alcance del productor.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/VIII.Biofabrica_Imbrogno.zip
Sistema
nacional argentino de vigilancia y monitoreo (SINAVIMO) y su interrelación con sistemas de información geográfica.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/III.SINAVIMO_Cortese.zip
Estudios sobre cuencas y microcuencas.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/IV.Estudios_cuencas_Uruguay_Chescheir.zip
Utilización de los residuos de cosecha en la generación
de Bioenergía.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/V.Utilizacion_residuos_bioenergia_Seixas.zip
Greenoxx global environmental program (GGEP).
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/X.GGEP_Cheirasco.zip
Jornada
Forestal de Difusión. II Jornada Forestal. (Argentina)
A Segunda Jornada Forestal de Difusión foi um evento que ocorreu
em dezembro de 2009 em Concórdia na Argentina. Confiram as
apresentações disponíveis para download presentes
na webpage da Estação Experimental do INTA de Concórdia (http://www.inta.gov.ar/concordia/Novedades/presentaciones_jornada_forestal.htm).
A seguir, estão referenciadas cinco palestras realizadas durante
o evento. Confiram:
Diagnostico
del sector maderero del río Uruguay.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/
Diagnostico%20aserraderos%20Vergara-Mastrandrea.pdf
Avances
en reforestación
2005-2009.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/
Avances%20en%20Reforestación%202005-2009.pdf
Tratamientos
para la degradación de tocones de Eucalyptus
grandis en el Noreste de Entre Ríos.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/
Degradacion%20de%20tocones%20Mastrandrea%20.pdf
Cadena
foresto-industrial del NE de Entre Ríos. Caracterización
inicial.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/Presentación%20PR%20Forestal%20(Cadena)%20Vera-Bonnin.pdf
Diagnóstico de aserraderos del NE de Entre Ríos.
http://www.inta.gov.ar/concordia/info/documentos/Forestacion/
Diagnostico%20aserraderos%20Vergara-Mastrandrea.pdf
43º Congresso Brasileiro de Olericultura. (43º CBO). (Brasil)
O
43° Congresso Brasileiro de Olericultura foi sediado em Recife
- Pernambuco na última semana de julho de 2003. Apesar de
tratar de produção de alimentos, diversas das tecnologias
têm produtos florestais como matéria-prima. Dessa forma,
os Pinus podem ser utilizados para a produção de embalagens
de hortaliças, como substrato para crescimento de mudas, entre
outros fins. Confiram os resumos expandidos contendo Pinus a seguir:
http://www.abhorticultura.com.br/Galeria/Default.asp?id=08 (Fotos
do evento)
http://www.abhorticultura.com.br/Biblioteca/Default.asp?tipo=ANA43 & mostrar=TUDO&bus_chave=Pinus (Busca por Pinus nos anais 43º CBO)
Resumos:
Crescimento de fungos em madeira de Pinus utilizada na
montagem de caixas do tipo “K”.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/olpc4094c.pdf
Absorção e perda progressiva de água por madeira
de Pinus novas utilizadas na montagem de caixas do tipo “K”.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/olpc4078c.pdf
Efeitos
da adubação orgânica e da cobertura
morta na produtividade, no teor e na composição do óleo
essencial de gengibre
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/pmna5000c.pdf
Caracterização química de substratos para produção
de hortaliças.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/cpna2002c.pdf
Aclimatação da bromélia Aechmea
nudicaulis em diferentes substratos.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/flbt3001c.pdf
Caracterização física de substratos para a
produção de hortaliças.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/cpir2004c.pdf
Efeito
de fatores ambientais sobre a produção de fitomassa
aérea, rendimento e composição do óleo
essencial do alecrim.
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/pmfg5008c.pdf
17º Simpósio Internacional de Iniciação
Científica da Universidade de São Paulo (SIICUSP). (Brasil)
O
Décimo Sétimo Simpósio Internacional de Iniciação
Científica da USP ocorreu em dezembro de 2009 nas próprias
dependências da universidade. O evento contou com a participação
de alunos de outros países como Estados Unidos e Portugal,
os quais apresentaram resultados de pesquisas que desenvolveram.
Há resumos disponíveis nas mais diversas áreas
de atuação da universidade, onde na de agropecuária
existem resultados de diversos trabalhos envolvendo Pinus e outros
temas de relevância no setor florestal.
Observem a seguir a página inicial do evento, os diversos
resumos da sub-área agropecuária e alguns resumos que
apresentam os Pinus e os Eucalyptus como tema central:
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/index.htm (Home)
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/index_AG.htm (Sub-área
agropecuária)
Efeito
da disponibilidade hídrica no crescimento do Pinus
caribaea var. hondurensis com um ano de idade no município
de Nova Ponte, Minas Gerais.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4058.pdf
Efeito
do espaçamento no crescimento de espécies de Pinus no
estado de SP, utilizando o delineamento sistemático
tipo leque.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4854.pdf
Efeito
do replantio tardio na uniformidade do Pinus taeda aos
dois anos em Telêmaco Borba, Paraná.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/index_AG.htm
Estimativa do Índice de Área Foliar (IAF) e
o efeito do desbaste no dossel de plantios de Pinus no sul do Brasil.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4321.pdf
Influência
da resinagem no Pinus
elliotti elliottii e Pinus
caribaea hondurensis na resistência da madeira ao fungo
Lentinula edodes.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4766.pdf
Resistência ao fendilhamento da madeira de Pinus elliottii var elliotti e Pinus
caribaea var hondurensis resinados e não
resinados.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/5551.pdf
Teor
de resina e poder calorífico da madeira oriunda de árvores
resinadas e não resinadas de Pinus elliottii
elliottii e Pinus caribaea hondurensis.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/965.pdf
Efeito do extrato pirolenhoso de Eucalyptus spp. no desenvolvimento
de Arthobotrys musiforme in vitro.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4001.pdf
Avaliação
da sobrevivência e produtividade de
clones de Eucalyptus no Oeste da Bahia.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/3425.pdf
Comprimentos de onda na fotomorfogênese de Eucalyptus grandis x Eucalyptus resinifera.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/3571.pdf
Análise das indústrias de briquetes do estado de São
Paulo.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/855.pdf
Análise do desempenho financeiro de empresas do setor
florestal do Brasil entre 2002 e 2007.
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/index_AG.htm
Pinus-Links
A seguir, trazemos para vocês nossa
indicação para visitas a diversos websites que
mostram direta relação com os Pinus, nos
aspectos econômico, técnico, científico, ambiental,
social e educacional. Acreditamos que eles poderão significar
novas janelas de oportunidades e que alguns deles poderão
passar a ser parte de suas vidas profissionais em função
do bom material técnico que disponibilizam. Esperamos
que apreciem nossa seleção de Pinus-Links
para essa edição.
iForest. (em Inglês). Acesso em 28.02.2010:
O “iForest” é um jornal online publicado
pela Sociedade Italiana de Silvicultura e Ecologia Florestal
com acesso aberto a todos os interessados. Logo, é um
interessante meio de se adquirir conhecimento, visto que as
publicações do iForest abrangem resultados de
pesquisas nos mais variados temas do setor florestal e ecológico,
tais como: biodiversidade, genética, ecofisiologia,
manejo, planejamento e inventário florestal, proteção
e monitoramento florestal, colheita, tecnologia da madeira,
entre outros assuntos ligados a sustentabilidade.
Observem as publicações dos dois anos anteriores
(2008 e 2009) e mais deste ano de 2010 disponíveis para
downloading a seguir. Há muitas que, além de
possuírem abrangência florestal, também
abordam várias espécies de Pinus e de outras
Pináceas.
http://www.sisef.it/iforest/index.php?action=start (Home)
http://www.sisef.it/iforest/index.php?action=main&vol=2 (Publicações 2009)
http://www.sisef.it/iforest/index.php?action=main&vol=1 (Publicações 2008)
http://www.sisef.it/iforest/index.php?action=main&vol=3 (Publicações 2010)
Papeloteca
"Otavio Roth". (em Português).
Acesso em 28.02.2010:
Com a finalidade de conscientizar as pessoas sobre o valor
do papel, sua utilização de forma racional,
bem como a difusão de tecnologias sobre o papel artesanal,
o website da Papeloteca Otavio Roth possui à disposição
de interessados diversos textos técnicos e informações,
inclusive sobre os Pinus. Também, não deixem
de observar as imagens de arte no papel e a vasta literatura
que possuem sobre papel feito a mão.
http://www.papeloteca.org.br/index.htm (Home)
http://www.papeloteca.org.br/otavio_roth.htm (Sobre Otavio
Roth)
http://www.papeloteca.org.br/pinus.htm (Pesquisa com Pinus)
http://www.papeloteca.org.br/papel_brasil.htm (Papel feito
a mão no Brasil)
http://www.papeloteca.org.br/arte_papel.htm (Arte em papel)
http://www.papeloteca.org.br/textos.htm (Textos)
Escuela
Universitária de Ingenieria Técnica
Forestal. Universidad Politécnica de Madrid. (em Espanhol).
Acesso em 03.03.2010:
A
Escola Universitária de Engenharia Técnica
Florestal pertence à Universidade de Madrid desde 1974;
porém, é considerada uma das mais antigas da
Espanha, ajudando a difundir o conhecimento florestal através
da formação de profissionais do setor desde meados
de 1840. Apesar da data distante de fundação,
o principal objetivo da instituição não
se modificou. Isso pode ser comprovado através da sua
webpage. Nela, há informações diversas
a respeito das principais pesquisas que estão sendo
desencadeadas na universidade. Dessa forma, continua contribuindo
com a geração de conhecimento não só para
seus alunos, mas para todas as pessoas interessadas. Confiram
os resultados encontrados para os Pinus a seguir, e não
deixem de observar as publicações, as quais apresentam
resumos de estudos desenvolvidos nas mais diversas áreas
da instituição.
http://www.forestales.upm.es/contenido.aspx?id=1 (Informações
gerais)
http://www.forestales.upm.es/contenido.aspx?id=3 (História
da escola)
http://www.forestales.upm.es/Seccion_Noticias.aspx (Notícias
florestais)
http://www.forestales.upm.es/galeria.aspx (Galeria de imagens)
http://www.forestales.upm.es/buscador.aspx?texto=Pinus (Busca
por Pinus)
http://www.forestales.upm.es/investigacion_publicaciones.aspx (Publicações)
DFC
- Desarrollo Forestal Comunitario. (em Espanhol). Acesso
em 03.03.2010:
Desenvolvimento Florestal Comunitário é um projeto
realizado pelo Centro Boliviano de Estudos Multidisciplinares
(CEBEM) em parceria com a Universidade Maior de São
Simão (CESU-UMSS). O objetivo do projeto é levar
desenvolvimento, melhor qualidade de vida e sustentabilidade às
comunidades carentes através do conhecimento na área
florestal. O DFC ministra cursos atuais de curta duração
para técnicos, agentes sociais, estudantes e profissionais
que atuam na área para que consigam recuperar e preservar
os recursos naturais, utilizando-os de forma mais sustentável.
Para tanto, o grupo possui uma revista virtual, que pode ser
acessada gratuitamente. Confiram também as notícias
e publicações sugeridas pela CEBEM.
http://desarrolloforestal.cebem.org/index.php (Home)
http://desarrolloforestal.cebem.org/noticias.php (Notícias)
http://desarrolloforestal.cebem.org/publicaciones.php (Publicações)
http://revistavirtual.redesma.org/vol8/publicaciones.php (Revista
virtual - publicações)
http://revistavirtual.redesma.org/vol8/index.php (Revista virtual
V. 3. 2010)
Oficina Regional para la América Latina y el
Caribe. FAO - Food and Agriculture Organization. (em Espanhol, Português
e Inglês). Acesso em 03.03.2010:
O escritório regional para a América Latina e
Caribe (RLC) é uma das diversas unidades da FAO (Organização
das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação)
ao longo do mundo. Sediado em Santiago do Chile desde 1955,
o escritório é responsável por levar conhecimento
e tecnologia a todos os países em desenvolvimento da
região através da difusão e modernização
de suas atividades agrícolas, florestais e pesqueiras.
No website desse escritório é possível
ter acesso a publicações, textos técnicos,
dados estatísticos e também notícias de
todas as localidades onde desenvolvem projetos em busca de
diminuir problemas como a desnutrição e promover
melhorias na qualidade de vida de diversos povos.
http://www.rlc.fao.org/default.htm (Home)
http://www.rlc.fao.org/es/pubs/ (Publicações)
http://www.rlc.fao.org/es/prensa/ (Notícias)
http://www.rlc.fao.org/pr/temas/ (Temas
florestais)
http://www.rlc.fao.org/pr/bases/ (Base de dados)
Laboratório de Produtos Florestais. (em Português).
Acesso em 03.03.2010:
Criado em 1973, o Laboratório de Produtos Florestais
(LPF) é um setor de pesquisas e avaliações
pertencente ao IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis) prestando serviços
na área para a entidade através do desenvolvimento
de projetos de pesquisa e divulgação de seus
resultados. Observem na sua página virtual, no menu
a esquerda todos os projetos concluídos desde 2000.
Há também alguns dos principais produtos do LPF,
os quais incluem publicações. Porém, a
grande maioria delas não estão disponíveis
a download no formato digital, necessitando a compra pela internet.
http://www.ibama.gov.br/lpf/indexhome.php?Pagina=produto.php (Home)

Estudos
sobre a Resina do Pinus
A
resina é uma substância orgânica
rica em carbono e secretada por muitas árvores de coníferas,
sendo bastante viscosa, escoando lentamente de seus canais
resiníferos e ferimentos, endurecendo logo após
o contato com o ar (Wikipédia, 2010).
A extração comercial da resina (resinagem) é uma
prática florestal realizada há bastante tempo,
sendo conhecidas muitas das propriedades medicinais e usos
da resina desde os tempos da Grécia clássica.
Atualmente, a resina continua a ser considerada um produto
de elevado valor do Pinus, sendo importante para a economia
de muitas regiões do mundo, inclusive no Brasil, gerando
renda e empregos.
Em edição anterior da nossa PinusLetter (PinusLetter
Nº 3 - http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_03.html#quatorze),
discutimos para vocês as técnicas de resinagem
de árvores de Pinus. Nessa edição atual,
estamos trazendo alguns estudos complementares sobre resinagem
e sobre as próprias resinas dos Pinus.
A produção brasileira de resina de Pinus está muito
próxima de 100 mil toneladas anuais. Nossa produtividade
por hectare é uma das melhores do mundo, atingindo em
média 4,85 toneladas de resina bruta por hectare por
ano. Isso significa que devem existir no Brasil no mínimo
20 mil hectares de florestas de Pinus elliottii e P.caribaea var. hondurensis sendo resinados, sendo a espécie predominante
o P.elliottii. O Brasil está entre os países
líderes em produção de resina de Pinus e existe enorme potencial de crescimento. Os mercados de resina
bruta e de terebintina estão muito aquecidos, em função
do aumento da demanda em países como China e Índia.
A China é o maior produtor mundial, mas também
o maior consumidor.
Em
geral, no Brasil resinam-se cerca de 800 árvores por
hectare, em povoamentos após o primeiro desbaste.
A extração começa aos 7 a 8 anos e se
prolonga por cerca de 10 anos. A parte da árvore que é resinada é a
base, até uma altura máxima de 6 metros. Ao
término da resinagem, essa madeira da base em geral é destinada
para fabricação de celulose kraft, que não
tem restrições a essa matéria-prima.
Também as unidades de fabricação industrial
de páletes de madeira e até mesmo de painéis
tipo MDF a aceitam bem.
A
resina bruta, substância obtida logo após a
extração, pode ser fracionada em dois diferentes
compostos: terebintina (fração volátil)
e breu (fração sólida), os quais são
utilizados para a produção de inúmeros
produtos como vernizes, colas, tintas, esmaltes, solventes,
fragrâncias e outros produtos comumente utilizados
como matéria-prima da industrialização
da química fina.
Por ser formada de compostos secundários (não
essenciais para a sobrevivência da planta), muitos cientistas
pareciam não entender por que plantas como Pinus secretavam
a resina. Isso foi explicado com a comprovação
de que muitas substâncias existentes tanto no breu como
na terebintina estão associados à repelência
de insetos e de microorganismos, ajudando também na
cicatrização de ferimentos associados a fatores
bióticos. Desde então, muitos estudos já foram
desenvolvidos sobre esse tema, a fim de identificar quais os
princípios ativos naturais relacionados ao combate de
pragas (Ferreira, 2009). Outra função importante
da exsudação de resina de troncos de coníferas é a
eliminação de substâncias desnecessárias à planta,
como é o caso dos acetatos (Wikipédia, 2010).
Muitos dos compostos secundários voláteis encontrados
na resina são terpenos (misturas de mono, sesqui e diterpenos)
e de seus derivados (Rodrigues, 2008), sendo formados basicamente
por oxidações. Os principais terpenos encontrados
na resinas são alfa-pineno, beta-pineno, delta-3-careno,
sabineno, limoneno e terpinoleno, entre outros, já em
menores quantidades. Muitos terpenos apresentam atividades
tóxicas e repelentes a muitas pragas. Assim que um inseto
inicia a sua alimentação, perfurando a casca
ou danificando as folhas do Pinus, as substâncias voláteis
são primeiramente expelidas no ar pela planta, tornando
o substrato não mais atraente como alimento. Além
disso, é comum que muitos dos compostos voláteis
existentes na resina também atraiam inimigos naturais
de suas pragas como parasitóides (Rodrigues, 2008).
Outras pesquisas envolvendo o conhecimento da anatomia
interna das árvores resinadas, buscando maior compreensão
da liberação da resina, estão sendo desenvolvidas
no Brasil e no mundo. Isso ajudaria no entendimento de como
os sistemas vitais da planta se relacionariam com fatores bióticos
e abióticos que podem potencializar a produção
dessa substância. Os fatores que influenciam a quantidade
de resina que pode ser extraída de uma árvore,
bem como sua qualidade são: diâmetro do tronco,
idade da planta, espécie, potencial genético,
manejo florestal, condições ambientais, entre
outros (Ferreira, 2009). Muitos trabalhos também buscam
incrementar a quantidade e a qualidade da resina produzida
pelos principais pinheiros resiníferos, através
da otimização desses fatores.
O manejo que se tem durante a resinagem, assim como a tecnologia
e equipamentos usados para a extração da resina
também são constantemente testados, objetivando
uma atividade cada vez mais rentável e ao mesmo tempo
sustentável.
Dessa forma, a resina extraída dos Pinus é um
produto extremamente importante na economia de muitas regiões
do mundo, também apresentando relevância sócio-ambiental
nas localidades onde se mantém presente. Apesar de já haver
diversos resultados de pesquisas que visam à melhoria
contínua de seus processos, ainda há muito a
ser feito e descoberto sobre o assunto, necessitando-se de
mais incentivos, pesquisas e extensão de seus resultados
aos produtores. Por essa razão, estamos retornando ao
tema, buscando oferecer mais literaturas aos interessados
Confiram a seguir alguns artigos, textos técnicos, apresentações,
vídeos e figuras que abordam os Pinus e
sua resina. Há resultados de estudos sobre anatomia da madeira de
Pinus resiníferos, fatores que interferem na produção
de resina, tecnologias de extração, combate a
pragas, entre outros envolvendo economia, ambiente e sociedade.
Resina. Wikipédia. Acesso em 24.02.2010:
O texto técnico pertencente à enciclopédia
virtual Wikipédia caracteriza e define muito bem o que é resina.
Dentre os assuntos abordados destacam-se as principais composições
químicas, tipos, usos e derivados. O texto em inglês é bem
mais completo e rico.
http://en.wikipedia.org/wiki/Resin (em Inglês)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Resina (em Português)
http://es.wikipedia.org/wiki/Resina (em Espanhol)
A
site about pine tapping. Ar Eldorado Ltda.
Acesso em 16.04.2010:
Excelente website de nosso estimado amigo argentino Alejandro
Cunningham, um dos maiores experts mundiais em resinagem de
coníferas, que para nossa sorte, vive em Itapetininga,
Brasil. O website do Alex é rico em dados estatísticos,
fotos maravilhosas, notícias, links e muitas de suas
palestras. Pela paixão que ele coloca nesse tema resinagem,
pode-se muito bem dizer que ele é também um grande
amigo do Pinus.
http://www.areldorado.com.ar/ (em Inglês)
http://br.linkedin.com/in/alexcunn/pt (Sobre Alex Cunningham
- em Inglês)
http://www.iisd.ca/YMB/FOREST/WFC13/pictures/
2009-10-23%2023oct/23octfull/23oct%20038full.jpg (A.P. Cunningham)
Blog Resinagem do Pinus. Acesso
em 16.04.2010:
http://www.blogger.com/feeds/7489867237974888255/posts/default
Colophony
(Pine Resin). Scents of Earth. Acesso em 24.02.2010:
Observem no website “Scents of the Earth” uma descrição
muito elucidativa sobre a resina de Pinus.
http://www.scents-of-earth.com/colophony.html
Gum
resin - Extraction. Extração
de resina de Pinus. Youtube. Acesso em 24.02.2010:
Vídeo curto que mostra trabalhador realizando a resinagem
em plantios de Pinus.
http://www.youtube.com/watch?v=oIsm_zt3edQ
Pinus resinífero. Youtube.
Acesso em 24.02.2010:
Vídeo desenvolvido pela indústria Resineves que
mostra, desde a produção das mudas de Pinus, o processo da extração de resina, até o
seu processamento.
http://www.youtube.com/watch?v=ToKWDSsqv6o&NR=1 (Resineves)
La
rentabilidad del sector resinero pasa por la innovación
tecnológica. CESEFOR. Acesso em 24.02.2010:
http://www.portalforestal.com/informacion/noticias/4106--la-
rentabilidad-del-sector-resinero-pasa-por-la-innovacion-tecnologica-.pdf
La resinación. El Blog de Forestman. Vídeos.
(2006). Acesso em 24.02.2010:
http://forestman.espacioblog.com/post/2006/02/23/la-resinacion-primera-parte (em Espanhol)
http://forestman.espacioblog.com/post/2006/02/26/la-resinacion-segunda-parte (em Espanhol)
Russos investem em resinagem no MS. Painel
Florestal. Vídeo.
Acesso em 24.02.2010:
http://www.painelflorestal.com.br/exibeVideo.php?id=6
Artigos e textos técnicos
sobre resinas e resinagem de Pinus
Estado actual de la resinación en el mundo. A.P. Cunningham.
XIII Congreso Forestal Mundial. Argentina. 07 pp. (2009)
http://www.cfm2009.org/es/programapost/trabajos/Estado_actual_FD.pdf
Estado actual de la resinación en el mundo. A.P. Cunningham.
XIII Congreso Forestal Mundial. Argentina. Apresentação
em PowerPoint: 19 slides. (2009)
http://www.cfm2009.org/es/programapost/trabajos/Alejandro-Cunningham.pdf
Caracterização da estrutura anatômica
do lenho, dos anéis de crescimento e dos canais de
resina de árvores de Pinus caribaea var. hondurensis Barr. et Golf. A. T. B. Ferreira. Dissertação
de Mestrado. ESALQ. 84 pp. (2009)
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BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=resinagem&btnG=Pesquisar&aq=f&aqi= & aql=&oq=&gs_rfai=&start=0 (Resinagem)
http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22Pine+resin%22&aq=f&aqi
=&aql=&oq=&gs_rfai=&start=0 ("Pine resin")
http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&rlz=1I7RNTN_pt-
BR&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22Pine+tapping%22&aq=
f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=&start=0 ("Pine tapping")
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Fraldas e Absorventes Íntimos
Descartáveis Produzidos com Fibras Celulósicas
do Pinus
Introdução:
Fraldas e absorventes íntimos descartáveis
se tornaram bastante populares a partir da década dos 70's,
quando materiais absorventes de menor custo e melhor qualidade passaram
a ser utilizados para a retenção de fluidos corporais,
não sendo permitido o seu reuso. Tais tecnologias, aliadas
a preços mais acessíveis e praticidade no uso, estimularam
a substituição das antigas fraldas laváveis
de tecidos de algodão e os “paninhos” utilizados
durante o período menstrual feminino (Disposable Diapers,
2010; Mazgaj et al., 2006; Valença e Mattos, 2001). O sucesso
foi tão grande que as fraldas descartáveis passaram
ainda o ocupar espaço na vida de pessoas idosas, com problemas
de incontinência urinária, resgatando para muitas delas
a dignidade como cidadão vivendo em coletividade.
De acordo com a ABIMAQ - Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos (2008), as fraldas são classificadas
como produtos de higiene íntima destinados a absorver fezes
e urinas de bebês, crianças ou adultos que tenham problemas
em controlar tais atividades fisiológicas. Logo, a grande
maioria das fraldas produzidas na atualidade é dividida em
dois tipos: infantis e geriátricas. Ambas possuem basicamente
as mesmas funções: a proteção do usuário
contra possíveis vazamentos, oferecendo a ele conforto, higiene
e saúde (SEBRAE, 2010; Disposable Diapers, 2010). Os usuários
desses produtos esperam que as fraldas descartáveis e também
os absorventes íntimos sejam seguros a ponto de que eles possam
exercer suas atividades diárias normais sem restrições,
fazendo inclusive com que se esqueçam de que estão
utilizando os mesmos (SEBRAE, 2010; Disposable Diapers, 2010).
Para auxiliar no cumprimento desses importantes requisitos, a celulose
de fibras longas proveniente do Pinus é utilizada com bastante
intensidade na manufatura desses produtos. Essa celulose é também
chamada de "Celulose Fluff" ou "Celulose Fofa".
Ela não é uma celulose qualquer, precisa ter propriedades
especiais para manter a fralda ou o absorvente em condições
de ótima performance. Entre suas missões está a
de manter um colchão ou manta fibrosa bem porosa, absorvente
e resistente, sem sofrer ruptura com a movimentação
do usuário. Ainda, esse painel fibroso deve manter as partículas
do gel absorvente ("polímero superabsorvente") bem
dispersas em seu interior, o que aumenta a sua capacidade de retenção
de líquidos (Schueller, 2010). Segundo o mesmo autor, tal
celulose pode corresponder a até 80 % do peso de uma fralda.
As fraldas variam em peso conforme o tamanho das crianças
ou das pessoas adultas que as utilizam. De maneira geral, a quantidade
de fibras celulósicas varia entre 15 a 50 gramas por unidade
de fralda. As fraldas podem ainda conter uma certa quantidade de
papel "tissue". Dessa forma, as fraldas e absorventes íntimos
constituem-se em importantes produtos de base florestal nos dias
de hoje. No Brasil, grande parte das fraldas e absorventes higiênicos
utilizam fibras de celulose kraft branqueada produzidas a partir
de madeiras de Pinus. Na próxima edição da PinusLetter,
dedicaremos o mini-artigo para discutir e apresentar as características
principais que deve ter uma celulose do tipo "fluff". Esperamos
que possa ser de seu interesse.
Na presente edição, o objetivo principal deste texto
técnico foi o de agregar informações sobre as
inovações tecnológicas das fraldas descartáveis,
sua forma de fabricação, principais matérias-primas,
cuidados, características e perspectivas futuras. Conhecendo
melhor o produto, poderemos entender melhor em como as fibras celulósicas
do Pinus podem ajudar a fazê-lo de melhor qualidade e performance.
Histórico das fraldas descartáveis:
De acordo com Disposable Diapers (2010) e
com Papelnet.cl (2010), a segurança na boa retenção
de fluidos corporais eliminados sempre foi um problema para
o ser humano. Dessa forma, para garantir sempre melhor qualidade
e desempenho aos usuários, as fraldas descartáveis
passaram a manter constantes avanços tecnológicos
ao longo das últimas décadas.
As fraldas descartáveis propriamente ditas foram
inventadas por Vic Mills, um engenheiro que ao cuidar de
seus netos observou que a maneira mais saudável
de cuidar da pele dos bebês seria descartando o produto
fralda após o seu uso (SEBRAE, 2010). Entretanto,
essa preocupação vem desde as antiguidades,
existindo relatos do assunto em diversas partes do mundo
(Disposable Diapers, 2010).
As primeiras fraldas descartáveis foram feitas com
papel "tissue" (papel sanitário). Elas
foram desenvolvidas durante a segunda guerra mundial na
Suécia, devido principalmente ao elevado preço
e a escassez da principal matéria-prima das fraldas
até o momento: o algodão (Papelnet.cl, 2010).
Por essa razão, as fraldas descartáveis são
até hoje conhecidas como fraldas de papel, apesar
de que atualmente as fibras de celulose não estão
mais dispostas nas fraldas na forma de folhas de papel,
mas sim de um colchão fibroso bem macio e fofo.
As fraldas descartáveis utilizadas nos anos 40's
a 50's tinham formato retangular e constavam de 15 a 25
folhas de papel "tissue", havendo uma camada
plástica impermeável envolvendo esse conjunto
na parte exterior. Durante esse período, as fraldas
descartáveis eram muito caras e não retinham
grandes quantidades de líquidos, necessitando de
trocas muito freqüentes. Havia muita dificuldade em
se manter esse conjunto bastante poroso, pois são
exatamente os vazios das fibras e entre as fibras que absorvem
e retêm os líquidos. Esse conjunto ao longo
de sua história sempre precisou ter três finalidades
básicas: capacidade de absorver rapidamente o líquido,
capacidade de reter o líquido absorvido e capacidade
de evitar que o líquido vaze antes de ser absorvido
pelo colchão de fibras, gel ou papel. Já nos
anos 60, novos adesivos para ajustes e novos plásticos
não permeáveis foram introduzidos ao produto,
bem como se substituiu o papel "tissue" por fibras
de celulose na forma de um colchão ou almofada,
com maior poder de absorção e retenção.
Após, a tecnologia para a fabricação
de fraldas descartáveis disparou: novas empresas
passaram a disputar o mercado diminuindo o custo e tornando
o produto mais acessível a grande parte da população,
primeiro de países desenvolvidos e depois também
nos países em desenvolvimento (Papelnet.cl., 2010).
Durante toda a década de 70, houve avanços
no formato da fralda e no emprego de não-tecidos
("non-wovens") mais absorventes, macios e confortáveis à pele
do bebê. As cintas adesivas (fitas frontais ou faixas
de ajuste) também foram desenvolvidas durante esse
período. Porém, o que mais chamou a atenção
foi a explosão no uso do produto em diversas regiões
do mundo.
As fraldas dos anos 80's foram inovadoras em seus formatos,
mais anatômicos ao corpo do bebê, assim como
o desenvolvimento de elásticos nas bordas do produto
para evitar a fuga de líquidos. A fita frontal (tipo
cinta ou faixa) foi desenvolvida primeiramente na Europa,
permitindo que as mães conseguissem abrir e fechar
várias vezes a mesma fralda sem que essa perdesse
segurança e funcionalidade. Todavia, a tecnologia
mais inovadora foi desenvolvida no final dessa década
com a adição de polímeros superabsorventes
(SAP) em sua composição. Isso primeiramente
foi realizado em absorventes íntimos no Japão
e depois introduzido para a fabricação de
fraldas. Tal invento gerou toda uma nova geração
de fraldas, sendo essas mais finas e flexíveis,
com menor quantidade de fibras celulósicas, mais
confortáveis, secas e seguras. Imaginem que as fibras
de celulose conseguem absorver entre 8 a 12 vezes o seu
peso com líquidos aquosos. Já as fraldas
atuais com superabsorventes conseguem absorver e reter
até 50 vezes o peso de seu colchão composto
de fibras de celulose e gel SAP. Algo que foi de significativo
avanço para o sucesso desses produtos.
Os anos 90's e 2000's foram marcados pelo desenvolvimento
de produtos cada vez mais absorventes, confortáveis
(ajustados ao corpo do usuário) e secos, diminuindo-se
problemas de irritação cutânea provocados
pela umidade excessiva da fralda (Rocha e Selores, 2004).
Isso também ocorreu pela adição de
compostos hidratantes e desodorizantes que previnem assaduras
como cremes, talcos e extratos naturais de aloe-vera. A
década de 90 foi repleta de inovações
na velocidade de fabricação desses produtos
de higiene íntima, também para conseguir
atender a demanda de países emergentes e em desenvolvimento
(Elzinga e Mills, 1996). Novas marcas e modelos surgiram
para atender aos mais variados gostos e capacidades de
pagar por eles, tornando as fraldas mais atrativas a diversos
tipos de consumidores. Além disso, o início
da década de 90 foi marcado por apelos ambientais
devido à difícil e lenta decomposição
desses produtos na natureza. As fraldas de papel, pelo
fato de serem recobertas por plástico, formam um
objeto compacto e de difícil biodegradabilidade
nos lixões. Para piorar ainda mais a situação, é impossível
se reciclá-las. Fraldas biodegradáveis já foram
desenvolvidas; porém, ainda sem muito sucesso. Dessa
forma, isso continua sendo o principal objetivo na evolução
das fraldas descartáveis: o desenvolvimento de um
produto mais amigo do ambiente. Outro importante objetivo
de muitas indústrias é fazer um produto cada
vez mais barato, tornando-o acessível em países
de menor poder aquisitivo das suas populações,
principalmente na África, América Latina
e Ásia (Papelnet.cl, 2010).
Composição das fraldas descartáveis:
Segundo Schueller (2010), as fraldas descartáveis
têm como principal matéria-prima a "celulose
fluff" (70 a 80 % do seu peso), seguida por 5 a 10
% de gel seco (SAP). A combinação de ambos
serve para aumentar a velocidade e a capacidade de retenção,
sendo revestidos por um filme de não-tecido que
impede o refluxo do líquido absorvido. Outra camada
macia de não-tecido hidrofílico é adicionada à camada
externa interior da fralda, entrando em contato com a pele
e fluidos corporais. Na outra extremidade da fralda (parte
exterior) há a adição de uma malha
impermeável de polietileno dobrada e costurada a
quente. Há ainda a adição de adesivos
e loções, entre outros componentes acessórios.
Qualquer fralda descartável deve ser suficientemente
bem montada e resistente de forma que os bebês não
tenham acesso algum ao manto fibroso contendo o gel superabsorvente.
Apesar desse conjunto não ser necessariamente tóxico,
ele é muito problemático se ingerido pela
criança. Caso os bebês consigam abrir a fralda
e comer dele, pensando tratar-se de algum alimento, o gel
vai aumentar muito de volume no estômago da criança,
deixando-a sem apetite algum por um bom tempo.
De acordo com Disposable Diapers (2010), SEBRAE (2010),
Schueller (2010) e ABIMAQ - Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equipamentos (2008),
as típicas fraldas geriátricas e pediátricas
possuem diversos tipos de matérias-primas, os quais
foram listados a seguir, juntamente com cada uma de suas
funções.
- Manta de polietileno (PE): presente na camada externa
da fralda, evita vazamento devido à sua impermeabilidade.
Essa camada é aderida ao restante da fralda através
da colagem de fixação.
- Manta filtrante: Uma cobertura porosa sintética
formada por camada de não-tecido hidrofílica.
Um não-tecido nada mais é do que uma manta
de fibras com ou sem orientação unida em
uma estrutura plana. Um não-tecido é geralmente
sintético formado a partir de processos mecânicos,
químicos e/ou térmicos, ou seja, fricção,
adesão e coesão respectivamente (Wikipédia,
2010; Schueller, 2010). A manta filtrante possui a função
de filtrar o líquido e de diminuir a umidade na
pele através da rápida absorção,
além de impedir o contato da manta fibrosa propriamente
dita com o usuário (Associação Brasileira
da Indústria de Máquinas e Equipamentos,
2008). A umidade filtrada pela manta filtrante é conduzida
até o núcleo absorvente da fralda, onde é retida
(Papelnet.cl, 2010).
- Adesivo "hot-melt": é adesivo colado
a quente (180°C), utilizado para dar sustentação
aos elásticos e à manta das fraldas. É usado
em porções pequenas.
- Algodão hidrófilo: ajuda na estruturação
da fralda (SEBRAE, 2010), compondo parte do seu “recheio”.
- Polpa de celulose "fluff" desfibrada: ajuda
a segurar o gel seco e a distribuí-lo de forma homogênea
dentro da fralda. Atua na estruturação da
fralda e, caso seja utilizado erroneamente, poderá promover
o bloqueio da infiltração, enrolamento de
fibras e até mesmo rompimento da peça. A
polpa de celulose usada para garantir a estrutura e integridade
da fralda é do tipo "fluff", como já vimos
antes. Em geral ela é usada na forma de bobinas
de folhas bem volumosas (de baixa densidade). Tais características
permitem que sejam desfibradas a seco por equipamentos
desintegradores os quais vão raspando a celulose
fazendo com que suas fibras fiquem suspensas na forma de
uma espécie de “colchão fibroso”.
Segundo Disposable Diapers (2010), a capacidade de absorção
da polpa de celulose é de aproximadamente 10 centímetros
cúbicos de água por grama de celulose da
fralda, valor considerado pequeno quando comparado ao dos
géis superabsorventes. Porém, os últimos
são incapazes de serem acondicionados sozinhos nas
fraldas. As fibras longas existentes na polpa promovem
uma tensão superficial necessária para o
aumento da retenção e absorção
de líquidos. Isso porque distribuem a umidade dentro
da fralda, evitando o bloqueio de absorção
do gel quando as moléculas dos seus polímeros
ficarem saturadas. O mesmo autor afirma a celulose "fluff" provém
de plantios de Pinus, os quais, na grande maioria, já possuem
certificação florestal.
- Polímero superabsorvente (SAP): também
chamado de floc-gel, é um composto que apresenta
elevada afinidade com água, retendo-a ao entrar
em contato com ela. O floc-gel incha em presença
da urina, fazendo com que uma só fralda consiga
absorver 15 a 20 vezes o seu peso em umidade (Schueller,
2010). O polímero superabsorvente é composto
por partículas pequenas parecidas com areia fina
e branca, contendo ácido acrílico que agem
como esponjas poliméricas. São partículas
minúsculas que quando entram em contato com a água,
aumentam seu tamanho através de ligações
cruzadas com as moléculas de água. Essas
ligações ajudam a dar um aspecto gelatinoso
ao gel hidratado. Rocha e Selores (2004) afirmaram que
a utilização de polímeros superabsorventes
diminuiu em até 50 % o peso das fraldas atuais,
quando comparadas às produzidas na década
de 70. Os polímeros mais utilizados em fraldas descartáveis
têm sido: a poliacrilamida (PA), a qual retém
moléculas de água através da formação
de pontes de hidrogênio; e o poliacrilato de sódio
(PAS), que realiza regulagem osmótica de sódio
através da absorção de água.
O primeiro desses polímeros, apesar de menos sensível às
impurezas, foi abandonado para a finalidade porque possuía
um aumento de massa excessivo. Logo o PAS tem sido mais
usado com eficiência como floc-gel de fraldas desde
o início dos anos 80 (Marconato e Franchetti, 2002;
Pell et al., 1999). A capacidade de absorção
e retenção varia com a qualidade e quantidade
dos componentes da fralda assim como com a polaridade dos
líquidos e fluidos absorvidos (Disposable Diapers,
2010).
- Papel "tissue": muito utilizado no passado, hoje apenas envolve
a polpa (núcleo absorvente) de algumas fraldas para facilitar sua manufatura,
estruturação e manuseio nas máquinas.
- Manta: considerada o corpo da fralda já pronto, contendo todos os
componentes internos acima listados (algodão, polpa, gel, e papel "tissue")
em suas quantidades e locais indicados.
- Elástico: usados com o intuito de evitar fugas de líquidos
pelas extremidades da fralda (laterais e superiores), ajudam a ajustá-la
ao corpo do usuário. Os principais tipos de elásticos usados
são os revestidos com borracha e também os de lycra.
- Fita reposicional: utilizadas na lateral da fralda e na frente, são
reguláveis na cintura e podem conter adereços decorativos. É utilizada
para ajustar a fralda ao corpo.
- Colônia: substância utilizada para padronizar o cheiro da fralda. É geralmente
aplicada em sprays e também ajuda a diminuir os maus odores dos fluidos
corporais. As colônias usadas para essa finalidade não devem possuir
caráter alergênico.
- Outras matérias-primas: além dos componentes existentes nas
fraldas ainda há outras matérias-primas que estão relacionadas
com a fabricação das fraldas tais como: solvente para limpeza
das máquinas, tesouras picotadoras, estiletes, dosadores de gel, luvas,
máscaras, toucas de cabelo, plástico de polietileno para embalagem
final, selador de embalagens, entre outros, incluindo-se também os adornos
decorativos das fraldas e embalagens.
Produção das fraldas descartáveis:
De acordo com SEBRAE (2010), levando-se em conta que a manta fibrosa pode ser
adquirida separadamente, a fabricação semi-industrial de fraldas
descartáveis pode seguir duas linhas básicas produtivas: o processo
manual e o semi-automático. O autor não aconselha a compra e
união dos componentes da manta (algodão, polpa, gel, e papel "tissue")
de forma manual principalmente porque há a necessidade de maior tecnologia
para a dispersão e união do gel com as fibras de celulose "fluff".
Caso as fibras fiquem mal acondicionadas e as partículas de gel seco
se tornarem mal distribuídas, poderá ocorrer o rompimento da
fralda. A etapa de produção da manta será descrita separadamente:
1 - Produção da manta:
Este processo pode ser dividido em duas fases: a de desfibramento e a de formação
do núcleo absorvente.
Desfibramento: ocorre com a alimentação da folha de polpa de
celulose em um moinho rotativo, onde há a separação das
fibras a seco. Essas são transportadas a vácuo para um tambor.
Durante esse transporte há a separação das fibras do pó (fragmentos
de fibras e fibras muito pequenas). Após, ocorre a mistura delas com
o superabsorvente através de uma câmara a vácuo que injeta
o SAP nas fibras de forma homogênea. O tambor forma uma almofada ou "pad” de
dimensões variadas, dependendo do tamanho do cilindro (tambor) e do
tamanho da fralda. A manta de fibras "fluff" mais o pó de
gel é chamada de núcleo absorvente. Esse pode ser contínuo
ou individual, dependendo da tecnologia utilizada. Schueller (2010) apontou
que o pó SAP pode ser adicionado na camada superior da almofada de fibras
depois dela ser formada. Porém, fraldas submetidas a esse método
podem apresentar problemas de bloqueio do gel, uma vez que esse não
se encontra misturado às fibras. O ideal e que as fibras fiquem envolvendo
os polímeros como se fosse um sanduíche ou mesmo uma rede. Existem
máquinas dosadoras que fazem a pulverização múltipla
do polímero para misturá-los da melhor forma possível,
distribuindo o pó do gel apenas onde é necessário.
Formação do núcleo absorvente: as fibras "fluff" mais
o SAP são forrados com camadas de não-tecidos (produzidos separadamente
em outras etapas e locais ou comprados de outras empresas), seguindo para um
rolo compressor (também chamado de rolo de nivelamento) onde são
compactados fazendo com que o núcleo absorvente fique com espessura
uniforme.
2- Montagem da fralda em linha industrial de produção
A seguir encontram-se as principais etapas dos processos de montagem de fraldas
descartáveis (Disposable Diapers, 2010; SEBRAE, 2010; Schueller, 2010;
Papelnet.cl, 2010; Associação Brasileira da Indústria
de Máquinas e Equipamentos, 2008):
Segundo Disposable Diapers (2010) e Papelnet.cl (2010) a produção
de fraldas descartáveis está inserida em um processo contínuo,
que depende muito da complexidade do produto, de sua verticalização,
assim como do comprimento da máquina produtora. Tudo vai influenciar
na velocidade da última. Há algumas fábricas que dispõe
de tecnologia de ponta, conseguindo gerar mais de 1.000 fraldas/minuto. Porém,
outras máquinas mais comuns conseguem produzir em média 200 a
600 fraldas/minuto (Sanitary..., 2010; Papelnet.cl, 2010)
Após a formação da manta, faixas elásticas são
anexadas com cola para permitir melhor ajuste ao corpo do usuário. Depois
disso ocorre a montagem da fralda em si.
A - Montagem: durante essa etapa, a camada impermeável de polietileno é aderida
ao núcleo absorvente na sua parte exterior. No interior, a manta filtrante
de não-tecido também é acondicionada assim como a fita
frontal. Todos esses elementos são unidos através da cola "hot-melt".
B – Aplicação de fitas e adesivos: as fitas laterais adesivas
ou do tipo conector velcro são aplicadas à fralda através
de dispositivos especiais.
C – Dobras e cortes: no sistema de fabricação contínuo,
as fraldas estão unidas, pois foram fabricadas em camadas. Logo, há o
corte individual a vácuo de cada peça, ajustando as extremidades
onde estarão as pernas aos elásticos e às fitas adesivas
já colocadas. Tudo para melhor ajuste da fralda ao corpo do usuário.
Depois as fraldas são individualmente dobradas na transversal e longitudinal,
recebendo corte final e estando prontas para serem embaladas.
De acordo com Disposable Diapers (2010), após os cortes de ajustes das
fraldas, há a limpeza das mesmas. Algumas são esterilizadas em
estufas de ar logo depois de fabricadas (SEBRAE, 210).
Esse processo pode gerar perdas e resíduos, e precisa ter um controle
de qualidade muito eficiente para evitar fraldas defeituosas, pois já vimos
que isso pode ser problemático aos bebês.
3 – Contagem e embalagem
Após, cada fralda passa por máquina contadora e empilhadora automática
que também acondiciona o produto em sua devida embalagem plástica.
Antes do transporte, essa é então selada e encaixotada, estando
pronta para a venda.
Processos semi-automáticos e manuais:
De acordo com SEBRAE (2010), o processo semi-automático envolve três
etapas. Na primeira, a manta é colocada sobre uma mesa motorizada que
a une com a manta de polietileno, com os elásticos e com os não-tecidos
através da colagem quente ("hot-melt"). É nessa etapa
que ajustes dos tamanhos das fraldas (P, M e G) são realizados pela
mudança de regulagem da máquina. Na segunda etapa há o
corte das fraldas, feita por uma guilhotina acoplada à mesa motorizada,
fixando-se fitas adesivas logo em seguida. A terceira etapa consiste na embalagem
das fraldas feita por uma máquina seladora.
Já no processo de produção manual é o operador
que realiza todas as três etapas anteriores. Primeiramente, há a
colagem do núcleo absorvente com as mantas impermeável e permeável
(filtrante). Em seguida corta-se a fralda de acordo com moldes pré-estabelecidos.
Depois disso, colam-se fitas e adesivos seguindo para a realização
das dobras e das embalagens. No processo semi-automático há a
fabricação de 1000 fraldas/dia. Já o manual, esse número
cai para 300 a 400 fraldas/dia.
Resíduos:
A produção de fraldas descartáveis
gera diversos tipos de resíduos, mas permite reciclagem
e reutilização de alguns deles, como o caso
de polímeros e fibras de celulose desperdiçadas.
Durante o corte e a montagem da fralda há grande preocupação
com diminuição de perdas no processo (Disposable
Diapers, 2010).
A conservação das matérias-primas
e dos produtos prontos também deve ser realizada
de maneira adequada, evitando-se a perda de produtos por
armazenagem imprópria (SEBRAE, 2010).
Papelnet.cl (2010) relatou que em países com alto
consumo de fraldas, os resíduos referentes à fraldas
descartadas não chegam a ser 2 % do total de lixo
doméstico gerado. Os mesmos autores também
ressaltaram que mais de 65% da matéria-prima das
fraldas descartáveis é biodegradável,
como a celulose "fluff" e o papel "tissue".
Principais cuidados:
Os cuidados com a higiene durante a fabricação
das fraldas são vitais. Logo o ambiente de trabalho
deve ser o mais limpo possível, realizando regularmente
a esterilização dos equipamentos com álcool.
As trocas de toucas, máscaras e aventais de produção
também devem ser realizadas com freqüência.
Cabe lembrar que as fraldas e absorventes são produtos
de higiene íntima, estando em contato direto com a
pele ou mucosas do usuário. Logo, a portaria n.º 1480
do Ministério da Saúde do Brasil possui normas
para a realização de testes de qualidade em
laboratórios credenciados (SEBRAE, 2010).
Os produtores de fraldas devem realizar testes para avaliar
se as proporções de polímeros com relação
as fibras de celulose estão atendendo às especificações
exigidas. Geralmente as proporções fibra: polímero
devem variar de 75:25 a 90:10, segundo Schueller (2010).
Outros testes bastante comuns empregados nas fraldas são
os de real absorção e os de conforto para o
usuário (Disposable Diapers, 2010).
Em
1997, o INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização
e Qualidade Industrial) realizou avaliações
de qualidade em 15 marcas de fraldas que circulavam no
mercado brasileiro na época. Foram feitos ensaios
de citotoxicidade, onde constataram-se irregularidades
em duas marcas brasileiras
e duas importadas. O ensaio de citotoxicidade define o
potencial de degeneração ou morte celular
pelo material constituinte da fralda. Tais resultados indicaram
a potencialidade
de algumas marcas causarem irritações cutâneas
nos seus usuários. O INMETRO relatou que as associações
de produtores e outros órgãos responsáveis
pela categoria deveriam se reunir em busca de melhorias
nas regulamentações e normas para avaliação
da qualidade das fraldas descartáveis no Brasil,
principalmente no que diz respeito ao desempenho. Tudo
para que os produtos
se tornassem ainda mais confiáveis. Entretanto,
já se
passaram mais de dez anos dessa publicação
do INMETRO e a evolução tecnológica
dos principais fabricantes de fraldas do setor foi notável.
Por outro lado, surgiram muitos fabricantes semi-artesanais
de fraldas e por essa razão, os controles devem
ser redobrados para muitas marcas desconhecidas. A Associação
Brasileira de Defesa do Consumidor, através de seu
website Pró Teste tem colaborado em muito com isso,
apresentando continuados estudos comparativos das principais
marcas de fraldas vendidas no país
(http://www.proteste.org.br/?show=186351&q=fraldas%20descart%C3%A1veis&output=xml_no_dtd&ie=UTF-8&oe=UTF-8&client=brasilian_frontend&site=GSA_ProtesteBrasil).
Mercado, perspectivas
futuras e considerações
ambientais:
As fraldas descartáveis são consideradas ainda
um produto relativamente novo no mercado; todavia, já conquistaram
grande parte dos consumidores nos países desenvolvidos
e emergentes, evidenciando sua importância para a sociedade.
Em estudos citados por Schueller (2010), as fraldas descartáveis
infantis possuíam índices de penetração
de produto (razão entre o n° de usuários
e o n° de consumidores) extremamente elevados (acima
de 95 % nos EUA e Japão). Valença e Mattos
(2000) asseguraram que esses são mercados já maduros
e que devido ao baixo índice de natalidade já estão
praticamente estabilizados. Logo, o crescimento de consumo
desse produto está ocorrendo muito mais nos países
em desenvolvimento, como no Brasil, principalmente quando
há a produção de fraldas descartáveis
econômicas. Os mesmos autores apontavamm que quase
toda a celulose "fluff" utilizada no país
no ano 2000 (mais de 120 mil toneladas anuais) era importada.
Ainda hoje, a taxa de importação é significativa,
principalmente da Argentina, cujo principal fornecedor é a
Celulose Alto Paraná, com suas fibras kraft branqueadas
de Pinus taeda. Discutiremos um pouco mais sobre isso na
próxima PinusLetter.
A preocupação com os resíduos das fraldas
no ambiente também cresce assim como o seu consumo.
Logo, as perspectivas futuras para o produto é que
tecnologias sejam desenvolvidas para a criação
de um produto totalmente biodegradável. Enquanto
isso não acontece, muitas mães ambientalmente
conscientes já voltaram a utilizar fraldas de algodão
em seus filhos, mesmo perdendo em praticidade (Neves, 2010).
Muitas argumentam que as fraldas descartáveis requerem
10 a 20 vezes mais matéria-prima para a fabricação
do que as de pano, além de demorarem dezenas de
anos para se decompor. Por outro lado, as adeptas às
fraldas descartáveis também afirmam que há maior
consumo de água para a lavagem das fraldas de algodão,
havendo a necessidade da utilização de outros
produtos químicos para limpeza e branqueamento das
mesmas. Enfim, esse debate ajudará a que as inovações
surjam mais rapidamente nesse sentido.
Considerações
finais:
Ainda há muito a ser pesquisado para a melhoria das
fraldas descartáveis, principalmente no que tange às
questões ambientais. Novas pesquisas deveriam ser
incentivadas a fim da descoberta de um produto fácil
de ser produzido, seguro, confortável, econômico
e ao mesmo tempo amigo do ambiente.
No caso de nosso país, os Pinus são considerados
como sendo a principal matéria-prima das fraldas descartáveis
através da utilização da polpa de celulose "fluff" e
do papel "tissue". Ambos produtos (fibras e papel)
são facilmente biodegradáveis. Logo, os produtos
do Pinus poderão continuar desempenhando papel importante
nas fraldas descartáveis do futuro.
A seguir, estão listados os artigos e textos técnicos
pesquisados para a redação desse mini-artigo.
Há alguns websites que possuem fotos e vídeos
das máquinas de produção de fraldas
descartáveis, figuras das principais etapas de fabricação,
e também outras informações sobre testes
de qualidade do produto. Confiram também algumas webpages
de fabricantes de fraldas descartáveis, em especial
do Brasil.
Referências da literatura e sugestões
para leitura:
Disposable
Diaper. How Products are Made. R. Schueller. Volume
3. (1995). Acesso em 13.03.2010:
http://findarticles.com/p/articles/mi_gx5205/is_1995/ai_n19124616/pg_3/
Swan labelled baby diapers. SF Ecolabelling. Acesso em 13.03.2010:
http://www.ftp-delipap.com/muumi/muumi/DelipapDiapers_pohjakuvaversio.pdf
Sanitary napkins and baby diapers production line. CN Non-food
Import Export Corp. Acesso em 13.03.2010:
http://www.ch-non-food.com/diaper.htm
RESUMO:
Processo de fabricação de fraldas
descartáveis. Patentesonline.com. Acesso em 12.03.2010.
http://www.patentesonline.com.br/processo-de-fabricacao
-de-fraldas-descartaveis-120534.html
Disposable Diapers. The Diaper Industry Source. Richer Investments & Consulting
Services. (em Inglês). Acesso em 12.03.2010.
http://www.disposablediaper.net/content.asp?3 (Home)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?44 (Mercado das
fraldas descartáveis)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?2 (História
das fraldas descartáveis)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?6 (Perguntas
mais freqüentes)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?30 (Fotos de
máquinas de produção de fraldas)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?29 (Testes mais
frequentes para fraldas e colchões fibrosos)
http://www.disposablediaper.net/content.asp?37 (Testes de
algumas marcas famosas e populares de fraldas)
http://www.disposablediaper.net/Insight2006CRicher.doc (Absorbência-
afinal o que é isso? por Carlos Richer)
http://www.disposablediaper.net/files/degradable.pdf (Fraldas
degradáveis)
Pañales. Papelnet.cl. Empresas CMPC. (em Espanhol).
Acesso em 02.03.2010:
http://www.papelnet.cl/panales/index.html (Características)
http://www.papelnet.cl/panales/2.html (Breve história)
http://www.papelnet.cl/panales/3.html (Processo de produção
com animação)
RESUMO: Sistema de aplicação homogênea
de mistura de superabsorvente em celulose para fraldas descartáveis
e outros em geral. PatentesOnline.com.br. Acesso em 02.03.2010:
http://www.patentesonline.com.br/sistema-de-aplicacao-homogenea-
de-mistura-de-super-absorvente-em-celulose-para-fraldas-137542.html
Fábrica de fraldas descartáveis. SEBRAE. Banco
de Idéias de Negócios. Acesso em 02.03.2010:
http://www.sebrae-sc.com.br/ideais/default.asp?vcdtexto=3853&%5E%5E
Fraldas descartáveis. Ebah Eu Compartilho. Acesso
em 02.03.2010:
http://www.ebah.com.br/fraldas-doc-doc-a7109.html
Não-Tecido. Wikipédia. Acesso em 02.03.2010:
http://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%A3o_tecido
Artigos técnicos e notícias sobre fraldas
descartáveis
e absorventes higiênlcos
Costumes
antigos para bebês modernos. D. Neves. Gazeta
do Povo. (2010)
http://www.gazetadopovo.com.br/viverbem/conteudo.phtml?tl=1&id=
986142&tit=Costumes-antigos-para-bebes-modernos
Relatório da pesquisa de preços de fraldas
descartáveis e produtos infantis na cidade de Goiânia.
Publicação PROCON Goiás. (2010)
http://www.procon.go.gov.br/procon/detalhe.php?textoId=000639
Fralda descartável. ABIMAC - Associação
Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos
Solução Técnica. Sistema ABIMAC. (2008)
http://www.datamaq.org.br/sebrae/Article.aspx?entityId
=dbe3a2e0-098b-dd11-9c09-0003ffd062a1
Comparative
life cycle assessment of sanitary pads and tampons. M. Mazgaj; K. Yaramenka; O. Malovana. Royal Institute of
Technology Stockholm. 26 pp. (2006)
http://www.infra.kth.se/fms/utbildning/lca/projects%202006/Group%2006
%20(Sanitary%20pads%20vs%20tampons).pdf
Dermatite
das fraldas. N. Rocha; M. Selores. Nascer e Crescer
XIII (3): 207-214. (2004)
http://www.hmariapia.min-saude.pt/revista/vol1303/
Dermatite%20das%20fraldas.pdf
Polímeros superabsorventes e as fraldas descartáveis. J. C. Marconato; S. M. M. Franchetti. Química Nova
na Escola nº 15. 03 pp. (2002)
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc15/v15a09.pdf
Fraldas
descartáveis. A. C. V. Valença; R.
L. G. Mattos. Produtos Florestais. Área de Operações
Industriais 2 . BNDES. 07 pp (2001)
http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/
Galerias/Arquivos/conhecimento/setorial/is_g1_26.pdf
RESUMO:
Investigation of the nature of water in hydrogels and
in fluff-pulp with NMR. G.S. Pell, M. Landeryou, A. Cottender,
R.J. Ordidge. 01 pp. (1999)
http://cds.ismrm.org/ismrm-1999/PDF8/2157.pdf
Fraldas
descartáveis. INMETRO. Divulgação
no Programa "Fantástico" - Rede Globo de
Televisão. (1997)
http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/fraldas.asp
Innovation
and entry in the US disposable diaper industry. K.
G. Elzinga; D. E. Mills. Oxford Journals 5(3): 791-812.
(1996)
http://icc.oxfordjournals.org/cgi/content/abstract/5/3/791
Sugestão para visitas a websites de alguns produtores
de fraldas descartáveis (Apenas como referências
técnicas, não devendo ser interpretados como
sugestões comerciais):
http://www.aloes.com.br/sn/index.htm (Aloés)
http://www.biofral.com.br/home.htm (BioFral)
http://www.blessbrasil.com.br/empresa.php (Bless Cosméticos)
http://www.fraldascapricho.com.br/home.asp (Capricho)
http://www.delipap.com/ (Delipap - Finlândia)
http://www.evergreen.com.br/index.htm (Ever Green)
http://www.fanalpade.com/ (Fanalpade - Espanha)
http://www.jnjbrasil.com.br/ (Johnson & Johnson)
http://www.kimberly-clark.com.br/cat_cuidadosfemininos.asp (Kimberly Clark - Absorventes)
http://www.kimberly-clark.com.br/linha_turmamonica.asp (Kimberly
Clark- Fraldas)
http://www.kimberly-clark.com.br/linha_dependplenitud2.asp (Kimberly Clark - Fraldas)
http://www.annualreport.pg.com/pt_BR/index.html (Procter
and Gamble)
http://www.gruposapeka.com.br/fraldas_sapeka.html (Sapeka)
http://www.yorksa.com.br/infantil.asp (York)
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