Editorial
Caros
amigos interessados pelos Pinus,
Estamos lhes trazendo a 33ª Edição do
nosso informativo digital PinusLetter. Mais
uma vez nos esforçamos
para lhes oferecer temas relevantes e assuntos interessantes e atuais
para sua informação e conhecimento. Vocês poderão
obter isso tudo através da leitura dos tópicos que redigimos
e pela navegação nos inúmeros Pinus-Links oferecidos,
com nossas sugestões para leitura de artigos, palestras, cursos,
etc..
Nessa
edição, continuamos a enfatizar os produtos
oriundos dos Pinus e de outras espécies florestais que trazem
conforto e outros benefícios à sociedade. Também
nos dedicamos muito, como parte de nossas metas estratégicas,
a fortalecer e recomendar ações e atitudes para a preservação
de nossos recursos naturais e para a necessária sustentabilidade
das plantações florestais de Pinus e de outras espécies
de valor para a geração de produtos e serviços
de base florestal para o bem-estar e conforto das pessoas. Ainda nessa
edição, procuramos dar o merecido destaque a pessoas
de nossa comunidade técnico-científica que trazem, com
seu trabalho, esforço e talento, contribuições
muito relevantes na agregação de conhecimentos sobre
o Pinus. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse e
agrado.
A seção "As Coníferas
Ibero-Americanas" será paulatinamente
substituída por uma nova seção, que denominamos
de "Espécies de Importância Florestal para a Ibero-América".
Isso porque, praticamente cobrimos quase todas as espécies de
coníferas que possuem relevância florestal econômica
para as regiões ibéricas e latino-americanas. Faltam
ainda algumas poucas espécies de coníferas de valor paisagístico
e para jardinagem, que daremos destaque em futuro próximo, aguardem.
Desta vez e nessa nova seção, abordamos as principais
características morfológicas, manejo e funções
da Casuarina equisetifolia. Popularmente conhecida no Brasil como casuarina,
ou por pinheiro australiano, é uma árvore pertencente à família
Casuarinaceae que possui múltiplos usos. Porém, um dos
mais apreciados é para a combustão de sua madeira como
lenha e carvão vegetal. C. equisetifolia também foi introduzida
em diversas regiões litorâneas dos trópicos e sub-trópicos
para a contenção de dunas e também para a recuperação
de solos. Apesar de ter ramículos de folhas modificadas que
se parecem muito com as acículas dos Pinus, ela mantem uma larga
distância taxonômica das coníferas.
A produção de carvão ativo ou ativado (CA) é mais
uma das muitas finalidades existentes para a madeira dos Pinus. Algumas
empresas de base florestal já estão utilizando seus resíduos,
em especial as serragens de madeira, para a fabricação
do carvão ativado, medida que confere agregação
de valor a essas sobras, além de ser uma prática industrial
ecologicamente correta. Sem contar que o CA é matéria-prima
para a fabricação de diversos tipos de filtros purificadores
de águas, gases e efluentes, sendo cada vez mais empregados
em remediação de áreas contaminadas e na despoluição
do ar e de águas. Confiram os tipos, formas de produção
e outras funções que apresenta o carvão
ativo ou ativado derivado da madeira do Pinus.
Nessa edição estamos dando uma pausa na seção "Pragas
e Doenças dos Pinus" e passamos a abordar alguns dos principais
problemas e defeitos dos Pinus em um a nova seção que
será chamada “Problemas
e Desafios para os Pinus”.
Nessa seção, além de definir e caracterizar individualmente
os principais problemas que acometem as espécies do gênero,
também serão abordadas as medidas e pesquisas feitas
para solucionar tais problemas. O defeito da forma da árvore
conhecido como “rabo-de-raposa-dos-Pinus” é uma
não conformidade bastante comum em pinheiros tropicais. Confiram
algumas propriedades da madeira proveniente dessas árvores,
onde é mais empregada e os trabalhos de melhoramento genético
feitos no Brasil e em outras partes do mundo selecionando indivíduos
sem essa característica morfológica.
Em "Referências Técnicas
da Literatura Virtual" continuamos
a destacar os nossos "Grandes Autores
sobre os Pinus". Dessa
vez, voltamos a divulgar o fantástico trabalho técnico
e científico do Dr. Robert Paul Kibblewhite, personalidade do
setor celulósico-papeleiro que já foi homenageado em
edição anterior da nossa outra publicação
digital, a Eucalyptus Newsletter. Porém, sua contribuição
para a ciência e tecnologia voltada ao setor florestal foi também
de alta relevância para as fibras celulósicas de espécies
de Pinus, em especial de Pinus radiata. Dessa forma, realizamos uma
busca detalhada de diversos artigos técnicos e científicos
relacionados ao gênero Pinus e publicados ao longo da carreira
desse notável pesquisador. Contamos com a colaboração
da entidade APPITA – Australian and New Zealand Pulp and Paper
Industry Technical Association, que liberou para domínio público
em nosso website diversas das publicações do Dr. Kibblewhite.
Essa edição também lhes traz as seções “Referências
de Eventos e de Cursos” e “Pinus-Links”, com muitas
sugestões para vocês aumentarem seus conhecimentos acerca
dos Pinus e demais coníferas de utilidade direta para a sociedade.
Por fim, temos a apresentar mais um de nossos Artigos
Técnicos,
que dessa vez lhes traz uma revisão sobre “sacos industriais
de papel embalagem confeccionados com fibras celulósicas de
Pinus”. Conheçam os seus principais usos, suas vantagens
e desvantagens, fatores que influenciam na sua qualidade como embalagem,
processamentos e alguns resultados de pesquisas para promover a melhoria
contínua de mais um importante produto dos Pinus.
Agradecemos em especial nosso contínuo, dedicado e, no momento, único Patrocinador:
ABTCP
- Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel - (http://www.abtcp.org.br)
e também à única empresa que continua a nos apoiar
como Apoiadora Empresarial (Norske
Skog Pisa) e aos nossos apoiadores pessoas físicas
que acreditam e estimulam esse nosso serviço de agregação
e difusão de conhecimentos acerca dos Pinus.
Muitíssimo Obrigado a todos pela oportunidade,
incentivo e ajuda para que possamos levar ao nosso enorme público
alvo muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas
que são os Pinus e também outras coníferas e espécies
florestais comercialmente e ecologicamente importantes para nossa sociedade.
Esperamos
e acreditamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização
das várias oportunidades que as plantações florestais
do gênero Pinus oferecem ao Brasil, América Latina e Península
Ibérica, disseminando assim mais conhecimentos sobre os produtos
derivados dos Pinus para a sociedade e incentivando a preservação
dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.
Um forte
abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
Espécies
de Importância Florestal para a Ibero-América
- Casuarina equisetifolia
Carvão
Ativo ou Ativado Derivado da Madeira do Pinus
Problemas
e Desafios para os Pinus: O Defeito Rabo-de-Raposa-do-Pinus
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores sobre
os Pinus - Dr. Robert Paul Kibblewhite
Referências
de Eventos e de Cursos
Pinus-Links
Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Papéis
para Sacos Kraft de Embalagem com Alta Resistência
Contendo Fibras Celulósicas de Pinus
Espécies
de Importância Florestal para a Ibero-América
Casuarina
equisetifolia
Casuarina equisetifolia é uma árvore nativa do hemisfério
sul, mais precisamente da Malásia, Tailândia e Polinésia,
além do norte e do nordeste australiano. É por essa
razão que um de seus nomes comuns mais conhecidos é pinheiro
australiano (ou Pinus australiano), podendo também ser chamada
apenas de casuarina no Brasil (Arborium, s/d). O nome genérico
foi dado em função da semelhança dos ramos
compridos e pendurados da árvore às plumas de uma
ave de grande porte chamada de pássaro “cassowary” (Casuarius spp.), espécie de ave endêmica da Austrália.
Já o nome específico deriva do latim, onde “equisetum” tem
o significado de “cauda de cavalo”, uma característica
também relacionada aos ramos inclinados da árvore
(Wikipédia, 2011; World Agroforestry Center, 2011). Apesar
de ser conhecida também como pinheiro australiano, deve
ficar claro que essa espécie não é uma conífera,
apenas se parece morfologicamente com as mesmas, sendo uma angiosperma
bem definida em sua sistemática.
Casuarina equisetifolia foi separada em duas sub-espécies
de acordo com diferenças morfológicas. C. equisetifolia subsp. equisetifolia é proveniente do sudeste e zona norte
australiana, podendo chegar a até 35 m de altura e sua copa
apresenta folhagem mais escassa do que C. equisetifolia subsp.
incana. A última apresenta estatura inferior, chegando à 12
m e é encontrada na região leste da Austrália
(Wikipédia, 2011).
A casuarina foi levada para diversas regiões tropicais e
sub-tropicais do mundo pelo seu aspecto ornamental, por sua adaptação
a solos pobres e por auxiliar na estabilização de
dunas. Assim, é muito encontrada em áreas litorâneas,
inclusive no Brasil. Em alguns locais do mundo a espécie
já é considerada invasiva, havendo medidas para restringir
a sua disseminação (Instituto Hórus, 2003).
A casuarina, apesar de ser oriunda de regiões mais secas,
consegue se desenvolver com facilidade em locais com precipitações
de 700 a 1.200 mm (ou até mais) e em altitudes de até 2000
m. Não é exigente em fertilidade de solo e possui
associações simbióticas com bactérias
fixadoras de nitrogênio atmosférico (Frankia sp.).
De acordo com World Agroforestry Center (2011), a árvore
também se apresenta associada com fungos ecto e endomicorrízicos
que ajudam tanto na absorção de água quanto
de nutrientes. Isso faz com que C. equisetifolia auxilie na recuperação
de solos degradados. A espécie mostra preferência
por solos bem drenados, suportando a salinidade e a alcalinidade.
A temperatura ideal para o desenvolvimento do pinheiro australiano é ao
redor de 20 °C; porém, consegue suportar elevadas amplitudes
térmicas, apesar de não ser resistente às
geadas severas (Joker, 2000; Ferreira, s/d).
O sistema radicular denso, o elevado vigor e o rápido crescimento
em solos pobres de C. equisetifolia fazem com que seja plantada
para diminuir a erosão de solos arenosos. Atualmente, tais
características também são desejadas em sistemas
agroflorestais. Isso porque é pouco observada a competição
da árvore com outros vegetais que tem seu sistema radicular
restrito às camadas superficiais do solo (Joker, 2000).
Em regiões áridas da Índia, consórcios
dessa árvore com Citrus sp. tiveram melhores produtividades
do que plantios em monocultivo (World Agroforestry Center, 2011).
Leal (2004) avaliou sistemas agroflorestais de cafeeiros associados
a outras quatro espécies de importância florestal
com o intuito de proteção dos cafezais contra geadas
de radiação. A compatibilidade dos sistemas foi avaliada
a partir da produtividade do cafeeiro. C. equisetifolia foi a segunda
espécie mais compatível com o café, perdendo
apenas para Grevillea robusta.
A árvore adulta da casuarina pode alcançar até 35
m de comprimento e ter 1 metro de diâmetro na base do tronco.
Sua casca é castanha escura, irregular, fissurada longitudinalmente
e é altamente rica em taninos, obtendo teores entre 6 a
18%. Seus ramículos são filiformes, de coloração
verde e estriados. Eles têm geralmente 10-20 cm de comprimento
e estão dispostos em verticilos articulados. A folhagem
em si, é parecida com a de coníferas como as acículas
de Pinus; contudo, se difere por apresentar septos. As folhas são
praticamente minúsculas (vistas apenas com auxílio
de lupa) rudimentares e escamiformes, agrupando-se em seis a oito
por cada septo do ramículo (Wikipédia, 2011; Ferreira,
s/d; Arborium, s/d). De acordo com os autores anteriores, as casuarinas
geralmente contem flores masculinas e femininas no mesmo indivíduo
(planta monóica). Todavia, algumas árvores também
podem ser dióicas. Isso significa que existem plantas que
produzem apenas inflorescências masculinas ou somente femininas.
As flores femininas são de tamanho reduzido, uniloculares,
ovóides ou cilíndricas e se reúnem em inflorescências
semelhantes a cones de 10-24 mm de comprimento por 9-13 mm de diâmetro.
Já as flores masculinas têm coloração
castanha clara e se agrupam terminalmente em ramos. Cada inflorescência
masculina apresenta um estame e duas escamas.
Após a fertilização, os frutos levam de 18-20
semanas para a maturação, a qual é considerada
irregular. Eles são sâmaras elípticas (http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A2mara) que
se agrupam em infrutescências globosas com tamanhos
que variam de 1-2 cm de comprimento por 1-1,5 cm de diâmetro,
liberando uma pequena semente alada de cor castanho claro por fruto
(Wikipédia, 2011; Instituto Hórus, 2003; Joker, 2000;
Ferreira, s/d). Um quilograma de cones verdes pode render no máximo
60 gramas de sementes aladas, as quais são a principal forma
de propagação da espécie (Joker, 2000).
Para seu cultivo, as sementes são acondicionadas em sementeiras
com substrato arenoso, espaçamento, iluminação
e irrigação adequada, demorando em média duas
semanas para a germinação. Quando atingirem 10 cm
de altura recomenda-se a repicagem para recipientes maiores. O
tamanho das mudas adequado para o plantio a campo é de 30
cm de altura. A inoculação de rizobactérias
(Frankia sp.) se faz necessária quando as mudas serão
estabelecidas em áreas que nunca entraram em contato com
casuarinas anteriormente.
Embora a densidade de plantio recomendada seja de 2.500 plantas
por ha, existem produtores que chegam a adotar plantios adensados
de até 10.000 plantas/ha quando a finalidade é destinada
para lenha ou para a produção de toretes finos em
diâmetro. Há a necessidade de podas e desbastes, além
de cuidados com a elaboração de aceiros e com o monitoramento
da área contra o ataque de pragas (formigas, coleópteros,
brocas e lagartas desfolhadoras) e doenças (podridões)
evitando também a matocompetição até o
estabelecimento efetivo das plantas. As plantações
rapidamente formam uma manta orgânica de folhas sobre o solo,
o que ajuda na sua proteção, em especial no caso
de dunas móveis.
A casuarina é uma árvore de rápido crescimento,
necessitando de rotações de 4-5 anos para a produção
de lenha e de 10-15 para a de estacas. O crescimento médio
anual de um plantio de C. equisetifolia no sul da China, é de
4-5 m³/ha. Nessa região mais de 1 milhão de
hectares da espécie foram introduzidos para a estabilização
de dunas costeiras.
A madeira da casuarina possui coloração vermelha
ou castanha escura (parda-clara-rosada) e é bastante dura;
portanto, sua trabalhabilidade na marcenaria é difícil,
apesar de desejável em móveis artesanais. Porém, é muito
apreciada como lenha e para a produção de carvão
vegetal, atingindo esse carvão o poder calorífico
de 7.181 kcal/kg, considerado adequado para essa finalidade. C.
equisetifolia é uma das melhores espécies florestais
do mundo para gerar energia calorífica através da
combustão (World Agroforestry Center, 2011; Ferreira, s/d).
Exatamente por isso, é muito procurada pelas populações
costeiras como lenha doméstica.
Quando tratada, a madeira de árvores de maior porte também
pode ser utilizada para a elaboração de postes, vigas,
estacas, palanques e como revestimentos. Além disso, sua
textura fina e uniforme permite a confecção de mobiliários
e de peças de interiores na arquitetura. A madeira dura
do gênero apresenta fibras curtas que podem ser utilizadas
para a fabricação de papel e celulose e para a elaboração
de painéis de madeira reconstituída (Ferreira, s/d).
A casca com altos teores de tanino é utilizada para a fabricação
de corantes na tonalidade vermelha e para a extração
de princípios ativos da indústria médica e
farmacêutica em diversas partes do mundo.
Em países asiáticos, a ornamentação
e características da espécie fazem com que seja extremamente
apreciada para a confecção de bonsais. Alguns estão
entre os melhores do mundo (Wikipédia, 2011). C. equisetifolia ainda pode ser usada na zona rural para a elaboração
de cercas e como quebra-vento, ajudando na prevenção
de perdas de solo por reduzir a energia cinética do vento
(Instituto Hórus, 2003).
Portanto, a casuarina é uma árvore de múltiplo
uso. No Brasil, ainda é usada para fins paisagísticos
embelezando praças e jardins. No litoral brasileiro, é muito
utilizada para a recuperação de solos degradados
e para a fixação de dunas móveis. Porém,
cuidados de estabelecimento das mudas devem ser tomados, bem como
medidas que diminuam a disseminação para outras áreas
evitando que se torne invasiva.
Segue uma relação de websites, artigos científicos,
técnicos e imagens selecionados da internet que relatam
as características morfológicas, taxonomia, manejo,
propagação e potencialidades de uso da Casuarina
equisetifolia.
Casuarina equisetifolia. Wikipédia. Acesso em 31.03.2011:
A leitura nos textos técnicos da enciclopédia virtual
Wikipédia possibilita uma compreensão geral das principais
características acerca da casuarina. Além de figuras
que representam as estruturas típicas da árvore,
ainda se podem encontrar dados a respeito da taxonomia, distribuição
geográfica, usos, propriedades da madeira, nomes comuns
e algumas curiosidades.
http://en.wikipedia.org/wiki/Casuarina_equisetifolia (Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Casuarina_equisetifolia (Espanhol)
Casuarina equisetifolia. World Agroforestry Center. (2011)
O website “Wold Agroforestry Center” possui um banco
de dados descrevendo muitas espécies florestais utilizadas
em sistemas agroflorestais no mundo todo. No caso da Casuarina
equisetifolia, o texto técnico apresenta-se bastante completo,
havendo inúmeras informações. Dentre elas,
as mais relevantes são: ecologia e distribuição,
manejo e propagação, usos e principais pragas e doenças.
http://www.worldagroforestrycentre.org/sea/
Products/AFDbases/AF/asp/SpeciesInfo.asp?SpID=477
Agoho-Casuarina equisetifolia. Bonsai King. Bonsai Kingdom. (2009)
O website “Bonsai Kingdom” possui informações
relevantes versando sobre espécies arbóreas utilizadas
para a elaboração de bonsais. A casuarina está entre
as espécies descritas. Os assuntos abordados no texto técnico
englobam o habitat, a descrição morfológica,
taxonomia e algumas formas de propagação.
http://www.bonsaikingdom.com/index.php?option=com_content&view=
article&id=138:agoho-casuarina-equisetifolia&catid=44:bonsai-database&Itemid=168
Artigos técnicos e científicos relacionados à Casuarina
equisetifolia:
Genetic variation of Casuarina equisetifolia subsp equisetifolia and C.
equisetifolia subsp incana populations on the northern coast
of Senegal. A. L. Ndoye; O. Sadio; D. Diouf. Genetics and Molecular
Research 10(1): 36-46. (2011)
http://www.funpecrp.com.br/gmr/year2011/vol10-1/pdf/gmr986.pdf
Biochemical indicators for rooting Casuarina esquisetifolia clones. K. Satyavani; K.C.S. Warrier; T. Ramanathan; S. Gurudeeban. Asian
Journal of Plant Sciences 9(6): 364-367. (2010)
http://docsdrive.com/pdfs/ansinet/ajps/2010/364-367.pdf
Micropropagation of a Casuarina hybrid (Casuarina
equisetifolia L. x Casuarina glauca Sieber ex Spreng) following facilitated seed
germination. X. Shen; W. S. Castle; F. G. Gmitter Jr. Springer
Science+Business Media B.V. Plant Cell Tissue & Organ Culture.
04 pp. (2009)
http://www.crec.ifas.ufl.edu/academics/faculty/
castle/PDF/Microprop_Casuarina.pdf
Effects of height on physical properties of wood of jhau (Casuarina
equisetifolia). Q. Chowdhury; A. Z. M. M. Rashid; S. Newaz; M.
Alam. Australian Forestry 70(1): 33–36. (2007)
http://www.forestry.org.au/pdf/pdf-members/
afj/AFJ%202007%20v70/09Chowdhury.pdf
In vitro clonal propagation of Casuarina equisetifolia Forst.
from mature tree-derived explants. R. Seth; S. Kendurkar; R. Nadgauda.
Current Science 92(3): 287-290. (2007)
http://www.ias.ac.in/currsci/feb102007/287.pdf
Avaliação de espécies florestais para arborização
de cafeeiros no norte do Paraná: efeitos na produtividade
e na proteção contra geadas de radiação.
A. C. Leal. Tese de Doutorado. UFPR – Universidade Federal
do Paraná. 128 pp. (2004)
http://www.floresta.ufpr.br/pos-graduacao/
defesas/pdf_dr/2004/t173_0201-D.pdf
Casuarina equisetifolia L. Instituto Hórus. (2003)
http://www.institutohorus.org.br/download/
fichas/fichas_espanhol/Ca_equisetifolia.htm (Espanhol)
http://www.institutohorus.org.br/download/
fichas/Casuarina_equisetifolia.htm (Português)
Casuarina equisetifolia L. D. Joker. Danida Forest Seed Centre.Seed
Leaflet 14. 02 pp. (2000)
http://en.sl.life.ku.dk/upload/casuarina_equisetifolia_int.pdf
Potencialidades de utilização da Casuarina
equisetifolia em reflorestamentos. M. G. R. Ferreira. Agromundo. (s/d)
http://www.agromundo.com.br/?p=3874
Sistemas silvipastoris desenvolvidos na região sul do Brasil:
a experiência da Embrapa Florestas. J. Ribaski; L. J. Montoya.
Documentos Embrapa. (s/d)
http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:B7Lj_osi0MsJ:ict.udg.co.cu/
FTPDocumentos/Literatura%2520Cientifica/Maestria%2520Nutricion%2520Animal/
2.%2520CURSOS%2520BASICOS%2520OPCIONALES/PASTOS%2520Y%2520FORRAJES
/MATERIALES%2520DOCENTES/Sistemas%2520Agroforestales%2520Pecuarios/
SimposioBrasil/ribaski.htm+Sistemas+silvipastoris+desenvolvidos+na+
regi%C3%A3o+sul+do+Brasil:+a+experi%C3%AAncia+da+Embrapa+
Florestas.&cd=1&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br
Australian
pine - Casuarina equisetifolia. U.S. National Park Service. Everglades
National Park. (s/d)
http://www.nps.gov/ever/naturescience/upload/AustralianPine.pdf
Casuarina equisetifolia L. Part II
- Species descriptions. T. F. Geary. Reforestation,
Nurseries and Genetic Resources. 04 pp. (s/d)
http://www.rngr.net/publications/ttsm/species/PDF.2003-12-08.1302/at_download/file
Casuarina equisetifolia L. Australian pine. Florida Exotic Pest
Plant Council. Invasive Species ID Book. pp.: 64-65 p. (s/d)
http://www.fleppc.org/ID_book/Casuarina%20equisetifolia.pdf
Imagens relacionadas à Casuarina equisetifolia:
http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&biw=1276&bih=
519&tbs=isch%3A1&sa=1&q=%22Casuarina+equisetifolia%22&aq=f&aqi=&aql=&oq= (Casuarina
equisetifolia. Imagens Google)
http://www.arborium.net/final/html/ficha_166.html (C.
equisetifolia. Imagens Arborium)
http://plants.usda.gov/java/profile?symbol=CAEQ (C. equisetifolia. Imagens USDA plants profile)
http://luirig.altervista.org/cpm/thumbnails2.php?search=Casuarina+equisetifolia (C. equisetifolia. Coppermine Photo Gallery)
http://www.medicinalplantsinnigeria.com/gallery_c/slides/Casuarina%20equisetifolia.html (C. equisetifolia. Gallery c – Medicinalplantsinnigeria.com)
http://www.diversityoflife.org/imgs/dws/r/Casuarinaceae_Casuarina_equisetifolia_27904.html (C. equisetifolia. Diversityoflife.org)
http://www.google.com.br/images?hl=pt-BR&biw=1276&bih=519&q=
%22Casuarina+equisetifolia%22+bonsai+image&wrapid=tlif130159443429611&um=
1&ie=UTF-8&source=univ&sa=X&ei=S8GUTbPBLY25twfUu8yJDA&ved=0CCIQsAQ (Casuarina
equisetifolia. Bonsai images. Google Images)
http://www.google.com.br/images?um=1&hl=pt-br&biw=1276&bih=519&tbs=
isch:1&sa=X&ei=3MGUTYaKEcPhtgf5qtX-Cw&ved=0CDEQBSgA&q=
%22Casuarina+equisetifolia%22+landscape+image&spell=1 (Casuarina equisetifolia landscape. Google Images)
http://picasaweb.google.com/lh/view?q=%22Casuarina%20equisetifolia
%22&hl=pt-br&biw=1259&bih=491&prmd=ivns&um=1&ie=UTF-8&sa=N&tab=wq# (Casuarina equisetifolia. Google Picasa)
Carvão
Ativo ou Ativado Derivado da Madeira do Pinus
O carvão ativo, ou carvão ativado (CA), é um
produto geralmente derivado de material carbonáceo de origem
vegetal que, por possuir grande área superficial interna e porosidade
elevada, é utilizado mundialmente como adsorvente universal
(Moreno et al., 2005). O CA pode reter de forma seletiva no interior
de seus poros as impurezas de líquidos e de gases, tanto pela
adsorção física quanto por outras reações
químicas. Dessa forma, possui a capacidade de clarificação,
desodorização e purificação. Por isso,
o CA é comumente encontrado em filtros de usos domésticos
e industriais (Wikipédia, 2011).
Desde a sua descoberta, no início do século 20, seu uso
tem aumentado consideravelmente, sendo empregado em áreas cada
vez mais diversificadas. Jordão (1974) apontou que até o
início dos anos 60 o carvão ativo era basicamente empregado
no refino do açúcar e no tratamento de água potável.
Porém, estudos mais avançados buscando o conhecimento
de suas propriedades adsortivas possibilitaram novas e diferentes funções.
Atualmente, o CA pode ser empregado na indústria alimentícia,
na purificação de resíduos industriais e de solventes,
no envelhecimento de bebidas, em alguns tratamentos médicos,
na remediação de áreas poluídas, na purificação
do ar e da água, em processos analíticos como a cromatografia,
entre outros (Wikipédia, 2011; Mucciacito, 2009; Jordão,
1974). Grande parte do carvão ativo produzido no mundo utiliza
como matéria-prima as sobras de vegetais derivados de outros
processos produtivos. A serragem de madeira de Pinus é uma opção
bastante atrativa para a produção de carvão ativo,
haja vista a agregação de valor oferecida aos resíduos
de indústrias madeireiras (serrarias e movelarias) e de celulose
e papel (Montesinos et al., 2001; Jordão, 1977).
O Brasil possui grandes áreas de florestas plantadas, havendo
também preferência por espécies de Pinus para usos
múltiplos da madeira, principalmente nas regiões sul
e sudeste do país (Coelho et al., 2008). A serragem gerada como
resíduo nas indústrias ainda é pouco usada para
a fabricação do carvão ativo. Essa serragem é utilizada
com maior freqüência para a geração de energia
térmica em caldeiras através da combustão. Porém,
o país possui potencial para dar finalidade mais nobre a esse
resíduo. Jordão (1974) estimou que em 1985, 1,5 milhões
de m³ de serragem seriam produzidos, metade poderia ser oriunda
de coníferas. Considerando que no processo de produção
e ativação do carvão, a madeira do Pinus rende
40%, a produção poderia alcançar até 60.000
ton., valor que tornaria o Brasil auto-suficiente em carvão
ativo na época do estudo. Com certeza, os dados atuais serão
muito mais relevantes em disponibilidade de serragem, pelo crescimento
do setor brasileiro de base florestal.
Segundo Miura et al. (2010), o CA derivado de madeira
de Pinus é produzido
através do processo da carbonização controlada
em atmosfera isenta de oxigênio (pirólise controlada).
Após, há a ativação física com tratamentos
térmicos (com vapor ou outros gases superaquecidos) ou com a
adição de produtos químicos que realizam a oxidação
do carvão. Outra forma de produção seria a realização
de pré-tratamento com substâncias químicas desidratantes
seguido de carbonização controlada em atmosfera inerte
(ativação química). As temperaturas utilizadas
para a carbonização da madeira variam de 400 a até 1.000°C.
Depois, os agentes ativantes podem ser recuperados através de
resfriamento seguido de lavagem. Segundo Wikipédia (2011), o
processo de ativação química é preferido
ao físico pela economia de tempo e de energia.
Durante o processo de carbonização da serragem em temperaturas
elevadas (acima de 500 °C), há a remoção de
vários compostos de carbono da estrutura da madeira, gerando
espaços vazios (Miura et al., 2010). Na oxidação
do carvão realizada pelo tratamento por vapor ou outras substâncias,
os hidrocarbonetos liberados e depositados durante a carbonização
são removidos, gerando ainda mais poros que são responsáveis
pela adsorção (Miura et al., 2010; Jordão, 1977).
De acordo com pesquisa realizada pelo último autor, a ativação
química é preferida para a madeira de espécies
resinosas, uma vez que elas podem produzir carbonos ativados de alta
qualidade, utilizados geralmente como descorantes. Na ativação
química, substâncias como cloreto de zinco, sulfeto de
potássio, tiocianato de potássio, ácido sulfúrico,
hidróxido de sódio, cloreto de cálcio, entre outros,
promovem a abertura de poros e o aumento da área superficial
específica do carvão, tornando-o muito mais ativo (adsortivo)
(Miura et al., 2010; Jordão; 1977).
Tanto a matéria-prima quanto as condições de ativação
utilizadas podem influenciar no tipo de CA formado, fornecendo a eles
propriedades adsortivas distintas e conseqüentemente, sendo empregados
de formas diferenciadas. Em geral, existem dois tipos diferentes de
carvões ativados presentes no mercado, os quais se diferem pela
quantidade e pela estrutura de seus poros (Jordão, 1977). Um
dos tipos é utilizado para a adsorção de gases,
possuindo maiores quantidades de microporos e de macroporos. Os microporos
podem ter até 2 nm de diâmetro, sendo os responsáveis
por adsorver moléculas de pequenas dimensões. Os macroporos
não apresentam atividades de adsorção. Já o
tipo de CA utilizado para a adsorção de líquidos
apresentam picos de poros de diâmetros intermediários
(mesoporos) (Wikipédia, 2011; Jordão, 1977). Eles apresentam
diâmetros que variam de 2 a até 50 nm e adsorvem moléculas
maiores como solventes, metais pesados e corantes, além de proporcionar
maior área superficial aos carvões (Mucciacito, 2006).
Atualmente, existem três formas físicas básicas
para o carvão ativado. Ele pode ser encontrado no mercado em
forma de pó (CAP) para aplicações em fases líquidas
tanto em processos contínuos quanto descontínuos; em
forma granulada (CAG), mais empregado em colunas ascendentes ou descendentes
para a separação de componentes gasosos; e na forma de
péletes (carvão ativado peletizado), o qual pode ser
utilizado para fases gasosas, catálises, ou como matéria-prima
de filtros de aquários (Mucciacito, 2006). Conforme o mencionado
pelo mesmo autor, os principais resíduos utilizados para a fabricação
de carvão ativo no Brasil são fibras de coco e madeira
de acácia-negra e de Pinus. As pesquisas para desenvolver novas
formas, processos de ativação e qualidade da madeira
de Pinus como matéria-prima para carvão ativo estão
crescendo no mundo e também no Brasil, principalmente devido
ao alto potencial de uso da serragem do gênero como componente
desse produto.
Albuquerque Jr. (2009) analisou a remoção de toxinas
de cianobactérias em reservatórios de água para
abastecimento público. Foram utilizados diversos tipos de filtros
de carvão ativo, sendo que os de resíduos de madeira
de Pinus e os de bagaço de cana-de-açúcar foram
os que apresentaram porosidade mais adequada para a retenção
das substâncias desejadas. A toxina microcistina foi removida
em 98% em 10 minutos de contato com os filtros.
Moreno e colaboradores (2005) avaliaram a capacidade de adsorção
de CA de madeira de Pinus e de bagaço de cana-de-açúcar
utilizando a imersão em iôdo e em azul de metileno. Depois
do equilíbrio, titulometrias foram realizadas nas amostras para
a observação das concentrações remanescentes.
Os resultados para o carvão ativo de Pinus foram de 1.367 mg/g
para solução de iôdo e de 303 mg/g para a de azul
de metileno. Isso evidenciou grande quantidade de mesoporos e de microporos
nas amostras, as quais foram superiores aos resultados de filtro vendido
comercialmente no mercado.
Montesinos et al. (2001) analisaram carvões ativos de serragem
de madeira de Pinus caribaea utilizando dois diferentes processos de
ativação. O primeiro com CO2 e o segundo com vapor de água.
Apesar de ambos CA serem eficientes e terem área superficial
semelhante, o ativado com vapor apresentou maiores concentrações
de mesoporos. Ambas as formas de ativação podem ser utilizadas
para a fabricação de filtros de tratamentos de água.
Isso se explica pelo volume relativamente superior de mesoporos encontrados
quando comparados a vários produtos disponíveis no mercado.
Os autores também comentaram que a simplicidade do processo
de ativação por vapor também torna o processo
atrativo economicamente para agregação de valor a resíduos
como a serragem da indústria madeireira.
Leão et al. (1998) estudaram como diferentes densidades básicas
de espécies e variedades distintas de Pinus (P.
caribaea var.
caribaea, P. oocarpa e P. caribaea var. hondurensis) influenciaram
na produção do carvão ativado. Três diferentes
classes de densidade de madeira (0,309 a 0,372; 0,373 a 0,435 e 0,436
a 0,499 g/cm³) e duas temperaturas de carbonização
(450 e 700º C) foram utilizadas para a produção
de CA. Após a produção dos carvões, diversos índices
foram avaliados buscando diferenças de propriedades das amostras.
As madeiras mais densas apresentaram índices qualitativos superiores
de carvão ativo. Dentre as espécies testadas P. caribaea var. caribaea foi a que apresentou piores resultados.
Leão apud Castilhos (2011) avaliou a qualidade de carvão
ativo produzido por diferentes processos e matérias-primas.
Foram utilizadas serragens de madeiras de P. caribaea, Pinus oocarpa
e P. hondurensis com concentrações iguais de cloreto
de zinco como ativante em duas temperaturas diferentes de carbonização:
de 700°C, considerada ideal, e de 450° C. A temperatura influenciou
na qualidade do CA produzido, onde na superior o produto gerado foi
de excelente qualidade contendo altos graus de adsorção.
Já na temperatura mais baixa, o CA obteve qualidade apenas regular.
A diferença entre espécies na produção
de carvão ativo não se mostrou significativa.
Jordão (1977) avaliou a qualidade de carvão ativo produzido
a partir de serragem de Pinus elliottii. As variáveis analisadas
foram: temperatura de ativação, proporção
do agente ativante em relação à matéria-prima
e o tempo gasto para a ativação. Os resultados obtidos
mostraram que os CA’s de P. elliottii apresentaram propriedades
similares aos existentes no mercado brasileiro naquela época,
os quais eram produzidos basicamente com nó-de-pinho, matéria-prima
cara e escassa nos dias atuais.
A casca das árvores do Pinus também é importante
matéria-prima para a produção de carvão
ativado. O assunto já foi abordado em edição anterior
do informativo eletrônico. Confiram em: "Casca de Pinus Carbonizada e suas Utilizações" (http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_12.html#quatorze).
Muitos avanços já foram feitos buscando economia e sustentabilidade
nos processos produtivos do carvão ativado. Toda a preocupação
com o meio ambiente em que vivemos atualmente faz com que esse produto
seja cada vez mais utilizado para fins ambientais. A utilização
de resíduos de outros processos de industrialização
da madeira do Pinus é uma forma de tornar sua cadeia produtiva
ainda mais versátil e ao mesmo tempo ambientalmente mais correta
e sustentável. Entretanto, mais incentivos deveriam ser realizados
em busca de novos estudos referentes ao tema, assim como levar ao conhecimento
do consumidor os benefícios do carvão ativo da madeira
do Pinus.
Para maiores informações sobre as formas de uso doméstico,
médico, farmacêutico, industriais e ambientais, recomenda-se
a leitura de textos técnicos e científicos abaixo que
relatam o uso eficiente do CA de madeira de Pinus nessas aplicações:
Carvão ativado. Wikipédia. Acesso em 04.04.2011:
A enciclopédia virtual Wikipédia apresenta texto técnico
que além de definir o carvão ativado também relata
os principais usos, formas de ativação, classificação
e dados sobre transporte. Confiram também nos idiomas inglês
e espanhol.
http://en.wikipedia.org/wiki/Activated_carbon (Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Carb%C3%B3n_activado (Espanhol)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carv%C3%A3o_ativado (Português)
Processo de ativação do carvão. L. F. F. Castilhos.
Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas. Instituto de
Tecnologia do Paraná – TECPAR. 04 pp. (2011)
http://www.sbrt.ibict.br/resposta-tecnica/downloadsRT/MTc4MDc= sem
grifo
Atividades experimentais simples envolvendo adsorção
sobre carvão. A. M. S. Mimura; J. R. C. Sales; P. C. Pinheiro.
Química Nova na Escola 32(1):53-56. (2010)
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/10-EEQ-2209.pdf
Enhancement of microporosity through physical activation. S. M. Manocha;
H. Patel; L. M. Manocha. Journal of Pure and Applied Sciences 18: 106 – 109.
(2010)
http://www.spuvvn.edu/prajna/MATERIALSCIENCE/5Enhemcement.pdf
Uso eficiente do carvão ativado como meio filtrante em processos
industriais. J. C. Mucciacito. Revista Meio Filtrante 8(39). (2009)
http://www.meiofiltrante.com.br/materias_ver.asp?action=detalhe&id=502&revista=n39
Carvão vegetal. Aspectos técnicos, sociais, ambientais
e econômicos. S. T. Coelho et al. Nota técnica. CENBIO.
48 pp. (2008)
http://cenbio.iee.usp.br/download/documentos/notatecnica_x.pdf
Resumo:
Characterization of activated carbon from wood by ZnCl2. G.
Kwon; S. Kwon; N. Kim. Journal of Forest Science 23(1): 51-55. (2007)
http://jforestsci.org/bbs/board.php?bo_table=Vol23_1&wr_id=3
Remoção de chumbo de meios líquidos através
de adsorção utilizando carvão ativado de origem
vegetal e resíduos vegetais. D. M. Golin. Dissertação
de Mestrado. UFPR – Universidade Federal do Paraná. 124
pp. (2007)
http://www.ppgerha.ufpr.br/dissertacoes/files/134-Dirce_Maria_Golin.pdf
Predição da porosidade e capacidade de adsorção
em carvões ativados utilizando iôdo e azul de metileno.
R. M. Moreno; E. C. Albuquerque Júnior; T. T. Franco. VI Congresso
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http://www.feq.unicamp.br/~cobeqic/tFT19.pdf
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http://cutter.unicamp.br/document/?down=000391015
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http://www.informaworld.com/smpp/content~db=all~content=a713732003
Influência da densidade básica da madeira sobre a produção
de carvão ativado de Pinus spp. A. L. Leão; R. A. A.
Veiga; A. A. S. Pontinha. Anais NIPE UNICAMP. 170-177 pp. (1998)
http://www.nipeunicamp.org.br/agrener/anais/1998/cap19.pdf
Carvão ativo de serragem de Pinus elliottii Eng. var. elliottii.
M. C. S. Jordão. Dissertação de Mestrado. USP – Universidade
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Carvão ativo de serragem de Pinus elliottii. Primeiras
experimentações. M. C. S. Jordão; R. M. V. Assumpção. Instituto
de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo. 12 pp. (1974)
Carvão ativo de Pinus elliottii. M. C. S. Jordão; R.
M. V. Assumpção. Instituto de Pesquisas Tecnológicas
de São Paulo. 10 pp. (1973)
Imagens acerca de carvão ativado de madeira (os
websites de produtores e de vendas de mercadorias devem ser considerados
apenas
para visualização técnica dos produtos e não
como referências comerciais):
http://www.google.com.br/search?tbm=isch&hl=pt-BR&source=hp&biw=
1277&bih=509&q=%22carv%C3%A3o+ativado%22&gbv=2&aq=f&aqi=&aql=&oq= (Carvão ativado. Imagens Google) sem grifo
http://portuguese.alibaba.com/products/wood-charcoal-activated-carbon.html (Carvão ativado de madeira)
http://www.br.all-biz.info/buy/goods/?group=1083785 (All-Biz. Carvão
ativado de madeira)
http://www.super-smart.eu/article.pl?id=0448&lang=pt&fromid=GG132&gclid=CLK36-ayvagCFaRl7AodW2vSCw (Smart.com. Carvão ativado)
http://www.tratamentodear.com.br/Filtro-Ar-Carvao-Ativo.html (Natural
ar. Filtros de carvão ativado)
http://www.carvaoativados.com.br/?gclid=CNPp9pu2vagCFQla7AodCnLCDQ (Carvão ativado de madeira)
http://www.google.com.br/search?um=1&hl=pt-BR&biw=1276&bih=
519&site=search&tbm=isch&sa=1&q=%22carv%C3%A3o+ativado+%22&aq=f&aqi=g7&aql=&oq= (Carvão ativado. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?um=1&hl=pt-BR&tbm=isch&sa=X&ei=
4m24TZT2A8bl0QHmj8kM&ved=0CDIQBSgA&q=%22wood+activated+
carbon%22&spell=1&biw=1259&bih=519 (Wood activated carbon)
http://www.jurassiccarbon.com/products-wac.htm (Jurassic Carbon. Wood
activated carbon)
http://www.allcarbon.com.cn/Products.asp?type=1&Sort2=49&SubmitState=List&Display=17 (Wood activated carbon products. Clean the Earth)
Problemas
e Desafios para os Pinus
A partir dessa edição, teremos mais
uma seção técnica que deverá se alternar
com as demais, não sendo portanto disponibilizada em todas as
edições. Ela dará destaque aos principais problemas
e desafios na utilização das madeiras das espécies
do gênero Pinus. Com ela, pretendemos oferecer muitas
informações
e conhecimentos a respeito das principais pesquisas realizadas sobre
assuntos desafiadores no Brasil e em outras partes do mundo, além
de destacar medidas de mitigação das diversas não
conformidades que podem apresentar as madeiras e as árvores
dos Pinus.
O Defeito Rabo-de-Raposa-do-Pinus
A crescente demanda por madeira e a expansão das fronteiras
das plantações florestais têm feito com que florestas
com Pinus tropicais (Pinus caribaea e suas variedades hondurensis,
bahamensis e caribaea; Pinus oocarpa; P. maximinoi;
Pinus kesiya; Pinus tecunumanii, dentre outros) estejam se movendo para áreas cada
vez mais quentes do Brasil. Muitas dessas espécies se adaptam
bem às condições ambientais existentes e há povoamentos
que conseguem inclusive apresentar taxas de crescimento bastante superiores
aos das suas regiões de origem. Características intrínsecas
da madeira também podem-se diferenciar, o que influencia na
finalidade do seu uso (Colodette et al., 1981). Outros povoamentos
podem apresentar indivíduos com crescimento anormal, tais como
envassouramento, ou o oposto, onde gemas laterais não são
formadas. Nesse último caso, a presença de galhos não
ocorre, havendo um longo eixo principal sem ramificações.
Esse formato diferenciado, mais comum em espécies de Pinus tropicais é um
defeito na forma da árvore denominado de rabo-de-raposa ou “fox
tail” em inglês (Embrapa, 2011).
Segundo Shimizu (s/d) P. caribaea var. hondurensis e P.
caribaea var. bahamensis são as espécies mais propensas para o desenvolvimento
de crescimento apical acentuado sem ramificações. O rabo-de-raposa é comumente
observado em regiões onde os índices pluviométricos
são elevados. Percentagens em árvores com esse problema
superiores a 35% já foram encontradas em povoamentos de P.
caribaea (Colodette et al., 1981). Os mesmos autores apontaram que grande parte
dos indivíduos que apresentam tais características são
eliminados em desbastes seletivos. Isso se justifica pela maior incidência
de quebra dessas árvores por ação do vento. Uma
das principais medidas para a diminuição do rabo-de-raposa
em pinheiros tropicais é a seleção através
do melhoramento genético.
Vários estudos já foram conduzidos no Brasil e no exterior
sobre a adaptação de procedências em regiões
exóticas levando em conta parâmetros como a incidência
desse defeito. Observem a seguir alguns dos resultados encontrados.
Moraes et al. (2007) realizaram um estudo a fim de determinar a influência
do desbaste seletivo em parâmetros genéticos de progênies
de P. caribaea var. hondurensis. O teste foi instalado em 1986 havendo
desbaste de 40% em intensidade após 12 anos de plantio. Os autores
constataram que o rabo-de-raposa é um parâmetro genético
de alta variabilidade dentro do povoamento, podendo-se ter ganhos genéticos
ao realizar a seleção. Os desbastes foram feitos seguindo
os menores DAP (diâmetro na altura do peito), selecionando igualmente
os indivíduos que possuíam rabo-de-raposa e forma de
fuste defeituosa, evidenciando que eram os de menor desempenho médio.
A estimativa de herdabilidade do parâmetro de rabo-de-raposa
ficou em 0,62, considerado inferior à observada em estudos anteriores.
O desbaste aumentou o valor genético da população
podendo futuramente utilizar árvores superiores identificadas
na população remanescente para a produção
de sementes e de clones.
Silva (2007) avaliou parâmetros genéticos de Pinus
kesiya de distintas procedências em diferentes locais. Parâmetros
como o rabo-de-raposa foram avaliados aos 5, 6, 7 e 8 anos de idade
do plantio. O autor observou uma correlação positiva
entre a incidência de rabo-de-raposa e altos índices pluviométricos.
O povoamento com 65% de indivíduos com rabo-de-raposa foi o
que recebeu maiores quantidades de chuvas, ao passo que os com baixo
(4 e 7%) estavam localizados em áreas mais secas. Dessa forma,
regiões com muitas chuvas podem não ser indicadas para
o plantio da espécie devido à elevada incidência
de “fox tail”.
Com o objetivo de criação de pomares de sementes e da
seleção das melhores árvores de Pinus caribaea
var. hondurensis para a região do cerrado brasileiro,
Moura e colaboradores (2001) realizaram avaliações de
procedências
e de famílias provindas da Guatemala e de Honduras. As árvores
que apresentaram menores índices de bifurcamento e de rabo-de-raposa
eram provenientes de Honduras. Esse resultado é distinto do
encontrado por Sampaio et al., (2000), em Tibagi, PR, os quais selecionaram
indivíduos de P. caribaea var. hondurensis provenientes
de Honduras e da Guatemala avaliando parâmetros de crescimento
e características
do fuste das árvores, como o rabo-de-raposa. Esses indivíduos
foram comparados a P. taeda (testemunha) provindo de Jaguariaíva,
PR. Constatou-se que os indivíduos procedentes de Honduras apresentavam
maiores incidências de “fox tail” do que os oriundos
da Guatemala e os da testemunha. Porém, mesmo assim, os de Honduras
foram considerados mais adaptados à região por possuírem
melhor desenvolvimento e maior variabilidade genética.
Cornacchia
et al. (1998) avaliaram três espécies de Pinus
(P. tecunumanii, Pinus oocarpa e P. caribaea var. hondurensis) plantadas
no cerrado brasileiro. As duas primeiras apresentaram 37% a menos de
rabo-de-raposa do que P. caribaea. Nessa última, uma de suas
procedências chegou a apresentar 60% de árvores contendo “fox
tail”.
Masatoshi (1994) observou a adaptabilidade de plantações
pilotos de espécies de pinheiros de rápido crescimento
para reflorestamentos na região andina da Colômbia. Os
estudos indicaram a preferência de P. maximinoi para regiões
mais elevadas, com altitude superior à 2.000 m. Isso foi explicado
pela alta presença do rabo-de-raposa em plantios em altitudes
inferiores à mencionada.
Colodette et al. (1981) compararam características químicas
e morfológicas da madeira de P. caribaea var. hondurensis com
e sem rabo-de-raposa. Os autores comentaram que muitas das árvores
que apresentam “fox tail” são eliminadas já no
primeiro desbaste. Suas madeiras são frequentemente usadas pela
indústria de celulose e papel da região centro-norte
do Brasil, havendo poucos conhecimentos de sua qualidade para a produção
de polpa kraft. Apesar da elevada semelhança química
existente, a madeira de “rabo-de-raposa” apresentou maiores
quantidades de hemiceluloses. Ela também possuía traqueídeos
mais flexíveis que tinham maior diâmetro e espessuras
de parede inferiores. Dessa forma, algumas propriedades da celulose
de árvores com “fox tail” foram superiores, principalmente
em aspectos envolvendo a resistência dependentes da ligação
entre fibras (tração, estouro).
Banzatto Amaral (1973), estudando madeiras com e sem rabo-de-raposa
para a espécie Pinus caribaea var. hondurensis observou que
as madeiras anormais eram mais juvenis, com menor densidade básica,
fibras com paredes menos espessas, o que lhes dava uma característica
de madeira com predominância de lenho inicial. Esses resultados
são similares aos apresentados por Colodette et al. (1981)
Existem alguns estudos que apontaram vantagens da madeira
de Pinus com rabo-de-raposa. Um exemplo disso é a ausência de nós,
característica muito apreciada na serraria. Conforme mencionado
por Kageyama e Caser (1982), P. caribaea var. hondurensis é um
dos Pinus mais plantados comercialmente nas regiões centro e
norte do Brasil e é um dos pinheiros tropicais que apresentam
elevado percentual desse defeito. Segundo os mesmos autores, o “fox
tail” é uma característica de alta herdabilidade
mas que sofre influência do ambiente, principalmente de conotações
edafo-climáticas. Em seleções para madeira destinada à serraria
seria interessante selecionar indivíduos sem rabo-de-raposa,
porém, contendo espaçamentos de internós elevados.
Diversos estudos ainda estão sendo realizados em busca de esclarecer
as vantagens e desvantagens da madeira de árvores de Pinus que
apresentam a anormalidade rabo-de-raposa; porém, boa parte dos
trabalhos já desenvolvidos mostraram comportamento inferior
das árvores com essa característica. Pesquisas de adaptabilidade
de procedências de pinheiros tropicais também devem ser
estimuladas visando ao máximo potencial genético das
espécies para cada região de plantio. Afortunadamente,
a herdabilidade dessa característica está confirmada
como sendo alta, mesmo com a importante interação genótipo/ambiente.
Dessa forma, o melhoramento genético pode ser a maneira mais
simples para se evitar a presença de árvores defeituosas
no futuro.
Observem alguns trabalhos, principalmente de melhoramento genético
que selecionam Pinus tropicais (em especial P. caribaea) levando em
conta o rabo-de-raposa como um parâmetro de seleção.
Efeito
do desbaste seletivo nas estimativas de parâmetros genéticos
em progênies de Pinus caribaea Morelet var. hondurensis. M. L.
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fmt=high&_orig=gateway&_origin=gateway&_sort=d&_docanchor=&view=
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Estudo comparativo entre as características anatômicas
da madeira e as propriedades físico-mecânicas da celulose
em Pinus caribaea var. honsurensis. A.C. Banzatto Amaral. ESALQ/USP – Universidade
de São Paulo. 19 pp. (1973)
Imagens
acerca do defeito rabo-de-raposa (“fox tail”)
em árvores de Pinus caribaea:
http://www.google.com.br/search?as_q=%22pinus+caribaea%22+foxtail&hl=
pt-BR&gbv=2&biw=1260&bih=509&tbm=isch&btnG=Pesquisa+Google&as_
epq=&as_oq=&as_eq=&as_sitesearch=&safe=images&as_st=y&tbs=itp:photo (Foxtail
em Pinus caribaea – Imagens Google)
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Grandes Autores sobre os Pinus
Dr. Robert Paul Kibblewhite
Dr.
Robert Paul Kibblewhite é um
a das maiores autoridades mundiais sobre fibras celulósicas
para produção
de papel. Ele conhece como poucos as virtudes, as propriedades e os
problemas das polpas de celulose, tanto sobre as fibras curtas de eucaliptos,
como sobre fibras longas de Pinus.
Por
sua magnífica carreira, ele já foi um dos homenageados
como “Amigo dos Eucalyptus” na
décima edição
da Eucalyptus Newsletter em 2007, onde suas principais publicações
sobre os eucaliptos foram disponibilizadas, junto com sua extensa
e diversificada biografia profissional (ver em: http://www.eucalyptus.com.br/newspt_julho07.html#sete).
Entretanto, Dr. Kibblewhite também apresenta vasta gama de
artigos técnicos referentes aos Pinus, em especial ao Pinus
radiata. Dessa forma, o pesquisador volta em posição
de destaque nessa edição da PinusLetter como um dos
grandes autores sobre os Pinus.
Paul Kibblewhite, como gosta de ser chamado, nasceu em Christchurch
na Nova Zelândia e desde a infância sonhava em trabalhar
no Serviço Florestal do país, o que conseguiu ainda bastante
jovem. Formou-se em Ciência e Química das Plantas em 1965
pela Universidade de Auckland e logo em seguida partiu rumo aos Estados
Unidos, onde deu continuidade aos seus estudos em Appleton, Wisconsin.
Estudou no Instituto de Química do Papel, obtendo o título
de mestre e posteriormente de Ph.D. O governo neo-zelandês, conhecendo
o potencial do pesquisador, ajudou financeiramente em seus estudos,
os quais foram premiados com o título de louvor. Já de
volta ao seu país de origem, Dr. Paul Kibblewhite se dedicou
a pesquisar fibras, polpas e madeiras junto ao FRI (Forest Research
Institute) na Divisão de Produtos Florestais em Rotorua, pertencente
ao Serviço Florestal da Nova Zelândia. Depois, o FRI foi
convertido ao PAPRO (Pulp and Paper Research Organization - Nova Zelândia),
onde o pesquisador desenvolveu grande parte de seus estudos. Paul foi
também consultor e cientista da ENSIS (união entre CSIRO
da Austrália e o SCION da Nova Zelândia), continuando
a desenvolver projetos e conhecimentos para o setor florestal.
Ao longo de mais de 40 anos de trabalho dedicados à pesquisa,
Dr. Kibblewhite possui enorme produção científica,
contribuindo e muito para o desenvolvimento de novas tecnologias celulósico
e papeleiras e gerando conhecimento a respeito de espécies de
florestas plantadas e de espécies nativas florestais da Nova
Zelândia e também da Austrália. Com mais de 150
artigos publicados, apresenta um notável banco de dados sobre
fibras, polpas e papéis e é considerado um dos pesquisadores
mais bem conceituados da Nova Zelândia e Austrália, possuindo
reconhecimento internacional.
Paul Kibblewhite é especialista em fibras de folhosas e de coníferas
para potencialidade papeleira, estudando também as propriedades
de fibras para usos múltiplos e desenvolvendo novos produtos
com base nas mesmas. Também atua no melhoramento genético
florestal para a celulose, papel e madeira. Tem realizado comparações
entre fibras e polpas gerando informações sobre refinação
e melhorando o desempenho de máquinas de celulose e de papel.
Muitos de seus estudos se referem à mistura de diferentes proporções
de polpas para o desenvolvimento de papéis com melhores características
de acordo com cada finalidade. Além disso, o pesquisador atua
na formação de diversos profissionais através
de treinamentos, cursos, palestras, seminários, entre outros.
Há alguns anos, mais precisamente desde 2007, não temos
tido a chance de conversar com Paul Kibblewhite - tentamos diversas
vezes encontrá-lo recentemente, mas sem sucesso. Por isso mesmo,
ele sequer sabe que continuamos a homenagem que fizemos a ele em 2007,
dessa vez, oferecendo-lhe a distinção de “Grande
Autor sobre os Pinus”. Esperamos que ele aprecie. Por outro lado,
contamos com a generosa colaboração da Appita – Australian
and New Zealand Pulp and Paper Industry Technical Association, que
nos liberou para colocação em nosso website www.celso-foelkel.com.br uma extensa quantidade de artigos de Paul Kibblewhite. Também
de Paul tivemos em 2007 a autorização para oferecer a
seus leitores seus trabalhos de pesquisa publicados em algumas instituições,
revistas e eventos.
Observem a seguir alguns dos artigos, textos técnicos, resumos
e apresentações de autoria do homenageado. Há mais
de 60 resumos e artigos completos de primeira e segunda autoria de
R. P. Kibblewhite disponíveis para download na internet, a maioria
sendo textos completos disponibilizados como cortesia pela Appita.
Uma excelente coletânea sobre as fibras de Pinus para fins papeleiros
para leitura e aprendizado dos admiradores da carreira desse grande
cientista neo-zelandês.
Resumo:
Lignin and carbohydrate variation with earlywood, latewood, and compression
wood content of bent and straight ramets
of a radiata
pine clone. R. P. Kibblewhite; I. D. Suckling; R. Evans; J. C. Grace;
M. J. C. Riddell. Holzforschung 64: 101–109. (2010)
http://www.reference-global.com/doi/pdf/10.1515/HF.2010.016
A new method for measuring RBA applied to the Page’s equation
for the tensile strength of paper. W. Batchelor; R. P. Kibblewhite;
J. He. Appita Journal 61(4): 302-306. (2007)
http://users.monash.edu.au/~batchelo/Downloads/Vol%2061%20No%204%20July%202008%20Batchelor.pdf
Growth-layer-level microfibril angle, lignin and carbohydrate
variation with radial direction, earlywood and latewood, and compression
wood
content, for bent and straight ramets of a radiata pine clone. P.
Kibblewhite; R. Evans; J. Grace; M. Riddell; I. Suckling. 61st Appita
Annual Conference
and Exhibition. Appita Proceedings: 189- 197. (2007). Uma cortesia
Appita / Austrália.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/01_kibblewhite.pdf
Wood-fibre for future products from pulp. R. P. Kibblewhite. 61st
Appita Annual Conference and Exhibition. pp.: 203-206. (2007). Uma
cortesia
Appita / Austrália.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/02_kibblewhite.pdf
Calculation of the relative bonded area and scattering coefficient
from sheet density and fibre shape. W. J. Batchelor; R. P. Kibblewhite.
Holzforschung 60: 253–258. (2006)
http://users.monash.edu.au/~batchelo/Downloads/hfsg.60.3.253.pdf
The pressure screen – a tool for the modern fibre alchemist. M. Sloane; P. Kibblewhite; M. Riddell; S. Williams. Appita 65-76. (2006).
Uma cortesia Appita / Austrália.
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/03_kibblewhite.pdf
Kraft
handsheet property prediction from the wood and fibre properties of
radiata pine seedling and cloned trees. R. P. Kibblewhite;
R.
Evans; M. J. C. Riddell. Appita proceedings: 255- 266. (2006). Uma
cortesia
Appita / Austrália.
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Effect of wood stiffness on radiata pine kraft pulp quality. R. Evans;
R. P. Kibblewhite; M. J. C. Riddell. 60th Appita Annual Conference
and Exhibition. Appita Proceedings: 267 – 275. (2006). Uma cortesia
Appita / Austrália.
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Resumo: Fibre length and wood colour variation in three radiata
pine discs having varying levels of compression wood. R. P. Kibblewhite;
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Resumo: Growth-layer-level fibre and wood property variation
and interrelationships for two radiata pine trees with mild and severe
compression wood. R.
P. Kibblewhite; R. Evans; M. J. C Riddell. 59th Appita Annual Conference
and Exhibition. Proceedings. (2005)
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Resumo: Fibre length, microfibril angle and wood colour variation
and interrelationships for two radiata pine trees with mild and severe
compression wood. R. P. Kibblewhite; R. Evans; J. C. Grace; M. J. C.
Riddell. Appita Journal 58(4): 316-322. (2005)
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Clonal
variation in wood, chemical, and kraft fibre and handsheet properties
of slabwood and toplogs in 27-year-old radiata
pine. M.
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variation in three radiata pine stem cross-sections with mild, moderate
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Prediction of whole-tree radiata pine kraft tracheid/fibre
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Resumo: Sampling criteria and interrelationships involving tree age
and wood and pulp-fibre properties in 50 individual radiata pine
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c&_searchStrId=1708303201&_rerunOrigin=scholar.google&_acct=
C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=
ab0f4397e8a386f50781d4731b5c7c71&searchtype=a
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kraft pulps. R. P. Kibblewhite; A. D. Bawden. Proceedings of the
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the resin canals of slash pine (Pinus elliottii Engelm.) holocellulose. R. P.
Kibblewhite; N. S. Thompson; D. G. Williams. Wood Science and Technology 5(2):
101-120. (1971)
http://www.springerlink.com/content/k638256837465580/
Modification of kraft wood-pulp fibre with silica for surface functionalisation.
K. T. Love; B. K. Nicholson; J. Lloyd; R. A. Franich; R. P. Kibblewhite; S. D.
Mansfield. Research Commons. 17 pp. (s/d)
http://researchcommons.waikato.ac.nz/bitstream/
10289/2691/1/Nicholson%20Modification%20of%20kraft%20wood.pdf
Referências
de Eventos e de Cursos
Nessa seção, trazemos referências de eventos
que aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam
diretamente ou indiretamente aos Pinus. A característica marcante desses
bons eventos é a disponibilidade do material bibliográfico na
forma de palestras, anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo
a disponibilidade dos resumos, os quais já ajudam a saber das novidades
no ramo e dos assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços
de URLs, vocês podem obter o material do evento e conhecer mais sobre
a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar
do próximo.
Workshop Reservas Legais: experiências e perspectivas de pesquisa e gestão
utilizando o mecanismo de compensação. CRHEA - Centro de Recursos
Hídricos e Ecologia Aplicada. (Brasil)
O evento foi realizado no CRHEA (Centro de Recursos Hídricos e Ecologia
Aplicada), localizado em Itirapina a 25 km de São Carlos-SP. Os dois
dias de workshop ocorreram em junho de 2009, havendo a possibilidade ainda
hoje de se acessarem as palestras que foram ministradas no encontro. Os principais
temas abordados se associaram à conservação ambiental,
sustentabilidade e às normatizações e legislações
brasileiras que vigoravam na época. Confiram a seguir as apresentações
de slides de algumas apresentações disponíveis.
http://www.shs.eesc.usp.br/workshoprl/ (Página inicial
de Reservas Legais)
Eventos mais sustentáveis. P. Leme.
http://www.shs.eesc.usp.br/workshoprl/palestras/Apresentacao_USP_Recicla.pdf
Companhia brasileira de florestas tropicais. R. Schmidt.
http://www.shs.eesc.usp.br/workshoprl/palestras/Apresentacao_carboNO_cbft.pdf
Reserva legal. Formulação e gestão do SISREL. P. Mendes
Neto.
http://www.shs.eesc.usp.br/workshoprl/palestras/Apresentacao_SISREL_MS.pdf
Instituto Ambiental do Paraná- IAP. L. R. Martini.
http://www.shs.eesc.usp.br/workshoprl/palestras/Apresentacao_IAP_PR.pdf
Servidão florestal. C. Klemz
http://www.shs.eesc.usp.br/workshoprl/palestras/Apresentacao_TNC_PR.pdf
Conservação em áreas privadas: aplicando o Código
Florestal Brasileiro. G. Timotheo.
http://www.shs.eesc.usp.br/workshoprl/palestras/Apresentacao_TNC_MT.pdf
Sistema estadual de meio ambiente. Compensação social da reserva
legal. A. M. Castro.
http://www.shs.eesc.usp.br/workshoprl/palestras/Apresentacao_CSRL_MG.pdf
Expectativas de conservação no Estado de São Paulo com
compensação de reserva legal. H. C. Von Glehn.
http://www.shs.eesc.usp.br/workshoprl/palestras/Apresentacao_SMA_SP.pdf
I Simpósio sobre Resíduos Sólidos da USP. Universidade
de São Paulo. (Brasil).
O primeiro simpósio sobre resíduos sólidos da USP (Universidade
de São Paulo) ocorreu no início de dezembro de 2010 em São
Carlos, SP. O evento foi organizado pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa
em Resíduos Sólidos (NEPER). Há diversas palestras desse
simpósio na página da internet do núcleo, pertencente
ao Departamento de Hidráulica e de Saneamento da Universidade. Observem
algumas das apresentações realizadas que abordam o tema, sem
esquecer que a madeira, um dos principais produtos do Pinus, pode gerar restos
industriais enquadrados na legislação como resíduos sólidos.
http://www.shs.eesc.usp.br/index.php?option=com_content&view=
article&id=197:neper&catid=14:area-1&Itemid=13 (Neper)
Resíduos
potencialmente utilizáveis na construção
civil. O. Pellegrino.
http://www.eesc.usp.br/shs/neper/isimposio/palestras/03122009-tarde/OSNY_PELLEGRINO-ResiduosPotencialmenteUtilizaveisNaConstrucaoCivil.pdf
Resíduos de construção e demolição (rcd)
- gestão pública de São Carlos/SP. S. Fagury.
http://www.eesc.usp.br/shs/neper/isimposio/palestras/02122009-tarde/SAMIR_FAGURY-ResiduosDeConstrucaoDeDemolicao.pdf
Tratamento térmico de resíduos. J. D. Pagliuso.
http://www.eesc.usp.br/shs/neper/isimposio/palestras/02122009-manha/JOSMAR_PAGLIUSO-TratamentoTermicoDeResiduos.pdf
Programa USP Recicla. P. S. Leme.
http://www.eesc.usp.br/shs/neper/isimposio/palestras/
02122009-manha/PATRICIA_LEME-ApresentacaoUSPRecicla.pdf
Reutilização de resíduos sólidos industriais.
J. Mazariegos.
http://www.eesc.usp.br/shs/neper/isimposio/palestras/02122009-tarde/JAVIER_MAZARIEGOS-ReutilizacaoDeResiduosSolidosIndustriais.pdf
Políticas públicas para gestão de resíduos sólidos
urbanos. F. Wolmer.
http://www.eesc.usp.br/shs/neper/isimposio/palestras/03122009-manha/FERNANDO_WOLMER-PoliticasPublicasParaGestaoDeResiduosSolidosUrbanos.pdf
Gestão de resíduos, meio ambiente e inclusão social.
P. Mancini.
http://www.eesc.usp.br/shs/neper/isimposio/palestras/03122009-manha/PAULO_MANCINI-GestaoDeResiduos_MeioAmbienteEInclusaoSocial.pdf
Avaliação de ciclo de vida. A. Ometto.
http://www.eesc.usp.br/shs/neper/isimposio/palestras/03122009-tarde/
ALDO_OMETTO-AvaliacaoDeCicloDeVida.pdf
The
Marcus Wallenberg Prize Symposium. (Suécia)
O evento de premiação de uma das maiores honrarias do setor de
base florestal sempre ocorre em conjunto com um simpósio científico
abrangendo os mais distintos assuntos do setor florestal. Geralmente, o encontro
ocorre em Estocolmo na Suécia, e a webpage do “The Marcus Wallenberg
Prize Symposium” disponibiliza as apresentações anualmente
para download. Não deixem de ver as palestras realizadas durante o ano
de 2009 agrupadas logo abaixo. Muitas delas apresentam temas relevantes tais
como melhoramento genético de espécies arbóreas, produtos,
tecnologias, manejos, proteção florestal, entre outros. Eventos
de outros anos também são disponibilizados e voltaremos a eles
em outra ocasião.
http://www.mwp.org/proceedings/ (Página Inicial)
Can R&D be a fountain of youth in a mature industry? P. Terwiesch.
http://www.mwp.org/proceedings/dokument/Id_163_dok1.pdf
Direct drives for paper machines. V. Kajander; J. Ikäheim.
http://www.mwp.org/proceedings/dokument/Id_164_dok1.pdf
R&D for seizing business opportunities for the pulp and paper industry.
H. Fujiwara.
http://www.mwp.org/proceedings/dokument/Id_165_dok1.pdf
R&D for increasing the potential of the forest based industries. M. T. Watkins.
http://www.mwp.org/proceedings/dokument/Id_166_dok1.pdf
Aspects on paper machine designs for the future. B. Langenskiöld.
http://www.mwp.org/proceedings/dokument/Id_167_dok1.pdf
Has the forest based industry a future, and how does it look? S. Nilsson.
http://www.mwp.org/proceedings/dokument/Id_168_dok1.pdf
Pinus-Links
A seguir, trazemos para vocês nossa indicação
para visitas a diversos websites que mostram direta relação
com os Pinus, nos aspectos econômico, técnico, científico,
ambiental, social e educacional. Acreditamos que eles poderão
significar novas janelas de oportunidades e que alguns deles poderão
passar a ser parte de suas vidas profissionais em função
do bom material técnico que disponibilizam. Esperamos que apreciem
nossa seleção de Pinus-Links para essa edição.
World Agroforestry
Center. (em Inglês)
O Centro Mundial da Agrossilvicultura realiza pesquisas em mais de
18 países em desenvolvimento, buscando incluir o componente
arbóreo na paisagem agrícola, promovendo melhorias ambientais,
econômicas e sociais a diversas comunidades no mundo. Os trabalhos
que elaboram abordam temas de relevância como economia rural,
bancos de germoplasma, preservação e conservação
do solo, mudanças climáticas, entre outros. No website
da instituição é possível observar diversos
resultados dos estudos já realizados que abordam sistemas agroflorestais
através das publicações disponíveis e notícias.
Há diversos dados e informações inclusive sobre
diversas espécies de Pinus. Observem:
http://www.worldagroforestrycentre.org/ (Home)
http://www.worldagroforestrycentre.org/our_products/publications (Publicações
gerais)
http://www.worldagroforestrycentre.org/newsroom (Notícias)
http://www.worldagroforestrycentre.org/our_products/publications (Pesquisar
publicações com Pinus)
http://www.worldagroforestrycentre.org/our_products/databases (Banco
de dados)
http://www.worldagroforestrycentre.org/our_products/library/faqs (Biblioteca)
Instituto
Universitario de Investigación en Gestión Forestal
Sostenible (IUGFS). (em Espanhol)
O Instituto Universitário de Pesquisa em Gestão Florestal
Sustentável é um centro de desenvolvimento criado em
parceria entre o governo espanhol a Universidade de Valladolid naquele
país. O IUGFS possui um fórum de cooperação
científica e técnica para a promoção do
desenvolvimento sustentável das florestas do país. Observem
as publicações que o website do instituto possui disponíveis
para download, a seguir:
http://sostenible.palencia.uva.es/default.aspx (Início)
http://sostenible.palencia.uva.es/Publications.aspx (Publicações
gerais)
http://sostenible.palencia.uva.es/Publications.aspx (Pesquisar publicações
com Pinus)
http://sostenible.palencia.uva.es/gfs/InfoUnidad/List/Contenido/0/7/Detail.aspx (Carta de apresentação)
http://sostenible.palencia.uva.es/gfs/groups/Grupos+Investigacion+Reconocidos/Default.aspx (Grupos de pesquisa)
http://sostenible.palencia.uva.es/gfs/rinv/List/Laboratorios+y
+grandes+infraestructuras+disponibles/3/List.aspx (Laboratórios)
TEMAP
- Technical Marketing Program. (em Inglês)
O TEMAP é um programa de marqueting técnico pertencente à empresa
canadense de celulose e papel Canfor Pulp Limited. O TEMAP foi criado
a mais de uma década visando à solução
das principais dúvidas dos seus clientes. Hoje ele possui um
site que apresenta publicações relacionadas à celulose
e papel disponíveis para a leitura.
http://www.temap.com/temap/about.html (Temap)
http://www.temap.com/temap/general.html (Publicações)
http://www.temap.com/assets_main/documents/MPBnewsletter.pdf (“The
Mountain Pine Beetle in British Columbia”)
http://www.temap.com/temap/seminars.html (Seminários)
http://www.temap.com/assets_main/documents/CanforSeminarIII_USMay10x.pdf
http://www.temap.com/environ/manage.html (Manejo ambiental)
http://www.temap.com/environ/wildlife.html (Manejo da vida selvagem)
Instituto
Florestal. Estado de São Paulo. (em Português)
O Instituto Florestal (IF) é um órgão florestal
do Governo do Estado de São Paulo e existe desde 1986, tendo
importante papel como gerador de atividades florestais econômicas
e sustentáveis priorizando a conservação do meio
ambiente. Junto com a Fundação Florestal, o IF busca
a proteção das reservas legais de São Paulo garantindo
a preservação da biodiversidade, além de desenvolver
pesquisas para a solução de problemas ambientais nessas áreas.
http://www.iflorestal.sp.gov.br/ (Início)
http://www.iflorestal.sp.gov.br/museu/index.asp (Museu florestal)
http://www.iflorestal.sp.gov.br/areas_protegidas/index.asp (Áreas
de preservação)
http://www.iflorestal.sp.gov.br/publicacoes/revista_if/index.asp (Revista
IF)
http://www.iflorestal.sp.gov.br/publicacoes/revista_if/
rev18-unicopdf/trab.%20pinus%20taeda.pdf (Publicação sobre a madeira do Pinus taeda na revista
IF)
Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Papéis para Sacos
Kraft de Embalagem com Alta Resistência Contendo Fibras
Celulósicas de Pinus
Introdução
Os sacos são embalagens flexíveis universais
que podem ser produzidos a partir de diversas matérias-primas.
Dentre elas, destacam-se os sacos de papel produzidos com as fibras
longas provenientes da madeira dos Pinus, as quais podem conferir ao
produto maior flexibilidade e resistência ao rasgo. Essas são
duas características são de alta relevância para
todos os tipos de sacarias. Os sacos de papel necessitam ter alta qualidade
para suportar as elevadas forças a que são submetidos
quando em uso e devem ser duráveis. Dessa forma, os sacos de
papel de mais alta qualidade para embalagens industriais são
normalmente produzidos com fibras longas e virgens de celulose, obtida
através do processo de polpação kraft. Eles são
utilizados para o transporte e para a proteção de materiais
no estado de pós secos, tais como farinhas, cimentos, minerais,
produtos químicos e rações animais. Muitos sacos
de papel resistentes também são empregados para embalar
grãos, sementes e fertilizantes (Wikipédia, 2011; Stachelski,
2001, Billerud Sack, s/d).
Tanto os sacos como o papel já foram inventados e vêm
sendo utilizados há centenas de anos. Porém, inicialmente,
os papéis produzidos de forma manual eram demasiadamente frágeis
e não se adequavam para a função de embalagem.
Com o passar do tempo e com a evolução na fabricação
dos papéis, esses passaram a embalar produtos. Por outro lado,
com a invenção das primeiras máquinas de papel
e com a descoberta acidental do processo kraft, ocorreram avanços
tecnológicos para o amadurecimento da idéia e o surgimento
das primeiras patentes de sacos de papel entre 1852 e 1879. A produção
do papel em máquinas contínuas e eficientes também
deixou o produto mais acessível, tornando-o mais barato para
o emprego em outras atividades (Saco de Papel, 2011; Entrevista Anave,
s/d).
Um dos grandes problemas existentes na fabricação de
sacos de papel foi cortar e colar o fundo de forma adequada, o que
se resolveu com a invenção da máquina chamada
de “matadora” (devido ao barulho de corte das facas semelhantes
a ”tiros”). As embalagens nela produzidas podem ser encontradas
até os dias de hoje em sacos de embrulhar pães nas padarias
e remédios em farmácias. Vários avanços
no uso da matéria-prima, na impressão e nos formatos
foram atingidos desde então, tornando o papel um material perfeito
como sacaria de produtos como o cimento já a partir de 1924,
quando os sistemas de válvulas de escape de ar dos sacos foram
aperfeiçoados (Eurosac, 2011). Atualmente, os sacos de papel
são comumente fabricados de papel kraft de celulose não
branqueada, apresentando coloração marrom; além
disso, possuem grande variedade de fechamentos, formatos, gramaturas
e tratamentos, adequando seu formato e propriedades aos produtos a
serem embalados (Wikipédia, 2011).
Apesar de terem perdido espaço para sacos fabricados pela indústria
petroquímica (plásticos no geral), os sacos de papel
ainda são muito importantes como embalagens de alguns produtos
que necessitam de “respiração”, ou melhor,
de permeabilidade a gases (Starmedia, s/d). A problemática ambiental
que vivemos na atualidade tem despertado o interesse em embalagens
renováveis e recicláveis feitas com papel. Assim, o presente
artigo técnico objetiva informar as vantagens e desvantagens
das sacarias de papel de alta resistência produzidas com fibras
de Pinus, os tipos de sacos existentes, suas propriedades e formas
de manufatura.
Vantagens e desvantagens dos sacos de papel como
embalagem
As principais vantagens existentes para o uso dos sacos de papel
são
de conotação ambiental. O papel kraft é um produto
obtido de florestas plantadas de Pinus que apresentam bons manejos
e certificações de sustentabilidade. Dessa forma, são
fabricados a partir de um recurso natural renovável, pois logo
depois do corte há o replantio e manejo dessas áreas
(Razzolini, 1994), diferente dos sacos plásticos, as quais são
fabricados a partir do petróleo (recurso natural não
renovável). Segundo o website Saco de Papel (2001), os sacos
de papel são perfeitos substitutos dos sacos plásticos,
pois na média, um saco de papel carrega três vezes mais
conteúdo, em massa, que sacolas de plástico. Além
disso, o papel é considerado 100% reciclável e é muito
apreciado por cooperativas de reciclagem nos grandes centros urbanos.
O papel também é biodegradável, demorando pouco
mais de quatro meses para sua total decomposição na
natureza.
Os sacos de papel são fabricados com papel flexível,
o qual se adapta ao formato do produto, além de protegê-lo
durante o transporte. O papel é um material poroso que permite
troca de fluídos entre o produto e o exterior, o envasamento
ainda a quente e a realização de alguns tratamentos químicos
esterilizantes como o controle de insetos e de microrganismos (Reis,
1982). Em contrário a isso, o saco plástico, que não é poroso,
também não é adequado para o enchimento em elevadas
temperaturas como ocorre com o pó de cimento. ABCP – Associação
Brasileira do Cimento Portland (2002) ressaltou que o envase do cimento é feito
por ensacadeiras automáticas, uma ação prioritária
para o bom fluxo de sua produção. Outra vantagem é que
o papel também possibilita impressões sofisticadas de
marcas e propagandas publicitárias tornando a embalagem atrativa
aos olhos do consumidor (Wikipédia, 2011; Starmedia, s/d).
Monteiro (s/d) comentou que sacos de papel são fortes candidatos
para serem embalagens sustentáveis, pois podem maximizar o uso
de materiais renováveis, além de serem produzidos a partir
de conceitos de produção limpa.
Os sacos de papel são relativamente econômicos, são
macios, mas ao mesmo tempo apresentam força suficiente para
aguentar até mesmo mais de 50 kg de peso, em alguns casos (Wikipédia,
2011). Porém, uma das principais desvantagens é a não
adequabilidade para embalar produtos molhados, úmidos ou que
apresentem bordas pontudas e cortantes. Ao contrário dos sacos
plásticos que são impermeáveis e mais flexíveis,
além de apresentarem, no geral, menores tamanho, peso e volume
(Lopes e Contador, s/d). Os sacos de papel portanto são menos
resistentes do que os plásticos após serem molhados,
protegendo menos o produto contra a ação da água
(ABCP, 2002).
O papel utilizado nos sacos é geralmente escuro, não
permitindo a visualização do produto interno. Em alguns
casos isso também pode ser uma desvantagem ao plástico
transparente para embalagens (Starmedia, s/d).
Outra grande desvantagem é o preço de produção,
o qual, em alguns casos ainda supera o dos sacos plásticos.
Todavia, a instabilidade no preço do petróleo pode tornar
os sacos de papel cada vez mais atrativos (Reis, 1982). Essa é uma
das razões para que medidas de diminuição de custos
de produção e de melhorias de qualidade sejam frequentemente
buscadas e implementadas pelas empresas produtoras, adequando os
sacos de papel a um mercado cada vez mais exigente e competitivo
(Coelho
e Souza, 2000).
Tipos de sacos de papel para embalagem de produtos industriais
Há vários tipos de papel saco existentes no mercado.
Os sacos produzidos com papéis extensíveis geralmente
são multifoliados e apresentam alta resistência para suportar
pesos elevados. Os sacos multifoliados de papel são aqueles
que possuem mais do que três camadas (paredes) de papel em sua
composição, podendo essas chegarem ao número máximo
de seis. Eles são confeccionados com o intuito de carregar peso
e segundo ANTT Legislação (1997) suas emendas e fechos
devem ser à prova de pó. Quando for necessária
a resistência à umidade, uma das duas camadas externas
de papel deve ser revestida com material protetor (plastificação
com polietileno ou revestimento químico).
Conforme citado por Judice (2006), sacos contendo apenas uma folha
(sacos simples) ou duas folhas (duplex) não são classificados
na legislação como multifoliados, embora no mercado sejam
comumente assim também denominados, principalmente os que
carregam pesos inferiores aos 30 kg.
De acordo com Eurosac (2011) os tipos de sacos multifoliados
de papéis
mais comuns na atualidade são:
Sacos valvulados: Utilizados para embalar produtos em pó, possuem
uma saída de ar em uma de suas extremidades. Isso permite o
seu rápido enchimento com o fechamento automatizado ou manual
(Grundy, 1994). O enchimento desses sacos também pode ser feito
através de ensacadeiras automatizadas, manuais, rotativas ou
estacionárias. Quando são envasados com bicos, permite
o fechamento das válvulas com a própria pressão
realizada durante o processo (SEBRAE, s/d). O uso de sacos valvulados é indicado
para embalar cimento, argamassas, cal, entre outros produtos em pó (SEBRAE,
s/d).
Sacos SOS: O nome SOS vem do inglês “self opening sack”,
o qual possui uma de suas extremidades desenhada para ser facilmente
aberta e fechada pela pequena diferença de altura existente.
A outra extremidade contém fundo retangular o que garante estabilidade
na hora do seu enchimento. Comumente chamado de “saco de boca
aberta”, é muito empregado para embalar produtos granulados
como rações peletizadas, sementes e fertilizantes. Os
sacos SOS ainda podem ser encontrados em supermercados embalando alguns
alimentos (Saco de Papel, 2011; Serviços de Embalagem, 2003).
Segundo SEBRAE (s/d), os sacos de boca aberta com fundo colado são
bastante usados para embalar farinhas, grãos, amido, açúcar,
entre outros e não requerem ensacadeiras especiais para o
seu enchimento.
“Pinch Bottom Sack”: De acordo com Grundy
(1994), o “pinch-bottom
sack” foi criado nos EUA para atender às necessidades
da indústria ferroviária, a qual necessitava transportar
produtos sem que esses vazassem. Dessa forma, é também
um saco de “boca aberta”; porém, bastante robusto,
de formato plano com fechamento à prova de vazamentos. O mesmo
autor também classifica os sacos multifoliados em sacos costurados,
muito utilizados na Europa; e em sacos colados, que exigem melhores
tecnologias para a produção. Os primeiros podem ser
tanto de boca aberta como valvulados; contudo, as válvulas
são
geralmente colocadas à mão, exigindo maior emprego
de mão-de-obra. Ao contrário dos sacos colados, os
quais apesar de necessitarem de maiores gastos com maquinário,
apresentam alta velocidade de produção. Hoje o seu
sistema produtivo já pode ser totalmente computadorizado,
carecendo de apenas pequenos ajustes para a troca do formato dos
sacos.
Tipos
de papéis para sacaria
Existem vários tipos de papéis que podem ser empregados
como embalagens de produtos; todavia, os sacos multifoliados são
geralmente produzidos a partir papéis obtidos de celuloses
fabricadas pelo processo de polpação kraft. O papel
utilizado em sacarias deve ser mecanicamente resistente, o que exige
o uso de grande proporção de fibras longas, apresentando
gramaturas que vão de 80 até 100 g/m² (as mais
comuns). Dessa forma, o papel destinado para sacos industriais é considerado
robusto, áspero e rústico. Conforme discutido por Bracelpa
(2011), por Judice (2006) e por Galdiano (2006), há no mercado
três tipos mais utilizados para esse fim, os quais são
apresentados a seguir:
Papel kraft natural para sacos multifoliados: As fibras existentes
no papel kraft para compor sacos multifoliados devem ser as mais
longas possíveis, o que garante grande resistência ao
papel gerado. A fonte de matéria-prima mais comum para sua
fabricação no Brasil está na “madeira
mole” de coníferas tais como as dos Pinus. No Brasil,
as espécies P. elliottii, P. taeda e P. caribaea são
as mais utilizadas para sua fabricação. Outras plantas
como o bambu e o sisal também podem ser fontes de matérias-primas
desse produto devido às características de suas fibras
(Garcia et al. apud Judice, 2006; Coelho e Souza, 2000). Esse papel é fabricado
a partir de pasta kraft não branqueada em gramaturas de 80
a 90 g/m². Logo, são utilizados para carregar cargas
pesadas por suas elevadas resistências ao rasgo e ao estouro.
Narciso e Simão (2010) analisaram distintas variáveis
da madeira de P. taeda tais como densidade da madeira, idade do povoamento,
posicionamento da madeira em relação à árvore,
entre outras, relacionando-as à qualidade de papel kraft para
sacos multifoliados. Não foi possível observar diferenças
significativas de resistência ao rasgo e de resistência
de tração do papel quando ele foi produzido com diferentes
proporções de madeira de costaneira ou de madeira juvenil.
Os autores estudaram quatro densidades de madeira de P. taeda para
a fabricação de papel kraft e concluíram que
a homogeneidade da matéria-prima apresenta maior importância
do que a alta densidade para a fabricação de um produto
final de boa qualidade. Dessa maneira, há inclusive potencial
para o uso de madeira proveniente de árvores jovens e de resíduos
lenhosos para a produção do papel de sacaria. Clarke
e colaboradores (2002) avaliaram o efeito do ambiente na qualidade
do papel para sacaria de cinco espécies distintas de Pinus na África do Sul. Os autores concluíram que os papéis
destinados à sacaria deveriam possuir tanto alta resistência à tração
quanto ao rasgo. Curiosamente, a altitude influenciou na densidade
das madeiras das espécies testadas. Como exemplo, a madeira
de P. taeda e de Pinus patula plantados em altitudes elevadas produziu
papéis de melhor qualidade do que os de populações
das mesmas espécies em regiões baixas, devido às
diferenças na formação da madeira.
Papel
kraft extensível: Esse papel também é fabricado
com pasta química kraft não branqueada de fibras longas,
apresentando gramaturas que vão até 100 g/m².
Muitos desses papéis possuem micro-vilosidades (pequenos crepes)
invisíveis ao olho nu formadas durante a sua fabricação.
Um dos principais tipos de papéis extensíveis utilizados
em sacarias é o Clupak, assim conhecido por ter sido desenvolvido
por empresa com esse nome. No seu processamento, o fluxo do papel
passa por um cilindro aquecido a vapor e é prensado por um “pano
de borracha”, o que diminui a velocidade e realiza um recalque
nesse fluxo. Dessa forma, as fibras são adensadas e ficam
curvadas umas sobre as outras, formando-se a micro-crepagem (Razzolini,
1994). A superfície do papel continua lisa devido à pressão
exercida pelo cilindro aquecido. Assim, o recalque garante aumentos
consideráveis na extensibilidade do papel. Com o esticamento/alongamento
aumentado, o papel pode sofrer um aumento em sua dimensão
antes de se romper. Worbs (s/d) explicou que o papel extensível
possui maior flexibilidade, apesar de ter sua superfície lisa,
conseguindo-se boa impressão. O mesmo autor comentou que a
sua fabricação depende de um “pano de borracha” rotativo
sem fim, chamado de “instalação de pano”.
Durante o processo, um tapete de borracha elástica é acoplado à máquina
de papel o qual atinge momentaneamente o papel molhado realizando
o seu recalque pela diminuição da velocidade do fluxo
(Shawman, s/d). O alongamento no sentido longitudinal de um papel
kraft extensível pode chegar a 8%. A energia é absorvida
pelo papel durante a seu tensionamento, havendo, portanto, o aumento
da sua resistência. Isso permite que o papel absorva mais energia
dos impactos em seu uso, antes de rasgar (Galdiano, 2006). De acordo
com Wikipédia (2011) tanto papéis de polpas branqueadas
como escuras podem ser submetidos à micro-crepagem desde que
sejam papéis kraft de fibras longas. O papel posteriormente
pode receber um revestimento de polietileno para aumentar sua resistência
contra a umidade, a gorduras e ao ataque de microrganismos (Wikipédia,
2011).
Worbs (s/d) observou que a extensibilidade do papel Clupak pode aumentar
em 9% no sentido longitudinal e sua resistência a rasgo pode
crescer 15% no sentido transversal. O esticamento ou alongamento
na direção da máquina para o papel Clupak é três
vezes superior ao de um papel kraft normal (Razzolini, 1994).
Papel
crepado: Esse tipo de papel é fabricado a partir de
pasta química de polpa contendo fibras longas. Ele pode ser
utilizado em reforços de costuras de sacos multifoliados e
como base tanto para fitas adesivas quanto para lençóis
plásticos. O processo de crepagem aumenta a maciez e a elasticidade
do papel kraft, evitando que se rompa mesmo depois de umedecido.
Esse tipo de papel pode ser produzido durante a etapa de secagem,
onde uma raspa (raspadeira) é acondicionada entre o cilindro
secador e o papel úmido. Há um deslocamento natural
do fluxo do papel durante esse processo, o qual fica recalcado, formando
pequenas ondulações na sua superfície em consequência à sua
adesão ao cilindro (Silva, 2008; BNDES, s/d; Worbs, s/d).
Critérios
de qualidade para os sacos de papel
Grundy (1994) comentou que tanto os sacos de papel para embalagens
industriais mais simples quanto os mais sofisticados possuem o papel
kraft como principal matéria-prima. Dessa maneira, existem
vários parâmetros de qualidade avaliados em papéis
utilizados para usos em sacarias os quais vão influenciar
nas propriedades do produto final. De acordo com Coelho e Souza (2000),
Grundy (1994) e UPM (s/d) os principais critérios de qualidade
para sacos multifoliados são:
- TEA (“Tensile Energy Absorption”): TEA é traduzida
para o português como absorção da energia de
tensão do papel ou como energia de deformação
na tração (Ardito, 1997). É um dos critérios
mais importantes para a garantia da qualidade e resistência
dos sacos. A TEA corresponde à quantidade de energia que pode
ser absorvida pelo papel antes de quebrar, sendo uma medida proporcional à sua
robustez (Grundy, 1994). Assim, quando um papel possui altos valores
de TEA, pode haver uma redução do número de
folhas nos sacos multifoliados e também em sua gramatura.
Isso resulta em uma diminuição de custos de produção
para a embalagem, pois se utiliza menos papel para a mesma quantidade
de sacos. Outra vantagem de elevados TEA seria o mais adequado volume
dos sacos, possibilitando melhor transporte, armazenamento e menor
volume de descarte de resíduos, reduzindo-se os custos de
todas essas operações.
Segundo Coelho e Souza (2000) a TEA é relacionada à rigidez
e elongação do papel (provocada pela sua micro-crepagem)
e pela força de tensão/tração (que é a
máxima tensão suportada sem ruptura ou quebra). A TEA
pode ser medida em J/m², ou seja, pelo trabalho total por unidade
de área do papel no momento em que é forçado
até sua quebra. Além dessa forma, pode ser expressa
como índice que é dado pela absorção
da tensão dividida pela sua gramatura (Unidade do índice
= J/g).
Shallorn e Gurnagul (2010) avaliaram modelos semi-empíricos
de absorção de energia de tensão promovidos
sobre sacos de papel kraft. Os autores concluíram que a TEA é dada
por três fatores: a elasticidade normatizada (uma função
da curvatura das fibras), a força de tração
(relacionada com o comprimento das fibras) e a umidade (valor de
retenção de água).
-
Printabilidade ou Qualidade da Impressão: A superfície
do papel utilizado para a sacaria deve ser macia e lisa o suficiente
para receber impressões de alta qualidade. Para tanto, as
fibras do papel devem ser bem distribuídas durante sua produção
e sua micro-crepagem não deve influenciar na distribuição
de tinta sobre a superfície. A impressão deve ser o
mais livre de sujeira possível e, para isso, o papel tem que
possuir boa ligação entre as fibras para evitar formação
de pó superficial (Coelho e Souza, 2000).
- Maquinabilidade: A gramatura, a umidade e a resistência do
papel podem promover melhorias em processos fabris da produção
de sacos, visto que esses necessitam ser impressos, costurados, colados
e por último, enchidos pelos clientes. A rigidez e a resistência
do papel podem causar melhorias na velocidade de processos de máquinas
tanto para o enchimento de sacos quanto para a própria produção
dos mesmos; contudo, papéis mais macios permitem melhor maleabilidade
e diminuem seu escorregamento. Isso pode gerar benefícios
na armazenagem e durante o empilhamento (Grundy, 1994). A busca pela
gramatura e pela umidade ideal do papel também melhora a qualidade
de produção e de impressão, gerando menores
perdas por não conformidades e consequentemente aumentando
a maquinabilidade (ritmo de produção das máquinas
operacionais).
- Porosidade: Este parâmetro é de alta importância
para a fabricação de sacos, pois quanto maior for a
porosidade do papel, menos polpa poderá ter sido utilizada
para a sua produção, deixando assim o papel mais aberto
e poroso. Isso possibilita menor resistência do mesmo à passagem
do ar e outros gases. Dessa forma, a porosidade permite melhorias
na etapa de enchimento do saco. O escape do ar através da
folha do papel faz com que a velocidade de envase aumente e que a
quantidade de pó gerada seja menor. Menos sujeira e maior
facilidade de manusear as sacarias também são outros
pontos positivos da porosidade, ajudando no processo de logística.
-
Fricção: Muito relacionada com a rigidez do papel,
apresenta a importância para a estabilidade durante o transporte,
principalmente em páletes (Coelho e Souza, s/d).
A construção dos sacos
Apesar da principal matéria-prima dos sacos de papel ser o
papel kraft, existem outros itens indispensáveis para a construção
dos sacos, os quais vão variar de acordo com a função
do mesmo. Podem ser utilizados: papel revestido com polietileno,
papel crepado, colas, tintas, adesivos, linhas de algodão,
clichês, grampos, entre outros insumos (Stachelski, 2001; Grundy,
1994; Starmedia, s/d). De acordo com o primeiro autor, a construção
dos sacos multifoliados pode ocorrer obedecendo-se algumas fases,
após o papel saco já estar devidamente pronto. Tais
fases são:
Fase
1 - Tubeiras: O papel extensível kraft, depois de produzido
nas fábricas de papel, segue em bobinas para ser usado em
máquinas conhecidas como tubeiras. Nelas, o papel é transformado
inicialmente em tubos contendo até seis camadas. Primeiramente,
há o alinhamento das bobinas nos porta-bobinas, onde ocorre
a impressão em até quatro cores do papel que será a
capa externa. Depois de impresso, é realizado o seu alinhamento
utilizando sensores pneumáticos responsáveis pela formação
dos tubos contendo no interior as outras capas de papéis virgens
(multifolhas). Para que as paredes dos tubos se destaquem uma das
outras é realizado picoteamento no sentido transversal, onde
também é acondicionado pingos de cola para ajudar na
maquinabilidade do saco. Em seguida, procede-se a aplicação
de cola no sentido transversal dos papéis, promovendo o fechamento
do tubo. Na parte final da máquina, os tubos são destacados
um dos outros através de sensores fotoelétricos, seguindo
para a mesa de saída (Stachelski, 2001). Normalmente as tubeiras
conseguem processar de 5.000 a 20.000 sacos/hora (Starmedia, s/d).
Fase 2 – Máquina de costura/máquina coladeira:
Nessa fase, os tubos iniciam o acabamento final ditado pela sua finalidade.
Na máquina coladeira há vários processos realizados
tais como: vincagem das extremidades, colocação da
proteção de válvula, abertura das extremidades,
inversão, colagem e prensagem, inspeção visual,
entre outros, tudo para deixar o tubo devidamente pronto para a etapa
da costura. Nela, há a dobra do canto para o acoplamento da
válvula, a qual é acondicionada a seguir, realizando-se
a costura das extremidades do saco. Caso haja a necessidade de inserir
uma camada de plástico, o tubo é aberto para ser colocado
o polietileno em uma de suas paredes. Eventualmente, pode-se usar
papel laminado com plástico para essa camada isolante. Depois
disso, é costurado na base inferior junto com as outras folhas
papel (Stachelski, 2001).
Fase 3 – Embalagem final: Os sacos prontos seguem para a embalagem
final segundo o pedido dos clientes. Eles podem ser embalados em
fardos soltos ou como embalagens paletizadas. Durante essa etapa
há a necessidade de prensagem e embalagem com plástico
ou papel kraft para a proteção contra intempéries
durante o transporte até o seu destino final (Stachelski,
2001).
Considerações
finais
O papel kraft, também conhecido como “kraft sack paper” é matéria-prima
fundamental para a fabricação de sacos de papel. Dessa
forma, a qualidade das fibras da polpa destinada para essa finalidade é de
extrema importância. Mais estudos deveriam visar ao emprego
de resíduos de madeira de Pinus (por exemplo: costaneiras,
madeiras de desbastes) e de outras sobras madeireiras de indústrias
do setor florestal para esse tipo de produção. Novas
tecnologias de produção do papel extensível
também deveriam ser incentivadas através da pesquisa,
em busca do aprimoramento das propriedades dos papéis empregados
nos sacos multifoliados e da diminuição de seus custos.
Medidas que promovam vantagens como o uso de menos papel por unidade
de saco, a diminuição de não conformidades e
de refugos/rejeitos, além de tantas outras também deveriam
ser estimuladas (Coelho e Souza, 2000).
A crescente preocupação ambiental faz com que muitos
produtos e alimentos estejam voltando a ser embalados com sacarias
de papel. Porém, apesar de sua produção ser
proveniente da madeira de plantações de Pinus (recurso
natural renovável), devem ser utilizados de forma racional,
evitando seu desperdício e promovendo o reuso e a reciclagem
do papel após ele ter cumprido sua finalidade de embalar algo.
Seguem artigos científicos e técnicos, websites, algumas
notícias, além de apresentações e imagens
selecionados da internet e referentes ao tema. Algumas dessas publicações
foram utilizadas como referência para a elaboração
do presente texto.
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e outros trabalhos indicados para a leitura sobre o tema
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http://www.eurosac.org/00_koama/visu_eurosac/index.asp?
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