Editorial
Caros
amigos interessados pelos Pinus,
Estamos lhes trazendo a 35ª Edição do
nosso informativo digital PinusLetter. Mais
uma vez nos esforçamos para lhes oferecer temas relevantes e
assuntos interessantes e atuais para sua informação e
conhecimento. Vocês poderão obter isso tudo através
da leitura dos tópicos que redigimos e pela navegação
nos inúmeros links oferecidos, com nossas sugestões para
leitura de artigos, palestras, cursos, teses, monografias, etc.
Nessa
edição, continuamos a enfatizar os produtos oriundos
dos Pinus e de outras espécies florestais que trazem conforto
e inúmeros outros benefícios à sociedade. Também
nos dedicamos muito, como parte de nossas metas estratégicas,
a fortalecer e recomendar ações e atitudes para a preservação
de nossos recursos naturais e para a necessária sustentabilidade
das plantações florestais de Pinus e de outras espécies
de valor para a geração de produtos e serviços
de base florestal para o bem-estar das pessoas. Ainda nessa edição,
procuramos dar o merecido destaque a pessoas de nossa comunidade
técnico-científica que trazem, com seu trabalho, esforço
e talento, contribuições muito relevantes na agregação
de conhecimentos sobre o Pinus. Esperamos que os temas escolhidos
sejam de seu interesse e agrado.
A seção "Espécies de Importância Florestal
para a Ibero-América" aborda as principais características
morfológicas, manejo e funções de Platanus
spp.,
popularmente conhecido no Brasil como plátano. O plátano é uma árvore
pertencente à família Platanaceae que possui múltiplos
usos, tanto de sua madeira, como da própria árvore em
si. Um dos mais apreciados tem sido para a ornamentação
de parques, alamedas e jardins, principalmente devido ao aspecto exótico
de suas folhas caducifólias e das cores que adquirem no outono.
Os plátanos se desenvolvem melhor em regiões de clima
frio e foram introduzidos no sul do país junto com a imigração
italiana.
Os incêndios florestais em povoamentos
de Pinus podem diminuir
muito sua rentabilidade futura e o próprio sucesso do investimento
dos plantadores de florestas. Isso se explica pela grande quantidade
de danos que geram, inclusive com riscos às populações
circunvizinhas. Conheçam quais são os principais prejuízos
dos incêndios florestais, o que realmente são, diferenças
entre incêndio e queimada florestal, entre outros. Existe também
no nosso artigo a apresentação de algumas medidas para
o homem prevenir-se em relação a essa ocorrência.
Nessa
edição voltamos a apresentar a seção "Pragas
e Doenças dos Pinus" abordando uma doença de elevada
importância e que causa sérios prejuízos em pinheiros
do mundo inteiro. “A queima das
pontas dos Pinus”, também
conhecido como “queima dos ponteiros” é causada
pelo fungo Sphaerospus sapinea. O texto técnico apresenta
os principais sintomas nos Pinus, sinais do patógeno, além
das principais formas de combate a esse mal.
Em "Referências Técnicas
da Literatura Virtual" continuamos
a destacar os nossos "Grandes Autores
sobre os Pinus". Dessa
vez, homenageamos o professor Dr. Carlos Alberto Hector Flechtmann,
o qual tem contribuído em muito para a formação
de profissionais do setor agronômico e florestal através
de suas aulas. Além da docência, o homenageado é entomologista,
desenvolvendo diversos trabalhos de pesquisa para ajudar a resolver
problemas relacionados às pragas do Pinus e de outras espécies
de valor florestal no Brasil. Nosso amigo Dr. Carlos Alberto Hector
Flechtmann já foi homenageado em edição anterior
da Eucalyptus Newsletter por suas pesquisas e estudos com os eucaliptos
(http://www.eucalyptus.com.br/newspt_agosto11.html#dois), mas além
dos seus trabalhos com os eucaliptos ele possui extensa quantidade
de pesquisas envolvendo espécies de Pinus e o meio ambiente.
A torrefação de resíduos
de madeira de Pinus é outro assunto em destaque na presente PinusLetter.
Saibam o que é o processo o qual gera a madeira torrada também
conhecida como biomassa torrefeita, que é um combustível
de alto valor calórico e que apresenta diversas outras funções
no mercado. Conheçam também suas diferenças com
o carvão vegetal, as propriedades e vantagens desse produto.
Essa
edição também lhes traz a seção “Pinus-Links”,
com muitas sugestões para vocês aumentarem seus conhecimentos
acerca dos Pinus e demais coníferas de utilidade direta para
a sociedade.
Por
fim, temos a apresentar mais um de nossos Artigos
Técnicos,
que dessa vez lhes traz uma revisão sobre "formas
de preservação da madeira do Pinus”. Conheçam
quais são as principais técnicas envolvidas, suas vantagens
e desvantagens, as tecnologias empregadas e resultados de trabalhos
científicos que abordam o tema.
É muito
importante que vocês naveguem logo e façam o devido
downloading dos materiais de seu interesse nas nossas referências
de links. Muitas vezes, as instituições disponibilizam
esses valiosos materiais por curto espaço de tempo; outras
vezes, alteram o endereço de referência em seu website.
De qualquer maneira, toda vez que ao tentarem acessar um link referenciado
por nossa newsletter e ele não funcionar, sugiro que copiem
o título do artigo ou evento e o coloquem entre aspas, para
procurar o mesmo em um buscador de qualidade como Google, Bing, Yahoo,
etc. Às vezes, a entidade que abriga a referência remodela
seu website e os endereços de URL são modificados.
Outras vezes, o material é retirado do website referenciado,
mas pode eventualmente ser localizado em algum outro endereço,
desde que buscado de forma correta.
Agradecemos em especial nosso contínuo, dedicado e, no momento, único Patrocinador:
ABTCP
- Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel - (http://www.abtcp.org.br)
e também à única empresa que continua a nos apoiar
como Apoiadora Empresarial (Norske
Skog Pisa) e aos nossos apoiadores pessoas físicas
que acreditam e estimulam esse nosso serviço de agregação
e difusão de conhecimentos acerca dos Pinus.
Muitíssimo obrigado a todos pela oportunidade,
incentivo e ajuda para que possamos levar ao nosso enorme público
alvo muito conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas
que são as dos Pinus e também sobre outras coníferas
e espécies florestais comercialmente e ecologicamente importantes
para nossa sociedade.
Esperamos e acreditamos estar contribuindo,
através
da PinusLetter, à potencialização das várias
oportunidades que as plantações florestais do gênero Pinus oferecem
ao Brasil, América Latina e Península
Ibérica, disseminando assim mais conhecimentos sobre os produtos
derivados dos Pinus para a sociedade e incentivando a preservação
dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.
Um forte
abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
Espécies
de Importância Florestal para a Ibero-América
- Plátano (Platanus spp.)
Os
Incêndios Florestais e os Pinus
Pragas
e Doenças dos Pinus - Seca dos Ponteiros dos Pinus Causada por Sphaeropsis sapinea
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores sobre
os Pinus - Dr. Carlos Alberto Hector Flechtmann
Torrefação
de Resíduos de Madeira de Pinus
Pinus-Links
Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Preservação
da Madeira de Pinus
Espécies
de Importância Florestal para a Ibero-América
Plátano (Platanus
spp.)
O plátano é uma árvore caducifólia
(que perde a folhagem no inverno) e que atinge elevadas dimensões
quando adulta. Na atualidade, ela está classificada taxonomicamente
na família Platanaceae (Wikipédia, 2011; AGEFLOR, s/d).
Essa árvore é endêmica do hemisfério norte,
existindo ao todo cerca de 10 espécies e vários híbridos,
todos provenientes da Eurásia e também da América
do Norte (Reverendo, 2011; AGEFLOR, s/d). O nome genérico da árvore
Platanus deriva do grego “piatys”, que significa “largo” em
português. Essa é uma característica da copa ampla
e larga que a árvore apresenta quando adulta (Reverendo, 2011).
O tipo mais encontrado no território brasileiro é um híbrido
entre duas outras espécies pertencentes ao mesmo gênero:
o plátano americano (Platanus occidentalis L.) e o europeu (Platanus
orientalis L.). Dessa forma, seu nome científico foi determinado
como sendo Platanus X hispanica, também identificado sistematicamente
principalmente em regiões de linguagem saxônica como Platanus
X acerifolia (AGEFLOR, s/d). Isso pelo formato de suas folhas serem semelhantes
aos do gênero Acer (também conhecido como bordo japonês
- http://pt.wikipedia.org/wiki/Acer_palmatum) (Wikipédia, s/d).
A origem da hibridização do plátano ainda é duvidosa,
provavelmente ocorreu na Espanha em meados do século XVII, onde
se acredita que ambas as espécies foram cultivadas de forma conjunta
pela primeira vez, ocorrendo assim cruzamentos espontâneos. Daí originou-se
o nome da “espécie híbrida” como sendo “hispanica”,
devido ao local de sua origem (Wikipédia, 2011; AGEFLOR, s/d).
Acredita-se que o plátano foi introduzido na região sul
do Brasil com a imigração italiana no século XIX
(AGEFLOR, s/d). Tanto no Brasil quanto em várias outras partes
do mundo (Portugal, Espanha, Chile, Argentina, etc.) essa árvore é até hoje
muito apreciada para ornamentação, embelezando principalmente
parques e jardins das regiões de clima mais ameno ou temperado
(Reverendo, 2011). No passado já foi muito utilizada como árvore
urbana, ao longo de ruas. Isso porque é uma espécie muito
resistente à poluição urbana e se adapta bem a solos
compactados. O aspecto morfológico da árvore é também
bastante atrativo, principalmente durante o outono, quando suas folhas
em senescência perdem a coloração verde, dando lugar
a cores bastante vibrantes e exóticas como o amarelo, o laranja
e o vermelho (Wikipédia, 2011; AGEFLOR, s/d). Porém, seu
rápido crescimento e grande porte trouxeram alguns problemas,
podendo causar danos à fiação elétrica e
principalmente aos calçamentos de ruas. Isso faz com que haja
a necessidade de constante monitoramento das árvores para a realização
de podas drásticas e condutoras de maneira frequente e feitas
por entendidos do assunto. Infelizmente, as podas tiram a beleza estética
da árvore, podendo inclusive prejudicar sua saúde. Outros
pontos negativos do uso do plátano em ornamentação
de cidades é a liberação de altas quantidades folhas
no outono e de pelos basilares durante sua floração e frutificação.
Essas últimas estruturas são carregadas pelo ar, podendo
causar alergias e rinites em pessoas sensíveis ou que já possuem
problemas respiratórios crônicos (Reverendo, 2011).
Atualmente, por ser uma árvore de grandes proporções
e envergadura, atinge de 30 a 40 metros de altura, seu plantio é indicado
em locais amplos e espaçosos como parques e jardins. Porém,
também há plantações comerciais em algumas
regiões de clima frio, inclusive no sul do Brasil, Argentina,
Chile, etc.
A madeira dos plátanos é reconhecida pela sua flexibilidade,
dureza e resistência. Ela é cada vez mais apreciada e utilizada
na serraria, marcenaria e carpintaria para a fabricação
de pisos, de paredes, de estacas e vigas da construção
civil, para cabos de equipamentos domésticos, para o artesanato
e mais recentemente para a elaboração de móveis
vergados (Carpanezzi et al., 2010; Reverendo, 2011; AGEFLOR, s/d;). A
madeira do plátano apresenta coloração pardo-amarelada
clara com alburno pouco diferenciado do cerne e também é bastante
apreciada como combustível (lenha) para a geração
de energia calorífica (Reverendo, 2011). A madeira do plátano é também
uma alternativa à de muitas espécies nativas brasileiras
como a do açoita-cavalo (Luehea divaricata) para a confecção
de móveis.
Muitos estudos estão sendo conduzidos também no Brasil
para a caracterização da madeira do gênero quando
suas árvores se desenvolvem nas nossas condições
ambientais.
Melo et al. (2010) avaliaram a durabilidade
natural de amostras do alburno e do cerne de plátano e de outras espécies como L.
divaricata e a nogueira-pecã (Carya illinoinensis) em ensaios instalados
em campo aberto e outro em uma floresta de Pinus. A disposição
das amostras na floresta apresentou condições mais favoráveis
para a degradação da madeira para todas as espécies
em teste; todavia, o plátano foi a que obteve índices de
degradação mais elevados. Isso indicou ataques de agentes
de depreciação de sua madeira superiores aos das outras
em análise.
Gatto et al. (2008) estudaram as características de vergamento
da madeira do plátano comparada às das madeiras do açoita-cavalo
e da nogueira-pecã. A última foi a que apresentou melhores
resultados e ambas as outras tiveram elevados defeitos nas peças
em estudos. Os autores explicaram o fato devido à elevada quantidade
de parênquima nos corpos de prova, além da porosidade difusa
da madeira.
Os plátanos são árvores monóicas (hermafroditas)
com tronco vertical que pode atingir alturas e diâmetros elevados,
mas sua casca é fina com coloração verde-acinzentada.
A casca geralmente destaca-se com facilidade em pequenas placas bastante
características. As folhas são lobadas (4-5 lóbulos
desiguais em formato de dentes) de coloração predominantemente
verde durante o período vegetativo, e duram menos de um ano. Ao
caírem no solo, elas podem demorar o mesmo período para
a total degradação, sendo consideradas, portanto, bastante
resistentes. Os indivíduos adultos florescem na primavera, onde
as inflorescências apresentam-se em formas arredondadas sustentadas
por um pedúnculo. Cada um pode conter até três inflorescências.
As flores masculinas têm de 3 a 6 estames. Os frutos amadurecem
no final do verão e cada um é um aquênio que apresentam
muitos pelos e coloração parda predominante, permanecendo
nas inflorescências até a primavera do ano seguinte (Wikipédia,
2011; Reverendo, 2011). Eles servem de alimento para vários pássaros
e outros animais da fauna silvestre e urbana (Wikipédia, 2011).
O plátano é mais adaptado às regiões com
temperaturas frias, necessitando de solos profundos e bem drenados. A
principal forma de propagação ocorre principalmente através
da estaquia. A disseminação por sementes em plátanos é difícil,
até mesmo pelo tipo mais comum ser um híbrido (Reverendo,
2011). Suas sementes devem ser escarificadas e receber tratamento de
frio para a melhor germinação. Apesar disso, por ser uma
planta exótica, quase não possui pragas que diminuam sua
produtividade. Em Portugal, a antracnose, cujo agente causal é Apiognomonia
veneta, é uma das doenças mais preocupantes para o gênero,
podendo causar a queda prematura das folhas e gemas e inclusive ocasionar
a morte de plantas. O fungo infecta a planta através dos cortes
realizados durante podas, sendo a principal forma de disseminação
do inóculo (Reverendo, 2011). Outra doença de elevada relevância
para plátanos em algumas regiões é o oídio
branco causado pelo fungo Microsphaera platani (Wikipédia, 2011).
No Brasil, ainda existem poucos estudos
sobre o desenvolvimento dos plátanos para plantios comerciais, como são reduzidos os
trabalhos de melhoramento genético para diminuir os problemas
que as espécies do gênero podem causar em centros urbanos.
Dessa forma, mais pesquisas deveriam ser incentivadas, visando também
aos benefícios da qualidade de sua madeira para as diversas finalidades
que possuem.
Observem a seguir os resultados de algumas
pesquisas já realizadas
com os plátanos no Brasil e em outras partes do mundo. Há ainda
textos técnicos descritivos dessa planta e ilustrações
de suas principais estruturas.
Platanus × acerifolia. Wikipédia.
Acesso em 01.08.2011:
A enciclopédia digital Wikipédia apresenta em seus textos
as principais descrições morfológicas das espécies,
híbridos, bem como origem, distribuição geográfica
e identificações taxonômicas. Há também
dados referentes às principais formas de uso e desenvolvimento
das plantas. Confiram.
http://en.wikipedia.org/wiki/Platanus_%C3%97_acerifolia (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Platanus_%C3%97_hispanica (em Espanhol)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Platanus_%C3%97_hispanica (em Português)
Durabilidade
natural da madeira de três espécies florestais
em ensaios de campo. R. R. Melo; D. M. Stangerlin; E. J. Santini; C.
R. Haselein; D. A. Gatto; F. Susin. Ciência Florestal 20(2): 357-365.
(2010)
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/
index.php/cienciaflorestal/article/viewFile/1858/1203
Espécies lenhosas alternativas para fins econômicos no
Paraná. A. A. Carpanezzi; E. J. M. Neves, A. V. Aguiar, V. A.
Sousa. Anais do II Seminário de Atualização Florestal
e XI Semana de Estudos Florestais. UNICENTRO. 09 pp. (2010)
http://anais.unicentro.br/sef2010/pdf/palestras/Carpanezzi.pdf
Características tecnológicas das madeiras de Luehea
divaricata, Carya illinoinensis e Platanus x acerifolia quando submetidas ao vergamento. D. A. Gatto; C. R. Haselein; E. J. Santini; J. N. C. Marchiori; M. A.
Durlo; L. Calegari; D. M. Stangerlin. Ciência Florestal 18(1):
121-131. (2008)
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/cienciaflorestal/article/viewFile/516/402
http://redalyc.uaemex.mx/pdf/534/53418111.pdf
Avaliação da resistência mecânica de três
espécies florestais submetidas ao contato com solo de campo aberto
e floresta. F. Susin; D. M. Stangerlin; R. R. Melo; D. A. Gatto; M. T.
Müller. XVII CIC. UFPEL – Universidade Federal de Pelotas.
05 pp. (2008)
http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/CA/CA_00344.pdf
Resistência ao impacto da madeira de três espécies
florestais. L. G. Hamm; R. R. Melo; D. M. Stangerlin; R. Trevisan; M.
T. Müller; D. A. Gatto; L. Calegari. XVI CIC. UFPEL – Universidade
Federal de Pelotas. 06 p. (2007)
http://www.ufpel.edu.br/cic/2007/cd/pdf/CA/CA_00221.pdf
Estimativa
da idade de segregação
do lenho juvenil e adulto para Platanus acerifolia (Ait.)
Willd. D.
A. Gatto; C. R. Haselein; E.
A. Buligon; L. Calegari; D. M. Stangerlin; L. S. Oliveira. Cerne 13(4):
393-398. (2007)
http://www.dcf.ufla.br/cerne/artigos/10-02-20096661v13_n4_artigo%2007.pdf
http://redalyc.uaemex.mx/pdf/744/74413407.pdf
Características tecnológicas
do vergamento das madeiras de Luehea divaricata, Carya illinoinensis e Platanus x acerifolia como
subsídios para o manejo florestal. D. A. Gatto. Tese de Doutorado.
UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. 111 pp. (2006)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/ufsm/Darci%20Gatto%20%20Doutorado.pdf
Quantificação de material combustível
no sub-bosque de um povoamento de Platanus x acerifolia. L. S. Rosa;
M. V. Schumacher;
F. Hoelscher; J. T. Alflen; L. V. Pereira; M. G. Noya. Floresta 34(2):
205-209. (2004)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/2397/2005
Biomassa
e nutrientes em Platanus x acerifolia (Aiton) Willd estabelecido
no município de Dom Feliciano – RS. J. M. Hoppe. Tese de
Doutorado. UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. 143 pp.
(2003)
http://www.ufsm.br/cepef/artigos/juarezhoppe.pdf
Características
da madeira de Populus
sp. e Platanus sp. P. P.
Mattos; J. C. D. Pereira; E. G. Schaitza; R. M. Ferron. Comunicado Técnico
Embrapa 52. 1-3 p. (2001)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec52.pdf
Platanus
x hispanica Mill. ex Munchh. I. Reverendo. Árvores da
Escola Secundária Nº1 de Aveiro. (2000)
http://www.prof2000.pt/users/isaura_r/platano1.htm
Propagação
vegetativa de Platanus
acerifolia Ait.: (I)
efeito de tipos fisiológicos das estacas e épocas de coleta
no enraizamento de estacas. F. T. Nicoloso; M. Lazzari; R. P. Fortunato.
Ciência Rural 29(3): 479-485. (1999)
http://www.scielo.br/pdf/cr/v29n3/a17v29n3.pdf
Propagação
vegetativa de Platanus
acerifolia Ait: (II)
efeito da aplicação de zinco, boro e ácido indolbutírico
no enraizamento de estacas. F. T. Nicoloso; M. Lazzari; R. P. Fortunato.
Ciência Rural 29(3): 487-492. (1999)
http://www.scielo.br/pdf/cr/v29n3/a18v29n3.pdf
Selecting
models to predict the timing of flowering of temperate trees: implications
for tree phenology modelling.
I. Chuine; P. Cour; D. D.
Rousseau. Plant, Cell and Environment 22: 1–13. (1999)
http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1046/j.1365-3040.1999.00395.x/pdf (em Inglês)
A developmental and evolutionary analysis
of embryology in Platanus (Platanaceae), a basal eudicot. S. K. Floyd;
V. T. Lerner; W. E. Friedman.
American Journal of Botany 86(11): 1523–1537. (1999)
http://www.amjbot.org/content/86/11/1523.full.pdf+html (em Inglês)
Enraizamento
de estacas de diferentes diâmetros em Platanus acerifolia (Aiton)
Willdenow. R. M. Simon L. Dias; E. T. H. Franco; C. A. Dias.
Ciência Florestal 9(2): 127-136. (1999)
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/cienciaflorestal/article/viewFile/390/262
Enraizamento de estacas de Platanus
acerifolia, tratadas com auxinas. E. O. Ono; S. A. Barros; J. D. Rodrigues; S.
Z. Pinho. Pesquisa Agropecuária
Brasileira 29(9): 1373-1380. (1994)
http://webnotes.sct.embrapa.br/pdf/pab1994/setembro/pab07_set_94.pdf
Estimativa
de biomassa em povoamento de Platanus x acerifolia (Aiton) Willd.
estabelecido no município de Dom Feliciano, RS. J. M. Hoppe;
R. Witschoreck; M. V. Schumacher. Ciência Florestal 16(4): 463-471.
(s/d = sem referência de data)
http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/cienciaflorestal/article/download/1928/1170
Plátano. AGEFLOR – Associação Gaúcha
de Empresas Florestais. Notícias. (s/d)
http://www.ageflor.com.br/platano.php
Imagens
sobre o plátano
http://pt.dreamstime.com/royalty-free-stock-photo-maple-leaf-on-wood-image334985 (Foto de folha de plátano. Dreamstime)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&tbm=isch&sa=X&ei=
zGGETpi7BY3AgQfU_s0E&ved=0CDkQvwUoAQ&q=m%C3%B3veis+
thonart&spell=1&biw=1280&bih=492 (Móveis vergados Thonart – inclusive em madeira de plátano)
http://www.google.com.br/search?q=%22Platanus+X+
hispanica%22&hl=pt-BR&biw=1280&bih=521&prmd=imvns&tbm=isch&tbo=u&source=
univ&sa=X&ei=OFGETryXIsmcgQfsnhA&ved=0CCwQsAQ (Platanus
hispanica. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?q=%22Platanus+acerifolia%22&hl=pt-
BR&biw=1280&bih=523&prmd=ivns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa
=X&ei=ZLI2TpWcCsLAtgfruJ2YDQ&ved=0CDAQsAQ (Platanus
acerifolia. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?q=platano&hl=pt-BR&biw=
1280&bih=523&prmd=ivns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=
X&ei=Bz9AToj1CI64tweZ0Z3KAQ&ved=0CCkQsAQ (Plátano. Imagens Google)
Os
Incêndios Florestais e os Pinus
O fogo já foi uma prática muito utilizada
no passado em sistemas silvipastoris e agrícolas para a renovação
de pastagens, também como forma de controlar plantas infestantes
e combater pragas e doenças de importância agronômica.
Porém, com o passar do tempo, constatou-se que as queimadas,
mesmo sendo controladas, podem gerar importantes prejuízos principalmente
aos aspectos físicos, químicos e biológicos do
solo. Outra problemática das queimadas controladas é a
eventual perda de controle dessa técnica, gerando muitas vezes
incêndios florestais de grandes proporções. Portanto,
essa é a grande diferença entre queimadas controladas
e o incêndios florestais (NICIF, 2011).
Hoje, segundo o website do Laboratório de Incêndios Florestais
da Universidade Federal do Paraná (2011), as queimadas controladas
devem ser devidamente autorizadas pelo IBAMA, sendo realizadas de forma
a mais controlada possível e apenas quando as condições
ambientais para o total controle do fogo forem adequadas. Caso contrário,
queimadas podem ultrapassar a área pré-estabelecida de
confinamento e se tornarem incêndios, os quais possuem potencial
para gerar grandes prejuízos socioeconômicos e ambientais
a uma região. As principais consequências dos incêndios
florestais são a diminuição da cobertura vegetal
da área; o empobrecimento do seu solo pela morte da micro e
da macro biota; a destruição da matéria orgânica
e húmus do solo; o aumento da suscetibilidade de plantas ao
ataque de pragas e de patógenos; a perda da proteção
do solo contra agentes erosivos como a chuva e enxurradas; a morte
da fauna silvestre; a perda da biodiversidade, entre tantas outras
(Laboratório de Incêndios Florestais, 2011). O descontrole
do fogo pode ocasionar inclusive a perda de bens materiais, tornando-se
um perigo real também para pessoas e suas comunidades (NICIF,
2011). Esse website define o incêndio florestal como uma catástrofe
natural, ou um fenômeno da natureza, em que o fogo é o
principal agente destruidor de qualquer tipo de vegetação
e passa a não ser mais controlado pelo ser humano.
As queimadas fora de controle podem
ter diversas causas, as quais são geralmente divididas em antrópicas e naturais (Dedek,
1989; Laboratório de Incêndios Florestais, s/d). Infelizmente,
grande parte dos incêndios se inicia por práticas humanas
(antrópicas). O homem dá origem ao fogo de forma tanto
acidental quanto negligenciosa. Fiações elétricas
defeituosas, queimas de lixo e de restos culturais, queimadas de pastagens,
cigarros mal apagados, lançamentos de foguetes e balões
são apenas alguns exemplos de ações do ser humano
que podem gerar incêndios em florestas (NICIF, 2011; Laboratório
de Incêndios Florestais, 2011; Souza, s/d). O fogo descontrolado
também pode ter início com descargas elétricas
(raios), superaquecimento da matéria-orgânica pelo clima
ou com erupções vulcânicas. Essas seriam as causas
de incêndios de origem natural. Os incêndios também
são considerados fenômenos da natureza porque estão
extremamente ligados a fatores ambientais para o seu alastramento.
O vento (velocidade e direção) é um dos principais
agentes de propagação do fogo, além da temperatura,
da umidade do ar, do tipo de solo, da vegetação (combustível)
e do relevo, os quais também mostram alta influência nessa
questão. A fumaça gerada por grandes incêndios
podem lançar partículas na atmosfera, provocando poluições
ainda difíceis de serem devidamente mensuradas (NICIF, 2011).
As florestas plantadas, por apresentarem
grandes quantidades de biomassa e serapilheira depositadas sobre
o solo, além de serem homogêneas,
podem ser alvos fáceis para o fogo sem controle (Souza, s/d). Árvores
jovens e também as espécies ditas “folhosas” são
mais suscetíveis ao fogo do que indivíduos adultos e
os que apresentam madeira “mole” como as coníferas.
Em caso de fogos de média e alta intensidade ocorrem sérios
danos à produtividade final de um povoamento, mesmo que seus
indivíduos não morram. As árvores morrem pelo
superaquecimento do seu câmbio que atinge temperaturas acima
daquelas viáveis para a manutenção da vida. Em
plantas jovens e com cascas finas, há menor proteção
dessa região do que em árvores adultas e velhas, com
casca mais espessa. As últimas podem ter parte de seu tronco
aproveitado mesmo após um incêndio de alta intensidade
onde se atingiram graus de energia calorífica elevados. Coníferas
tais como o Pinus e as araucárias possuem cascas espessas, tolerando
melhor o fogo (Laboratório de Incêndios Florestais, 2011).
Tozzini (1984) comentou que os danos
causados por incêndios
em uma floresta plantada têm relação direta com
a intensidade do fogo, assim como com a tolerância da espécie
vegetal atacada. Povoamentos que sofreram incêndios florestais
podem apresentar árvores com morte parcial da copa, danos físicos
ao tronco, diminuição do crescimento e maiores ataques
de pragas. McArthur citado por Tozzini (1984) avaliou danos em plantios
de eucalipto sob distintas intensidades de queimadas, constatando que
fogo de elevada magnitude reduziu em até 50% a produção
final (volume de madeira) da população em teste.
Da mesma forma que o homem é capaz de iniciar incêndios
florestais, causando graves prejuízos, ele também pode
ajudar em sua prevenção e combate. A silvicultura preventiva
e suas práticas de manejo são medidas comumente adotadas
por produtores e por empresas florestais para a mitigação
dos incêndios florestais (Batista e Soares, 2008; Souza, s/d).
Os manejos adotados buscam a modificação da vegetação,
que nada mais é do que um material combustivo em potencial,
para a proteção ao fogo. Existem várias formas
de se conseguir isso, sem esquecer ainda da promoção
da melhoria das populações plantadas. A realização
de podas e desbastes é uma forma de melhorar a qualidade da
madeira melhorando também a prevenção de incêndios.
A elaboração de estradas, aceiros e o planejamento florestal,
como o tamanho dos talhões e a diversificação
das espécies existentes neles, também são formas
de prevenção contra incêndios (Cadini, 2011; Laboratório
de Incêndios Florestais, 2011; Souza, s/d). A redução
do material combustível de uma floresta plantada de Pinus pode
ser feita também através da utilização
do fogo controlado. Essa é uma técnica já muito
empregada em parques florestais e plantações comerciais,
principalmente em países da América do Norte, diminuindo
a quantidade de serapilheira sobre o solo florestal.
Grande
parte das espécies de Pinus e também de eucaliptos
são tolerantes ao fogo, podendo ser utilizada a técnica
do fogo controlado somente em condições de
total conhecimento do clima e do solo. A autorização de órgãos
governamentais competentes como o IBAMA também é uma
premissa para a execução de queimadas controladas, cumprindo
todas as exigências solicitadas pela legislação
brasileira (Laboratório de Incêndios Florestais, 2011;
Souza, s/d).
Já existem
diversas pesquisas que discutem os verdadeiros benefícios
da queima controlada em áreas de risco de incêndios. Isso
porque essa técnica costuma gerar controvérsias em termos
dos reais benefícios contrabalanceados com danos ao solo e ao
meio ambiente. Gomes Neto (s/d) comentou que para a aplicação
do fogo controlado, deve-se ter total conhecimento da técnica,
o que inclui a análise do ambiente em que ela será realizada.
Dessa forma, o mesmo autor avaliou como a queima controlada pode influenciar
na qualidade do solo de povoamentos de Pinus oocarpa e de Pinus
caribaea var. hondurensis. Foram realizadas análises químicas
do solo logo após a queima, 7 e 14 meses depois e antes da aplicação
do fogo controlado. O autor observou perdas quase que totais de macro
nutrientes como N, P, K, Ca e de Mg logo após a passagem do
fogo sobre a serapilheira em ambas as espécies testadas. Com
o passar do tempo, houve aumento dos níveis da maioria desses
nutrientes, com exceção dos dois últimos que mostraram
queda acentuada na análise do solo aos 14
meses. Logo após
a queima, o pH do solo também se tornou um pouco mais alcalino,
estabilizando-se ao longo do tempo em ambos os povoamentos.
Batista
et al. (1997) avaliaram as propriedades químicas do
solo de plantio de Pinus taeda submetido ao fogo controlado. Os resultados
mostraram aumentos dos teores de Ca, Mg, K e P na camada superficial
do solo logo após o fogo. Porém, diminuições
de N e de K foram observadas na serapilheira da área analisada.
Não houve diferenças significativas de pH quando comparadas área
não queimada (testemunha) com a que teve queima controlada.
Muitos estudos também já foram conduzidos objetivando
conhecer o período em que áreas plantadas com Pinus estariam
mais sujeitas a incêndios. Esse conhecimento é de extrema
relevância para promover monitoramentos constantes durante essas épocas
consideradas de risco. Fernandes (s/d) avaliou os teores de umidade
e de oleoresina (compostos inflamáveis) nas acículas
de Pinus elliottii, de P. taeda e de Araucaria
angustifolia em diferentes épocas
do ano. O experimento buscou o período mais propenso aos incêndios.
Os resultados indicaram maior potencial de combustão da copa
das espécies principalmente na primavera e em meados do inverno.
Isso porque foram encontrados nas acículas baixos teores de
umidade e elevados de oleoresina. O verão foi uma estação
também com potencial de inflamação das acículas
devido às grandes concentrações de oleoresina
presentes nas amostras. Os menores teores de umidade foram observados
para P. taeda e os maiores foram para A. angustifolia.
O sistema silvipastoril também já é muito empregado
no Uruguai, na Nova Zelândia e na Espanha para a diminuição
de espécies vegetais de pequeno porte existente em florestas,
servindo de alimento a bovinos, caprinos e ovinos. Isso consequentemente
promoveria a redução do material combustível dessas áreas,
gerando ainda renda extra com carne e outros produtos de origem animal
(Souza, s/d).
Outras medidas preventivas aos incêndios florestais seriam a
educação ambiental, treinamento de funcionários
de empresas florestais, bem como a conscientização de
vizinhos nas áreas de risco sobre a problemática dos
incêndios, o que ajudaria também no combate do fogo descontrolado
(Laboratório de Incêndios Florestais, 2011; Souza, s/d).
A criação de brigadas de incêndios, as quais sejam
bem treinadas para dissipar as chamas e terminar com focos de incêndios
com rapidez e eficiência são formas muito importantes
para a diminuição da propagação do incêndio.
Existem atualmente várias tecnologias para combate ao fogo,
com modernos equipamentos de monitoramento (torres, sistemas automatizados
acoplados a SIG e GPS), de bombeamento de água e inclusive de
aviões capacitados para o transporte e aplicação
de água e de outros produtos químicos que diminuem a
combustão do fogo (Souza, s/d).
A queima descontrolada pode gerar prejuízos irremediáveis
em uma floresta plantada de Pinus. Dessa forma, mais pesquisas e compromissos
ainda são necessários para a redução dos
danos que os incêndios podem causar nessas áreas. Medidas
preventivas deveriam ser promovidas nas várias regiões
de plantio do gênero, incentivando ainda a conscientização
desse problema perante a sociedade brasileira. Atualmente essas medidas
se fazem de extrema relevância uma vez que a área florestal
mundial se torna menor a cada dia.
Observem a seguir alguns dos textos
técnicos e científicos
disponíveis na internet relacionados aos incêndios e aos
Pinus.
NICIF
- Núcleo de Investigação Científica
de Incêndios Florestais. Acesso em 03.08.2011:
http://www.nicif.pt/ (Home page)
http://www.nicif.pt/Publicacoes/ (Publicações)
Laboratório de Incêndios Florestais. UFPR – Universidade
Federal do Paraná. Acesso em 03.08.2011:
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/incendios.html (Incêndios
florestais)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/tecnicas.html (Técnicas
de combate)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/teses.html (Dissertações
e teses)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/artigos.html (Artigos técnicos)
Laboratório de Proteção Florestal. UFPR – Universidade
Federal do Paraná. Acesso em 03.08.2011:
http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/ind_incendios.html (Incêndios)
http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/prevencao.html (Prevenção
a incêndios)
Laboratório de Incêndios Florestais e de Conservação
da Natureza. UFV – Universidade Federal de Viçosa. Acesso
em 02.08.2011:
http://www.def.ufv.br/infraEstruturaLabIFlorestais.php
Combate
a incêndios. Ações no Mato Grosso do Sul. Seminário de Florestas Plantadas do MS. M. Cadini. REFLORE.
Apresentação em PowerPoint: 20 slides. (2011)
http://www.painelflorestal.com.br/_arquivos/diversos/seminario_reflore_2011/06.pdf
Plano
de ação para o desenvolvimento integrado do Vale
do Parnaíba. PLANAP. CODEVASF. 51 pp. (2010)
http://www.codevasf.gov.br/programas_acoes/programa-
florestal-1/acoes-florestais-na-bacia-do-parnaiba/produto11_apostila_incendios.pdf
Incêndios florestais. Causas, consequências e como evitar.
J. S. Mauger et al. Instituto Brasília Ambiental. 39 pp. (2009)
http://www.ibram.df.gov.br/sites/400/406/00001738.pdf
Quantificação do material combustível em plantios
florestais e em remanescente de Mata Atlântica no Brejo da Paraíba,
Brasil. P. C. Souto; J. E. V. Costa Júnior; F. C. P. Almeida;
S. Martins; I. E. L. Araújo; J. S. Souto. Engenharia Ambiental
6(3): 473-481. (2009)
http://189.20.243.4/ojs/engenhariaambiental/
include/getdoc.php?id=890&article=341&mode=pdf
Sensoriamento
remoto na análise e quantificação
da biomassa arbórea em povoamentos de Pinus pinaster Ait. C.
Zonta. Monografia. UDESC – Universidade do Estado de Santa Catarina.
67 pp. (2009)
http://geo.cav.udesc.br/index.php?option=
com_docman&task=doc_download&gid=28&Itemid=30
Perfil
dos incêndios florestais
acompanhados pelo IBAMA. A. S. Avelino et al. 29 pp. (2009)
http://www.ibama.gov.br/prevfogo/wp-content/
files/Perfil_dos_incendios_prevfogo_2009.pdf
Identificação dos fatores que influenciam no comportamento
do fogo em incêndios florestais. D. S. Motta. Monografia. UFRRJ – Universidade
Federal Rural do Rio de Janeiro. 32 pp. (2008)
http://www.if.ufrrj.br/inst/monografia/Daniel_Souza_Motta.pdf
Avaliação da eficiência de um retardante de longa
duração, à base de polifosfato amônico,
em queimas controladas em condições de laboratório. A. C. Batista; A. Martini; J. F. Pereira; J. Ferreira. Scientia Forestalis
36(79): 223-229. (2008)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr79/cap06.pdf
Silvicultura
preventiva. Uma alternativa para o controle de incêndios
florestais em reflorestamentos. A. C. Batista; R. V. Soares. Encontro
Brasileiro de Silvicultura. Apresentação em PowerPoint:
31 slides. (2008)
http://www.ipef.br/eventos/2008/ebs2008/21-ronaldo_ufpr.pdf
Silvicultura
preventiva e gestão de combustíveis: opções
e optimização. P. A. M. Fernandes. UTAD – Universidade
de Trás-os-Montes e Alto Douro. 28 pp. (2006)
http://www.cifap.utad.pt/Fernandes_Inc%EAndios%20
Florestais%20em%20Portugal%20-%20cap%2012.pdf
Comportamento
do fogo, em condições de laboratório,
em combustíveis provenientes de um povoamento de Pinus elliottii L. L. V. Loro; N. A. Hiramatsu. Floresta 34(2): 127-130. (2004)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs-2.2.4/index.php/floresta/article/viewArticle/2383
Efecto
del Spider (Diclosulam) sobre el control de malezas en plantaciones
de pinos y cortafuegos. F.
Moyano. Jornadas Forestales de Entre Rios.
Apresentação em PowerPoint: 16 slides. (2003)
http://www.inta.gob.ar/concordia/info/forestales/contenido/pdf/
2003/posters03/198%20Moyano%20poster.pdf (em Espanhol)
Determinación del riesgo de incendios forestales utilizando
un sistema de información. P. Iraola. Jornadas Forestales de
Entre Rios. Apresentação em PowerPoint: 09 slides. (2003)
http://www.inta.gob.ar/concordia/info/forestales/contenido/pdf/2003/
posters03/212%20iraola%20Determinación%20del%20riesgo%20de%20incendios2.pdf (em Espanhol)
Modelagem
de material combustível em plantações
de Pinus taeda no norte de Santa Catarina. L. J. B. Souza; R. V. Soares;
A. C. Batista. Revista Floresta 33(2) 157-168. (2003)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/artigos/artigo05.pdf
Novas
tendências no controle de incêndios
florestais. R. V. Soares. Floresta 30(1/2): 11-21. (2003)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/artigos/artigo03.pdf
Manual
de formação para a técnica do fogo controlado.
P. Fernandes et al. CIFAP/UTAD – Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro. 144 pp. (2002)
http://www.cifap.utad.pt/Fernandes_Manual_Forma
%E7%E3o%20T%E9cnica%20Fogo%20Controlado.pdf
Resumo:
Impacto del fuego en una plantación de Pinus
taeda en el litoral oeste de Uruguay. A. Quintillán; G. Torres. Jornadas
Forestales de Entre Rios. (2001)
http://www.inta.gob.ar/concordia/info/forestales/contenido/pdf/
2001/posters%202001/139%20Poster%2022%20ultimo_%20Quintill%20fuego.pdf (em Espanhol)
Resumo:
Construcción de torres para detección
de incendios en la reserva forestal de Cabo Polonio y Aguas Dulces,
Uruguay. G.
Caldevilla; A. Quintillan. Jornadas Forestales de Entre Rios. (2001)
http://www.inta.gob.ar/concordia/info/forestales/contenido/pdf/2001/
posters%202001/143%20Poster%2026%20caldevilla%20torres.pdf (em Espanhol)
Consorcios
de prevención de incendios forestales. N. F. Rodríguez.
XIV Jornada Forestales de Entre Rios. 04 pp. (1999)
http://www.inta.gob.ar/concordia/info/forestales/contenido/pdf/1999/
99%20d_3_Rodrigues%20incendioCaja99.pdf (em Espanhol)
Organización para el manejo
del fuego distintas escalas. J. Dedek. XI Jornadas Forestales de
Entre Rios. 4 pp. (1996)
http://www.inta.gob.ar/concordia/info/forestales/contenido/pdf/1996/64-1996-04.pdf (em Espanhol)
Efeitos
da queima controlada sobre algumas propriedades químicas
do solo em um povoamento de Pinus taeda no município de Sengés – PR.
A. C. Batista; C. B. Reissmann; R. V. Soares. Floresta 27(1/2): 59-70.
(1997)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/viewArticle/2298
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/artigos/artigo02.pdf
Aspectos
técnicos e econômicos da proteção
contra incêndios florestais em povoamentos de Pinus spp. M. L.
Neumann. Dissertação de Mestrado. UFPR – Universidade
Federal do Paraná. 95 pp. (1996)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/25212/
D%20-%20NEUMANN,%20MAURO%20LUIZ.pdf?sequence=1
I
Fórum Nacional sobre Incêndios Florestais. IPEF – Instituto
de Pesquisas e Estudos Florestais. (1995)
http://www.ipef.br/publicacoes/forum_incendios/ (Palestras e artigos
diversos)
Modelação dos combustíveis em povoamentos de
Pinus pinaster Ait. P. Fernandes; H. S. Botelho; F. C. Rego. Comunicações.
Encontro sobre o Pinhal Bravo. ESAC/UTAD – Universidade de Trás-os-Montes
e Alto Douro. (1991)
http://www.cifap.utad.pt/1991_Fernandes%20et%20al.
_ESAC_modelos%20comb.%20P.%20pinaster.pdf
Incendios
forestales. Causas. Creación de un consorcio de prevención
y lucha contra incendios forestales. J. Dedek. IV Jornadas Forestales
de Entre Rios. 5 pp. (1989)
http://www.inta.gob.ar/concordia/info/forestales/contenido/pdf/1989/23-1989-04.pdf (em Espanhol)
Uso
de indicadores na determinação de umidade do material
combustível sob povoamentos de Pinus taeda. A. C. Batista; R.
V. Soares. Floresta 16(12): 19-25. (1986)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/6362/4562
Relações
entre comportamento do fogo e danos causados a um povoamento de Pinus taeda. D. S. Tozzini;
R. V. Soares. Revista
Floresta 17(12): 9-13 pp. (1986)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/6377/4574
Avaliação de danos causados por incêndios
florestais em Pinus taeda através de fotografias aéreas e imagens
de satélite. D. S. Tozzini. Dissertação de Mestrado.
UFPR – Universidade Federal do Paraná. 97 pp. (1984)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/25244/
D%20-%20TOZZINI,%20DANIEL%20SIMIONATO.pdf?sequence=1
Prevenção de incêndios florestais. Laboratório
de Proteção Florestal. UFPR – Universidade Federal
do Paraná. 03 pp. (s/d)
http://www.cesnors.ufsm.br/professores/oscar/textos-didaticos/
incendios-florestais/prevencao%20de%20incendios%20florestais.pdf
http://www.floresta.ufpr.br/~lpf/prevencao.html
Resumo:
Variações estacionais dos teores de umidade
e oleoresina em folhagem de Pinus elliottii Engelm, Pinus
taeda L.
e Araucaria angustifolia (Bert) O. Ktze e sua influência no potencial
de inflamabilidade das copas. R. R. Fernandes. Laboratório de
Incêndios Florestais. UFPR – Universidade Federal do Paraná.
(s/d)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/resumom021.html
Resumo:
Determinação de umidade do material combustível
sob povoamentos de Pinus taeda. A. C. Batista. Laboratório de
Incêndios Florestais. UFPR – Universidade Federal do Paraná.
(s/d)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/resumom05.html
Resumo:
Influência da queima controlada na concentração
de elementos químicos no solo em povoamentos de Pinus spp., na
Região de Sacramento, MG. J. Gomes Neto. Laboratório
de Incêndios Florestais. UFPR – Universidade Federal do
Paraná.
(s/d)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/resumom061.html
Resumo:
Caracterização de material combustível
superficial em reflorestamento de Araucaria angustifolia (BERTOL).
O. Kuntze. A. Beutling. Laboratório de Incêndios Florestais.
UFPR – Universidade Federal do Paraná. (s/d)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/resumom13.html
Resumo:
Exportação de biomassa e nutrientes de povoamentos
de Pinus taeda L. desbastados em diferentes idades. S. V. Valeri. Laboratório
de Incêndios Florestais. UFPR – Universidade Federal do
Paraná. (s/d)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/resumod01.html
Resumo:
Avaliação de queimas controladas em povoamentos
de Pinus taeda no norte do Paraná. A. C. Batista. Laboratório
de Incêndios Florestais. UFPR – Universidade Federal do
Paraná. (s/d)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/resumod05.html
Resumo:
Modelagem de material combustível em plantações
de Pinus taeda L. e Eucalyptus dunnii Maiden. L. J. B. Souza. Laboratório
de Incêndios Florestais. UFPR – Universidade Federal do
Paraná. (s/d)
http://www.floresta.ufpr.br/firelab/resumod08.html
Pragas
e Doenças dos Pinus
Nessa
edição, estamos dando uma pausa à seção “Referências
sobre Eventos e Cursos” e voltamos a abordar a seção "Pragas
e Doenças dos Pinus". Esta seção destaca
alguns dos principais problemas fitossanitários desse tipo
de plantação florestal, desde o setor de viveiros até a
madeira final. Com ela, pretendemos oferecer muitas informações
e conhecimentos a respeito da biologia, sintomatologia, métodos
de controle e pesquisas realizadas sobre insetos e moléstias
de relevância para o gênero Pinus no Brasil e no mundo.
Nessa edição estamos apresentando a vocês uma das
principais doenças de coníferas e que acomete também
as plantas do gênero Pinus:
Seca
dos Ponteiros dos Pinus Causada por Sphaeropsis sapinea
A seca dos ponteiros, também conhecida por queima dos ponteiros, é uma
doença que pode causar sérios prejuízos às
plantações de Pinus do mundo inteiro. Tendo como agente
causal o fungo Sphaeropsis sapinea (anteriormente Diplodia
pinea),
a doença pode ser observada em pinheiros de todas as idades,
principalmente quando submetidos a condições desfavoráveis
de desenvolvimento. Elas podem ser: ferimentos causados por podas,
desramas, desbastes ou até mesmo chuvas de granizo; por extremos
de temperatura e de umidade; por fatores nutricionais; por danos causados
por insetos, dentre outros (Wikipédia, 2011; Auer et al., 2001;
Auer et al., 1997). Dessa forma, S. sapinea é considerado um
patógeno secundário e oportunista, sobrevivendo de forma
saprofítica no solo e em restos culturais de Pinus e causando
infecções principalmente quando lesões prévias
nos indivíduos forem formadas, abrindo porta de entrada às
infecções. De acordo com Auer e outros (1997), o fungo
pode causar também lesões primárias em mudas ainda
nos viveiros, gerando podridões de raízes e de colo,
além de afetar ramos e troncos de árvores adultas. Nas últimas,
os principais sintomas vistos são cancros, os quais se caracterizam
por serem lesões deprimidas na base dos ramos verdes contendo
exsudação de resina de coloração acinzentada
ou arroxada. Logo acima desses ramos afetados, há a seca dos
ponteiros da planta, que se podem curvar ou não, dependendo
da espécie de pinheiro afetada. No geral, o encurvamento do
ponteiro ocorre antes da sua morte, com o crescimento mais acentuado
do lado que se encontra menos afetado pelo fungo. Com a colonização,
os tecidos dessa região adquirem coloração escura
e as acículas secam, tornando-se avermelhadas e quebradiças;
porém, permanecendo aderidas à planta ainda por um longo
período.
Apesar de poder causar a morte do hospedeiro,
o mais comum é ocorrer
a deformação ou desfiguração da árvore,
pois ela emite novas brotações (gemas adventícias)
logo abaixo da área afetada pelo fungo, as quais circundam o
ponteiro atacado. Essa característica é conhecida como
envassouramento. Como principal consequência disso, há a
perda de qualidade do indivíduo principalmente para a serraria
(Auer et al., 2001). Já foram encontrados plantios de Pinus
taeda atacados pelo patógeno nos quais se observavam sintomas
de escurecimento e encurvamento dos ponteiros. Em povoamentos com espécies
suscetíveis como Pinus pinaster, já foi relatada a morte
de indivíduos, principalmente quando a desrama foi efetuada
em períodos de condições ambientais de alta umidade,
ideais para o desenvolvimento do fungo (Auer et al., 2011).
Outro sintoma dessa doença, bastante comum em Pinus, é o
azulamento da madeira. Em caso de desbastes em períodos de elevada
umidade, S. sapinea é capaz de infectar e colonizar a madeira
de toras através de ferimentos provocados durante esse trato
silvicultural. Toras que permaneçam por tempos prolongados sem
o beneficiamento necessário na área de plantio também
estão mais sujeitas à infecção. A cor azul
na madeira também gera a sua depreciação e perda
de valor no mercado, sendo comumente observado para P. taeda (Auer
et al., 2001).
S.
sapinea pode causar danos em vários gêneros de coníferas;
todavia, algumas espécies de Pinus são consideradas altamente
suscetíveis, tais como Pinus radiata e P. pinaster, as quais
tiveram plantações restringidas no Brasil, principalmente
devido a esse problema (Auer et al., 2000). Outras espécies
bastante afetadas são Pinus nigra, Pinus sylvestris, Pinus
ponderosa, Pinus canariensis e Pinus resinosa (Wikipédia, 2011). Pinus
patula tem sua resistência considerada moderada; contudo, já foi
observada morte de árvores da espécie após desrama
artificial em épocas de chuva intensa (Auer et al., 1997).
Wikipédia (2011) comentou que a queima dos ponteiros é uma
doença que é mais comum em pinheiros que apresentam idades
mais avançadas. Isso se explica pela preferência de desenvolvimento
do patógeno em cones já em estado de senescência.
Porém, caso haja plantas novas próximas aos pinheiros
adultos, elas podem ser facilmente infectadas.
Os principais sinais do patógeno (estruturas do fungo) podem
ser vistos com o auxílio de lupas ou pela microscopia. S.
sapinea forma picnídios de coloração escura sobre o tecido
colonizado de onde são produzidos conídios, os quais
são disseminados tanto pelo ar quanto pela chuva (Auer et al.,
2001). Através da ajuda do vento, os conídios conseguem
ser transportados a longas distâncias, penetrando principalmente
através de ferimentos em hospedeiros anteriormente sadios (Wikipédia,
2011; Auer et al., 1997). Os conídios também são
veiculados pela água, quando há a aderência dos
mesmos pela resina da própria planta, sendo liberados pelas
gotas da chuva (Auer et al., 2001). Wikipédia (2011) comentou
que ao entrar em contato com estômatos de acículas de
ponteiros jovens, os conídios germinam, promovendo a infecção
também através dessas aberturas naturais. Insetos e sementes
também podem servir de veículos para a disseminação
do inóculo do agente causal dessa doença (Auer et al.,
2001).
Acredita-se
que o patógeno tenha sido introduzido no nosso país
por volta dos anos 40, juntamente com a introdução do
próprio Pinus em território nacional. Foi em
São
Paulo que a doença foi constatada pela primeira vez no Brasil
em plantios de P. radiata no ano de 1940. Pouco mais tarde,
a mesma área
foi completamente dizimada por esse fungo. Outra possibilidade é que
esse fungo existisse como colonizador de outras culturas agrícolas
e só se manifestou para o Pinus quando foi introduzida uma espécie
muito sensível, no caso o Pinus radiata.
Atualmente, as principais espécies de pinheiros plantadas para
fins comerciais no país (P. taeda, Pinus elliottii e Pinus
caribaea)
são consideradas resistentes ao fungo, havendo problemas em
particular para mudas e viveiros. Mesmo assim, esses pinheiros podem
sofrer danos, caso medidas preventivas e certos cuidados não
sejam efetuados, tais como o plantio em áreas livre do inóculo
e a promoção de manejos adequados, realizando o desenvolvimento
do povoamento livre de estresses em todos os sentidos (Auer et al.
2000).
Em 1997, Auer e Grigoletti Jr. monitoraram
povoamentos de Pinus no sul do Brasil e que mostravam queima das
acículas. A diagnose
indicou S. sapinea como o agente causal da doença, sendo mais
encontrado em áreas anteriormente atingidas por chuvas de pedras
ou sobre altos índices pluviométricos. Em povoamento
de P. patula observado pelos autores, o desbaste de indivíduos
e a posterior abertura de clareira na área provocou a rachadura
da casca das árvores jovens, tornando-as propícias para
a infecção do fungo. Recomendou-se a alteração
do período de desrama para épocas mais secas, além
do plantio de espécies mais resistentes ao patógeno.
O azulamento da madeira provocado por
S. sapinea também pode
ser prevenido com o abate da árvore em épocas de menor
umidade, realizando o seu beneficiamento e secagem logo após
o corte (Auer et al., 2001, Auer et al., 2000). O tratamento da madeira
com produtos preservantes também é uma maneira de diminuição
desse problema (Auer et al., 2001).
Muitos estudos para a descoberta de
formas alternativas de combate a S. sapinea estão sendo promovidas para a substituição
ao uso de fungicidas. Uma delas é o conhecimento dos fatores
ambientais adversos ao fungo e favoráveis à planta, tentando-se
monitorar o ambiente e sincronizar as práticas de manejo nas épocas
em que os Pinus estiverem menos suscetíveis. O melhoramento
genético em espécies de pinheiros sensíveis à doença
também está sendo realizado (Corrêa, 2008). O mesmo
autor estudou a agressividade de diferentes isolados desse patógeno
a fim de avaliar indivíduos de P. radiata mais resistentes aos
mesmos. Os resultados indicaram o potencial de seleção
da espécie de pinheiro para a função.
Corrêa et al. (2010) observaram a agressividade e a elevada
variabilidade genética de S. sapinea nos hospedeiros P.
taeda e em frutos de maçã para fins de melhoramento genético.
Conhecimentos sobre a biologia de S.
sapinea, das condições
do ciclo de vida e das relações patógeno-hospedeiro
também se fazem necessários, principalmente em um país
de dimensões continentais como o Brasil, onde há distintos
ambientes e microclimas propensos ou não ao desenvolvimento
dessa doença. Dessa forma, mais estudos deveriam ser conduzidos
para tentar diminuir ainda mais a problemática da seca das acículas
dos Pinus.
Observem a seguir alguns resultados
de pesquisas que versam sobre o tema e disponíveis na web. Há também textos
técnicos que possuem figuras e ilustrações dos
sintomas da doença e sinais de Sphaeropsis sapinea.
Sphaeropsis blight. Wikipédia. Acesso em 01.08.2011:
A enciclopédia virtual Wikipédia possui vasta informação
sobre a doença "queima dos ponteiros" que acomete
diversas espécies de Pinus no mundo inteiro. Há informações
sobre os sintomas, ciclo de vida do patógeno, além
das principais medidas de controle do mesmo.
http://en.wikipedia.org/wiki/Sphaeropsis_blight (em
Inglês)
Resumo:
Patogenicidade de Sphaeropsis sapinea em mudas de araucária.
P. R. R. Corrêa; C. G. Auer; Á. F. Santos. Summa Phytopathologica.
01 pp. (2011)
http://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/889399/1/Summa2.pdf
Metodologia
de avaliação da agressividade de isolados
de Sphaeropsis sapinea a Pinus taeda. P. R. R. Corrêa; C. G.
Auer; Á. F. Santos; A. R. Higa. Floresta 41(2): 347-354. (2011)
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/floresta/article/view/21882/14261
Primera
cita de Sphaeropsis sapinea en Pinus ponderosa en Neuquén,
Argentina. M. Fernández; V. Fontana; H. Á. Mansilla;
G. Soto. Revista de Ciências Forestales 18(1,2): 120-125. (2010)
http://fcf.unse.edu.ar/archivos/quebracho/v18a14.pdf (em Espanhol)
Recent
invasion of foliage fungi of pines (Pinus spp.) to the Northern
Baltics. R. Drenkhan; M. Hanso.
Forestry Studies 51: 49–64. (2009)
http://mivana.emu.ee/orb.aw/class=file/
action=preview/id=512454/FSMU51_5.pdf (em Inglês)
Caracterização de isolados de Sphaeropsis
sapinea e
avaliação da resistência em progênies de Pinus radiata. P. R. R. C. Basilio. Dissertação de Mestrado.
UFPR – Universidade Federal do Paraná. 101 pp. (2008)
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/handle/1884/15879/
DISSERTA%c3%87%c3%83O%20%2012_05_08.pdf?sequence=1
Metodologia
para esporulação e produção
de culturas monospóricas de Sphaeropsis sapinea. P. R. R. C.
Basilio; C. G. Auer; Á. F. Santos; A. R. Higa. Pesquisa Florestal
Brasileira 54: 145-147. (2007)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/pfb-revista-antiga/
pfb_54/PFB54_p145-147_NC.pdf
Predicting Sphaeropsis
sapinea damage
in Pinus radiata canopies using spectral indices and spectral
mixture analysis. N. C. Coops; N. Goodwin;
C. Stone. Photogrammetric Engineering & Remote Sensing 72(4): 405–416.
(2006)
http://www.asprs.org/a/publications/pers/2006journal/april/2006_apr_405-416.pdf (em Inglês)
Pinus
nigra - Sphaeropsis sapinea as a model pathosystem to investigate
local and systemic effects of fungal infection. P. Bonello; J. Blodgett.
Physiological and Molecular Plant Pathology 63: 249-261. (2003)
http://rap.midco.net/jtb/Pub21.pdf (em Inglês)
Sphaeropsis
sapinea diseases. Mondi Ltd. 02 pp. (2002)
http://www.docstoc.com/docs/19600000/TPCP-Sphaeropsis-sapinea-diseases (em Inglês)
Doenças em Pinus: identificação e controle. C.
G. Auer; A. Grigoletti Júnior; Á. F. Santos. Embrapa
Florestas. Circular Técnica Nº 48 28 pp. (2001)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/circtec/edicoes/circ-tec48.pdf
Comparison of genotypic diversity in
native and introduced populations of Sphaeropsis sapinea isolated
from Pinus radiata. T. Burgess; B.
D. Wingfield; M. J. Wingfield. Mycological Research 105(11): 1331±1339
(2001).
http://researchrepository.murdoch.edu.au/3196/1/genotypic_diversity.pdf (em Inglês)
Doenças em Pinus no Brasil. C.
G. Auer. Anais do 1º Simpósio
do Cone Sul sobre Manejo de Pragas e Doenças de Pinus. Série
Técnica IPEF 13(33): 67-74. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr33/cap07.pdf
Some
aspects of Sphaeropsis sapinea presence on Austrian pine in Croatia
and Slovenia. D. Dimic; M. Jurc. Phyton (Austria) Special issue 39(3):
231-234. (1999)
http://www.landesmuseum.at/pdf_frei_remote/PHY_39_3_0231-0234.pdf (em Inglês)
Ocorrência de Sphaeropsis
sapinea em Pinus nos estados do Paraná e
de Santa Catarina. C. G. Auer; A. Grigoletti Júnior. Boletim
de Pesquisa Florestal 34: 99-101. (1997)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim34/cauer2.pdf
Sphaeropsis
sapinea and water stress in a red pine plantation in Central Wisconsin. J. T. Blodgett; E. L. Kruger; G. R. Stanosz. Phytopathology
87: 429-439. (1997)
http://rap.midco.net/jtb/Pub07.pdf (em Inglês)
Imagens sobre Sphaeropsis
sapinea em Pinus
http://www.google.com.br/search?q=%22Sphaeropsis+sapinea+
%22&hl=pt-BR&biw=1280&bih=523&prmd=ivns&tbm=isch&tbo=
u&source=univ&sa=X&ei=s_I2TvmaHcGctwfl8tmdDQ&ved=0CCkQsAQ (Sphaeropsis
sapinea. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1280&bih=521&tbm=isch&sa=
1&q=%22Sphaeropsis+sapinea+%22+pinus&oq=%22Sphaeropsis+sapinea+
%22+pinus&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=e&gs_upl=
6858l8114l0l8713l6l6l0l5l0l0l287l287l2-1l1l0 (“Sphaeropsis sapinea” + Pinus. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=%22Sphaeropsis
%20blight%22%20pine&gs_sm=e&gs_upl=
7000l66672l0l67156l42l24l0l9l0l4l500l3546l2-3.4.2.1l10l0&bav=
on.2,or.r_gc.r_pw.&biw=1280&bih=523&wrapid=tlif131361295528121&um=
1&ie=UTF-8&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=wi ("Sphaeropsis
blight" + pine. Imagens Google)
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Grandes Autores sobre os Pinus
Dr. Carlos Alberto Hector Flechtmann
Carlos
Alberto Hector Flechtmann é atualmente
professor adjunto e pesquisador da Faculdade de Engenharia da Universidade
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (http://www.feis.unesp.br),
a FEIS/UNESP, em seu campus de Ilha Solteira, SP. Lá leciona
as disciplinas ligadas à entomologia como Entomologia Geral
e Entomologia Florestal.
Professor Flechtmann nasceu em fevereiro
de 1963 em Piracicaba, SP. O fascínio pelos insetos veio desde a infância. Flechtmann,
como gosta de ser chamado, lembra-se de brincar e observar insetos
no grande quintal de sua casa já aos seis anos de idade. O interesse
por insetos ocorreu de forma natural e não veio à toa
tão somente por obra do acaso – afinal, ele é filho
de renomado professor e pesquisador da ESALQ/USP, também entomologista
e especializado em artrópodes (ácaros fitófagos,
em especial), o Dr. Carlos Holger Wenzel Flechtmann. Dessa forma, recebeu
estímulos desde pequeno para observar a natureza e aprender
a pensar através dessas observações. Os insetos
estão por toda a parte, tendo cada espécie uma forma,
função e comportamento diferenciado, chamando a atenção
do nosso homenageado desde cedo. Isso porque é difícil
conseguir ignorá-los perante a natureza. Desde criança
já possuía coleções de insetos e praticava
a montagem dos mesmos com alfinetes e isopores, conhecendo as principais
características das ordens de maior abundância. Tinha
atração maior pela Coleoptera, a ordem dos besouros onde
Flechtmann é atual especialista em algumas de suas famílias
de interesse zootécnico, agrícola e florestal. Uma delas é a Scolytidae, a qual teve seus primeiros estudos durante sua graduação
em estágio realizado em floresta de Pinus tropicais pertencentes à Freudenberg,
atual Duratex em Agudos, SP. Foi na mesma época que surgiu o
interesse pelo ambiente das florestas, entusiasmando-se principalmente
por trabalhos envolvendo pragas florestais.
Dr. Flechtmann se formou engenheiro
agrônomo pela ESALQ/USP
em 1984 e realizou mestrado em entomologia na mesma instituição
sobre a orientação do Prof. Evôneo Berti Filho,
considerado por muitos como um dos “grandes mestres da entomologia
florestal brasileira”. Durante boa parte de sua formação
acadêmica passou trabalhando com besouros da família Scolytidae tanto como estagiário do Departamento de Entomologia da ESALQ
quanto e como pós graduando.
Os estudos com esses besouros broqueadores
da madeira de muitos gêneros
arbóreos de importância florestal (o representante mais
conhecido é o besouro da ambrósia), inclusive dos Pinus e dos eucaliptos, também persistiu durante seu doutorado. Esse
foi realizado na Universidade de Geórgia, em Athens, nos Estados
Unidos da América, com a orientação do Dr. Charles
Wayne Berisford, e foi finalizado em 1998.
No ano de 1999 o Dr. C. A. H. Flechtmann
assumiu posição
como docente na UNESP de Ilha Solteira, onde permanece até a
atualidade, lecionando disciplinas ligadas à entomologia na
graduação e na pós-graduação, ajudando
na formação de diversos profissionais capacitados nas áreas
agronômica e florestal. O professor também auxilia na
orientação de vários estudantes de iniciação
científica, de mestrado e de doutorado, pesquisando diversas
pragas de interesse florestal, agronômico e zootécnico.
No último caso, ele realiza pesquisas com besouros coprófagos
em pastagens e em matas nativas, visto que uma das atividades de maior
importância econômica em Ilha Solteira, onde atua, é a
pecuária. Porém, o interesse e estudos científicos
com os Pinus e os eucaliptos sempre estiveram presentes nos projetos
de pesquisa de Flechtmann. A razão para isso seria o interesse
econômico brasileiro pelas florestas plantadas, vistos que esses
dois gêneros ocupam mais de 90% da área de reflorestamentos
do país, conforme mencionado pelo homenageado em entrevista
recente à PinusLetter.
Nos dias de hoje, o doutor Flechtmann
possui várias linhas
de pesquisa envolvendo pragas florestais, tais como: análise
de uso de semioquímicos (substâncias ligadas à comunicação
entre seres vivos) em programas de monitoramento e controle de coleópteros
(ecologia química); avaliação das variações
sazonais nas densidades populacionais de insetos, relacionando-as com
condições ambientais (ecologia clássica); realização
de levantamentos populacionais de besouros da família Scolytidae
e Platypodidae para conhecer melhor essa fauna em todo o território
brasileiro em florestas plantadas e em matas nativas; realização
de levantamentos taxonômicos dos besouros dessas duas famílias;
etc. Recentemente iniciou pesquisas com seus inimigos naturais (predadores
e parasitoides), avaliando o potencial como biocontroladores desses
besouros; e uma de suas linhas de pesquisa mais recentes é relacionar
a morte de seringueiras do nordeste de São Paulo com as famílias
Scolytidae e Platypodidae, associando-as ainda com a disseminação
de doenças.
Visto a grande quantidade de projetos
que apresenta, o pesquisador já contribuiu e continua a auxiliar na solução
de problemas fitossanitários de diversas espécies arbóreas
de importância florestal, dando destaque aos Pinus. Há disponível
no website pessoal desenvolvido pelo pesquisador e em outras partes
da internet cerca de 35 trabalhos de autoria e coautoria de Flechtmann,
tais como artigos científicos, resumos e resumos expandidos
em eventos e congressos que versam sobre espécies de Pinus, relacionados a alguma praga de relevância florestal.
Além das inúmeras publicações, o professor
Flechtmann foi o criador do Museu de Entomologia FEIS (Faculdade de
Ilha Solteira) / UNESP, também conhecido como MEFEIS em 1989,
sendo ainda o seu principal curador e mantenedor. Esse museu atualmente
abriga a maior coleção de besouros das famílias
Scolytidae e Platypodidae de toda América Latina. Isso traz
muito orgulho ao professor, o qual também comentou com satisfação
sobre sua dedicação como docente e o valor disso na transmissão
do conhecimento na graduação e na pós-graduação
para a sociedade brasileira.
Dr. Flechtmann também relatou que ainda há muito a ser
descoberto sobre a fauna dos besouros no Brasil. Ele considera que
o conhecimento existente sobre a ordem a nível nacional seja
ainda pobre. Assim, pretende continuar pesquisando e realizando parcerias
com outros pesquisadores e instituições de ensino e pesquisa
em todo o país para a realização de levantamentos
da biodiversidade de Scolytidae e Platypodidae. Também está recuperando
e catalogando os artigos já publicados referentes às
mesmas famílias para a criação de um banco digitalizado
dessas informações as quais poderão ser úteis
para inúmeras pesquisas futuras. A professora Ester Foelkel,
docente em entomologia da UNOESC, principal redatora da PinusLetter, é também
entomologista e atualmente está realizando uma pesquisa em parceria
com o professor Flechtmann, procurando avaliar a população
desses coleópteros nas circunvizinhanças da cidade de Água
Doce, localizada na região centro-norte do estado de Santa Catarina.
Exatamente dentro desse conceito de aumentar o conhecimento sobre a
ocorrência desses besouros no Brasil.
Em um último questionamento realizado pela PinusLetter ao homenageado
sobre os riscos das pragas em povoamentos florestais com bases genéticas
cada vez mais restritas, Flechtmann afirmou que o monocultivo em florestas
propicia a adaptação das espécies de insetos ao
material homogêneo. Dessa forma, algumas medidas já estão
sendo utilizadas por empresas do setor, as quais realizam plantios
com mais de um clone ou linhagem na área de plantio, além
da prática do escalonamento etário. Isso porque a grande
parte de espécies de importância florestal sofre a influência
da idade das árvores na suscetibilidade ao ataque das mais variadas
pragas e doenças.
Observem a seguir alguns dos trabalhos
em que o professor Carlos A. H. Flechtmann apresenta autoria e coautoria,
conhecendo um pouco mais
sobre os resultados de suas pesquisas relacionadas aos Pinus. Ele também é o
principal autor de livro que relata os danos, a disseminação,
a biologia e formas de controle dos besouros escolitídeos em
povoamentos de pinheiros tropicais no Brasil, obra encontrada em http://www.ipef.br/publicacoes/manuais/manual_pragas_v4.pdf.
A obra publicada pelo IPEF em 1995, com certeza é uma das grandes
contribuições do autor para o combate de uma praga em
potencial para as plantações de Pinus de todo o país.
Há ainda o website desenvolvido pelo homenageado que está vinculado à UNESP
e que possui muita literatura a respeito principalmente de pragas florestais.
Observem algumas das páginas do website em Entomologia desenvolvido
pelo Dr. Flechtmann na UNESP:
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/ (Website pessoal do Dr. Carlos
A. H. Flechtmann)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Ent_Ger/txt/index.php (Disciplina
Entomologia Geral)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Ent_For/ef_trans/txt/transparencies.php (Disciplina Entomologia Florestal - Coleópteros)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Biag_pg/biag_prog/txt/biag_pg.php (Disciplina Biologia de Insetos em Ambiente Agroflorestal)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Imag/galeria.php (Galeria
de imagens de insetos agroflorestais)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/Ent_Ger/EG_Coll/pin_bugs/txt/pinned.php (Insetos montados)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/Pub.php (Publicações
em revistas especializadas)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/meet.php (Publicações
em eventos científicos)
Ainda há muitos outros trabalhos já publicados envolvendo
aspectos fitossanitários de outras espécies arbóreas
de importância ambiental e florestal de autoria do homenageado.
Por essa razão, Dr. Flechtmann já foi também homenageado
pela Eucalyptus Newsletter pelas suas contribuições com
esse outro gênero florestal. Vejam esses artigos em: http://www.eucalyptus.com.br/newspt_agosto11.html#dois.
Conheçam a seguir um pouco mais de outros de seus projetos
de pesquisas e estudos em seu currículo Lattes, o qual pode
ser acessado em:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4787787U6
Seguem
abaixo seus artigos mais relevantes com os Pinus:
Resumo:
Atratividade de semioquímicos a Scolytidae e Platypodidae
(Coleoptera) em mata de araucárias, Pinus taeda, cerrado
e Eucalyptus grandis. L. G. O. Teixeira; S. Y. Tanabe; C. A. H.
Flechtmann.
In:
XXII Congresso Brasileiro de Entomologia. 01 pp. (2008)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m097.pdf
Resumo:
Atratividade de semioquímicos a Scolytidae e Platypodidae (Coleoptera) em
mata de araucárias e plantio de Pinus
taeda.
L. G. O Teixeira; S. Y. Tanabe; C. A. H. Flechtmann. In: 15º SIICUSP
- Simpósio Internacional de Iniciação Científica.
USP – Universidade de São Paulo. 01 pp. (2007)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m092.pdf
Resumo:
Atração primária e seleção
hospedeira de Scolytidae (Coleoptera) em distintas
formações
florestais. J. S. Castilho; C. A. H. Flechtmann. In: 14º SIICUSP
- Simpósio Internacional de Iniciação Científica.
USP – Universidade de São Paulo. 01 pp. (2006)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m090.pdf
Resumo:
Scolytidae em povoamento de Pinus spp. em Telêmaco
Borba/PR. R. A. Pereira; C. A. H. Flechtmann; L. M. Almeida.
In: Congresso Brasileiro
de Entomologia. 01 pp. (2006)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m083.pdf
Resumo:
Emergência do parasitóide
da vespa-da-madeira Ibalia leucospoides (Hymenoptera:
Ibaliidae)
em toras de Pinus taeda. C. A. H. Flechtmann; R. A. Pereira; A. L. T. Ottati; L. Cordeiro. In:
Congresso Brasileiro de Entomologia. (2006)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m078.pdf
Resumo:
Resposta de Scolytidae a cairomônios e feromônios
em floresta de Pinus taeda. C. A. H. Flechtmann; R. A. Pereira; L.
Cordeiro. In: Simpósio Brasileiro de Ecologia Química.
p. 83. (2005)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/meet.php
Resumo:
Resposta da vespa-da-madeira, Sirex noctilio (Hymenoptera:
Siricidae),
a semioquímicos em
floresta de Pinus taeda. C. A. H. Flechtmann; C. O. Carvalho; L.
Cordeiro. In: Congresso Brasileiro
de Entomologia. (2004)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m068.pdf
Resumo:
Atratividade de semioquímicos a Scolytidae (Coleoptera) em talhão de Pinus taeda em Telêmaco Borba/PR. C. A. H.
Flechtmann; C. O. Carvalho; L. Cordeiro; T. O. Pereira. In: Congresso
Brasileiro de Entomologia. (2004)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m067.pdf
Resumo:
Dinâmica populacional de Scolytidae em reflorestamentos
jovens de Pinus taeda. R. A. Pereira; C. A. H. Flechtmann. In: Congresso
de Iniciação Científica da UNESP. (2002)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m058.pdf
Ambrosia
and bark beetles (Scolytidae: Coleoptera) in pine and eucalypt
stands in southern Brazil. C. A. H. Flechtmann; A. L. T. Ottati; C.
W. Berisford. Forest Ecology and Management 142(1/3): 183-191. (2001)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/fle_j030.pdf (em Inglês)
Resumo:
Scolytidae em talhões jovens de Pinus taeda. D. C.
Oliveira; C. A. H. Flechtmann. In: Congresso de Iniciação
Científica da UNESP. (2000) http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m051.pdf
Resumo:
Estudo da eficiência de distintos modelos de armadilhas
na monitoração e manejo de Scolytidae em área
de Pinus taeda. A. C. P. Rodrigues; C. A. H. Flechtmann. In: Congresso
de Iniciação Científica da UNESP. (2000)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m050.pdf
Resumo:
Scolytidae trappings in young loblolly pine (Pinus taeda) stands. C. A. H. Flechtmann; D. C. Oliveira; L. Cordeiro. In: International
Congress of Entomology. (2000)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m045.pdf (em Inglês)
Scolytidae in pine plantations: overview and situation in Brazil. C. A. H. Flechtmann. Série Técnica
IPEF 13(33): 49-56. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr33.html
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/fle_j028.pdf (em
Inglês)
Attraction
of ambrosia beetles (Coleoptera: Scolytidae) to different tropical
pine species. C. A. H. Flechtmann; A. L. T. Ottati; C.
W. Berisford. Environmental Entomology 28(4): 649-658. (1999)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/fle_j027.pdf (em Inglês)
Bark
and ambrosia beetle (Coleoptera: Scolytidae) responses
to volatiles from aging loblolly pine billets. C. A. H. Flechtmann; M. J. Dalusky;
C. W. Berisford. Environmental Entomology 28(4): 638-648. (1999)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/fle_j026.pdf (em Inglês)
Resumo:
Attractiveness of loblolly pine logs to Scolytidae over time. C. A. H. Flechtmann; C. W. Berisford. In: Entomological Society of
America Annual Meeting. (1997)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m041.pdf (em Inglês)
Scolytidae em pátio de serraria da fábrica Paula Souza
(Botucatu/SP) e fazenda Rio Claro (Lençóis Paulista/SP).
C. A. H. Flechtmann; C. L. Gaspareto. Scientia Forestalis 51: 61-75.
(1997)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr51/cap6.pdf
Comparação de fauna de
Bostrichidae em quadras de pinheiros tropicais em Agudos, SP. C.
A. H. Flechtmann; C. L. Gaspareto; E. P. Teixeira. Revista do Instituto
Florestal 9(2): 133-140. (1997
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/fle_j022.pdf
Altura
de vôo de Bostrichidae em Pinus caribaea v. hondurensis em Agudos, SP. C. A. H. Flechtmann;
C. L. Gaspareto; E. P. Teixeira.
Revista do Instituto Florestal 9(1): 19-26. (1997)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/fle_j021.pdf
Influência de cores na atração de Bostrichidae em área de pinheiro tropical em Agudos, SP. C. A. H. Flechtmann;
C. L. Gaspareto; E. P. Teixeira. Revista do Instituto Florestal 9(1):
1-17. (1997)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/fle_j020.pdf
Resumo:
Loblolly pine volatiles attractive to bark and ambrosia beetles
(Coleoptera, Scolytidae). C. A. H. Flechtmann; C. W. Berisford. In:
Entomological Society of America Annual Meeting. (1996)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m039.pdf (em Inglês)
Bostrichidae
(Coleoptera) capturados em armadilhas iscadas com etanol em pinheiros
tropicais na região
de Agudos, SP. C. A. H. Flechtmann; E. P. Teixeira; C. L. Gaspareto.
Revista do Instituto Florestal 8(1):
17-44. (1996)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/fle_j016.pdf
Scolytidae em reflorestamentos com pinheiros tropicais. Manual de pragas em
florestas. C. A. H. Flechtmann; H. T. Z. Couto; C. L. Gaspareto;
E. Berti Filho. PCMIP/IPEF. 206 pp. (1995)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/Pub/fle_j014.pdf
http://www.ipef.br/publicacoes/manuais/manual_pragas_v4.pdf
Resumo:
Componente físico cor na atração de Scolytidae em área de pinheiros tropicais em Agudos/SP. C. A. H. Flechtmann;
C. L. Gaspareto. In: Congresso Brasileiro de Entomologia. (1993)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m029.pdf
Resumo:
Altura preferencial de vôo de Scolytidae em área
de reflorestamento com pinheiros tropicais em Agudos/SP. C. A. H. Flechtmann;
C. L. Gaspareto. In: Congresso Brasileiro de Entomologia. (1993)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m028.pdf
Resumo: Atratividade de toras de pinheiros
tropicais a Scolytidae (Coleoptera). C. A. H. Flechtmann; C. L. Gaspareto.
In: Congresso de
Iniciação Científica da UNESP. (1991)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m014.pdf
Resumo:
Estudo da influência de cores na atração
de Scolytidae (Coleoptera) em pinheiros tropicais. C. A. H. Flechtmann;
C. L. Gaspareto; J. L. S. Maia. In: Congresso Brasileiro de Entomologia.
(1991)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m009.pdf
Resumo:
Comportamento, para diferentes estações do ano,
de espécies de Scolytidae (Coleoptera) ocorrentes em áreas
de pinos tropicais na região de Agudos, SP. C. A. H. Flechtmann;
E. Berti Filho; J. L. S. Maia. In: Congresso Brasileiro de Entomologia.
(1989)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m006.pdf
Resumo:
Ocorrência de espécies
de Scolytidae (Insecta, Coleoptera) em plantios de pinheiros
tropicais. C. A. H. Flechtmann;
E. Berti Filho; J. L. S. Maia. In: Congresso Brasileiro de Entomologia.
(1987)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m005.pdf
Resumo:
Scolytidae que ocorrem em plantio de pinheiros tropicais no Estado
de São Paulo. C. A. H. Flechtmann;
E. Berti Filho; J. L. S. Maia. In: Congresso Brasileiro de Entomologia.
(1984)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m004.pdf
Resumo:
Estudo da fauna associada a Scolytidae em Pinus spp. C. A.
H. Flechtmann; E. Berti Filho; J. L. S. Maia. In: Congresso Brasileiro
de Entomologia. (1984)
http://www.agr.feis.unesp.br/cahf/home/H_Pub/meet/fle_m003.pdf
Torrefação
de Resíduos de Madeira de Pinus
Grandes volumes de resíduos madeireiros de
empresas do setor florestal transformam-se em problemas na hora do
descarte. Muitos desses restos infelizmente ainda não possuem
o destino final correto, gerando grandes impactos ambientais (Torres
Filho, 2005). Desses, os principais são a contaminação
de lençol freático em caso de descarte indevido em aterros
e lixões e também a poluição do ar. A última
pode ocorrer quando os resíduos são queimados com a liberação
direta de poluentes na atmosfera; ou quando se degradam e geram metano
pela decomposição anaeróbica. Dessa forma, a busca
por alternativas a esses males tem-se mostrado tarefa constante para
inúmeras empresas florestais, visando à agregação
de valor a esses resíduos, promovendo o seu reuso e consequentemente
acarretando na mínima quantidade possível de restos fabris
poluentes.
Pós, serragens, cavacos, cascas e costaneiras são alguns
dos principais restos dos Pinus descartados geralmente em serrarias;
porém, todos apresentam potencial valor calórico sendo
utilizados na forma direta como biomassa para a geração
de energia elétrica ou térmica em muitas indústrias.
Neste contexto, novas tecnologias vêm sendo desenvolvidas e implementadas
em busca da melhoria constante no aproveitamento de resíduos
como biomassa energética. Uma delas é a torrefação
da madeira (Ambiente Brasil, s/d). De acordo com Felfli (2011) e com
Burgolis et al. (1989), a torrefação é definida
como o aquecimento prévio da biomassa em temperaturas de 220
a 280°C (extremos entre 200 a 300°C), promovendo um produto
intermediário entre o carvão vegetal e a biomassa inicial,
conhecido como madeira torrefada, madeira torrada ou como biomassa
torrefeita (Brito, 2011; Moura et al., 2010; Brito et al., 1992; Luengo
et al., s/d).
O processo da torrefação da biomassa iniciou-se no começo
do século XX, com as primeiras patentes relacionadas ao tema
já em 1930 na França. Porém, foi nos anos 40,
em plena segunda guerra mundial que a tecnologia se desenvolveu, utilizando
biomassa desfibrada e cavacos em busca de combustível alternativo
ao petróleo. Os métodos foram aprimorados a fim de melhorar
a qualidade da madeira utilizada para os gasogênios. A torrefação
voltou a ser estudada e aprimorada nos anos 80, buscando-se novos usos à madeira
torrefada, principalmente gerada de resíduos (Luengo et al,
s/d).
Hoje, esse produto apresenta-se mais
padronizado e contém algumas
propriedades muito apreciadas tanto para a indústria quanto
para o uso doméstico. O principal objetivo da torrefação é de
adquirir em curto período um combustível sólido
e seco com altas capacidades caloríficas através de aplicação
de temperaturas moderadas. Isso promove a concentração
dos componentes responsáveis pelo elevado poder calorífico
na madeira torrefada. O processo abriga dois tipos de reações
(a termocondensação e a carbonização em
baixas temperaturas), o que libera outros compostos de baixa capacidade
energética, além de degradar as hemiceluloses e remover
a umidade, o ácido acético e algumas frações
de fenóis (Felfli, 2011, Luengo et al., s/d). Dessa maneira,
a torrefação nada mais é do que uma pré-pirólise
de resíduos madeireiros, a qual pode ajudar a diminuir a problemática
da utilização de madeiras de matas nativas para a produção
do carvão vegetal, também gerando um produto final de
melhores qualidades físico-químicas para produção
de energia térmica e promovendo a diminuição de
custos durante o transporte, armazenamento e manuseio (Ambiente Brasil,
s/d, Felfli, s/d).
Felfli e Rocha (s/d) comentaram que
a torrefação de
resíduos madeireiros pode aumentar a eficiência de uma
indústria porque ela passa a produzir múltiplos produtos,
capazes de competir no mercado de combustíveis e gerar renda
extra sem muitas vezes haver a necessidade do aumento da capacidade
e de grandes investimentos na empresa. Assim, a conversão da
biomassa empregada para a formação da madeira torrada é bastante
estudada, pois o tempo, a temperatura empregada assim como o tipo de
biomassa podem tornar suas propriedades e rendimentos variáveis.
Em geral, o rendimento para converter a biomassa em madeira torrada
varia de 60 a 80% (Luengo et al., s/d), muito mais altos do que os
obtidos com a carbonização completa (entre 30 a 40%).
Modes (2010) avaliou as propriedades
mecânicas, higroscópicas
e biológicas das madeiras de Pinus taeda e de Eucalyptus
grandis submetidas a tratamentos térmicos máximos de 160°C.
Os resultados foram comparados com madeiras não tratadas constatando
diferenças nas propriedades mecânicas, as quais em geral
foram aprimoradas. Porém, a temperatura utilizada não
impediu o desenvolvimento de fungos causadores de podridões.
Torres Filho (2005) testou faixas de
temperatura entre 160 a 260°C
para o processamento térmico de cavacos de madeira. A perda
de massa máxima do material foi de 21,53 %, havendo rendimentos
energéticos que variaram entre 87,5 e 96,9%. O produto obtido
foi avaliado para a panificação onde se constatou redução
na necessidade de combustível para o aquecimento do forno.
Felfli e Rocha (s/d) avaliaram a implementação de uma
unidade de torrefação em fábrica de briquetes.
O novo processo foi capaz de torrificar 60% dos briquetes, potencializando
um aumento do lucro anual em 15%.
Em teste de avaliação de unidade de torrefação
para resíduos de cedrinho, a eficiência energética
do processo foi de 80%, proporcionando rendimentos da conversão
dessa biomassa na ordem de 40 a 94%. Essa diferença foi explicada
pela modificação dos padrões operacionais. As
propriedades da madeira torrificada mostraram-se superiores em termos
hidrofóbicos, de resistência mecânica e conseguindo
incremento calórico de até 15% (Felfli, s/d).
Ambiente Brasil (s/d) apontou que a
tecnologia de torrefação
com vistas à produção de briquetes torrificados
mostra-se economicamente viável principalmente devido ao baixo
preço que os resíduos de biomassa apresentam no mercado.
Porém, ainda há poucas opções de equipamentos
para o adensamento da biomassa disponíveis no Brasil, o que
pode tornar o custo da torrefação de briquetes relativamente
alto.
Luengo e outros (s/d) estudaram o poder
calorífico de madeiras
de diversas espécies submetidas à torrefação,
obtendo valores entre 23 e 24 GJ/tonelada. Os mesmos autores apontaram
que a temperatura empregada é o fator que mais pode influir
as propriedades do produto final.
Outro ponto positivo da madeira torrada é o
seu uso para diferentes finalidades, entre as quais, de acordo com
Felfli (2011), com Burgolis
et al. (1989) e com Luengo et al., (s/d), destacam-se:
-
Uso como combustível: Em indústrias, a madeira torrada é capaz
de gerar calor com baixas emissões de fumaça, ajudando
na diminuição da poluição da atmosfera.
Além disso, o produto permite a armazenagem de forma simplificada,
ocupando menor espaço do que a lenha, podendo ser estocado por
longos períodos. Tais características da madeira torrada
tornam ainda seu uso ideal para churrasqueiras e fornos em residências.
-
Uso como redutor: A biomassa torrada
apresenta elevado teor de carbono fixo, tendo alta resistência mecânica,
o que permite seu uso como redutor na eletrometalurgia.
-
Uso na gaseificação: A madeira torrefeita ajuda muito
no funcionamento de gasogênios, principalmente pela elevada padronização
do seu conteúdo. A friabilidade da biomassa torrada e sua praticamente
ausente umidade fazem com que os gases por ela emitidos sejam mais
limpos, não havendo a liberação de pós.
-
Uso como retificador: A torrefação pode promover melhorias
físico-químicas em biomassas, sendo utilizada como um
corretor das características caloríficas de briquetes e
de outras biomassas agrícolas e de resíduos. A densidade desses é diminuída,
apresentando melhorias na hidrofobicidade e em aspectos mecânicos
após essa pré-pirólise.
-
Uso na construção civil: A madeira torrada possui
três propriedades muito apreciadas para uso em edificações
e elementos da construção civil: ela não absorve água
(hidrófoba), apresenta elevada resistência mecânica
e também é resistente ao ataque de pragas. Isso faz com
que a madeira torrefada seja muito estudada para essa finalidade, principalmente
na Europa.
Muitos estudos apontaram o potencial
da torrefação gerando
produtos principalmente para o mercado doméstico. As atuais
restrições governamentais frente ao carvoejamento, o
qual gera carvão a partir de lenha, tem obrigado o setor a modernizar
suas tecnologias para futuro próximo. Isso com certeza incluirá a
utilização de resíduos e a melhoria das propriedades
dos mesmos para a combustão, o que é permitido e realizado
pela torrefação. Ambiente Brasil (s/d) comentou que aliada à biomassa
torrefeita, a recuperação do alcatrão e a produção
de novos insumos energéticos e químicos são medidas
a serem implementadas nesse setor.
Ainda há muito a ser estudado sobre o processo, tornando o
combustível mais acessível à sociedade, a qual
ainda pouco conhece sobre as vantagens ambientais e econômicas
da madeira torrada.
Observem a seguir textos técnicos e científicos
que abordam o tema no Brasil e em outras partes do mundo.
Briquetes de biomassa - Definição e formas de utilização.
Lippel. Acesso em 04.08.11:
http://www.lippel.com.br/briquetagem/briquetes.html
Situação e desafios do uso da madeira para energia no
Brasil. J. O. Brito. I Encontro Brasileiro de Silvicultura. Apresentação
em PowerPoint: 46 slides. (2011)
http://www.colheitademadeira.com.br/imagens/publicacoes/
435/situacao_e_desafios_do_uso_da_madeira_para_energia_no_Brasil.pdf
Efeito
da retificação térmica nas propriedades
físico-mecânicas e biológicas das madeiras de Pinus
taeda e Eucalyptus grandis. K. S. Modes. Dissertação
de Mestrado. UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. 101
pp. (2010)
http://www.vsdani.com/ppgef/tesesdissertacoes/5d0d7disserta__o_karina_modes_pdf.pdf
Melhoria
da qualidade de serviço na produção
de carvão no setor de carbonização: um estudo
de caso. A. P. Moura; J. E. Campos; S. R. Magalhães. Edição
Especial do Curso de Administração a Distância
8(1): 19-26. (2010)
http://revistas.unincor.br/index.php/revistaunincor/article/download/20/pdf
Efeito
da retificação térmica
na higroscopicidade da madeira de Pinus taeda L. K. S. Modes; M.
A. Vivian; J. T. Souza;
E. J. Santini. IPEF Eventos. 02 pp. (2009)
http://www.ipef.br/eventos/2009/biomassa/P1-Karina.pdf
Resumo:
Forno para a torrefação de madeira e de briquetes
lenho celulósicos. C. A. Luengo. Biblioteca Virtual FAPESP.
(2006)
http://www.bv.fapesp.br/pt/projetos-de-pesquisa/30743/
forno-torrefacao-madeira-briquetes-lenho/
Viabilidade
técnica e ambiental da utilização
de resíduos de madeira para produção de um combustível
alternativo. A. Tôrres Filho. Dissertação de Mestrado.
UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais. 61 pp. (2005)
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/
1843/ENGD-6H3Q2T/1/arturtorres237.pdf
Torrefação de biomassa: características, aplicações
e perspectivas. F. E. F. Felfli; C. A. Luengo; P. B. Soler. Anais do
3º Encontro de Energia no Meio Rural. (2003)
http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=
MSC0000000022000000200003&script=sci_arttext
Estudo
das influências da temperatura, taxa de aquecimento e
densidade da madeira de Eucalyptus maculata e Eucalyptus
citriodora sobre resíduos sólidos da pirólise. J. O. Brito.
Tese de Livre Docência. ESALQ/ USP. 88 pp. (1992)
http://www.ipef.br/servicos/teses/arquivos/brito,jo-l.pdf
Desenvolvimento
de processo de torrefação de madeira
na produção de biocombustível sólido. Projetos
FUNDEP/Fundação do Desenvolvimento da Pesquisa/UFMG.
(s/d)
http://galeriadeprojetos.fundep.br/projeto/projeto_
detalhe.aspx?tipo=1&decCodArea=1&id=1214
Pré-tratamento
da biomassa. J. D. Rocha. Workshop Tecnológico sobre BTL (Biomass
To Liquids). Apresentação em PowerPoint: 32 slides.
(s/d)
http://www.apta.sp.gov.br/cana/anexos/apresentacao_wks_btl_painel1_josedilcio.pdf
Utilização da biomassa na indústria siderúrgica. Á.
Lúcio. Sindicarv. Apresentação em PowerPoint:
47 slides. (s/d)
http://www.sindicarv.com.br/arquivos/anexos/13.pdf
Pirólise e torrefação de biomassa. C. A. Luengo;
F. E. F. Felfli; G. Bezzon. Tecnologias de Conversão da Biomassa.
Capítulo X. Lippel. 27 pp. (s/d)
http://www.lippel.com.br/downloads/category/4-combustao.html?
download=25%3Apirolise-biomassa-e-torrefacao
A
tecnologia de pirólise no contexto da produção
moderna de biocombustívies: uma visão perspectiva. Ambiente
Brasil. (s/d)
http://ambientes.ambientebrasil.com.br/energia/artigos_energia/
a_tecnologia_de_pirolise_no_contexto_da_producao_moderna_
de_biocombustivies:_uma_visao_perspectiva.html
Briquetes
torrificados: viabilidade técnico-econômica
e perspectivas no mercado brasileiro. F. F. Felfli; J. D. Rocha. Agrener
5(1). 09 pp. (s/d)
http://www.proceedings.scielo.br/pdf/agrener/n5v1/035.pdf
Imagens sobre madeira torrificada:
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1280&bih=521&gbv=
2&tbm=isch&sa=1&q=torrefaction+of+wood&oq=torrefaction+of+wood&aq=
f&aqi=&aql=&gs_sm=e&gs_upl=
4890l5461l0l6513l4l4l0l2l0l1l357l627l2-1.1l2l0 (“Torrefaction of wood”. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&gbv=2&biw=
1280&bih=521&tbm=isch&sa=1&q=torrefacc%C3%AD%C3%B3n+
de+madera&oq=torrefacc%C3%AD%C3%B3n+de+madera&aq=f&aqi= & aql=&gs_sm=e&gs_upl=3314l4190l0l4567l6l5l0l4l0l0l271l271l2-1l1l0 (“Torrefacción de madera”. Imagens Google)
Pinus-Links
A seguir, trazemos para vocês nossa indicação
para visitas a diversos websites que mostram direta relação
com os Pinus, nos aspectos econômico, técnico, científico,
ambiental, social e educacional. Acreditamos que eles poderão
significar novas janelas de oportunidades e que alguns deles poderão
passar a ser parte de suas vidas profissionais em função
do bom material técnico que disponibilizam. Esperamos que apreciem
nossa seleção de Pinus-Links para essa edição.
Technologystudent.com. (em Inglês)
O website technologystudent.com ajuda crianças na compreensão
de tecnologias modernas utilizadas atualmente. Entre essas, há estreitas
relações entre a modernidade e a sustentabilidade. Observem
os textos sobre florestas sustentáveis, sobre energias renováveis,
entre outros temas que abordam a conscientização ambiental.
http://www.technologystudent.com/index.htm (Home)
http://www.technologystudent.com/energy1/engex.htm (Technology and
environment)
http://www.technologystudent.com/struct1/envir1.htm (Structures and
the environment)
http://www.technologystudent.com/prddes1/susenv1.html (What is a sustainable
forest)
Instituto
Universitario de Investigación en Gestión
Forestal Sostenible (IUGFS). (em Espanhol)
O website do instituto universitário de pesquisa em gestão
florestal sustentável pertencente à Universidad de Valladolid,
Espanha, apresenta uma série de informações relevantes
sobre a conservação dos recursos florestais. O site é uma
espécie de "fórum" que promove cooperação
técnico-científica entre os universitários e outras
pessoas interessadas no setor a fim intensificar trocas de informações
e experiências em tecnologias modernas, em manejos e gestões
sustentáveis relativas à área florestal.
http://sostenible.palencia.uva.es/gfs/InfoUnidad/List/Contenido/0/6/Detail.aspx (Início)
http://sostenible.palencia.uva.es/Publications.aspx (Publicações)
http://sostenible.palencia.uva.es/default.aspx (Notícias)
http://sostenible.palencia.uva.es/gfs/rinv/List/Software+de+inter%c3%a9s/3/List.aspx (Softwares de interesse)
Década de Educación para
el Desarrollo Sostenible. (em Espanhol)
Desde o início do ano 2005, a ONU (Organização
das Nações Unidas) promove a Década da Educação
para um Desenvolvimento Sustentável. Assim, foi criado pela
Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI) o site
que apresenta inúmeras informações a fim de ajudar
as pessoas e comunidades na tomada de consciência sobre todos
os problemas ambientais em que vivemos. Além disso, o site aponta
sugestões para o que pode ser realizado para tornar o mundo
mais sustentável. Observem os textos sobre educação
ambiental, sobre consumo responsável, sobre tecnologias e conceitos
de sustentabilidade, além de diversas outras publicações
acessíveis na “Sala de Leitura”.
http://www.oei.es/decada/index.php (Início)
http://www.oei.es/decada/accion.php?accion=000 (Sustentabilidade)
http://www.oei.es/decada/accion.php?accion=003 (Tecnologias para a
sustentabilidade)
http://www.oei.es/decada/accion.php?accion=004 (Educação
para a sustentabilidade)
http://www.oei.es/decada/accion.php?accion=08 (Consumo responsável)
http://www.oei.es/decada/saladelectura.php (Sala de leitura)
http://www.oei.es/decada/acciones.php (Documentos e ações)
http://www.oei.es/decada/compromiso.php (Compromissos)
Portal
de Energías Renovables.
(em Espanhol)
A
Organização dos Estados Iberoamericanos (OEI) é responsável
pela criação do Portal de Energias Renováveis.
Ele é um website que promove o conhecimento das diversas formas
alternativas de energias mais limpas já empregadas comercialmente
no mundo e também na Espanha. Há à disposição
textos técnicos que abordam os mais variados tipos de energias,
todos renováveis, buscando o incentivo do seu uso ao do petróleo
(recurso não renovável). O emprego de resíduos
de indústrias como serragens e outros resíduos florestais
também está em destaque na área de biomassas.
Observem:
http://www.energiasrenovables.ciemat.es/suplementos/sit_actual_renovables/renovables.htm (Início)
http://www.energiasrenovables.ciemat.es/suplementos/sit_actual_renovables/solar.htm (Energia solar)
http://www.energiasrenovables.ciemat.es/suplementos/sit_actual_renovables/eolica.htm (Energia eólica)
http://www.energiasrenovables.ciemat.es/suplementos/sit_actual_renovables/biomasa.htm (Biomassa)
http://www.energiasrenovables.ciemat.es/suplementos/sit_actual_renovables/hidraulica.htm (Energia hidráulica)
http://www.energiasrenovables.ciemat.es/suplementos/sit_actual_renovables/biogas.htm (Biogás)
http://www.energiasrenovables.ciemat.es/suplementos/sit_actual_renovables/otras_renovables.htm (Outras fontes de energias alternativas)
Noctula. (em Português)
O website da empresa portuguesa de consultoria e gestão ambiental
Noctula possui diversas informações interessantes sobre
manejo de águas, ecossistemas sustentáveis, entre outros
temas ligados à natureza. Observem a galeria de fotos com imagens
de projetos, monitoramentos e inventários faunísticos
e florísticos realizados na região de abrangência.
Há também a disposição notícias
recentes relevantes abordando temas ligados ao meio ambiente.
http://www.noctula.pt/ (início)
http://www.noctula.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=4&Itemid=5 (Projetos)
http://www.noctula.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=3&Itemid=9 (Galeria vídeos)
http://www.noctula.pt/index.php?option=com_morfeoshow&Itemid=10 (Galeria imagens)
http://www.noctula.pt/index.php?option=com_content&view=category&layout=blog&id=2&Itemid=7 (Notícias)
http://www.noctula.pt/FORECO_2011.pdf (Publicações)
Pro-Araucária Online. (em Alemão e Português)
Trata-se de um banco de dados digital elaborado em parceria pela PUC/RS,
Centro de Pesquisas Pró-Mata e Universidade de Tübingen/Alemanha
acerca das pesquisas e publicações sobre a Araucaria
angustifolia no Planalto das Araucárias – Rio Grande
do Sul, Brasil.
http://www.pro-araucaria-online.com/index.htm (Webpage)
http://www.pro-araucaria-online.com/html/aktuelle_berichte.html (Relatórios
digitais)
http://www.pro-araucaria-online.com/html/galerie.html (Galeria de fotos)
http://www.pro-araucaria-online.com/html/pro-mata.html (Sobre o Pro-Mata
e sua localização - Centro de Pesquisas e Conservação
da Natureza)
Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Preservação
da Madeira de Pinus
Introdução
A madeira é um material que apesar de ter elevada
resistência em suas fibras não deixa de ser um produto
orgânico. Por mais que seja resistente como é o caso da
madeira do pau-ferro, do jatobá, do eucalipto paniculata, entre
outras, não existe nenhuma espécie arbórea que
possua durabilidade infinita para sua madeira. Dessa forma, o homem
sempre procurou prolongar a vida útil desse produto, realizando
diversos tipos de tratamento preservativo (Carvalho, 2007; Gurski,
2011).
A madeira de florestas plantadas de ciclo rápido como a dos
Pinus vem ganhando espaço no mercado, substituindo expressivamente
as das nativas. Porém, dependendo do destino, a peça
sem tratamento pode sofrer alta degradação, necessitando
sua substituição em até menos de um ano. A degradação
ocorre pela decomposição dos tecidos orgânicos
por agentes químicos, físicos e biológicos. Os últimos
são os que desempenham papel mais representativo na deterioração
da madeira. Microrganismos como fungos e bactérias, além
de insetos como cupins, vespas, besouros broqueadores, entre outros
seres vivos xilófagos, conseguem extrair os nutrientes das paredes
celulares da madeira, utilizando-a como fonte de alimentos e energia
(Barillari, 2002; Freitas, 2002; Carvalho, 2007; Martins, 2007). Ventos,
extremos térmicos, elevadas umidades, precipitações,
oxidações, salinidade e até mesmo a poluição
podem também influenciar na degradação da madeira
(Carvalho, 2007; UFSC, s/d). O fogo e a radiação ultravioleta
são agentes comuns que também atuam na durabilidade estrutural
da madeira, assim como o próprio uso das peças, as quais,
sobre pressão e forças constantes podem provocar desgastes
e danos (Gurski, 2011).
A madeira dos Pinus, ao contrário de muitas das nativas, é considerada
mole e resinosa, necessitando de tratamento preventivo para aumentar
sua durabilidade, principalmente ao ataque de organismos xilófagos
(aqueles que se alimentam dos constituintes da madeira). Uma das principais
formas de se conseguir isso é através da preservação
da madeira. Ela pode ser entendida como a utilização
de técnicas visando à proteção da madeira
contra os agentes que depreciam sua durabilidade. Para que a preservação
seja feita de forma a mais adequada possível deve-se ter conhecimento
das propriedades da madeira, de sua natureza e a finalidade de uso
da peça (ABPM, 2011; Wikipédia, 2011; Martins, 2007;
Barillari, 2002; Freitas, 2002). Segundo os dois últimos autores,
a versatilidade da madeira do Pinus está diretamente relacionada
com a sua forma de preservação. Todavia, apesar de existirem
diversas técnicas, ainda pouco se conhece sobre o aumento da
durabilidade nas madeiras de algumas de suas espécies em função
do seu uso. A preservação ainda é pouco realizada
na madeira do gênero Pinus no Brasil, havendo a necessidade de
maiores conhecimentos da sociedade sobre o assunto. Tal medida poderia
prolongar a vida útil de diversas peças tratadas, ajudando
a desmistificar a respeito da menor resistência da madeira dos
Pinus principalmente para fins estruturais (Jankowsky, 1990).
Dessa forma, o presente texto técnico tem como objetivos básicos
ressaltar as principais formas de preservação da madeira
dos Pinus, apresentando suas vantagens e desvantagens, os fatores que
influenciam nas técnicas, além de alguns resultados de
pesquisas já realizados sobre o tema.
Cabe também lembrar que a história da preservação
da madeira iniciou-se juntamente com o seu uso. O ser humano sempre
procurou encontrar mecanismos para aumentar a duração
de suas peças de madeira. Atualmente, as técnicas de
tratamento já avançaram muito, podendo ser realizadas
em madeiras serradas e em compensados/painéis, ampliando seu
uso e agregando valor ao produto final, sem esquecer-se de aspectos
sociais e ambientais envolvidos (Wikipédia, 2011; Gonzaga, 2006;
Barillari, 2002; Freitas, 2002). Segundo Brito (2011), a durabilidade
de uma peça estrutural de madeira depende do tratamento preservativo
empregado, do projeto realizado e de reparos e manutenções
regulares.
Vantagens
e desvantagens da preservação da
madeira
A principal vantagem do uso da madeira
tratada do Pinus, com certeza é o
prolongamento da sua vida útil, a qual pode manter seu desempenho
estrutural por mais de 20 anos (Barillari, 2002; Freitas, 2002). Isso
tem permitido o uso da madeira de diversas de suas espécies
para novas funções, principalmente em locais onde madeiras
de árvores nativas se encontram escassas. Hoje, já é perfeitamente
possível utilizar madeira do Pinus em mourões, postes,
decks, palanques e inclusive em pontes (Gonzaga, 2006). O aumento da
durabilidade da madeira diminui a necessidade da mão-de-obra
já restrita em muitas propriedades rurais para a substituição
e reparos das peças, além de tornar menor a necessidade
por madeira (Jankowsky, 1990).
A madeira do Pinus proveniente de florestas
plantadas apresenta, na grande maioria, selos ou certificações de sustentabilidade,
tornando-a um produto cada vez mais ambientalmente correto. Isso também
ocorre por ser renovável, ou seja, logo após o corte
já há novos plantios na mesma área para garantir
o produto para as próximas gerações (ABPM, 2011;
Bernardi, s/d). É por isso que alguns pesquisadores consideram
esse produto uma madeira ecologicamente correta, pois sua utilização
substitui com satisfação a das árvores nativas,
evitando o desmatamento de florestas naturais (Bernardi, s/d). O tratamento
da madeira de florestas plantadas de Pinus ajuda no seu uso mais racional,
por prolongar sua vida útil, tornando esse processo economicamente
viável, principalmente em longo prazo e agregando valor no mercado
aos produtos tratados com preservativos (Jankowsky, 1990).
A madeira tratada quimicamente deve
apresentar alguns cuidados especiais, principalmente no que diz respeito à saúde do homem e à preservação
do meio ambiente. Muitos dos produtos preservativos já utilizados
na madeira são tóxicos, não sendo indicado o uso
de peças tratadas em contato com alimentos ou posteriormente
para aquecimento em lareiras ou cocção de comidas em
churrasqueiras (Bernardi, s/d). Um exemplo de produto preservante altamente
eficaz, porém tóxico, é o creosoto, o qual também
não permite tratamentos posteriores com vernizes e tintas nas
peças (Gurski, 2011). A toxicidade e repelência dos produtos
químicos preservantes da madeira deve ser restrita aos organismos
xilófagos, não prejudicando as características
físicas da madeira, tampouco deixando odores. Eles também
devem ficar restritos no interior da madeira não sendo lixiviados
ou volatilizados com facilidade. Caso isso ocorra, pode haver problemas
de poluição ambiental.
As tecnologias existentes na atualidade,
bem como as legislações
que vigoram no país sobre formas e produtos adequados para a
preservação da madeira, fazem com que os riscos à natureza
sejam minimizados. Bernardi (s/d) comentou que a norma brasileira que
preconiza a madeira tratada é a NBR7190/1997, permitindo o uso
do produto CCA (arseniato de cobre cromado) apenas em autoclaves para
tratamento de vácuo-pressão para a madeira dos Pinus.
Nos Estados Unidos, o uso do CCA para
tratamento de madeira já foi
restringido para as madeiras tratadas em residências (aplicação
caseira pelo usuário), sendo ainda permitido apenas para uso
industrial, e ainda assim, sob licenças especiais. A madeira
tratada com produtos químicos deve ser descartada de forma correta,
diminuindo riscos de contaminações tanto do solo quanto
do ar com esses produtos. Outros cuidados devem ser tomados na escolha
desses preservantes, os quais devem ser devidamente registrados no
Brasil para a função pelo MAPA e pelo IBAMA. O manuseio
dos preservantes durante o tratamento da madeira deve receber especial
atenção, utilizando equipamentos adequados como EPIs
(equipamento de proteção individual) para a prevenção
dos riscos de contaminação do aplicador e do meio ambiente
(Gonzaga, 2006).
Mercado da madeira tratada de Pinus
Os benefícios que a madeira tratada de Pinus pode acarretar
ao ambiente e à sociedade são evidentes. Porém,
questões econômicas ainda fazem com que esses produtos
cheguem ao mercado muitas vezes com preços superiores aos da
madeira não tratada, tornando-os menos competitivos, principalmente
aos olhos do consumidor menos informado ambientalmente (Gurski, 2011).
As novas tecnologias de preservação permitiram o uso
da madeira do Pinus para utilizações inclusive em locais
bastante agressivos, ampliando seu uso no mercado, em especial no da
construção civil por conseguir suportar condições
ambientais externas sem prejuízos em sua resistência (Barillari,
2002; Freitas, 2002).
Apesar do tratamento da madeira poder
ser realizado após a
infecção de organismos destruidores, a maioria das técnicas é empregada
de forma preventiva. Dessa forma, a preservação da madeira
evita o aparecimento de manchas e de furos os quais diminuem o valor
de mercado das peças (Martins, 2007).
Fatores
que influenciam na preservação
da madeira
Segundo
Costa (s/d), existem fatores físicos, mecânicos
e biológicos que estão relacionados com o sucesso do
tratamento das madeiras. Os físicos são aqueles ligados
com o processo de preservação em si, tais como a pressão
que é aplicada para a penetração do preservante
nos tecidos da madeira. Pressões mais elevadas fazem com que
a inserção do produto ocorra de forma mais profunda na
madeira. A temperatura influencia na viscosidade do produto químico
utilizado e consequentemente também possui relação
com a profundidade do tratamento. Temperaturas mais elevadas permitem
melhor penetração devido à menor viscosidade do
líquido preservativo. O tempo de tratamento também tem
relação com o sucesso da preservação da
madeira. Quanto maior for o período de contato entre o produto
químico e a madeira, maior será sua retenção
e penetração nos tecidos. Todavia, os preservativos também
podem ser influenciados por fatores ambientais, diminuindo a eficiência
em tratamentos muito prolongados.
Os fatores mecânicos são inserções na madeira
tais como furos e rachaduras, feitos anteriormente nas peças,
e que podem aumentar a permeabilidade da madeira em alguns tipos de
tratamento. Porém, no geral, os Pinus apresentam madeiras consideradas
porosas, facilitando a impregnação de seus tecidos pelos
produtos preservantes.
Os fatores biológicos que podem repercutir no sucesso do tratamento
da madeira estão relacionados com a resistência e/ou tolerância
de alguns organismos a certos produtos preservantes. Já foi
comprovada a metabolização do creosoto por culturas bacterianas,
assim como a deterioração do pentaclorofenol por Trichoderma
viride, causador de manchas na madeira. Alguns gêneros de fungos
que geram a podridão mole também já conseguiram
quebrar moléculas de compostos de arsênio. Dessa forma,
a escolha do produto preservante, assim como sua adequada aplicação,
se faz de extrema importância, quando já se conhecem os
principais agentes depreciantes da madeira em uma determinada região
(Carvalho, 2007). O mesmo autor apontou que o produto químico
para ser um bom preservante deve ser eficiente, controlando apenas
os microrganismos alvo na madeira; deve ser seguro, com baixa toxidez
aos outros seres vivos e ao meio ambiente; deve resistir à lixiviação,
contendo boa penetração na madeira e ficando retido em
seus tecidos; e deve apresentar baixos custos, conseguindo ser competitivo
no mercado.
Tipos
de preservação e imunização
da madeira
Os principais tipos de imunizações da madeira são
contra o ataque de agentes de depreciação biológica,
ocorrendo a aplicação de diversos produtos químicos,
inseticidas e fungicidas, para prevenir a colonização
(Carvalho, 2007; Barillari, 2002; Freitas, 2002). Dentre as formas
de preservação, pode-se dividi-las em duas categorias
(Jankowsky, 1990): os processos ditos caseiros e aqueles chamados de
industriais, que utilizam a pressão para a penetração
dos preservantes na madeira. Esses últimos possuem diversas
vantagens em relação aos caseiros, principalmente por
serem mais seguros e também por conseguirem melhores resultados
em termos de tempo de vida útil principalmente de peças
de madeira estruturais.
A preservação da madeira de forma industrial ampliou
o uso da madeira do Pinus para a construção civil e suas
técnicas são reconhecidas e empregadas mundialmente,
podendo haver condições de imunização controlada
e específicas para cada peça (Wikipédia, 2011).
O mesmo autor apontou que os altos custos de instalação
e dos equipamentos sofisticados, além dos elevados gastos com
energia elétrica, são as principais desvantagens desse
sistema. Jankowsky (1990) também comentou que o processo ainda
não está ao alcance para todas as regiões do Brasil.
Preservação
industrial da madeira
O uso da pressão para tratamento comercial da madeira teve início
na segunda metade do século XIX, utilizando-se autoclaves para
proteger dormentes com creosoto (Wikipédia, 2011). Atualmente,
a preservação de madeira de forma industrial somente
pode ser realizada em unidades industriais chamadas de Usinas de Preservação
de Madeira (UPMs) devidamente fiscalizadas e regulamentadas pelos órgãos
ambientais licenciadores do governo (Jankowsky, 1990). Nessas usinas
há grandes autoclaves horizontais, conectadas a tubulações,
bombas elétricas e a tanques. Segundo ABPM, (2011), Bernardi,
(s/d) e Costa, (s/d) o tratamento da madeira a pressão denominado
de célula cheia é um dos mais empregados para os Pinus e consiste no cumprimento de algumas fases que são:
1ª fase - Madeira retida na autoclave: acondicionamento da madeira
de forma horizontal no interior da autoclave. A peça pode estar
já no estado seco.
2ª fase - Vácuo inicial: o maquinário insere pressão
inicial negativa para a retirada de ar no interior das células
da madeira, deixando-as prontas para o recebimento dos preservantes
químicos na fase posterior.
3ª fase - O produto preservativo líquido é liberado
no interior da autoclave, entrando em contato com a madeira. Os produtos
químicos utilizados, tais como o CCA ou CCB, têm a finalidade
de causar toxicidade aos agentes deteriorantes da madeira como microrganismos
e insetos (Bernardi, s/d). O vácuo/pressão permite que
a máxima quantidade possível de preservantes fique retida
na madeira, auxiliando em sua preservação posterior (Wikipédia,
2011).
4ª fase - Nesse momento há a inserção de
nova e elevada pressão positiva sobre a madeira, favorecendo
a rápida penetração dos líquidos preservativos
nos tecidos, inclusive nas camadas consideradas impermeáveis
em processos caseiros. Os espaços vazios das células
são preenchidos com o produto químico.
5ª fase - Aplica-se novamente vácuo sobre a madeira, agora
com a finalidade de retirar o excesso do líquido preservante
na superfície já imunizada. Essas sobras de produto são
recolhidas em tanques para a recuperação e para serem
utilizadas novamente em novos tratamentos preservativos subsequentes.
6ª fase - A madeira já pode ser retirada da autoclave através
de esteiras e de outros veículos especializados. Depois ocorrerá a
secagem natural em locais secos e bem ventilados para melhor fixação
dos preservantes nos tecidos. A secagem ao ar livre também é indicada
para diminuir os riscos de contaminação dos elementos
químicos com o ambiente e com o ser humano.
Segundo Costa (s/d) existem várias formas de realizar o processo
de célula cheia, no qual primeiramente retira-se o ar das células
para que essas sejam posteriormente enchidas com o produto preservante.
Novos nomes são dados a esse processo industrial tais como processo
Bethell, processo Burnett e processo Boulton que diferem basicamente
pela modificação da temperatura, dos tempos de contato
entre a solução imunizadora e a madeira.
Diferentemente do tratamento de célula cheia, há o processo
de célula vazia, no qual não ocorre a aplicação
do vácuo inicial na madeira. Dessa forma, há uma compressão
do ar no momento que a peça é submetida à pressão.
Com o alívio no final do período, o ar se expande novamente
e expulsa parte dos líquidos preservativos da madeira. Esse
processo é considerado mais econômico que o de célula
cheia, conseguindo ainda bons resultados de imunização
(Costa, s/d). O mesmo autor apontou a existência de diversos
outros métodos de preservação industrial da madeira
como o processo de duplo vácuo, de pressões oscilantes,
método de alta pressão, de jatos de energia, entre outros.
UFSC (s/d) abordou que o processo de preservação a vácuo
pode ser feito com qualquer tipo de madeira. Quando ela tiver muita
seiva, há a necessidade da máxima impregnação
do conservante em seus tecidos, ajudando em sua estabilidade dimensional,
além de garantir toxicidade a fungos e insetos.
Processos
caseiros de preservação
da madeira
Também chamados de processos sem pressão, não
necessitam de uma unidade industrial para sua realização,
apesar de cuidados com manuseio do produto, com o local de armazenagem,
dentre outras preocupações, serem extremamente importantes
(Gonzaga, 2006). Porém, permitem que pessoas interessadas os
realizem, não necessitando de maquinário sofisticado
para tanto. Eles são, portanto mais econômicos e promovem
a preservação de peças, principalmente em locais
onde a madeira tratada industrialmente ainda possui pouco acesso (Jankowsky,
1990). Isso ocorre muito nas propriedades rurais.
Costa (s/d) expôs que esses processos realizam o tratamento da
madeira através da difusão, da capilaridade e da absorção
térmica. No primeiro a solução penetra nos tecidos
vegetais através da diferença de potencial, sendo recomendado
apenas para madeira verde. No segundo, os poros da madeira exercem
força para reter o líquido preservativo. Já no
terceiro os diferenciais térmicos permitem a diminuição
da pressão dentro da madeira, permitindo a absorção
dos preservantes.
O pincelamento e a aspersão são a formas mais simples
de tratamento caseiro da superfície da madeira seca, utilizando-se
tanto preservativos hidrossolúveis quanto óleo-solúveis
de baixa viscosidade para a finalidade. Existem ainda vários
outros métodos caseiros de preservação da madeira
tais como: imersão prolongada, difusão simples e dupla,
substituição de seiva, transpiração radial,
banho quente e frio, entra outras (Wikipédia, 2011; Costa, s/d).
De acordo com Gurski (s/d), a secagem da madeira, bem como o corte
das árvores em épocas corretas (com pouca umidade), são
medidas preventivas à degradação prematura da
madeira (Gonzaga, 2006). Banhos com produtos químicos e pulverizações
com inseticidas e fungicidas devidamente registrados pelo governo também
podem ser realizados caso um período mínimo de 12 h de
descanso seja dado à madeira para melhor fixação
dos ingredientes ativos nos seus tecidos.
Produtos para tratamento da madeira
Os Pinus, por possuírem madeira de baixa resistência natural,
apresentam excelentes resultados à preservação
através de tratamentos industriais (Barillari, 2002). Existem
diversos produtos naturais que já foram muito utilizados para
o tratamento de madeiras de diversos gêneros tais como algumas
ceras e óleos (cera de abelha, de carnaúba e óleo
de linhaça). Alguns outros químicos como o creosoto e
o pentaclorofenol já foram também muito usados no passado
e não mais atualmente no Brasil em função de suas
altas toxicidades. Dentre os produtos químicos, são ainda
mais comuns o alcatrão, o ACA (arseniato de cobre amoniacal),
o CCA e o CCB (borato de cobre cromado em solução aquosa),
entre outros. Porém, cada vez mais entidades ambientais e de
direitos trabalhistas pedem o desenvolvimento de novos produtos alternativos
que sejam menos nocivos ao meio ambiente e ao aplicador (Gonzaga, 2006).
Dentre esses, pesquisas que utilizam biocontroladores (em especial
fungos) para a inibição de outros microrganismos que
causam manchas na madeira são exemplificados por diversos autores
(Martins, 2007).
Trabalhos de pesquisa e estudos com o Pinus
Grande parte dos estudos que objetiva a preservação da
madeira do Pinus visa ao aumento da sua vida útil. A forma mais
comum para a determinação da durabilidade da madeira
submetida ou não a tratamentos específicos é através
de testes a campo denominados “campos de apodrecimento”.
Ensaios são montados, expondo a madeira na forma de estacas
ou de mourões às condições ambientais,
principalmente ao solo. As condições da madeira são
avaliadas durante período estimado, observando sua perda de
resistência e a colonização de organismos apodrecedores.
A partir disso, consegue-se determinar a vida útil da peça
para distintas funções (Barillari; 2002; Freitas, 2002).
Os mesmos autores apontaram em testes que a durabilidade de mourões
de Pinus elliottii, Pinus kesiya e Pinus caribaea tratados com CCA
e CCB seria de no mínimo 10 anos. Já quando P. caribaea foi tratado com técnicas sem o advento da pressão, a
vida útil de sua madeira reduziu-se para 4,5 anos.
Barillari (2002) realizou experimento avaliando a sanidade de estacas
de P. elliottii, de P. caribaea, de P. kesiya e de Pinus oocarpa tratados
em autoclave com distintas retenções de CCA e de CCB.
As avaliações ocorreram 21 anos após os tratamentos
preventivos, verificando-se efeitos mais eficientes para os tratamentos
com CCA. Todos os preservantes se mostraram eficientes, pois a durabilidade
prevista das peças foi em média de 30 anos. O mesmo autor
comentou que a quantidade de produtos químicos a ser retida
na madeira do Pinus vai depender muito da sua função.
Como exemplo disso: para peças sem contato direto com solo (treliças
e vigas de telhado) recomenda-se 4,0 kg/m³ de penetração
de CCA ou CCB na madeira de Pinus. Essa penetração também
vai influenciar na vida útil a qual pode chegar a 30 anos com
retenções dos mesmos preservativos entre 5 a 7,5 kg/m³ de
madeira. Já para postes com contato direto ao solo, recomendam-se
retenções de até 9,6 kg/m³ desses preservativos.
Considerações
finais
A principal forma de aumentar a durabilidade da madeira das espécies
de Pinus é através do seu tratamento de preservação.
Dentre as diversas formas existentes, a industrial, utilizando-se pressão
e vácuo e também preservantes (como o CCA ou o CCB),
ainda são as opções mais eficazes e longevas.
Porém, existem preocupações crescentes quanto à lixiviação
desses preservantes na natureza. Barillari (2002) e Freitas (2002)
comentaram que até o momento, ainda existem poucas informações
precisas a respeito do verdadeiro risco ambiental que essas lixiviações
podem causar; tampouco, qual é a intensidade dessas. Dessa forma,
mais estudos deveriam ser promovidos, buscando novos produtos mais
naturais e com a mesma eficiência para a durabilidade da madeira
do Pinus.
Mais pesquisas também deveriam ser desenvolvidas objetivando
avanços nos processos de preservação dos Pinus, bem como visando melhorias na qualidade da madeira para tornar a preservação
cada vez mais econômica e acessível à população
que necessita de madeira para o seu bem-estar diário. Além
disso, a preservação da madeira tem um caráter
ambiental relevante, pois ao aumentar o ciclo de vida de uma peça
da madeira, reduz a necessidade de sua troca por outra. Ou seja, reduz
a demanda de madeira, consequentemente, de impactos ambientais seja
pela extração de recursos madeireiros naturais, seja
pela menor necessidade de novas plantações. Por isso
mesmo, as pesquisas com melhores e mais adequados métodos de
preservação devem ser incentivados a nível global.
Referências de literatura e sugestões
para leitura
Seguem bibliografias que abordam o tema da preservação
da madeira do Pinus à disposição na Web, destacando
também os artigos, dissertações, teses e notícias
utilizadas para a elaboração do presente texto.
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de Pinus. I. P. Jankowsky; P. S. Fernandes; J. P. P. Wehr. Série
Técnica IPEF 9(27): 91 – 98. (1993)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr27/cap08.pdf
Fundamentos
de preservação
de madeiras. I. P. Jankowsky. Documentos Florestais (11): 1-12. (1990)
http://www.ipef.br/publicacoes/docflorestais/cap11.pdf
Perguntas
e respostas sobre madeira tratada. L. P. Bernardi. TW Brazil.
(s/d)
http://www.twbrazil.com.br/artigos/twbrazilapresentacaopratica.pdf
Tratamento
de madeira. Curso Arquitetura e Urbanismo. UFSC – Universidade
Federal de Santa Catarina. (s/d)
http://www.arq.ufsc.br/arq5661/Madeiras/tratamento.html
Produtos
preservantes da madeira. J.
C. Moreschi. UFPR – Universidade
Federal do Paraná. 32 pp. (s/d)
http://engmadeira.yolasite.com/resources/Preservantesdemadeira.pdf
Métodos de tratamentos preservantes da madeira. C. Gurski.
UNIUV - Centro Universitário da Cidade de União da Vitória. – Engenharia
Industrial da Madeira. 26 pp. (s/d)
http://engmadeira.yolasite.com/resources/Métodos%20de%20tratamento.pdf
The
preservation of wood. A self study manual for wood treaters. F.
T. Milton et al. University of Minnesota. 110 pp. (s/d)
http://www.p2pays.org/ref/12/11379.pdf (em Inglês)
Utilização da madeira na construção civil. J. D. V. Carvalho. Dossiê Técnico. CDT/UnB. Serviço
Brasileiro de Respostas Técnicas. IBICT. 27 pp. (s/d)
http://www.sbrt.ibict.br/dossie-tecnico/downloadsDT/MTk4
Histórico da preservação de madeiras. A. F. Costa.
Biodegradação e Preservação da Madeira.
UnB – Universidade de Brasília. (s/d)
http://www.efl.unb.br/arq_de_texto/prof_alexandre/als_preserv.pdf
Imunização da madeira roliça
do eucalipto e do Pinus. I. P. Eboli. EMATER - MG. 04 pp. (s/d)
http://xa.yimg.com/kq/groups/2106376/293235707/name/
PROCESSO+TRATAMENTO+MOIR%C3%95ES+-IVO.doc
Imagens
sobre preservação da madeira de Pinus (os websites
de empresas fornecedoras de madeira tratada são aqui apresentados
com a finalidade de visualização de fotos, produtos e
tecnologias – não devem ser entendidos como referências
comerciais)
http://www.google.com.br/search?q=pine+wood+preservation&um=
1&hl=pt-BR&biw=1280&bih=523&tbm=isch&prmd=ivns&ei=
8ZBTTozLAsuftwfEot3hBQ&sa=N&start=120&ndsp=20 (“Pine wood preservation”. Imagens Google)
http://akerwoods.com/PreserveWood.html (“Como preservar a madeira”.
Aker Woods Co.)
http://www.cobrire.com.br/estrutura-de-madeira.htm
(“Estruturas
de madeira”. Cobrire)
http://www.dormentes.biz/pinus%20tratado.html (“Pinus tratado
em auto clave”. Dormentes.Biz)
http://www.duronmadeiras.com.br/?link=tratamento (“Tratamento
de madeiras”. Duron Madeiras)
http://www.pinetimberproducts.com.au/technical5/timber-preservative-treatments/ (“Preservative treatments”. Pine timber products)
http://www.postesmariani.com.br/tratamento.php?menu=producao (“Tratamento
da madeira”. Postes Mariani)
http://www.postesmariani.com.br/faq.php?menu=producao (“Perguntas
e respostas frequentes”. Postes Mariani)
http://www.raisedfloorlivingpro.com/ptwproducts.shtml (“Preservative-Treated
Wood Products”. Raised Floor)
http://www.southernpine.com/pressure-treated.asp (“Pressure-Treated
Southern Pine Resists Decay & Termites”. Southern Pines)
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de tecnologias florestais e industriais e sobre
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