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Editorial

Caros leitores e público interessado pelos Pinus,

Trazemos a vocês a décima terceira edição da nossa PinusLetter. Mais uma vez, nos esforçamos para lhes trazer temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para leitura. Nessa edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e Pináceas, bem como à preservação de recursos florestais e à sustentabilidade das plantações florestais, dentre outros. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse e agrado.

A seção "Os Pinus no Brasil" destaca as principais características do "Pinus merkusii", originário das montanhas da ilha de Sumatra - Indonésia, e por isso mesmo, comumente conhecido como "Sumatran Pine - Pinheiro de Sumatra". Apesar de ser endêmico na Ásia, é talvez a única espécie de Pinus totalmente endêmica do hemisfério sul e uma das únicas verdadeiramente tropicais. P. merkusii apresenta boa qualidade de madeira, sendo utilizado desde a construção civil, móveis, artesanato, postes, resina e para elaboração de papel e celulose. Conheçam sobre outras características dessa espécie, assim como resultados de pesquisas sobre ela no Brasil e em outros países.

Outro tema que pode ser encontrado nessa edição versa sobre "Cogumelos Tóxicos Associados aos Pinus e Pináceas". Conheçam o cogumelo Amanita muscaria, uma espécie tóxica de coloração vibrante já encontrada nas florestas de Pinus no Brasil. Saibam como identificá-la, os principais sintomas de intoxicação, assim como a história de sua introdução no país. Observem também outros fungos tóxicos que possuem associação simbiótica com os Pinus e outras pináceas no mundo e as principais razões para a existência das intoxicações.

A nossa seção “Referências Técnicas da Literatura Virtual” continua tratando da divulgação de literaturas encontradas no Brasil sobre os Pinus. Dessa vez, será destacado o “Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)". O banco é uma das entidades de financiamento mais importantes no Brasil, ajudando na promoção do desenvolvimento sustentável do país. Em sua webpage o BNDES possui inúmeros artigos técnicos, relatórios e informativos a respeito da economia de diversos setores onde atua, inclusive o de base florestal.

Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados e os materiais dos cursos e eventos referenciados.

"Compensados de Pinus" foi outro assunto integrante da PinusLetter 13. Adquiram informações sobre o que são os compensados, os principais parâmetros existentes para um produto de qualidade, a história dos compensados de Pinus no Brasil, como são produzidos, as vantagens e desvantagens que os Pinus trouxeram como matéria-prima à sua fabricação e o mercado. Além disso, como sempre fazemos, estamos oferecendo uma ampla revisão de artigos disponíveis online para complementação dos conhecimentos acerca de compensados, uma importante atividade industrial para o Brasil.

Como tema do "Mini-artigo Técnico" dessa edição trazemos: "As Plantações Florestais de Pinus e a Alelopatia", discutindo a respeito da importância, conceito, vantagens e desvantagens e estudos que relacionam algumas substâncias produzidas pelos Pinus e o desenvolvimento de outras espécies de plantas.

Aos patrocinadores, dizemos o nossos "muito obrigado(a)" pelo apoio, incentivo e ajuda em levar ao público alvo, que cada vez é maior, conhecimento a respeito dessas árvores fantásticas que são as dos Pinus.

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias qualidades desse gênero para as plantações florestais no Brasil e na América Latina, levando sempre mais conhecimento também sobre os produtos derivados dos Pinus para a Sociedade e sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.

Agradecemos nossos dois patrocinadores:

ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

CRA - KSH - Conestoga-Rovers & Associates (http://www.craworld.com/en/corporate/southamerica.asp)

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição

Os Pinus no Brasil: Pinus merkusii

Cogumelos Tóxicos Associados aos Pinus e Pináceas

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Relatórios e Estudos elaborados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)


Referências de Eventos e de Cursos

Pinus-Links

Compensados de Madeira de Pinus

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
As Plantações Florestais de Pinus e a Alelopatia

Os Pinus no Brasil: Pinus merkusii


Pinus merkusii é um pinheiro originário do oriente, mais precisamente das montanhas da Sumatra - Indonésia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Sumatra). Por isso, um dos seus nomes comuns mais conhecidos é "Sumatran Pine", ou melhor, pinheiro de Sumatra. P. merkusii é um dos únicos Pinus realmente tropicais e o único do mundo que possui distribuição natural também abaixo da linha do Equador, ou seja, no hemisfério sul. O máximo de latitude sul que plantações naturais de P. merkusii podem ser encontradas fica a 2° 06' S. Além da ocorrência na Sumatra/Indonésia, possui distribuição natural por outros países da Ásia como Tailândia, Láos, Camboja, Filipinas, Malásia e Vietnam. A espécie é bem adaptada a diversos tipos de solos, principalmente aos arenosos e vermelhos. Também necessita de calor e alta luminosidade para o crescimento, porém é tolerante a secas, podendo se desenvolver em climas com até seis meses sem chuvas. As árvores geralmente são encontradas em altitudes moderadas, variando entre 400 e 1500 metros; contudo, ocorre em extremos de 90 a 2000 m. Plantas jovens do pinheiro da Sumatra possuem desenvolvimento considerado lento até os 5 anos de plantio, acelerando o seu crescimento após este período. No Vietnam é muito plantado em locais sem vegetação, já erodidos pelo mau uso agrícola. Logo, ajudam a conter a erosão desses solos. Nesse mesmo local, após os 15 anos, P. merkusii já pode ser utilizado para a extração de resina, uma outra de suas boas qualidades. Sua madeira é de coloração mais escura e é considerada mais densa em relação a outros Pinus tropicais. Ela é utilizada na construção civil, na elaboração de móveis, de artesanato, de páletes e é vendida no comércio internacional como toras ou cavacos para a fabricação de papel e celulose, devido à qualidade de suas fibras longas.

As árvores adultas e maduras dessa espécie são consideradas de médio a alto porte, geralmente medindo de 30 a 50 metros. A mais alta árvore dessa espécie já reportada possuía 70 m. O tronco de P. merkusii é ereto com diâmetro variando entre 60 a 80 cm. Seus ramos são geralmente curvados e seu formato muda de cônico para arredondado com o seu envelhecimento. A casca de P. merkusii é espessa, áspera, contendo muitas fissuras profundas de coloração cinza escura na parte basal da árvore; porém, nas parte mais altas ela é fina e mais lisa. As acículas da espécie são agrupadas em duas e possuem coloração verde escura possuindo 15 a 25 cm de comprimento. Outras características comuns das folhas: são persistentes (2 anos), delgadas e rígidas. Os cones maduros possuem formato cilíndrico ou ligeiramente oval, podendo ser observados em pares ou sozinhos e medindo 5 a 8 cm de comprimento. Possuem pedicelos muito aderidos e longos (1 cm) e demoram 2 anos para maturação completa. Suas sementes são pequenas, ovais e achatadas e medem 7,5 mm quando desaladas e 15 a 20 mm de comprimento com a presença das asas. A regeneração natural da árvore em suas regiões de origem é considerada boa, principalmente em regiões abertas e de campo.

No Brasil, apesar do potencial de plantio desse pinheiro, ainda existem escassas informações sobre o seu manejo nas nossas condições e a maior parte de seus plantios são ainda experimentais. Já existem trabalhos aqui publicados que expressam a qualidade da sua madeira para algumas de suas principais funções. Observem logo abaixo algumas indicações de websites descrevendo a espécie e alguns artigos científicos sobre o Pinus merkusii.

Pinus merkusii Junghuhn & de Vriese 1845. Gymnosperm Database. (em Inglês)
A webpage “Gymnosperm Database”, especializada na descrição de coníferas, não poderia deixar de lado Pinus merkusii. Há disponível boas informações como: os principais sinônimos e nomes comuns do pinheiro, distribuição geográfica, taxonomia, caracterização morfológica e anatômica da madeira, bem seus principais usos. Consultem:
http://www.conifers.org/pi/pin/merkusii.htm

Sumatran Pine (Pinus merkusii) – Wikipédia. Disponível em 8.01.2009
A enciclopedia virtual gratuita Wikipédia possui ainda pouca informação a respeito de Pinus merkusii. Até mesmo a versão em inglês, contendo maiores informações, possui apenas algumas características taxonômicas e morfológicas desse pinheiro, além do seu local de origem.
http://en.wikipedia.org/wiki/Sumatran_Pine (em Inglês)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinus_merkusii (em Português)

Pinus merkusii. IUCN Red List of Threatened Species. Disponível em 8.01.2009. (em Inglês)
O Pinus merkusii se encontra em estado vulnerável na lista vermelha de perigo de extinção elaborada pela International Union for Conservation of Nature and Natural Resources. Confiram suas características taxonômicas, abrangência, origem entre outras características existentes, no website dessa entidade.
http://www.iucnredlist.org/details/32624


Artigos:

Estudo de algumas propriedades físicas e mecânicas da madeira de Pinus merkusii. G. Bortoletto Júnior. Scientia Forestalis 36 (79): 237 - 243. (2008)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr79/cap08.pdf

Avaliação da qualidade da madeira de Pinus merkusii para produção de lâminas. G. Bortoletto Júnior. Scientia Forestalis 36(78):95-103. (2008)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr78/cap01.pdf

Características físicas, químicas e anatômicas da madeira de Pinus merkusii. M. M. Siqueira; J. C. D. Pereira; P. P. Mattos; J. Shimizu. Comunicado Técnico 65. 1ª impressão. Embrapa Florestas. 4 pp. (2001)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec65.pdf

Alternative wood preservatives for use in Indonesia. P. Permadi; R. C. Groot; B. Woodard. Forest Products Journal 48 (11/12):98-101. (1998)
http://www.rmmn.org/documnts/pdf1998/perma98a.pdf

Resumo: Contrasting patterns of genetic diversity in two tropical pines: Pinus kesiya (Royle ex Gordon) and P. merkusii (Jungh et De Vriese). A. E. Szmidt; X.-R. Wang; S. Changtragoon. Theor. Appl. Genet. 92:436-441. (1996)
http://www.springerlink.com/content/j60r6g2u3ut7x824/fulltext.pdf?page=1

Caracterização anatômica de acículas de espécies e variedades de Pinus. F.S.G. Mancilla; M. Tomazello Filho. IPEF 28: 49 - 56. (1984)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr28/cap05.pdf

Photosynthesis in tree provenances of Pinus merkusii.
O. Luukkanen; S. Bhumibhamon; P. Pelkonen. Silvae Genetica 55(1): 7-10. (1976)
http://www.bfafh.de/inst2/sg-pdf/25_1_7.pdf

Cogumelos Tóxicos Associados aos Pinus e Pináceas

O gênero de cogumelos tóxicos mais comumente encontrado em bosques de Pinus, pináceas e outras coníferas no mundo é o Amanita. Originário do hemisfério norte, assim como os Pinus, foi introduzido em muitas regiões do sul do planeta, inclusive no Brasil. Amanita muscaria é uma espécie já encontrada em estados do Sul e Sudeste do nosso país: em 1982 foi primeiramente registrada em Curitiba, no Paraná; dois anos depois, foi encontrada no estado do Rio Grande do Sul e há não muito tempo atrás, foi observada em São Paulo, associando-se a Pinus pseudostrobus. A espécie é benéfica aos Pinus, pois é um fungo simbionte, que em troca de energia e abrigo, fornece às raízes das árvores proteção contra outros organismos patogênicos e aumenta a capacidade de absorção de água e nutrientes pelos Pinus. Acredita-se que essa espécie de fungo foi introduzida no Brasil através da contaminação por esporos de sementes de Pinus importadas provenientes de seu local de origem. Aparentemente todas as espécies de Pinus podem apresentar simbiose com esse fungo, caso tenham contatos com seus esporos ou micélios, pois A. muscaria é um fungo de alta associação a esse gênero de plantas.

A frutificação desse fungo é muito atraente, sendo um cogumelo vistoso e grande (podem chegar a 15 cm de altura e 12 cm de diâmetro) com basídio (chapéu) geralmente de coloração vermelha intensa ou alaranjada com pintas brancas. Devido à sua coloração, esse cogumelo é facilmente reconhecido. Na verdade, eles se parecem aos cogumelos de inúmeros contos de fadas. Em algumas das regiões onde são encontrados, receberam o nome comum de cogumelo mata-moscas, pois realmente exercem essa função devido à sua elevada toxicidade. Caso A. muscaria seja ingerido por seres humanos ou outro mamíferos (gado vacum, ovelhas, cães, etc.), diversas reações podem ser observadas, a maioria dessas reações já descritas na literatura. No geral, todos os fungos do gênero possuem um longo período de latência tóxica, ou seja, os primeiros sintomas da intoxicação demoram tempos mais longos para se manifestarem. No caso de A. muscaria demoram em média até duas horas após a ingestão. Há poucos relatos de intoxicação por humanos, pois a maioria da população já desconfia da toxicidade desses cogumelos. Porém, especial cuidado com crianças e animais domésticos devem ser tomados. Conforme Michelot e Melendez-Howell (2003), já se conhecem relatos de intoxicação com esse cogumelo inclusive em cachorros. Nesses, os sintomas observados foram semelhantes aos do homem, os quais são: inicialmente náuseas, tonturas, cansaço, distorções visuais e alucinações. Algumas pessoas pouco inteligentes ingerem esses cogumelos intencionalmente, pois eles são alucinógenos; entretanto, os efeitos colaterais podem ser bastante prejudiciais à saúde das mesmas, ocasionando danos irreparáveis às células do cérebro, caso consumidos regularmente. Esse cogumelo é considerado inclusive ilegal (droga alucinógena) em muitos países da Europa e das Américas. As toxinas (compostos ciclopeptídicos) afetam o sistema nervoso, podendo causar espasmos musculares, descoordenação motora, crises de euforia, depressão intensa, transpiração, lacrimejamento e até mesmo já foram relatados casos de convulsões. Posteriormente, distúrbios intestinais também são comumente observados como forma de defesa do corpo contra as toxinas, procurando expeli-las. A melhor forma de combate é a prevenção, evitando a ingestão do cogumelo; contudo, caso isso ocorra, vômito induzido pode ser provocado para expulsão parcial do agente tóxico. Geralmente, os sintomas de intoxicação, quando essa é controlada, podem desaparecer em 24 horas, não apresentando seqüelas graves na maioria dos casos.

Outros cogumelos do gênero associados a coníferas e considerados tóxicos, afortunadamente ainda não existentes no Brasil, são: Amanita virosa, A. pantherina e A. phalloides. Essa última espécie na Europa é responsável pela maioria dos casos de intoxicação de pessoas, visto sua similaridade com outras espécies comestíveis de Amanita, principalmente A. mappa e Agaricus campestris selvagens, os quais frutificam em épocas semelhantes. Amanita phalloides é considerado um dos cogumelos mais tóxicos do mundo, inclusive já tendo levado pessoas à morte por coma hepático. Ainda não existem antídotos ou tratamentos eficientes contra as suas toxinas. Muitas pessoas acham que ao serem cozidos, os princípios tóxicos dos cogumelos do gênero Amanita são eliminados; porém isso não é verdade. As toxinas de Amanita phalloides e de Amanita muscaria se mostraram resistentes ao aquecimento. Nos Estados Unidos, ocorrem sempre casos de intoxicação com Amanita verna, praticamente todos os anos, havendo inclusive diversos casos letais em humanos. Esse cogumelo é, por isso mesmo, conhecido como “anjo destruidor” (http://en.wikipedia.org/wiki/Destroying_angel). Apesar das Amanitas serem conhecidas pelos seus representantes venenosos, há algumas espécies perfeitamente comestíveis como: Amanita ovoidea, Amanita valens Gilberti e Amanita giberti Beaus. Mesmo as espécies tóxicas não apresentam sabor desagradável. Essa é uma das razões para as inúmeras intoxicações existentes.

Outros cogumelos tóxicos associados aos Pinus e outras pináceas encontrados na Europa e na América do Norte são as conhecidas “falsas morchellas” (Gyromitra esculenta, G. infula, G. caroliniana e G. gigas), que possuem chapéu com formato semelhante a um cérebro. Esses cogumelos geralmente frutificam na mesma época e local (bosques de Pinus e Picea) que a morchellas verdadeira (Morchella sp.), principalmente a morchella preta (Morchella elata), mais comumente associada a coníferas. As morchellas são fungos comestíveis muito apreciados na culinária francesa e espanhola, sendo considerados como iguarias. O fungo também ectomicorrízico, possui associação simbiótica com muitas árvores e geralmente frutifica em abundância após o fogo em algumas florestas. Existem relatos de que a falsa morchella G. esculenta é consumida por algumas pessoas sem causar nenhum efeito colateral; contudo, mesmo cozida pode acarretar tonturas, vômitos e dores de cabeça, atacando o fígado e o sistema nervoso central. É fácil encontrar as falsas morchellas em reflorestamentos de Pinus strobus durante a primavera e verão na Europa.

Em muitos países europeus e norte-americanos sair à caça de cogumelos silvestres para a alimentação já é considerado uma tradição. No Brasil, esse costume é seguido ainda por poucas pessoas, diminuindo-se as chances de intoxicação. Outro fator para o baixo índice de intoxicação por cogumelos é que apenas uma espécie tóxica associadas aos Pinus foi introduzida em nosso país. Essa, ainda, possui coloração vibrante, podendo ser facilmente identificada em reflorestamentos. Entretanto, todo cuidado é pouco. Recomendamos a leitura de nosso outro artigo sobre os cogumelos comestíveis (http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_11.html#seis), para um aprofundamento no tema cogumelos e Pinus.

Curiosa e intrigantemente, ao mesmo tempo que o cogumelo Amanita muscaria é estudado como causador de intoxicações ou como droga para os humanos, ele também tem recebido inúmeros estudos e citações de historiadores conceituados como sendo relacionado a temas bíblicos, como o "fruto da árvore da vida", ao maná do deserto, etc. Há ainda referências bibliográficas desse cogumelo em relação ao hinduísmo, como sendo fonte para a preparação do Soma, uma bebida sagrada. Temos nas referências abaixo alguns links interessantes sobre esse tópico.

Segue abaixo uma série de webpages especializadas e artigos científicos acerca de cogumelos venenosos. Aprendam como identificá-los, conhecendo mais sobre a biologia, a morfologia e sintomas pós-ingestão acessando os links abaixo:

História dos cogumelos malvados. Disponível em 13.02.2009. (em Português)
http://www.cientic.com/tema_fungos_jorn03.html

A pergunta que você mais faz. É comestível? P. Teixeira. Viseufunghi. Disponível em 13.02.2009. (em Português)
http://sol.sapo.pt/blogs/pmcat/default.aspx (Diversas informações sobre cogumelos)
http://sol.sapo.pt/blogs/pmcat/archive/2007/12/18/A-pregunta-que-v_F400_ce-
mais-faz.-_C900_-comest_ED00_vel_3F00_.aspx
(É comestível?)

Amanita muscaria.
Enciclopédia Virtual Wikipédia. Disponível em 19.01.2009
http://en.wikipedia.org/wiki/Amanita_muscaria (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Amanita_muscaria (em Espanhol)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Amanita_muscaria (em Português)

Amanita muscaria - Uma descrição não influenciada pela mídia. Cogumelos Mágicos. Disponível em 09.02.2009. (em Português)
http://www.cogumelosmagicos.org/forum/showthread.php?t=2249

Amanita muscaria. Viseufunghi - Cultura, Transformação e Comércio de Cogumelos. Disponível em 19.01.2009. (em Português)
http://viseufunghi.blogspot.com/2007_11_01_archive.html (Diversos cogumelos, excelentes fotos)
http://viseufunghi.blogspot.com/2007/11/amanita-muscaria_25.html

Amanita muscaria. M. Figueiredo; A. A. Carvalho; L. Coutinho. Sabio. Disponível em 12.02.2009. (em Português)
O website Sábio da Geocities, apresenta informações sobre a Amanita muscaria, suas principais características morfológicas, locais de origem, disseminação no Brasil, e suas características botânicas.

http://www.geocities.com/~esabio/cogumelo/amanitamuscaria.htm
http://www.infobibos.com/Artigos/2008_2/cogumelo/index.htm (também disponível em Infobibos.com)
http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=41 (também disponível no website do Instituto Biológico de São Paulo)

Toxicidade de A. muscaria. Sábio. Disponível em 12.02.2009. (em Português)
http://www.geocities.com/~esabio/cogumelo/amanitamuscaria_a.htm

Amanita phalloides. Enciclopédia Virtual Wikipédia. Disponível em 08.01.2009
A enciclopédia virtual Wikipédia possui textos em inglês, espanhol, português, entre outras línguas, sobre um dos fungos mais tóxicos associados aos Pinus. Confiram as principais características morfológicas, sintomas e os primeiros socorros a serem prestados.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Amanita_phalloides (em Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Amanita_phalloides (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Amanita_phalloides (em Espanhol)

Cogumelos tóxicos. Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul. Disponível em 8.01.2009. (em Português)
O site do Centro de Informação Toxicológica do Rio Grande do Sul apresenta as principais características do corpo de frutificação de Amanita muscaria, ainda constando suas principais toxinas e seus efeitos tóxicos em humanos. Apresenta também os principais nomes comuns dados ao cogumelo no estado. Confiram:

http://www.cit.rs.gov.br/v2/nova/?p=p_164&sName=cogumelos-toxicos (Cogumelos tóxicos)
http://www.cit.rs.gov.br/v2/nova/?p=p_161&sName=comestível-ou-venenoso- (Comestível ou venenoso)

Mushroom poisoning. NationMaster.com. Disponível em 12.02.2009. (em Inglês)
A Encyclopedia “NationMaster” possui toda uma descrição sobre intoxicação com cogumelos. Confiram os principais casos, sintomas, principais toxinas, como identificar cogumelos e evitar intoxicações, principais cogumelos venenosos, incluindo Amanita muscaria.

http://www.nationmaster.com/encyclopedia/Mushroom-poisoning

Amanita muscaria. AbsoluteAstronomy.com. Disponível em 09.01.2009. (em Inglês)
http://www.absoluteastronomy.com/topics/Amanita_muscaria

Mushrooms of West Virginia. Wildlife Diversity Program. West Virginia Division of Natural Resources. Disponível em 09.01.2009. (em Inglês)
http://www.wvdnr.gov/publications/pdffiles/mushrooms%20of%20wv.pdf

Amanita bisporigera: The Destroying Angel. Mushroomexpert.com. Disponível em 13.02.2009. (em Inglês)
http://www.mushroomexpert.com/amanita_bisporigera.html

Morchellas e falsas morchellas. Enciclopédia Virtual Wikipédia. Disponível em 04.02.2009 (em Inglês)
Confiram as fotos, descrições morfológicas, taxonomia, distribuição geográfica e até mesmo dicas de culinária das morcellas. A enciclopédia virtual Wikipédia também possui diversos dados referentes às falsas morchellas. Confiram:
http://en.wikipedia.org/wiki/False_morel (Falsa morchella)
http://en.wikipedia.org/wiki/Gyromitra_esculenta (Gyromitra esculenta)
http://en.wikipedia.org/wiki/Gyromitra_infula (Gyromitra infula)
http://en.wikipedia.org/wiki/Gyromitra_caroliniana (Gyromitra caroliniana)
http://en.wikipedia.org/wiki/Gyromitra_gigas (Gyromitra gigas)
http://en.wikipedia.org/wiki/Morchella_elata (Morchella elata)
http://en.wikipedia.org/wiki/Morel (Morchella)

Amanita muscaria mushrooms and religion - Research page.
Michael Hoffman. Disponível em 13.02.2009. (em Inglês)
Uma pesquisa de websites que mostram a relação do cogumelo A.muscaria com temas do cristianismo , tanto no velho como no novo testamento.

http://www.egodeath.com/amanita.htm


Artigos e livros:

Amanita muscaria - Herb of immortality. D.E. Teeter. The Ambrosia Society. 134 pp. (2007)
Livro de Donald Teeter que procura relacionar o cogumelo A.muscaria a temas bíblicos, como o lendário "fruto da árvore da vida".

http://ambrosiasociety.org/files/herbofimmortality.pdf
http://ambrosiasociety.org/download.html
http://ambrosiasociety.org/the_fruit_of_the_tree_of_life.html (Outras referências relacionadas à temas bíblicos)

A record of Amanita muscaria (L.) Lam. (Basidiomycetes: Amanitaceae) from Wentworth Falls, New South Wales, Australia with a review of some literature on the ecology of the species within Australia. T. J. Hawkeswood. Calodema Volume 7:29-31. (2006)

http://www.calodema.com/freefiles/306.pdf

Amanita muscaria:
chemistry, biology, toxicology, and ethnomycology. D. Michelot; L. M. Melendez-Howell. Mycrobiological Research 107 (2): 131-146. (2003)

http://www.naturamediterraneo.com/Public/data3/alessio/MYR_MICHELOT
_2003.pdf_200661215235_MYR_MICHELOT_2003.pdf

http://www.erowid.org/archive/rhodium/pdf/amanita.muscaria.review.pdf

A worldwide geographical distribution of the neurotropic fungi, analysis and discution. G. Guzmán; J. W. Allen; J. Gartz. 107 pp. (s/d)
http://www.mushroomjohn.org/wwd/ALLEN.GUZ1.pdf



Imagens sobre cogumelos tóxicos associados aos Pinus

http://www.flickr.com/search/?q=amanita+muscaria
http://www.flickr.com/search/?q=amanita+phalloides&m=text
http://www.flickr.com/search/?q=gyromitra+esculenta&m=text
http://br.olhares.com/amanita_muscaria_foto2352595.html
http://ambrosiasociety.org/amanita_muscaria.html
http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&q=%22Amanita+
muscaria%22+&btnG=Pesquisar+imagens

http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&q=Gyromitra+
esculenta&btnG=Pesquisar+imagens

http://images.google.com.br/images?um=1&hl=pt-BR&q=Amanita+
phalloides&btnG=Pesquisar+imagens

http://cogumelosportugal.forum-livre.com/outros-assuntos-f1/
amanita-muscaria-veneno-ou-droga-t399-10.htm

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Na PinusLetter N° 13, retornamos a dar destaque às produções relacionadas com Pinus oriundas de entidades que realizam estudos e pesquisas acerca dos mesmos, trazendo como destaque os artigos publicados pelo “Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social” - (BNDES).

Nessa seção, como sempre, procuraremos valorizar as instituições e autores que têm-se mostrado dedicados a estudar e a avaliar técnica, mercadológica e cientificamente os Pinus. As publicações referenciadas versam sobre florestas, ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras, celulose e papel, mercados, enfim, todas as áreas que se relacionam aos Pinus: seu desenvolvimento em plantações florestais e utilizações de seus produtos, gerando benefícios à Sociedade.

Nessa edição e com essa seção estamos a homenagear o BNDES, pelo muito que esse banco tem feito pelo setor de base florestal no Brasil. Conheçam mais sobre ele e suas publicações a seguir:

Relatórios e Estudos elaborados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES funciona desde 1952 com o objetivo de promover crédito e financiar investimentos de empresas que ajudarão a desenvolver o Brasil. Esse banco é um órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil e é considerado o principal instrumento de crédito de longo prazo do país. O BNDES dá suporte a obras de infra-estrutura e possui financiamentos a curto e longo prazo para projetos de diversos segmentos da economia como: para a agricultura, para o comércio e para as empresas de todos os tamanhos e setores, conforme a política de desenvolvimento do país. Atualmente o BNDES ainda possui duas empresas que são: Agência Especial de Financiamento Industrial (FINAME) e BNDES Participações (BNDESPAR). Em muitas situações, o BNDES, através de suas agências, apóia empresas através de participação no capital e não apenas com financiamentos.

Desde sua criação, o banco já contribuiu e muito, não apenas para o desenvolvimento econômico brasileiro, mas também para a geração de inúmeros novos postos de trabalho, aumentando a renda e a qualidade de vida de inúmeras famílias. Como conseqüência, o BNDES tem um forte compromisso social. Os incentivos sociais do BNDES não são apenas indiretos, com a criação de empregos, mas também atua fortemente em investimentos na educação, saúde, saneamento básico, transporte coletivo, e na agricultura familiar, através de seus programas específicos de financiamento a setores públicos. Esse foco em responsabilidade social pode ser comprovado através das inúmeras publicações que o BNDES disponibiliza às partes interessadas em todos os setores da economia do país. Com relação às empresas do setor florestal, dentre todas essas publicações, encontraram-se mais de 30 artigos técnicos, notícias, informativos e relatórios subdivididos entre os diversos produtos florestais existentes como papel e celulose, móveis, compensados, madeira, entre outros. Essas bibliografias foram geralmente redigidas pelos especialistas de cada setor do banco, retratando muitas vezes o panorama de uma cadeia produtiva em uma determinada época e local. Nossos agradecimentos e reconhecimento aos muitos técnicos do BNDES e em especial a nossos estimados amigos Antonio Carlos Valença, Ângela Regina Macedo e René Grion Mattos.

Nos dias de hoje, o principal objetivo do banco é promover o desenvolvimento econômico e social de forma sustentável. Logo, há a preocupação com a preservação do meio ambiente e com a qualidade de vida da sociedade brasileira. Aspectos éticos e ambientais são de alta relevância para a aprovação de crédito no banco. A sua missão é ser o banco do desenvolvimento sócio-econômico sustentável do país, tornando indústrias mais competitivas e gerando melhoria da qualidade de vida, preservando os recursos naturais para as futuras gerações brasileiras. Alguns artigos relacionados com preservação ambiental podem ser observados nas publicações do website do banco. Aos interessados por maiores informações dos créditos, políticas de apoio a financiamento, e outras publicações de outros setores que não o florestal, acessem: http://www.bndes.gov.br/index.asp (Home)

Observem a grande quantidade de informações sobre o panorama econômico e social de produtos florestais brasileiros logo a seguir. Para muitos desses produtos, os Pinus se constituem em matéria-prima de relevante importância. Frente à qualidade das informações disponibilizadas pelo BNDES, tomamos a liberdade de incluir algumas citações de publicações envolvendo outras essências florestais, tais como os eucaliptos.

Painéis de madeira no Brasil: panorama e perspectivas. R. L. G. Mattos; R. M. Gonçalves; F. B. Chagas. 36 pp. (2008)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/bnset/set2706.pdf

Transporte de carga no Brasil. S. S. Lopes; M. P. Cardoso; M. S. Piccinini. Revista do BNDES. 14(29):35-60. (2008)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/revista/rev2902.pdf

O papel da política tecnológica na promoção das exportações. P. B. Tigre. Relatório. 38 pp. (2007)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/livro_desafio/Relatorio-07.pdf

Impacto ambiental de florestas de eucalipto. M. H. F. Vital. Revista do BNDES 14(28): 235-276. (2007)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/revista/rev2808.pdf

Glossário de termos usados em atividades agropecuárias, florestais e ciências ambientais. J. G. P. Ormond. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. 3ª Edição. (2006)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/livro_glossario/glossario.pdf

Panorama setorial: Setor florestal, celulose e papel. A. M. B. Dores; F. B.Chagas; R. L. G. Mattos; R. M. Gonçalves. 28 pp. (2006)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/liv_perspectivas/04.pdf

O papel de imprensa e sua utilização pelos jornais. R. L. G. Mattos; A. C. V. Valença; R. M. Gonçalves; F. B. Chagas. BNDES Setorial 23:3-26. (2006)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/bnset/set2301.pdf

O papel das fontes renováveis de energia no desenvolvimento do setor energético e barreiras à sua penetração no mercado. R. C. Costa; C. P. T. Prates. 26 pp. (2005)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/bnset/set2102.pdf

A economia da cadeia produtiva do livro. F. S. Earp; G. Cornis. EBook. (2005)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/ebook/ebook.pdf

A indústria de produtos de madeira sólida no Brasil. Fórum Nacional de Atividades de Base Florestal. F. Castanheira Neto. BNDES. Palestra em PowerPoint:19 slides. (2003)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/seminario/florestal9.pdf

Painéis de madeira reconstituída 2. T. L. Juvenal; R. L. G. Mattos. Área de Setores Produtivos 1. 24 pp. (2002)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/relato/relato02.pdf

Papel cartão. Gerência Setorial 1. Área de Operações Industriais 2.Produtos Florestais. 8 pp. (2002)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_22.pdf

O setor de celulose e papel. T. L. Juvenal; R. L. G. Mattos. BNDES 50 Anos. Livro. (2002)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/livro_setorial/setorial04.pdf

Papel de imprensa. Gerência Operacional 1. Setores Produtivos I. Produtos Florestais 27. 8 pp. (2002)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_27.pdf

O setor florestal no Brasil e a importância do reflorestamento. T. L. Juvenal; R. L. G. Mattos. BNDES Setorial 16: 3-30. ( 2002)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/bnset/set1601.pdf

A indústria de máquinas e equipamentos para o setor de celulose e papel. A. C. V. Valença. BNDES Setorial 14: 93-110. (2001)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/bnset/set1405.pdf

Celulose de mercado. A. C. Valença; R. Mattos. Área de Operações Industriais 2. 7 pp. (2001)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_25.pdf

A década de 90. Mercado de celulose. A. C. V. Valença;R. L. Grion Mattos. 39 pp. (2001)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/relato/cel90.pdf

O comércio eletrônico no setor de celulose e papel. A. C. Valença; M. Freire. Gerência Setorial 1. Área de Operações Industriais 2. Produtos Florestais. 5 pp. (2000)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_24.pdf

Painéis de madeira aglomerada. T. L. Juvenal; R. L. Mattos. Produtos Florestais. Gerência Setorial 1. Área de Operações Industriais 2. 7 pp. (1999)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_19.pdf

Celulose e pasta de mercado. Perspectivas 1997 / 2001. Gerência Setorial 1. Área de Operações Industriais 2. Produtos Florestais. 7 pp. (1999)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/inf_12.pdf

A reestruturação do setor de papel e celulose. R. L. G. Mattos; A. C. V. Valença. BNDES Setorial 10:253-268. 16 pp. (1999)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/set1006.pdf

Celulose e pastas para fabricação de papel. Gerência Setorial 1. Produtos Florestais. 10 pp. (1999)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_15.pdf

Papel e celulose. Comércio exterior. Gerência Setorial 1. Área de Operações Industriais 2. 13 pp. (1999)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_18.pdf

Panorama do setor moveleiro no Brasil, com ênfase na competitividade externa a partir do desenvolvimento da cadeia industrial de produtos sólidos da madeira. A. P. F. Gorini. Revista Móbile Fornecedores. 50 pp. (1998)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/set801.pdf

Indústria brasileira de celulose e papel. Necessidade de investimentos.
A. R. P. Macedo; A. C. V. Valença; R. L. G. Mattos. 13 pp. (1998)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/relato/r_03_98p.pdf

A crise asiática e o setor de celulose e papel no Brasil. Gerência Setorial 1. Informe Setorial 14. 7 pp. (1998)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_14.pdf

Painéis de madeira aglomerada. C. A. Roque; A. C.Valença. 22 pp. (1998)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/set805.pdf

Papel de imprensa. A. R. P. Macedo; E. T. Leite. BNDES Setorial. 11 pp. (1998)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/imprensa.pdf

Painéis de madeira. A. R. P. Macedo; C. A. L. Roque. BNDES Setorial. 14 pp. (1997)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/painel.pdf

Produtos sólidos de madeira. A. R. P. Macedo; C. A. L. Roque; E. T. Leite. BNDES setorial. 17 pp. (1997)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/madexpo.pdf

O terceiro ciclo de investimentos da indústria brasileira de papel e celulose. A. Macedo; A. C. Valença. 13 pp. (1996)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/set4.pdf

O setor de papel e celulose no Brasil e no mundo. Cenário Internacional. Relatório BNDES. 15 pp. (1996)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/relato/rel52b.pdf

A trajetória de crescimento dos principais produtores brasileiros de papel e celulose. 1970/94. A. Macedo; R. Mattos. 18 pp. (1996)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/Bnset/bndeset3.pdf

Caixas de papelão ondulado. Gerência Setorial de Papel e Celulose 1. Área de Operações Industriais 2. Produtos Florestais. 8 pp. (1996)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_21.pdf

Papel de imprensa. Gerência Setorial de Papel e Celulose. Área de Operações Industriais 2. 6 pp. (1995)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_05.pdf

Papel de embalagem. Gerência Setorial de Papel e Celulose. Área de Operações Industriais 2. 6 pp. (1995)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/setorial/is_g1_07.pdf

Produtos florestais. Panorama 1980/1992.
Gerência Setorial 1. 41 pp. (1980)
http://www.bndes.gov.br/conhecimento/relato/rel4cor.pdf

Referências de Eventos e de Cursos

Nessa seção, trazemos referências de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam diretamente ou indiretamente aos Pinus. A característica marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos, os quais já ajudam a saber das novidades no ramo e dos assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços de URLs, vocês podem obter o material do evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar do próximo.

51st Annual Convention - Society of Wood Science and Technology. Concepción (Chile)
O primeiro encontro de âmbito internacional organizado pela “Sociedade de Ciência e Tecnologia da Madeira” foi sediado em Concepción, Chile, em dezembro de 2008, na Universidade de Bío-Bío. Durante os dois primeiros dias do evento, houve apresentações nas áreas de engenharia da madeira, mercado global de produtos florestais, qualidade da madeira e tendências para o processamento da madeira no século XXI. Durante esses dias ainda foi realizada a seção de exposição de pôsteres técnicos. O último dia do evento foi marcado pela visitas a florestas plantadas e a fábricas das proximidades. Confiram os diversos trabalhos completos disponíveis no site da conferência referentes aos assuntos citados a cima.

http://www.swst.org/meetings/AM08/index.html (Home)
http://www.swst.org/meetings/AM08/proceedingsgt.html (Área: mercado global em produtos florestais)
http://www.swst.org/meetings/AM08/proceedingswq.html (Área: qualidade da madeira)
http://www.swst.org/meetings/AM08/proceedings/ (Índice de trabalhos publicados no evento)
http://www.swst.org/meetings/AM08/proceed2008anmtg.html (Áreas do evento)

Seminário sobre Restauração de Áreas de Preservação Permanentes-APPs. CONAMA. (Brasil)
Esse seminário sobre restauração de áreas de preservação permanente ocorreu em Brasília em julho de 2006. O site do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) possui disponível para download diversos projetos e os resultados apresentados durante o evento.

http://www.mma.gov.br/port/conama/reunalt.cfm?cod_reuniao=784

60ª Reunião Anual da SBPC. (Brasil)
A 60ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) foi promovida pela Unicamp, em Campinas, SP, e ocorreu em julho de 2008. Na página oficial do evento encontram-se dados como a programação, responsáveis, abertura e os resumos de todos os trabalhos apresentados. Acessem os relacionados com Pinus logo abaixo.

http://www.sbpcnet.org.br/livro/60ra/ (Página do Evento)
http://www.sbpcnet.org.br/livro/60ra/resumos/resumos/R3074-1.html (Resumos)
http://www.sbpcnet.org.br/livro/60ra/resumos/resumos/R3074-1.html (P. taeda)
http://www.sbpcnet.org.br/livro/60ra/resumos/resumos/R3074-1.html (P. taeda e P. elliottii)

Forest Day 2. (Polônia)
Forest Day 2 foi um evento que ocorreu paralelamente ao “14th Session of the Conference of the Parties” (COP 14) na Polônia em dezembro de 2008. Esse evento é parte dos trabalhops executados junto ao United Nations Framework Convention on Climate Change (UNFCCC), ou seja, da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. O evento juntou mais de 900 participantes de todas as partes do mundo para a discussão de temas que relacionam as florestas com as mudanças climáticas globais. Observem alguns resumos e apresentações sobre sustentabilidade, bio-energia, reflorestamento, reservas e seqüestro de carbono, entre outros temas discutidos durante o evento.

http://www.cifor.cgiar.org/Events/COP14-ForestDay/forest_day2008.htm (Comentários)
http://www.cifor.cgiar.org/Events/COP14-ForestDay/Plenary.htm (Apresentações)
http://www.cifor.cgiar.org/Events/COP-ForestDay/sessions_summary.htm (Resumos)

Pinus-Links

A seguir, estamos trazendo a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos, ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção, estamos ainda colocando Pinus-Links com algumas empresas ou organizações técnicas importantes no uso dos produtos dos Pinus, ou então na divulgação tecnológica sobre os mesmos. Muitas destas empresas possuem importantes programas ambientais e sociais que vale a pena destacar.

Para a leitura, basta você clicar sobre os endereços de URLs para abrir nossas indicações ou salvá-las como favoritas em seu computador.

ForestryNepal.
(em Inglês)
A “ForestryNepal” é uma webpage sem fins lucrativos mantida por estudantes e entusiastas do setor florestal do Nepal. O principal objetivo do site é promover uma plataforma de intercâmbio de notícias, tecnologias, conhecimentos; enfim, informações sobre o setor florestal desse país ao público interessado. Quem constrói o site são os próprios cadastrados que podem adicionar artigos, teses e outras publicações a disposição de todos. Observem os links abaixo e adquiram conhecimento sobre as florestas do Nepal.

http://www.forestrynepal.org/ (Home)
http://www.forestrynepal.org/publlications/thesis/list (Teses on line)
http://www.forestrynepal.org/publications/article/list (Artigos)
http://www.forestrynepal.org/publications/reports/list (Literaturas sobre florestas e sociedade)

Urban Forestry South Expo. (em Inglês)
A “Urban Forestry South Expo” é uma organização não governamental sem fins lucrativos que trabalha com os temas ligados a florestas urbanas, ajudando na conservação e suporte dessas áreas. Para tanto, a webpage disponibiliza a todos interessados diversos artigos e apresentações sobre o tema. Observem os existentes para os Pinus.

http://www.urbanforestrysouth.org/ (Home)
http://www.urbanforestrysouth.org/search?SearchableText=Pinus&review_state=published (Pesquisas sobre Pinus)
http://www.urbanforestrysouth.org/resources/collections/trees-utilities-appleton-nucfac-2004 (Árvores e suas utilidades)
http://www.urbanforestrysouth.org/resources/collections/publicaciones-en-espanol/ (Publicações em espanhol)
http://www.urbanforestrysouth.org/resources/library (Biblioteca)
http://www.urbanforestrysouth.org/resources/presentations (Apresentações)

Tall Timbers. (em Inglês)
“Tall Timbers” é uma organização sem fins lucrativos existente há mais de 50 anos e que objetiva a coleta de informações sobre silvicultura, bem como ecologia, manejo conservacionista do solo, fogo controlado e estudo de vertebrados. A organização possui uma área de estudos reconhecida por refúgio e preservação da vida silvestre norte-americana. A organização também ajuda a promover a conservação de terras utilizadas para a agricultura e florestamentos no sul dos Estados Unidos. Observem a seguir os trabalhos que vêm sendo feito pelos seus pesquisadores e extencionistas e também alguns artigos publicados.

http://www.talltimbers.org/ (Home)
http://www.talltimbers.org/landconservancy.html (Conservação do solo)
http://www.talltimbers.org/forestry.html (Silvicultura)
http://www.talltimbers.org/info-publications.html (Publicações)

Exploring the World of the Trees. (em Inglês)
O blog “Exploring the World of the Trees” é especializado em descrever espécies de árvores com a ajudada de fotos e de figuras. Há várias coníferas já caracterizadas no blog, incluindo várias pináceas. Confiram os resultados para essas últimas:

http://tree-species.blogspot.com/ (Home)
http://tree-species.blogspot.com/search?q=pinus (Pesquisa para Pinus)
http://tree-species.blogspot.com/search?q=conifers (Pesquisa para coníferas)

Estação Florestal Nacional (EFN). INIAP. (em Português)
A Estação Florestal Nacional (EFN) pertence ao Instituto Nacional de Investigação Agrária e das Pescas de Portugal. Trabalha com pesquisas de diversos âmbitos do setor florestal e possui 4 departamentos de investigação: Departamento de Ecofisiologia e Melhoramento Florestal, Departamento de Ecologia, Recursos Naturais e Ambientais, Departamento de Proteção Florestal e Departamento de Silvicultura e Produtos Florestais. A EFN objetiva o desenvolvimento do setor no país, através dos seus estudos técnicos e científicos. Para tanto, há à disposição no seu website uma série de informações sobre os Pinus e outras árvores, o que inclui teses, dissertações, artigos, apresentações, notícias, entre outros. Não deixem de conferir.

http://www.iniap.min-agricultura.pt/default.aspx?uni=5 (Home)
http://www.iniap.min-agricultura.pt/bibliopac/bin/wxis.exe/bibliopac/ (Pesquisa Pinus)
http://www.cientic.com/tema_plantas.html (Apresentações sobre plantas)
http://www.cientic.com/tema_ambiente.html (Apresentações sobre tratamento de resíduos)
http://www.iniap.min-agricultura.pt/resultados_investigacao.aspx?uni=5#publ (Resultados de pesquisas)
http://www.iniap.min-agricultura.pt/centro_informacao.aspx?uni=4 (Centro de informações)

York Timber Organization Ltd. (em Inglês)
Empresa florestal da África do Sul que atua nos segmentos de plantações florestais certificadas de Pinus (cerca de 60.000 hectares) e Eucalyptus (6.000 ha), madeira serrada e laminação e compensados.

http://www.york.co.za (Home)
http://www.york.co.za/au/fd.asp (Área florestal)

Compensados Guararapes - (em Português)
Tradicional empresa brasileira de painéis de madeira compensada que recentemente iniciou operações na fabricação de painéis MDF a partir de madeira de Pinus, com madeira certificada pelo FSC, no estado do Paraná. A empresa vem atuando desde 1984 nos estados de Santa Catarina e agora também no Paraná.

http://www.guararapes.com.br (Home)
http://www.guararapes.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=25&Itemid=39 (Área florestal)

Compensados de Madeira de Pinus

Os compensados de madeira, denominados de “plywood” na língua inglesa, são formados por diversas lâminas finas de madeira prensadas e coladas sob temperatura e pressão constantes. Para tanto contam com a ajuda de adesivos e, em alguns casos, de extensores.

Previamente aos anos 90, os compensados de madeira no Brasil tinham como principal matéria-prima as lâminas de madeiras de árvores folhosas tropicais. A falta de qualidade e uniformidade desse tipo de material e a crescente preocupação ambiental fizeram com que as indústrias de compensados, principalmente do sul do Brasil, substituíssem essas madeiras pela madeira dos Pinus, abundantes em reflorestamentos na região. Além disso, o transporte das lâminas de madeira até as fábricas de compensados tornou-se mais barato e viável quando comparado com as lâminas que vinham do norte do país. Em 10 anos, dobrou a utilização de Pinus como matéria-prima para compensados, passando de 30 % no início da década de 90 para mais de 70 % do total de produção.

A madeira dos Pinus é menos densa, o que pode influenciar na qualidade do compensado. Geralmente, as lâminas de Pinus são utilizadas no interior do compensado, podendo ser mais espessas e irregulares que as das extremidades (capas). É comum que ainda sejam utilizadas lâminas mais finas e com melhor acabamento para as superfícies externas, proveniente de árvores de folhosas. Devido à maior disponibilidade da madeira de Pinus no mercado e principalmente por ser ambientalmente correta e muitas vezes certificada, várias pesquisas estão sendo feitas no mundo todo, inclusive no Brasil, a fim de averiguar as propriedades das lâminas de espécies de Pinus para compensados bem como aprimorar as tecnologias de fabricação com melhores técnicas de prensagens e fórmulas adesivas para colagem, garantindo assim um produto de melhor qualidade. Logo, as principais variáveis envolvidas na fabricação do compensado são: espécie da madeira laminada, tipo de adesivo e tecnologia de montagem da chapa. As resinas mais utilizadas pelas indústrias de compensados brasileiras são a base de fenol-formaldeído e de uréia-formaldeído. Essa última requer o uso de extensores (farinha de trigo), sendo menos resistente à umidade do que a de base fenol-formaldeído (mais utilizada para exteriores). As resinas devem ser espalhadas em toda a superfície das lâminas a ponto de formar uma camada uniforme, permitindo que haja a colagem eficiente. O tempo de colagem (assemblagem) é uma variável importante, pois determina a resistência do painel. Esse tempo ocorre entre a passagem do adesivo nas lâminas até o fechamento da prensa e deve permitir o umedecimento a ponto de permitir a penetração nas células superficiais da madeira.

No Brasil, as espécies Pinus elliottii e Pinus taeda são as espécies mais plantadas do gênero, contudo estudos apontam o potencial para a fabricação de compensados também para: Pinus caribaea, Pinus chiapensis, Pinus maximinoi, Pinus oocarpa, Pinus merkusii e Pinus tecunumannii, sendo seus resultados considerados satisfatórios quando comparados aos compensados de P. taeda.

De acordo com Arriaga e Peraza, na Espanha, ainda não há especificações qualitativas para as lâminas internas de compensados de Pinus; porém, as lâminas da capa possuem restrições: o diâmetro de nós vivos não devem ultrapassar 50 mm e para outros tipos de nós, 40 mm. Pequenas fissuras com diâmetros inferiores a 10 mm são permitidas, assim como pequenas irregularidades, manchas e remendos/costuras.

Outro problema existente em coníferas, que são árvores de rápido crescimento, é a presença da madeira juvenil, considerada limitante principalmente no que tange a técnica da colagem. Tal madeira possui baixa densidade e alta permeabilidade, que influencia na mobilidade do adesivo e na resistência da linha de cola. Os compensados de madeira feitos a partir desse tipo de madeira devem ter as técnicas de produção adaptadas.

A certificação florestal vem sendo cada vez mais requisitada para produtos exportados, tornando os Pinus ainda mais utilizados para a confecção de compensados. Graças às certificações FSC e CERFLOR, o Brasil cresceu suas exportações de madeira compensada e participa desse interessante e atrativo mercado global. Para conhecer mais sobre esse mercado, visitem o website da ABIMCI - Associação Brasileira da Indústria da Madeira Processada Mecanicamente (http://www.abimci.com.br). Leiam os Estudos Setoriais editados pela associação e disponíveis em: http://www.abimci.com.br/estudos_setoriais/estudo_setorial2006/estudos_setorial2006.html . Estatísticas recentes (dezembro de 2007) da produção de painéis de madeira compensada no Brasil podem ser também ser encontradas no excelente documento editado pela SBS - Sociedade Brasileira de Silvicultura e de título "Fatos e Números do Brasil Florestal (http://www.sbs.org.br/FatoseNumerosdoBrasilFlorestal.pdf).

Há diversos trabalhos e estudos já realizados com a madeira dos Pinus como compensados disponíveis na literatura. Adquiram maiores informações a respeito de resultados de pesquisas sobre a tecnologia da fabricação dos compensados de Pinus logo abaixo.

Use of tannin from Pinus oocarpa bark for manufacture of plywood. E. S. Ferreira; R. C. C. Lelis; E. O. Brito; S. Iwakiri. Proceedings of the 51st International Convention of Society of Wood Science and Technology. 11 pp. (2008)
http://www.swst.org/meetings/AM08/proceedings/WS-22.pdf

Indústrias de compensados de Pinus estão otimistas. O Estado do Paraná. Paraná-on line. Notícias. (2008)
http://www.parana-online.com.br/editoria/economia/news/24683/

Aplicações do compensado e do MDF no setor mobiliário. C.M. Oliveira. REDETEC. Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas. IBICT. 6 pp. (2007)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt5828.pdf

Fábrica de compensados e aglomerados.
V.M.C.Campos. CETEC. Sistema Brasileiro de Respostas Técnicas. IBICT. 5 pp. (2007)
http://sbrtv1.ibict.br/upload/sbrt6148.pdf?PHPSESSID=7353151a99016c97e0d9f9829cb1b891

Avaliação das propriedades mecânicas de painéis compensadosde Eucalyptus dunnii e Eucalyptus dunnii/ Pinus taeda
. P. Jaeger; M. Ziger. Cerne 13(3): 329-338. (2007)
http://www.dcf.ufla.br/cerne/Revistav13n3-2007/artigo%2011.pdf

RESUMO: Microscopic assessment of the effect of saw-textured Pinus radiata plywood surface on the distribution of a film-forming acrylic stain. P. A. Singh; B. S. W. Dawson. JCT Research. (2006)
http://www.accessmylibrary.com/coms2/summary_0286-17447749_ITM

Fatores que influenciam no rendimento em laminação de Pinus spp. G. M. Bonduelle; S. Iwakiri; D. Chies; D. Martins. Floresta e Ambiente 12(2): 35–41. (2006)
http://www.if.ufrrj.br/revista/pdf/Vol12%20no2%2035A41.pdf

RESUMO: Tool wear properties of five extenderl fillers in adhesive mixes for plywood. T. J. R. Sellers; G. D. Miller; W. Smith. Forest Products Journal 55(3): 27-31. (2005)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=16605017

Fluxograma de produção de compensado de madeira. ABIMCI. Artigo Técnico nº 20. 3 pp. (2004)
http://www.abimci.com.br/sistadm/arquivos/14/Fluxograma%20de
%20prod%20de%20compensado%20de%20madeira.pdf


Novas tecnologias aplicadas. ABIMCI. Artigo Técnico nº 14. 4 pp. (2004)
http://www.abimci.com.br/sistadm/arquivos/14/Novas%20tecnologias%20aplicadas.pdf

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Referências de alguns produtores e fornecedores de compensados de madeira (referem-se apenas a exemplos para fins didáticos e não a recomendações comerciais)

Celplac: http://www.celplac.com.br/mainpage.php
Chapas de Madeira: http://www.chapasdemadeirite.com/comnpensados.htm
Compensa: http://www.compensa.com.br/produtos.htm
Compensados Dourados: http://www.compensadosdourados.com/compensados.htm
Compensados Guararapes: http://www.guararapes.com.br
CompensadosNet: http://www.compensados.net
Compensados Sudati: http://www.sudati.com.br/web/site/?p=2
Idapol: http://www.idapol.com.br/indexpt.php
LFPP: http://www.lfpp.com.br/2009/empresa.php
Madeiras Pinheiro: http://www.madeiraspinheiro.com.br/index.php/182
Marcenaria DeMelo: http://www.marcenariademelo.com.br/materiaprima/compensado.htm
Marply: http://www.marply.com.br/principal/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1
Postal Compensados: http://www.postalcompensados.com.br/br/empresa.php
Satipel: http://www.satipel.com.br/site/home/faq.asp
Wiflorest: http://www.wiflorest.com.br

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

As Plantações Florestais de Pinus e a Alelopatia


A alelopatia pode ser definida como sendo "efeitos de ordem direta ou indireta que uma planta exerce sobre outra vizinha através da exudação de compostos químicos e também pela ação de microorganismos por eles influenciados" (Web, 2008; Nabais e Rodriguez, 2008; Ferreira et al., 2007; Azevedo et al., 2007; Coder e Daniel, 1999; Hass et al., s/d; Ferguson e Rathinasabapathi, s/d). As substâncias liberadas pelas plantas e microorganismos podem tanto trazer benefícios como prejuízos a outra planta sensível aos mesmos, podendo influenciar na sua germinação, desenvolvimento, floração, enfim, a sua biologia, podendo inclusive levá-la a morte. É fato conhecido que as plantas desenvolveram, ao longo de sua evolução, mecanismos de defesa para se protegerem de fungos saprófitas, de animais herbívoros, de pragas e doenças, etc., etc. Dentre esses mecanismos, muitas vezes conhecidos por resistência das plantas, está a produção de compostos químicos naturais por elas metabolizados e que podem influenciar outros vegetais próximos a elas. Esses compostos podem estar presentes nas cascas, raízes, folhas, frutos, sementes, etc. Muitos possuem odor forte, outros causam irritações e fitotoxicidade, etc. Dentre esses compostos encontram-se alguns extrativos ou óleos essenciais produzidos por espécies florestais.

Efeitos alelopáticos de plantas em outras plantas são observados por pesquisadores há muito tempo. A palavra, inclusive originou-se do grego, onde allelon = de um para outro, pathós = sofrer, mas a sua definição científica foi primeiramente colocada por Molisch em 1937.

As substâncias envolvidas na alelopatia são geralmente biomoléculas chamadas de aleloquímicos que são lançadas no meio ambiente por plantas em diversas formas, podendo ser líquidos, permanecendo apenas no solo ou água, ou/e voláteis, localizando-se no ar próximo às plantas produtoras (Ferreira et al., 2007; Sampietro, 2003; Ferreira et al., 1999). Na ecologia, os aleloquímicos são também chamados de infoquímicos por promoverem interação entre as plantas e é mais comum a observação de efeitos negativos do que positivos na Natureza (Coder e Daniel,1999; Carmo, s/d). Isso ocorre exatamente pelo fato das plantas usarem aleloquímicos como forma de defesa contra outros seres vivos.

Segundo Sampietro (2003), tanto a produção de compostos secundários por plantas como a influência que causam em outros organismos são frutos da co-evolução, já sendo aprimorados na Natureza por muitas gerações. Muitas vezes, a alelopatia pode ser confundida pela competição entre plantas; porém, há diferenças importantes entre ambas: na competição, dois organismos pertencentes ao mesmo nicho ecológico disputam um elemento vital e escasso no meio ambiente, tais como luz, nutrientes e água. Já na alelopatia, ocorre a produção e a adição de um composto químico no ambiente capaz de beneficiar ou prejudicar organismos. Apesar da diferença entre ambos os termos, muitos pesquisadores acreditam que a alelopatia esteja inserida dentro da competição (Web, 2008; Azevedo et al., 2006; Sampietro, 2003; Carmo, s/d). Outra confusão comum consiste em se atribuir o nome de alelopatia ao abafamento causado pela deposição de folhedo ou serapilheira. A serapilheira pode ou não ter efeito alelopático. Se no material orgânico depositado se encontrarem aleloquímicos, esse efeito é então de alelopatia. Senão, trata-se apenas de um abafamento físico, impedindo algumas plantas de germinarem ou de se desenvoverem por "sufocamento".

A alelopatia ocorre indiretamente quando os aleloquímicos liberados por raízes, lixiviados pela água da chuva ou produzidos pela degradação microbiana afetam a microbiota do solo, podendo esta inibir a ação desses produtos ou potencializá-la anteriormente a sua absorção da planta receptora (Sampietro, 2003; Carmo, s/d). Então, o efeito desses produtos sofrem influência de uma série de outros fatores bióticos e abióticos como pH do solo, microrganismos, sensibilidade dos vegetais, temperatura, etc. (García, 1996; Carmo, s/d).

Os aleloquímicos, após absorvidos pelas folhas ou raízes da planta receptora, podem interferir em estruturas vitais do receptor e no seu metabolismo celular; podem ser sintetizados no interior das células sendo integrados no metabolismo; ou podem ser inativados e excretados através de enzimas responsáveis pela defesa celular (Sanpietro, 2003, Carmo, s/d).

Muitas pessoas possuem dúvidas entre as relações alelopáticas existentes na Natureza, não sabendo como entendê-las corretamente. Isso ocorre também com a alelopatia em relação aos Pinus. Atualmente, a alelopatia vem desempenhando importante papel no controle biológico de plantas daninhas na agricultura e em áreas florestais, podendo oferecer alternativas para herbicidas mais amigos do meio ambiente (Kebede et al., 1994). Logo, o objetivo desse trabalho foi o de reunir informações e estudos a respeito da alelopatia que os Pinus podem exercer em outros organismos e como isso pode ser vantajoso ou prejudicial para os sistemas agroflorestais. O texto também aponta a importância da alelopatia na produção agrícola e florestal, incluindo algumas perspectivas futuras.

A alelopatia e a agricultura sustentável

O movimento pela preservação do ambiente vem ganhando cada vez mais força, havendo uma preocupação crescente na diminuição do uso de produtos potencialmente poluentes. Dentre esses químicos encontram-se os agrotóxicos, muito comuns na agricultura e silvicultura modernas. A busca de gerenciamentos mais sustentáveis é também observada no setor florestal, que através de manejo ambientalmente correto de suas florestas ajuda na conservação de seus recursos para as gerações futuras e melhora a qualidade de vida de trabalhadores e de comunidades próximas.

O conhecimento da alelopatia é de alta relevância para um manejo ambiental correto, visto que pode ajudar na diminuição do uso de agrotóxicos em florestas e sistemas agrícolas, promovendo assim uma agricultura de forma mais sustentável (Sampietro, 2003). O mesmo autor aponta que o conhecimento da rotação ou sucessão de culturas, manejo de resíduos e a semeadura direta são estratégias que se adequam e se complementam com a alelopatia, visto que essa pode atuar como herbicida biológico contra algumas plantas daninhas. Muitas das substâncias aleloquímicas são menos tóxicas que muitos defensivos químicos, diminuindo chances de contaminações aos humanos, animais e alimentos. Substâncias aleloquímicas, por serem naturais e quando bem empregadas, são ambientalmente corretas e podem inclusive aumentar a produção através da diminuição da competição por plantas invasoras e diminuição de pragas e doenças (Hass et al., s/d).

De acordo com Sampietro (2003) e Azevedo et al. (2006), os Pinus e seus resíduos podem possuir efeitos alelopáticos que podem ser visíveis em plantas sensíveis de acordo com o ambiente que se encontram. Resta descobrir como potencializar esses efeitos em benefício da agricultura e da silvicultura, através de pesquisas direcionadas a essa finalidade. As pesquisas relacionando a alelopatia com o controle de plantas daninhas em sistemas que utilizam vários resíduos vêm crescendo na agricultura e agroecologia, já havendo resultados que apontam o potencial de diversas palhadas e restos de culturas, incluindo o efeito alelopáticos de serapinheiras e acículas de Pinus.


Outros estudos com compostos alelopáticos em florestas de Pinus


Segundo Sampietro (2008), grande parte dos vegetais superiores produzem terpenóides; contudo, poucos possuem efeitos alelopáticos. Geralmente não é apenas um composto que gera a alelopatia, mas sim uma integração de vários e mais condições ambientais favoráveis. Os monoterpenos são os compostos mais comuns que causam alelopatia, tais como: alcanfor, a e b pineno, 1,8-cineol, e dipenteno. Plantas como sálvia, amaranto, erva-mate, eucaliptos, Pinus e muitas outras são capazes de produzir aleloquímicos.

Extratos aquosos de folhas de Eugenia dysenterica, Pinus elliottii, Solanum lycocarpum e suas misturas foram avaliados durante a germinação e crescimento de capim-braquiária (Brachiaria decumbens) em experimento conduzido por Pina et al. (2007). Nenhum dos extratos testados apresentou efeito significativo na germinação, sendo que para o tratamento com Pinus a percentagem germinativa foi de 63% contra 82% da testemunha. O extrato de Pinus também não diminuiu o crescimento da parte aérea de braquiária, havendo inclusive um estímulo na concentração de 1%. Na concentração de 3% do extrato, as raízes apresentavam baixas quantidades de pelos absorventes, porém as raízes secundárias eram mais longas.

Ferreira et al. (2007), avaliaram o efeito de extratos etanólicos de Corymbia (Eucalyptus) citriodora e de Pinus elliottii na germinação e desenvolvimento do picão-preto e da alface. Em ambas as espécies, não se observaram resultados inibitórios para as concentrações dos extratos de P. elliottii testados. Contudo, o picão-preto apresentou menor desenvolvimento que a alface quando submetido aos tratamentos com compostos de C. citriodora. Um bom potencial para se controlar biologicamente essa erva.

Azevedo et al. (2007) relataram a influência de compostos químicos extraídos de folhas de Pinus e de eucalipto sobre a germinação de alface. Observaram-se diferenças significativas das sementes germinadas no tratamento com extratos de eucaliptos, quando comparadas com as de Pinus e com as testemunhas. Os extratos de Pinus causaram redução significativa no desenvolvimento das raízes das plantas, o mesmo foi observado com os de eucalipto.

Em estudo avaliando a bioatividade de extratos sobre alface conduzido em 2007, Mairensse e colaboradores observaram que o extrato de Pinus promoveu inibição significativa da germinação. Porém, não houve efeito significativo sobre a sobrevivência das plântulas germinadas para seus compostos.

Fernandez et al. (2006) avaliaram os efeitos alelopáticos de raízes e acículas de Pinus halepensis de três diferentes idades sobre a germinação de alface e de Linum strictum. Todos os extratos aquosos influenciaram nas germinações e a espécie mais sensível aos extratos do Pinus foi L. strictum, que mostrou baixos índices de germinação e de desenvolvimento, principalmente com extratos de acículas de Pinus com mais de 10 anos de idade e com extratos de raízes de Pinus com mais de 30 anos. Os resultados indicaram que P. halepensis pode influenciar na sucessão secundária de povoamentos através de seus exudados aleloquímicos.

Nissanka et al. (2005), compararam a diversidade da vegetação de regeneração e de microorganismos do solo em áreas de reflorestamento de Pinus caribaea e em áreas de florestas naturais no Sri Lanka. Os autores observaram que os níveis de diversidade foram significativamente inferiores tanto para a vegetação regenerativa como para os microorganismos das florestas plantadas de Pinus. A alelopatia provocada pelos pinheiros é uma das possíveis causas para que explicavam esse resultado, segundo os autores.

Efeitos tóxicos de extratos aquosos de Pinus rigida e alguns de seus compostos fenólicos foram observados por Younh-ok e colaboradores em 1990, durante a germinação de nabo forrageiro (Raphanus sativus var. hortensis). A percentagem da germinação diminuiu drasticamente com o aumento das concentrações dos extratos.

Considerações finais

Os Pinus podem produzir substâncias alelopáticas que em determinadas condições edafo-climáticas inibem o desenvolvimento de algumas espécies sensíveis de plantas. Porém, se bem manejado, isso pode ser utilizado a favor de outra espécies menos sensíveis e economicamente importantes na agricultura, conseguindo-se assim um sistema agroflorestal sustentável e tendo os compostos alelopáticos dos Pinus como uma alternativa ao uso de agrotóxicos/herbicidas.

Assim como para os eucaliptos, muitos que se dizem ambientalistas acreditam que o efeito da alelopatia em Pinus pode prejudicar o crescimento de plantas nativas e diminuir a diversidade em seus sub-bosques, bem como criar zonas de inibição, prejudicando a produção e culturas próximas às florestas plantadas. Embora algumas plantas sensíveis possam eventualmente mostrar algum efeito do tipo alelopático a substâncias exudadas por espécies de Pinus ou de Eucalyptus, muitas outras podem perfeitamente conviver ao lado das mesmas. Estamos muito distantes do que muitos pregam erradamente de que efeitos alelopáticos dessas espécies florestais possam impedir qualquer tipo de crescimento vegetal em seus sub-bosques. Cabe lembrar que existem vários fatores ambientais e edáficos que que influem na alelopatia, fazendo com que muitas vezes ela não se manifeste. Logo, estudos que observem essas condições bióticas e abióticas são de extrema relevância e devem ser incentivados para melhor manejo dessas áreas (Garcia, 1996). Além disso, o potencial alelopático para espécies de Pinus tem-se revelado baixo, na grande parte dos trabalhos pesquisados. Há infelizmente um pequeno número de trabalhos publicados com Pinus. Portanto, a potencialidade dos Pinus na supressão de plantas invasoras também é outro assunto que deveria ser mais abordado em pesquisas (Ferguson; Rathinasabapathi, s/d). Tais autores inclusive indicam todos os passos que deveriam ser seguidos para demonstrar a alelopatia em estudos científicos: primeiramente a planta de origem, a produção e a identificação do composto aleloquímico e as plantas mais sensíveis a ele. A persistência do extrato aleloquímico no ambiente, concentrações ideais para afetar as plantas suscetíveis, as principais reações nessas plantas e as interações com outros organismos também devem ser testados em laboratório e a campo.

O maior conhecimento da alelopatia na produção agrícola e florestal pode trazer benefícios com o melhoramento genético de plantas com potencial de produção de aleloquímicos, tornando-as ainda mais efetivas no controle biológico de plantas daninhas (Ferguson; Rathinasabapathi, s/d). Por outro lado, conhecendo melhor as agentes alelopáticos e as plantas a eles sensíveis pode favorecer o melhor manejo florestal das plantações de Pinus, minimizando os potenciais impactos negativos de sua cultura. Portanto, nada melhor do que intensificar as pesquisas no Brasil acerca desse tema relevante, que pode ajudar a termos uma silvicultura cada vez mais sustentável.


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O Eucalyptus é um gênero de plantas alelopáticas? F. M. da Silva Carmo. 2 pp. (sem data e sem referência de fonte)

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