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Editorial

Caros amigos interessados pelos Pinus,

Estamos lhes trazendo a Décima-Sétima Edição da nossa PinusLetter. Mais uma vez, estamos nos esforçando para lhes trazer temas relevantes e assuntos interessantes e atuais para leitura. Nessa edição, continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e outras coníferas, bem como à preservação de nossos recursos naturais e à sustentabilidade das plantações florestais. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse e agrado. Nessa edição estamos dando destaque especial à nossa "Araucaria angustifolia" (Pinheiro Brasileiro) trazendo textos e referências bibliográficas envolvendo essa conífera.

Em continuidade à seção sobre "As Coníferas na América Latina" destacamos algumas das principais características da "Araucaria angustifolia". Trata-se de uma espécie florestal tipicamente brasileira que possui alta importância social, econômica e ambiental, principalmente para a região sul do país, onde ocorre naturalmente. Conheçam um pouco sobre sua biologia, variedades, plantações, regiões de abrangência e algumas exigências eco-fisiológicas dessa espécie. Saibam ainda um pouco mais sobre os esforços para conservação de A. angustifolia em seu bioma natural.

Continuamos nessa edição a dar destaque a essa conífera nativa brasileira, trazendo outro texto técnico que trata das qualidades da madeira de A. angustifolia em: "Araucaria angustifolia: qualidade de sua madeira". Através desse texto buscamos ressaltar algumas das principais propriedades físicas, químicas e morfológicas da madeira dessa espécie, também disponibilizando as suas principais funções.

Aproveitamos para trazer também um tema bastante interessante e criativo: "utilização das escamas dos pinhões para tratamento de efluentes". A. angustifolia é portanto extremamente versátil e útil para a sociedade, mostrando assim mais uma função para um de seus componentes. As cascas dos pinhões e escamas das pinhas possuem importante capacidade de absorção de metais pesados, podendo ser utilizadas como bioabsorventes alternativos e de baixo custo em indústrias. Conheçam mais sobre essas propriedades e potencialidades de utilização ecologicamente correta de A. angustifolia. Com tantas vantagens e potencialidades somam-se as razões para nossos esforços para manutenção e conservação dessa fantástica espécie florestal brasileira.

Da mesma forma que em outras PinusLetters anteriores, estamos a homenagear outro Grande Autor sobre os Pinus, nosso estimado e competente amigo "Geraldo José Zenid". Pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em São Paulo, possui diversos trabalhos a respeito da caracterização das madeiras de diversas espécies arbóreas para a construção civil. Um desses trabalhos resultou na publicação do livro "Madeira: uso sustentável na construção civil", onde é autor e coordenador. O livro, já na sua segunda edição objetiva o uso racional da madeira trazendo tecnologias de conservação para a sua maior durabilidade, além de abordar aspectos legais, funcionais e práticos aos leitores.

Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados e materiais dos cursos e eventos referenciados.

Como tema do "Mini-artigo Técnico" dessa edição trazemos um relato sobre "Defeitos mais Comuns nas Toras e Madeiras de Pinus durante o seu Beneficiamento", discutindo, definindo e caracterizando os principais tipos de não-conformidades que depreciam e diminuem o valor da madeira do Pinus, caso as técnicas de beneficiamento como desdobro e secagem não sejam realizadas apropriadamente.

Aos Patrocinadores e aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento pela oportunidade, incentivo e ajuda em levar ao público alvo, que cada vez é maior, muitos conhecimentos a respeito dessas árvores fantásticas que são as dos Pinus e também as de outras coníferas comercialmente e ecologicamente importantes para nossa sociedade.

Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização das várias qualidades do gênero Pinus para as plantações florestais no Brasil, América Latina e península Ibérica, levando sempre mais conhecimento também sobre os produtos derivados dos Pinus para a sociedade e sobre a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade.


Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:

ABTCP - Associação Brasileira Técnica de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)

KSH - CRA Engenharia Ltda (http://www.ksh.ca/en/)

e a todos os muitos Apoiadores da PinusLetter::
http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter_apoio.html

Um forte abraço e muito obrigado a todos vocês.

Ester Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html

Celso Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html

Nessa Edição*

As Coníferas na América Latina: Araucaria angustifolia - Curiosidades e Aspectos Taxonômicos

Araucaria angustifolia: Qualidade da sua Madeira

Referências Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores sobre os Pinus: Geraldo José Zenid

Referências de Eventos e de Cursos

Pinus-Links

Utilização das Escamas dos Pinhões para Tratar Efluentes

Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel
Defeitos mais Comuns nas Toras e Madeiras de Pinus durante o seu Beneficiamento

*Foto acima dessa seção - Nessa Edição - cedida pelo amigo engº agrº Michel Gerber - Ecocell

As Coníferas na América Latina: Araucaria angustifolia

Curiosidades e Aspectos Taxonômicos

A Araucaria angustifolia é uma árvore de alta relevância na cultura e na paisagem das regiões Sul e Sudeste do Brasil, fazendo parte da vida do povo dessas regiões. Espécie pertencente à família Araucariaceae, essa conífera possui vários nomes comuns como: pinheiro-do-Paraná, pinho brasileiro, pinheiro das Missões, pinheiro-de-São-José, pinheiro-caiová, curi (origem indígena) entre outros tantos. Sua distribuição geográfica se estende desde as regiões mais elevadas do estado de São Paulo, partes de Minas Gerais e do Rio de Janeiro até os estados brasileiros mais sulinos, de onde são oriundas. Esses são: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul onde encontram-se florestas com A. angustifolia com maior freqüência, podendo também haver áreas com ocorrência natural também no Paraguai e na Argentina (Ambiente Brasil, 2003; Wikipédia, 2009).

Já se observou a preferência de desenvolvimento da espécie em solos mais férteis, apesar de conseguir se desenvolver em condições edáficas variadas, indo desde solos arenosos e areníticos até os ricos de origem basáltica e com forte presença de pedras e impedimentos no subsolo. As florestas de A. angustifolia são heterogêneas, não possuindo apenas uma espécie de árvores. As araucárias interagem com canela, imbuia, erva-mate, cedro, xaxim, entre outras espécies que formam a floresta ombrófila mista, também conhecida como Mata das Araucárias, uma subdivisão do Bioma da Mata Atlântica. Há preferência ao desenvolvimento de A. angustifolia em zonas de maior altitude, variando essa de 300 a 2000 m. Também possuem características de árvores de clima temperado devido à exigência térmica. As temperaturas ideais de desenvolvimento de A. angustifolia variam de 10 a 21°C, podendo suportar geadas e temperaturas abaixo de zero graus (até -10°C) (Wikipédia, 2009; Laharrague, 2003).

A.angustifolia foi primeiramente descrita taxonomicamente como Columbea angustifolia Bertol., em 1819 (Wikipédia, 2009). A árvore possui grande porte, é perenifólia, podendo chegar a 35-50 m de altura, DAP (diâmetro da altura do peito) de 1,5 a 2,0 m e circunferência de 8,5 m sob condições naturais (Laharrague, 2003). É dióica, havendo indivíduos de cada sexo (árvores femininas e masculinas), produzindo apenas gametas femininos chamados de ginostróbilo ou masculinos (androstróbilos ou mingote) (Mattos apud BRDE, 2005). Várias flores femininas se arranjam juntas ao redor de um eixo comum formando as pinhas, geralmente nas partes extremas dos ramos. Em sua região de origem uma árvore demora em torno de 15 anos para iniciar o seu ciclo reprodutivo soltando os pinhões (suas sementes) e as escamas vazias (flores não fecundadas ou pinhões não desenvolvidos e que se apresentam na forma de escamas). A maturação das pinhas demora em média 20 a 22 meses após o florescimento. A inflorescência masculina é menos desenvolvida que a feminina, possuindo vários sacos polínicos que se aglomeram em volta de um eixo comum mais alongado. Ao contrário da pinha, que possui forma arredondada e circunferência de 30 a 50 cm, o estróbilo masculino tem formato cilíndrico, 3 cm de largura e comprimento de 8 a até 20 cm. A floração vai de agosto a setembro havendo pinhões disponíveis à alimentação da fauna silvestre e também de seres humanos no período de abril a setembro, variando de acordo com a variedade genética dos indivíduos da população de árvores.

Quando jovem, a planta possui formato de copa piramidal, assemelhando-se a um guarda-chuva fechado. Porém, quando adultas, com a gradual desrama natural dos galhos inferiores, adquire um formato todo peculiar e único ao gênero Araucaria: tronco reto contendo galhos apenas na extremidade superior, abertos na forma de uma taça ou de um guarda-chuva agora aberto com as extremidades voltadas para cima (Laharrague, 2003). Esses galhos com sua orientação terminal voltada para cima se sobrepõem um sobre o outro formando diversos andares. Essa formação estrutural confere uma beleza inigualável às florestas desses pinheiros.

Muitos cientistas observaram variabilidade genética entre populações de A. angustifolia, pois essa espécie é uma das que possui maior área geográfica de distribuição comparada a outras do mesmo gênero. Isso possibilitou a divisão da espécie em variedades que se diferenciam principalmente de acordo com o período de maturação das pinhas. Os pinhões da variedade caiova amadurecem de julho a agosto. Já para a variedade indehiscens, isso ocorre de outubro a janeiro (Mattos apud BRDE, 2005). Além das duas variedades já citadas, há outras como a variedade angustifolia e a variedade dependens, que diferem também na coloração dos pinhões e em outros aspectos morfológicos.

De acordo com Laharrague (2003), estudos genéticos já observaram as diferenças entre populações originárias de regiões geográficas distintas. Inclusive já foi criado em laboratório um híbrido entre A. angustifolia e A. araucana. Porém os resultados para sua comercialização não se mostraram práticos. Trabalhos objetivando melhores condições de propagação (sexuada e vegetativa) e germinação da semente e substratos ideais também já foram bastante desenvolvidos. As sementes possuem germinação de em torno de 80 % mantendo-se viáveis sob condições naturais por 6-7 meses; porém essa viabilidade pode ser dobrada caso os pinhões sejam estocados em temperaturas entre 3-4°C. O tamanho do pinhão, que pode chegar a ter um comprimento de 45 mm, influi positivamente tanto na taxa germinativa como no crescimento inicial de mudas. Essas se desenvolvem melhor em substratos ricos em matéria orgânica (Laharrague, 2003). Silva e colaboradores (2001) apontam que muito já se sabe sobre a propagação e genética de A. angustifolia, porém ainda é pouco para o desenvolvimento de reflorestamentos comerciais produtivos, o que explica o pouco sucesso desses. Logo, muitos estudos sobre as exigências da planta, sobre seus aspectos biológicos e reprodutivos ainda precisam ser realizados. Há muitas objeções entre os que plantam florestas para fins comerciais em relação a: exigências de qualidade do solo, ritmo de crescimento lento e exigências burocráticas e legais que deixam o reflorestador sem a certeza que poderá colher no futuro a madeira que estaria plantando hoje.

Diversos autores ressaltam que reflorestamentos com A. angustifolia geralmente ocorrem em regiões marginais, de solos pobres ou já desgastados pelo mau uso agrícola. Isso foi uma das causas dos baixos resultados da maioria desses povoamentos. Logo, as áreas para reflorestamento deveriam ser escolhidas levando em conta as condições de solo. Em Misiones, na Argentina, há reflorestamentos comerciais de árvores da espécie mostrando resultados positivos com crescimentos superiores a 35 m³/ha.ano em solos vermelhos e profundos. Contudo, Laharrague (2003) aponta que florestamentos fora da área de origem da espécie podem-se mostrar pouco promissores devido ao baixo índice de crescimento das plantas. O uso indiscriminado da madeira de A. angustifolia fez com que boa parte de suas florestas fossem dizimadas, restando poucas áreas originais intactas. Hoje a espécie é considerada em perigo de extinção e restam menos de 1 % do total de sua área original. Logo, medidas devem ser tomadas a ponto de conscientizar a população sobre esse problema, assim como pesquisas deveriam ser incentivadas a fim de buscar soluções e novas tecnologias que possibilitem conciliar o manejo dessas árvores e seu uso sustentável aliado a conservação da espécie.

Segue logo abaixo uma série de bibliografias que incluem textos técnicos e artigos científicos já desenvolvidos com A. angustifolia. Nesses, há à disposição inúmeras informações sobre essa árvore que vão desde a importância sócio-ambiental, até as características morfológicas e formas de manejo. Observem fotos e figuras da árvore e de suas principais partes. Saibam um pouco mais sobre o perigo de extinção, os desafios e esforços para a manutenção e conservação da espécie.

Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze.
REARO - Rede de Educadores Ambientais Rio das Ostras. Disponível em 25.05.2009:
Texto disponibilizado através do portal AmbienteBrasil e distribuido pelo website da REARO, possui muitas características morfológicas da espécie, além da biologia da árvore, alguns aspectos culturais, distribuição geográfica, nomes comuns, entre outros.
http://educacao.riodasostras.rj.gov.br/rearo/pdf/araucariaangus.pdf

Araucaria angustifolia. Gymnosperm Database. Disponível em 25.05.2009:
O portal científico Gymnosperm Database possui a descrição morfológica e biológica de A. angustifolia. Também caracteriza aspectos ecológicos da importância da árvore na sua região de origem, principais utilizações, conservação e muitos outros aspectos em um texto bastante completo no idioma inglês.
http://www.conifers.org/ar/ar/angustifolia.html

Pinheiro-do-Paraná. Wikipédia. Disponível em 25.05.2009:
A enciclopédia gratuita Wikipédia possui várias informações sobre A. angustifolia; porém, o texto mais completo é o que está em Português, pelo fato de ser a espécie endêmica no Brasil. Há descrições da morfologia da árvore, biologia, manejo, condições edafo-climáticas para melhor desenvolvimento, distribuição geográfica, principais utilizações, importância social, ambiental e econômica.
Confiram em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Araucaria_angustifolia (em Português)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinheiro-do-paran%C3%A1 (em Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Araucaria_angustifolia (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Araucaria_angustifolia (em Espanhol)

Araucarias Website. O site das árvores nativas do sul do país. Disponível em 21.07.2009:
http://www.araucariaswebsite.hpg.ig.com.br/home.html (Home)
http://www.araucariaswebsite.hpg.ig.com.br/fotos.html (Fotos de araucárias)

Araucária: realidade e perspectivas para a produção sustentável. D. A. Brena. Fórum Internacional do Agronegócio Florestal. Apresentação em Powerpoint: 08 slides. (2009)
http://ageflor.tempsite.ws/upload/biblioteca/araucaria.pdf

Araucária - O pinheiro brasileiro. T.S. Soares; J.H. Mota. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal VIII(13). 10 pp. (2009)
http://www.revista.inf.br/florestal/pages/resenhas/nota01.pdf

A araucária como fruteira. F. Zanette; J. I. Anselmini; L. S. Oliveira. In: Anais do Primeiro Encontro Paranaense de Fruticultura. p: 39 - 47. (2007)
http://www.fundacaoaraucaria.org.br/projetos/projetos03-2007/11801-A.pdf

Inter-relações no crescimento de Araucaria angustifolia em diferentes locais do Rio Grande do Sul. A.F. Hess. Tese de Doutorado. UFSM - Universidade Federal de Santa Maria. 177 pp. (2006)
http://cascavel.cpd.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=839

Floresta de araucária: uma teia ecológica complexa. Revista Instituto Humanitas Unisinos -IHU Online. p.: 02 - 31. (2006)
http://www.unisinos.br/ihuonline/uploads/edicoes/1158354193.59pdf.pdf

Cultivo da Araucaria angustifolia. Viabilidade econômico-financeira e alternativas de incentivo. F. M. Aquino. Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. 53 pp. (2005)
http://www.brde.com.br/estudos_e_pub/IS%202005-01Cultivo
%20da%20arauc%C3%A1ria%20SC.pdf

Determinação de biomassa e carbono em povoamentos de Araucaria angustifolia em Caçador, S.C. A. Tomaselli. Dissertação de Mestrado. FURB - Universidade Regional de Blumenau. 151 pp. (2005)
http://proxy.furb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=170

Caracterização das relações entre Araucaria angustifolia e nitrogênio inorgânico. M. L. Garbin. Dissertação Mestrado. UFRGS. 135 pp. (2005)
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/6534

Perspectivas da recuperação e do manejo sustentável das florestas de araucária. C.R. Sanquetta. ComCiência. Reportagem. (2005)
http://www.comciencia.br/reportagens/2005/08/09.shtml
http://www.comciencia.br/reportagens/2005/08/09_impr.shtml


Araucária - O pinheiro brasileiro.
T.S. Soares; J.H. Mota. Revista Científica Eletrônica de Engenharia Florestal II(3). (2004)
http://www.revista.inf.br/florestal04/pages/resenhas/revisao01.htm

Araucaria angustifolia (Araucária). A. Angeli; J. L. Stape. IPEF. Identificação de espécies florestais. Departamento de Ciências Florestais - ESALQ/USP. (2003)
http://www.ipef.br/identificacao/araucaria.angustifolia.asp

Araucaria angustifolia
(Bertol.) Kuntze. P. Laharrague. 03 pp. (2003)
http://www.rngr.net/Publications/ttsm/Folder.2003-07-11.4726/
Araucaria%20angustifolia.pdf/at_download/file

Anatomia foliar de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze (Araucariaceae). A. A. Mastroberti; J. E. A. Mariath. Revista Brasileira de Botânica 26(3): 343-353. (2003)
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84042003000300007

Cultivo do pinheiro-do-Paraná. P.E.R. Carvalho; M.J.S. Medrado. Sistemas de Produção. Embrapa Florestas. (2003)
Excelente manual acerca do Pinheiro Brasileiro (ou Pinheiro-do-Paraná), descrevendo aspectos botânicos, morfológicos, taxonômicos, ecológicos, bem como aqueles relacionados às plantações de florestas em escala comercial para produção de madeira e outros produtos de forma sustentável.
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/
Pinheiro-do-Parana/CultivodoPinheirodoParana/index.htm

Recomendação de solos para Araucaria angustifolia com base nas suas propriedades físicas e químicas. H. D. Silva; A. F. J. Bellote; C. A. Ferreira; I. A. Bognola. Boletim de Pesquisa Florestal 43: 61-74. (2001)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim43/silva.pdf

Levante a mão em defesa da Araucária. NeoAmbiental. (2001)
http://www.geocities.com/mantiqueira2000/reportagens/araucaria05122001.htm

Araucaria angustifolia: Qualidade da sua Madeira

A madeira sempre foi considerada um dos principais produtos do pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia) desde a chegada dos primeiros colonizadores na região sul do Brasil, local de origem da espécie (Angeli e Stape, 2003), até os dias de hoje. Assim, devido a essa excepcional qualidade e alta versatilidade de uso, a extração indiscriminada da madeira foi uma das grandes razões para a grande devastação ocorrida desde o início do século XIX, com a chegada dos imigrantes que conduziram aos primeiros desmatamentos da região, até a sua exploração comercial no século XX. A exploração da Araucaria chegou ao ápice nos anos 50, entrando em declínio nos anos 80, já por falta de produto para suprimento das serrarias e também pelas restrições legislativas impostas pelo governo a fim de preservar as florestas remanescentes (Brena, 2009).

A madeira de A. angustifolia possui coloração branco amarelada, é bastante uniforme, sendo moderadamente densa, entre 0,5 a 0,61 g/cm³ (densidade aparente). A densidade básica varia entre de 0,40 a 0,48 g / cm³. De acordo com Mattos et al. (2006) é uma madeira considerada leve possuindo coeficiente de retrabilidade médio de 0,52 %. A textura da madeira de A. angustifolia é considerada fina, possui lustrosidade média, é lisa ao tato, com grã direita, não podendo se distinguir facilmente a madeira proveniente do cerne e do alburno (Angeli e Stape, 2003). Além disso, possui cheiro bastante agradável (Aquino, 2005).

A secagem natural da madeira diminui a qualidade das toras e tábuas por aumentar a quantidade de rachaduras e torções. Logo, recomenda-se a secagem artificial controlada. As torções e distorções são também um dos principais problemas a serem controlados no beneficiamento da madeira dessa espécie, apesar de ser de fácil trabalho manual devido à sua densidade média e principalmente receber facilmente acabamentos na carpintaria e marcenaria. Em função de suas qualidades, a madeira do pinheiro-do-Paraná é utilizada para confecção de móveis, para a serraria, para habitações, sendo portanto, muito recomendada para a construção civil. É muito potencial para uso em laminação, sendo matéria-prima de tábuas para forros, ripas, pranchas, compensados e formas para concreto. Serve também para a caixotaria, para a tanoaria, para confecção de lápis, palitos de fósforos, mastros para construção naval, para elaboração de postes e moirões, de cabos de vassoura, entre outros (Laharrague, 2003; Angeli e Stape, 2003; Aquino, 2005; Mattos et al. 2006; Zenid et al. 2009). A madeira de A. angustifolia possui boas características de fibra (longa) para a confecção de celulose e de papel kraft resistente, já tendo sido inclusive utilizada no passado por indústrias da região para esse propósito (Guerra et al. 2002; Aquino, 2005; Mattos et al, 2006). Foelkel (1973) mostrou as vantagens comparativas da madeira de A.angustifolia em relação às de Pinus para fabricação de celulose kraft por terem fibras mais longas e maior densidade básica.

A madeira do pinheiro-do-Paraná, caso seca ao natural e exposta ao ar livre, possui baixa durabilidade, sendo comumente atacada por cupins, mofos e outros agentes depreciantes; porém, é facilmente tratada com produtos químicos de preservação devido à elevada permeabilidade da madeira (Aquino, 2005; Zenid et al. 2009).

O nó-de-pinho possui elevado potencial calorífico, sendo muito utilizado no passado para gerar energia em caldeiras de indústrias. Hoje, ainda é bastante aproveitado como lenha para aquecimento de ambientes, assim como a casca desse pinheiro, que também possui elevado poder calorífico (Angeli e Stape, 2003).

Além da variabilidade genética existente em distintas populações, a qualidade da madeira de A. angustifolia também pode ser afetada pelo manejo que é dado às florestas. Fatores ambientais como temperatura, vento e solo comumente influenciam as propriedades da madeira (Mattos et al. 2006). Dessa forma, já há algumas pesquisas que avaliam aspectos qualitativos madeireiros de A. angustifolia provindas de diferentes regiões, assim como trabalhos que comparam as características de sua madeira as de outras espécies arbóreas como as dos Pinus, por exemplo.

Observem alguns desses experimentos a seguir.

Mattos et al. (2006) caracterizaram a madeira de A. angustifolia de povoamentos de 38 anos. Os principais resultados observados foram: densidade básica média de 0,425 g/ cm³; densidade básica da casca de 0,395 g/cm³. Os autores comentaram que os resultados corroboraram aos de outros pesquisadores; contudo, algumas diferenças foram encontradas devido principalmente às idades distintas de povoamentos e as condições genéticas e ambientais presentes. Observou-se também que a densidade básica tende a crescer no sentido medula/casca, estabilizando-se à medida que se aproxima da casca. Esse fato também observado foi por Rolin e Ferreira (1974) e também por Wehr e Tomazello Filho (2000). Mattos et al. (2006) também relataram o poder calorífico da madeira de A. angustifolia como sendo de 4.670 kcal/kg base seca. Eles ainda avaliaram os teores de extrativos totais, lignina e holoceluloses, encontrando valores de 3,8% ; 27,8% e 68,4%, respectivamente. Também observaram longos traqueídeos na madeira da população avaliada, encontrado valores de 5,2 mm de comprimento e 48,3 a 57,5 µm de largura.

Jankowsky e Silva (1985) observaram o gradiente de umidade da madeira serrada do pinheiro-do-Paraná durante a secagem artificial. Essa ocorreu em temperaturas máximas de 70°C, considerada como sendo de um programa convencional de secagem. Os autores concluíram que a forma de secagem mostrou-se adequada devido à baixa quantificação de defeitos na madeira como as rachaduras. O comportamento do gradiente de umidade levou os autores a classificar a madeira como moderadamente permeável.

Santini et al. (2000) compararam as propriedades físicas e mecânicas de madeiras de A. angustifolia, Pinus elliottii e Pinus taeda, submetidas a tratamentos e manejos semelhantes. Testes de flexão estática, de compressão axial e de dureza axial comprovaram a superioridade da madeira da A. angustifolia, em relação às outras testadas.

Segundo Angeli e Stape (2003) valores qualitativos e quantitativos superiores das toras de A. angustifolia em relação às de Pinus também foram observados em termos de rendimento (m³ de tábua/m³ de tora) durante o desdobro mecânico. Os valores de rendimento obtidos para A. angustifolia foram de 1/1,6; enquanto que para Pinus foi de 1 / 2,3.

Não há dúvidas quanto à qualidade e a versatilidade do uso da madeira de A. angustifolia. Apesar de todas essas virtudes, o futuro dessa árvore apresenta-se incerto. Isso principalmente pelo desmatamento que sofreu no passado, levando-a ao estado de espécie ameaçada de extinção. Assim, mais estudos deveriam continuar sendo realizados para o uso comercial de plantações florestais dessas árvores a fim de buscar novas tecnologias de manejo de reflorestamento, buscando utilizar seus recursos de forma sustentável. De acordo com Brena (2009), a conservação do pinheiro-do-Paraná depende do seu uso de forma racional e inteligente. Isso também é válido para a utilização de sua madeira. A simples proibição do corte levará a diminuição da população do pinheiro, já que há resistência dos proprietários de terra em permitir o crescimento espontâneo de novas plantas, as quais colocariam em risco a possibilidade de uso agrícola da terra da forma convencional. Por isso, a proibição longe de ser a solução, pode ser inclusive uma força desfavorável para a conservação dessa espécie.

A todos interessados pelas propriedades da madeira de A. angustifolia segue a seguir algumas bibliografias interessantes que também foram utilizadas para a elaboração desse texto. Observem:

Madeira: uso sustentável na construção civil.
Edição 2. G.J. Zenid; M.A.R. Nahuz; M.J.A.C. Miranda; L.F.T. Romagnano; O.P. Ferreira; S. Brazolin. 103 pp. (2009)
http://www.ipt.br/centro_publicacoes_interna.php?id_publicacao=
3&id_unidade=13&qual=publicacoes
http://www.ipt.br/download.php?filename=6-Madeiras:_uso_sustentavel_na_construcao_civil.pdf
http://www.orsaflorestal.com.br/shared/util/manual_2009.pdf

Araucária: realidade e perspectivas para a produção sustentável. D. A. Brena. Fórum Internacional do Agronegócio Florestal. Apresentação em Powerpoint. 08 slides. (2009)
http://ageflor.tempsite.ws/upload/biblioteca/araucaria.pdf

Resumo: Número de anéis de crescimento como parâmetro para a estimativa da massa específica de três espécies florestais. M. F. Barboza. XVI Congresso de Iniciação Científica. 05 pp. (2007)
http://www.ufpel.tche.br/cic/2007/cd/pdf/CA/CA_00359.pdf

Caracterização física, química e anatômica da madeira de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze. P. P. Mattos; C. D. Bortoli; R. Marchesan; N. C. Rosot. 04 pp. (2006)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec160.pdf

Cultivo da Araucaria angustifolia. Viabilidade econômico-financeira e alternativas de incentivo. F. M. Aquino. BRDE - Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul. 53 pp. (2005)
http://www.brde.com.br/estudos_e_pub/IS%202005-01Cultivo%20da%20arauc%C3%A1ria%20SC.pdf

Araucaria angustifolia (Araucária). A. Angeli; J. L. Stape. Departamento de Ciências Florestais - ESALQ/USP. (2003)
http://www.ipef.br/identificacao/araucaria.angustifolia.asp

Exploração, manejo e conservação da araucária. M. P. Guerra; V. Silveira; M. S. Reis; L. Schneider. In Sustentável Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais (L.L. Simões & C.F. Lino, orgs.). SENAC, São Paulo, p.85-102. (2002)
http://books.google.com.br/books?id=1F2cR-tsYBMC&pg=PA85&lpg=PA85&dq=
Guerra+2002+araucaria+angustifolia+%22Explora%C3%A7%C3%A3o,+manejo+e+conserva
%C3%A7%C3%A3o+da+arauc%C3%A1ria%22&source=bl&ots=Pmw-BHpLXP&sig=
7UgiqalbDkIsG1I6VcMv4ltygSs&hl=pt-BR&ei=EE9OSrzkFs6ktwermsigBA&sa=X&oi=
book_result&ct=result&resnum=3

Caracterização dos anéis de crescimento de árvores de Araucaria angustifolia (Bert) O. Kuntze através de microdensitometria de raio X. N. J. Wehr; M. Tomazello Filho. Scientia Forestalis 58: 161-170. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr58/cap12.pdf

Análise comparativa das propriedades físicas e mecânicas da madeira de três coníferas de florestas plantadas. E. J. Santini; C. R. Haselein; D. A. Gatto. Ciência Florestal 10(1):85-93. (2000)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v10n1/art6v10n1.pdf

Gradiente de umidade durante a secagem da madeira de Araucaria angustifolia (BERT.) O. KTZE. I. P. Jankowsky; L. E. Silva. IPEF 31:57-59. (1985)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr31/cap06.pdf

Variação da densidade da madeira produzida pela Araucaria angustifolia (BERT.) O. Kuntze em função dos anéis de crescimento. M. B. Rolim; M. Ferreira. IPEF 9: 47-55. (1974)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr09/cap03.pdf

Unbleached kraft pulp properties of some of the Brazilian and U.S. pines. C.E.B.Foelkel. Tese de Mestrado. State University of New York / Syracuse. 204 pp. (1973)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Unbleached%20kraft%20pulp.pdf

Referências Técnicas da Literatura Virtual

Grandes Autores sobre os Pinus: Geraldo José Zenid


Nesta PinusLetter, em “Referências Técnicas da Literatura Virtual”, voltamos a homenagear grandes autores sobre os Pinus, seção que destaca os pesquisadores e autores que se dedicaram aos estudos das espécies dos Pinus, características, manejos e principais produtos. Trazemos teses, dissertações, livros, palestras, apostilas e artigos de diversas revistas em que estas pessoas publicaram.

Nessa edição, homenageamos um dos autores e também o coordenador da famosa obra "Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil", já na sua segunda edição, editada na forma de livro digital e em papel pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em 2009: Geraldo José Zenid.

Com a crescente preocupação com o meio ambiente, a sustentabilidade também foi incorporada em projetos arquitetônicos de muitas construções e edificações, tornando esse livro de altíssima relevância. Foram impressos 15.000 exemplares do livro em forma papel tradicional - muito artística e de rara beleza no seu "design". São poucos nesse formato, mas o livro e seus ensinamentos está disponível para download na internet através de diversos websites tais como:
http://www.ipt.br/centro_publicacoes_interna.php?id_publicacao=3&id_unidade=13&qual=publicacoes
http://www.ipt.br/download.php?filename=6-Madeiras:_uso_sustentavel_na_construcao_civil.pdf
http://www.orsaflorestal.com.br/shared/util/manual_2009.pdf

Em suas 103 páginas incluindo capas, o livro objetiva levar informações aos usuários, fornecedores e beneficiadores, a respeito do uso racional da madeira, evitando seu desperdício em construções, além de dos principais cuidados que devem ser tomados para sua maior durabilidade. Para tanto, o livro também ressalta outros aspectos muito importantes que vêm ganhando cada vez mais importância na atualidade: a certificação das boas práticas do manejo florestal, a garantia de origem e rastreabilidade da madeira. Conheçam também onde a madeira é utilizada na construção civil, seus principais produtos e indicações para sua utilização de forma ideal. Confiram também informações a respeito da qualidade da madeira e de como realizar controle eficiente e ambientalmente correto de cupins subterrâneos, considerados grandes depreciadores da madeira aplicada em construções. Conheçam também aspectos legais da cadeia de custódia da madeira no Brasil. O livro não aborda apenas a madeira provinda de espécies de Pinus, mas também possui fichas tecnológicas de espécies nativas como da Araucaria angustifolia e também outras exóticas comuns em reflorestamentos sustentáveis, como é o caso do Eucalyptus.

Agradecemos a Geraldo Zenid, também aos outros autores do CT-Floresta do IPT - Centro de Tecnologia de Recursos Florestais (Márcio A. R. Nahuz, Maria José A.C. Miranda, Lígia F.T. Romagnano, Oswaldo P. Ferreira e Sérgio Brazolin), aos demais colaboradores, aos patrocinadores (Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo e SindusCon - Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e à equipe técnica do IPT pelos esforços na elaboração desta bibliografia já tão importante para o setor de construção civil e também florestal.

A seguir, estamos lhes disponibilizando informações a respeito da vida profissional do nosso estimado amigo Geraldo José Zenid, através de um breve resumo de seu currículo, de uma entrevista comentando sobre pontos importantes do livro "Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil", comentando também sobre o uso racional dos Pinus no setor madeireiro. Por fim, há à disposição outras publicações do autor referente ao assunto.
Confiram:

Geraldo José Zenid
Currículo CNPq Plataforma Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4709085U3

Geraldo J. Zenid é biólogo, formado pela USP - Universidade de São Paulo no ano de 1976 e mestre pela mesma instituição (ESALQ/USP) em 1997, tendo se dedicando a pesquisas referentes à madeira na construção civil. Geraldo Zenid, durante toda sua formação profissional, sempre teve um vínculo forte com o IPT, iniciando como assistente-aluno em 1975 e permanecendo na instituição até os dias de hoje, colaborando e muito com pesquisa, extensão, administração, difusão de conhecimentos, através de publicações e cursos, etc. Geraldo Zenid tem ocupado cargos técnicos e gerenciais no IPT na antiga Divisão de Produtos Florestais do instituto e também na responsabilidade pelo laboratório de Anatomia e Identificação de Madeiras. Atualmente ocupa a função de chefia do Agrupamento de Propriedades Básicas da Madeira, sendo também pesquisador do instituto, atuando principalmente nas áreas de: tecnologia de madeira como na identificação botânica, anatômica, propriedades e controle de qualidade de madeiras. Tem ministrado diversos cursos e palestras, principalmente em auditoria da madeira, classificação da madeira serrada para exportação segundo a regra NHLA (National Hardwood Lumber Association - http://www.natlhardwood.org/) e identificação botânica da madeira. Geraldo Zenid vem contribuindo muito para o uso adequado e racional das madeiras de diversas espécies através da divulgação de seus trabalhos.

Entrevista com Geraldo José Zenid:


Como surgiu a idéia do livro?
" Nos anos 1980 e 1990, começaram a escassear as madeiras de peroba-rosa e pinho-do-Paraná – tradicionalmente empregadas na construção civil habitacional – ao mesmo tempo que madeiras amazônicas e de reflorestamento (Pinus e eucalipto) começaram a ser ofertadas nas regiões Sul e Sudeste. Desde esse período, o IPT tem sido procurado por especificadores (indivíduos construindo suas casas, engenheiros, arquitetos, empresas privadas e públicas, e órgãos da administração pública), que de uma forma geral buscavam indicações de madeiras substitutas daquelas tradicionais e informações técnicas sobre as novas espécies ofertadas no mercado.

No início dos anos 90 iniciei meu curso de Mestrado na ESALQ-USP, sob orientação do Eng. Agrônomo Dr. João Peres Chimelo. Dentre os temas por mim propostos para a dissertação, o Dr. Chimelo escolheu aquele em que se propunha:

• coletar e identificar botanicamente as madeiras serradas que estavam sendo comercializadas na cidade de São Paulo; e

• empregar um método de seleção de madeiras para usos na construção civil habitacional considerando suas propriedades tecnológicas, tendo como paradigma as madeiras de peroba-rosa e pinho-do-Paraná.

Confesso que dentre os temas que tinha para meu trabalho acadêmico, o escolhido era aquele que tinha a minha menor preferência. Achava-o simples e com pequeno conteúdo e desafio científico. No entanto, o Dr. Chimelo, com sua experiência, insistiu que eu o adotasse por considerar a sua utilidade para o setor. Acabei aceitando, afinal ele era meu orientador e meu chefe e amigo no IPT ... A dissertação foi defendida em 1997 e, de lá para cá, a escolha do Dr. Chimelo mostrou-se realmente acertada, revelando o quanto o setor de madeira serrada no Brasil é carente de informações relativamente simples, em geral disponíveis nos institutos e universidades, e que por uma falha de divulgação - ou seria de distanciamento entre órgãos de pesquisas e empresas ? – não atingem o setor o setor madeireiro.

No início dos anos 2000 presenciamos, além da preocupação do bom uso da madeira sob a égide das questões relacionadas aos sistemas da qualidade, o impacto das questões relacionadas ao meio ambiente, com a madeira amazônica se tornando uns dos vilões ("de forma algo exagerada em minha opinião") da exploração predatória do imenso recurso florestal amazônico. Nesse contexto, até os reflorestamentos têm sido condenados por ambientalistas mal informados.

Em 2002, o IPT foi procurado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município de São Paulo, que solicitou que fosse avaliada a relação de madeiras que constavam nas especificações de compra da Prefeitura de São Paulo. A partir desta demanda, acrescida da mesma preocupação dos empresários congregados no Sindicato da Indústria da Construção Civil de São Paulo – SindusCon, nasceu a idéia da publicação do manual "Madeira: Uso Sustentável na Construção Civil", cuja primeira edição lançada em 2003, com 5.000 exemplares, teve repercussão acima da expectativa dos editores e esgotou-se rapidamente.

Em 2007 o IPT, a SVMA e o SindusCon sentindo a necessidade de atualizar as informações do manual, visto que importantes ações foram implantadas na área ambiental, e agora contando com o apoio do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável, Greenpeace-Brasil, Grupo de Produtores Florestais Certificados na Amazônia e WWF-Brasil. Entretanto, somente em 2009, equacionadas as verbas necessárias, foi lançada a segunda edição revista e ampliada do manual. Desta vez foram impressos 15 000 exemplares. Em ambas as edições, a obra foi colocada à disposição dos interessados pela Internet, existindo dezenas de websites onde pode ser encontrada."

Uma frase ou palavras sobre o livro:

"O livro preenche uma lacuna no segmento de madeira serrada para a construção civil, trazendo informações simples e úteis sob os aspectos técnicos e ambientais, que contribuem para o bom uso desse material renovável e ambientalmente sustentável."

Algumas frases sobre o IPT e sobre os objetivos do livro:

"Este é mais um trabalho do IPT para o setor, ao longo dos seus 110 anos de história. O estudo da madeira está ligado aos primórdios do Instituto. Já em 1904, quando o IPT ainda era o Gabinete de Resistência dos Materiais da Escola Politécnica, a publicação do primeiro boletim do Grêmio Politécnico, apresentou os resultados de ensaios físicos e mecânicos de diversas madeiras empregadas na construção civil."

"Porém, só em 1928, com a criação da Seção de Madeiras, os estudos começam a se desenvolver de forma mais estruturada. Com a transformação em instituto, em 1934, foram criados quatro laboratórios sendo que dois deles – o Laboratório de Ensaios Físicos e Mecânicos e o Laboratório de Identificação Micrográfica – voltados exclusivamente à madeira. Foi a partir dessa década que se alicerçou o estudo da madeira sob o ponto de vista mecânico, químico e biológico que até hoje distingue o IPT de diversas instituições. Nessa época, o laboratório já possuía nos seus quadros, engenheiros civis e agrônomos, além de químicos. Era o início da multidisciplinaridade que caracteriza o Centro de Tecnologia de Produtos Florestais até hoje."

Nós, da Grau Celsius, que acompanhamos muitas dessas ações do IPT e de seus técnicos na área da Tecnologia da Madeira, gostaríamos de destacar o fantástico trabalho de muitos deles, em especial e com a nossa eterna amizade, dos amigos Calvino Mainieri e João Peres Chimelo, que dedicaram seu talento para muitas realizações e também para a elaboração das famosas "Fichas das Características das Madeiras Brasileiras" e da notável e maior xiloteca (coleção de madeiras) brasileira, que merecidamente tem o nome do Dr. Calvino Mainieri


Algumas frases sobre o setor de madeira e o uso da madeira de Pinus:

"A madeira possui características que a tornam o único material realmente sustentável para a construção civil e outros segmentos demandantes".

"O Brasil tem o maior potencial de desenvolvimento florestal no mundo. Temos a maior área de floresta tropical. Dispomos de terras com aptidão florestal, clima e tecnologia silvicultural de ponta para sermos o maior produtor de madeiras sem competir com agricultura".

"Podemos optar por usar madeiras nativas ou de reflorestamentos ou ambas. Aliás acho contraproducente essa falsa questão: madeira nativa x madeira reflorestada. Os profissionais da área florestal deveriam estar focados no uso otimizado de todos os nossos recursos florestais".

"Com relação ao Pinus, quando me perguntam (responde Geraldo Zenid) se é viável o uso de Pinus na construção civil, apresento o seguinte exemplo: temos no IPT estruturas de madeiras em pleno uso como vigas laminadas tratadas com CCA produzidas com madeira de Pinus e há mais de 25 anos em perfeito estado de funcionalidade, sem mostrar desgaste e resistindo mais do que muitas madeiras nativas. Temos o exemplo prático que comprova nossas argumentações técnicas. É necessário falar mais?"


Algumas publicações de Geraldo José Zenid disponíveis na web:

Identificação macroscópica de madeiras. G.J. Zenid; G.C.T. Ceccantini. IPT - Laboratório de Madeira e Produtos Florestais. 24 pp. (2007)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
Apostila-Identifica%E7%E3o%20de%20madeiras.pdf

Chave de identificação de madeiras comerciais. G.J. Zenid. IPT - Laboratório de Madeira e Produtos Florestais. 28 pp. (2007)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
Chave%20identifica%E7%E3o%20madeiras%20comerciais.pdf

Espécies nativas com potencial madeireiro e moveleiro. G.J. Zenid. III Madetec. 17 pp. (2005)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Esp%
E9cies%20nativas%20com%20potencial%20madeireiro%20e%20moveleiro.pdf


Madeira: uso sustentável na construção civil. Primeira edição. Tiragem de 5.000 Exemplares. Coordenador: O. P. Ferreira; G. J. Zenid; M. A. R. Nahuz; M. J. A. C. Miranda; S. Brazolin. IPT Divisão de Produtos Florestais - SVMA - SindusCon. (2003)
http://www.sindusconsp.com.br/downloads/prodserv/publicacoes/manual_madeira_uso_sustentavel.pdf
http://www2.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/qualidade_ambiental/madeira/0001


Qualificação de produtos de madeira para a construção civil. G.J. Zenid. II SIMADER . 15 pp. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Qualifica%E7%E3o%20de%
20produtos%20de%20madeira%20para%20a%20constru%E7%E3o%20civil.pdf

Chave de identificação de madeiras comerciais. V. Angyalossy; G. Ceccantini; G. J. Zenid. IPT Publicações. 21 pp. (1999)
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/
materiais/IDENTIFICACAO_MACROSCOPICA_DE_MADEIRAS.pdf

Identificação e grupamento das madeiras serradas empregadas na construção civil habitacional na cidade de São Paulo. G.J. Zenid. Dissertação de Mestrado. ESALQ/USP. 188 pp. (1997)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Identifica%E7%E3o%
20madeiras%20constru%E7%E3o%20civil_Zenid.pdf

Madeira na construção civil. G.J. Zenid. IPT - Divisão Produtos Florestais. 08 pp. (s/d)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Madeira%20na%20constru%E7%E3o%20civil.pdf

Madeira: uso na construção civil. G. J. Zenid. IPT CT-Floresta. Palestra em PowerPoint: 20 a 26 slides. (Diversas datas e apresentações)
http://homologa.ambiente.sp.gov.br/EA/cursos/ciclo_palestras/151007/GeraldoZenid.pdf
http://www.sindimasp.org.br/hotsite/retro/Palestras/IPT-%20Geraldo%20José%20Zenid.pdf
http://www.cetesb.sp.gov.br/noticentro/2007/10/geraldo_zenid.pdf
http://www.anggulo.com.br/madeira/retro/Palestras/IPT-%20Geraldo%20Jos%E9%20Zenid.pdf

Referências de Eventos e de Cursos

Nessa seção, trazemos referências de eventos que aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam diretamente ou indiretamente aos Pinus. A característica marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings, livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos resumos, os quais já ajudam a saber das novidades no ramo e dos assuntos abordados durante o encontro. Através dos endereços de URLs, vocês podem obter o material do evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente se programarem para participar do próximo.

Curso Melhoramento Genético. (em Português)
Excelente material didático sobre os fundamentos do melhoramento genético de plantas cultivadas, de autoria do professor José Baldin Pinheiro, da ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz". Sugerimos que visitem logo o website referenciado, pois em geral os professores retiram suas aulas para só voltar a disponibilizá-las quando de nova edição da disciplina (nesse caso, a LGN 313).
Aproveitem para aprender muito com os ensinamentos do Dr. José Baldin Pinheiro:
http://docentes.esalq.usp.br/baldin/pub/Programa.zip (Programa da disciplina)
http://docentes.esalq.usp.br/baldin/ (Todas as aulas)

II Simpósio Iberoamericano de Gestión y Economía Forestal. (em Espanhol / Inglês / Português)
Evento organizado pelo “Centre Tecnològic Forestal de Catalunya” (CTFC), ocorreu na cidade de Barcelona, Espanha em setembro de 2004 e contou com a presença de profissionais da área florestal de diversos países do mundo, discutindo a respeito de gestão e economia do setor. Vejam os trabalhos envolvendo os Pinus e também alguns resumos de experimentos conduzidos no Brasil. A seguir disponibilizamos alguns dos estudos apresentados durante o evento; porém, há muitos outros de igual relevância no site do evento:
http://www.gruponahise.com/simposio/cast/index.html.

Sistemas de avaliação do desempenho florestal: adicionando controle ao ciclo PDCA. S.R.Nobre; T.M. Amaral; L. C. E. Rodriguez.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/10%20Silvana%20Rodriguez%20Paper.pdf

La estructura socioeconómica de la propiedad forestal individual en Galicia (España): análisis dentro del contexto Europeo. V. Rodríguez Vicente; M. F. M. Pérez; R. C. Maseda.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/4%20V.Rodriguez%20%20Vicente.pdf

Estabelecimento simultâneo de equações de biomassa para o pinheiro bravo. F. Páscoa; F. Martins; R. S. González; C. João.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/13%20Fernando%20P%E1scoa.pdf

Comparación de inventários mediante la simulación de muestreos sobre repoblaciones de P. sylvestris en la Sierra de Guadarrama. S. Condes; J. Martínez-Millán
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/16%20SoniaCondes.pdf

Simulación del crecimiento de Pinus nigra en función del déficit hídrico, la meteorología y la competencia. R. Molowny-Horas, L. Comas; J. Retana.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/17%20Roberto%20%20Molowny%20et%20al.pdf

El valor de la fijación de carbono en los programas de forestación. J. Mogas; P. Riera.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/19%20joan%20mogasriera.pdf

The contribution of regional planning for the development of forest management plans - a comparative analysis of case studies from Portugal and Spain. H. Martins; M. Marey; J. C. Uva; R. P. Ribeiro; J. G. Borges.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/Marey%20IV.pdf

Análisis de escenarios forestales utilizando el Inventario Forestal Nacional Español. Aplicación a la provincia de Lleida. A. Trasobares.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/26%20Antoni%20Trasobares.pdf

Relações inter-organizacionais: tendências para o setor florestal no Brasil. Luiz Cornacchioni; L. Roncolato.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/29%20Lucimara%20Roncolato.pdf

Alternative species for the forest industry as forms of diversify the landscape. A. Santos; R. Simões; H. Pereira; O. Anjos.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/30%20Ofelia%20dos%20Anjos.pdf

XVII Congresso de Iniciação Científica - Encontro de Pós- Graduação. (em Português)
Evento realizado em novembro de 2008 na Universidade Federal de Pelotas, conta com a apresentação oral de diversos trabalhos nas mais variadas áreas de pesquisa daquela universidade. Destacam-se para nós os trabalhos da Engenharia da Madeira. Observem os resumos do evento em (http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/) e alguns dos sugeridos logo abaixo que envolvem a madeira, importante produto florestal.

Resistência natural de madeiras ao ataque de Cryptotermes brevis (Walker): estudo de caso da biblioteca pública pelotense. M.M. Martins; L.S. Oliveira; D.A. Gatto; E.S. Ferreira.
http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/EN/EN_00619.pdf

Absorção de preservativo hidrossolúvel pelo método de substituição de seiva para madeira de Eucalyptus sp. B.S. Coelho; G. Tavares; L.C. Oliveira; D.A. Gatto; E.S. Ferreira.
http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/EN/EN_00971.pdf

Propriedades físicas e mecânicas da madeira de Grevillea robusta A. Cunn. oriunda de floresta plantada. E. Schneid; D.A. Gatto; D.B. Araldi; R.R. Melo; D.M. Stangerlin; L.S. Oliveira.
http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/EN/EN_00581.pdf

Caracterização preliminar da cinza de lenha de eucalipto com vistas à avaliação de sua pozolanicidade e de outras possibilidades de uso. P.M. Mendes; L.M. Madaloz; O. Pereira-Ramirez; M.T. Pouey; C.W. Raubach.
http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/EN/EN_00471.pdf


27th Symposium on Biotechnology for Fuels and Chemicals. (em Inglês)
O vigésimo-sétimo Simpósio de Biotecnologia para Combustíveis e Químicos ocorreu em maio de 2005 na cidade de Denver, Colorado, EUA. Confiram os resumos disponíveis em pdf sobre o assunto. Há vários trabalhos que abordam subprodutos florestais como matéria-prima energética. A seguir, listamos alguns resumos interessantes para observação.
Observem o muito esclarecedor livro dos resumos do evento em:
http://www.nrel.gov/docs/gen/fy05/36826.pdf

Pinus-Links

A seguir, trazemos a vocês nossa indicação para visitarem diversos websites que mostram direta relação com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos, científicos, ambientais, sociais e educacionais. Nessa seção especificamente, estamos ainda colocando Pinus-Links com empresas e entidades importantes na sua relação com os Pinus e na divulgação tecnológica sobre os mesmos.

Southern Research Station.
(em Inglês)
Pertencente ao Serviço Florestal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a estação de pesquisa da região sul do país, pesquisa os recursos naturais regionais. Isso inclui o estudo de diversas florestas de coníferas inclusive dos Pinus, endêmicos e abundantes nos estados sulinos dos EUA. A estação possui mais de 130 cientistas, todos com a missão de promover novos conhecimentos e tecnologias que garantam a sustentabilidade e também promovam a fortificação e preservação dos ecossistemas florestais da região, que engloba 13 estados do país. Na sessão de buscas do site, há disponível mais de 1000 artigos que citam e abordam os Pinus. Também não deixem de conferir a revista “Compass”, disponível gratuitamente por download e que possui interessantes informações sobre coníferas, além de todos os benefícios que podem promover. Confiram:
http://www.srs.fs.usda.gov/index.htm (Home)
http://www.srs.fs.usda.gov/organization/ (Missão)
http://www.srs.fs.usda.gov/products/ (Publicações)
http://www.srs.fs.usda.gov/compass/issue13/ (Compass n°13)
http://www.srs.fs.usda.gov/pubs/results.php (Pesquisas com Pinus)

Neartica.com - "The Native Conifers of North America". (em Inglês)
O website Neartica.com possui descrições morfológicas e as principais características das espécies de coníferas endêmicas da América do Norte. Confiram também fotos e figuras, além da distribuição geográfica que a webpage proporciona para cada uma das espécies referidas. Confiram também as chaves dicotômicas para a identificação de gêneros e espécies de coníferas encontradas na região. Observem as informações que Neartica.com disponibiliza gratuitamente.
http://www.nearctica.com/trees/conifer/index.htm (Características de coníferas)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/conintro.htm (Introdução)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/copy.htm (Direitos autorais)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/genera/genkey1.htm (Chaves botânicas para gêneros e espécies)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/bylist.htm (Lista de espécies de coníferas)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/places/remark.htm (Coníferas extraordinárias)

Southern Tree Breeding Association - Genetic Improvement Services. (em Inglês)
A associação sulina de melhoramento de árvores maneja cooperativas australianas em programas referentes ao assunto. Um dos principais focos da associação é a melhoria dos resultados dos associados através da identificação de árvores geneticamente superiores. As principais espécies em programas de melhoramento são Pinus radiata e Eucalyptus globulus. A primeira é a conífera mais plantada em reflorestamentos no país, em uma área superior a 750.000 ha. Dessa forma, há muitos trabalhos e pesquisas que visam à melhoria de aspectos produtivos da árvore, principalmente por não ser nativa do continente australiano. A associação também presta assistência e disponibiliza conhecimento e informações sobre melhoramento genético. Isso pode ser observado já no site, que proporciona artigos gratuitos para download.
http://www.stba.com.au/ (Home)
http://www.stba.com.au/page/about%20stba (Introdução)
http://www.stba.com.au/page/articles (Artigos)

Campanha Adoção de Floresta com Araucária. (em Português)
A SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental) possui uma campanha de preservação e reabilitação de matas de araucária desde 2003. Essa iniciativa surgiu devido à constante ameaça sobre essa espécie nos estados do Sul do Brasil, chegando ao ponto de ameaça de extinção. Logo, com a adoção temporária de interessados, o proprietário da área passa a receber assistência constante da SPVS, garantindo a sua preservação através de seus funcionários, “guarda-parques”, administradores, colaboradores, entre outros a favor da conservação desse bioma único. Acessem o site e saibam um pouco mais sobre características da A. angustifolia, além da sua situação de conservação no Brasil. Observem:
http://www.spvs.org.br/campanhas/afa_index.php (Home)
http://www.spvs.org.br/areaatuacao/floresta_araucaria_antes.php (Cobertura de florestas no Paraná)
http://www.spvs.org.br/areaatuacao/att_araucaria.php (Área de atuação)
http://www.spvs.org.br/salaimprensa/ler_noticia.php?i=963 (Notícias sobre Araucárias)
http://www.spvs.org.br/areaatuacao/foto_araucaria.php (Fotos de Matas de Araucária)


Santa Maria. (em Português)
Empresa de base florestal brasileira, localizada no estado do Paraná e que busca a modernização e a sustentabilidade dentre suas metas empresariais. Isso é atestado pela recente certificação de cadeia-de-custódia recebida através do FSC - Forest Stewardship Council. Dentre os produtos oferecidos por seus diferentes setores produtivos podem ser citados: papéis off-set, papéis apergaminhados, papéis monolúcidos, painéis de madeira "finger-joint", molduras e batentes de portas, mudas e sementes melhoradas florestais. O grupo possui 15.000 hectares reflorestados com Pinus taeda em 12 fazendas próximas a seus parques fabris.
http://www.santamaria.ind.br/gol_produtos.php (Produtos de madeira)
http://www.santamaria.ind.br/sta_produtos.php (Produtos de papel)
http://www.santamaria.ind.br/ref_prod.php (Produtos florestais)
http://www.santamaria.ind.br/mas_resp.php (Responsabilidade sócio-ambiental)

Gerdau Florestal. (em Português)
Empresa do grupo Gerdau (grande produtor de aço no Brasil) que se dedica a operações de reflorestamento, possuindo cerca de 22.000 hectares de plantações florestais de Pinus taeda (Santa Catarina - 15.000 ha) e Pinus tropicais (Mato Grosso do Sul - 5.000 ha). Além disso, a empresa mantém cerca de 15.000 hectares de ecossistemas naturais preservados e conservados. Apesar de já ter atuado na área de beneficiamento da madeira (serraria), hoje a empresa está estruturada de forma a ter foco na produção de toras de florestas manejadas por alto fuste, retirando madeira de desbastes e toras de padrão excepcional ao final do ciclo. Vale a pena ver o que está acontecendo em termos do monitoramento sócio-ambiental de suas plantações, o que pode ser feito em uma página especial de seu website.
Conheçam a Gerdau Florestal nas referências a seguir:
http://www.gerdauflorestal.com.br/ (Home)
http://www.gerdauflorestal.com.br/monitoramento.asp (Monitoramento sócio-ambiental)

Utilização das Escamas dos Pinhões para Tratar Efluentes

A árvore da Araucaria angustifolia possui uso extremamente versátil. Basicamente, todas suas partes podem ser utilizadas, indo desde a resina, a madeira e até a pinha (Wikipédia, 2009). Essa pinha, além de nos presentear com um rico alimento, os pinhões, também possui componentes hoje utilizados para absorção de metais pesados em controle de poluição. Esses componentes são as cascas dos pinhões, muito desperdiçadas após alimentação, e também as próprias escamas das pinhas (pinhões secos, oriundos de ovários não fertilizados). Esse último, também era considerado um resíduo da indústria alimentícia. Segundo Santos e colaboradores, atualmente, muitos compostos de biomassas inativas estão sendo estudados como bioabsorventes alternativos. Assim, as cascas e escamas das pinhas de A. angustifolia também têm mostrado excelente potencial para essa finalidade.

Muitos resíduos provenientes de coníferas já mostraram grande potencial como biossorventes, ajudando na remoção de diversos íons metálicos poluentes ao meio ambiente. Testes com esse tipo de biomassa demonstraram elevada durabilidade, podendo suportar diversos ciclos de sorção e de dessorção. Podem, inclusive em alguns casos, substituir o uso do carvão ativo e da resina de troca iônica, caso se encontrem em abundância na região (Santos, 2008).

Estudos já foram conduzidos com os Pinus, como o realizado por Ucun et al. e citado por Santos (2008), onde consideraram adequada a utilização da biomassa de Pinus sylvestris para a remoção de Cromo (VI).

Can e colaboradores utilizaram cones de P. sylvestris para a absorção de Níquel (II), testando em diversas condições laboratoriais. O pH ótimo e a concentração inicial da biomassa ideal foram de 6,17 e de 18,8 g/l a 11,2 mg /l respectivamente. Nessas condições obteve-se eficiência de remoção de Ni (II) em 9,91%.

Ucun e colaboradores (2009) investigaram a eficiência da mesma biomassa anterior na bioabsorção de Cobre (II) e de Zinco (II). Os melhores resultados de bioabsorção obtidos pelos restos de pinhas de P. sylvestris durante o experimento foram de 67 % para Cu (II) e 30 % para Zi (II) na temperatura de 25°C e em pH mais elevados.

Da mesma forma que para os cones secos de Pinus, os resultados observados para a A. angustifolia em estudos de bioabsorção no Brasil mostraram-se bastante promissores. Avaliando as propriedades físico-químicas e os grupos da superfície responsáveis pela sorção de metais pesados como o cromo e o ferro, Santos (2007) e Santos e colaboradores (2008), realizaram pesquisa com três tipos de resíduos de A. angustifolia: escamas secas, cascas de pinhão não cozido e cascas de pinhão cozido. No geral, os melhores desempenhos de absorção foram encontrados para as escamas, havendo eficiência de 85 % na absorção de cátions, principalmente de potássio. Além disso, os solventes das amostras de escamas foram os que apresentaram melhor coloração (menor), além de possuir demanda química de oxigênio inferior aos outros componentes testados. Também houve maior absorção de Cromo (III) para as escamas de A. angustifolia. Os autores observaram maior quantidade de poros na superfície das escamas, o que talvez tenha também contribuído para seus melhores resultados como bioabsorvente.

Royer (2008) e Lima et al. (2008) testaram a remoção de corantes da indústria têxtil como o vermelho reativo 194 hidrolisado e não hidrolisado em solução aquosa por cascas de pinhão de A. angustifolia. Foram comparados três tipos de tratamento: casca de pinhão tratada com cromo; com ácido e com ácido e cromo. Ambos os tratamentos que continham cromo aumentaram a absorbância dos corantes da casca de pinhão. Isso foi explicado pelo aumento do tamanho dos poros e também da área superficial da casca do pinhão. As condições ideais para melhor eficiência de absorção também foram testadas, onde os resultados indicam que em pH de 2 (baixo), houve pouca absorção, por outro lado, a temperatura de 25°C foi a que apresentou melhores níveis absortivos, atingindo equilíbrio em 24 h.

Lima et al. (2008) testaram resíduos provindos do pinhão de A. angustifolia ao natural e também tingidos com vermelho do Congo como absorventes alternativos em meio líquido de Cobre (II). As melhores condições ambientais de absorção, assim como a quantidade de biomassa ideal foram avaliadas. Todos os fatores ambientais testados (pH, tempo de contato, concentração inicial do íon metálico), bem como suas interações influenciaram na absorção de cobre. Para ambas as condições de resíduo de pinhão, houve melhor capacidade absortiva no pH de 5,6 contendo biomassa inicial de 30 mg e com um período de contato ideal de 25 h.

Vaghetti et al. (2008) avaliaram a capacidade das cascas do pinhão de A. angustifolia de remover o Cromo (VI) como bioabsorvente de soluções aquosas. A máxima capacidade absortiva de Cr (VI) observada pelas cascas foi de 240 mg/g.

Apesar do já demonstrado cientificamente potencial como bioabsorvente de metais pesados, as cascas e escamas do pinhão de A. angustifolia ainda são muito desperdiçadas após a alimentação. A. angustifolia é uma árvore que faz parte dos costumes e tradição do povo brasileiro, especialmente dos residentes da região sul. Logo, esses estudos deveriam ser mais incentivados e a população esclarecida e motivada a colaborar. Entretanto, é necessário que esse conhecimento seja levado ao público, mostrando mais uma das muitas vantagens da araucária. De acordo com Santos (2007), durante os últimos 10 anos, houve a diminuição de em torno de 17 % da produção de pinhões. Logo, a autora sugere que a utilização de seus resíduos alimentares como bioabsorventes seja um motivo a mais para a conservação dessa árvore.

Observem abaixo as bibliografias referentes sobre o tema disponíveis na web; notem que são todas muito recentes, indicando que esse tema é bastante atual na ciência e tecnologia:


RESUMO: Copper(II) and zinc(II) biosorption on Pinus sylvestris L. H. Ucun; O. Aksakal; E. Yildiz. Journal of Hazardous Materials 161(2-3): 1040-1045. (2009)
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RESUMO: Application of Brazilian pine-fruit shell as a biosorbent to removal of reactive red 194 textile dye from aqueous solution kinetics and equilibrium study. E. C. Lima; B. Royer; J. C. P. Vaghetti; N. M Simon; B. M. da Cunha; F. A. Pavan; E. V Benvenutti; R. Cataluña-Veses; C. Airoldi. Journal of Hazardous Materials 155(3):536-50. (2008)
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Caracterização de biosolventes produzidos a partir de resíduos de Araucaria angustifolia visando sua aplicação na remoção de metais em solução. F. Santos; C.M.N. Azevedo; M. Pires; M. Cantelli. Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais. 11 pp. (2008)
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Caracterização de biosorventes produzidos a partir de resíduos de Araucaria angustifolia visando sua aplicação na remoção de metais em solução. F. Santos; C.M.N. Azevedo; M. Pires; M. Cantelli. Trabalhos completos. Congresso Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais. 11 pp. (2008)
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RESUMO: Tratamento de efluente de galvanoplastia através de biosorção de metais pesados cromo e ferro com resíduos da árvore Araucaria angustifolia. F. A. Santos; M. J. R. Pires; M. Cantelli. 63º Congresso Anual da ABM - Associação Brasileira de Metalurgia. (2008)
http://www.abmbrasil.com.br/congresso/2008/integras_resumos/13771.asp

Application of Brazilian-pine fruit coat as a biosorbent to removal of Cr (VI) from aqueous solution. Kinetics and equilibrium study. J. C. P. Vaghetti; E. C. Lima; B. Royer; J. L. Brasil; B. M. DA Cunha; N. M. Simon; N. F. C. Zapata. C. P. Norena. Biochemical Engineering Journal 42(1): 67-76. (2008)
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Remoção de corantes têxteis utilizando casca de semente de Araucaria augustifolia como biossorvente. B. Royer. Dissertação de Mestrado. UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 68 pp. (2008)
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Application of Brazilian pine-fruit shell as a biosorbent to removal of reactive red 194 textile dye from aqueous solution. Kinetics and equilibrium study. E. C. Lima; B. Royer; J. C.P. Vaghetti; N. M. Simon; B. M. da Cunha; F. A. Pavan; E. V. Benvenutti; R. Cataluña-Veses; C. Airoldi. Journal of Hazardous Materials 155(3): 536-550. (2008)
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Uso das escamas da pinha da Araucaria angustifolia para biosorção de metais pesados de efluente industrial de galvanoplastia. F. A. Santos. Dissertação de Mestrado. PUC - RS. 146 pp. (2007)
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1120

RESUMO: Adsorption of Cu(II) on Araucaria angustifolia wastes: determination of the optimal conditions by statistic design of experiments. E. C. Lima; B. Royer; J. C. P. Vaghetti; J. L. Brasil; N. M. Simon; A. A. dos Santos Jr.; F. A. Pavan; S. L. P. Dias; E. V. Benvenutti; E. A. Silva. Journal of Hazardous Materials 140(1-2): 211-220. (2007)
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RESUMO: Response surface optimization of the removal of nickel from aqueous solution by cone biomass of Pinus sylvestris. M. Y. Can; Y. Kaya; O. F. Algur. Bioresource Technology 97 (14): 1761-1765. (2006)
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Mini-Artigo Técnico por Ester Foelkel

Defeitos mais Comuns nas Toras e Madeiras de Pinus durante o seu Beneficiamento

Introdução

Em edição anterior desse nosso informativo digital Pinusletter (http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_15.html#quatorze) foram destacados os principais defeitos de origem natural e de conservação da madeira dos Pinus. Faltaram ser comentados os defeitos e não-conformidades gerados através do seu beneficiamento. Assim, o objetivo desse texto técnico foi o de trazer aos leitores informações sobre como identificar e evitar tais problemas. Apesar de ser um recurso renovável, a crescente demanda mundial por madeira, assim como o aumento das preocupações ambientais, têm feito com que a sua utilização seja cada vez mais racional e sustentável. Com isso, todo esforço para reduzir ao máximo os desperdícios e aumentar a sua durabilidade. De acordo com Limeira (2003), os defeitos decorrentes do beneficiamento da madeira também são divididos em: defeitos de produção/desdobro e defeitos de secagem. Todas as mudanças e irregularidades negativas das características físico-químicas e mecânicas da madeira serrada são considerados defeitos, que no geral prejudicam a qualidade, assim como o desempenho da peça, limitando o seu uso (Martin et al. 2002). Logo, apesar das vantagens que a madeira possui, tais como a variabilidade de dimensões das peças, permitir ligações e emendas, boa resiliência e resistência mecânica, há também desvantagens no seu emprego, e uma das principais, com certeza, é a presença dos seus diversos tipos de defeitos. Eles causam a diminuição do volume da madeira aproveitada, perdas de rentabilidade, durabilidade e prejudicam a sua estética (Martin et al. 2002). Da mesma forma que os defeitos causados pela má conservação da madeira, os devidos ao beneficiamento podem também ser evitados, ou ao menos amenizados, garantindo melhores valores do produto na hora da classificação das peças.

Como já visto, os defeitos relacionados ao beneficiamento encontram-se em dois grandes grupos: os devido ao secamento ou secagem e os gerados durante a produção ou desdobro. Alguns dos principais defeitos de produção são as fraturas, as fendas, cantos quebrados e fibras reversas. Já para a secagem citam-se as rachaduras, o fendilhamento, o abaulamento, o arqueamento e a curva lateral (Zenid et al. 2009).

Há dois tipos de classificação dos defeitos: visual (por aparência) e por uso final proposto (Carreira et al. 2003; Carreira e Dias, 2006). Pela classificação visual das peças é que se classifica grande parte das madeiras provenientes de Pinus e de outras coníferas. Temos no Brasil o “Manual Prático de Normas Reguladoras de Qualidade das Madeiras de Pinho no Mercado Nacional", da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Dentre essas normas destacam-se a NBR 17700 e a NBR 11869, entre outras, que normalizam sobre a “Madeira Serrada de Coníferas Provenientes de Reflorestamento para Uso Geral” (Zenid et al., 2009; Zenid, s/d; Ferreira et al. 2003; Garcia e Ramos, 2008). Os últimos autores apontam, que apesar das normas existirem, ainda são pouco empregadas no mercado interno, havendo uma despadronização de dimensões de peças que prejudicam os diversos setores que necessitam da matéria-prima, principalmente o da construção civil. Logo, o uso das classificações, bem como das normas deveriam ser seguidos de forma mais rigorosa, possibilitando assim o melhor uso da madeira racional de acordo com os defeitos que possuem (Carreira e Dias, 2003).

Seguem a seguir a descrição dos principais defeitos da madeira devidos ao beneficiamento:


1. Defeitos de secamento ou secagem

A madeira, por ser um material orgânico, fibroso e poroso, logo após sua derrubada possui elevada quantidade de água que varia de acordo com a espécie, época de abate, idade da árvore, entre outros. Essa madeira recém cortada é denominada de madeira verde e em alguns casos a quantidade de umidade no seu interior pode chegar a exceder o seu peso seco (Limeira, 2003). O teor de umidade da madeira é muito relacionado à sua densidade: madeiras pouco densas, como as dos Pinus, têm mais espaços em sua estrutura para colocar água, logo são muito úmidas no abate.

Após o corte da árvore em toras, as paredes celulares passam a liberar a água livre contida no interior celular em grandes proporções, ocorrendo assim a secagem natural propriamente dita. A perda da umidade acontece até que essa se encontre em equilíbrio higroscópico com a umidade ambiental (Rodriguez, 2009). Durante a perda da água livre, a madeira não sofre contrações volumétricas. Isso passa a acontecer no momento em que começa a perder a água de adesão, que é aquela existente dentro das paredes celulares. A água de adesão, também chamada de água impregnada, somente pode ser extraída da madeira após a retirada da água livre do interior do lúmen celular. Isso ocorre normalmente quando se atinge cerca de 20 % do teor de umidade em relação ao peso seco da madeira. Esse estágio é chamado de "ponto de saturação de fibras" (PSF). Toda a perda de umidade abaixo desse ponto aumenta a sua resistência, gerando entretanto a perda de dimensões por contração da madeira (Szücs et al. 2006).

O secamento (secagem) da madeira é um processo extremamente importante para a sua maior durabilidade e conservação (Molina, 2009), ocorrendo também a transformação de alguns compostos antes orgânicos em inorgânicos por cristalização de íons (Limeira, 2003). Além disso, a perda de água em abundância faz com que apenas a água das paredes celulares permaneça na madeira. Sua retirada pode provocar tensões e contrações, que podem causar defeitos também devido à movimentação dos tecidos. Jankowsky e Silva (1985) relataram que durante a secagem da madeira forma-se um gradiente de umidade entre o interior da peça úmida e a superfície evaporante. Tal gradiente possui fluxo contínuo de movimento de água que vai depender das condições ambientais e da permeabilidade da madeira. Dessa maneira, o processo da secagem deve ser realizado de forma a evitar tensões internas demasiadas, assegurando-se o equilíbrio higroscópio apropriado entre a madeira e o ambiente e não permitindo-se problemas como dilatações e contrações (Rodriguez, 2009). Segundo o mesmo autor, há três tipos de secamento mais utilizados em madeiras: o secamento ao ar livre, o secamento artificial e o misto.

Na secagem em condições ambientais naturais (ao ar livre), as tábuas dispostas para secar são acondicionadas em locais bem arejados e sombreados. As pilhas são confeccionadas distanciadas do solo e mostrando espaços variados de separação entre cada peça, em função das dimensões das peças. Assim, o ar que vai passando entre os espaços livres faz seu papel para a retirada de umidade de forma progressiva, podendo chegar a percentagens de umidade de 11 a 15 % na madeira. (Bueno, 2000; Limeira; 2003; Rodriguez, 2009; Molina, 2009).

Já durante o processo artificial, as tábuas são acondicionadas em estufas contendo temperatura e umidades controladas. Nelas, há a circulação de ar quente, geralmente a 75°C, misturado com vapor, que conduz a uma umidade na madeira de 5 a 10 %, em cerca de seis dias, dependendo da finalidade de seu uso. Devido à rapidez do processo, um dos principais inconvenientes e que merece máxima atenção é o surgimento de rachaduras provocadas por tensões internas.

A secagem mista nada mais é do que a utilização conjugada dos dois métodos anteriores. Primeiramente a madeira é secada naturalmente e posteriormente emprega-se a secagem artificial para conseguir alcançar percentagens de umidade inferiores às alcançadas pela forma ao ar livre.

A madeira possui higroscopicidade, adequando o seu teor de umidade às condições ambientais em que se encontra. Logo, mesmo após secagem correta, continua sofrendo essas influências do ambiente externo, podendo ocorrer alterações em suas dimensões e mesmo assim, provocar deformações (Limeira, 2003; Szücs et al. 2006).

Em estudo visando observar a qualidade da madeira de Pinus serrada na Quarta Colônia de Imigração Italiana no Rio Grande do Sul, Gatto e colaboradores (2004) constataram que a secagem ao natural foi a principal forma utilizada. Porém, a quantidade de defeitos observados sugere mudanças e adequação de tecnologias. Isso porque 75% da madeira verde (recém-abatida) foi classificada como de primeira qualidade e após secagem natural, essa percentagem caiu para 45 %.

De acordo com Jankowsky (2002) e Limeira (2003), são as tensões de perda de umidade os grandes causadores dos defeitos provenientes nos diversos tipos de secagem da madeira. Essas não-conformidades são provocadas tanto durante processos de secamentos ineficientes como também durante a armazenagem em condições ambientais indesejadas (Costa, 2008). Os defeitos podem se manifestar diferentemente e os principais são:

- Rachaduras e fendas: são formadas devido às diferenças de umidade, gerando retrações nas direções radial e tangencial e que causam o aparecimento desses defeitos, geralmente após a secagem rápida da madeira nas primeiras horas (Quioirin, 2004; Szücs et al. 2006). A tensão provocada pelo diferencial de umidade gera ruptura do tecido lenhoso, podendo ser observadas visualmente como aberturas, principalmente nas extremidades das peças. Durante a secagem de toras, o tecido superficial seca mais rapidamente do que o interior, gerando uma tensão superior à resistência dos tecidos, provocando assim a sua ruptura nos locais onde há maiores quantidades de células parenquimatosas. Além das rachaduras superficiais, também há as rachaduras em favos, observadas no interior das peças provocadas por secagem artificial. Diferenças de tensões ocasionam o colapso da resistência das fibras no sentido perpendicular causando a deformação. Essas rachaduras também são chamadas de encruamentos, que ocorrem geralmente devido à secagem muito rápida e também desuniforme da madeira. O exterior da peça seca antes que o interior e quando esse último começa a secar se retrai de forma que a parte superior não consegue acompanhá-lo, ficando em compressão, formando-se as rachaduras. As fendas ou fendilhamentos também são provocadas pelas mesmas razões anteriores e são observadas como pequenas aberturas ao longo da peça (Costa, 2008; Rodriguez, 2009).

- Empenamento:
consistem em qualquer torção ou distorção dos planos originais da superfície da peça, ou seja, nas três direções da tora (longitudinal, radial e tangencial). A madeira é um material ortotrópico, possuindo diferença comportamental de acordo com a orientação de suas fibras. É de acordo com essa forma que suas propriedades vão variar conforme esses eixos de origem (longitudinal, radial e tangencial) que são perpendiculares entre si. Há vários tipos de empenos, sendo os mais comuns os longitudinais, encanoados e os torcidos. Segundo Limeira (2003) o empenamento também pode ser chamado de curvamento, curvatura lateral, arqueamento e abaulamento, dependendo do sentido em que houve a distorção (Szücs et al. 2006).

O empenamento encanoado pode ocorrer quando uma das faces da peça seca mais rapidamente do que a outra, ou seja, há uma secagem irregular. Isso é comum quando uma das faces fica totalmente apoiada demorando mais para perder a umidade na superfície em relação à outra face, que está totalmente livre e em contato com o ar (Costa, 2008). Peças em forma de canoa ou aspecto acanaletado também podem surgir por diferença de estabilidade das dimensões radiais e tangenciais. O empenamento longitudinal também pode ser chamado de curvatura e ocorre quando há um afastamento de uma das faces ao plano original. Esse defeito é comum quando há irregularidades na grã (direção das fibras). O torcimento também ocorre por diferenciação na grã da madeira, que nesse caso, é espiralada (Jankowsky, 2002).

- Colapso: ocasionado devido às elevadas tensões de saída da água das células, levando à deformação. No colapso observam-se ondulações na superfície da madeira devido à quebra da resistência dessa pelas tensões provocadas durante seu secamento. Há alguns fatores que influem no colapso da madeira. Esses são: altas temperaturas no início da secagem, pequenos capilares da madeira e alta tensão superficial do material aquoso da madeira.

2. Defeitos de produção


Os defeitos da produção ocorrem logo após o abate da árvore, em seu desdobro e secagem. O desdobro da madeira ocorre geralmente nas serrarias, onde as toras das árvores são serradas, geralmente com serra-fita, em peças contendo dimensões definidas, sendo assim transformadas em tábuas, também chamadas de pranchões, contendo espessuras entre 7 a 20 cm (Limeira, 2003; Mendonça et al. apud Szücs et al. 2006). Os mesmos autores afirmam que cuidados com os equipamentos de desdobro devem ser tomados a fim de não provocar irregularidades dimensionais. Esses defeitos são bastante comuns prejudicando a qualidade da madeira para os seus diversos fins. A escolha inadequada do processo de desdobro também pode gerar defeitos, podendo inclusive haver seu agravamento após a secagem.

Um defeito visual comum em madeiras é a presença de queimaduras provocadas por máquinas. Quando os dentes das serras travam podem provocar um superaquecimento no local da peça que gera mudança da coloração da madeira, semelhante a uma queimadura (Common Defects...2009).

Segundo Neri et al. (2005) as serrarias possuem tecnologia e processo de desdobro variado, o que pode influenciar diretamente na qualidade da peça e no rendimento da madeira. Logo, uma pesquisa foi desenvolvida objetivando avaliar o rendimento de madeira de Pinus taeda submetida a três diferentes técnicas de desdobro primário, observando também os principais parâmetros que afetaram significativamente o processo. Para as três técnicas empregadas, esses parâmetros foram: equipamento de corte utilizado, forma de desdobro, tipo de produto serrado e espessura da serra, alguns desses também afetando o rendimento da madeira. O tipo de desdobro em forma de bloco para o fatiamento foi a técnica que apresentou melhores rendimentos de madeira (52 %).

Segundo Limeira (2003), os principais defeitos causados pela produção e desdobro são:

- Fraturas: quebras ou ausência de partes da peça, principalmente dos cantos, causadas por danos mecânicos, prejudicando sua aparência e conseqüentemente seu dimensionamento. As fraturas são defeitos ocasionados durante a serragem (Bueno, 2000).

- Fendas:
Separação longitudinal das fibras pela perda de resistência causada por danos mecânicos.

- Danos do abate: Parte da peça danificada fisicamente, com machucaduras devido a danos durante a queda e corte da árvore (Bueno, 2000).



Como evitar defeitos de produção e secagem

De acordo com Limeira (2003), a época do corte da árvore pode ajudar a prevenir alguns dos principais defeitos de produção da madeira. Recomenda-se o abate durante os períodos mais frios do ano, onde a maioria das espécies encontram-se em repouso vegetativo, reduzindo-se a translocação de seiva e outras substâncias que são substratos para a proliferação de fungos, insetos e outros agentes depreciantes da madeira. Temperaturas mais amenas fazem com que a madeira cortada na época perca mais lentamente a umidade, diminuindo o aparecimento das fendas de retração.

Escolher as ferramentas e equipamentos adequados para o corte, desdobro e serra da madeira, efetuando estudos prévios de todos os fatores envolvidos no processo, também são medidas de prevenção de muitos defeitos. Alguns dos parâmetros que aumentam o rendimento da madeira, e conseqüentemente a sua qualidade, são: seleção das toras por classe diamétricas, tratamento otimizado de toras, otimização do sistema de desdobro através de softwares, visores óticos para detecção de defeitos durante o desdobro, feixes de laser e layout adequados aos sistemas de beneficiamentos, etc. (Néri et al. 2005).

O conhecimento das características físico-químicas e mecânicas das espécies arbóreas também contribui para a diminuição dos defeitos gerados durante o beneficiamento (Szücs et al. 2006;Rodriguez, 2009).

Uma das principais maneiras de evitar danos de produção e de secagem é o bom manejo florestal, o qual propicia homogeneidade nos povoamentos, tendo como conseqüência a diminuição de irregularidades (Szücs et al. 2006).

Além do estudo do maquinário e tecnologia ideal para prevenir defeitos de produção, treinamento de mão-de-obra durante esses processos, assim como revisão periódica das condições das ferramentas também são outras medidas preventivas aos defeitos (Néri et al. 2005; Szücs et al. 2006).

Com relação à secagem, o conhecimento das propriedades químico-físicas e mecânicas das espécies de madeira, assim como os principais fatores ambientais que influem no equilíbrio higroscópico da madeira poderiam evitar problemas de retração e posteriores surgimentos de defeitos. Revisões periódicas de estufas, monitoramento durante o processo de secagem e a realização de testes de prova de secagem, anteriores ao processo com grandes quantidades de peças, poderiam evitar danos e irregularidades. Muito importante seria que para cada tipo de madeira houvesse curvas de secagem pré-definidas e otimizadas. O armazenamento ideal após a secagem, bem como o tratamento com produtos impermeabilizantes após o secamento, também são medidas que evitam e retardam a reumidificação da madeira, ajudando assim na sua conservação (Costa, 2008; Rodriguez, 2009).


Considerações finais


A madeira, apesar de ser um bem renovável para a sociedade, torna-se cada vez mais escassa e difícil de ser reposta. Portanto, a busca pela melhor utilização e durabilidade das suas peças, assim como o uso racional estão crescendo em ritmos acelerados. As madeiras provenientes de reflorestamentos como as de Pinus e de eucalipto também ganham espaço no setor florestal devido à preferência no mercado externo, principalmente por possuírem em grande parte bons manejos florestais e selos verdes. Logo, as normas de classificação dos defeitos da madeira são bastante demandadas para a exportação desses produtos; no entanto, isso ainda não ocorre para o mercado interno no Brasil (Garcia e Ramos, 2008).


O mercado consumidor brasileiro também deveria ser melhor informado a respeito da classificação das madeiras, exigindo produtos que satisfaçam as suas necessidades, ou melhor, madeira com características ideais para cada finalidade (Carreira e Dias, 2003). De acordo com Szücs e colaboradores (2006) o mau emprego das peças é um dos principais fatores para a depreciação da madeira. Logo, a identificação das características das espécies, bem como a de seus principais defeitos, deveria ser do conhecimento dos profissionais que trabalham no setor buscando a prevenção desses problemas e conseqüentemente levando ao aumento dos lucros com a madeira de melhor qualidade.

Pesquisas sobre novas tecnologias de beneficiamento da madeira e de manejo florestal, que promovam a qualidade da madeira serrada e o bom rendimento de toras, precisariam ser incentivadas assim como seus resultados estendidos aos produtores e madeireiras promovendo assim a consciência da preservação ambiental e do uso sustentável da madeira (Néri et al. 2005).

Muita coisa tem acontecido nos anos mais recentes no Brasil em termos de redução de desperdícios nas indústrias que utilizam a madeira como matéria-prima. Entretanto, muitas vezes essas otimizações apenas se baseiam na queima dos resíduos para gerar energia, o que pode reduzir resíduos, mas não resolve o problema do mau uso das toras para a produção de peças de madeira serrada ou de móveis, painéis, etc. Portanto, estamos melhorando nossos processos, mas ainda há muito espaço para novas e desejadas otimizações.



Referências bibliográficas e sugestões para leitura


Madeira: uso sustentável na construção civil. Edição 2. G.J. Zenid; M.A.R. Nahuz; M.J.A.C. Miranda; L.F.T. Romagnano; O.P. Ferreira; S. Brazolin. 103 pp. (2009)
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Defectos de la madera. G. Rodriguez. Rincon del Vago. 12 pp. Disponível em 05.04.2009:
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