Editorial
Caros
amigos interessados pelos Pinus,
Estamos
lhes trazendo a Décima-Sétima Edição da
nossa PinusLetter. Mais
uma vez, estamos nos esforçando para lhes trazer temas relevantes
e assuntos interessantes e atuais para leitura. Nessa edição,
continuamos a dar ênfase aos produtos oriundos dos Pinus e outras
coníferas, bem como à preservação de nossos
recursos naturais e à sustentabilidade das plantações
florestais. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse
e agrado. Nessa edição estamos dando destaque especial à nossa "Araucaria
angustifolia" (Pinheiro Brasileiro) trazendo textos e referências
bibliográficas envolvendo essa conífera.
Em continuidade à seção sobre "As
Coníferas na América Latina" destacamos algumas
das principais características da "Araucaria angustifolia". Trata-se de uma espécie florestal tipicamente brasileira que
possui alta importância social, econômica e ambiental,
principalmente para a região sul do país, onde ocorre
naturalmente. Conheçam um pouco sobre sua biologia, variedades,
plantações, regiões de abrangência e algumas
exigências eco-fisiológicas dessa espécie. Saibam
ainda um pouco mais sobre os esforços para conservação
de A. angustifolia em seu bioma natural.
Continuamos
nessa edição a dar destaque a essa conífera
nativa brasileira, trazendo outro texto técnico que trata
das qualidades da madeira de A. angustifolia em: "Araucaria
angustifolia: qualidade de sua madeira". Através desse
texto buscamos ressaltar algumas das principais propriedades físicas,
químicas e morfológicas da madeira dessa espécie,
também disponibilizando as suas principais funções.
Aproveitamos para trazer também um tema bastante interessante
e criativo: "utilização das escamas dos pinhões
para tratamento de efluentes". A. angustifolia é portanto
extremamente versátil e útil para a sociedade, mostrando
assim mais uma função para um de seus componentes. As
cascas dos pinhões e escamas das pinhas possuem importante capacidade
de absorção de metais pesados, podendo ser utilizadas
como bioabsorventes alternativos e de baixo custo em indústrias.
Conheçam mais sobre essas propriedades e potencialidades de
utilização ecologicamente correta de A. angustifolia.
Com tantas vantagens e potencialidades somam-se as razões para
nossos esforços para manutenção e conservação
dessa fantástica espécie florestal brasileira.
Da
mesma forma que em outras PinusLetters anteriores, estamos a homenagear
outro Grande Autor sobre os Pinus, nosso estimado e competente amigo "Geraldo
José Zenid". Pesquisador do Instituto de Pesquisas Tecnológicas
(IPT) em São Paulo, possui diversos trabalhos a respeito da
caracterização das madeiras de diversas espécies
arbóreas para a construção civil. Um desses
trabalhos resultou na publicação do livro "Madeira:
uso sustentável na construção civil", onde é autor
e coordenador. O livro, já na sua segunda edição
objetiva o uso racional da madeira trazendo tecnologias de conservação
para a sua maior durabilidade, além de abordar aspectos legais,
funcionais e práticos aos leitores.
Confiram ainda os "Pinus-Links" e as "Referências
de Eventos e de Cursos", que trazem boas oportunidades para aprender
mais sobre os Pinus, consultando os websites da internet indicados
e materiais dos cursos e eventos referenciados.
Como tema do "Mini-artigo Técnico" dessa
edição trazemos um relato sobre "Defeitos
mais Comuns nas Toras e Madeiras de Pinus durante o seu Beneficiamento", discutindo,
definindo e caracterizando os principais tipos de não-conformidades
que depreciam e diminuem o valor da madeira do Pinus, caso as técnicas
de beneficiamento como desdobro e secagem não sejam realizadas
apropriadamente.
Aos Patrocinadores e aos Apoiadores, apresentamos o nosso agradecimento
pela oportunidade, incentivo e ajuda em levar ao público alvo,
que cada vez é maior, muitos conhecimentos a respeito dessas árvores
fantásticas que são as dos Pinus e também as de
outras coníferas comercialmente e ecologicamente importantes
para nossa sociedade.
Esperamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização
das várias qualidades do gênero Pinus para as plantações
florestais no Brasil, América Latina e península Ibérica,
levando sempre mais conhecimento também sobre os produtos derivados
dos Pinus para a sociedade e sobre a preservação dos
recursos naturais e a sustentabilidade.
Agradecemos em especial nossos dois Patrocinadores:
ABTCP -
Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel (http://www.abtcp.org.br)
KSH
- CRA Engenharia Ltda
(http://www.ksh.ca/en/)
e a todos os muitos Apoiadores da PinusLetter::
http://www.celso-foelkel.com.br/pinusletter_apoio.html
Um
forte abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição*
As
Coníferas na América Latina: Araucaria
angustifolia - Curiosidades e Aspectos Taxonômicos
Araucaria
angustifolia: Qualidade da sua Madeira
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Grandes Autores
sobre os Pinus: Geraldo José Zenid
Referências
de Eventos e de Cursos
Pinus-Links
Utilização
das Escamas dos Pinhões para Tratar Efluentes
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Defeitos
mais Comuns nas Toras e Madeiras de Pinus durante o seu
Beneficiamento
*Foto
acima dessa seção - Nessa Edição
- cedida pelo amigo engº agrº Michel Gerber - Ecocell
As Coníferas
na América Latina: Araucaria angustifolia
Curiosidades e Aspectos Taxonômicos
A
Araucaria angustifolia é uma árvore de alta relevância
na cultura e na paisagem das regiões Sul e Sudeste do Brasil,
fazendo parte da vida do povo dessas regiões. Espécie
pertencente à família Araucariaceae, essa conífera
possui vários nomes comuns como: pinheiro-do-Paraná,
pinho brasileiro, pinheiro das Missões, pinheiro-de-São-José,
pinheiro-caiová, curi (origem indígena) entre outros
tantos. Sua distribuição geográfica se estende
desde as regiões mais elevadas do estado de São Paulo,
partes de Minas Gerais e do Rio de Janeiro até os estados brasileiros
mais sulinos, de onde são oriundas. Esses são: Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul onde encontram-se florestas com
A. angustifolia com maior freqüência, podendo também
haver áreas com ocorrência natural também no Paraguai
e na Argentina (Ambiente Brasil, 2003; Wikipédia, 2009).
Já se observou a preferência de desenvolvimento da espécie
em solos mais férteis, apesar de conseguir se desenvolver em condições
edáficas variadas, indo desde solos arenosos e areníticos
até os ricos de origem basáltica e com forte presença
de pedras e impedimentos no subsolo. As florestas de A. angustifolia são heterogêneas, não possuindo apenas uma espécie
de árvores. As araucárias interagem com canela, imbuia,
erva-mate, cedro, xaxim, entre outras espécies que formam a floresta
ombrófila mista, também conhecida como Mata das Araucárias,
uma subdivisão do Bioma da Mata Atlântica. Há preferência
ao desenvolvimento de A. angustifolia em zonas de maior altitude, variando
essa de 300 a 2000 m. Também possuem características de árvores
de clima temperado devido à exigência térmica. As
temperaturas ideais de desenvolvimento de A. angustifolia variam de 10
a 21°C, podendo suportar geadas e temperaturas abaixo de zero graus
(até -10°C) (Wikipédia, 2009; Laharrague, 2003).
A.angustifolia foi primeiramente descrita taxonomicamente como Columbea
angustifolia Bertol., em 1819 (Wikipédia, 2009). A árvore
possui grande porte, é perenifólia, podendo chegar a 35-50
m de altura, DAP (diâmetro da altura do peito) de 1,5 a 2,0 m e
circunferência de 8,5 m sob condições naturais (Laharrague,
2003). É dióica, havendo indivíduos de cada sexo
(árvores femininas e masculinas), produzindo apenas gametas femininos
chamados de ginostróbilo ou masculinos (androstróbilos
ou mingote) (Mattos apud BRDE, 2005). Várias flores femininas
se arranjam juntas ao redor de um eixo comum formando as pinhas, geralmente
nas partes extremas dos ramos. Em sua região de origem uma árvore
demora em torno de 15 anos para iniciar o seu ciclo reprodutivo soltando
os pinhões (suas sementes) e as escamas vazias (flores não
fecundadas ou pinhões não desenvolvidos e que se apresentam
na forma de escamas). A maturação das pinhas demora em
média 20 a 22 meses após o florescimento. A inflorescência
masculina é menos desenvolvida que a feminina, possuindo vários
sacos polínicos que se aglomeram em volta de um eixo comum mais
alongado. Ao contrário da pinha, que possui forma arredondada
e circunferência de 30 a 50 cm, o estróbilo masculino tem
formato cilíndrico, 3 cm de largura e comprimento de 8 a até 20
cm. A floração vai de agosto a setembro havendo pinhões
disponíveis à alimentação da fauna silvestre
e também de seres humanos no período de abril a setembro,
variando de acordo com a variedade genética dos indivíduos
da população de árvores.
Quando jovem, a planta possui formato de copa piramidal, assemelhando-se
a um guarda-chuva fechado. Porém, quando adultas, com a gradual
desrama natural dos galhos inferiores, adquire um formato todo peculiar
e único ao gênero Araucaria: tronco reto contendo galhos
apenas na extremidade superior, abertos na forma de uma taça ou
de um guarda-chuva agora aberto com as extremidades voltadas para cima
(Laharrague, 2003). Esses galhos com sua orientação terminal
voltada para cima se sobrepõem um sobre o outro formando diversos
andares. Essa formação estrutural confere uma beleza inigualável às
florestas desses pinheiros.
Muitos cientistas observaram variabilidade genética entre populações
de A. angustifolia, pois essa espécie é uma das que possui
maior área geográfica de distribuição comparada
a outras do mesmo gênero. Isso possibilitou a divisão da
espécie em variedades que se diferenciam principalmente de acordo
com o período de maturação das pinhas. Os pinhões
da variedade caiova amadurecem de julho a agosto. Já para a variedade
indehiscens, isso ocorre de outubro a janeiro (Mattos apud BRDE, 2005).
Além das duas variedades já citadas, há outras como
a variedade angustifolia e a variedade dependens, que diferem também
na coloração dos pinhões e em outros aspectos morfológicos.
De acordo com Laharrague (2003), estudos genéticos já observaram
as diferenças entre populações originárias
de regiões geográficas distintas. Inclusive já foi
criado em laboratório um híbrido entre A. angustifolia e A.
araucana. Porém os resultados para sua comercialização
não se mostraram práticos. Trabalhos objetivando melhores
condições de propagação (sexuada e vegetativa)
e germinação da semente e substratos ideais também
já foram bastante desenvolvidos. As sementes possuem germinação
de em torno de 80 % mantendo-se viáveis sob condições
naturais por 6-7 meses; porém essa viabilidade pode ser dobrada
caso os pinhões sejam estocados em temperaturas entre 3-4°C.
O tamanho do pinhão, que pode chegar a ter um comprimento de 45
mm, influi positivamente tanto na taxa germinativa como no crescimento
inicial de mudas. Essas se desenvolvem melhor em substratos ricos em
matéria orgânica (Laharrague, 2003). Silva e colaboradores
(2001) apontam que muito já se sabe sobre a propagação
e genética de A. angustifolia, porém ainda é pouco
para o desenvolvimento de reflorestamentos comerciais produtivos, o que
explica o pouco sucesso desses. Logo, muitos estudos sobre as exigências
da planta, sobre seus aspectos biológicos e reprodutivos ainda
precisam ser realizados. Há muitas objeções entre
os que plantam florestas para fins comerciais em relação
a: exigências de qualidade do solo, ritmo de crescimento lento
e exigências burocráticas e legais que deixam o reflorestador
sem a certeza que poderá colher no futuro a madeira que estaria
plantando hoje.
Diversos autores ressaltam que reflorestamentos com A. angustifolia geralmente
ocorrem em regiões marginais, de solos pobres ou já desgastados
pelo mau uso agrícola. Isso foi uma das causas dos baixos resultados
da maioria desses povoamentos. Logo, as áreas para reflorestamento
deveriam ser escolhidas levando em conta as condições de
solo. Em Misiones, na Argentina, há reflorestamentos comerciais
de árvores da espécie mostrando resultados positivos com
crescimentos superiores a 35 m³/ha.ano em solos vermelhos e profundos.
Contudo, Laharrague (2003) aponta que florestamentos fora da área
de origem da espécie podem-se mostrar pouco promissores devido
ao baixo índice de crescimento das plantas. O uso indiscriminado
da madeira de A. angustifolia fez com que boa parte de suas florestas
fossem dizimadas, restando poucas áreas originais intactas. Hoje
a espécie é considerada em perigo de extinção
e restam menos de 1 % do total de sua área original. Logo, medidas
devem ser tomadas a ponto de conscientizar a população
sobre esse problema, assim como pesquisas deveriam ser incentivadas a
fim de buscar soluções e novas tecnologias que possibilitem
conciliar o manejo dessas árvores e seu uso sustentável
aliado a conservação da espécie.
Segue logo abaixo uma série de bibliografias que incluem textos
técnicos e artigos científicos já desenvolvidos
com A. angustifolia. Nesses, há à disposição
inúmeras informações sobre essa árvore que
vão desde a importância sócio-ambiental, até as
características morfológicas e formas de manejo. Observem
fotos e figuras da árvore e de suas principais partes. Saibam
um pouco mais sobre o perigo de extinção, os desafios e
esforços para a manutenção e conservação
da espécie.
Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze. REARO - Rede de Educadores
Ambientais Rio das Ostras. Disponível em 25.05.2009:
Texto disponibilizado através do portal AmbienteBrasil e distribuido
pelo website da REARO, possui muitas características morfológicas
da espécie, além da biologia da árvore, alguns aspectos
culturais, distribuição geográfica, nomes comuns,
entre outros.
http://educacao.riodasostras.rj.gov.br/rearo/pdf/araucariaangus.pdf
Araucaria angustifolia. Gymnosperm Database. Disponível em 25.05.2009:
O portal científico Gymnosperm Database possui a descrição
morfológica e biológica de A. angustifolia. Também
caracteriza aspectos ecológicos da importância da árvore
na sua região de origem, principais utilizações,
conservação e muitos outros aspectos em um texto bastante
completo no idioma inglês.
http://www.conifers.org/ar/ar/angustifolia.html
Pinheiro-do-Paraná. Wikipédia. Disponível
em 25.05.2009:
A enciclopédia gratuita Wikipédia possui várias
informações sobre A. angustifolia; porém, o texto
mais completo é o que está em Português, pelo fato
de ser a espécie endêmica no Brasil. Há descrições
da morfologia da árvore, biologia, manejo, condições
edafo-climáticas para melhor desenvolvimento, distribuição
geográfica, principais utilizações, importância
social, ambiental e econômica.
Confiram em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Araucaria_angustifolia (em Português)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pinheiro-do-paran%C3%A1 (em Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Araucaria_angustifolia (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Araucaria_angustifolia (em Espanhol)
Araucarias
Website. O site das árvores nativas
do sul do país. Disponível em 21.07.2009:
http://www.araucariaswebsite.hpg.ig.com.br/home.html (Home)
http://www.araucariaswebsite.hpg.ig.com.br/fotos.html (Fotos de araucárias)
Araucária: realidade e perspectivas para a produção
sustentável. D. A. Brena. Fórum Internacional do Agronegócio
Florestal. Apresentação em Powerpoint: 08 slides. (2009)
http://ageflor.tempsite.ws/upload/biblioteca/araucaria.pdf
Araucária
- O pinheiro brasileiro. T.S. Soares; J.H. Mota. Revista Científica
Eletrônica de Engenharia Florestal VIII(13). 10 pp. (2009)
http://www.revista.inf.br/florestal/pages/resenhas/nota01.pdf
A araucária como fruteira. F. Zanette; J. I. Anselmini; L.
S. Oliveira. In: Anais do Primeiro Encontro Paranaense de Fruticultura.
p: 39 - 47. (2007)
http://www.fundacaoaraucaria.org.br/projetos/projetos03-2007/11801-A.pdf
Inter-relações no crescimento de Araucaria
angustifolia em diferentes locais do Rio Grande do Sul. A.F. Hess. Tese de Doutorado.
UFSM - Universidade Federal de Santa Maria. 177 pp. (2006)
http://cascavel.cpd.ufsm.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=839
Floresta de araucária: uma teia ecológica complexa. Revista Instituto Humanitas Unisinos -IHU Online. p.: 02 - 31. (2006)
http://www.unisinos.br/ihuonline/uploads/edicoes/1158354193.59pdf.pdf
Cultivo da Araucaria angustifolia. Viabilidade econômico-financeira
e alternativas de incentivo. F. M. Aquino. Banco Regional de Desenvolvimento
do Extremo Sul. 53 pp. (2005)
http://www.brde.com.br/estudos_e_pub/IS%202005-01Cultivo
%20da%20arauc%C3%A1ria%20SC.pdf
Determinação
de biomassa e carbono em povoamentos de Araucaria angustifolia em Caçador,
S.C. A. Tomaselli. Dissertação
de Mestrado. FURB - Universidade Regional de Blumenau. 151 pp.
(2005)
http://proxy.furb.br/tede/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=170
Caracterização das relações entre Araucaria
angustifolia e nitrogênio inorgânico. M. L. Garbin. Dissertação
Mestrado. UFRGS. 135 pp. (2005)
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/6534
Perspectivas
da recuperação e do manejo
sustentável das florestas de araucária. C.R. Sanquetta.
ComCiência. Reportagem. (2005)
http://www.comciencia.br/reportagens/2005/08/09.shtml
http://www.comciencia.br/reportagens/2005/08/09_impr.shtml
Araucária - O pinheiro brasileiro. T.S. Soares; J.H. Mota. Revista
Científica Eletrônica de Engenharia Florestal II(3). (2004)
http://www.revista.inf.br/florestal04/pages/resenhas/revisao01.htm
Araucaria
angustifolia (Araucária). A. Angeli; J. L. Stape.
IPEF. Identificação de espécies florestais. Departamento
de Ciências Florestais - ESALQ/USP. (2003)
http://www.ipef.br/identificacao/araucaria.angustifolia.asp
Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze. P. Laharrague. 03 pp. (2003)
http://www.rngr.net/Publications/ttsm/Folder.2003-07-11.4726/
Araucaria%20angustifolia.pdf/at_download/file
Anatomia
foliar de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze (Araucariaceae). A. A. Mastroberti; J. E. A. Mariath. Revista Brasileira
de Botânica
26(3): 343-353. (2003)
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-84042003000300007
Cultivo
do pinheiro-do-Paraná. P.E.R. Carvalho;
M.J.S. Medrado. Sistemas de Produção. Embrapa Florestas.
(2003)
Excelente manual acerca do Pinheiro Brasileiro (ou Pinheiro-do-Paraná),
descrevendo aspectos botânicos, morfológicos, taxonômicos,
ecológicos, bem como aqueles relacionados às plantações
de florestas em escala comercial para produção de madeira
e outros produtos de forma sustentável.
http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/
Pinheiro-do-Parana/CultivodoPinheirodoParana/index.htm
Recomendação de solos para Araucaria
angustifolia com
base nas suas propriedades físicas e químicas. H. D. Silva;
A. F. J. Bellote; C. A. Ferreira; I. A. Bognola. Boletim de Pesquisa
Florestal 43: 61-74. (2001)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/boletim/boletarqv/boletim43/silva.pdf
Levante
a mão em defesa da Araucária. NeoAmbiental.
(2001)
http://www.geocities.com/mantiqueira2000/reportagens/araucaria05122001.htm
Araucaria
angustifolia: Qualidade da sua Madeira
A madeira sempre foi considerada um dos principais produtos do
pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia) desde a chegada dos
primeiros colonizadores na região sul do Brasil, local de origem
da espécie (Angeli e Stape, 2003), até os dias de hoje.
Assim, devido a essa excepcional qualidade e alta versatilidade de uso,
a extração indiscriminada da madeira foi uma das grandes
razões para a grande devastação ocorrida desde o
início do século XIX, com a chegada dos imigrantes que
conduziram aos primeiros desmatamentos da região, até a
sua exploração comercial no século XX. A exploração
da Araucaria chegou ao ápice nos anos 50, entrando em declínio
nos anos 80, já por falta de produto para suprimento das serrarias
e também pelas restrições legislativas impostas
pelo governo a fim de preservar as florestas remanescentes (Brena, 2009).
A madeira de A. angustifolia possui coloração branco amarelada, é bastante
uniforme, sendo moderadamente densa, entre 0,5 a 0,61 g/cm³ (densidade
aparente). A densidade básica varia entre de 0,40 a 0,48 g / cm³.
De acordo com Mattos et al. (2006) é uma madeira considerada leve
possuindo coeficiente de retrabilidade médio de 0,52 %. A textura
da madeira de A. angustifolia é considerada fina, possui lustrosidade
média, é lisa ao tato, com grã direita, não
podendo se distinguir facilmente a madeira proveniente do cerne e do
alburno (Angeli e Stape, 2003). Além disso, possui cheiro bastante
agradável (Aquino, 2005).
A secagem natural da madeira diminui a qualidade das toras e tábuas
por aumentar a quantidade de rachaduras e torções. Logo,
recomenda-se a secagem artificial controlada. As torções
e distorções são também um dos principais
problemas a serem controlados no beneficiamento da madeira dessa espécie,
apesar de ser de fácil trabalho manual devido à sua densidade
média e principalmente receber facilmente acabamentos na carpintaria
e marcenaria. Em função de suas qualidades, a madeira do
pinheiro-do-Paraná é utilizada para confecção
de móveis, para a serraria, para habitações, sendo
portanto, muito recomendada para a construção civil. É muito
potencial para uso em laminação, sendo matéria-prima
de tábuas para forros, ripas, pranchas, compensados e formas para
concreto. Serve também para a caixotaria, para a tanoaria, para
confecção de lápis, palitos de fósforos,
mastros para construção naval, para elaboração
de postes e moirões, de cabos de vassoura, entre outros (Laharrague,
2003; Angeli e Stape, 2003; Aquino, 2005; Mattos et al. 2006; Zenid et
al. 2009). A madeira de A. angustifolia possui boas características
de fibra (longa) para a confecção de celulose e de papel
kraft resistente, já tendo sido inclusive utilizada no passado
por indústrias da região para esse propósito (Guerra
et al. 2002; Aquino, 2005; Mattos et al, 2006). Foelkel (1973) mostrou
as vantagens comparativas da madeira de A.angustifolia em relação às
de Pinus para fabricação de celulose kraft por terem fibras
mais longas e maior densidade básica.
A madeira do pinheiro-do-Paraná, caso seca ao natural e exposta
ao ar livre, possui baixa durabilidade, sendo comumente atacada por cupins,
mofos e outros agentes depreciantes; porém, é facilmente
tratada com produtos químicos de preservação devido à elevada
permeabilidade da madeira (Aquino, 2005; Zenid et al. 2009).
O nó-de-pinho possui elevado potencial calorífico, sendo
muito utilizado no passado para gerar energia em caldeiras de indústrias.
Hoje, ainda é bastante aproveitado como lenha para aquecimento
de ambientes, assim como a casca desse pinheiro, que também possui
elevado poder calorífico (Angeli e Stape, 2003).
Além da variabilidade genética existente em distintas populações,
a qualidade da madeira de A. angustifolia também pode ser afetada
pelo manejo que é dado às florestas. Fatores ambientais
como temperatura, vento e solo comumente influenciam as propriedades
da madeira (Mattos et al. 2006). Dessa forma, já há algumas
pesquisas que avaliam aspectos qualitativos madeireiros de A. angustifolia provindas de diferentes regiões, assim como trabalhos que comparam
as características de sua madeira as de outras espécies
arbóreas como as dos Pinus, por exemplo.
Observem alguns desses experimentos a seguir.
Mattos et al. (2006) caracterizaram a madeira de A. angustifolia de povoamentos
de 38 anos. Os principais resultados observados foram: densidade básica
média de 0,425 g/ cm³; densidade básica da casca de
0,395 g/cm³. Os autores comentaram que os resultados corroboraram
aos de outros pesquisadores; contudo, algumas diferenças foram
encontradas devido principalmente às idades distintas de povoamentos
e as condições genéticas e ambientais presentes.
Observou-se também que a densidade básica tende a crescer
no sentido medula/casca, estabilizando-se à medida que se aproxima
da casca. Esse fato também observado foi por Rolin e Ferreira
(1974) e também por Wehr e Tomazello Filho (2000). Mattos et al.
(2006) também relataram o poder calorífico da madeira de A.
angustifolia como sendo de 4.670 kcal/kg base seca. Eles ainda avaliaram
os teores de extrativos totais, lignina e holoceluloses, encontrando
valores de 3,8% ; 27,8% e 68,4%, respectivamente. Também observaram
longos traqueídeos na madeira da população avaliada,
encontrado valores de 5,2 mm de comprimento e 48,3 a 57,5 µm de
largura.
Jankowsky e Silva (1985) observaram o gradiente de umidade da madeira
serrada do pinheiro-do-Paraná durante a secagem artificial. Essa
ocorreu em temperaturas máximas de 70°C, considerada como
sendo de um programa convencional de secagem. Os autores concluíram
que a forma de secagem mostrou-se adequada devido à baixa quantificação
de defeitos na madeira como as rachaduras. O comportamento do gradiente
de umidade levou os autores a classificar a madeira como moderadamente
permeável.
Santini et al. (2000) compararam as propriedades físicas e mecânicas
de madeiras de A. angustifolia, Pinus elliottii e Pinus
taeda, submetidas
a tratamentos e manejos semelhantes. Testes de flexão estática,
de compressão axial e de dureza axial comprovaram a superioridade
da madeira da A. angustifolia, em relação às outras
testadas.
Segundo Angeli e Stape (2003) valores qualitativos e quantitativos superiores
das toras de A. angustifolia em relação às de Pinus também foram observados em termos de rendimento (m³ de tábua/m³ de
tora) durante o desdobro mecânico. Os valores de rendimento obtidos
para A. angustifolia foram de 1/1,6; enquanto que para Pinus foi de 1
/ 2,3.
Não há dúvidas quanto à qualidade e a versatilidade
do uso da madeira de A. angustifolia. Apesar de todas essas virtudes,
o futuro dessa árvore apresenta-se incerto. Isso principalmente
pelo desmatamento que sofreu no passado, levando-a ao estado de espécie
ameaçada de extinção. Assim, mais estudos deveriam
continuar sendo realizados para o uso comercial de plantações
florestais dessas árvores a fim de buscar novas tecnologias de
manejo de reflorestamento, buscando utilizar seus recursos de forma sustentável.
De acordo com Brena (2009), a conservação do pinheiro-do-Paraná depende
do seu uso de forma racional e inteligente. Isso também é válido
para a utilização de sua madeira. A simples proibição
do corte levará a diminuição da população
do pinheiro, já que há resistência dos proprietários
de terra em permitir o crescimento espontâneo de novas plantas,
as quais colocariam em risco a possibilidade de uso agrícola da
terra da forma convencional. Por isso, a proibição longe
de ser a solução, pode ser inclusive uma força desfavorável
para a conservação dessa espécie.
A todos interessados pelas propriedades da madeira de A. angustifolia segue a seguir algumas bibliografias interessantes que também
foram utilizadas para a elaboração desse texto. Observem:
Madeira: uso sustentável na construção civil. Edição
2. G.J. Zenid; M.A.R. Nahuz; M.J.A.C. Miranda; L.F.T. Romagnano; O.P.
Ferreira; S. Brazolin. 103 pp. (2009)
http://www.ipt.br/centro_publicacoes_interna.php?id_publicacao=
3&id_unidade=13&qual=publicacoes
http://www.ipt.br/download.php?filename=6-Madeiras:_uso_sustentavel_na_construcao_civil.pdf
http://www.orsaflorestal.com.br/shared/util/manual_2009.pdf
Araucária: realidade e perspectivas para a produção
sustentável. D. A. Brena. Fórum Internacional do Agronegócio
Florestal. Apresentação em Powerpoint. 08 slides. (2009)
http://ageflor.tempsite.ws/upload/biblioteca/araucaria.pdf
Resumo: Número de anéis de crescimento como parâmetro
para a estimativa da massa específica de três espécies
florestais. M. F. Barboza. XVI Congresso de Iniciação Científica.
05 pp. (2007)
http://www.ufpel.tche.br/cic/2007/cd/pdf/CA/CA_00359.pdf
Caracterização física, química e anatômica
da madeira de Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze. P. P. Mattos;
C. D. Bortoli; R. Marchesan; N. C. Rosot. 04 pp. (2006)
http://www.cnpf.embrapa.br/publica/comuntec/edicoes/com_tec160.pdf
Cultivo
da Araucaria angustifolia. Viabilidade econômico-financeira
e alternativas de incentivo. F. M. Aquino. BRDE - Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul. 53 pp. (2005)
http://www.brde.com.br/estudos_e_pub/IS%202005-01Cultivo%20da%20arauc%C3%A1ria%20SC.pdf
Araucaria
angustifolia (Araucária). A. Angeli; J. L. Stape.
Departamento de Ciências Florestais - ESALQ/USP. (2003)
http://www.ipef.br/identificacao/araucaria.angustifolia.asp
Exploração, manejo e conservação da araucária. M. P. Guerra; V. Silveira; M. S. Reis; L. Schneider. In Sustentável
Mata Atlântica: a exploração de seus recursos florestais
(L.L. Simões & C.F. Lino, orgs.). SENAC, São Paulo,
p.85-102. (2002)
http://books.google.com.br/books?id=1F2cR-tsYBMC&pg=PA85&lpg=PA85&dq=
Guerra+2002+araucaria+angustifolia+%22Explora%C3%A7%C3%A3o,+manejo+e+conserva
%C3%A7%C3%A3o+da+arauc%C3%A1ria%22&source=bl&ots=Pmw-BHpLXP&sig=
7UgiqalbDkIsG1I6VcMv4ltygSs&hl=pt-BR&ei=EE9OSrzkFs6ktwermsigBA&sa=X&oi=
book_result&ct=result&resnum=3
Caracterização
dos anéis de crescimento de árvores
de Araucaria angustifolia (Bert) O. Kuntze através de microdensitometria
de raio X. N. J. Wehr; M. Tomazello Filho. Scientia Forestalis 58:
161-170. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr58/cap12.pdf
Análise comparativa das propriedades físicas e mecânicas
da madeira de três coníferas de florestas plantadas. E.
J. Santini; C. R. Haselein; D. A. Gatto. Ciência Florestal 10(1):85-93.
(2000)
http://www.ufsm.br/cienciaflorestal/artigos/v10n1/art6v10n1.pdf
Gradiente
de umidade durante a secagem da madeira de Araucaria angustifolia (BERT.) O. KTZE. I. P. Jankowsky; L. E. Silva. IPEF 31:57-59. (1985)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr31/cap06.pdf
Variação
da densidade da madeira produzida pela Araucaria
angustifolia (BERT.) O. Kuntze em função dos anéis
de crescimento. M. B. Rolim; M. Ferreira. IPEF 9: 47-55. (1974)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr09/cap03.pdf
Unbleached kraft pulp properties of some of the Brazilian and
U.S. pines. C.E.B.Foelkel. Tese de Mestrado. State University of New York
/ Syracuse. 204 pp. (1973)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Unbleached%20kraft%20pulp.pdf
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Grandes Autores sobre os Pinus: Geraldo José Zenid
Nesta PinusLetter, em “Referências Técnicas
da Literatura Virtual”, voltamos a homenagear grandes autores sobre os Pinus, seção que destaca os pesquisadores e autores que se dedicaram
aos estudos das espécies dos Pinus, características,
manejos e principais produtos. Trazemos teses, dissertações,
livros, palestras, apostilas e artigos de diversas revistas em que
estas pessoas publicaram.
Nessa
edição, homenageamos um dos autores e também
o coordenador da famosa obra "Madeira: Uso Sustentável
na Construção Civil", já na sua segunda edição,
editada na forma de livro digital e em papel pelo Instituto de Pesquisas
Tecnológicas (IPT) em 2009: Geraldo José Zenid.
Com a crescente preocupação com o meio ambiente, a sustentabilidade
também foi incorporada em projetos arquitetônicos de muitas
construções e edificações, tornando esse
livro de altíssima relevância. Foram impressos 15.000
exemplares do livro em forma papel tradicional - muito artística
e de rara beleza no seu "design". São poucos nesse
formato, mas o livro e seus ensinamentos está disponível
para download na internet através de diversos websites tais
como:
http://www.ipt.br/centro_publicacoes_interna.php?id_publicacao=3&id_unidade=13&qual=publicacoes
http://www.ipt.br/download.php?filename=6-Madeiras:_uso_sustentavel_na_construcao_civil.pdf
http://www.orsaflorestal.com.br/shared/util/manual_2009.pdf
Em
suas 103 páginas incluindo capas, o livro objetiva levar
informações aos usuários, fornecedores e beneficiadores,
a respeito do uso racional da madeira, evitando seu desperdício
em construções, além de dos principais cuidados
que devem ser tomados para sua maior durabilidade. Para tanto, o livro
também ressalta outros aspectos muito importantes que vêm
ganhando cada vez mais importância na atualidade: a certificação
das boas práticas do manejo florestal, a garantia de origem
e rastreabilidade da madeira. Conheçam também onde a
madeira é utilizada na construção civil, seus
principais produtos e indicações para sua utilização
de forma ideal. Confiram também informações a
respeito da qualidade da madeira e de como realizar controle eficiente
e ambientalmente correto de cupins subterrâneos, considerados
grandes depreciadores da madeira aplicada em construções.
Conheçam também aspectos legais da cadeia de custódia
da madeira no Brasil. O livro não aborda apenas a madeira provinda
de espécies de Pinus, mas também possui fichas tecnológicas
de espécies nativas como da Araucaria angustifolia e também
outras exóticas comuns em reflorestamentos sustentáveis,
como é o caso do Eucalyptus.
Agradecemos a Geraldo Zenid, também aos outros autores do CT-Floresta
do IPT - Centro de Tecnologia de Recursos Florestais (Márcio
A. R. Nahuz, Maria José A.C. Miranda, Lígia F.T. Romagnano,
Oswaldo P. Ferreira e Sérgio Brazolin), aos demais colaboradores,
aos patrocinadores (Secretaria do Verde e do Meio Ambiente do Município
de São Paulo e SindusCon - Sindicato da Indústria da
Construção Civil do Estado de São Paulo) e à equipe
técnica do IPT pelos esforços na elaboração
desta bibliografia já tão importante para o setor de
construção civil e também florestal.
A seguir, estamos lhes disponibilizando informações a
respeito da vida profissional do nosso estimado amigo Geraldo
José Zenid, através de um breve resumo de seu currículo, de uma entrevista
comentando sobre pontos importantes do livro "Madeira: Uso Sustentável
na Construção Civil", comentando também sobre
o uso racional dos Pinus no setor madeireiro. Por fim, há à disposição
outras publicações do autor referente ao assunto.
Confiram:
Geraldo José Zenid
Currículo CNPq Plataforma Lattes:
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4709085U3
Geraldo J. Zenid é biólogo, formado pela USP - Universidade
de São Paulo no ano de 1976 e mestre pela mesma instituição
(ESALQ/USP) em 1997, tendo se dedicando a pesquisas referentes à madeira
na construção civil. Geraldo Zenid, durante toda sua
formação profissional, sempre teve um vínculo
forte com o IPT, iniciando como assistente-aluno em 1975 e permanecendo
na instituição até os dias de hoje, colaborando
e muito com pesquisa, extensão, administração,
difusão de conhecimentos, através de publicações
e cursos, etc. Geraldo Zenid tem ocupado cargos técnicos e gerenciais
no IPT na antiga Divisão de Produtos Florestais do instituto
e também na responsabilidade pelo laboratório de Anatomia
e Identificação de Madeiras. Atualmente ocupa a função
de chefia do Agrupamento de Propriedades Básicas da Madeira,
sendo também pesquisador do instituto, atuando principalmente
nas áreas de: tecnologia de madeira como na identificação
botânica, anatômica, propriedades e controle de qualidade
de madeiras. Tem ministrado diversos cursos e palestras, principalmente
em auditoria da madeira, classificação da madeira serrada
para exportação segundo a regra NHLA (National Hardwood
Lumber Association - http://www.natlhardwood.org/) e identificação
botânica da madeira. Geraldo Zenid vem contribuindo muito para
o uso adequado e racional das madeiras de diversas espécies
através da divulgação de seus trabalhos.
Entrevista com Geraldo José Zenid:
•
Como surgiu a idéia do livro?
"
Nos anos 1980 e 1990, começaram a escassear as madeiras de peroba-rosa
e pinho-do-Paraná – tradicionalmente empregadas na construção
civil habitacional – ao mesmo tempo que madeiras amazônicas
e de reflorestamento (Pinus e eucalipto) começaram a ser ofertadas
nas regiões Sul e Sudeste. Desde esse período, o IPT
tem sido procurado por especificadores (indivíduos construindo
suas casas, engenheiros, arquitetos, empresas privadas e públicas,
e órgãos da administração pública),
que de uma forma geral buscavam indicações de madeiras
substitutas daquelas tradicionais e informações técnicas
sobre as novas espécies ofertadas no mercado.
No início dos anos 90 iniciei meu curso de Mestrado na ESALQ-USP,
sob orientação do Eng. Agrônomo Dr. João
Peres Chimelo. Dentre os temas por mim propostos para a dissertação,
o Dr. Chimelo escolheu aquele em que se propunha:
•
coletar e identificar botanicamente as madeiras serradas que estavam
sendo comercializadas na cidade de São Paulo; e
• empregar um método de seleção de madeiras
para usos na construção civil habitacional considerando
suas propriedades tecnológicas, tendo como paradigma as madeiras
de peroba-rosa e pinho-do-Paraná.
Confesso
que dentre os temas que tinha para meu trabalho acadêmico,
o escolhido era aquele que tinha a minha menor preferência.
Achava-o simples e com pequeno conteúdo e desafio científico.
No entanto, o Dr. Chimelo, com sua experiência, insistiu
que eu o adotasse por considerar a sua utilidade para o setor.
Acabei aceitando,
afinal ele era meu orientador e meu chefe e amigo no IPT ...
A dissertação
foi defendida em 1997 e, de lá para cá, a escolha
do Dr. Chimelo mostrou-se realmente acertada, revelando o quanto
o setor
de madeira serrada no Brasil é carente de informações
relativamente simples, em geral disponíveis nos institutos
e universidades, e que por uma falha de divulgação
- ou seria de distanciamento entre órgãos de
pesquisas e empresas ? – não atingem o setor
o setor madeireiro.
No
início dos anos 2000 presenciamos, além da preocupação
do bom uso da madeira sob a égide das questões relacionadas
aos sistemas da qualidade, o impacto das questões relacionadas
ao meio ambiente, com a madeira amazônica se tornando uns dos
vilões ("de forma algo exagerada em minha opinião")
da exploração predatória do imenso recurso florestal
amazônico. Nesse contexto, até os reflorestamentos têm
sido condenados por ambientalistas mal informados.
Em
2002, o IPT foi procurado pela Secretaria do Verde e do Meio Ambiente
do Município de São Paulo, que solicitou que fosse avaliada
a relação de madeiras que constavam nas especificações
de compra da Prefeitura de São Paulo. A partir desta demanda,
acrescida da mesma preocupação dos empresários
congregados no Sindicato da Indústria da Construção
Civil de São Paulo – SindusCon, nasceu a idéia
da publicação do manual "Madeira: Uso Sustentável
na Construção Civil", cuja primeira edição
lançada em 2003, com 5.000 exemplares, teve repercussão
acima da expectativa dos editores e esgotou-se rapidamente.
Em
2007 o IPT, a SVMA e o SindusCon sentindo a necessidade de atualizar
as informações do manual, visto que importantes ações
foram implantadas na área ambiental, e agora contando com o
apoio do Conselho Brasileiro de Construção Sustentável,
Greenpeace-Brasil, Grupo de Produtores Florestais Certificados na Amazônia
e WWF-Brasil. Entretanto, somente em 2009, equacionadas as verbas necessárias,
foi lançada a segunda edição revista e ampliada
do manual. Desta vez foram impressos 15 000 exemplares. Em ambas as
edições, a obra foi colocada à disposição
dos interessados pela Internet, existindo dezenas de websites onde
pode ser encontrada."
• Uma
frase ou palavras sobre o livro:
"O livro preenche uma lacuna no segmento de madeira serrada para
a construção civil, trazendo informações
simples e úteis sob os aspectos técnicos e ambientais,
que contribuem para o bom uso desse material renovável e ambientalmente
sustentável."
• Algumas
frases sobre o IPT e sobre os objetivos do livro:
"Este é mais um trabalho do IPT para o setor, ao longo
dos seus 110 anos de história. O estudo da madeira está ligado
aos primórdios do Instituto. Já em 1904, quando o IPT
ainda era o Gabinete de Resistência dos Materiais da Escola Politécnica,
a publicação do primeiro boletim do Grêmio Politécnico,
apresentou os resultados de ensaios físicos e mecânicos
de diversas madeiras empregadas na construção civil."
"Porém, só em 1928, com a criação
da Seção de Madeiras, os estudos começam a se
desenvolver de forma mais estruturada. Com a transformação
em instituto, em 1934, foram criados quatro laboratórios sendo
que dois deles – o Laboratório de Ensaios Físicos
e Mecânicos e o Laboratório de Identificação
Micrográfica – voltados exclusivamente à madeira.
Foi a partir dessa década que se alicerçou o estudo da
madeira sob o ponto de vista mecânico, químico e biológico
que até hoje distingue o IPT de diversas instituições.
Nessa época, o laboratório já possuía nos
seus quadros, engenheiros civis e agrônomos, além de químicos.
Era o início da multidisciplinaridade que caracteriza o Centro
de Tecnologia de Produtos Florestais até hoje."
Nós, da Grau Celsius, que acompanhamos muitas dessas ações
do IPT e de seus técnicos na área da Tecnologia da
Madeira, gostaríamos de destacar o fantástico trabalho
de muitos deles, em especial e com a nossa eterna amizade, dos amigos
Calvino Mainieri e João Peres Chimelo, que dedicaram seu talento
para muitas realizações e também para a elaboração
das famosas "Fichas das Características das Madeiras
Brasileiras" e da notável e maior xiloteca (coleção
de madeiras) brasileira, que merecidamente tem o nome do Dr. Calvino
Mainieri
• Algumas frases sobre o setor de madeira e o uso da madeira de Pinus:
"A madeira possui características que a tornam o único
material realmente sustentável para a construção
civil e outros segmentos demandantes".
"O Brasil tem o maior potencial de desenvolvimento florestal
no mundo. Temos a maior área de floresta tropical. Dispomos
de terras com aptidão florestal, clima e tecnologia silvicultural
de ponta para sermos o maior produtor de madeiras sem competir com
agricultura".
"Podemos optar por usar madeiras nativas ou de reflorestamentos
ou ambas. Aliás acho contraproducente essa falsa questão:
madeira nativa x madeira reflorestada. Os profissionais da área
florestal deveriam estar focados no uso otimizado de todos os nossos
recursos florestais".
"Com relação ao Pinus, quando me perguntam (responde
Geraldo Zenid) se é viável o uso de Pinus na construção
civil, apresento o seguinte exemplo: temos no IPT estruturas de madeiras
em pleno uso como vigas laminadas tratadas com CCA produzidas com madeira
de Pinus e há mais de 25 anos em perfeito estado de funcionalidade,
sem mostrar desgaste e resistindo mais do que muitas madeiras nativas.
Temos o exemplo prático que comprova nossas argumentações
técnicas. É necessário falar mais?"
Algumas publicações de Geraldo José Zenid disponíveis
na web:
Identificação macroscópica de madeiras. G.J. Zenid;
G.C.T. Ceccantini. IPT - Laboratório de Madeira e Produtos Florestais.
24 pp. (2007)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
Apostila-Identifica%E7%E3o%20de%20madeiras.pdf
Chave
de identificação de madeiras comerciais. G.J.
Zenid. IPT - Laboratório de Madeira e Produtos Florestais. 28
pp. (2007)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/
Chave%20identifica%E7%E3o%20madeiras%20comerciais.pdf
Espécies
nativas com potencial madeireiro e moveleiro. G.J. Zenid. III Madetec.
17 pp. (2005)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Esp%
E9cies%20nativas%20com%20potencial%20madeireiro%20e%20moveleiro.pdf
Madeira: uso sustentável na construção civil. Primeira edição. Tiragem de 5.000 Exemplares. Coordenador:
O. P. Ferreira; G. J. Zenid; M. A. R. Nahuz; M. J. A. C. Miranda; S.
Brazolin. IPT Divisão de Produtos Florestais - SVMA - SindusCon.
(2003)
http://www.sindusconsp.com.br/downloads/prodserv/publicacoes/manual_madeira_uso_sustentavel.pdf
http://www2.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente/qualidade_ambiental/madeira/0001
Qualificação de produtos de madeira para a construção
civil. G.J. Zenid. II SIMADER . 15 pp. (2001)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Qualifica%E7%E3o%20de%
20produtos%20de%20madeira%20para%20a%20constru%E7%E3o%20civil.pdf
Chave
de identificação de madeiras comerciais. V. Angyalossy;
G. Ceccantini; G. J. Zenid. IPT Publicações. 21 pp. (1999)
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/arlindo/
materiais/IDENTIFICACAO_MACROSCOPICA_DE_MADEIRAS.pdf
Identificação e grupamento das madeiras serradas empregadas
na construção civil habitacional na cidade de São
Paulo. G.J. Zenid. Dissertação de Mestrado. ESALQ/USP.
188 pp. (1997)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Identifica%E7%E3o%
20madeiras%20constru%E7%E3o%20civil_Zenid.pdf
Madeira
na construção civil. G.J. Zenid. IPT - Divisão
Produtos Florestais. 08 pp. (s/d)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/Madeira%20na%20constru%E7%E3o%20civil.pdf
Madeira:
uso na construção civil. G. J. Zenid. IPT CT-Floresta.
Palestra em PowerPoint: 20 a 26 slides. (Diversas datas e apresentações)
http://homologa.ambiente.sp.gov.br/EA/cursos/ciclo_palestras/151007/GeraldoZenid.pdf
http://www.sindimasp.org.br/hotsite/retro/Palestras/IPT-%20Geraldo%20José%20Zenid.pdf
http://www.cetesb.sp.gov.br/noticentro/2007/10/geraldo_zenid.pdf
http://www.anggulo.com.br/madeira/retro/Palestras/IPT-%20Geraldo%20Jos%E9%20Zenid.pdf
Referências de Eventos e de Cursos
Nessa
seção, trazemos referências de eventos que
aconteceram a nível nacional e internacional e que se relacionam
diretamente ou indiretamente aos Pinus. A característica
marcante desses bons eventos é a disponibilidade do material
bibliográfico na forma de palestras, anais, proceedings,
livros técnicos ou até mesmo a disponibilidade dos
resumos, os quais já ajudam a saber das novidades no ramo
e dos assuntos abordados durante o encontro. Através dos
endereços de URLs, vocês podem obter o material do
evento e conhecer mais sobre a entidade organizadora, para eventualmente
se programarem para participar do próximo.
Curso Melhoramento Genético. (em Português)
Excelente material didático sobre os fundamentos do melhoramento
genético de plantas cultivadas, de autoria do professor José Baldin
Pinheiro, da ESALQ/USP - Escola Superior de Agricultura "Luiz
de Queiroz". Sugerimos que visitem logo o website referenciado,
pois em geral os professores retiram suas aulas para só voltar
a disponibilizá-las quando de nova edição da
disciplina (nesse caso, a LGN 313).
Aproveitem para aprender muito com os ensinamentos do Dr. José Baldin
Pinheiro:
http://docentes.esalq.usp.br/baldin/pub/Programa.zip (Programa da
disciplina)
http://docentes.esalq.usp.br/baldin/ (Todas as aulas)
II Simpósio Iberoamericano de Gestión y Economía
Forestal. (em Espanhol / Inglês / Português)
Evento organizado pelo “Centre Tecnològic Forestal de
Catalunya” (CTFC), ocorreu na cidade de Barcelona, Espanha
em setembro de 2004 e contou com a presença de profissionais
da área florestal de diversos países do mundo, discutindo
a respeito de gestão e economia do setor. Vejam os trabalhos
envolvendo os Pinus e também alguns resumos de experimentos
conduzidos no Brasil. A seguir disponibilizamos alguns dos estudos
apresentados durante o evento; porém, há muitos outros
de igual relevância no site do evento:
http://www.gruponahise.com/simposio/cast/index.html.
Sistemas de avaliação do desempenho florestal: adicionando
controle ao ciclo PDCA. S.R.Nobre; T.M. Amaral; L. C. E. Rodriguez.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/10%20Silvana%20Rodriguez%20Paper.pdf
La
estructura socioeconómica de la propiedad forestal individual
en Galicia (España): análisis dentro del contexto Europeo. V. Rodríguez Vicente; M. F. M. Pérez; R. C. Maseda.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/4%20V.Rodriguez%20%20Vicente.pdf
Estabelecimento
simultâneo de equações de biomassa
para o pinheiro bravo. F. Páscoa; F. Martins; R. S. González;
C. João.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/13%20Fernando%20P%E1scoa.pdf
Comparación de inventários mediante la simulación
de muestreos sobre repoblaciones de P. sylvestris en la
Sierra de Guadarrama. S. Condes; J. Martínez-Millán
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/16%20SoniaCondes.pdf
Simulación del crecimiento de Pinus
nigra en función
del déficit hídrico, la meteorología y la competencia.
R. Molowny-Horas, L. Comas; J. Retana.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/17%20Roberto%20%20Molowny%20et%20al.pdf
El
valor de la fijación de carbono en los programas de forestación. J. Mogas; P. Riera.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/19%20joan%20mogasriera.pdf
The
contribution of regional planning for the development of forest
management plans - a comparative analysis of case studies from Portugal
and Spain. H. Martins; M. Marey; J. C. Uva; R. P. Ribeiro; J. G.
Borges.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/Marey%20IV.pdf
Análisis de escenarios forestales utilizando el Inventario
Forestal Nacional Español. Aplicación a la provincia
de Lleida. A. Trasobares.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/26%20Antoni%20Trasobares.pdf
Relações inter-organizacionais: tendências
para o setor florestal no Brasil. Luiz Cornacchioni; L. Roncolato.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/29%20Lucimara%20Roncolato.pdf
Alternative
species for the forest industry as forms of diversify the landscape. A. Santos; R. Simões;
H. Pereira; O. Anjos.
http://www.gruponahise.com/simposio/papers%20pdf/30%20Ofelia%20dos%20Anjos.pdf
XVII Congresso de Iniciação Científica - Encontro
de Pós- Graduação. (em Português)
Evento realizado em novembro de 2008 na Universidade Federal de
Pelotas, conta com a apresentação oral de diversos trabalhos
nas mais variadas áreas de pesquisa daquela universidade.
Destacam-se para nós os trabalhos da Engenharia da Madeira.
Observem os resumos do evento em (http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/)
e alguns dos sugeridos logo abaixo que envolvem a madeira, importante
produto florestal.
Resistência natural de madeiras ao ataque de Cryptotermes
brevis (Walker): estudo de caso da biblioteca pública
pelotense. M.M. Martins; L.S. Oliveira; D.A. Gatto; E.S. Ferreira.
http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/EN/EN_00619.pdf
Absorção de preservativo hidrossolúvel pelo
método de substituição de seiva para madeira
de Eucalyptus sp. B.S. Coelho; G. Tavares; L.C. Oliveira; D.A. Gatto;
E.S. Ferreira.
http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/EN/EN_00971.pdf
Propriedades
físicas e mecânicas
da madeira de Grevillea robusta A. Cunn. oriunda de floresta
plantada. E. Schneid; D.A. Gatto;
D.B. Araldi; R.R. Melo; D.M. Stangerlin; L.S. Oliveira.
http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/EN/EN_00581.pdf
Caracterização preliminar da cinza de lenha de eucalipto
com vistas à avaliação de sua pozolanicidade
e de outras possibilidades de uso. P.M. Mendes; L.M. Madaloz; O.
Pereira-Ramirez; M.T. Pouey; C.W. Raubach.
http://www.ufpel.edu.br/cic/2008/cd/pages/pdf/EN/EN_00471.pdf
27th Symposium on Biotechnology for Fuels and Chemicals. (em Inglês)
O
vigésimo-sétimo Simpósio de Biotecnologia
para Combustíveis e Químicos ocorreu em maio de 2005
na cidade de Denver, Colorado, EUA. Confiram os resumos disponíveis
em pdf sobre o assunto. Há vários trabalhos que abordam
subprodutos florestais como matéria-prima energética.
A seguir, listamos alguns resumos interessantes para observação.
Observem o muito esclarecedor livro dos resumos do evento em:
http://www.nrel.gov/docs/gen/fy05/36826.pdf
Pinus-Links
A
seguir, trazemos a vocês nossa indicação
para visitarem diversos websites que mostram direta relação
com os Pinus, nos aspectos econômicos, técnicos,
científicos, ambientais, sociais e educacionais. Nessa
seção especificamente, estamos ainda colocando
Pinus-Links com empresas e entidades importantes na sua relação
com os Pinus e na divulgação tecnológica
sobre os mesmos.
Southern Research Station. (em Inglês)
Pertencente ao Serviço Florestal do Departamento de
Agricultura dos Estados Unidos, a estação de
pesquisa da região sul do país, pesquisa os recursos
naturais regionais. Isso inclui o estudo de diversas florestas
de coníferas inclusive dos Pinus, endêmicos e
abundantes nos estados sulinos dos EUA. A estação
possui mais de 130 cientistas, todos com a missão de
promover novos conhecimentos e tecnologias que garantam a sustentabilidade
e também promovam a fortificação e preservação
dos ecossistemas florestais da região, que engloba 13
estados do país. Na sessão de buscas do site,
há disponível mais de 1000 artigos que citam
e abordam os Pinus. Também não deixem de conferir
a revista “Compass”, disponível gratuitamente
por download e que possui interessantes informações
sobre coníferas, além de todos os benefícios
que podem promover. Confiram:
http://www.srs.fs.usda.gov/index.htm (Home)
http://www.srs.fs.usda.gov/organization/ (Missão)
http://www.srs.fs.usda.gov/products/ (Publicações)
http://www.srs.fs.usda.gov/compass/issue13/ (Compass n°13)
http://www.srs.fs.usda.gov/pubs/results.php (Pesquisas com
Pinus)
Neartica.com
- "The Native Conifers of North
America".
(em Inglês)
O website Neartica.com possui descrições morfológicas
e as principais características das espécies
de coníferas endêmicas da América do Norte.
Confiram também fotos e figuras, além da distribuição
geográfica que a webpage proporciona para cada uma das
espécies referidas. Confiram também as chaves
dicotômicas para a identificação de gêneros
e espécies de coníferas encontradas na região.
Observem as informações que Neartica.com disponibiliza
gratuitamente.
http://www.nearctica.com/trees/conifer/index.htm (Características
de coníferas)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/conintro.htm (Introdução)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/copy.htm (Direitos autorais)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/genera/genkey1.htm (Chaves
botânicas para gêneros e espécies)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/bylist.htm (Lista de
espécies de coníferas)
http://www.nearctica.com/trees/conifer/places/remark.htm (Coníferas
extraordinárias)
Southern
Tree Breeding Association - Genetic Improvement Services. (em Inglês)
A associação sulina de melhoramento de árvores
maneja cooperativas australianas em programas referentes ao
assunto. Um dos principais focos da associação é a
melhoria dos resultados dos associados através da identificação
de árvores geneticamente superiores. As principais espécies
em programas de melhoramento são Pinus radiata e Eucalyptus globulus. A primeira é a conífera mais plantada
em reflorestamentos no país, em uma área superior
a 750.000 ha. Dessa forma, há muitos trabalhos e pesquisas
que visam à melhoria de aspectos produtivos da árvore,
principalmente por não ser nativa do continente australiano.
A associação também presta assistência
e disponibiliza conhecimento e informações sobre
melhoramento genético. Isso pode ser observado já no
site, que proporciona artigos gratuitos para download.
http://www.stba.com.au/ (Home)
http://www.stba.com.au/page/about%20stba (Introdução)
http://www.stba.com.au/page/articles (Artigos)
Campanha
Adoção de Floresta com Araucária.
(em Português)
A SPVS (Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem
e Educação
Ambiental) possui uma campanha de preservação
e reabilitação de matas de araucária desde
2003. Essa iniciativa surgiu devido à constante ameaça
sobre essa espécie nos estados do Sul do Brasil, chegando
ao ponto de ameaça de extinção. Logo,
com a adoção temporária de interessados,
o proprietário da área passa a receber assistência
constante da SPVS, garantindo a sua preservação
através de seus funcionários, “guarda-parques”,
administradores, colaboradores, entre outros a favor da conservação
desse bioma único. Acessem o site e saibam um pouco
mais sobre características da A. angustifolia, além
da sua situação de conservação
no Brasil. Observem:
http://www.spvs.org.br/campanhas/afa_index.php (Home)
http://www.spvs.org.br/areaatuacao/floresta_araucaria_antes.php (Cobertura
de florestas no Paraná)
http://www.spvs.org.br/areaatuacao/att_araucaria.php (Área
de atuação)
http://www.spvs.org.br/salaimprensa/ler_noticia.php?i=963 (Notícias
sobre Araucárias)
http://www.spvs.org.br/areaatuacao/foto_araucaria.php (Fotos de Matas de Araucária)
Santa
Maria. (em Português)
Empresa de base florestal brasileira, localizada no estado
do Paraná e que busca a modernização e
a sustentabilidade dentre suas metas empresariais. Isso é atestado
pela recente certificação de cadeia-de-custódia
recebida através do FSC - Forest Stewardship Council.
Dentre os produtos oferecidos por seus diferentes setores produtivos
podem ser citados: papéis off-set, papéis apergaminhados,
papéis monolúcidos, painéis de madeira "finger-joint",
molduras e batentes de portas, mudas e sementes melhoradas
florestais. O grupo possui 15.000 hectares reflorestados com Pinus taeda em
12 fazendas próximas a seus parques fabris.
http://www.santamaria.ind.br/gol_produtos.php (Produtos de
madeira)
http://www.santamaria.ind.br/sta_produtos.php (Produtos de
papel)
http://www.santamaria.ind.br/ref_prod.php (Produtos florestais)
http://www.santamaria.ind.br/mas_resp.php (Responsabilidade
sócio-ambiental)
Gerdau
Florestal. (em
Português)
Empresa do grupo Gerdau (grande produtor de aço no Brasil)
que se dedica a operações de reflorestamento,
possuindo cerca de 22.000 hectares de plantações
florestais de Pinus taeda (Santa Catarina - 15.000 ha) e Pinus tropicais (Mato Grosso do Sul - 5.000 ha). Além disso,
a empresa mantém cerca de 15.000 hectares de ecossistemas
naturais preservados e conservados. Apesar de já ter
atuado na área de beneficiamento da madeira (serraria),
hoje a empresa está estruturada de forma a ter foco
na produção de toras de florestas manejadas por
alto fuste, retirando madeira de desbastes e toras de padrão
excepcional ao final do ciclo. Vale a pena ver o que está acontecendo
em termos do monitoramento sócio-ambiental de suas plantações,
o que pode ser feito em uma página especial de seu website.
Conheçam a Gerdau Florestal nas referências a
seguir:
http://www.gerdauflorestal.com.br/ (Home)
http://www.gerdauflorestal.com.br/monitoramento.asp (Monitoramento
sócio-ambiental)
Utilização das Escamas dos Pinhões
para Tratar Efluentes
A árvore da Araucaria
angustifolia possui
uso extremamente versátil. Basicamente, todas suas partes
podem ser utilizadas, indo desde a resina, a madeira e até a
pinha (Wikipédia, 2009). Essa pinha, além de nos presentear
com um rico alimento, os pinhões, também possui componentes
hoje utilizados para absorção de metais pesados em
controle de poluição. Esses componentes são
as cascas dos pinhões, muito desperdiçadas após
alimentação, e também as próprias escamas
das pinhas (pinhões secos, oriundos de ovários não
fertilizados). Esse último, também era considerado
um resíduo da indústria alimentícia. Segundo
Santos e colaboradores, atualmente, muitos compostos de biomassas
inativas estão sendo estudados como bioabsorventes alternativos.
Assim, as cascas e escamas das pinhas de A. angustifolia também
têm mostrado excelente potencial para essa finalidade.
Muitos resíduos provenientes de coníferas já mostraram
grande potencial como biossorventes, ajudando na remoção
de diversos íons metálicos poluentes ao meio ambiente.
Testes com esse tipo de biomassa demonstraram elevada durabilidade,
podendo suportar diversos ciclos de sorção e de dessorção.
Podem, inclusive em alguns casos, substituir o uso do carvão
ativo e da resina de troca iônica, caso se encontrem em abundância
na região (Santos, 2008).
Estudos já foram conduzidos com os Pinus, como o realizado
por Ucun et al. e citado por Santos (2008), onde consideraram adequada
a utilização da biomassa de Pinus sylvestris para a
remoção de Cromo (VI).
Can e colaboradores utilizaram cones de P. sylvestris para a absorção
de Níquel (II), testando em diversas condições
laboratoriais. O pH ótimo e a concentração inicial
da biomassa ideal foram de 6,17 e de 18,8 g/l a 11,2 mg /l respectivamente.
Nessas condições obteve-se eficiência de remoção
de Ni (II) em 9,91%.
Ucun e colaboradores (2009) investigaram a eficiência da mesma
biomassa anterior na bioabsorção de Cobre (II) e de
Zinco (II). Os melhores resultados de bioabsorção obtidos
pelos restos de pinhas de P. sylvestris durante o experimento foram
de 67 % para Cu (II) e 30 % para Zi (II) na temperatura de 25°C
e em pH mais elevados.
Da mesma forma que para os cones secos de Pinus, os resultados observados
para a A. angustifolia em estudos de bioabsorção no
Brasil mostraram-se bastante promissores. Avaliando as propriedades
físico-químicas e os grupos da superfície responsáveis
pela sorção de metais pesados como o cromo e o ferro,
Santos (2007) e Santos e colaboradores (2008), realizaram pesquisa
com três tipos de resíduos de A. angustifolia: escamas
secas, cascas de pinhão não cozido e cascas de pinhão
cozido. No geral, os melhores desempenhos de absorção
foram encontrados para as escamas, havendo eficiência de 85
% na absorção de cátions, principalmente de
potássio. Além disso, os solventes das amostras de
escamas foram os que apresentaram melhor coloração
(menor), além de possuir demanda química de oxigênio
inferior aos outros componentes testados. Também houve maior
absorção de Cromo (III) para as escamas de A. angustifolia.
Os autores observaram maior quantidade de poros na superfície
das escamas, o que talvez tenha também contribuído
para seus melhores resultados como bioabsorvente.
Royer (2008) e Lima et al. (2008) testaram a remoção
de corantes da indústria têxtil como o vermelho reativo
194 hidrolisado e não hidrolisado em solução
aquosa por cascas de pinhão de A. angustifolia. Foram comparados
três tipos de tratamento: casca de pinhão tratada com
cromo; com ácido e com ácido e cromo. Ambos os tratamentos
que continham cromo aumentaram a absorbância dos corantes da
casca de pinhão. Isso foi explicado pelo aumento do tamanho
dos poros e também da área superficial da casca do
pinhão. As condições ideais para melhor eficiência
de absorção também foram testadas, onde os resultados
indicam que em pH de 2 (baixo), houve pouca absorção,
por outro lado, a temperatura de 25°C foi a que apresentou melhores
níveis absortivos, atingindo equilíbrio em 24 h.
Lima
et al. (2008) testaram resíduos provindos do pinhão
de A. angustifolia ao natural e também tingidos com vermelho
do Congo como absorventes alternativos em meio líquido de
Cobre (II). As melhores condições ambientais de absorção,
assim como a quantidade de biomassa ideal foram avaliadas. Todos
os fatores ambientais testados (pH, tempo de contato, concentração
inicial do íon metálico), bem como suas interações
influenciaram na absorção de cobre. Para ambas as condições
de resíduo de pinhão, houve melhor capacidade absortiva
no pH de 5,6 contendo biomassa inicial de 30 mg e com um período
de contato ideal de 25 h.
Vaghetti et al. (2008) avaliaram a capacidade das cascas do pinhão
de A. angustifolia de remover o Cromo (VI) como bioabsorvente de
soluções aquosas. A máxima capacidade absortiva
de Cr (VI) observada pelas cascas foi de 240 mg/g.
Apesar do já demonstrado cientificamente potencial como bioabsorvente
de metais pesados, as cascas e escamas do pinhão de A.
angustifolia ainda são muito desperdiçadas após a alimentação.
A. angustifolia é uma árvore que faz parte dos costumes
e tradição do povo brasileiro, especialmente dos residentes
da região sul. Logo, esses estudos deveriam ser mais incentivados
e a população esclarecida e motivada a colaborar. Entretanto, é necessário
que esse conhecimento seja levado ao público, mostrando mais
uma das muitas vantagens da araucária. De acordo com Santos
(2007), durante os últimos 10 anos, houve a diminuição
de em torno de 17 % da produção de pinhões.
Logo, a autora sugere que a utilização de seus resíduos
alimentares como bioabsorventes seja um motivo a mais para a conservação
dessa árvore.
Observem abaixo as bibliografias referentes sobre o tema disponíveis
na web; notem que são todas muito recentes, indicando que
esse tema é bastante atual na ciência e tecnologia:
RESUMO: Copper(II) and zinc(II) biosorption on Pinus
sylvestris L. H. Ucun; O. Aksakal; E. Yildiz. Journal of Hazardous Materials 161(2-3):
1040-1045. (2009)
http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6TGF-4SBHX8G-
D&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=
946181714&_rerunOrigin=google&_acct=C000050221&_version=1&_urlVersion=0&_userid=
10&md5=ab4247100e7557721029e162604aa479
RESUMO:
Application of Brazilian pine-fruit shell as a biosorbent to
removal of reactive
red 194 textile dye from aqueous solution
kinetics and equilibrium study. E. C. Lima; B. Royer; J. C. P.
Vaghetti; N. M Simon; B. M. da Cunha; F. A. Pavan; E. V Benvenutti;
R. Cataluña-Veses;
C. Airoldi. Journal of Hazardous Materials 155(3):536-50. (2008)
http://www.find-health-articles.com/rec_pub_18178307-application-brazilian-
pine-fruit-shell-biosorbent-removal-reactive.htm
Caracterização de biosolventes produzidos a partir
de resíduos de Araucaria angustifolia visando sua
aplicação
na remoção de metais em solução. F. Santos;
C.M.N. Azevedo; M. Pires; M. Cantelli. Congresso Brasileiro de Engenharia
e Ciência dos Materiais. 11 pp. (2008)
http://www.cbecimat.com.br/Trab_Completos/402-030.doc
Caracterização de biosorventes produzidos a partir
de resíduos de Araucaria angustifolia visando sua
aplicação
na remoção de metais em solução. F.
Santos; C.M.N. Azevedo; M. Pires; M. Cantelli. Trabalhos completos.
Congresso
Brasileiro de Engenharia e Ciência dos Materiais. 11 pp. (2008)
HTTP://WWW.CBECIMAT.COM.BR/TRAB_COMPLETOS/402-030.DOC
RESUMO:
Tratamento de efluente de galvanoplastia através
de biosorção de metais pesados cromo e ferro com resíduos
da árvore Araucaria angustifolia. F. A. Santos; M. J. R. Pires;
M. Cantelli. 63º Congresso Anual da ABM - Associação
Brasileira de Metalurgia. (2008)
http://www.abmbrasil.com.br/congresso/2008/integras_resumos/13771.asp
Application
of Brazilian-pine fruit coat as a biosorbent to removal of Cr
(VI) from aqueous solution. Kinetics and equilibrium study.
J. C. P. Vaghetti; E. C. Lima; B. Royer; J. L. Brasil; B. M. DA Cunha;
N. M. Simon; N. F. C. Zapata. C. P. Norena. Biochemical Engineering
Journal 42(1): 67-76. (2008)
http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=20656357
Remoção de corantes têxteis
utilizando casca de semente de Araucaria augustifolia como
biossorvente. B. Royer.
Dissertação de Mestrado. UFRGS - Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. 68 pp. (2008)
http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/13665?show=full
Application
of Brazilian pine-fruit shell as a biosorbent to removal of reactive
red 194 textile dye from aqueous solution.
Kinetics and
equilibrium study. E. C. Lima; B. Royer; J. C.P. Vaghetti; N. M.
Simon; B. M. da Cunha; F. A. Pavan; E. V. Benvenutti; R. Cataluña-Veses;
C. Airoldi. Journal of Hazardous Materials 155(3): 536-550. (2008)
http://www.scribd.com/doc/6631034/sdarticle3
Uso das escamas da pinha da Araucaria
angustifolia para biosorção
de metais pesados de efluente industrial de galvanoplastia. F. A.
Santos. Dissertação de Mestrado. PUC - RS. 146 pp.
(2007)
http://tede.pucrs.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1120
RESUMO:
Adsorption of Cu(II) on Araucaria angustifolia wastes: determination
of the optimal conditions by statistic design of experiments. E.
C. Lima; B. Royer; J. C. P. Vaghetti; J. L. Brasil; N. M. Simon;
A. A. dos Santos Jr.; F. A. Pavan; S. L. P. Dias; E. V. Benvenutti;
E. A. Silva. Journal of Hazardous Materials 140(1-2): 211-220. (2007)
http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6TGF-4K8NWXX-
9&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_
searchStrId=946106531&_rerunOrigin=google&_acct=C000050221&_version=
1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=8382c2fc2b41f7c720d0d871bb3ba7c0
RESUMO: Response surface optimization of the removal of nickel from
aqueous solution by cone biomass of Pinus sylvestris. M. Y. Can;
Y. Kaya; O. F. Algur. Bioresource Technology 97 (14): 1761-1765.
(2006)
http://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V24-4H3BKWM-
3&_user=10&_rdoc=1&_fmt=&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=
c&_searchStrId=946187430&_rerunOrigin=google&_acct=C000050221&_version=
1&_urlVersion=0&_userid=10&md5=d9f3671d06acdbc0b76446de383d812e
Mini-Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Defeitos mais Comuns nas
Toras e Madeiras de Pinus durante o seu Beneficiamento
Introdução
Em
edição anterior desse nosso informativo digital
Pinusletter (http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_15.html#quatorze)
foram destacados os principais defeitos de origem natural
e de conservação da madeira dos Pinus. Faltaram
ser comentados os defeitos e não-conformidades gerados
através do seu beneficiamento. Assim, o objetivo desse
texto técnico foi o de trazer aos leitores informações
sobre como identificar e evitar tais problemas. Apesar de
ser um recurso renovável, a crescente demanda mundial
por madeira, assim como o aumento das preocupações
ambientais, têm feito com que a sua utilização
seja cada vez mais racional e sustentável. Com isso,
todo esforço para reduzir ao máximo os desperdícios
e aumentar a sua durabilidade. De acordo com Limeira (2003),
os defeitos decorrentes do beneficiamento da madeira também
são divididos em: defeitos de produção/desdobro
e defeitos de secagem. Todas as mudanças e irregularidades
negativas das características físico-químicas
e mecânicas da madeira serrada são considerados
defeitos, que no geral prejudicam a qualidade, assim como
o desempenho da peça, limitando o seu uso (Martin
et al. 2002). Logo, apesar das vantagens que a madeira possui,
tais como a variabilidade de dimensões das peças,
permitir ligações e emendas, boa resiliência
e resistência mecânica, há também
desvantagens no seu emprego, e uma das principais, com certeza, é a
presença dos seus diversos tipos de defeitos. Eles
causam a diminuição do volume da madeira aproveitada,
perdas de rentabilidade, durabilidade e prejudicam a sua
estética (Martin et al. 2002). Da mesma forma que
os defeitos causados pela má conservação
da madeira, os devidos ao beneficiamento podem também
ser evitados, ou ao menos amenizados, garantindo melhores
valores do produto na hora da classificação
das peças.
Como já visto, os defeitos relacionados ao beneficiamento
encontram-se em dois grandes grupos: os devido ao secamento
ou secagem e os gerados durante a produção
ou desdobro. Alguns dos principais defeitos de produção
são as fraturas, as fendas, cantos quebrados e fibras
reversas. Já para a secagem citam-se as rachaduras,
o fendilhamento, o abaulamento, o arqueamento e a curva lateral
(Zenid et al. 2009).
Há dois tipos de classificação dos defeitos:
visual (por aparência) e por uso final proposto (Carreira
et al. 2003; Carreira e Dias, 2006). Pela classificação
visual das peças é que se classifica grande
parte das madeiras provenientes de Pinus e de outras coníferas.
Temos no Brasil o “Manual Prático de Normas
Reguladoras de Qualidade das Madeiras de Pinho no Mercado
Nacional", da ABNT (Associação Brasileira
de Normas Técnicas). Dentre essas normas destacam-se
a NBR 17700 e a NBR 11869, entre outras, que normalizam sobre
a “Madeira Serrada de Coníferas Provenientes
de Reflorestamento para Uso Geral” (Zenid et al., 2009;
Zenid, s/d; Ferreira et al. 2003; Garcia e Ramos, 2008).
Os últimos autores apontam, que apesar das normas
existirem, ainda são pouco empregadas no mercado interno,
havendo uma despadronização de dimensões
de peças que prejudicam os diversos setores que necessitam
da matéria-prima, principalmente o da construção
civil. Logo, o uso das classificações, bem
como das normas deveriam ser seguidos de forma mais rigorosa,
possibilitando assim o melhor uso da madeira racional de
acordo com os defeitos que possuem (Carreira e Dias, 2003).
Seguem a seguir a descrição dos principais
defeitos da madeira devidos ao beneficiamento:
1. Defeitos de secamento ou secagem
A madeira, por ser um material orgânico, fibroso e
poroso, logo após sua derrubada possui elevada quantidade
de água que varia de acordo com a espécie, época
de abate, idade da árvore, entre outros. Essa madeira
recém cortada é denominada de madeira verde
e em alguns casos a quantidade de umidade no seu interior
pode chegar a exceder o seu peso seco (Limeira, 2003). O
teor de umidade da madeira é muito relacionado à sua
densidade: madeiras pouco densas, como as dos Pinus, têm
mais espaços em sua estrutura para colocar água,
logo são muito úmidas no abate.
Após o corte da árvore em toras, as paredes
celulares passam a liberar a água livre contida no
interior celular em grandes proporções, ocorrendo
assim a secagem natural propriamente dita. A perda da umidade
acontece até que essa se encontre em equilíbrio
higroscópico com a umidade ambiental (Rodriguez, 2009).
Durante a perda da água livre, a madeira não
sofre contrações volumétricas. Isso
passa a acontecer no momento em que começa a perder
a água de adesão, que é aquela existente
dentro das paredes celulares. A água de adesão,
também chamada de água impregnada, somente
pode ser extraída da madeira após a retirada
da água livre do interior do lúmen celular.
Isso ocorre normalmente quando se atinge cerca de 20 % do
teor de umidade em relação ao peso seco da
madeira. Esse estágio é chamado de "ponto
de saturação de fibras" (PSF). Toda a
perda de umidade abaixo desse ponto aumenta a sua resistência,
gerando entretanto a perda de dimensões por contração
da madeira (Szücs et al. 2006).
O secamento (secagem) da madeira é um processo extremamente
importante para a sua maior durabilidade e conservação
(Molina, 2009), ocorrendo também a transformação
de alguns compostos antes orgânicos em inorgânicos
por cristalização de íons (Limeira,
2003). Além disso, a perda de água em abundância
faz com que apenas a água das paredes celulares permaneça
na madeira. Sua retirada pode provocar tensões e contrações,
que podem causar defeitos também devido à movimentação
dos tecidos. Jankowsky e Silva (1985) relataram que durante
a secagem da madeira forma-se um gradiente de umidade entre
o interior da peça úmida e a superfície
evaporante. Tal gradiente possui fluxo contínuo de
movimento de água que vai depender das condições
ambientais e da permeabilidade da madeira. Dessa maneira,
o processo da secagem deve ser realizado de forma a evitar
tensões internas demasiadas, assegurando-se o equilíbrio
higroscópio apropriado entre a madeira e o ambiente
e não permitindo-se problemas como dilatações
e contrações (Rodriguez, 2009). Segundo o mesmo
autor, há três tipos de secamento mais utilizados
em madeiras: o secamento ao ar livre, o secamento artificial
e o misto.
Na secagem em condições ambientais naturais
(ao ar livre), as tábuas dispostas para secar são
acondicionadas em locais bem arejados e sombreados. As pilhas
são confeccionadas distanciadas do solo e mostrando
espaços variados de separação entre
cada peça, em função das dimensões
das peças. Assim, o ar que vai passando entre os espaços
livres faz seu papel para a retirada de umidade de forma
progressiva, podendo chegar a percentagens de umidade de
11 a 15 % na madeira. (Bueno, 2000; Limeira; 2003; Rodriguez,
2009; Molina, 2009).
Já durante o processo artificial, as tábuas
são acondicionadas em estufas contendo temperatura
e umidades controladas. Nelas, há a circulação
de ar quente, geralmente a 75°C, misturado com vapor,
que conduz a uma umidade na madeira de 5 a 10 %, em cerca
de seis dias, dependendo da finalidade de seu uso. Devido à rapidez
do processo, um dos principais inconvenientes e que merece
máxima atenção é o surgimento
de rachaduras provocadas por tensões internas.
A secagem mista nada mais é do que a utilização
conjugada dos dois métodos anteriores. Primeiramente
a madeira é secada naturalmente e posteriormente emprega-se
a secagem artificial para conseguir alcançar percentagens
de umidade inferiores às alcançadas pela forma
ao ar livre.
A madeira possui higroscopicidade, adequando o seu teor de
umidade às condições ambientais em que
se encontra. Logo, mesmo após secagem correta, continua
sofrendo essas influências do ambiente externo, podendo
ocorrer alterações em suas dimensões
e mesmo assim, provocar deformações (Limeira,
2003; Szücs et al. 2006).
Em estudo visando observar a qualidade da madeira de Pinus serrada na Quarta Colônia de Imigração
Italiana no Rio Grande do Sul, Gatto e colaboradores (2004)
constataram que a secagem ao natural foi a principal forma
utilizada. Porém, a quantidade de defeitos observados
sugere mudanças e adequação de tecnologias.
Isso porque 75% da madeira verde (recém-abatida) foi
classificada como de primeira qualidade e após secagem
natural, essa percentagem caiu para 45 %.
De acordo com Jankowsky (2002) e Limeira (2003),
são
as tensões de perda de umidade os grandes causadores
dos defeitos provenientes nos diversos tipos de secagem da
madeira. Essas não-conformidades são provocadas
tanto durante processos de secamentos ineficientes como também
durante a armazenagem em condições ambientais
indesejadas (Costa, 2008). Os defeitos podem se manifestar
diferentemente e os principais são:
- Rachaduras e fendas: são formadas devido às
diferenças de umidade, gerando retrações
nas direções radial e tangencial e que causam
o aparecimento desses defeitos, geralmente após a
secagem rápida da madeira nas primeiras horas (Quioirin,
2004; Szücs et al. 2006). A tensão provocada
pelo diferencial de umidade gera ruptura do tecido lenhoso,
podendo ser observadas visualmente como aberturas, principalmente
nas extremidades das peças. Durante a secagem de toras,
o tecido superficial seca mais rapidamente do que o interior,
gerando uma tensão superior à resistência
dos tecidos, provocando assim a sua ruptura nos locais onde
há maiores quantidades de células parenquimatosas.
Além das rachaduras superficiais, também há as
rachaduras em favos, observadas no interior das peças
provocadas por secagem artificial. Diferenças de tensões
ocasionam o colapso da resistência das fibras no sentido
perpendicular causando a deformação. Essas
rachaduras também são chamadas de encruamentos,
que ocorrem geralmente devido à secagem muito rápida
e também desuniforme da madeira. O exterior da peça
seca antes que o interior e quando esse último começa
a secar se retrai de forma que a parte superior não
consegue acompanhá-lo, ficando em compressão,
formando-se as rachaduras. As fendas ou fendilhamentos também
são provocadas pelas mesmas razões anteriores
e são observadas como pequenas aberturas ao longo
da peça (Costa, 2008; Rodriguez, 2009).
- Empenamento: consistem em qualquer torção
ou distorção dos planos originais da superfície
da peça, ou seja, nas três direções
da tora (longitudinal, radial e tangencial). A madeira é um
material ortotrópico, possuindo diferença comportamental
de acordo com a orientação de suas fibras. É de
acordo com essa forma que suas propriedades vão variar
conforme esses eixos de origem (longitudinal, radial e tangencial)
que são perpendiculares entre si. Há vários
tipos de empenos, sendo os mais comuns os longitudinais,
encanoados e os torcidos. Segundo Limeira (2003) o empenamento
também pode ser chamado de curvamento, curvatura lateral,
arqueamento e abaulamento, dependendo do sentido em que houve
a distorção (Szücs et al. 2006).
O empenamento encanoado pode ocorrer quando uma das faces
da peça seca mais rapidamente do que a outra, ou seja,
há uma secagem irregular. Isso é comum quando
uma das faces fica totalmente apoiada demorando mais para
perder a umidade na superfície em relação à outra
face, que está totalmente livre e em contato com o
ar (Costa, 2008). Peças em forma de canoa ou aspecto
acanaletado também podem surgir por diferença
de estabilidade das dimensões radiais e tangenciais.
O empenamento longitudinal também pode ser chamado
de curvatura e ocorre quando há um afastamento de
uma das faces ao plano original. Esse defeito é comum
quando há irregularidades na grã (direção
das fibras). O torcimento também ocorre por diferenciação
na grã da madeira, que nesse caso, é espiralada
(Jankowsky, 2002).
- Colapso: ocasionado
devido às elevadas tensões
de saída da água das células, levando à deformação.
No colapso observam-se ondulações na superfície
da madeira devido à quebra da resistência dessa
pelas tensões provocadas durante seu secamento. Há alguns
fatores que influem no colapso da madeira. Esses são:
altas temperaturas no início da secagem, pequenos
capilares da madeira e alta tensão superficial do
material aquoso da madeira.
2. Defeitos de produção
Os defeitos da produção ocorrem logo após
o abate da árvore, em seu desdobro e secagem. O
desdobro da madeira ocorre geralmente nas serrarias, onde
as toras das árvores são serradas, geralmente
com serra-fita, em peças contendo dimensões
definidas, sendo assim transformadas em tábuas,
também chamadas de pranchões, contendo espessuras
entre 7 a 20 cm (Limeira, 2003; Mendonça et al.
apud Szücs et al. 2006). Os mesmos autores afirmam
que cuidados com os equipamentos de desdobro devem ser
tomados a fim de não provocar irregularidades dimensionais.
Esses defeitos são bastante comuns prejudicando
a qualidade da madeira para os seus diversos fins. A escolha
inadequada do processo de desdobro também pode gerar
defeitos, podendo inclusive haver seu agravamento após
a secagem.
Um defeito visual comum em madeiras é a presença
de queimaduras provocadas por máquinas. Quando os
dentes das serras travam podem provocar um superaquecimento
no local da peça que gera mudança da coloração
da madeira, semelhante a uma queimadura (Common Defects...2009).
Segundo Neri et al. (2005) as serrarias possuem tecnologia
e processo de desdobro variado, o que pode influenciar
diretamente na qualidade da peça e no rendimento
da madeira. Logo, uma pesquisa foi desenvolvida objetivando
avaliar o rendimento de madeira de Pinus taeda submetida
a três diferentes técnicas de desdobro primário,
observando também os principais parâmetros
que afetaram significativamente o processo. Para as três
técnicas empregadas, esses parâmetros foram:
equipamento de corte utilizado, forma de desdobro, tipo
de produto serrado e espessura da serra, alguns desses
também afetando o rendimento da madeira. O tipo
de desdobro em forma de bloco para o fatiamento foi a técnica
que apresentou melhores rendimentos de madeira (52 %).
Segundo Limeira (2003), os principais defeitos causados
pela produção e desdobro são:
- Fraturas: quebras ou ausência de partes da peça,
principalmente dos cantos, causadas por danos mecânicos,
prejudicando sua aparência e conseqüentemente
seu dimensionamento. As fraturas são defeitos ocasionados
durante a serragem (Bueno, 2000).
- Fendas: Separação longitudinal das fibras
pela perda de resistência causada por danos mecânicos.
- Danos do abate: Parte da peça danificada fisicamente,
com machucaduras devido a danos durante a queda e corte
da árvore (Bueno, 2000).
Como evitar defeitos de produção
e secagem
De acordo com Limeira (2003),
a época do corte da árvore
pode ajudar a prevenir alguns dos principais defeitos de
produção da madeira. Recomenda-se o abate durante
os períodos mais frios do ano, onde a maioria das
espécies encontram-se em repouso vegetativo, reduzindo-se
a translocação de seiva e outras substâncias
que são substratos para a proliferação
de fungos, insetos e outros agentes depreciantes da madeira.
Temperaturas mais amenas fazem com que a madeira cortada
na época perca mais lentamente a umidade, diminuindo
o aparecimento das fendas de retração.
Escolher as ferramentas e equipamentos adequados para o
corte, desdobro e serra da madeira, efetuando estudos prévios
de todos os fatores envolvidos no processo, também
são medidas de prevenção de muitos
defeitos. Alguns dos parâmetros que aumentam o rendimento
da madeira, e conseqüentemente a sua qualidade, são:
seleção das toras por classe diamétricas,
tratamento otimizado de toras, otimização
do sistema de desdobro através de softwares, visores óticos
para detecção de defeitos durante o desdobro,
feixes de laser e layout adequados aos sistemas de beneficiamentos,
etc. (Néri et al. 2005).
O conhecimento das características físico-químicas
e mecânicas das espécies arbóreas também
contribui para a diminuição dos defeitos
gerados durante o beneficiamento (Szücs et al. 2006;Rodriguez,
2009).
Uma das principais maneiras de evitar danos de produção
e de secagem é o bom manejo florestal, o qual propicia
homogeneidade nos povoamentos, tendo como conseqüência
a diminuição de irregularidades (Szücs
et al. 2006).
Além do estudo do maquinário e tecnologia
ideal para prevenir defeitos de produção,
treinamento de mão-de-obra durante esses processos,
assim como revisão periódica das condições
das ferramentas também são outras medidas
preventivas aos defeitos (Néri et al. 2005; Szücs
et al. 2006).
Com relação à secagem, o conhecimento
das propriedades químico-físicas e mecânicas
das espécies de madeira, assim como os principais
fatores ambientais que influem no equilíbrio higroscópico
da madeira poderiam evitar problemas de retração
e posteriores surgimentos de defeitos. Revisões
periódicas de estufas, monitoramento durante o processo
de secagem e a realização de testes de prova
de secagem, anteriores ao processo com grandes quantidades
de peças, poderiam evitar danos e irregularidades.
Muito importante seria que para cada tipo de madeira houvesse
curvas de secagem pré-definidas e otimizadas. O
armazenamento ideal após a secagem, bem como o tratamento
com produtos impermeabilizantes após o secamento,
também são medidas que evitam e retardam
a reumidificação da madeira, ajudando assim
na sua conservação (Costa, 2008; Rodriguez,
2009).
Considerações
finais
A madeira, apesar de ser um bem renovável para a
sociedade, torna-se cada vez mais escassa e difícil
de ser reposta. Portanto, a busca pela melhor utilização
e durabilidade das suas peças, assim como o uso
racional estão crescendo em ritmos acelerados. As
madeiras provenientes de reflorestamentos como as de Pinus e
de eucalipto também ganham espaço no setor
florestal devido à preferência no mercado
externo, principalmente por possuírem em grande
parte bons manejos florestais e selos verdes. Logo, as
normas de classificação dos defeitos da madeira
são bastante demandadas para a exportação
desses produtos; no entanto, isso ainda não ocorre
para o mercado interno no Brasil (Garcia e Ramos, 2008).
O mercado consumidor brasileiro também deveria ser
melhor informado a respeito da classificação
das madeiras, exigindo produtos que satisfaçam as
suas necessidades, ou melhor, madeira com características
ideais para cada finalidade (Carreira e Dias, 2003). De
acordo com Szücs e colaboradores (2006) o mau emprego
das peças é um dos principais fatores para
a depreciação da madeira. Logo, a identificação
das características das espécies, bem como
a de seus principais defeitos, deveria ser do conhecimento
dos profissionais que trabalham no setor buscando a prevenção
desses problemas e conseqüentemente levando ao aumento
dos lucros com a madeira de melhor qualidade.
Pesquisas sobre novas tecnologias de beneficiamento da
madeira e de manejo florestal, que promovam a qualidade
da madeira serrada e o bom rendimento de toras, precisariam
ser incentivadas assim como seus resultados estendidos
aos produtores e madeireiras promovendo assim a consciência
da preservação ambiental e do uso sustentável
da madeira (Néri et al. 2005).
Muita coisa tem acontecido nos anos mais recentes no Brasil
em termos de redução de desperdícios
nas indústrias que utilizam a madeira como matéria-prima.
Entretanto, muitas vezes essas otimizações
apenas se baseiam na queima dos resíduos para gerar
energia, o que pode reduzir resíduos, mas não
resolve o problema do mau uso das toras para a produção
de peças de madeira serrada ou de móveis,
painéis, etc. Portanto, estamos melhorando nossos
processos, mas ainda há muito espaço para
novas e desejadas otimizações.
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