Editorial
Caros
amigos interessados pelos Pinus,
Estamos lhes trazendo a 34ª Edição do
nosso informativo digital PinusLetter. Mais
uma vez nos esforçamos para lhes oferecer temas relevantes e
assuntos interessantes e atuais para sua informação e
conhecimento. Vocês poderão obter isso tudo através
da leitura dos tópicos que redigimos e pela navegação
nos inúmeros links oferecidos, com nossas sugestões para
leitura de artigos, palestras, cursos, teses, monografias, etc.
Nessa
edição, continuamos a enfatizar os produtos originados
dos Pinus e de outras espécies florestais que trazem conforto
e muitos benefícios à sociedade. Também nos
dedicamos, como parte de nossas metas estratégicas, a fortalecer
e recomendar ações e atitudes para a preservação
de nossos recursos naturais e para a necessária sustentabilidade
das plantações florestais de Pinus e de outras espécies
de valor para a geração de produtos e serviços
de base florestal necessários para o bem-estar e conforto
das pessoas. Esperamos que os temas escolhidos sejam de seu interesse
e agrado.
A seção "As Coníferas
Ibero-Americanas" retorna
trazendo dados de pesquisas e características das árvores
do gênero Thuja, também conhecidas popularmente como “árvores
da vida” pela longevidade e propriedades medicinais, ou simplesmente
como Tuias. Existem ao todo cinco espécies que formam esse gênero
vegetal, sendo as de origem norte-americana (Thuja
plicata e T. occidentalis)
as mais estudadas e difundidas entre nós. No Brasil, elas são
principalmente utilizadas para fins ornamentais e paisagísticos,
onde são comumente encontradas decorando parques, jardins e
cemitérios em muitas regiões do país. T. occidentalis é a
mais utilizada para a finalidade já existindo diversos cultivares
distintos e melhorados em uso em todo mundo.
As cascas das toras dos Pinus são subprodutos de empresas florestais;
porém, é possível a extração comercial
de seu tanino. Conheçam mais sobre a ocorrência e obtenção
de taninos dos Pinus bem como formas de extração e produção
comercial e onde eles são comumente empregados no mercado. Após
a extração, a casca ainda pode ser utilizada como biomassa,
gerando energia para outros processos industriais; ou então
pode ser compostada para produção de adubo orgânico.
Dessa forma, a retirada do tanino desse resíduo madeireiro pode
tornar algumas cadeias produtivas do setor ainda mais sustentáveis.
A PinusLetter 34 volta a dar destaque às principais "Pragas
e Doenças dos Pinus", seção onde escrevemos
dessa vez sobre os fungos que depreciam a qualidade da madeira
do Pinus. Eles também não deixam de causar importantes defeitos
nos produtos obtidos dos Pinus, principalmente pelas manchas, bolores
e podridões que podem gerar. Observem as condições
ideais para infecção e desenvolvimento das colônias
desses fungos, como identificá-los e combatê-los.
Em "Referências Técnicas
da Literatura Virtual" retornamos
ao assunto “Teses e Dissertações de Universidades
na Ibero-América”. Desta vez são duas as instituições
brasileiras de ensino superior que possuem destaque em pesquisas, projetos,
extensão e ajuda à sociedade envolvendo estudos sobre
os Pinus: Universidade de Brasília
(UnB) e a Universidade Federal de Lavras (UFLA). Ambas
apresentam cursos de graduação
e de pós-graduação na área florestal. Conheçam
um pouco mais da história de cada uma delas, assim como alguns
dos trabalhos já publicados que envolvem os Pinus,
os quais contribuíram para essa nossa homenagem a essas duas
instituições
nessa presente edição da PinusLetter.
Outro
assunto abordado é a
utilização das fibras
e da madeira dos Pinus para a fabricação de
produtos isolantes para uso na construção civil.
O aumento da preocupação ambiental faz com que a utilização
de fibras naturais venham ganhando espaço como matérias-primas
para vedações acústicas e térmicas em
edificações.
Saibam quais são os principais produtos dos Pinus que
estão
sendo empregados para essa finalidade. Observem suas formas de fabricação
e algumas das principais propriedades como isolantes térmicos
e também acústicos.
Por
fim, temos a apresentar mais um de nossos Artigos
Técnicos,
que dessa vez relata acerca das “Sacolas de Compras e Sacos de
Papel Obtidos de Polpas Celulósicas de Pinus”. Conheçam
os principais usos, suas vantagens e desvantagens, fatores que influenciam
na sua qualidade, processamento, reciclagem e alguns resultados de
pesquisas para promover a melhoria contínua desse importante
produto dos Pinus.
Agradecemos em especial nosso contínuo, dedicado e, no momento, único Patrocinador:
ABTCP
- Associação Brasileira Técnica
de Celulose e Papel - (http://www.abtcp.org.br)
e também à única empresa que continua a nos apoiar
como Apoiadora Empresarial (Norske
Skog Pisa) e aos nossos apoiadores pessoas físicas
que acreditam e estimulam esse nosso serviço de agregação
e difusão de conhecimentos acerca dos Pinus para a sociedade.
Muitíssimo Obrigada(o) a todos pela oportunidade,
incentivo e ajuda para que possamos levar ao nosso enorme público
alvo, que já atinge 20.000 pessoas cadastradas, muito conhecimento
a respeito dessas árvores fantásticas que são
os Pinus e também outras coníferas e espécies
florestais comercialmente e ecologicamente importantes para nossa sociedade.
Esperamos
e acreditamos estar contribuindo, através da PinusLetter, à potencialização
das várias oportunidades que as plantações florestais
do gênero Pinus oferecem ao Brasil, América Latina e Península
Ibérica, disseminando assim mais conhecimentos sobre os produtos
derivados dos Pinus para a sociedade e incentivando a preservação
dos recursos naturais e a sustentabilidade nesse setor.
Um forte
abraço e muito obrigado a todos vocês.
Ester
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/ester.html
Celso
Foelkel
http://www.celso-foelkel.com.br/celso2.html
Nessa
Edição
As
Coníferas Ibero-Americanas - Thuja spp.
Ocorrência
e Obtenção de Taninos em Pinus
Pragas
e Doenças dos Pinus: Fungos que Depreciam a Qualidade
da Madeira de Pinus
Referências
Técnicas da Literatura Virtual - Teses e Dissertações
de Universidades na Ibero-América - Universidade de
Brasília e Universidade Federal de Lavras
Produtos
Isolantes para a Construção Civil com Base
em Fibras e em Madeira de Pinus
Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Sacolas
de Compras e Sacos de Papel Obtidos de Polpas Celulósicas
de Pinus
As
Coníferas Ibero-Americanas
Thuja
spp.
As árvores pertencentes ao gênero
Thuja são coníferas perenes da família dos
ciprestes (Cupressaceae), variando em forma, cor, aspectos morfológicos
foliares e também em diâmetro e altura. Atualmente,
há cinco espécies descritas taxonomicamente para
esse gênero vegetal. Duas são originárias
da região norte da América do Norte e da região
nordeste da Rússia (Thuja occidentalis e Thuja
plicata)
e as outras três são endêmicas da Ásia
Oriental, comumente encontradas na China e nas Coreias. Dessas
espécies asiáticas, duas são bastante raras
(Thuja standishii e Thuja sutchuenensis), enquanto que a mais
conhecida é Thuja koraiensis. Porém, ainda é pouco
estudada, quando comparada às que são nativas da
América (Gymnosperm Database, 2011; Naser et al., 2005).
Essas árvores apresentam diversos nomes comuns, sendo
conhecidas popularmente desde o nome genérico (Thuja)
até outros bastante distintos como cedro vermelho, branco
e amarelo, cedro do norte, do nordeste e do Canadá (Wikipédia,
2011). Apesar de serem comumente confundidas com o cedro (Cedrus
sp - Pinaceae), os dois gêneros não pertencem à mesma
família e apresentam as características dos ramos
e das folhas visivelmente distintas. No Brasil, as Thuja são
conhecidas como tuias, como ciprestes ou como pinheiro-de-cemitério (Chaves
et al., 2006). Outro nome comum muito utilizado para o gênero é "Arbor Vitae" (Arborvitae),
ou “árvore da vida” no português. Isso
se explica pelas propriedades medicinais de T. occidentalis, as quais já eram conhecidas pelos índios norte-americanos
no século 16. O chá das folhas, rico em vitamina
C, salvou a vida de alguns desbravadores europeus que sofriam
de escorbuto. Os mesmos levaram a árvore para a Europa
de onde se difundiu também como ornamental (Gymnosperm
Database, 2011). De acordo com Wikipédia (2011), a Tuia
foi possivelmente a primeira árvore norte-americana a
ser levada para o continente europeu. No passado, a espécie
T. occidentalis foi muito utilizada para males dos brônquios,
cistite, amenorreias e reumatismo. Hoje, é ainda usada
na homeopatia para o tratamento de algumas doenças crônicas
do trato respiratório, principalmente em conjunto com
outros extratos e compostos fitoterápicos (Naser et al.,
2005). Os mesmos autores apontaram alguns efeitos já comprovados
de compostos da planta para a ativação do sistema
imunológico no combate de diversas viroses e infecções
na patologia humana e veterinária. Entretanto, todo uso
como medicação deve ser supervisionado por médicos
e especialistas no tema.
Com exceção de T. plicata, as espécies do
gênero são árvores pequenas e de crescimento
menos vigoroso do que o de outras coníferas. Dessa forma,
as Tuias são usadas no mundo todo como ornamentais, enfeitando
parques e jardins. O seu nome comum “árvore da vida” também
contribuiu para ser uma das mais populares plantas ornamentais
de cemitérios. No caso de T. occidentalis, já existem
mais de 300 cultivares para ornamentação em todo
o mundo, destacando-se: "Spire Degroot, “Ellwangeriana”, “Hetz
Wintergreen”, “Lutea”, “Rheingold”, “Smaragd”, “Techny” e “Wareana" (Wikipédia,
2011). A Tuia é muito empregada em quebra-ventos e como
cercas-vivas em condomínios fechados, chácaras,
viveiros, etc. T. occidentalis se desenvolve bem em solos úmidos
e em regiões de pleno sol. Sugere-se o plantio de mudas
em meia sombra em locais de climas frio a quente e recomenda-se
a adubação em cova antes do plantio, além
de irrigações regulares durante o estabelecimento
da planta (Chin, 2010). As Tuias podem receber podas de manutenção,
principalmente no caso de T. plicata, a qual é a que alcança
maiores alturas. Recomendam-se podas de regeneração,
eliminando ramos doentes, mortos e amarelados, ou a poda estética,
dando o formato que se desejar à planta. Porém,
não se recomenda podas drásticas, pois suas espécies
não rebrotam quando a árvore for cortada na base
do tronco (Johnson, 2011).
O nome “árvore da vida” dado a esse gênero
também reflete a longevidade que possui. Ainda é comum
encontrar indivíduos com mais de 1.000 anos nas regiões
de origem das espécies norte-americanas. Wikipédia
(2011) comentou que análises dendrométricas de
um tronco de T. occidentalis apontaram que a árvore sobreviveu
por mais de 1.500 anos. Apesar da última espécie
não estar em risco de extinção, há algumas
regiões de abrangência que se encontram desprotegidas,
sendo constantemente ameaçadas por queimadas, desmatamentos
ou até mesmo por herbivoria excessiva de animais silvestres
ou no pastejamento rural. T. plicata está inserida na
cultura e lendas dos povos indígenas norte-americanos.
Isso faz com que ela seja bastante protegida pelos mesmos até na
atualidade, o que não ocorre com as outras espécies
(Gymnosperm Database, 2011). A madeira das Tuias é bastante
apreciada na carpintaria, apresentando uma textura delicada,
uma coloração avermelhada bastante particular,
além de um agradável odor e pouca presença
de nós. Ela pode ser utilizada para a construção
civil, em estruturas de resistências como postes e vigas,
além de servir para a confecção de barcos.
As árvores adultas produzem em seus tecidos um composto
antifúngico natural (thujaplicin), presente mesmo após
a sua morte. Isso faz com que a madeira seja extremamente resistente
ao apodrecimento causado por agentes depreciadores (Wikipédia,
2011; Gymnosperm Database, 2011).
A madeira de T. plicata também pode ser utilizada para
a confecção de instrumentos musicais acústicos
de alta qualidade, principalmente tampos de violões (Wikipédia,
2011). O óleo extraído de suas folhas já foi
utilizado comercialmente como inseticida, desinfetante e aromatizante
(Wikipédia, 2011).
São nas folhas também onde visualmente consegue-se
diferenciar uma espécie da outra, as quais possuem forma,
tamanho e cores distintas (Fu et al. apud Gymnosperm Database,
2011). Em geral, as Tuias apresentam ramos em leque e folhas
escamosas planas (com geralmente 4 mm de comprimento) que se
juntam no sentido de escala. A parte abaxial dos ramos pode apresentar
diferença de coloração devido à predominância
dos estômatos nessa região, tornando-a mais esbranquiçada
(Wikipédia, 2011; Gymnosperm Database, 2011). Os cones
masculinos contém 4 a 16 microsporófilos, cada
um contendo de 4 a 6 sacos polínicos. Já os cones
femininos são solitários pequenos e se encontram
na parte terminal dos ramos. A inflorescência feminina
possui escamas sobrepostas umas sobre as outras, produzindo de
2 a 3 sementes por escala. As sementes são pequenas, lenticulares,
contendo alas bastante estreitas.
Seguem algumas das principais características morfológicas
e abrangência de cada espécie do gênero (Gymnosperm
Database, 2011; Morgan, 2010):
T. occidentalis: é uma árvore pequena atingindo
em média de 10 a 20 metros de altura, contendo copa cônica
e tronco castanho acinzentado ou avermelhado. O diâmetro
do tronco geralmente atinge cerca de 40 cm na maturidade. Os
cones femininos apresentam coloração verde amarelada,
tornando-se marrons depois de maduros e apresentando 10-15 mm
de comprimento. Seus ramos, quando ainda vivos, podem se enraizar
em caso de quedas, formando uma nova árvore.
T. plicata: a espécie conhecida como cedro gigante é a
Tuia que alcança maiores alturas (até 70 metros).
A copa da árvore adulta pode ter formato cônico
ou irregular. A folhagem é escamiforme, disposta em forma
de escala com folhas dispostas em pares opostos distanciados
em 90° entre si. A folhagem é verde na parte superior
e verde com faixas esbranquiçadas na inferior correspondendo
aos estômatos, mais comuns nessa parte das folhas. T.
plicata é considerada
uma planta bastante aromática, contendo em seus ramos,
quando triturados, aroma semelhante ao do abacaxi. Os cones são
estreitos, contendo de 10 a 18 mm de comprimento para 4-5 mm
de largura. Eles contêm escamas sobrepostas amareladas
que maturam seis meses após a fecundação
dos óvulos, tornando-se marrons e caindo ao solo. As inflorescências
masculinas apresentam 3-4 mm de comprimento e têm coloração
vermelho-roxo. O pólen, de cor amarela, é liberado
principalmente no início da primavera. A espécie é adaptada
a diversas condições ambientais, onde é capaz
de tolerar o sombreamento e solos alagados. Também sobrevive
naturalmente em florestas temperadas junto com outras coníferas
em seu local de origem. Os índios nativos das regiões
de origem até hoje utilizam sua casca, madeira e folhagens
para diversos fins.
T. standishii: considerada uma das Tuias mais comuns na Ásia
e comumente conhecida como “Arborvitae japonesa”.
Apresenta copa piramidal ampla e sua casca é de coloração
castanho-avermelhada. É mais adaptada a climas frios,
desenvolvendo-se naturalmente em florestas temperadas no Japão
(Morgan, 2010).
T. sutchuenensis: uma espécie asiática identificada
na China em 1999, a qual já se encontra ameaçada
(considerada bastante rara). A casca do tronco é alaranjada
na planta jovem, mudando para o marrom acinzentada na medida
em que passa a ser adulta.
T. koraiensis: conhecida popularmente como “Arborvitae
coreana”, é endêmica das Coreias e nordeste
da China. A árvore é apenas protegida em alguns
parques nacionais da última, estando em vulnerabilidade
de extinção devido principalmente ao desmatamento. É considerada
uma árvore pequena, chegando no máximo aos 10 metros
de altura. A folhagem é verde escura na parte de cima
e esbranquiçada brilhante abaixo, conferindo aspecto bastante
ornamental.
No
Brasil, as Tuias mais comuns são os vários cultivares
de T. occidentalis e também a T. plicata, quase que exclusivamente
utilizados para a ornamentação e cercas vivas. T. koraiensis também é utilizada para as mesmas funções;
porém, ainda há problemas de encontrar sementes da espécie
para a propagação (Wikipédia, 2011). Mais estudos
poderiam ser conduzidos com as Tuias no país, em busca de adaptações
para fins paisagísticos nas regiões mais quentes e também
visando à potencialidade das propriedades medicinais de seus compostos
para a cura de doenças através de tratamentos fitoterápicos
e homeopáticos.
Observem a seleção bibliográfica a seguir. Ela
apresenta artigos, textos técnicos e científicos apontando
algumas características morfológicas, usos farmacêuticos
e medicinais, além de imagens e figuras das espécies
do gênero à disposição na web.
Thuja spp. The Gymnosperm Database. Acesso em 24.05.2011:
O website Gymnosperm Database possui muitas informações
importantes sobre as principais espécies pertencentes ao gênero Thuja. Propriedades morfológicas, taxonomia, usos, distribuição
geográfica, importância histórica, dentre outros
temas relevantes, podem ser encontrados em destaque. Figuras, fotos e
algumas curiosidades também estão disponíveis tais
como a árvore mais velha, aspectos medicinais, entre outros.
http://www.conifers.org/cu/Thuja.php (em Inglês)
http://www.conifers.org/cu/Thuja_occidentalis.php (em Inglês)
http://www.conifers.org/cu/Thuja_plicata.php (em Inglês)
http://www.conifers.org/cu/Thuja_koraiensis.php (em Inglês)
Thuja
occidentalis. Wikipédia.
Acesso em 24.05.2011:
A enciclopédia gratuita Wikipédia possui informação
bastante completa sobre T. occidentalis. Confiram as suas propriedades
medicinais, história, as principais finalidades, empregos econômicos,
aspectos ecológicos e culturais. Há ainda detalhes referentes à morfologia
da espécie, incluindo formas do tronco, de folhas, casca, órgãos
reprodutivos e características da madeira.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thuja_occidentalis (em Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Thuja_occidentalis (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Thuja_occidentalis (em Espanhol)
Thuja
plicata. Wikipédia. Acesso
em 24.05.2011:
Também conhecida como Tuia gigante, essa espécie é uma
das mais valorizadas culturalmente por diversos povos indígenas
norte-americanos. Dessa forma, a enciclopédia virtual Wikipédia
possui, principalmente na língua inglesa, vastas informações
sobre essa árvore. Há usos, história, entre outras
curiosidades, além de fotos, descrições morfológicas
e taxonômicas.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thuja_plicata (em Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Thuja_plicata (em Inglês)
Thuja
koraiensis. Wikipédia. Acesso em 24.05.2011:
T. koraiensis é uma espécie endêmica da Ásia.
Observem características morfológicas, distribuição
geográfica, usos, taxonomia entre outras características
nos textos apresentados pela enciclopédia Wikipédia.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Thuja_koraiensis (em Português)
http://en.wikipedia.org/wiki/Thuja_koraiensis (em Inglês)
http://es.wikipedia.org/wiki/Thuja_koraiensis (em Espanhol)
How to prune a Thuja green giant. H. Johnson. Ehow.com. (2011)
http://www.ehow.com/how_7643919_prune-thuja-green-giant.html (em Inglês)
Thuja
occidentalis. Eastern White Cedar. Cupressaceae. Borealforest.org.
Acesso em 24.05.2011
http://www.borealforest.org/trees/tree14.htm (em Inglês)
How to take care of Thuja seedlings before planting. L. Chin. Ehow.com.
(2010)
http://www.ehow.com/how_7613697_care-thuja-seedlings-before-planting.html (em Inglês)
Types of Thuja trees. H. Morgan. Ehow.com. (2010).
http://www.ehow.com/list_7505039_types-thuja-trees.html (em Inglês)
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http://revroum.getion.ro/wp-content/uploads/
2009/RRCh_11_2009/Art%2031.pdf (em Inglês)
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http://jhered.oxfordjournals.org/content/95/2/172.full.pdf+html (em Inglês)
A
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American Journal of Botany 90(2): 167–174. (2003)
http://www.amjbot.org/content/90/2/167.full.pdf+html (em
Inglês)
Seedbed
and moisture availability determine safe sites for early Thuja
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Thuja “green giant”.
U.S. National Arboretum. U.S. Department of Agriculture. 02 pp. (1999)
http://www.usna.usda.gov/Newintro/grgiant.pdf (em Inglês)
Recombinant pinoresinol-lariciresinol reductases from western
red cedar (Thuja plicata) catalyze opposite enantiospecific conversions. M. Fujita;
D. R. Gang; L. B. Davin; N. G. Lewis. The Journal of Biological Chemistry
274(2): 618–627. (1999)
http://www.jbc.org/content/274/2/618.full.pdf+html (em
Inglês)
Imagens relacionadas ao gênero Thuja e
suas diversas espécies:
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&prmd=ivns&tbm=
isch&source=univ&sa=X&ei=L5DbTdbSI5Sltwf2rIjDDw&ved=
0CCsQsAQ&biw=1259&bih=519&q=Thuya%20sp (“Thuya sp”. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?q=Thuja+occidentalis&hl=
pt-BR&prmd=ivns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=
CpPbTZutLYSFtge2xrm7Dw&ved=0CDIQsAQ&biw=1259&bih=519 (“Thuja occidentalis”. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&bav=on.2,or.r_
gc.r_pw.&wrapid=tlif130625864810931&um=1&ie=UTF-8&tbm=
isch&source=og&sa=N&tab=wi&biw=1259&bih=519&q=thuja (“Thuja”. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1259&bih=
519&tbm=isch&sa=1&q=%22thuja+plicata%22&oq=%22thuja+
plicata%22&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=e&gs_upl=
3375l5344l0l2l2l0l1l0l0l688l688l5-1 ("Thuja plicata". Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1259&bih=
519&tbm=isch&sa=1&q=%22thuja+koraiensis%22&btnG=Pesquisar&oq=
%22thuja+koraiensis%22&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=s&gs_upl=
-1306260678718l-1306260678718l0l0l0l0l0l0l0l0l0l ("Thuja koraiensis". Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1259&bih=519&tbm=
isch&sa=1&q=%22thuja+standishii%22&btnG=Pesquisar&oq=
%22thuja+standishii%22&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=s&gs_upl=-
1306260828828l-1306260828828l0l0l0l0l0l0l0l0l0l ("Thuja standishii". Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1259&bih=
519&tbm=isch&sa=1&q=%22thuja+sutchuenensis%22&btnG=
Pesquisar&oq=%22thuja+sutchuenensis%22&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=
s&gs_upl=-1306260910890l-1306260910890l0l0l0l0l0l0l0l0l0l ("Thuja sutchuenensis". Imagens Google)
http://picasaweb.google.com/lh/view?hl=pt-BR&bav=on.2,or...r_
gc.r_pw.&wrapid=tlif130625864810931&um=1&biw=1259&bih=
519&q=thuja&ie=UTF-8&sa=N&tab=iq# (“Thuja”. Imagens Google Picasa)
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=thuja&lang=3 (“Thuja”.
Lookfordiagnosis)
Ocorrência
e Obtenção de Taninos em Pinus
O Brasil apresenta importante segmento
econômico
representado pelo setor de florestas plantadas. Dentre as espécies
de rápido crescimento florestal utilizadas para fins econômicos,
destacam-se as pertencentes ao gênero Pinus com quase 1,8 milhões
de hectares de efetivo plantio (Caraschi, 2009; Ferreira et al., 2009;
ABRAF, 2011). Boa parte de suas madeiras é utilizada em serrarias,
em indústrias de celulose e papel, bem como na fabricação
de painéis, móveis, habitações, etc.
No entanto, a casca dessa árvore é um subproduto em boa
parte das empresas desse setor, podendo se tornar um problema ambiental,
caso seja descartada de forma indevida (Vieira et al., 2011). Por isso
mesmo, grandes esforços estão sendo tomados na busca
da geração de menores quantidades desse potencial resíduo,
visando então ao reaproveitamento dessas cascas para fins mais
nobres. Tal medida, além de agregar valor a um resíduo,
também garante um destino ambientalmente correto e sustentável às
cascas das árvores.
Algumas empresas florestais extraem a casca das toras no momento da
colheita, deixando-a como cobertura orgânica no solo. Isso consiste
em uma medida que auxilia na ciclagem de seus nutrientes e atua como
proteção contra a erosão pluvial (Foelkel e Foelkel,
2009). Outras indústrias do setor utilizam a casca para a compostagem,
gerando substrato para o plantio de outros vegetais (Delfino et al.,
2000). É comum ainda a queima da casca úmida como uma
biomassa combustível, em especial em fábricas de celulose
e papel.
Entretanto, muitas empresas madeireiras realizam a separação
da casca da madeira apenas durante o processamento ou desdobro das
toras. Muitas delas utilizam as cascas dos Pinus como biomassa para
a geração de energia em outros processos fabris (Charbonneau,
1988). Contudo, antes disso, poder-se-ia extrair o tanino das mesmas,
conseguindo renda extra nesse processo e reduzindo o custo na fabricação
de seus principais produtos (Silva et al., 2006).
Delfino e colaboradores (2000) também comentaram que para um
composto orgânico não ser fitotóxico, há a
necessidade da eliminação e degradação
total de seus taninos. Assim, sua retirada anterior à compostagem,
poderia diminuir o tempo necessário para estabilização
e para o uso do substrato. O Brasil possui bom potencial para a extração
dos taninos da casca do Pinus principalmente devido à quantidade
desse resíduo gerada diariamente nas indústrias do setor
de base florestal (Vieira et al., 2011).
Os taninos são polifenóis naturalmente produzidos pelas
plantas para a auto-defesa contra ataques de insetos, herbívoros,
fungos e outros fitopatógenos, entre muitos organismos depreciadores.
Um dos locais com maiores concentrações dessas substâncias é a
casca das árvores, exatamente a parte da árvore que corresponderia “à pele
dos animais” e por isso mais em contato com o meio externo agressivo
e perigoso ao vegetal.
É
possível se extrair até 40% de taninos em relação
ao peso seco total da casca de alguns gêneros arbóreos;
as espécies com maiores teores são a acácia negra
e o quebracho. O último é produzido principalmente na
Argentina (Vieira et al., 2001; Charbonneau, 1988). De acordo com Brito
e outros (2001), os taninos são compostos fenólicos ácidos
e hidrossolúveis que podem ser divididos em dois grupos distintos
não relacionados em termos estruturais: os hidrolisáveis
e os condensados. Os últimos são comumente encontrados
nas cascas de árvores e conseguem transformar a pele animal
em couro pela complexação e/ou precipitação
de proteínas. Eles também são capazes de se condensar
sozinhos ou na presença de formaldeído, podendo ser utilizados
como adesivos para madeiras. Os taninos condensáveis são
geralmente polímeros ou oligômeros complexos gerados a
partir de unidades flavanóides. Eles fazem parte do metabolismo
secundários de plantas que, em alguns casos, podem ser extraídos
industrialmente (Brito et al., 2001). Já os taninos hidrolisáveis
são constituídos por ácidos gálicos, elágicos,
pirogálicos, entre outros. Esses são ativados por algumas
plantas atuando em resposta à herbivoria. Porém, os taninos
condensados são abundantes na maioria dos vegetais, estando
mais relacionados à proteção contra microrganismos
fitopatogênicos (Almeida, 2006; Zucker apud Trugilho, 2003).
Os taninos também podem ser empregados no tratamento de águas/efluentes
e podem apresentar propriedades medicinais já comprovadas e
utilizadas na indústria farmacêutica (Almeida, 2006).
No Brasil, a extração de taninos da casca dos Pinus ainda é incipiente,
havendo resultados promissores de pesquisas iniciadas em meados dos
anos 2000’s. Vieira e outros (2001) comentaram que estudos utilizando
os taninos de Pinus para a confecção de colas tiveram
início nos anos 80’s. Porém, somente 20 anos depois
foram retomados. Isso se explica pela problemática ambiental
que vivemos na atualidade. Após inúmeras crises do petróleo,
as quais aumentaram o seu preço, estudos buscando substitutos
a essa matéria-prima vêm crescendo de forma sistemática.
Adesivos de taninos naturais são alternativas aos sintéticos
derivados de fontes não renováveis. Na Alemanha, os taninos
de Pinus radiata e de Acacia mearnsii são empregados comercialmente
para a confecção de painéis de madeira de alta
qualidade em termos de resistência mecânica (Brito et al.,
2001). No Chile, a mesma espécie de Pinus tem sua casca utilizada
para a extração de taninos utilizados em indústrias
locais de curtimento de couro. Os couros produzidos com essas substâncias
não deixaram nada a desejar aos curtidos com sais de cromo,
que são produtos químicos poluentes e já proibidos
em diversos países do mundo. Além de ajudar o meio ambiente,
a extração do tanino do Pinus também auxiliaria
na diminuição dos custos da produção do
couro pela redução da importação dos taninos
de outros países (Charbonneau, 1988). Países como Austrália, África
do Sul e Nova Zelândia também têm empregado taninos
vegetais como adesivos para a indústria madeireira (Ferreira
et al., 2009; Almeida, 2006), reduzindo consideravelmente o preço
de produção de painéis. Brito et al., (2001) apontaram
que espécies alternativas de vegetais estão sendo procuradas
para a extração de taninos, destacando-se Pinus pinaster,
a qual é relativamente plantada em Portugal. Os autores encontraram
altos teores do tanino condensado procianidinas, que pode ser utilizado
com sucesso em substituição parcial ou total ao adesivo
formaldeídico de aglomerados de madeira.
Delfino e outros (2000) comentaram que cascas das espécies Pinus
elliottii, Pinus taeda e Pinus patula utilizadas para a compostagem
apresentam teores que variam de 4 a 8% de taninos. Já Charbonneau
(1988) apontou que é possível extrair até 17,5%
de taninos da casca do Pinus radiata. Os taninos condensados derivados
de coníferas apresentam um grupo hidroxílico adicional
no anel A do seu flavonóide, típico do grupo floroglucinólicos.
Tal característica faz com que seu adesivo não necessite
de aquecimento prévio para a utilização em madeiras
(Pizzi apud Ferreira, 2009).
Atualmente, os taninos são extraídos das cascas dos Pinus com a utilização de água quente contendo baixas
concentrações de sais inorgânicos. Porém,
vários trabalhos estão sendo feitos, visando a obter
melhores quantidades e aumento da qualidade dos taninos durante o processo
de extração. Ao mesmo tempo, estudos buscam extrativos
que apresentem propriedades adequadas para a finalidade empregada (Ferreira
et al., 2009; Almeida, 2006). Dessa forma, essas pesquisas visam promover
melhorias dos adesivos e compostos produzidos através dos taninos
de Pinus, bem como observar as espécies com maior potencialidade à função.
Após a extração, a casca ainda pode ser utilizada
como biomassa, gerando energia para outros processos industriais; ou
então pode ser compostada mais facilmente para produção
de adubo orgânico. Dessa forma, a retirada do tanino desse resíduo
madeireiro pode tornar algumas cadeias produtivas do setor ainda mais
sustentáveis.
Seguem alguns exemplos de trabalhos recentes e publicados que envolvem
taninos em Pinus:
Vieira et al. (2011) avaliaram a extração de taninos
da casca de Pinus oocarpa var. oocarpa em nove distintos tratamentos.
Neles, empregou-se água quente e diferentes concentrações
de carbonato de sódio e bissultito de sódio para a retirada
do tanino. Os resultados foram positivos, conseguindo-se extrair altos
teores da substância almejada (39%). O tratamento de água
quente com 8% de carbonato de sódio foi o que mostrou resultados
mais promissores.
Ferreira et al. (2009) analisaram a potencialidade das espécies Pinus
caribaea var. bahamensis, Pinus caribaea var. caribaea,
Pinus caribaea var. hondurensis e Pinus oocarpa para a extração
de tanino de suas cascas. A casca de P. oocarpa extraída com água
quente e 5% de adição de sal de sulfito de sódio
foi a que obteve os melhores rendimentos. Tanto para P. caribaea var.
bahamensis como para P. oocarpa, concentrações mais elevadas
dos sais (5% de sulfito de sódio ou de carbonato de sódio)
tiveram melhores resultados do que baixas proporções
dos mesmos (2%).
Almeida (2006) observou, por duas horas, a extração de
tanino da casca de P. caribaea var. caribaea com água quente
e distintos solventes. Quatro dos cinco tratamentos efetuados obtiveram
bons rendimentos de tanino com máximo extraído de 26%.
Porém, outras características importantes para adesivos
devem ainda ser testadas como o pH, a viscosidade e o tempo para a
gelatinização.
Silva et al. (2006) testaram a potencialidade da extração
de tanino da casca de P. caribaea var. caribaea em água quente
com a adição de 2% de uréia. O tratamento testemunha,
com apenas água quente rendeu 5,21% de polifenóis (taninos),
ao passo que para o que continha água + uréia o rendimento
foi de 6,77%. Dessa forma, essa matéria-prima apresenta potencialidade
para ser utilizada para a extração de taninos, embora
com teores menores que de outras espécies tanínicas.
Uma das principais formas de obtenção do tanino das cascas
do Pinus é através da água quente com a adição
de distintos solventes e sais. O tipo de extração, assim
como fatores envolvendo a matéria-prima (espécie, idade
da árvore, desenvolvimento, tempo após colheita, teor
de umidade da casca, entre outros) podem influenciar na quantidade
e qualidade de taninos extraídos.
Mais estudos deveriam ser incentivados a fim de tornar os taninos de
Pinus e seus produtos cada vez mais acessíveis à população,
mais viáveis economicamente e ao mesmo tempo mais sustentáveis.
Observem algumas bibliografias que além de referenciadas no
texto também comentam sobre as funções, definições,
espécies, metodologias de extração, dentre outros
temas relevantes sobre os taninos em Pinus.
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Florestas Plantadas. 130 pp. (2011)
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Pragas
e Doenças dos Pinus
Nessa
edição, voltamos a abordar a seção "Pragas
e Doenças dos Pinus". Esta seção destaca
alguns dos principais problemas fitossanitários desse tipo
de plantação florestal, desde o setor de viveiros até a
madeira final. Com ela, pretendemos oferecer muitas informações
e conhecimentos a respeito da biologia, sintomatologia, métodos
de controle e pesquisas realizadas sobre insetos, nematoides, fungos,
bactérias, roedores, etc. - e tudo isso relacionado às árvores,
florestas e produtos florestais dos Pinus.
Fungos
que Depreciam a Qualidade da Madeira de Pinus
Os fungos são os mais comuns agentes depreciadores da qualidade
da madeira do Pinus. Esses microrganismos podem causar sérios
prejuízos à indústria madeireira em quase todos
os países do mundo, tanto pela degradação biológica
dos produtos madeireiros, bem como ao prejuízo estético
que causam a esses produtos (Ibanez, 2008; Branco et al., s/d). Os
fungos são organismos heterotróficos, ou seja, que não
produzem seu próprio alimento, necessitando retirar energia
de outros compostos orgânicos. A madeira é o hospedeiro
mais procurado por certos gêneros de fungos, pois ela disponibiliza
seus nutrientes de forma facilmente metabolizável, os quais
são absorvidos e degradados pelas células fúngicas.
Essas últimas geralmente formam aglomerados de formato filamentoso
chamados de hifas. Várias delas se aglomeram, colonizando o
local e formando os micélios, os quais podem ser visualizados
a olho nu, em muitos casos. As hifas dos fungos verdadeiros apresentam
quitina na sua parede celular, garantindo elevada resistência às
suas estruturas tanto vegetativas quanto reprodutivas (Pala, s/d).
Dentre os fungos que danificam a madeira dos Pinus, há dois
grupos separados de acordo com os danos que causam nesse substrato:
fungos de ação cromogênica (geradores de manchas
coloridas) e fungos de ação destruidora (causadores da
podridão) (Martins, 2007; Pala, s/d).
Os fungos de ação cromogênica
(geradores de manchas coloridas) são também chamados de descoloradores, de
despigmentadores e de bolores. Eles depreciam a qualidade da madeira
principalmente pela mudança visual na sua coloração;
todavia, raramente afetam as suas propriedades mecânicas. Isso
se explica pelo fato desses microrganismos não se alimentarem
da parede celular das células, responsáveis pela resistência
estrutural da madeira. Eles tiram sua energia de compostos solúveis
tais como açúcares, aminoácidos e ácidos
orgânicos presentes no lumem das células parenquimatosas
ou dos elementos de vaso do hospedeiro (Mesquita et al., 1994; Furtado,
2000). Esse grupo inclui os fungos azuladores e são geralmente
organismos de colonização primária da madeira.
Os fungos cromogêneos atacam o parênquima radial do lenho
em troncos de Pinus, podendo infectá-los ainda a campo, em caso
de abates com condições ambientais favoráveis
a esses patógenos. Eles também atacam quando o desdobro
não é realizado de forma rápida (Martins, 2007;
Branco et al., s/d). Os fungos despigmentadores apresentam seus esporos
pigmentados ou hifas hialinas que secretam melanina, conferindo distintas
colorações em tons que podem variar em cinza, preto ou
em azul na madeira recentemente abatida, facilmente observáveis
em cortes transversais. Tais colorações geram perda de
qualidade visual das peças de madeira de Pinus. Os fungos manchadores
e os bolores são os primeiros organismos a infectar o tronco
da árvore devido à elevada umidade e grande quantidade
de nutrientes que ela possui logo após o corte (Pala, s/d).
Segundo Jankowsky, citado por Martins (2007), os fungos emboloradores
se situam mais próximos à superfície, enquanto
que os manchadores podem colonizar profundamente a madeira dos Pinus.
A principal forma de combate a esses fungos ainda é a aplicação
de fungicidas preventivos, os quais, caso mal empregados, podem ser
tóxicos ao meio ambiente e ao aplicador (Martins, 2007; Barillari
e Freitas, 2002). O manejo correto dos povoamentos, contendo espaçamentos
apropriados e desbastes de indivíduos nas épocas adequadas
do ano (menos favoráveis à infecção por
fungos) também são medidas preventivas que estão
sendo implementadas pelas indústrias do setor. Porém,
a elevada demanda da matéria-prima no mercado tem forçado
a colheita de árvores também durante períodos
de elevada umidade e temperaturas altas (condições ideais
para o desenvolvimento desses fungos) (Martins, 2007). Assim, o ideal
seria beneficiar as toras em menos de 48 horas após o corte,
promovendo a secagem adequada e armazenamento em ambientes secos, cobertos,
bem arejados, realizando tratamento com produtos preservantes; enfim,
tendo cuidados especiais antes e após o desdobro (Ide et al.,
2000).
Trabalhos já foram conduzidos em busca de identificar e caracterizar
os principais gêneros dos fungos manchadores e emboloradores
da madeira do Pinus. O número de fungos que causam esses prejuízos
na madeira é bastante amplo. Mais de 130 espécies de
fungos já foram identificadas formando manchas em vários
tipos de árvores (Martins, 2007). Fungos pertencentes à classe
Ascomycota foram encontrados depreciando a madeira de Pinus. Alguns
exemplos de gêneros são os Ophiostoma, os Ceratocystis,
as Lasiodiplodia, os Graphium e os Diplodia, os quais podem causar
manchas profundas. Os principais gêneros geradores dos bolores
(manchas superficiais) nos Pinus são: Penicillium,
Trichoderma, Gliocladium (todos identificados por manchas pulverulentas esverdeadas
e brancas), Aspergillus e Rhizopus (considerados despigmentadores em
tons negros). Além das manchas, alguns desses microrganismos
podem afetar a permeabilidade da madeira, prejudicando os tratamentos
preservativos (Martins, 2007). O mesmo autor identificou os principais
gêneros dos fungos cromogêneos que atacam a madeira de Pinus nos estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Foram isoladas 165 colônias de fungos manchadores, onde 87 dessas
formavam bolores visíveis, destacando os gêneros Trichoderma,
Penicillium e Aspergillus. As outras 78 colônias pertenciam a
organismos manchadores, onde os principais representantes foram Fusarium,
Lasiodiplodia, Epicoccum, Pestalotiopsis e Paecilomyces.
Henz e Cardoso (s/d) observaram o desenvolvimento de fungos em diferentes
condições ambientais em caixas de transporte do tipo
K confeccionadas com madeira de Pinus. Os principais gêneros
encontrados foram Rhizopus e Trichoderma. O último foi o que
obteve índices de colonização mais acelerados,
pois alcançou a totalidade da área da madeira em teste
com umidade relativa de 94% em uma semana.
Os fungos que causam podridões (os de ação
destruidora) têm o poder de depreciar a estrutura da madeira, diminuindo a
sua resistência mecânica e podendo comprometer a segurança
de elementos estruturais (Pala, s/d). Isso porque as principais fontes
nutritivas desses agentes depreciadores são as paredes celulares
do hospedeiro. As podridões que acometem a madeira dos Pinus são: podridão castanha (parda ou marrom), podridão
branca e podridão mole. Os fungos desse grupo são sucessores
aos de ação cromogênica, tomando seu lugar após
o esgotamento energético facilmente disponível na madeira
(Pala, s/d). Condições ambientais tais como temperatura
(20-30°C), umidade (saturação de fibras em torno
de 40 a 80%), quantidade de oxigênio (superiores a 2%) podem
predispor a madeira ao ataque desse grupo de patógenos. Porém,
a madeira de espécies com maiores teores de compostos fenólicos,
terpenos, ceras, resinas e taninos são mais resistentes à colonização
(Pala, s/d). Dessa maneira, uma das formas de controle das podridões é a
utilização de madeiras provenientes de espécies
arbóreas consideradas mais resistentes e ricas em extrativos
de defesa (Djanikian, s/d).
A podridão parda (“brown rot” ou “brown decay”) é mais
comum em madeiras moles de baixa densidade, incluindo-se as dos Pinus.
Inicialmente, os mecanismos não enzimáticos destroem
microestruturas celulares, abrindo caminho para a passagem das enzimas
que degradam principalmente a celulose das paredes celulares. A madeira
colonizada por esses fungos adquire fendas no sentido longitudinal,
perpendiculares ao grã, além de ficar mais porosa. Alguns
exemplos de espécies que causam a podridão parda ou castanha
são: Postia placenta, Coniophora puteana e Serpula
lacrymans.
A podridão parda é considerada a mais rápida das
três podridões, já que seus agentes têm potencial
para colonizar o hospedeiro de forma acelerada (Pala, s/d).
A podridão branca (“white rot”) é mais comum
em madeiras de espécies ditas como duras (folhosas), decompondo
sua celulose, hemiceluloses e lignina, dando à madeira um aspecto
fibroso após o ataque.
Já os agentes causais da podridão mole (“soft rot”)
preferem degradar a lignocelulose das células superficiais da
madeira, gerando uma madeira de aspecto esponjoso e mole. A degradação
estrutural da madeira efetuada por esses fungos é a mais lenta,
seguida pela dos que causam podridões brancas.
Okino et al. (2007) avaliaram a resistência de chapas orientadas
de madeira de Pinus, de eucalipto e de ciprestes inoculadas pelos fungos
da podridão parda (Gloeophyllum trabeum e Lentinus
lepideus)
e pelos fungos da podridão branca (Trametes versicolor e
Ganoderma applanatum). As chapas com maior perda de massa foram as de madeira
de Pinus e o organismo com maior potencial de colonização
foi G. trabeum.
Tanto as podridões quanto as manchas e os bolores depreciam
a qualidade da madeira, sendo ela classificada para o comércio
de acordo com a quantidade dessas não conformidades. Peças
que não apresentam nós, fendas, furos e manchas de qualquer
aspecto são as mais valorizadas, conseguindo melhores preços
no mercado (Martins, 2007).
Os problemas envolvendo a toxicidade dos principais agentes preservantes
da madeira, bem como a aquisição de resistência
aos produtos químicos pelos fungos depreciadores da madeira
fazem com que formas alternativas de controle desses agentes depreciadores
sejam estudadas (Martins, 2007). Vários microrganismos como
bactérias e fungos já foram identificados realizando
antagonismo aos fungos das podridões e aos manchadores. Inclusive,
muitos desses poderiam ser utilizados como agentes de controle biológico
aos fungos que depreciam a qualidade da madeira (Martins, 2007; Barillari
e Freitas, 2002; Pala, s/d).
A manipulação do ambiente, desfavorecendo condições
desejáveis aos organismos patogênicos da madeira e o manejo
correto das plantações do Pinus são medidas que
deveriam ser incentivadas e implementadas como forma de prevenção
ao problema.
Observem a seguir alguns artigos técnicos e científicos
que relacionam os fungos que causam prejuízos qualitativos à madeira
do Pinus. Conheçam os principais gêneros de fungos de
ação destruidora e de fungos cromogêneos que acometem
a madeira dos Pinus no Brasil e em outras partes do mundo. Observem
os sintomas na madeira, realizando leitura nos textos sugeridos e visualizando
as imagens indicadas.
Microorganisms causing decay in trees and wood. Research Projects. University of Minnesota. Acesso em 30.07.2011:
http://forestpathology.cfans.umn.edu/microbes.htm (em
Inglês)
Evaluation of three electronic noses for detecting incipient wood decay. M. Baietto; A. D. Wilson; D. Bassi; F. Ferrini. Sensors 10: 1062-1092.
(2010)
http://www.mdpi.com/1424-8220/10/2/1062/pdf (em Inglês)
Quitosana como fungicida em madeiras de Pinus sp. empregadas
na confecção
de caixas “K”. N. M. S. Sattolo; D. Britto; O. B. G. Assis.
Brazilian Journal of Food Technology 13(2): 128-132. (2010)
http://www.ital.sp.gov.br/bj/artigos/html/busca/PDF/v13n2414a.pdf
Resistance
of particleboard panels made of agricultural residues and bonded
with synthetic resins or pvc plastic to woodrotting. D.
E. Teixeira; A. Garlet; K. L. Sanches. Cerne 15(4): 413-420. (2009)
http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/744/74413024005.pdf
(em Inglês)
Resumo: Influência da resinagem no Pinus elliottii elliottii e Pinus
caribaea hondurensis na resistência da madeira ao fungo Lentinula edodes. A. R. Vergani; P. O. Antonelli; J. N. Garcia; L.
E. A. Camargo. 17º SIICUSP. 01 pp. (2009)
http://www.usp.br/siicusp/Resumos/17Siicusp/resumos/4766.pdf
Durabilidade de madeiras tratadas e não tratadas em campo de
apodrecimento. A. F. Costa; A. T. Vale; J. C. Gonzalez; F. D. M. Souza.
Floresta e Ambiente 12(1): 07 – 14. (2005)
http://www.if.ufrrj.br/revista/pdf/Vol12%20no1%2007A14.pdf
Biodegrading effects of some rot fungi on Pinus caribaea wood. E.
A. Emerhi; B. A. Ekeke; B. A Oyebade. African Journal of Biotechnology
7(10): 1512-1515. (2008)
http://www.ajol.info/index.php/ajb/article/viewFile/58705/47031 (em Inglês)
Performance of softwood preservative treated stakes after 4
years exposure in-ground to decay fungi and termites in tropical Australia. B. M.
Ahmed; J. R. J. French; S. R. Przewloka; P. Vinden; J. A. Hann; P.
Blackwell. 39th Annual Meeting IRG/WP 08-10643. 13 pp. (2008)
http://www.forestscience.unimelb.edu.au/people/staff/simon_przewloka/IRG08_10643.pdf (em Inglês)
Aspectos da madeira e suas características. M. Tomanik. Ibanez
Embalagens. 06 pp. (2008)
http://www.grupoibanez.com.br/materia.pdf
Characterization of protein patterns from decayed wood of loblolly
pine (Pinus taeda L.) by proteomic analysis. Y.-M. Kang; L. Prewitt;
S. Diehl. 39th Annual Meeting of IRG in Istanbul. Apresentação
em PowerPoint: 19 slides. (2008)
http://www.irg-wp.com/IRG39-presentations/IRG%2008-10654.pdf (em Inglês)
Biodegradação de chapas de partículas
orientadas de Pinus, eucalipto e cipreste expostas a quatro
fungos apodrecedores.
E. Y. A. Okino; M. V. S. Alves; D. E. Teixeira; M. R. Souza; M. A.
E. Santana. Scientia Forestalis 74: 67-74. (2007)
http://www.ipef.br/publicacoes/scientia/nr74/cap07.pdf
Fungos emboloradores e manchadores associados à madeira
de Pinus spp.: gêneros, alterações e controle biológico. C. M. Martins. Dissertação de Mestrado. UEL – Universidade
Estadual de Londrina. 147 pp. (2007)
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp031032.pdf
Fungal degradation and discolouration of scots pine. U. Råberg.
Tese de Doutorado. Swedish University of Agricultural Sciences. 38
pp. (2006)
http://pub.epsilon.slu.se/1268/1/URfinal0.pdf (em
Inglês)
Survey of potential sapstain fungi on Pinus radiata in New Zealand. J. M. Thwaites et al. New Zealand Journal of Botany 14: 553-563. (2005)
http://www.public.iastate.edu/~tcharrin/Thwaites.pdf (em Inglês)
Absorção de água e proliferação
de fungos em madeira de Pinus usada como embalagem para
hortaliças. G. P. Henz; F. B. Cardoso. Horticultura Brasileira 23(1): 138-142.
(2005)
http://www.scielo.br/pdf/hb/v23n1/a29v23n1.pdf
Eficiência de um composto de iôdo orgânico contra
fungos apodrecedores de madeiras e térmitas. A. F. Costa;
J. C. Gonçalez; A. T. Vale. Ciência Florestal 13(01):
145-152. (2003)
http://redalyc.uaemex.mx/pdf/534/53413117.pdf
Preservação. C. T. Barillari; V. P. Freitas. Revista
da Madeira nº 68. (2002)
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?
num=264&subject=Preserva%C3%A7%C3%A3o&title=Preserva%C3%A7%C3%A3o
Escarabajos de corteza y mancha azul: Situación en Chile. S. Ide Mayorga; D. Lanfranco; H. Peredo; C. Ruiz; I. Vive. Série
Técnica IPEF 13(33). 10 pp. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr33/cap06.pdf (em Espanhol)
Microrganismos manchadores de madeira. E. L. Furtado. Série
Técnica IPEF 13(33): 2-6. (2000)
http://www.ipef.br/publicacoes/stecnica/nr33/cap10.pdf
Aspectos cinéticos da degradação de laminados
de madeiras em ambientes aquáticos e terrestre. F.
M. Aprile; W. B. C. Delitti; I. Bianchini Jr. Revista Brasileira
de Biologia 59(3): 485-492. (1999)
http://www.scielo.br/pdf/rbbio/v59n3/v59n3a13.pdf
Decay potential of basidiomycete fungi from Pinus radiata. A. A Chee;
R. L. Farrell; A. Stewart; R. A. Hill. 51st New Zealand Plant Protection
Conference. p.: 235-240. (1998)
http://www.nzpps.org/journal/51/nzpp_512350.pdf (em
Inglês)
Eficiência de produtos químicos no controle do
manchamento da madeira de Pinus caribaea var hondurensis de
março a abril
de 1992 em Lavras, MG. J. B. Mesquita; H. A Castro; M. L. Teixeira.
Cerne 1(1):51-54. (1994)
http://www.dcf.ufla.br/cerne/artigos/16-02-20091513v1_n1_artigo%2007.pdf
Fundamentos de preservação de madeiras. I. P. Jankowsky.
Documentos Florestais IPEF nº 11. 08 pp. (1990)
http://www.ipef.br/publicacoes/docflorestais/cap11.pdf
Crescimento de fungos em madeira de Pinus utilizada na montagem
de caixas do tipo “K”. G. P. Henz; F. B. Cardoso. Abhorticultura.
04 pp. (s/d)
http://www.abhorticultura.com.br/biblioteca/arquivos/Download/Biblioteca/olpc4094c.pdf
Importância dos fungos cromogéneos na fileira florestal.
Avaliação preliminar da sua distribuição
em Portugal. M. I. V. Branco; L. Nunes; H. Pereira. Cernas. 04 pp.
(s/d)
http://www.esac.pt/cernas/cfn5/docs/T4-46.pdf
Constituição e mecanismos de degradação
biológica de um material orgânico: a madeira. H. Pala.
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Leiria. 10 pp. (s/d)
http://iconline.ipleiria.pt/bitstream/10400.8/77/1/degradacao%20biologica_FINAL.pdf
Madeiras de construção civil – Deterioração,
secagem e preservação. J. G. Djanikian; S. Selmo; V.
John. PCC-USP. Apresentação em PowerPoint: 47 slides.
(s/d)
http://www.joinville.udesc.br/sbs/professores/
arlindo/materiais/Aula_12_T_Madeira___Det_Pres_Transf.pdf
Imagens relacionadas aos fungos que depreciam a qualidade da madeira:
http://www.google.com.br/search?q=wood+decay+fungus&hl=pt-BR&biw=
1280&bih=523&prmd=ivns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ei=
oScKTq7nIo22twec0fmBAQ&ved=0CD4QsAQ (“Wood decay fungus”. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1280&bih=523&tbm=
isch&sa=1&q=timber+decay+fungi&oq=timber+decay+fungi&aq=f&aqi= & aql=undefined&gs_sm=e&gs_upl=
17328l19078l0l7l7l0l0l0l0l469l1062l2-1.1.1l3 (“Timber decay fungi”. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1280&bih=
523&tbm=isch&oq=pine++wood+decay+fungi&aq=f&aqi=&q=
pine%20wood%20decay%20fungi (“Pine wood decay fungi”. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1280&bih=523&tbm=isch&sa=1&q=
pinus+wood+decay+fungi&oq=pinus+wood+decay+fungi&aq=f&aqi= & aql=undefined&gs_sm=e&gs_upl=2453l4563l0l2l2l0l0l0l0l328l328l3-1l1 (“Pinus wood decay fungi”. Imagens Google)
Referências
Técnicas da Literatura Virtual
Teses e Dissertações de Universidades na Ibero-América
Nessa PinusLetter
34 continuamos a
dar destaque às
produções técnicas e científicas relacionadas
aos Pinus originadas nas universidades dos países em que temos
nossos leitores mais concentrados (Brasil, Chile, Argentina, Uruguai,
Colômbia, Peru, Portugal, Espanha, etc.). Teremos, nessa edição,
a seção "Teses e Dissertações de Universidades
na Ibero-América". Fazendo isso, procuramos valorizar as
instituições de ensino e seus autores que têm-se
mostrado dedicados a estudar e a avaliar técnica e cientificamente
os Pinus. As publicações referenciadas versam sobre florestas,
ecologia, ambiente, uso industrial das madeiras, móveis, celulose
e papel; enfim, todas as áreas que se relacionam aos Pinus:
seu desenvolvimento em plantações florestais e utilizações
de seus produtos.
Ainda existem muitos "Grandes Autores
dos Pinus", assim como
importantes entidades de ensino e pesquisa com muitos trabalhos orientados
para os Pinus para serem apresentados a vocês. Em nossas próximas
edições continuaremos a homenageá-los, tendo suas
principais publicações disponibilizadas como Pinus-Links.
Aguardem.
Universidade de Brasília e Universidade
Federal de Lavras
A
Universidade de Brasília e a Universidade
Federal de Lavras são importantes centros acadêmicos do
nosso país.
Ambos apresentam cursos de graduação e de pós-graduação
no setor florestal, contribuindo plenamente com o desenvolvimento da
sociedade brasileira através da pesquisa, da extensão
e principalmente pela formação de profissionais capacitados
para o mercado de trabalho brasileiro e inclusive estrangeiro. Essas
instituições apresentam diversos trabalhos envolvendo
assuntos relacionados com os diversos usos do gênero Pinus.
Observem alguns deles disponíveis para download a seguir, bem
como obtenha maiores conhecimentos sobre as instituições
que atuam não apenas no sudeste e centro-oeste brasileiro,
mas sim, no Brasil inteiro.
Universidade
de Brasília (UnB):
A Universidade de Brasília foi fundada em abril de 1962 e atualmente é uma
das instituições de ensino e de pesquisa de maior destaque
do Centro-Oeste do país. Isso pode ser explicado pelo vasto
número de estudantes que apresenta (em torno de 28 mil) apenas
na graduação. Esses frequentam 103 cursos diurnos, vespertinos,
noturnos, integrais ou à distância. A UnB possui ao todo
quatro campi espalhados pelo Distrito Federal. Eles são: Plano
Piloto, Planaltina, Ceilândia e Gama. São neles onde estão
distribuídos seus institutos, centros, faculdades e laboratórios
destinados não apenas ao ensino da graduação e
da pós-graduação, mas também tendo importante
destaque na pesquisa e na extensão. A instituição
conta com 400 laboratórios e outros órgãos de
apoio ao conhecimento, possuindo boa infra-estrutura para todos os
cursos que atende.
Dentre os cursos disponibilizados há a graduação
em Engenharia Florestal, a qual conta com disciplinas básicas
e avançadas na área de biologia, fisiologia, silvicultura
e análise de recursos naturais. O curso conta com três
unidades para ensino, aulas práticas e pesquisas: no campus Asa Norte estão localizados os laboratórios de sementes,
de fauna e de tecnologia da madeira; na Fazenda Águas Limpas
há um viveiro florestal, além de usinas de secagem e
de energia da madeira. O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente
e dos Recursos Naturais Renováveis) também ajuda na realização
de aulas práticas no Laboratório de Produtos Florestais.
A Engenharia Florestal está vinculada à Faculdade
de Tecnologia e teve sua primeira turma reconhecida pelo Conselho Federal
de Educação em 1978, contando hoje com mais de 240 alunos.
Em recentes avaliações da qualidade do ensino de engenharia
florestal no Brasil, a UnB tem-se destacado como uma das universidades
que oferece uma das melhores graduações nessa área.
A pós-graduação no setor florestal teve início
em 1997 com a criação primeiramente do curso de mestrado
em Ciências Florestais e posteriormente atendendo à demanda
do doutorado a partir de 2004. Há vários websites da
UnB que caracterizam a instituição e seus cursos, contando
de forma mais detalhada a sua história e apresentando fotos,
mapas e trabalhos científicos desempenhados dentro da mesma.
Foram encontradas à disposição no repositório
de teses digitais um total de seis teses e dissertações
envolvendo os Pinus, as quais foram realizadas por alunos pós-graduados
na área de Ciências Florestais dessa Universidade. Esses
trabalhos estão disponíveis para download a seguir. Há muitos
outros trabalhos com outros gêneros e de acesso livre pela internet,
os quais podem ser encontrados na página do Departamento Florestal
e na Biblioteca de Teses e Dissertações Digitais da UnB.
Observem
ainda os websites que possuem informações relevantes
sobre essa instituição de ensino, bem como os cursos
de graduação e de pós-graduação
que abrangem o setor florestal.
http://www.unb.br/ (Portal UnB)
http://www.unb.br/sobre (Sobre a UnB)
http://www.unb.br/aluno_de_graduacao/cursos/engenharia_florestal (Engenharia
Florestal UnB)
http://www.efl.unb.br/ (Departamento de Engenharia Florestal)
http://www.efl.unb.br/pg/area.php?case=30&id=142 (Dissertações
de Mestrado em Ciências Florestais)
http://www.efl.unb.br/pg/area.php?case=30&id=143 (Teses de Doutorado
em Ciências Florestais)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/ (Biblioteca de teses e dissertações
digitais da UnB)
Utilização de técnicas
não destrutivas
para caracterização de madeiras de Pinus caribaea var. hondurensis e de Eucalyptus
grandis. P. G. Ribeiro. Dissertação
de Mestrado. UnB – Universidade de Brasília. 114 pp. (2009)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4717
Efeito da espessura e do vão sobre deformação
em flexão de painéis de madeira utilizados na produção
de móveis. V. M. F. Pazetto. Dissertação de Mestrado.
UnB – Universidade de Brasília. 70 pp. (2009)
http://efl.unb.br/arq_pdf/dissertacao/2009/valeria_maria.pdf
Propriedades mecânicas, físicas, biológicas e avaliação
não-destrutiva de painéis de lâminas paralelas
(LVL) com madeira de Pinus oocarpa e P. kesiya. F. Souza. Dissertação
de Mestrado. UnB – Universidade de Brasília. 133 pp. (2009)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2179
Uso e monitoramento de indicadores microbiológicos para avaliação
da qualidade dos solos de cerrado sob diferentes agroecossistemas. A. R. Gonçalves. Dissertação de Mestrado. UnB – Universidade
de Brasília. 137 pp. (2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3493
Tecnologia e economia do briquete de madeira. L. V. B. Gentil. Tese
de Doutorado. UnB – Universidade de Brasília. 175 pp.
(2008)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4076 (parte 1)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4077 (parte 2)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=4078 (parte 3)
Banco de sementes do solo de sub-bosque de Pinus sp.
e Eucalyptus sp. abandonados na Floresta Nacional de Brasília, Distrito Federal.
A. R. Gonçalves. Dissertação de Mestrado. UnB – Universidade
de Brasília. 93 pp. (2007)
http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2179
Universidade Federal de Lavras (UFLA):
A Universidade Federal de Lavras foi fundada em 1908, chamando-se inicialmente
de Escola Agrícola de Lavras. Em 1938, a mesma teve seu nome
modificado para Escola Superior de Agricultura de Lavras (ESAL), sendo
posteriormente federalizada em 1963. Logo após, a universidade
recebeu diversos incentivos gerando rápido processo de expansão
e progresso, onde em 1994 teve mais uma vez modificado seu nome, passando
a ser conhecida como Universidade Federal da Lavras (UFLA), o qual
persiste até a atualidade. Desde o início de sua fundação,
a UFLA vem fazendo história, contribuindo e muito para a melhoria
da sociedade mineira e ajudando na formação de profissionais
não apenas no setor agrícola, mas nas mais diversas áreas
de conhecimento onde também é ativa. Atualmente a instituição
conta com 17 departamentos envolvendo mais de 30 cursos de graduação,
20 cursos de mestrado e 18 de doutorado. Isso se comprova pela quantidade
de estudantes existentes (mais de 5.000 apenas na graduação).
Ainda existem as especializações à distância,
as quais geram conhecimento a profissionais de todos os cantos do Brasil
e do exterior.
Esse importante centro gerador de conhecimentos e de pesquisa no Brasil
não poderia deixar de lado o setor florestal. A partir de 1980,
foi criado o curso de graduação em Engenharia
Florestal,
sendo posteriormente abertas vagas na pós-graduação
(mestrado e doutorado) a partir de 1993. Além disso, em 2006,
iniciou-se o programa de pós-graduação stricto
sensu na área de tecnologia da madeira, havendo atualmente mais
de 40 alunos envolvidos em projetos de pesquisa que abordam exclusivamente
a madeira como matéria-prima de inúmeros processos industriais
(celulose e papel, carvão vegetal, serrarias, biomassa energética,
chapas e painéis, etc.). Dessa forma, a UFLA tem contribuido
muito com a solução de alguns dos principais problemas
envolvendo os Pinus para todo o país, ajudando também
a formar profissionais qualificados com a exigência do mercado
de trabalho. A UFLA possui duas estações experimentais
e seu principal campus apresenta mais de 600 ha destinados à pesquisa,
extensão e à docência. Existem diversos laboratórios
especializados e mais a presença de um horto florestal que colaboram
para geração e transmissão de conhecimentos sobre
os mais diversos temas florestais.
Observem ainda os websites que possuem informações relevantes
sobre essa instituição de ensino, bem como os cursos
de graduação e de pós-graduação
que abrangem o setor florestal. Estão à disposição
de interessados 15 trabalhos, entre teses e dissertações,
publicadas pela UFLA que envolvem os Pinus. Não deixem de lê-los.
http://www.ufla.br/ (Portal UFLA)
http://www.ufla.br/index.php/sobre-a-ufla/ (Sobre a UFLA)
http://www.prg.ufla.br/cursos/eng_florestal.html (Curso de Engenharia
Florestal - Graduação)
http://www.prpg.ufla.br/ppg/eflorestal/ (Engenharia Florestal – Pós-graduação)
http://www.dcf.ufla.br/site/index.php?id=61&menu=m1 (Departamento
de Ciências Florestais da UFLA)
http://www.prpg.ufla.br/ctmadeira/ (Curso de Pós-graduação
em Ciência e Tecnologia da Madeira)
http://bdtd.ufla.br/ (Biblioteca digital de teses e dissertações
da UFLA)
Estudo da interação adesivo-partícula em painéis
OSB. A. A. S. César. Dissertação de Mestrado.
UFLA – Universidade Federal de Lavras. 89 pp. (2011)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3542
Modelagem não linear do crescimento e da produção
de plantações florestais. A. R. Mendonça. Tese
de Doutorado. UFLA – Universidade Federal de Lavras. 96 pp.
(2010)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3003
Atributos de solo sob coberturas vegetais em sistema silvipastoril
em Lavras – MG. A. R. Guerra. Dissertação de Mestrado.
UFLA – Universidade Federal de Lavras. 153 pp. (2010)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2873
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp132217.pdf
Função de afilamento na estimativa volumétrica
e programação matemática no processamento mecânico
de toras. P. M. Carvalho. Dissertação de Mestrado. UFLA – Universidade
Federal de Lavras. 52 pp. (2010)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3234
Produção de carvão ativado a partir de diferentes
precursores utilizando FeCl3 como agente ativante. E. I. Pereira. Dissertação
de Mestrado. UFLA – Universidade Federal de Lavras. 90 pp.
(2010)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2875
Biodegradação de produtos à base da madeira de
cedro australiano (Toona ciliata M. Roem. var australis). N. A. Almeida.
Dissertação de Mestrado. UFLA – Universidade Federal
de Lavras. 102 pp. (2010)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2998
Sistema de prognose do crescimento e produção
para Pinus
taeda L. sujeito a regimes de desbastes e podas. A. C. Ferraz Filho.
Dissertação de Mestrado. UFLA – Universidade Federal
de Lavras. 158 pp. (2009)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2208
Distribuição vertical de carbono orgânico em latossolo
sob diferentes usos. E. S. B. Inácio. Tese de Doutorado. UFLA – Universidade
Federal de Lavras. 102 pp. (2009)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2558
Caracterização físico-química de substratos
produzidos a partir de combinações de resíduos
orgânicos. F. S. Higashikawa. Dissertação de Mestrado.
UFLA – Universidade Federal de Lavras. (2009)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/processaPesquisa.php?
listaDetalhes%5B%5D=1883&processar=Processar
Bandeamento cromossômico e conteúdo de DNA em espécies
tropicais de Pinus. J. D. Nunes. Tese de Doutorado. UFLA – Universidade
Federal de Lavras. 63 pp. (2008)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1646
Estudos dendrocronológicos de meteorologia, clima e ecologia
florestal nos Estados Unidos Central. A. C. M. C. Barbosa. Tese de
Doutorado. UFLA – Universidade Federal de Lavras. 115 pp. (2008)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3439
Análise do som transmitido por madeiras de diferentes densidades.
A. Loschi Neto. Dissertação de Mestrado. UFLA – Universidade
Federal de Lavras. 56 pp. (2007)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=879
Sistema alternativo para carbonização da madeira. C.
O. Assis. Dissertação de Mestrado. UFLA – Universidade
Federal de Lavras. 57 pp. (2007)
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp061235.pdf
Modelagem
fuzzy na estimativa do volume de árvores de Eucalyptus sp. D. M. Pires. Monografia de Conclusão de Curso. UFLA – Universidade
Federal de Lavras. 46 pp. (2007)
http://www.bcc.ufla.br/monografias/2007/Modelagem_
fuzzy_na_estimativa_do_volume_de_arvores_de_eucalyptus_SP.pdf
Estoque e frações da matéria orgânica e
suas relações com o histórico de uso e manejo
de latossolos. O. J. P. Rangel. Dissertação de Mestrado.
UFLA – Universidade Federal de Lavras. 186 pp. (2006)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=240
Produtos
Isolantes para a Construção Civil com Base em Fibras
e em Madeira de Pinus
As fibras de origem natural e renováveis como as do
Pinus são alternativas interessantes às fibras de vidro e de
outros materiais derivados do petróleo para a fabricação
de placas isolantes térmicas e acústicas (Poletto et al., 2010).
A crescente preocupação da sociedade moderna por produtos ambientalmente
mais corretos tem promovido a utilização da madeira certificada
de florestas plantadas, inclusive de seus resíduos, para inúmeras
novas finalidades. A sustentabilidade ambiental deve ser perseguida não
apenas buscando o descarte correto das sobras de madeira das empresas florestais,
mas também pela agregação de valor através de subprodutos
que antes não possuíam relevância econômica. Muitos
resíduos madeireiros eram inclusive considerados problemas para descarte
nas indústrias, gerando em alguns casos poluição e passivos
ambientais. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de novas tecnologias que utilizem
a madeira de forma racional e sustentável é um dos principais
objetivos da construção civil (Chaves e Cunha, s/d). O uso e
reuso ambientalmente consciente de matérias-primas, aliados ao conforto
térmico e ao acústico, fazem parte dos objetivos das obras civis
sustentáveis. Dessa forma, existem muitos resíduos do setor florestal
que já são empregados como vedações termo-acústicas
na engenharia civil, em diversas partes do mundo. É importante se mencionar
o interesse e a participação brasileira em pesquisas e em desenvolvimento
tecnológico sobre novos compostos isolantes derivados da madeira dos
Pinus.
Um isolante térmico pode ser definido como um produto com alta resistência
térmica capaz de tornar difícil a dissipação de
calor entre dois ambientes distintos (Wikipédia, 2011). Já o
isolamento acústico é a utilização de diferentes
materiais que formam uma barreira à propagação das ondas
sonoras (Wikipédia, 2011). Ainda não existem materiais com propriedades
de vedação termo-acústicas perfeitos; porém, alguns
que possuem como matéria-prima a madeira de Pinus, em especial, seus
resíduos, apresentam diversas vantagens principalmente econômicas
e ambientais.
Seguem exemplos de alguns dos principais isolantes térmicos e/ou acústicos
derivados dos Pinus e já utilizados em edificações:
Compósitos de palha de madeira de Pinus: A palha de madeira, também
conhecida no Brasil como lã de madeira ou como cepilho, é derivada
de resíduos de madeiras do Pinus e cuja produção é através
do cepilhamento (Wikipédia, 2011). Ela é considerada um material
que contem resiliência acentuada, voltando ao seu volume original mesmo
depois de submetida a forças externas. A lã da madeira é formada
por finas tiras de menos de 1 mm de espessura e que apresentam de 2 mm a 6
mm de largura com até 150 mm de comprimento por tira. Depois dos toretes
da madeira de Pinus serem fatiados em trituradores horizontais ou verticais,
a palha formada passa por um processo de limpeza e de secagem para a diminuição
de pó e da umidade respectivamente, podendo ser então destinada
para diversos fins. Uma das mais nobres finalidades dessa palha é o
de isolante térmico e acústico. Chapas de lã de madeira
colada podem ser fabricadas juntamente com resinas orgânicas ou outros
materiais, como o cimento Portland, polietileno reciclado e outros minerais
como a magnesita. São usados para a vedação de ambientes
na construção civil. Já existem inúmeras patentes
de almofadas de vedação de refrigeradores, de chapas, de painéis
e outros impermeabilizantes estruturais que apresentam uma ou mais camadas
da lã ou palha de madeira de Pinus. Muitos desses produtos são
considerados amigos da natureza, apresentado outros benefícios além
da reciclagem como: maior resistência ao fogo e à umidade, isolamento
do frio no inverno, evitam os superaquecimentos, são fáceis de
serem instalados, são considerados leves e apresentam menor uso de mão-de-obra.
Além disso, muitos fabricantes de painéis de chapas isolantes
de lã de madeira afirmaram que seus produtos são extremamente
versáteis, podendo ser instalados para a vedação de diversos
locais de construções tais como: isolante de forros em telhados,
de painéis e de paredes, de divisórias de ambientes e de pisos
(Wood Wool, 2011; Knauf Insulation Panels, 2011; Archiexpo Celenit, 2011; Eucatex,
s/d). Os mesmos fabricantes também comentaram que seus produtos possuem
elevada absorção acústica podendo ser empregados para
vedação de sons em casas noturnas, estúdios musicais,
escolas, locais recreativos, ginásios de esportes, bares, igrejas, entre
outros.
Chapas
de fibra de madeira de Pinus: Muitos isolantes térmicos e acústicos
são produzidos utilizando-se serragens de Pinus. Confeccionam-se chapas
isolantes de madeira de baixa densidade (chapas moles ou “softboards” em
inglês) utilizadas em locais de elevada exigência térmica
e/ou acústica (REMADE, 2002; Eucatex, s/d).
Poletto et al. (2010) empregaram fibras de resíduos da indústria
moveleira (serragem e pó de madeira de Pinus) e embalagens descartadas
de polietileno expandido do lixo urbano para a confecção de compósitos
recicláveis. Placas com adições de 40% de serragem foram
as que apresentaram melhores resultados mecânicos e de nível de
isolamento.
Loschi Neto e colaboradores (2008) realizaram análises de isolamento
acústico com madeiras de diferentes densidades e dimensões. A
medição da pressão sonora foi testada com o auxílio
de um decibelímetro. Os resultados mostraram que a madeira do Pinus apresentou desempenho não muito satisfatório, sendo também
a de menor densidade testada.
Tramontano e Requena (s/d) analisaram distintas formas de isolamento térmico
com painéis de fibras de madeira. Um dos protótipos aprisionava
ar no interior das fibras, formando uma espécie de colchão isolante.
Porém, o protótipo não se mostrou eficiente para outras
propriedades físicas. No entanto, outros testes foram conduzidos em
chapas de madeira com espaços preenchidos com distintos materiais tais
como argila expandida e lã de vidro, testando os produtos em pisos de
uma edificação. Os resultados de isolamento térmico mostraram-se
eficazes; porém, mais análises de vedação acústica
e de luminosidade ainda devem ser realizados pelos autores, principalmente
em distintas estações do ano.
Siempelkamp (s/d) relatou que as chapas de fibras de madeira confeccionadas
pela empresa podem ser utilizadas para vedação interna e externa
de ambientes tanto em paredes como em pisos. Nos últimos, podem absorver
ruídos de impactos principalmente de laminados e de parquêts/tacos.
A empresa utiliza como principal matéria-prima lascas de madeira, as
quais são desfibradas em processo a vapor, passando posteriormente por
secagem em secador do tipo flash. As fibras são impregnadas com resina
e passam para o processo de prensagem, formando-se o tapete que é seco
também através de sistemas a vapor. A seguir, a placa é cortada
nas dimensões desejadas. Tanto os gastos de energia de fabricação
quanto os de pós-obra são reduzidos com o uso de placas isolantes
de fibras de madeira. Os primeiros se explicam pela tecnologia de processamento
e os segundos principalmente pela menor necessidade de aquecimento ou de resfriamento
artificial de ambientes (Greenbuilding, 2011; Siempelkamp, s/d).
Jateamento
de celulose: esse processo consiste em lançar jatos de fibras
de celulose, as quais passam por processo de mineralização pela
sua impregnação com alguns aditivos químicos. O jateamento
forma uma camada de fibras sobre distintos tipos de superfície (principalmente
na parte interna dos telhados), conferindo o isolamento térmico, diminuindo
o excesso de irradiação e principalmente realizando a vedação
acústica (Entendendo a acústica, 2011).
Outras vantagens importantes do uso de fibras naturais em produtos isolantes é a
possibilidade da reciclagem e da compostagem das chapas de fibras de madeira.
Elas provêm, em sua maioria, de materiais das florestas plantadas e também
têm custo inferior às fibras de vidro a e outros materiais utilizados
para vedações. Contudo, como principal desvantagem, cita-se a
absorção da umidade pelas fibras naturais de madeira. Essa característica,
em alguns casos, pode prejudicar a capacidade de isolamento térmico
e acústico de certos materiais, reduzindo a sua vida útil. Dessa
forma, mais estudos deveriam ser realizados buscando novas tecnologias para
promover melhorias contínuas dos isolantes à base de resíduos
da madeira dos Pinus.
Observem a seguir alguns textos técnicos e científicos relacionados às
tecnologias de processamento de chapas e painéis isolantes a base de
fibras e de palha de madeira de Pinus. Há também à disposição
para leitura as propriedades de determinados produtos já presentes no
mercado, bem como suas imagens para melhor caracterização desses
tipos de produtos.
Wood wool. Wikipédia.
Acesso em 09.06.2011:
A enciclopédia virtual Wikipédia apresenta detalhadamente as
principais características do que é a lã de madeira tanto
na língua inglesa quanto em português. Há também
informações sobre histórico da produção,
tecnologias empregadas, as características, os usos e outras propriedades
desse produto.
http://en.wikipedia.org/wiki/Wood_wool (em Inglês)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Palha_de_madeira (em Português)
Entendendo
a acústica. Acesso em 09.06.11:
Além de explicar como é realizado o jateamento acústico,
o website "Entendendo a Acústica" também dispõe
de informações sobre os tipos de ruídos, sobre o isolamento
acústico, entre outros assuntos que são relacionados ao tema.
http://www.acustica.ind.br/
http://www.acustica.ind.br/Jateamento%20de%20celulose.htm (Jateamento
de celulose)
Wood
wool insulation boards. Shahsahib Trading. Acesso
em 09.06.11:
O website da empresa Shahsahib Trading apresenta fotos, propriedades acústicas
e térmicas de vários produtos isolantes fabricados a partir da
lã de madeira. Ilustrações de travesseiros vedantes utilizados
na indústria da refrigeração, de compósitos feitos
com colchões de palha de madeira e de placas nas mais diversas espessuras,
composições e matérias-primas podem ser encontradas.
Observem:
http://www.indiamart.com/shahsahib/cooler-products.html#wood-wool (em Inglês)
Hofatex® wood fibre thermal insulation. Youtube. Canal acaraconcepts.
Acesso em 09.06.2011:
O vídeo de cerca de 3 minutos postado no Youtube apresenta as etapas
do processo de fabricação de chapas de serragem fabricadas pela
Hofatex com o intuito de vedação térmica.
http://www.youtube.com/watch?v=WlHssrd9KiQ (em Inglês)
Wood
wool. Knauf Insulation. Acesso em 09.06.2011:
O website da empresa Knauf Insulation possui as propriedades termo-acústicas
das placas e chapas de fibras de madeira que produzem, como também oferece
informações sobre a lã de madeira utilizada como isolante
de edificações. Observem onde esses produtos podem ser empregados,
suas principais vantagens econômicas e ambientais.
http://www.knaufinsulation.com/products_woodwool (em Inglês)
Rigid high density wooden fiberboard insulation panel. Archiexpo. Celenit.
Acesso em 09.06.11:
http://www.archiexpo.com/prod/celenit-spa/rigid-high-
density-wooden-fiberboard-insulation-panels-55534-126421.html (em Inglês)
Flexible wood fibre insulation. Greenbuilding site. (2011)
http://www.thegreenbuildingsite.co.uk/store-products.
php?i=steico-flex-wood-fibre&cookie=checked (em Inglês)
Product features. Diffutherm masonry wood fibre boards. Burdens Environmental.
(2011)
http://www.burdensenvironmental.com/diffutherm-masonry-
wood-fibre-boards-%E2%80%93-render-finish?# (em Inglês)
Avaliação das propriedades mecânicas de compósitos
de poliestireno expandido pós-consumo e serragem de Pinus elliottii. M. Poletto; J. Dettenborn; A. J. Zattera; M. Zeni. Revista Iberoamericana de
Polímeros 11(3): 169-177. (2010)
http://www.ehu.es/reviberpol/pdf/MAY10/poletto.pdf
Efeito das diferentes madeiras no isolamento. A. Loschi Neto; J.
R. M. Silva; J. T. Lima; G. F. Rabelo. Revista Floresta 38(4): 673-682. (2008).
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAVecAF/
efeito-das-diferentes-madeiras-no-isolamento
Análise do som transmitido por madeiras de diferentes densidades. A.
Loschi Neto. Dissertação de Mestrado. UFLA – Universidade
Federal de Lavras. 56 pp. (2007)
http://bdtd.ufla.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=879
Modelagem de misturas na fabricação de compósitos polímero-fibra,
utilizando polietileno e serragem de Pinus sp. É. Hillig; E. Freire;
G. A. Carvalho; V. E. Schneider; K. Pocai. Ciência Florestal 16(3):
343-351. (2006)
http://redalyc.uaemex.mx/pdf/534/53416309.pdf
Painéis. Revista da Madeira nº 68. (2002)
http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?
num=268&subject=Pain%C3%A9is&title=Pain%C3%A9is
Unidades
experimentais de habitação. M. Tramontano; C. A. Requena.
Revista Téchne. (1999)
http://revistatechne.com.br/engenharia-civil/49/imprime32345.asp
Woodwool slabs manufacture, properties and uses. E. Johansson. Building Issues
6(3): 23-26. (1994)
http://www.hdm.lth.se/fileadmin/hdm/BI_Volume_06__3_1994
_Woodwool_Slabs__-_Manufacture__Properties_and_Use.pdf (em Inglês)
Simulação numérica de painéis pré-fabricados
em materiais compostos utilizados como elementos de vedação em
edificações. L. O. R. C. Chaves; J. Cunha. Horizonte Científico.
26 pp. (s/d = sem referência de data)
http://www.seer.ufu.br/index.php/
horizontecientifico/article/download/4342/3204
Wood fibre insulation. Steico. Natural Building Products. (s/d)
http://www.naturalinsulations.co.uk/Steico_special_technical_data_sheet.pdf (em Inglês)
Jateamento acústico. Nivel-Som. (s/d)
http://www.nivelsom.com.br/jateamento-acustico-cd32e.html?c=39
Palha de madeira. PalhaBras. (s/d)
http://www.palhademadeira.com/produtos.html
O grupo Eucatex opera cinco unidades de negócios todas interligadas. Eucatex. Infoinvest. (s/d)
http://www.infoinvest.com.br/modulos/doc.asp?
arquivo=00577980.wan&doc=ian480.doc&language=ptb
Wood-fiber insulation boards. Siempelkamp. (s/d)
http://www.siempelkamp.com/fileadmin/media/downloads_de/woodfiber.pdf (em Inglês)
Cellulose fibre insulation. EnviroCell Australia. (s/d)
http://www.envirocell.com.au/insulation.html (em Inglês)
Imagens e ilustrações relacionadas aos isolantes termo-acústicos
de fibras e palha de madeira de Pinus:
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1280&bih=
521&tbm=isch&btnG=Pesquisar&oq=%22palha+de+madeira%22
+&aq=f&aqi=&q=%22palha%20de%20madeira%22 (“Palha de madeira”. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?q=%22wood+wool%22+insulation&hl=
pt-BR&biw=1259&bih=491&prmd=ivns&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=
X&ei=JxfxTZ-xI8mBtgewyYjrAg&ved=0CHYQsAQ ("Wood wool" insulation”. Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?um=1&hl=pt-BR&biw=
1280&bih=521&tbm=isch&oq=insulation+fiber+pulp+cellulose+&aq=
f&aqi=&q=insulation%20fiber%20pulp%20cellulose (“Insulation fiber pulp cellulose”. Imagens Google)
Artigo
Técnico por Ester Foelkel
Sacolas de Compras e Sacos
de Papel Obtidos de Polpas Celulósicas de Pinus
Introdução
O papel é comumente empregado na confecção
dos mais variados tipos de embalagens. Dentre suas principais utilizações
para embalar produtos destacam-se as sacolas de compras e os sacos
utilizados no comércio varejista, como em lojas de departamento,
supermercados, livrarias, etc. - também conhecidas como sacolas
de compras produzidas em papel (Romano, 1996; Wikipédia, 2011).
Para a elaboração desses produtos de papel se fazem necessárias
fibras longas e fortes encontradas em alguns vegetais como nas madeiras
de coníferas e nos bambus. Essas fibras conferem maior elasticidade,
resistência e durabilidade ao papel para que esse possa conseguir
suportar o peso dos diversos objetos embalados e transportados, principalmente
os alimentos (Wikipédia, 2011; Spring, 1954).
As fibras celulósicas kraft originárias de madeiras de
florestas plantadas de Pinus são as mais utilizadas no Brasil
para a fabricação de embalagens celulósicas, podendo
conferir grande versatilidade de uso, facilidade e economia de produção
e de logística, bem como as requeridas resistências físico-mecânicas
para a qualidade da embalagem em seu uso final (Romano, 1996; Gazeta
Mercantil, s/d). Além disso, por serem obtidas de madeiras de
reflorestamento, na sua maioria certificadas por bom manejo florestal,
são também consideradas como produtos de características
ambientais mais favoráveis em relação a outras
embalagens (plástico, isopor, etc.). Grande parte dos sacos
e sacolas de compras é fabricada a partir do papel kraft natural
(não-branqueado) ou ainda do kraft branco. Há também
outros tipos de papéis derivados das polpas de Pinus sendo utilizados
para esse fim, inclusive os microcrepados e especialmente os papéis
reciclados (Wikipédia, 2011; Navarro et al., 2007). Esses últimos
possuem não apenas fibras de Pinus, mas também de outras
origens, como dos eucaliptos
As sacolas de papel são recipientes utilizados para a proteção
e para o transporte de mercadorias. Essa embalagem é fabricada
com folhas de papel pré-formadas, cortadas, dobradas, formatadas,
coladas e que apresentam abertura em apenas um dos seus lados. Diferentemente
dos sacos multifoliados, assunto abordado em edição anterior
do nosso informativo eletrônico (ver em: http://www.celso-foelkel.com.br/pinus_33.html#quatorze),
as sacolas de compras contém geralmente uma única camada
de papel, podendo essa ser eventualmente revestida com fina lâmina
de plástico (polietileno) ou de parafina para maior resistência à umidade.
As sacolas comerciais geralmente apresentam dimensões para conter
em capacidade cerca de 10 a 20 litros. Porém, isso pode variar
de acordo com as necessidades do cliente, bem como com o modelo por
ele selecionado (Wikipédia, 2011; Muthu et al., 2010). As sacolas
de papel também podem ser facilmente impressas a cores, recebendo
impressões de logomarca, anúncios e outros tipos de propagandas
publicitárias, o que ajuda inclusive no aspecto visual e na
atratividade para algumas mercadorias e redes de varejo.
As sacolas de papel já existem há bastante tempo. Elas
foram primeiramente inventadas por uma mulher (Margaret E. Knight),
empregada de uma empresa de sacos industriais de papel. Ela é atualmente
considerada como “a mãe da sacola de papel”, pois
em meados de 1870, foi a primeira pessoa a patentear uma máquina
capaz de confeccionar o fundo quadrado presente até os dias
de hoje em muitas dessas embalagens (Wikipédia, 2011). Desde
a sua invenção, essas embalagens foram muito utilizadas
nos supermercados do mundo inteiro; contudo, perderam força
nesse setor a partir dos anos 80’s, quando foram em boa parte
substituídas pelas sacolinhas plásticas de polietileno
(Resende, 2010; Benchimol, 2008). Entretanto, a crescente preocupação
ambiental e, sobretudo o grande volume de plásticos nos aterros
sanitários, fizeram com que o uso de embalagens plásticas
em supermercados passasse a ser revisto, inclusive pela legislação
ambiental. Há hoje uma contínua procura pela utilização
racional tanto do plástico quanto do papel, buscando alternativas
sustentáveis às embalagens de compras. Em muitos locais
inclusive, já se incentivou ou mesmo se legislou por decreto
a volta das sacolas de papel e das sacolas retornáveis aos supermercados;
ou ainda, o uso de sacolas de papel reciclado.
Com toda a polêmica e dúvidas de consumidores com relação
a esse assunto, o presente artigo técnico procura abordar o
que são as sacolas de fibras de celulose de Pinus, além
de explorar as vantagens e desvantagens quanto às novas opções
em embalagens de compra. Os principais tipos de sacolas de compras,
os fatores que influenciam na sua qualidade, os tipos de papéis
empregados, as formas de produção, bem como as pesquisas
visando a novas tecnologias e reciclagens para esse produto também
são temas abordados no nosso artigo.
Tipos de sacolas de compras
Existe grande variedade e formas de sacolas de compras; porém,
a principal classificação desse produto é ainda
a que diferencia o tipo de matéria-prima com a qual o produto é primordialmente
fabricado. Baseado nisso, seguem relacionados os principais tipos de
sacolas de compra empregadas atualmente no mercado (Wikipédia,
2011; Albuquerque, 2010; SBR, 2010; Muthu et al., 2010):
Sacolas
plásticas: As sacolas de filme plástico (polietileno)
surgiram nos anos 60’s e desde então, rapidamente conquistaram
boa parte do mercado especialmente no comércio varejista. Esse
tipo de sacola é considerado de fácil produção
e reduzido gasto de energia para fabricação; todavia,
apresenta baixa resistência (Yadav, s/d). Mesmo assim, o produto
agradou muito aos consumidores, pois ganhou destinação
adicional nos lares como sacos de lixo. Hoje, as sacolinhas de plástico
dos supermercados são basicamente de uso único e muitas
vezes são descartadas de forma imprópria (Kraftnews,
2006). Elas já foram muito mais populares no passado, principalmente
pela vantagem de serem a prova d'água e de ocuparem menos espaço
que as outras opções de sacolas de compras. Porém,
problemas ambientais fizeram com que alguns países adotassem
medidas legais para reprimir o seu uso. Uma das principais leis é a
cobrança pelo uso desse produto, obrigando o consumidor a pagar
por cada sacola que estiver levando para embalar suas compras.
Sacolas reutilizáveis ou retornáveis: Essas são
comumente confeccionadas de materiais mais resistentes e duráveis
do que o papel e o polietileno, possibilitando que sejam usadas por
várias vezes. As sacolas reutilizáveis podem ser fabricadas
com pano de algodão, juta ou até mesmo com outros materiais
sintéticos (não-tecidos) e ainda de alguns tipos de plástico;
porém, que permitem seu uso contínuo. Alguns supermercados
do mundo já empregam sacolas retornáveis, onde o consumidor
devolve a embalagem quando volta novamente ao estabelecimento. Para
alguns varejistas isso é uma desvantagem, obrigando os consumidores
a embalar suas próprias compras (Wikipédia, 2011).
Sacolas oxibiodegradáveis: Essa embalagem é feita de
novos polietilenos os quais são degradados em menor tempo na
natureza. Geralmente o plástico comum das sacolas demora em
torno de 100 anos ou mais para sua total decomposição
no ambiente. Já o plástico biodegradável tem sua
decomposição em até 2 anos, podendo reduzir muito
o volume dos lixões e aterros sanitários, prolongando
a vida útil dos mesmos (Benchimol, 2008). Apesar dessa vantagem,
ainda há a necessidade de mais estudos para a real comprovação
dos efeitos que esse novo produto pode causar em contato com alimentos
e quais compostos são liberados na natureza após sua
degradação (Resende, 2010; Benchimol, 2008; Revista EmbalagemMarca,
2007). Alguns trabalhos comparando os materiais utilizados para sacolas
de compras já estão sendo desenvolvidos. A exemplo disso,
James e Grant (2002) avaliaram o impacto dos polímeros biodegradáveis
sujeitos à ação do meio ambiente australiano.
Os resultados relacionados ao ciclo de vida dessas novas matérias-primas
apontaram ainda mais dúvidas, sendo que os autores sugeriram
uma lista de ações para averiguação dos
futuros usos desses polímeros.
Sacolas
de papel ou sacolas celulósicas: são as fabricadas
a partir de fibras celulósicas resistentes (principalmente as
provenientes da madeira do Pinus). São ainda bastante empregadas
como sacolas de presentes e como sacolas de compras em lojas, mas menos
populares nos supermercados. Elas embalam prioritariamente objetos
tais como livros, roupas, vidros, louças, entre outros (Spring,
1954). Com o aumento da consciência ambiental dos consumidores,
as sacolas de papel, majoritariamente do papel reciclado, vêm
ganhando cada vez mais espaço, inclusive como embalagens de
supermercados.
Estudos estão sendo conduzidos no mundo todo buscando tipos
de sacolas mais sustentáveis. Muthu et al. (2010) realizaram
pesquisas para avaliar o impacto ambiental de sacolas de compras confeccionadas
com distintas matérias-primas. Uma das principais formas de
se realizar isso foi através do estudo do ciclo de vida dos
produtos, observando aspectos que vão desde os insumos básicos
e energia gastos para a produção (estágio inicial
ou “berço”), até o descarte e decomposição
final da sacola (estágio final ou “túmulo”).
A análise foi realizada com o programa “eco-indicator
99”, o qual constatou menor agressividade para a natureza com
as embalagens reutilizáveis de não-tecido, seguidas pelas
de algodão. As sacolas de papel e as de plástico descartáveis
(ambas de uso único) foram as que tiveram maiores impactos ambientais.
Li et al. (2010) realizaram testes de eco-impacto em
diversos tipos de sacolas de compras, através de indicadores do ciclo de vida
das matérias-primas desde a fase de fabricação
até o descarte e decomposição do produto. Os resultados
apontaram maior sustentabilidade para as embalagens recicladas, incluindo
as de papéis, e para as reutilizáveis. Os autores sugeriram
que políticas públicas de incentivo ao uso desses materiais
mais sustentáveis deveriam ser feitas nos diversos grupos consumidores
nos países onde foi realizada a pesquisa (Índia, China
e Hong Kong).
Estudos foram conduzidos por Albuquerque Filho em 2009 sobre a preferência
e medidas de educação ambiental junto aos consumidores
de uma rede brasileira de supermercados. Os resultados apontaram a
preferência pelas sacolas de papel; porém, o autor comentou
que mesmo consciente das questões ambientais, o consumidor ainda
sente falta da sacola de plástico, principalmente para acondicionar
os dejetos caseiros. O dono do estabelecimento comercial testado desaprovou
as sacolas de papel por conta dos maiores gastos logísticos
e de custos que o produto apresentou ao seu negócio. Houve a
necessidade de treinamento dos empacotadores para a utilização
correta das embalagens de papel, não podendo utilizá-las
em produtos úmidos tais como alimentos congelados, refrigerados
ou oleosos. O autor comentou que, por enquanto, as sacolas plásticas
ainda não podem ser completamente substituídas nos supermercados,
demandando-se também maiores custos para a iniciativa de troca – custos
esses que acabarão transferidos aos consumidores. Foi comentado
que a medida estaria mais propensa ao sucesso em “mercados nichos”,
onde os consumidores tenham maior poder aquisitivo e consequentemente
maior educação ambiental para a escolha de sacolas de
compra feitas com papel reciclado ou por sacolas reutilizáveis.
Por outro lado, um recente estudo encomendado pela empresa
Braskem e realizado pela Fundação Espaço ECO e Instituto
Akatu para o Consumo Consciente (2011) mostrou que a melhor opção
de sacola de compras depende do cenário em que ela é utilizada.
A avaliação foi feita com base no ciclo de vida das sacolas
e suas respectivas matérias-primas. O melhor tipo de sacola
depende, segundo esse estudo, dos seguintes fatores: volume de compras,
número de idas ao supermercado e frequência de descarte
do lixo. As avaliações mostraram duas tendências
principais: as sacolas descartáveis de plástico apresentaram
melhor ecoeficiência nas situações que os consumidores
têm menor volume de compras, maior frequência de ida às
compras e frequência de descarte de lixo maior, fazendo o reuso
das sacolas plásticas para o descarte do lixo doméstico.
Já as sacolas retornáveis de tecido ou de plástico
apresentaram melhor ecoeficiência quando os consumidores têm
maior volume de compras, menor frequência de ida ao supermercado
e baixa frequência de descarte de lixo, com pouca necessidade
de compra de embalagens para colocar o lixo a descartar.
Propriedades dos papéis utilizados
como sacolas de compras
As embalagens celulósicas podem ser fabricadas com diferentes
tipos de papel, obedecendo ao destino final almejado. No caso das sacolas,
os principais tipos de papéis empregados para a finalidade são
as variações do papel kraft (Judice, 2006; Galdiano,
2006; Slote, 2006). O kraft é um papel resistente, geralmente
fabricado com conteúdo alto de fibras longas (provindas de florestas
plantadas de Pinus). A madeira é picada em cavacos e é submetida
ao contato com soda cáustica e sulfeto de sódio em condições
de altas pressões e temperaturas em digestores (Wikipédia,
2011; Muthu et al., 2010). Como resultado do processamento kraft, as
fibras individualizadas apresentam alta resistência mecânica
depois da separação da lignina.
Segundo Galdiano (2006) e Romano (1996), os principais subgrupos dos
papéis kraft utilizados em sacolas de supermercados são:
Kraft natural ou em cores: papel em fibra longa que pode ser monolúcido
(uma das faces mais lisas e brilhantes do que a outra) ou totalmente
alisado. Ele é utilizado para sacolas pequenas e outras embalagens
de porte reduzido como sacos de padaria, de farmácias, entre
outras.
Kraft de primeira: papel que contém maior resistência
que o papel monolúcido; porém, é geralmente utilizado
para as mesmas funções, embora mais indicado para objetos
maiores.
Kraft pardo: papel que apresenta coloração marrom, sendo
um dos tipos que apresenta alta resistência das fibras, podendo
ser utilizado para confecção de caixas e de sacarias,
dependendo de sua espessura (Romano, 1996).
Kraft
branco ou em cores: papel produzido com pasta
química
kraft branqueada, apresentando menor resistência que o anterior.
Durante sua produção, pode haver misturas de fibras longas
(celulose de Pinus) e de fibras curtas (celulose de eucalipto). Isso
confere ao papel melhor maciez e printabilidade (impressão),
podendo receber corantes ou branqueamento durante sua fabricação.
A superfície desse papel também é adequada para
receber laminação com o polietileno, a parafina, algum
verniz, etc. Em algumas situações o papel pode ser de
dupla camada, sendo uma parda (interior) e outra branca (exterior). É o
caso do conhecido “white top liner”, que pode ser utilizado
também para confecção de sacos e sacolas de compras
em gramaturas mais baixas.
Kraft extensível: papel de coloração geralmente
escura, possuindo microcrepagem em suas folhas, com fibras que são
usualmente longas. Tal característica faz com que haja elevada
elasticidade, porosidade e principalmente resistência à tração
mecânica, conseguindo-se alongamentos de até 8% no sentido
longitudinal do papel formado (Galdiano, 2006). É o papel kraft
mais utilizado para sacos multifoliados; contudo, existem algumas sacolas
que também podem conter essa matéria-prima (Wikipédia,
2011).
Kraft reciclado: papel feito com fibras recicladas obtidas de papéis
e papelões que possuem misturas de fibras longas e curtas. Em
geral, são de cor parda, sem branqueamento. A resistência é menor
que a do papel kraft, pois a cada etapa de reciclo as fibras são
danificadas e perdem a resistência original da celulose kraft.
Vantagens
e desvantagens das sacolas contendo fibras celulósicas
de Pinus
Desde o início do seu uso, os sacos e sacolas de papel para
compras vêm apresentando altos e baixos na preferência
dos consumidores (Kraftnews, 2006). Isso se deve às suas vantagens
e desvantagens, principalmente quando comparadas às alternativas
existentes. Dessa forma, seguem as descrições das propriedades
das sacolas de fibras celulósicas de Pinus, enfatizando seus
prós e contras em relação às percepções
para a sociedade, economia e para o meio ambiente.
A necessidade de maior resistência nas sacolas de papel, por
conta da multiplicidade de usos e do peso e forma dos objetos que passaram
a carregar, fizeram com que um dos entraves desse produto fosse o elevado
volume que ocupam pela maior espessura de suas paredes (Wikipédia,
2011; Kraftnews, 2006).
Apesar de algumas de suas dificuldades, a literatura aponta algumas
características das sacolas de papel que são imbatíveis
no ponto de vista de benefícios ambientais (Albuquerque Filho,
2009; Kraftnews, 2006). Elas são as seguintes:
- Provêm de fontes naturais renováveis: a maior parte
da matéria-prima das sacolas de papel é de procedência
de florestas plantadas de Pinus com manejo sustentável e certificadas
por entidades credenciadas e de reconhecida credibilidade. Por isso,
as sacolas podem ser consideradas como um recurso natural renovável.
Isso faz com que também sejam apontadas como mais amigas do
meio ambiente. Além disso, depois da colheita das árvores
do Pinus, a área pode ser novamente destinada à plantação
de árvores para suprir as necessidades das gerações
futuras. Além disso, as florestas plantadas, através
do sequestro de carbono, ajudam a reduzir gases que causam efeito estufa
na atmosfera (Renewable Bag Council, 2010).
- Apresentam biodegradabilidade: a maioria das sacolas feitas com papel
de fibras celulósicas de Pinus são totalmente biodegradáveis.
Elas são facilmente decompostas no meio ambiente, demorando
em média apenas alguns meses para a total incorporação
na natureza. Muitos pesquisadores afirmaram que esse tipo de embalagem é o
ideal para ser utilizado como sacolas de lixo, justamente porque podem
ser biodegradadas com rapidez, não sendo acumuladas nos aterros
sanitários (Renewable Bag Council, 2010; Nikkari; 2006).
- São recicláveis: as sacolas de papel kraft são
muito mais fáceis de serem recicladas do que as de polietileno,
principalmente devido à fácil tecnologia para a reciclagem
do papel (Renewable Bag Council, 2010).
- São resistentes a seco: sacolas de papéis resistentes
podem conseguir carregar peso maior do que as sacolinhas de plástico
descartáveis. Albuquerque Filho (2009) comentou, que em estudo
de caso realizado em supermercado em Curitiba – PR, foi possível
reduzir o uso de sacolas com a substituição das de plástico
pelas de papel. Isso ocorreu porque a cada cinco sacolas plásticas
passaram a ser utilizadas apenas duas de papel com 15 litros. Entretanto,
isso só é válido para sacos de papel produzidos
com adequada qualidade e boas resistências.
Apesar dessas vantagens, as sacolas de papel são geralmente
mais caras de se produzir e de se distribuir do que as sacolinhas plásticas.
As sacolas de papel ocupam maiores volumes durante o armazenamento
e o transporte e são menos resistentes quando em contato com
a umidade. Elas também podem rasgar e se danificar com maior
facilidade quando acondicionam objetos pontudos e cortantes (Spring,
1954). Spring (1954) também comentou que as desvantagens das
sacolas de papel são as mesmas do saco multifoliado de papel.
Isso devido à mesma matéria-prima empregada para a fabricação
de ambos os produtos (as fibras celulósicas), além do
fato que os equipamentos para a manufatura de ambos serem muito similares.
Problemas relacionados à qualidade do papel utilizado na confecção
das sacolas também podem ser observados tais como o teor de
umidade no papel, medidas desuniformes nas sacolas e inconformidades
mecânicas como cortes acidentais, fundos mal formados e colados,
entre outros. Existem laboratórios e centros de pesquisa especializados
em qualidade que ajudam na determinação dos principais
atributos das sacolas de papel. Algumas importantes avaliações
podem ser realizadas nesses produtos tais como: resistências
físico-mecânicas do papel e o teste de queda, que corresponde à altura
da qual a sacola cheia pode cair sem se danificar. As análises
que determinam a gramatura mais indicada do papel de acordo com o que
a sacola deverá carregar também são comumente
empregadas. Laboratórios também testam o ponto de ruptura
tanto do papel das sacolas quanto das suas alças, auxiliando
na melhoria contínua em termos qualitativos desses produtos
(Nikkari, 2006).
Albuquerque Filho (2009) comentou que as sacolas de papel testadas
em rede paranaense de supermercados suportaram bem até 6 kg
em mercadorias. Acima disso, o transporte e acondicionamento das mercadorias
internas tornou-se desconfortável para o consumidor.
Priebe (2011) e Yadav (s/d) afirmaram que a produção
de papel kraft pode causar poluição ambiental caso os
resíduos gasosos e líquidos não sejam devidamente
tratados. Isso pode ser um ponto desfavorável às sacolas
de papel. A sacola de plástico apresenta menores consumos energéticos
para sua produção e para o transporte do que a embalagem
celulósica (Revista Plástico Sul, 2011). Dessa forma,
o ideal seria utilizar as sacolas de compras de quaisquer que sejam
seus tipos da forma mais racional e ambientalmente correta possível,
sempre promovendo a reutilização, o seu correto descarte
para a reciclagem e também evitando os desperdícios do
material com o qual é produzida (Priebe, 2011).
Produção
das sacolas de compras feitas de papel
As sacolas de papel devem ser fortes o suficiente para carregar e proteger
produtos de importância para os consumidores (Spring, 1954).
Dessa forma, novas tecnologias vêm sendo estudadas e implementadas
para tornar o processo produtivo das sacolas o mais sustentável
possível, com melhorias econômicas e também qualitativas
do produto final.
Slotte (2006) apontou que os principais componentes para fabricação,
tanto de sacolas decorativas de presentes quanto de sacos de supermercado,
são, além dos vários tipos de papel kraft em distintas
gramaturas, o papel cartão, o papel arte (impressão),
colas e adesivos, cargas minerais, prendedores tipo ilhós e
fitas ou cordões para alças. O mesmo autor comentou que
atualmente o papel da sacola pode receber impressão a cores
com alta qualidade. Vernizes, parafinas, ceras e laminados brilhantes
e a prova de umidade também podem ser aplicados, de acordo com
as necessidades dos clientes.
As principais etapas na manufatura de sacolas de supermercado foram
descritas por Spring em 1954, mas permanecem nessa ordem até os
dias atuais:
1- As folhas de papel kraft em bobinas passam de forma contínua
por máquinas de impressão, as quais imprimem os desenhos
e logomarcas desejados. Em seguida, os rolos são novamente enrolados
seguindo para a máquina de confecção de sacolas.
2- A manufatura das sacolas de papel geralmente ocorre em equipamentos
automáticos que retiram o papel que está no formato dos
rolos (bobinas) e transforma-os primeiramente em tubos.
3- Depois disso, corta-se o tubo nos tamanhos adequados para a montagem
da sacola, realizando dobraduras para a formação do fundo
da sacola.
4- Outras operações comuns na linha de produção
das sacolas de papel são: aplicação de colas ou
resinas em pontos estratégicos para manter as abas e lados da
sacolas unidos e firmes; fazer dobraduras para a confecção
do fundo da sacola; realização de dobras e pregas para
fortificação das paredes da sacola; colagem de alças
e realização de furos para a confecção
das mesmas, dependendo do tipo de sacola a ser confeccionado.
Conforme abordado por CSC (2009), a colagem do fundo da sacola de papel
que geralmente era realizada por clichês, já está sendo
gradativamente substituída pela injeção de cola
através de microprocessador. O sistema garante maior economicidade
na produção, conseguindo se ajustar à viscosidade
da cola e liberando sempre a mesma quantidade por sacola.
No caso de encomendas de poucas unidades de sacolas, as mesmas podem
ser impressas uma a uma depois do corte e da formação
do tubo no papel (Spring, 1954).
Ehow (2011) ensina o passo-a-passo para se confeccionar sacolas de
papel para embrulhar presentes de forma manual e com técnica
rápida e simples. O autor recomenda o uso de cordões,
fitas ou cabos para a realização da alça da sacola.
Pintura em spray também é recomendada na parte exterior
do papel da sacola para decoração. Há também
a opção de reutilização de sacolas, transformando-as
em embalagens de presente. Isso pode ser feito tanto com sacolas de
papel para compras quanto com sacos e sacolas de supermercados, utilizando
sprays, em diversas cores, colas decorativas e fitas para fazer nova
decoração, tornando a nova sacola mais atrativa (Priebe,
2011; Ehow, 2011).
Reciclagem das sacolas e sacos de papel
A reciclagem de embalagens celulósicas vem crescendo em grande
parte do mundo, principalmente pelas grandes problemáticas ambientais
com as quais nos deparamos (Revista EmbalagemMarca, 2007; Souza et
al., s/d). O aumento da conscientização ecológica
das comunidades faz com que haja o crescimento do reuso de embalagens
celulósicas e também da coleta seletiva do papel usado,
depois destinado à reciclagem (Souza et al., s/d). Essa reciclagem
pode trazer diversos benefícios à sociedade: reduzindo
o lixo gerado nos grandes centros urbanos; economizando na necessidade
de árvores, ainda que plantadas, para a fabricação
de papéis; economizando energia e água na fabricação
(Souza et al., s/d). Porém, ainda são poucos os estudos
sobre como melhorar a qualidade das fibras recicladas para a fabricação
de novas embalagens de forma continuada (Souza et al., s/d).
As sacolas de papel, por serem feitas da mesma matéria-prima
de jornais, livros e revistas, podem ser recicladas juntamente com
esse grupo de resíduos de papel. Todavia, há a necessidade
da retirada de alças de plástico e outros acessórios
que prejudicariam a reciclagem (Priebe, 2011). O mesmo autor comentou
que durante esse processo o papel é conduzido para um desintegrador
(espécie de liquidificador gigante) onde entra em contato com água,
calor e agitação para a liberação das fibras.
Em seguida, há a separação da água e a
retirada de impurezas e detritos da polpa, podendo seguir novamente
para os equipamentos para a fabricação de novas folhas
de papel.
Souza e colaboradores (s/d) analisaram a reciclabilidade do papel de
sacos de cimento proveniente inicialmente de fibras de Pinus taeda.
Os sacos primeiramente foram acondicionados em um desintegrador laboratorial
mantido em 4000 rotações por minuto. Houve também
a reidratação e correção do pH das fibras
recuperadas. Em seguida, partiu-se para a etapa de formação
de folhas em um formador automático. Após secagem, parte
dessas folhas foram submetidas a testes físicos (densidade,
resistência ao ar, alongamento, tração, rasgo e “Tensile
Energy Absorption” –TEA) para a avaliação
da qualidade do produto. Foram feitos ao todo 7 ciclos de reciclagem,
sempre com os mesmos resíduos. Os autores concluíram
que com o avanço das reciclagens o papel perde algumas das suas
principais propriedades. Dessa forma, sugeriu-se a mistura da polpa
de fibras recicladas (20%) às de fibras virgens de P. taeda para que não ocorra o comprometimento da qualidade do produto
a ser fabricado.
No Brasil, apesar do crescimento nas coletas seletivas do lixo urbano,
ainda são poucos os municípios que apresentam projetos
e cumprem a seleção do lixo de forma correta (Benchimol,
2008).
As sacolas de papéis para compras também podem servir
de recipiente até mesmo para lixos domésticos mais secos,
bem como são passíveis de serem compostadas junto a outros
resíduos domésticos orgânicos (Priebe, 2011).
Considerações finais
Sacos e sacolas de papel são artigos extremamente úteis
para a sociedade moderna. Apesar disso, cabe ao consumidor utilizar
esse produto de forma ambientalmente correta. Não há como
negar os benefícios que as embalagens celulósicas apresentam;
todavia, elas também possuem alguns pontos negativos que as
tornam, em alguns casos, menos vantajosas frente a outros tipos de
sacolas, especialmente em relação às reutilizáveis
e retornáveis.
Sabemos que as sacolas de papel perderam muito espaço para o
plástico em embalagens para o comércio varejista, a partir
dos anos 80’s. Porém, os problemas ambientais vivenciados
na atualidade fazem com que alternativas às sacolas plásticas
de supermercado estejam sendo cada vez mais procuradas. Renewable Bag
Council (2010) destacaram o potencial dos sacos e sacolas de compras
de papel (principalmente de papel reciclado) como produtos substitutos
ao plástico.
Albuquerque Filho (2009) comentou que o ideal é reutilizar o
maior número de vezes possível as sacolas de papel e
sempre realizar o descarte de forma correta após o final da
vida útil desse produto. O mesmo autor também recomendou
a padronização dimensional e da gramatura de sacos e
sacolas de papel a fim de promover ampliação do mercado
brasileiro de papel, de acarretar melhoria da qualidade nos produtos
e de beneficiar o transporte das sacolas.
O governo brasileiro pode incentivar as ações de conservação
ambiental e consumo consciente, além de criar legislações
apropriadas, aplicando medidas para o uso correto de embalagens, bem
como de legislar a favor da separação dos resíduos
domésticos (Resende, 2010; Benchimol, 2008). Autoridades do
setor público e privado também deveriam promover pesquisas
e estudos, visado a maior sustentabilidade no ciclo de vida das sacolas
de compras, bem como estudos para melhorias nas tecnologias, na redução
do preço de produção e para a mais adequada reciclagem
(Renewable Bag Council, 2010). Todas essas medidas ajudariam a selecionar
o tipo de embalagem de compras mais sustentável, ambientalmente
correto e principalmente adequado às necessidades do mercado
e dos consumidores.
Referências
bibliográficas
e outros trabalhos indicados para a leitura
Confiram a seguir algumas bibliografias encontradas na web que versam
sobre o tema sacos e sacolas de compras feitas de papel. Algumas delas
foram utilizadas como referência para o presente texto.
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de 1,47 min. Acesso em 11.07.2011:
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M. L. Souza; R. Antes; R. S. Oliveira. S. M. Sommer. ABTCP – Associação
Brasileira Técnica de Celulose e Papel. 08 pp. (s/d)
http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outros/42-ABTCP.pdf
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fabricadas com papel (os websites de produtores e de vendas
de mercadorias devem ser considerados
apenas
para visualização técnica dos produtos e não
como referências comerciais):
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&lr=lang_es%7Clang_en%7
Clang_pt&tbm=isch&source=og&sa=N&tab=si&q=%22shopping%20
paper%20bags%22&tbs=lr:lang_1es%7Clang_1en%7Clang_1pt&biw=
1280&bih=523 ("shopping paper bags". Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?q=%22grocery+bags%22&hl=pt-
BR&biw=1259&bih=519&prmd=ivns&tbm=isch&tbo=u&source=
univ&sa=X&ei=5R3oTYvbD8OXtwfM-vDCAQ&ved=0CFYQsAQ ("grocery bags". Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&biw=1259&bih=519&tbm=
isch&sa=1&q=%22grocery+paper+bags%22&oq=%22grocery+paper+
bags%22&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=e&gs_upl=
63171l64125l0l6l6l0l0l0l1l500l875l3-1.0.1 ("grocery paper bags". Imagens Google)
http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=cash%20and%20carry
%20paper%20bags&gs_sm=e&gs_upl=2500l3734l0l4625l6l6l0l0l0l0l375l750l3
-2l2&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.&biw=1280&bih=
523&wrapid=tlif131064754360911&um=1&ie=UTF-8&tbm=
isch&source=og&sa=N&tab=wi (“cash and carry paper bags”. Imagens Google)
http://www.braspelembalagens.com/ (Braspelembalagens. Sacolas)
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Sacolas)
http://www.chromaembalagens.com.br/loja65/produtos.asp?lang=
pt_BR&tipo_busca=categoria&codigo_categoria=1 (Sacolas de papel. Chromaembalagens)
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http://www.internationalpaper.com/documents/EN/Paper/BLKbagsack.pdf (“Bags and sacks”. International Paper)
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http://www.vifran.com.br/index.html (Sacolas de papel. Vifran)
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